Oi pessoal! Hoje Bella encontra uma
surpresinha em seu quarto e sua atitude acaba deixando Edward desesperado...
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 16
Bella pov’s
Edward estava me traindo. Poderia
ser com Tânia ou com outra vadia qualquer. Eu lhe ofereci tudo inclusive o meu
corpo, mas Edward me recusou preferindo pagar para ter o prazer com uma
estranha. Estes pensamentos nocivos me açoitaram repetidas vezes. Por que
comigo? Por que Edward fez isso comigo? Por que matou o amor tão puro que eu
nutria por ele?
Eu jamais o entenderia.
O pior era que eu estava me
rebaixando ao seu nível. Aqui estava eu dentro de um táxi preparada para ficar
com o primeiro sujeito que aparecesse. Agindo assim eu seria igual a ele e nem
poderia contestá-lo. Essa não era a melhor forma de superar, eu sabia.
–Moça? Chegamos. Este é o lugar
mais badalado que conheço. – o motorista disse. – Moça? Chamou novamente quando
percebeu que eu não notava seu chamado. Eu o olhei. Em seguida olhei a janela
do táxi para a boate que o motorista me trouxe.
–Mudança de planos. Leve-me a um
hotel. – disse numa voz estranha até para mim. Ele me olhou confuso, mas acatou
meu pedido.
–Como quiser.
O hotel em que me hospedei para
uma única noite era simples, mas até mesmo um local menos abastado serviria.
Não bebi desta vez, mas com toda a sinceridade seria melhor ficar alcoolizada.
Quando eu estava sóbria as lembranças do inferno que vivi com Edward durante
dois meses me atormentavam. Então eu não me surpreendi quando a vontade de
chorar veio. Deitei na cama e chorei à vontade, sem me preocupar com nada já
que não havia ninguém para testemunhar o meu momento de fraqueza.
Eu sonhava com um casamento dos
sonhos, eu queria ter tido um casamento assim. Eu queria ter vivido um conto de
fadas com Edward. Tudo estava perdido... Tudo.
“Se eu não serei mais feliz,
Edward também não será!” – pensei e não me importei com a mesquinharia dos meus
pensamentos. Acabei adormecendo após chorar.
–Hmmm... – murmurei. Grogue,
coloquei a mão em meus olhos para impedir a passagem de luz pelas minhas
pálpebras. Tentei me lembrar de tudo o que aconteceu antes de eu acordar.
Lembro-me de Edward, bêbado, em minha cama e como se não bastasse ele tinha
marcas de batom no seu pescoço...
–Babaca! – esbravecei sentando-me
na cama. Tudo era só calmaria no quarto de hotel em que passei a noite.
Distraidamente eu peguei minha bolsa e meu celular no interior da bolsa. Foi naquele
momento que vi:
1º - Haviam diversas chamadas não
atendidas, até mesmo chamadas de Edward;
2º - Já passava do horário de
entrada na empresa.
–PUTA QUE PARIU! – gritei pulando
da cama, catando as poucas peças de roupa que tirei e que estavam no chão e
praticamente correndo para a saída.
Sim, eu estava perdida! Poderia
ter ido diretamente para a empresa, mas já era tarde demais. Ao invés disso
passei em casa, tomei um bom banho, troquei de roupa e comi algo ofertado pelas
empregadas. Eu não sabia o que diria para justificar o meu atraso, mas sabia
que Edward esbravejaria, talvez até me demitisse...
“Que o faça! Tenho certeza que
posso conseguir um emprego muito melhor do que o de contadora daquela empresa!”
– pensei, enchendo-me de confiança e adentrando a empresa. Notei os olhares
sobre mim, claro, eu não só estava fisicamente diferente como aquela era a
primeira vez que atrasei. Ouvi uns assovios, algo atípico para mim. Quando eu
era a Bella simplória escondida por detrás de roupas largas nunca ouvi um
assovio sequer dos homens que trabalham ali, mas agora era diferente. Eu usava
uma calça jeans azul bem justa, salto alto rosa e um blazer branco por cima da
blusa branca. Estava maquiada e usava meus cabelos soltos muito bem escovados.
Isso me enojava, essa superficialidade dos que me cercavam.
Cheguei ao meu local onde
trabalho, Jess estava lá. Levantou-se rapidamente quando me avistou.
–BELLA! Onde esteve? Fiquei
preocupada, você não é de faltar e...
–Eu estou bem Jess. – sentei em
minha mesa ligando meu computador. – Alguém notou meu atraso? – perguntei
sabendo o que me diria.
–Todo mundo notou! Você nunca fez
isso? Estávamos cogitando a possibilidade de você estar morta.
