Boa tarde gente! Hoje Bella vai continuar
enlouquecendo o Edward com sua mudança e ele vai começar a desconfiar de seus
sentimentos...
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 15
Bella pov’s
Quando olhei o interior do carro senti que algo não havia saído de acordo com meus planos. Jess disse que apenas nós duas sairíamos e agora lá estava eu com um casal e um rapaz. Ao menos eu teria a companhia do rapaz, pensei. Jessica tagarelava como doida sobre alguma coisa da empresa. Mike a ouvia, ou pelo menos fingia ouvir. Fiquei calada ainda pensando em Edward, no modo como me olhou...
–Não me
apresentei ainda, não é? – o rapaz ao meu lado falou. Virei-me para ele.
–Sim? – perguntei confusa por ele ter falado comigo.
–Sim? – perguntei confusa por ele ter falado comigo.
–Ah, Bella,
quase me esqueci. Este é o Jacob, colega de trabalho do Mike. Estamos dando uma
carona para ele. – Jess falou.
Jacob sorria e
estendeu a mão para um cumprimento. Eu a aceitei.
–Jacob Black,
trabalho na empresa concorrente da sua empresa. – falou. Eu sorri.
–Muito prazer, sou Isabella... – parei pensando em que sobrenome dizer. Anteriormente dizia meu nome de casada, mas isto não era mais necessário. –mas pode me chamar de Bella. – falei.
–Muito prazer, sou Isabella... – parei pensando em que sobrenome dizer. Anteriormente dizia meu nome de casada, mas isto não era mais necessário. –mas pode me chamar de Bella. – falei.
–Eu sei, Jessica
falou a seu respeito. Você é casada com o proprietário da empresa de
publicidade Cullen, não é? – ele falou amigavelmente, mas minha reação não foi
amigável. Fiquei calada, sisuda.
–É, sou casada
com ele. – afirmei virando-me para olhar para frente. Jacob ficou a me olhar,
confuso pela minha reação. Enquanto mantinha minhas mãos entrelaçadas em meu
colo notei a protuberância de minha aliança. Por Deus, fiquei pasma ao perceber
que ainda não havia tirado a aliança de meus dedos! Como pude me esquecer de me
desfazer daquele símbolo de união? Eu a retirei enquanto Mike puxava assunto
com o tal Jacob sobre alguma banalidade e a coloquei em minha bolsa.
Senti que
Jessica encostava o carro.
–Chegamos à sua
parada, Black. – ela falou divertida.
–Tchau cara. – Mike
se despediu.
–Até amanhã
Mike. Valeu pela carona Jess e... – virou-se para mim. – Até mais Bella. – pegou
minha mão beijando-a, fiquei sem graça.
Jacob saiu
rapidamente, desceu em frente a um prédio. E então éramos Mike, Jess e eu.
Bufei. Segurar vela não estava nos meus planos. Olhei para Jessica
mortiferamente, ela notou.
–Não me olhe
assim! Originalmente iríamos sair sozinhas, mas o Mike apareceu em casa
enquanto eu me arrumava. – notei então que Jessica estava tão irritada quanto
eu pela intervenção.
–O que? Achou
que eu deixaria você sair sozinha? Nem pensar! Eu não quero minha namorada em
um lugar cheio de machos loucos por carne nova! – Mike esbravejou.
–Viu Bella? Ou nós saíamos com o Mike ou não sairíamos. Preferiria ficar em casa? – ela me olhou interrogativa pelo espelho retrovisor.
–Viu Bella? Ou nós saíamos com o Mike ou não sairíamos. Preferiria ficar em casa? – ela me olhou interrogativa pelo espelho retrovisor.
–Não, acho que
prefiro segurar vela a ficar em casa. – falei amuada.
–Não se preocupe
Bella, não vamos deixar você segurar vela. – Mike disse virando-se para sorrir
para mim.
E como imaginei lá estava eu sentada em uma mesinha de frente para o casal apaixonado. Jessica e Mike agarravam-se como duas doninhas disputando território. Bufei. Que bela noite eu estava tendo!
–Olha, eu vou
até o bar. – avisei sabendo que não estavam me ouvindo.
Atravessei a
danceteria abarrotada de gente. Sentei em um banquinho no bar e pedi um drink.
Sabia que não poderia beber em excesso, mas ficar sóbria estava fora de
questão. Além disso, era só ficar à toa para pensar em Edward.
Tudo aconteceu
tão rápido! Em um momento eu estava tão bem com Edward, fazendo planos, e no
outro eu estava na merda vendo-o me tratar como um lixo. Eu me perguntava por
que ele havia feito isso comigo. Imaginei que ele havia ficado assustado pelo
casamento e esperei que aceitasse, mas não era isso. Ele apenas se entediou de
mim num tempo muito menor do que o previsto. Bebi mais uma dose. Eu o odiava
tanto, mas me odiava mais por que, embora não fosse admitir, tudo o que eu
fazia era por ele. Mesmo que ligados pelo ódio, nós ainda estávamos conectados.
Eu queria me libertar, mas como faria isso? Nem mesmo o divórcio me livraria de
minhas dores, do ressentimento.
“Como posso me
libertar se no fundo eu quero estar presa a ele ainda?”.
Minha cabeça doía, meu corpo parecia exausto.
–Merda. – murmurei
tentando me situar. Eu sabia o que tinha acontecido. Eu bebi e dancei até ficar
num estado deplorável. Provavelmente Mike e Jessica me levaram para casa.
Sentei na cama enquanto minha visão de acostumava com a luz.
Primeiro senti o choque de me deparar com o desconhecido.
Primeiro senti o choque de me deparar com o desconhecido.
–Meu pai. – disse
enquanto notava que não estava em meu quarto em casa. Era em um lugar
diferente, em uma cama diferente. Eu estava perdida!
–A culpa não é
minha que você não tenha percebido que estava no meu quarto! – Jess esbravejava
enquanto me servia algumas panquecas que fez. – A culpa é sua por beber tanto
que tive de trazê-la para cá.
–Sinto muito
pelo trabalho que causei. – murmurei sem graça.
–Francamente
Bella por que você encheu a cara? – Jess virou-se deixando a louça que estava
lavando de lado para me encarar.
–Eu só consigo
esquecer o que se passa comigo quando bebo, só consigo me soltar quando bebo.
Uma válvula de escape.
–É Bella, você
precisa de uma outra forma de esquecer. Seu fígado agradece.
–Eu sei Jess. – fiquei bebericando meu café e mordiscando uma panqueca.
–Eu sei Jess. – fiquei bebericando meu café e mordiscando uma panqueca.
–Ah, eu falei
para meu pai do lance de morar sozinha enquanto você dormia. Ele achou uma boa
idéia. Faço a mudança hoje, o que você acha?
–Jess, o
apartamento não é aberto há algum tempo. Precisará de uma faxina.
–Isso não é problema!
Eu compro algumas coisas no supermercado e hoje mesmo faço a mudança.
–Então tudo bem.
–E você? Quer me
ajudar com a mudança? Ou quer ficar em casa o domingo todo? – Jess me olhou
especulativa.
–Que pergunta
Jess! Você sabe que eu quero ficar longe daquela casa. Mas acho que precisarei
ir para mudar de roupa e tudo mais. – disse olhando para mim, ainda vestia a
roupa da noite anterior.
–Não se
preocupe. Tome um banho e vista umas roupas minhas. Que tal?
–Perfeito. – disse.
Não bastou irmos apenas nós duas, precisávamos de mais gente para colocar meu antigo apartamento em ordem. Logo Jess convocou Mike, Ângela e o namorado de Ângela, Ben (colega de trabalho de Mike), para ajudar.
Enquanto Ângela,
Jess e eu limpávamos o local, os rapazes carregavam as caixas que trouxemos da
casa de Jessica. Foi divertido. Não me lembrava de fazer algo, ainda que bobo,
com meus amigos. Comemos bobagens, ouvimos música, dançamos, enquanto
deixávamos tudo em ordem. Olhar meu apartamento me trouxe lembranças de uma
época em que, embora amasse Edward, eu não sofria tanto assim. Mas também
aquilo não era uma vida, apagada como estava. Eu tinha que agradecer a Edward,
graças às atrocidades que fez comigo eu havia me tornado alguém mais forte.
–Hei Bella você
não se importa se eu fizer uma festinha aqui, não é? – Jessica perguntou.
Estava sentada no colo de Mike que estava sentado no sofá.
–Não. Quem tem
que se importar e opinar são os seus novos vizinhos. – disse sarcástica.
–Eu vou convidá-los também. – Jess falou. Mike a interrompeu beijando-a.
–Eu vou convidá-los também. – Jess falou. Mike a interrompeu beijando-a.
Desviei os
olhos. Eu não gostava de testemunhar casais felizes diante de mim, fazia eu me
sentir miserável por dentro. Senti que aquela era a minha hora.
–Gente eu
preciso ir. – anunciei, levantando-me do outro sofá em que estava sentada. Ângela,
que estava na cozinha com Ben preparando algo para que comecemos, apareceu.
–Mas já? Espere
pelo menos a pizza que estou preparando! – Ângela pediu com Ben ao seu lado.
–Eu agradeço,
mas já anoiteceu e... Bom eu estou precisando descansar direito. Nos vemos
amanhã na empresa. – falei. – Obrigada pelas roupas que me emprestou Jess. Levo
amanhã ou depois. – olhei para a camisa de flanela colada ao meu corpo, a calça
jeans e as sandálias.
Saí rapidamente
de lá.
Eu não queria
voltar para casa, mas que escolha eu tinha? Além do mais não seria tão ruim.
Bastaria eu me refugiar em meu quarto e ponto! Munida de minha bolsa de mão e
uma sacola com as roupas da noite anterior, cheguei em casa de táxi.
Cumprimentei ao porteiro, subi até a cobertura pelo opulento elevador.
Certamente Edward não estava em casa, devia voltar a sua rotina de sair para
noitadas com suas vadias. Crispei meus lábios com o pensamento. Odiava, mesmo
na atual situação, sentir ciúmes.
Quando adentrei
o apartamento e não ouvi barulho algum pensei que estaria só. Procurei ser
silenciosa. Eu só queria entrar no meu quarto e criar raízes lá até amanhã. A
sala estava escura, mas não teria problemas para chegar ao meu quarto. Para a
minha surpresa a luz do abajur próxima ao sofá foi acessa. Estaquei e vi, pouco
iluminado pela luz amarela, Edward, sentado no sofá com seus olhos em mim.
Procurei manter
uma expressão nula. A expressão de Edward era furiosa.
–Está aqui em
pleno domingo? Testemunhei um milagre! – falei num tom debochado. Isso só
deixou a feição de Edward mais irritada. Como se eu ligasse! Caminhei em
direção ao corredor, iria para meu quarto.
–Espero que essa
prática de noitadas suas não comprometa seu desempenho na empresa. Eu não
gostaria de tomar alguma atitude caso isso ocorra.
–Atitude? Ora
não seria difícil para você me demitir, não é? Demita-me se eu faltar com a
empresa, eu não me importo. Mas devo alertá-lo que isso não vai acontecer. – dei
mais um passo para meu quarto, meu refugio. Senti alguém me deter; Edward.
Segurou-me pelo braço. Eu o olhei, aturdida. Como ele ousava ser tão
indelicado?
–Me solta. –Pedi
num tom calmo, muito diferente de como eu sentia.
–Se você me
trair, e isto cair na boca da imprensa, você terá que sofrer as consequências.
– falou autoritário, quase soando como o marido que nunca foi. Não me segurei.
Soltei uma gostosa gargalhada.
–Sofrer as
consequências? E quais seriam essas consequências, Edward? Vai me demitir?
Ótimo, faça isso. Eu tenho competência suficiente para encontrar outro emprego.