–Não seja dramática Jess! Eu só
perdi a hora, só isso.
–E como perdeu a hora? Por que o
imprestável do seu marido não a acordou?
–Por que eu não dormi em casa. –
disse, mas não imaginei que Jess levaria para outro sentido o que disse.
–Isabella Marie Swan Cullen, você
ficou com alguém ontem? – perguntou assustada.
–Não, mas não dormi em casa. Eu
fui dormir em um hotel.
–E por que fez isso Bella?
Lembrei-me de Edward e seu estado
deplorável. Ponderei não contar, mas Jess já sabia de tudo, assim como Ângela,
e elas foram legais em me contar a verdade que me escapava, de que Edward me
traia.
–Ele estava bêbado, dormindo na
minha cama. O pescoço cheio de marcas de batom. Eu não ia ficar naquela casa! –
tentei ser indiferente, mas não acho que tenha enganado Jessica.
–Que estranho. Por que ele foi
deitar justamente na sua cama?
–Sei lá Jess. O cara parece estar
pirando com o meu comportamento. Não entendo o porquê disso. Minha indiferença
só deveria facilitar as coisas para ele.
–Sei não Bella. Acho que toda
essa mudança o está perturbando. – o tom de voz de Jessica me fez olhar para
ela. Jess tinha um sorriso matreiro no rosto.
–O que quer dizer? – perguntei
sem entender a lógica da sua afirmação.
–Sabe o que dizem sobre os
homens, eles adoram mulheres que os maltratem.
–O que está insinuando? Que eu
estou fazendo Edward gostar de mim? – falei descrente. Jessica deu de ombros.
–Se acha que o que digo é
impossível então como explica o modo como ele ficou após descobrir que você não
estava aqui na empresa? – Jess perguntou retoricamente.
–Como ele ficou? – perguntei em
um tom de voz fraco.
–Foi uma coisa estranha. Um misto
de preocupação e fúria. Foi tão bonitinho! Ele andava de um lado para o outro
olhando para cá. Eu deveria ter filmado isso! – Jess gargalhou e fiquei
frustrada em saber que tinha perdido a chance de ver a expressão que Jess
descrevia, devia ter sido cômica.
–Ele ligou para mim, mas eu não
atendi. Eu não ligo para o meu atraso. Vou ficar quietinha aqui no meu canto
trabalhando e provavelmente eu só o verei... – falei de costas para Jess com os
olhos no meu monitor.
–Bella. – a voz interrompeu o que
eu dizia. Eu teria ignorado a voz e continuado a falar se fosse Jessica, mas
não era. Eu parei o que estava fazendo e lentamente girei minha cadeira até
encontrar com um par de olhos cor de âmbar que me fitavam ameaçadores. Jess
estava parada, os olhos vidrados na expressão mortífera de Edward. Eu diria que
naquele momento ela estava com medo dele. Edward realmente era intimidador,
costumava ser há dois meses atrás quando eu era apenas uma mongolóide que
achava ter alguma importância para ele, mas agora eu era outra. Aquela
expressão de fúria contida, de frieza ou o que quer que fosse não me assustava
mais. Num tom estranhamente despreocupado, até mesmo para mim, eu disse:
–Boa tarde, senhor Cullen.
Meu tom formal e frieza devem ter
sido um combustível para sua ira. Seu rosto ficou vermelho, suas narinas
inflaram.
–Venha comigo. – disse numa voz
baixa, mas intensa. Eu levantei com toda a calma do mundo e segui para a sua
sala. Edward andou atrás de mim, seus passos eram ruidosos no piso de porcelanato
preto. Assim que passamos pela porta sentei em uma poltrona em frente a sua
mesa. Eu pensei em mentir, dizer que passei mal e tentar conseguir um atestado
falso, mas a Bella que sempre fui era verdadeira, eu não iria deixar à antiga
Bella se eclipsar totalmente.
Esperei que Edward se
manifestasse, mas ele não falou nada por um bom tempo. Tudo o que eu ouvia era
sua respiração rápida.
–Vai me demitir pelo meu pequeno
atraso? – perguntei com descaso.
–Acha que chegar à empresa às
cinco horas é um pequeno atraso? – ele perguntou com um tom de sarcasmo.
–Eu ainda tive que passar em casa
para me arrumar, demorou mais tempo do que o previsto.
–Provavelmente esteve de farra
por aí, não é? Dormiu sabe-se lá Deus onde e a ressaca a impediu de despertar
rapidamente. – ele dizia e sentia que tentava se controlar.