Vai aparecer por aí com suas vadias para me atingir? Faça isso, eu tô pouco me
lixando! – eu me aproximei de seu rosto, provocativa como nunca ousei, e
sussurrei. – Vai me pedir divórcio? Faça isso. Se você está tão louco para se
livrar de mim já deveria tê-lo feito.
Eu me afastei e
segui para o meu quarto sem olhar para trás.
Ao chegar ao meu
quarto, em silêncio, fiz uma dancinha ridícula da vitória. Eu estava me
sentindo tão poderosa e isso era bom! Deixei a sacola com minhas roupas na cama
assim como minha bolsa de mão. Tirei a aliança de dentro da bolsa e joguei num
canto qualquer do quarto. Que as empregadas encontrassem e jogasse fora, eu não
ia precisar daquilo. Rumei para o banheiro e tomei um relaxante banho. Após o
banho, já alimentada, fui dormir. Eu estava moída pelo serviço em meu antigo
apartamento e pelas noites mal dormidas. Dormi feito uma pedra.
Manhã de segunda-feira. Eu estava com as energias renovadas. Até agora tinha deixado minha produção para minhas noitadas, mas decidi me produzir para o trabalho. Peguei uma saia preta, meia calça preta, salto alto preto e uma blusa branca super decotada. Coloquei maquiagem, acessórios não tão chamativos, e deixei meus cabelos soltos. Recebi elogios das empregadas que serviram meu café. Agradeci. Não vi Edward durante o café, o que foi ótimo para mim. Peguei uma bolsa preta, coloquei meus pertences e saí. Acreditava que não veria a cara do infeliz, ele poderia estar dormindo ainda ou já estaria na empresa, mas me equivoquei. Como se não bastasse a reprimenda que o miserável me deu na noite passada, agora era isso!
–Entra. Vou lhe
dar uma carona. – disse. O carro estacionado em frente ao nosso condomínio, a
porta do carona aberta. Bufei.
–Quem disse que
vou com você? Prefiro ir na roda do ônibus lotado! – falei seguindo para o ponto.
–O que? Agora
vou ter que pagá-la para que aceite uma simples carona? – ele perguntou
zombeteiro. Parei.
–É. Pague-me bem
e posso reconsiderar. – cruzei os braços em frente ao corpo esperando. Edward
sorriu com cinismo. Retirou um talão de cheques e encostou-se em seu carro.
–Diga seu preço.
– falou sem olhar para mim.
–Acho que
podemos começar com dois mil. – falei. Edward deu um meio sorriso, assinou o
cheque e olhou para mim.
–Você não é nem
um pouco gananciosa. Poderia ter pedido um pouco mais. – falou passando o
cheque para mim. Eu o peguei e coloquei em meu decote. Edward olhou atentamente
o movimento que fiz. – E então, vamos? – perguntou.
Eu entrei no
carro, Edward fechou a porta. Encostei-me na janela do carro olhando para fora.
Edward felizmente não disse nada durante o trajeto. Eu acreditei que me deixaria
sair do carro assim que cheguei, mas depois da sua atitude na noite anterior
comecei a duvidar se sairia.
Quando o carro
de Edward estacionou, eu me apressei em abrir a porta, mas a trava não estava
aberta.
–Pode abrir a
porta para mim? – eu me virei sem nenhuma vontade. Estaquei ao vê-lo retirar o
paletó. – O que está fazendo?
–É pra você. – ele
me passou o paletó. – Caso não tenha percebido suas vestimentas estão em
desacordo com o código da empresa. – ele falou frio como sempre. Segurei a
minha língua para não mandá-lo a merda. De esguelha vi uma pessoa se aproximar
do carro.
–Ao invés de
criticar minhas veste por que não dá o seu paletó para ela? – apontei para
Tânia que vinha em nossa direção. – Ela está completamente fora dos padrões. –
falei fria e saí.
Tânia ficou
surpresa ao me ver, olhou-me dos pés a cabeça. Eu caminhei tentando ser natural
enquanto andava de salto. Após o choque passar, Tânia me olhou com a expressão
furiosa. Eu parei e a olhei.
–O que é? Cara
feia pra mim é fome! – disse e saí enquanto ela bufava atrás de mim. Eu não
iria descer do salto, mas também eu não iria engolir sapo.
Por algum motivo chamei a atenção dos homens que trabalhavam em diferentes setores da empresa. Isso me surpreendeu. Eu não estava acostumada a isso. Jess e Ângela me elogiaram pelo look. Procurei me ocupar com o trabalho o quanto pude tentando esquecer a ação de Edward desde ontem. Não contei as meninas a mudança de atitude, eu não sei por que. Eu ainda estava atordoada com aquela nova faceta de Edward.
Na hora do
almoço eu pretendia comer com as meninas, mas surgiu uma visita inesperada.
–Oi cunhada! – era Alice.
–Oi cunhada! – era Alice.
–Oi Alice. – levantei-me
da minha mesa. Alice me olhou da cabeça aos pés.
–Quem é você e o que fez com minha cunhada? – falou num tom cômico.
–Sou eu Alice, só estou com um pouco de maquiagem.
–Quem é você e o que fez com minha cunhada? – falou num tom cômico.
–Sou eu Alice, só estou com um pouco de maquiagem.
–Ah Bella não
minimiza suas mudanças! Você está ótima e graças as minhas dicas de beleza,
minhas e de Ângela. – Jess falou.
–Nossa, vocês
fizeram um bom trabalho! Mas estou magoada cunhada, se queria mudar deveria ter
pedido minha ajuda. Poxa eu seria tão útil! – Alice começou a choramingar.
–Alice, você
veio até mim por um motivo. Qual seria? – perguntei.
–Vim convidá-la,
ou melhor, intimá-la a almoçar comigo.
Antes que eu
tecesse qualquer comentário sobre o convite, Alice pegou-me pela mão e saiu em
disparada comigo.
–ALICE! – eu a
chamei.
–Não temos
tempo, já fiz as reservas e vamos perdê-las se chegarmos muito atrasadas! – foi
tudo o que disse.
Alice era uma
figura mesmo!
–Então vamos parar de falar de mim, quero saber de você. Por que não foi no jantar que preparei? – ela perguntou emburrada. Estava tão alheia que demorei a perceber que Alice fazia uma pergunta para mim. Se ela soubesse que não dei atenção a ela enquanto falava de sua viagem com Jasper...
–Eu não estava
bem. – disse.
–Foi isso o que
o Edward disse, mas... Eu não acreditei muito. Vai Bella desembucha! O que está
acontecendo? Tenho notado você estranha desde o casamento e agora você muda
radicalmente novamente. O Edward está raivoso, parece um cachorro com raiva e
não diz o motivo. Vocês não estão bem, não é? – Alice me sondava e por alguns
instantes pensei em me abrir. Eu tinha dito tudo para Jess e Ângela, por que
não dizer a ela? O problema era que Alice poderia tomar partido de mim e
reclamar com Edward. Eu não queria que Edward soubesse que eu ainda sofro.
–Está tudo bem
Alice, mais do que bem. O Edward deve estar estressado pelo trabalho afinal
logo a carga de trabalhos dele vai aumentar já que ele assumirá o lugar de seu
pai. Olha pra mim, acha que eu estou mal? – Sorri para tentar convencê-la, mas
Alice tinha uma expressão facial que extrapolava a palavra desconfiança.
–Sinceramente Bella não acredito em você, mas se não quer me contar então tudo bem.
–Sinceramente Bella não acredito em você, mas se não quer me contar então tudo bem.
–Não há o que
contar Alice. –Disse com convicção. Alice deu de ombros.
–Deixa pra lá.
Novo assunto. Já que você está aceitando ajuda nas suas vestimentas bem que
você poderia aceitar as minhas. – falou emburrada.
–Poxa Alice eu
já gastei toda a minha grana com estas roupas.
–Não se
preocupe, é por minha conta como presente de casamento! – ela falou sorridente.
–Você já me deu seu presente, fez meu casamento. – falei azeda.
–Você já me deu seu presente, fez meu casamento. – falei azeda.
–Mas eu não
paguei nem um centavo por tudo, quem pagou foi o Edward. Agora é hora de presenteá-la.
Após seu expediente você vai às compras comigo e não se atreva a negar meu
pedido! –Sua expressão era demoníaca. Concluí que o melhor para mim seria
aceitar.
–Tudo bem. – disse
e suspirei. Mas também era uma boa fazer algo a fim de evitar Edward. Eu estava
aceitando qualquer coisa ultimamente.
–Bella, até que enfim você chegou! – Jess disse assim que voltei do meu horário de almoço.
–Você fala como
se eu tivesse me atrasado. Eu cheguei até mais cedo. – falei colocando minha
bolsa em cima da minha mesa.
–Você perdeu a
cena! Edward saiu com a tal Tânia de mãos dadas, foram embora de carro.
As palavras de
Jessica me açoitaram. Tentei manter indiferença diante de suas palavras.
–Não me importo. – falei numa voz fraca enquanto ligava meu computador.
–Não me importo. – falei numa voz fraca enquanto ligava meu computador.
–Que bom, isso
significa que você está se curando do amor que sente por aquele traste! E aí
qual a programação para depois do trabalho?
–Eu vou sair com
a Alice. Agora que aderi ao hábito das compras ela quer comprar coisas pra mim.
E um “não” não iria detê-la.
–Que sorte você
tem! A senhora Hale tem um ótimo gosto para roupas, ela vai te deixar ainda
mais deslumbrante! Eu vou querer ver o que ela vai comprar para você, viu?
–Tudo bem Jess.
Eu tentei me
concentrar em meu trabalho, mas uma parte de minha mente amaldiçoava Edward
pelo desrespeito. Até agora eu não o tinha envergonhado. Parece que eu era a
única a manter dignidade.
“Você vai me
pagar caro Edward!”.
Compras com Alice. Tentei dissuadi-la a não gastar uma fortuna comigo, mas ela não me deu ouvidos. Tenho que admitir que seu gosto por roupas era esplêndido. Jamais imaginei que ganharia roupas tão sofisticadas como as que ela comprou. Jantamos juntas e conversamos sobre bobagens. Alice era fantástica, pensei em perguntar se Edward era filho bastardo de Carlisle.
Após passar o
restante do dia com Alice, voltei sem nenhuma vontade para casa. Eram nove e
trinta e três, cedo para meus atuais padrões. A casa estava silenciosa,
Magdalena e sua filha já deveriam ter ido embora. Liguei as luzes da sala, mas
Edward não estava lá. Talvez nem estivesse em casa. Não pensei em procurar pela
casa a fim de encontrá-lo, ele que se explodisse com aquela vadia em algum
motel!
Abri a porta do
meu quarto e fiquei paralisada lá. Eu poderia imaginar encontrar qualquer coisa
no meu quarto, até um ladrão, menos Edward.
Ele estava
deitado em minha cama com roupa e tudo. Eu me aproximei cautelosa. Ele cheirava
a bebida.
–Que ótimo! – disse.
Peguei uma cadeira e coloquei bem próxima da cama. Sentei-me e fiquei encarando
um Edward inconsciente. Como eu ia remover aquele ser da minha cama? Ao olhar
seu rosto comprimido em meu travesseiro tive uma enorme vontade de acariciar os
cabelos acobreados, sentir o calor do seu corpo... Minha mão estendeu
involuntariamente, mas eu a detive.
Eu temia fraquezas como esta, eu temia desistir de tudo. Como eu era patética! Mas também mentir para mim mesma não era correto. Enquanto meu coração só tivesse Edward como ocupante, eu continuaria sendo patética. Eu queria amar outro alguém, mas até agora...
Eu temia fraquezas como esta, eu temia desistir de tudo. Como eu era patética! Mas também mentir para mim mesma não era correto. Enquanto meu coração só tivesse Edward como ocupante, eu continuaria sendo patética. Eu queria amar outro alguém, mas até agora...