–Não é nada disso. É que um
BABACA dormiu na minha cama, completamente alcoolizado. Eu não tive outra opção
que não fosse ir dormir em um hotel. O problema é que não consegui dormir
direito e isso acabou com meu horário biológico. – disse num tom casual. – Senhor
Cullen, eu posso trazer o babaca para testemunhar ao meu favor. – falei num tom
brincalhão.
Edward ficou calado. Eu esperei
que ele reagisse as minhas palavras rudes.
–Eu prometo repor este tempo
perdido. Agora eu preciso ir trabalhar. – levantei da poltrona em que estava
sentada. Eu olhei fixamente para a porta querendo sair e tentar me distrair.
Quando passei por Edward ele segurou meu braço, de um jeito brando. Eu encarei
a porta.
–O que é agora? – perguntei fria.
– Eu preciso ir. – disse e em momento algum olhei para ele.
Edward não me soltou. Eu esperei.
Quando a impaciência me tomou decidi encará-lo. A expressão que ele fazia era
estranha, aparentava estar confuso.
–O que está acontecendo com você?
– ele perguntou e notei um tom preocupado em sua voz. Não parecia ser mais o
Edward frio com que eu estava acostumada a lidar. Aquilo me desequilibrou.
–Largue o meu braço. – disse e
prontamente ele me obedeceu. Saí em disparada para minha sala.
Uma coisa que eu odiava, mais do
que encontrar evidencia de que Edward me traia, era quando ele mudava para algo
próximo ao Edward por quem eu me apaixonei. Entrei bufando na minha sala e logo
captei a atenção de Jessica.
–Foi demitida? – perguntou.
–Não, ainda não.
–Nossa, o Edward está amolecendo
mesmo! E qual foi a sua desculpa para não receber uma bronca?
–Eu disse que perdi o sono por
que um babaca dormiu bêbado na minha cama. Ele se calou depois dessa.
–HÁ HÁ HÁ HÁ! SÉRIO QUE VOCÊ
DISSE ISSO? TOMAAAAA! HÁ HÁ HÁ!
–Menos Jess. – disse num tom
falso de reprimenda.
–Tudo bem. – disse tentando se
conter. – Nosso assunto: festa na sua antiga casa hoje à noite. Convidei alguns
poucos amigos. Vamos depois daqui, pode ser?
–Por mim tudo bem. – e estava
bem. Faria qualquer coisa para ficar ausente. – Mas não vou demorar. Não quero
que o meu atraso se transforme em hábito.
–Por quê? O Edward deixou passar,
pode deixar passar novamente. – Jess resmungou.
–Nem pensar Jess. Eu não quero
dever nada a ele.
E realmente eu não queria dever
nada, não queria que o fato de ser sua esposa me desse privilégio, algo que
nunca ocorreu. Lembrei-me do meu choro da noite anterior, o sofrimento de dois
meses que ameaçou reaparecer e me esmagar. Sem perceber eu estava curvada sobre
minha mesa, a cabeça em cima do teclado do computador.
–Bella, o que foi? – Jess
perguntou.
–Nada. Não é nada.
Fim de expediente. Ângela nos
encontrou e seguimos para o ponto do ônibus, mas nos surpreendemos quando vimos
o carro de Jess, um Mercury branco.
–O que o seu carro está fazendo
aqui? – perguntei.
–Decidi parar de bancar a mão de
vaca e manter o tanque cheio para usá-lo. Já que estou emancipada posso ter meu
carro de volta também. Vamos. – Jessica entrou no carro sendo seguida por Ângela
que entrou no banco de trás. Quando dei um passo para entrar no veículo vi um
carro preto estacionado atrás do carro de Jessica, um carro que não estava lá
até então. Eu olhei para o lado do motorista sabendo exatamente quem estava lá
e me observava. E então eu entrei no carro de Jessica, no lado do carona, para
a festa que ela estava promovendo em meu antigo apartamento.
–Vai ser uma festa pequena, só
com amigos íntimos. – Jess falou enquanto dirigia. Lancei um olhar para Ângela
que estava sentada atrás de mim e nós sorrimos.
–Até parece. – dissemos em
uníssono.
–Foi como eu imaginei, a casa
estava lotada! Havia apenas bebidas, nada de alimento. Constatei que a maioria
das pessoas ali eram funcionários da empresa de publicidade concorrente a de
Edward. Jessica me apresentou a todos, eu fui simpática e cheguei a participar
de algumas rodas de conversa, mas com toda a sinceridade não estava me sentindo
bem. Não era culpa das pessoas, elas eram divertidas. O problema era meu estado
de espírito sempre abalado por Edward, mesmo que ele não estivesse diante de
mim.