Levantei-me e
ajeitei Edward melhor na cama. Retirei seus sapatos, afrouxei sua calça e sua
camisa, retirei a gravata deixando seus pertences à vista. Fiquei indecisa sem
saber o que faria, se deveria expulsá-lo do meu quarto ou procurar outro lugar
para dormir. Decidi tomar um bom banho primeiro e foi o que eu fiz. Após isso
vesti uma camisola, algo que Alice comprou para mim por algum motivo
insondável. Na hora de dormir eu não precisava ficar produzida. Após tudo estar
pronto, eu estar pronta para cair na cama, fiquei em um dilema. Acordar Edward
e expulsá-lo ou dormir no seu quarto?
“Melhor
acordá-lo.” – pensei aproximando-me dele. Foi naquele momento que notei as
marcas de batom em seu pescoço. A raiva me possuiu de tal modo que foi difícil
me segurar. Como ele se atrevia a sujar-se com outra e dormir em minha cama.
–Então é guerra
Edward? Vai ter guerra! – disse rumando para o meu closet. Eu me arrumei,
peguei uma bolsa com pertences e saí de casa. Mesmo cansada eu não iria
simplesmente dormir. Eu ia fazê-lo pagar de algum modo! Peguei um táxi em
frente ao condomínio. O motorista olhou para mim muito mais do que a cortesia
permitia. Perguntei-me se o tomara que caia preto justíssimo ou os saltos
vermelhos estavam muito sensuais.
–Para onde
senhorita? – perguntou.
–Leve-me a um
lugar badalado. – disse. Ele sorriu encarando-me pelo espelho retrovisor.
–É pra já! – disse acelerando com o seu carro. Eu relaxei no banco enquanto tramava o próximo passo.
–É pra já! – disse acelerando com o seu carro. Eu relaxei no banco enquanto tramava o próximo passo.
Edward pov’s
Eu estava muito irritado, ou talvez “irritação” não fosse à palavra ideal. Bella passou o dia INTEIRO, no domingo, fora de casa. Sem mencionar o fato de que ela não dormiu aqui. O pior de tudo era que este acontecimento me incomodava profundamente.
“Ela vai fazer alguma bobagem e a imprensa vai me crucificar!” – pensei. Eu não me preocupei até então com o que Bella poderia fazer caso ela se revoltasse com o modo como eu a estava tratando. Pensei que aceitaria calada. Perguntei-me qual foi o estopim para a mudança abrupta que estava ocorrendo nela. Pensei em Alice, teria ela contado do contrato? Não, se Bella soubesse eu já não estaria respirando.
–Que se dane! Eu não vou deixar aquela pirada mexer comigo. – disse em voz alta procurando o meu celular. Em breve eu teria diversão.
Estar com lindas mulheres costumava ser ótimo, mas agora...
A prostituta
acariciava meu peito após a transa enlouquecida que tivemos naquela tarde.
Estávamos deitados em uma cama, no seu quarto. Eu bebia vodca. Olhava o teto
tentando relaxar com o toque, apreciar o momento. Em vão.
–Inferno. – murmurei.
–Inferno. – murmurei.
–O que disse
querido? – a prostituta perguntou. Levantei-me desvencilhando suas mãos de meu
corpo. Sorvi o restante de vodca e me apressei em pegar minhas roupas.
–Já vai? Pensei
que ficaria o dia inteiro aqui. – a mulher cujo nome eu desconhecia disse
amuada. Ignorei. Do jeito que eu estava uma pilha não ia perder meu tempo.
–O programa já
está pago. – anunciei assim que estava completamente vestido. Saí rapidamente.
Uma transa
casual ajudou-me como forma de distração por algumas horas. Bella deveria estar
em casa e eu descansaria pelo resto do dia. Pensei em perguntar onde esteve,
mas isso poderia estabelecer um precedente ruim. Antes de ir para casa, porém,
tratei de almoçar em um restaurante qualquer.
Eu não imaginei que naquele momento eu me sentiria só. Enquanto comia, sorvia o vinho e olhava para o ambiente requintado, eu sentia algo estranho, muito incômodo. O vazio.
Eu não imaginei que naquele momento eu me sentiria só. Enquanto comia, sorvia o vinho e olhava para o ambiente requintado, eu sentia algo estranho, muito incômodo. O vazio.
Não era a
primeira vez que eu me sentia assim, eu já senti tal coisa tantas vezes! Quando
você tem pais que se destacam na sociedade pelos seus status, pela sua riqueza,
acostuma-se com a solidão. Alice e eu fomos criados por empregados. Termos um
ao outro ajudou a conter um pouco a solidão. Então tudo foi tirado de mim. Meu
pai se foi, ocupado demais com seu trabalho e mulheres promiscuas; minha mãe
morreu de tristeza; Alice encontrou Jasper e agora tinha sua própria família.
Eu não tinha ninguém. Culpar os outros pela minha condição de solitário era
fácil, muito fácil. Admito que a culpa seja minha, eu procurei por isso.
“Teria sido
muito melhor casar com a Tânia. Foi um erro me casar com a Bella, mas como eu
poderia saber que ela seria um peso?”.
Eu me perguntei
se aquilo iria durar. Se eu já estava uma pilha com a abrupta mudança de Bella,
ocorrida há poucos dias, então como seria daqui a algum tempo? Eu ainda teria
que esperar durante um ano e desse tempo só dois meses e alguns dias se passaram.
“Ou talvez eu
deva fazê-la pedir o divórcio, mas se até agora ela não pediu por que pediria
se eu tomasse uma atitude?”.
Bella não havia chegado. A pouca tranquilidade que consegui reunir durante o dia desapareceu com essa descoberta. Felizmente Magdalena e sua filha não haviam ido trabalhar, domingo era o dia de folga, e isso ajudou. Agora eu poderia mostrar minha irritação sem me preocupar com os olhares. O que estava acontecendo com Bella? Por que essa mudança? Se ela tivesse descoberto algo do contrato, ela jogaria na minha cara. O que eu poderia fazer para ter a Bella apagada, aquela que não me causava preocupações?