A barulheira da música começou a
me incomodar. Tratei de sair dali querendo apenas me isolar e pensar como eu
sempre fazia. Pensar em Edward, infelizmente. Fui para o terraço do prédio, um
lugar muito familiar pra mim. Eu costumava ir para lá quando não estava
conseguindo dormir, antes de Edward entrar em minha vida e acabar com ela. Mas
não consegui encontrar paz ao chegar ao terraço, sempre vazio, silencioso, e
com uma linda visão da noite. Ainda assim fiquei por lá agradecendo ao fato de
que a barulheira da festa promovida por Jessica não quebrasse o silêncio do
local. Eu me aproximei do parapeito e fiquei ali tentando não pensar em nada,
apenas em como era gostoso sentir aquela brisa gelada passando pelo meu rosto
e...
–Também não curtiu a festa? – uma
voz masculina me despertou. Olhei para trás e vi um rosto conhecido em meio à
penumbra, afastado das luzes da cidade.
–Você é amigo da Jessica, não é?
– perguntei enquanto via a silhueta do rapaz aproximar-se, nas mãos duas
garrafas de cerveja.
–Isso aí. Jacob Black. Nós já
fomos apresentados antes. – ele disse risonho e me estendeu uma garrafa. Eu a
peguei e voltei a olhar para a paisagem abaixo de nós, a paisagem urbana que
apesar de caótica ainda encantava.
–E aí? Curtindo esse pedaço de
paraíso chamado “terraço”? – perguntou apenas para manter um diálogo entre nós.
–Bom eu curto esse terraço desde
que me entendo por gente. – falei num tom um pouco sarcástico. – Eu sempre vim
aqui quando morava nesse prédio. Não é novidade para mim.
–Mas ainda assim esse lugar
fascina, não é? – Jacob disse. Eu o olhei e vi que olhava para frente enquanto
bebia da sua cerveja.
–Sim. – concordei.
–Hoje você está sem aliança. Você
se divorciou desde aquele dia que nos conhecemos? Você é rápida hein? – ele
falou num tom brincalhão. Eu tinha todo o direito de ficar chateada com suas
palavras, mas não fiquei. Sorri.
–Não se desfaz de um casamento de
uma hora para outra, sabia? Por mais que a minha vontade seja de mandar tudo a
merda, eu tenho que manter o casamento. – disse num tom amargo virando a
garrafa, ignorando o fato de que quase me engasguei com a bebida.
–Isso depende. O problema é tirar
o cara do coração, aí o casamento acaba. – ele falou. Com essa tive que
olhá-lo, mas Jacob parecia alheio as próprias palavras.
–Tem razão. – foi tudo o que eu
disse e por alguns instantes ficamos em silêncio bebendo nossas cervejas.
–Eu sei que eu não tenho nada
haver com isso, mas parece que você está infeliz com esse casamento. Eu fui um
pouco intrometido e perguntei a Jessica qual era o problema. Ela não disse
nada, mas imagino que deva ser... Sabe... Ele deve traí-la.
–Então até você que não tem vínculo
com a empresa sabe? Eu fui a última a descobrir mesmo! – disse irritada.
Lembrar de Edward era mesmo nocivo. Fiz menção de sair.
–Hei, não vai! Desculpa! Cara, eu
não deveria me meter nisso.
–Tudo bem. De qualquer forma eu
pretendia ir para casa. Obrigada pela cerveja. – disse.
–Olha não fica chateada comigo,
mas sabe... aproveitando que eu já estou ferrado com você por ter tocado em um
assunto desses... esse tal Edward Cullen é um babaca.
Virei-me.
–Por que diz isso? – perguntei
aturdida.
–Você deve saber. Por que você é
uma pessoa legal, pelo menos foi o que eu percebi. Ele é um otário pelo que
faz.
–Fala isso por que eu sou bonita?
Mas caso você não saiba eu já fui alguém repugnante que homem nenhum...
–Olha, eu tô dizendo isso por que
você parece legal e não por que você é bonita. – ele disse tentando conter a
irritação que minha voz demonstrava.
As palavras dele me deixaram sem
fala. Nunca ninguém disse algo assim pra mim, a não ser Edward. Mas o que ele
disse não significou nada afinal. O mesmo discurso mentiroso, mas... Quando
olhava para o tal Jacob eu sentia uma sinceridade ferrenha.