Tomei um longo
banho, vesti roupas confortáveis, tentei trabalhar em casa. Consegui fazer
algumas bobagens do trabalho, mas à medida que os minutos se passavam minha
impaciência impedia-me de pensar ou fazer qualquer coisa. Acabei indo para a
sala, sentar no sofá na penumbra, enquanto esperava por ela. Como eu a
encontraria? Bêbada? Drogada? Com marcas de chupões no pescoço?
Não demorou mais
de vinte minutos.
Ela entrou
timidamente, esforçando-se para não fazer barulho. Não se incomodou em acender
as luzes na certa não querendo chamar a atenção para si. Eu acendi a luz do
abajur para que ela me visse. Bella pareceu se assustar quando me viu. Então
sua expressão facial foi mudando até ser uma expressão nula. Aquilo me enervou.
Até quando ela continuaria a agir daquela forma desmedida? Senti seus olhos
castanhos analisando-me e então se manifestou.
–Está aqui em pleno domingo? Testemunhei um milagre! – falou num tom debochado. De fato antes de Bella mudar eu costumava passar o domingo inteiro fora. Bella me ignorou e passou a caminhar em direção ao corredor.
–Espero que essa prática de noitadas suas não comprometa seu desempenho na empresa. Eu não gostaria de tomar alguma atitude caso isso ocorra. – disse. Incapaz de conter a irritação que grasnava em mim.
–Está aqui em pleno domingo? Testemunhei um milagre! – falou num tom debochado. De fato antes de Bella mudar eu costumava passar o domingo inteiro fora. Bella me ignorou e passou a caminhar em direção ao corredor.
–Espero que essa prática de noitadas suas não comprometa seu desempenho na empresa. Eu não gostaria de tomar alguma atitude caso isso ocorra. – disse. Incapaz de conter a irritação que grasnava em mim.
–Atitude? Ora
não seria difícil para você me demitir, não é? Demita-me se eu faltar com a
empresa. Eu não me importo. Mas devo alertá-lo que isso não vai acontecer. – deu
mais um passo para se refugiar em seu quarto. Eu não iria deixá-la escapar, não
depois de me fazer de palhaço! Eu a segurei pelo braço. Ela não esperava pelo
meu ato, deu para perceber.
–Me solta. – pediu
calma, mas sua respiração e pulsação aceleradas a denunciavam.
–Se você me trair, e isto cair na boca da imprensa, você terá que sofrer as consequências. – falei. Era a única desculpa que havia pensado para explicar minha atitude, mas eu sabia que era outra coisa que me motivava, algo indefinido para mim. O que ganhei com minha atitude? Bella gargalhou com vontade.
–Sofrer as consequências? E quais seriam essas consequências, Edward? Vai me demitir? Ótimo, faça isso. Eu tenho competência suficiente para encontrar outro emprego. Vai aparecer por aí com suas vadias para me atingir? Faça isso, eu tô pouco me lixando! – aproximou-se de mim de um jeito provocativo, algo que jamais havia feito até então. – Vai me pedir divórcio? Faça isso. Se você está tão louco para se livrar de mim já deveria tê-lo feito. – ela se afastou e em momento algum olhou para trás.
–Se você me trair, e isto cair na boca da imprensa, você terá que sofrer as consequências. – falei. Era a única desculpa que havia pensado para explicar minha atitude, mas eu sabia que era outra coisa que me motivava, algo indefinido para mim. O que ganhei com minha atitude? Bella gargalhou com vontade.
–Sofrer as consequências? E quais seriam essas consequências, Edward? Vai me demitir? Ótimo, faça isso. Eu tenho competência suficiente para encontrar outro emprego. Vai aparecer por aí com suas vadias para me atingir? Faça isso, eu tô pouco me lixando! – aproximou-se de mim de um jeito provocativo, algo que jamais havia feito até então. – Vai me pedir divórcio? Faça isso. Se você está tão louco para se livrar de mim já deveria tê-lo feito. – ela se afastou e em momento algum olhou para trás.
Ela me deu a
única alternativa que eu não poderia ter: divórcio. Se eu pedisse algo assim
antes de um ano eu perderia tudo o que consegui. Estava fora de cogitação pedir
o divórcio.
“Seria tão mais
fácil se eu não me importasse com o que ela anda fazendo, mas...”.
Novamente fiquei a especular o motivo desta mudança. Nada me ocorria, muito embora os motivos estivessem diante de mim.
Novamente fiquei a especular o motivo desta mudança. Nada me ocorria, muito embora os motivos estivessem diante de mim.
“Talvez esteja
usando drogas...”.
Era estúpido, eu
sabia, mas após esperar alguns minutos caminhando para lá e para cá eu fui para
o quarto de Bella. Ela não estava à vista, estava tomando banho, então
aproveitei para vasculhar as suas coisas enquanto estava ocupada. Eu procurei
nos mais variados compartimentos do quarto tentando ser rápido e silencioso.
Não encontrei maconha, cocaína, anfetamina, crack nem nada similar.
“Talvez eu esteja exagerando...”- pensei. Mais uma rápida olhada e notei um brilho dourado no chão. Curioso, eu me aproximei e catei o objeto do chão.
Era a aliança de casamento que eu havia dado para Bella. Não acreditava que ela tivesse perdido, provavelmente jogou fora. Fiquei olhando aquele aro dourado por alguns minutos tentando entender por que eu estava chateado com o ato de Bella e foi nesse momento que notei que a porta do banheiro de Bella estava escancarada. Olhei rapidamente, quase que por reflexo, para lá e eu a vi. Estava de costas para mim, ocupada com o seu banho, imersa em qualquer outra coisa. Pude ver através do box de vidro seu corpo com uma nitidez impressionante.
Eu não sabia o que dizer ou o que pensar; eu estava abismado, confuso. Eu nunca imaginei que, por detrás daqueles moletons grandes e calças largas, existia um corpo tão bonito, tão convidativo ao toque. Claro que eu já havia visto Bella com roupas diminutas, inclusive a vi de lingerie, mas nunca nua.
Eu queria tanto...
“Talvez eu esteja exagerando...”- pensei. Mais uma rápida olhada e notei um brilho dourado no chão. Curioso, eu me aproximei e catei o objeto do chão.