–Eu preciso ir. – murmurei e saí
sem nem me despedir direito. Jacob devia pensar que tenho problemas mentais,
mas quem começou a tocar em assuntos pessoais foi ele. Eu não entendia como ele
pôde comentar minha vida daquele jeito e por que eu não senti que ele agia como
um intruso fazendo isto. Pensei em falar com Jessica e me despedir dela, assim
como de Ângela, mas acabei indo sem falar com ninguém. Peguei um táxi na porta
do prédio. Não fui para casa, eu não poderia. Pedi para que me levasse em um
bar. Eu tinha um dinheiro, gastei tudo com bebidas ignorando o fato de que
precisaria de dinheiro para voltar para casa. Tomei um, dois, três coquetéis.
Eu adorava quando minha cabeça ficava turva, pesada, e não sobrava espaço para
pensamentos dolorosos. E as palavras de Jacob vinham distantes em minha cabeça.
Isso depende. O problema é
tirar o cara do coração, aí o casamento acaba.
Eu sei que eu não tenho nada
haver com isso, mas parece que você está infeliz com esse casamento. Eu fui um
pouco intrometido e perguntei a Jessica qual era o problema. Ela não disse
nada, mas imagino que deva ser... Sabe... Ele deve traí-la.
Olha não fica chateado comigo,
mas sabe, aproveitando que eu já estou ferrado com você por ter tocado em um
assunto desses, esse tal Edward Cullen é um babaca.
E eu que pensei que teria uma
noite tranqüila, tive uma das piores da minha vida. Não me importei com nada,
trabalho, dinheiro, saúde, nada. Bebi até minha cabeça tombar no balcão do bar
em que estava.
Edward pov’s
Um cheirinho bom invadiu minhas
narinas, cheiro de mulher. Enterrei meu rosto em um travesseiro onde o perfume
era mais concentrado. Eu conhecia aquele cheiro, ele me deixava tranquilo.
Demorou meio minuto para eu perceber quem este cheiro me lembrava. Quando abri
os olhos pulei de susto.
–MAS O QUE... – olhei em volta
atordoado. Eu estava no quarto de Bella, havia amanhecido. Bella, claro, não
estava lá. O pior era pensar em que conclusões ela chegou ao me ver em sua
cama, o que pensaria do meu ato? Notei que meus sapatos haviam sido retirados,
minha gravata foi retirada. Alguém havia feito isso por mim. Teria sido Bella?
Eu duvidava, era mais fácil ela me matar durante o sono. No entanto não
consegui pensar em mais ninguém. Vi minha gravata dobrada em cima de uma
poltrona, eu me levantei e a peguei. O perfume de Bella, o mesmo concentrado em
seus lençóis estava na gravata. Ela fez isso por mim.
“Merda, que situação complicada!”
– pensei. Procurei por Bella, mas só encontrei com Magdalena e sua filha.
–Oi, vocês viram a Bella? –
perguntei a Magdalena.
–Não senhor Cullen, eu não a vi
desde que entrei. – ela falou. Voltei a procurá-la pelo enorme apartamento.
Olhei o relógio, estava cedo demais para Bella ter saído.
“Deve ter dormido fora. Mas ela
esteve no quarto então foi embora após ter me visto lá”.
Deixando as especulações de lado
tratei de me arrumar, precisava ir à empresa.
Olhei o relógio com fúria. Bella
já deveria estar na empresa à uma hora, mas não apareceu. Ela até poderia cair
na gandaia, mas até então nunca chegou atrasada. Meus pés batiam no piso e
Tânia estava tão absorta com os meus compromissos que não notou.
–Você tem uns quinze minutos de
descanso antes do seu encontro com o pessoal dos sabonetes Velux que
contratarão os nossos serviços.
–Ótimo. Tânia, vá até o saguão e
os receba. Eu vou ficar aqui descansando um pouco. E peça para alguém me
trazer um café, eu estou de ressaca. – disse recostando-me melhor em minha
poltrona, afrouxando o nó da gravata.
–Ok. – Tânia disse saindo da
sala.
Fiquei surpreso que ela estivesse
se comportando após suas especulações bestas de ontem. Olhei novamente meu
relógio de pulso. Havia pedido ao supervisor do setor da contabilidade que me
avisasse quando Bella chegasse, mas até agora...
“Eu nunca fui de fazer isso, mas
eu devo ligar. E se aconteceu algo com ela?” – perguntei-me, pegando o meu
celular de dentro do bolso interno do paletó. Bella estava instável, poderia
fazer uma bobagem e eu seria o único culpado. Procurei o numero de Bella em meu
celular, trêmulo. Enquanto discava eu saí de minha sala e caminhei para o setor
da contabilidade, olhei para o espaço que deveria ser ocupado por Bella, mas
que estava vazio. O celular de Bella tocou até cair na caixa postal. Isso me
enervou. Enquanto caminhava pelos corredores continuei a ligar repetidas vezes depois,
durante meu encontro com clientes, e depois. Nem sei quantas vezes liguei.
Passava pelo setor de Bella, mas não a via. Jessica, amiga de Bella, olhava-me
com curiosidade. Eu me perguntei se ela sabia de algo. Antes de perguntar a ela
(esse seria meu último recurso) liguei para Alice. Ela atendeu rapidamente.
–Oi mano!
–Alice, viu a Bella? – perguntei
enquanto caminhava de volta para a minha sala.
–A última vez em que a vi foi
ontem após as compras.
–Vocês saíram para fazer compras?
– perguntei. – Porque não me avisou?
–Por que não vi necessidade. Você
não sabe onde ela está? – Alice perguntou.
–Não. Eu ligo para ela, mas
ninguém atende. Ela já deveria estar aqui na empresa. Bella não é de se atrasar
e eu... – parei tentando controlar-me. Eu estava atarantado com o sumiço de
Bella.
–Calma! Eu vou ver se a localizo.
Ligo se encontrá-la. E você trate de fazer o mesmo! – Alice disse antes de
desligar. Conversar com a minha irmã apenas aumentou a minha preocupação.
Decidi perguntar as suas amigas do trabalho, elas deviam saber de algo, mas se
não soubessem...
Um barulho na porta me despertou.
Vi o supervisor do setor da contabilidade entrar.
–Senhor Cullen, a senhora Cullen
acaba de chegar. – ele disse e logo se retirou.
Se eu estava preocupado
culpando-me pelo destino cruel que poderia ter abatido Bella, essa preocupação
se exauriu dando lugar a uma fúria surpreendente. Marchei para fora indo ao
local de trabalho de Bella, querendo esganá-la por ter desaparecido. Contei
mentalmente até cem enquanto seguia para onde Bella estava. Eu a vi, mas o alívio
sentido foi eclipsado pela raiva. Parecia tranquila, muito bem vestida,
conversando com a colega de trabalho. Enquanto eu estava uma pilha achando que
algo ruim havia acontecido a ela. Bella tinha os olhos no monitor quando eu me
aproximei da divisória.
–Bella. – eu a interrompi. Com
toda a calma do mundo Bella virou-se para mim, a cara entediada. Era engraçado,
logo eu que sempre fui relativamente calmo, estava estourando de raiva. Ela
falou, numa voz calma demais até para essa nova Bella.
-Boa tarde, senhor Cullen.
– seu tom formal e frieza foram um combustível para minha ira.
Bella seguia para a minha sala a
minha frente. O modo como andava, assim como as roupas que vestia... Ela estava
tão diferente! Ao entrar em minha sala sentou-se em uma poltrona. Eu fiquei
imóvel próximo a porta pensando no que diria, tinham tantas coisas que eu
queria jogar na cara de Bella!
-Vai me demitir pelo meu
pequeno atraso? – perguntou despreocupada.
–Acha que chegar à empresa às
cinco horas é um pequeno atraso? – perguntei com sarcasmo.
–Eu ainda tive que passar em casa
para me arrumar, demorou mais tempo do que o previsto. – falou enquanto olhava
para frente, seu corpo relaxando na poltrona, ao contrário de mim.
–Provavelmente esteve de farra
por aí, não é? Dormiu sabe-se lá Deus onde e a ressaca a impediu de despertar
rapidamente. – disse e tentei controlar o jorro de fúria que ameaçava me
dominar.
–Não é nada disso. É que um
BABACA dormiu na minha cama, completamente alcoolizado. Eu não tive outra opção
que não fosse ir dormir em um hotel. O problema é que não consegui dormir
direito e isso acabou com meu horário biológico. Senhor Cullen, eu posso trazer
o babaca para testemunhar ao meu favor. – falou num tom brincalhão.
Eu me calei. Não havia me
lembrado do fato de que eu dormi na sua cama e pelas suas palavras Bella viu.
Então eu tinha que admitir que a culpa era minha, isso se Bella realmente
passou a noite em um hotel como disse. Talvez estivesse com alguém...
-Eu prometo repor este
tempo perdido. Agora eu preciso ir trabalhar. – Bella levantou da poltrona em
que estava sentada. Eu a olhei, olhei aquele ser estranho para mim. Tudo o que
eu conhecia de Bella parecia ter desaparecido. Eu estava diante de uma nova
pessoa e não sabia como lidar com ela. Olhando mais atentamente para o seu
rosto eu pude ver em sua postura defensiva, em seus olhos sem brilho, um
cansaço e vazio que nunca havia visto antes. Como se esta nova Bella estivesse
bem pior do que a Bella apática após o casamento. Eu a segurei pelo braço antes
que Bella saísse. Ela nem me olhou.