Era a aliança de casamento que eu havia dado para Bella. Não acreditava que ela tivesse perdido, provavelmente jogou fora. Fiquei olhando aquele aro dourado por alguns minutos tentando entender por que eu estava chateado com o ato de Bella e foi nesse momento que notei que a porta do banheiro de Bella estava escancarada. Olhei rapidamente, quase que por reflexo, para lá e eu a vi. Estava de costas para mim, ocupada com o seu banho, imersa em qualquer outra coisa. Pude ver através do box de vidro seu corpo com uma nitidez impressionante.
Eu não sabia o que dizer ou o que pensar; eu estava abismado, confuso. Eu nunca imaginei que, por detrás daqueles moletons grandes e calças largas, existia um corpo tão bonito, tão convidativo ao toque. Claro que eu já havia visto Bella com roupas diminutas, inclusive a vi de lingerie, mas nunca nua.
Eu queria tanto...
Refreei o
pensamento antes que ele viesse. Saí rapidamente do quarto e me refugiei em meu
próprio aposento. Estava bestificado com a imagem de Bella e com o pensamento
que quase exteriorizei. Eu devia estar louco!
Manhã de segunda-feira. Eu estava... Um caco.
Não havia
dormido bem. Ainda sim levantei cedo, tratei de me arrumar. Magdalena e sua
filha já estavam em casa. Tomei meu café alheio a tudo tentando controlar a
confusão que sentia. Eu não estava sendo mais racional com Bella e isso me
assustava. Talvez eu devesse ficar fora de casa, pensei. Alugar um espaço e
dormir lá algumas noites. Mas eu não queria isso, apenas admitia que fosse o
melhor pra mim. O que eu faria?
Após o café
segui para o estacionamento pegando meu carro. Eu queria entende-la, mas para
isso eu precisava de um pouco mais de proximidade. Talvez fosse um erro, mas
era o que eu faria.
Estacionei em
frente ao meu condomínio. A aliança que Bella jogou fora estava guardada no
bolso interno do meu paletó.
Ela não demorou
a sair, estava diferente. As roupas que vestia, com um toque de ousadia,
lembraram um pouco as vestes de Tânia. Aquilo me enervou. Por que estava usando
estas roupas provocativas? Queria me enfurecer? Ela me notou e olhou-me
espantada.
–Entra. Vou lhe
dar uma carona. – disse. Nem eu sabia o que eu estava fazendo. Ela bufou.
–Quem disse que
vou com você? Prefiro ir na roda do ônibus lotado! – falou seguindo para o ponto.
Admito, se tinha
uma coisa que eu odiava era perder. Eu não iria perder, não sem antes lutar.
–O que? Agora
vou ter que pagá-la para que aceite uma simples carona? – perguntei. Bella
parou. Isso era bom.
–É. Pague-me bem
e posso reconsiderar. – cruzou os braços em frente ao corpo esperando. Sorri.
Retirei meu talão de cheques que sempre estava no bolso interno do meu paletó e
encostei-me ao carro para assiná-lo.
–Diga seu preço.
–Acho que
podemos começar com dois mil. – Bella disse. Sorri. Se ela soubesse que gasto
isso quando compro gravatas para mim...
–Você não é nem
um pouco gananciosa. Poderia ter pedido um pouco mais. – falei enquanto passava
o cheque para ela. Ela o pegou, dobrou, e colocou em seu decote. Acompanhei seu
movimento sem perceber.
–E então, vamos?
– sua voz soou acordando-me de meu devaneio. Ela entrou no carro e em seguida
fechei a porta. Claro que Bella agiu com indiferença o caminho todo até a
empresa. Olhava para fora da janela. Não quebrei o silêncio. Eu a olhei de
esguelha, suas roupas atiçavam-me e certamente atiçariam outros funcionários.
Quando chegamos à empresa, fui logo tirando o meu paletó. Não abri as travas de
propósito sabendo que, se o fizesse, Bella escaparia.
–Pode abrir a
porta para mim? – virou-se para mim. – O que está fazendo? – perguntou surpresa
com meu ato.
–É pra você. – passei
o paletó para ela. – Caso não tenha percebido suas vestimentas estão em
desacordo com o código da empresa. – falei frio. Ela iria estranhar meu ato,
mas eu não estava nem aí.
–Ao invés de
criticar minhas veste por que não dá o seu paletó para ela? – apontou para fora
do carro, avistei Tânia. Merda! – Ela está completamente fora dos padrões. – disse
e saiu.
Suspirei
frustrado. Enquanto saáa eu notei a tensão entre as duas. Tânia nunca gostou de
Bella, mesmo que Bella nunca tenha feito nada por ela. Estudei os fatos. Tânia
a olhou dos pés a cabeça surpresa com as vestimentas ousadas de Bella. Bella
notou o rápido estudo de Tânia e sua cara antipática para com ela. Bella
procurou ignorá-la caminhando casualmente. Tânia a olhou com fúria. Bella
parou.
–O que é? Cara
feia pra mim é fome! – disse e saiu. Eu não me agüentei. Reprimi fortemente uma
gargalhada e quando Bella estava longe demais para ouvir eu ri com vontade.
Tânia me olhou mortiferamente.
–Por que está
rindo? E o que deu na pirada da sua esposa? – esbravejou. Dei de ombros.
–Não sei. Ainda estou tentando entender. – caminhei e Tânia prontamente passou a caminhar ao meu lado.
–Não sei. Ainda estou tentando entender. – caminhei e Tânia prontamente passou a caminhar ao meu lado.
–Por que ela
estava toda emperiquitada? Por um acaso está tentando seduzi-lo já que você não
dá a mínima pra ela? – ela perguntou retoricamente.
Eu estaquei. Não
pensei nessa possibilidade, que esse jeito todo de Bella fosse para chamar
minha atenção. Mas se era esse o objetivo por que ela era fria, ríspida, até
ignorante comigo? Estaria ela querendo agradar os meus olhos ou os olhos de
outra pessoa? A desconfiança me tomou. Ela saía por aí, talvez estivesse com
alguém...
–Edward, que
cara é essa? – só então notei que estava parado, olhando para o chão e Tânia me
sondava com o olhar. Procurei me recompor.
–Não é nada.
Bella estava estranha, mas minha reação as suas mudanças era mais estranha ainda. Eu não estava mais surpreso com ela, mas comigo mesmo. Eu deveria agradecer aos céus por Bella me ignorar, era tão mais fácil conviver com alguém que não ligava para você! Mas ao invés disso eu estava inquieto, frustrado, tenso, furioso... Um jorro de sentimentos que me açoitavam.
Como pude deixar
Bella me modificar desse jeito?
–Edward! – a voz
de Tânia soou. Tapei meus ouvidos.
–Não grite. – ordenei.
–Então pare com
isso! Por que está aí todo bobo? É por causa daquela songamonga que agora quer
se produzir?
–Tânia, se não
calar a boca, eu faço isso por você. – ameacei. Ela calou-se.
Segui com meus
compromissos, mas não consegui me focar inteiramente nisso. Eu me arrependi de
ter pagado para Bella aceitar uma carona minha, mas não estava muito racional
naquele momento.
Tânia estava
furiosa comigo, mas calou-se. No entanto eu a conhecia e sabia que a qualquer
momento ela iria se manifestar. Dito e certo. Quando estávamos no horário do
almoço ela despejou.
–Tá assim por
causa da Bella?
–Não Tânia. Tire
essa idéia ridícula da cabeça. – disse tranquilo enquanto olhava minha caixa de
e-mails.
–Não negue
Edward. Parece até que... Que você está apaixonado por ela.
As palavras de
Tânia me paralisaram. Eu fiquei perplexo por alguns minutos. Eu nunca pensei
nessa possibilidade, nunca. Era absurdo! Eu nunca me apaixonei e não seria
agora que me apaixonaria. Levantei-me e olhei com fúria para Tânia, ela se
encolheu.
–Edward? – perguntou
quando viu que eu me aproximava dela. Peguei sua mão com força.
–Vou mostrar
para você como está errada! – disse ríspido e saí rebocando Tânia de minha
sala. Ignorei os olhares lançados para mim, os demais funcionários estranhariam
minha atitude. Afinal eu era casado e estava de mãos dadas com minha secretária.
Não me importei. Que vissem e falassem para Bella! Que ela se revoltasse com
meu ato e aproveitasse para pedir o divórcio! Eu não estava nem aí!
–Edward, o que
está fazendo? Aonde vamos? – ela perguntou atordoada com meu ato. Eu devia
estar agindo como louco e ela estava alarmada achando que eu iria bancar o
psicopata.
–Para um motel.
– falei frio. Ela sorriu sensualmente. Claro.
Assim que passamos pela porta Tânia foi se desvencilhando das próprias roupas e veio me beijar. Eu a tomei com ferocidade chegando a machucá-la, mas Tânia não reclamou. Eu a joguei na cama. Tânia, trajando apenas lingerie, veio me beijar no pescoço enquanto eu tentava retirar meu paletó. Por alguns instantes eu me deixei envolver pelo erotismo daquele momento querendo apenas retirar minhas roupas e me deliciar com o corpo de Tânia. Mas quando fui abrir meus olhos após retirar a gravata e o paletó, quando tentei olhar para Tânia eu vi outra coisa.
–DEUS! – gritei
afastando-me. Os cabelos castanhos que antes vi espalhados pelo travesseiro
foram tornando-se loiros e então a imagem que tive de Bella na cama voltou a
ser Tânia.
–O que há amor?
– perguntou. Eu peguei meu paletó no chão assim como a gravata e me vesti.
–Vamos embora. –
disse.
–O QUE? COMO
ASSIM? – Tânia reclamou; eu ignorei suas reclamações.
Deixei Tânia na
empresa pedindo para que adiasse meus compromissos e sumi com o carro. Eu
precisava ficar só para pensar, para tomar decisões. Eu não sei. Eu estava
preso em um turbilhão de sentimentos, um lugar caótico. A única alternativa
para esquecer tudo encontrada por mim foi beber.
Não sei quanto eu bebi, só sei que consegui chegar em casa sem bater meu carro em algum poste. Ainda assim eu estava zonzo, mal conseguia ficar de pé. Nas mãos tinha uma garrafa de vodca que não havia aberto. Eu a abri quando estacionei meu carro e fui bebendo enquanto seguia para a minha cobertura.
Bella não estava lá naturalmente. Onde deveria estar? Em algum lugar me colocando um belo par de chifres? Eu sentei no sofá e bebi todo o conteúdo. O problema era que antes de terminar a garrafa eu perdi a noção de tudo, entrando na inconsciência.
Continua...
Ahhh... eu sabia, eu
sabia. Ele está totalmente apaixonado por ela e agora a ficha está começando a
cair. Quero ver o que ele vai fazer quando descobrir que é tarde demais, que
ela não vai perdoá-lo tão facilmente? E a vingança dela está começando a surtir
efeito. Volto com mais amanhã. Beijos.
Oi honey!! adoreiiii ja esta vendo ate a bella com ele na cama!!! Bom muito bom isso tende a piorar agora que ela viu as marcas de batom no pescoso dele quem sabe ela cosegue beijar alguem né! anciosa pelo proximo cap. Beijusculo ate!!
ReplyDeleteOi Nessie,
DeleteAs coisas vão ficar bem ruins pra ele agora que a Bella acordou pra realidade. Ele vai ter que ralar muito pra reconquistar seu amor e principalmente seu respeito.
Beijos.
APAIXONOU!!
ReplyDeleteCom certeza! Tá de quatro por ela!
DeleteBeijos
Perfeita!
ReplyDeletequado a coisa começa a ficar assim é porque ja ta pra la de apaixoado kkk
só falta ele percebe isso e começa a tentar conquista-la novamete!
E ele vai perceber e vai sofrer bastante por isso.
DeleteEla vai deixá-lo desesperado com suas atitudes.
Beijos