–O que é agora? Eu preciso ir.
Eu não sabia o que dizer, o
porquê de ter segurado Bella ali. Quando Bella ficou impaciente com o meu gesto
me olhou.
–O que está acontecendo com você?
– perguntei preocupado como nunca fiquei antes. Eu queria saber o que estava
acontecendo, eu queria amainar as coisas entre nós, tornar nossa convivência
mais sadia. Eu já deveria saber que isso não aconteceria.
–Largue o meu braço. – exigiu e
eu o fiz.
Ela caminhou apressadamente para
fora. Eu fiquei parado, olhando a mão que a reteve ali, sem saber o que tudo
aquilo, toda aquela mudança de Bella, iria representar para nossas vidas.
Tânia bufava ao meu lado e nem
mesmo as promessas de uma noite quente após o expediente me tiraram da
letargia. Eu continuei com minhas atividades do dia aparentemente tranquilo,
mas a verdade é que eu não estava me concentrando em nada. Tudo era feito mecanicamente
enquanto minha mente ainda estava na discussão que tive com Bella e no que eu
vi quando olhei atentamente ao seu rosto. O vazio.
O expediente logo iria encerrar.
Eu não sabia o que faria depois. Eu poderia sair com Tânia, mas não seria por
ela e sim para fugir do que quer que esteja me esperando em casa. Já havia
decidido não dormir em casa e passar a noite inteira com Tânia.
Não imaginava que mudaria minha
resolução quando a visse. Eu estava em meu carro em frente à empresa esperando
por Tânia quando vi Bella com as amigas caminhando em direção a um carro. A tal
Jessica assumiu a direção e a outra foi tomando o banco de trás. Bella notou
meu carro estacionado atrás do Mercury branco e olhou para o local onde eu
estava. Ficamos nos fitando, mesmo que uma película escura impedisse que Bella
me visse nitidamente. Ela entrou no carro e se foi.
Minhas mãos ficaram presas no
volante, vacilantes. Para onde ela estaria indo com as outras? A curiosidade
ardeu de tal forma que sem perceber eu estava ligando o carro. Com a potência
do meu motor foi fácil seguir o carro. Mantive certa distância enquanto o carro
a minha frente seguia em velocidade razoável. A princípio não saberia dizer
para onde elas estavam indo, mas logo identifiquei.
“O que elas farão no prédio
antigo da Bella?” – eu me perguntei, mas nada me ocorreu. Um grupo composto por
varias pessoas, à maioria homens, estava em frente ao prédio conversando
ruidosamente. A tal Jessica os cumprimentou e pareceu apresentar Bella e a
outra para o grupo. Por alguns instantes todos ficaram se cumprimentando em
frente ao prédio, mas logo entraram.
“Uma festa? Bella foi fazer uma
maldita festa no antigo apartamento?” – pensei enquanto a fúria antes esquecida
voltava com força total nublando minha mente. Não demorou para eu ver as luzes
do apartamento de Bella se acenderem e barulhos virem daquele andar. Sim,
Bella estava dando uma festa com um punhado de gente, a maioria homens, que ela
conheceu um pouco antes de subir.
–Como é irresponsável! Depois de
ter chegado tarde à empresa, ao invés de descansar, vai para outra farra! – resmunguei.
Eu sabia que eu não tinha o direito de ficar plantado ali em frente ao prédio
jogando maldições para Bella e suas amigas por estarem aproveitando a noite e
eu não. Meu celular vibrou no bolso. Devia ser Tânia. Ignorei. Peguei o celular
e o desliguei.
Eu vou esperá-la aqui. Desta vez
eu tenho argumentos para contestá-la. Ela vai ver!”– pensei cheio de
satisfação.
–INFERNO! – esbravejei socando o
volante. Eu já estava há vários minutos em frente ao antigo apartamento de
Bella. A festa ainda rolava lá em cima. Eu estava estressado, dolorido por ter
passado tanto tempo sentado, faminto e sedento. Eu precisava sair dali, comer
algo, tomar um bom banho e dormir. No entanto eu não conseguia erguer a mão e
girar as chaves do carro para partir.
“Por Deus o que eu estou fazendo?”
– minha consciência exigia uma resposta, mas eu não a tinha. Eu não saberia
dizer o porquê de eu estar ficando tão obcecado por Bella. Por que eu não
aproveitava este seu momento de abandono para tocar minha vida? Por que parecia
que o afastamento de Bella estava me prendendo ainda mais a ela?
Um movimento na entrada do prédio
chamou a minha atenção. Estaquei ao ver Bella saindo do local e pegando
rapidamente um táxi. Olhei o relógio, ainda era cedo. Estaria ela indo para
casa? Eu duvidava. Tinha se tornado um hábito de Bella chegar tarde em casa a
fim de se esquivar de mim e alguma coisa me dizia que hoje não seria diferente.
Eu a segui sentindo as pálpebras um pouco cansadas pelo dia estressante que
tive. Não demorou para o táxi estacionar e definitivamente não estávamos
próximos de meu apartamento. Bella desceu em frente a um bar, entrou no local.
Estacionei em frente ao bar e, como as paredes da fachada e do bar eram de
vidro, acompanhei seus movimentos. Ela se sentou em um banquinho no bar e
conversou com o garçom, devia ter pedido algo para beber.
“Para Bella ter saído do
apartamento significa que a festa não está sendo ofertada por ela. Então é
assim que ela vai acabar a sua noite? Bêbada?”.
Saí do carro e entrei no bar, mas
não me aproximei demais de Bella. Preferi sentar em uma mesa o mais afastado
dela.
–Deseja algo senhor? – um
atendente veio para o meu lado. Assustei-me. Eu não havia notado sua
aproximação concentrado demais em Bella. Olhei em volta, temia que Bella se
virasse quando ouviu a voz do rapaz e me visse, mas ela estava concentrada
demais em sua bebida.
–Traga uma água para mim, por
favor. – pedi.
O atendente franziu a testa com o
meu pedido, eu o ignorei. Fiquei observando Bella, a rapidez com que entornava
a bebida que o barman trazia era impressionante.
“Por que ela está fazendo isso
consigo mesma? O que ela vai ganhar bebendo desse jeito?”.
Eu sabia a resposta, mas não
queria admitir que fosse o culpado por Bella estar assim tão entregue a
destruição. Lembrei da Bella anterior ao casamento, ela era menos vaidosa que
esta nova Bella, mas parecia mais feliz. Logo minha água chegou e eu a bebi sem
vontade observando cada movimento de Bella. Não sei quanto tempo se passou, mas
logo vi Bella curvando-se sobre o balcão até tombar. Aquele era o momento para
me aproximar. Levantei da mesa em que estava, vendo Bella inconsciente devido
ao excesso de bebida alcoólica que ingeriu. O barman a sacudia tentando
acordá-la, na certa preocupado que tivesse de cuidar de Bella. Eu me aproximei
cauteloso até ficar ao seu lado de frente para ela.
–Sua tola, o que você ganha
fazendo isso com você mesma. – murmurei.
–O que disse senhor? – o barman
perguntou.
–Nada. Ela é minha esposa. Vou
levá-la para casa. – eu disse começando a pega-la no colo. O barman me olhou desconfiado.
–Sua esposa, mesmo? – olhou para
a mão de Bella onde deveria estar a aliança. Bufei.
–Veja na bolsa dela. Seu nome é
Isabella Marie Swan Cullen. – eu disse. O barman olhou para a bolsa.
–Tudo bem. Tenha uma boa noite
senhor. – ele disse sem se mexer, com preguiça demais para pegar a bolsa e
verificar se o nome da moça em meus braços era esse mesmo. Com algum esforço eu
peguei a bolsa de Bella e saí.
A noite estava fria, eu a mantive
bem próxima a mim para aquecê-la. Felizmente o atendente do bar veio até mim e
me ajudou a colocar Bella no banco do carona. Afivelei seu cinto, dei uma
gorjeta para o atendente e parti. Bella dormia profundamente. Seu corpo
inclinou-se em minha direção. Puxei Bella um pouco para mim assim ela não
correria o risco de chocar-se com a estrutura do carro durante o sacolejar da
viagem. Enquanto dirigia para casa, meus olhos vagavam para a pista e para
Bella.
“Bosta! Não sei o que fazer!
Nunca passei por uma situação como esta.”.
Não demorou nada a eu chegar a
minha casa. Bella não dava sinais de que iria acordar então eu pude carregá-la
sem preocupações. Magdalena e Eli não estavam lá, isso era bom. Levei Bella até
o seu quarto, eu a deitei em sua cama e a ajudei a ficar um pouco mais
confortável. Retirei seus sapatos, casaco, blusa, calça, deixando-a apenas de
calcinha e sutiã. Procurei não olhar muito o seu corpo temendo as reações que
eu sabia que sentiria. Em minha mente ainda tinha a imagem de Bella nua,
banhando-se. Eu a embrulhei com o edredom. Bella remexeu-se um pouco, mas logo
estava ressonando. Mesmo abatida pelo cansaço e pela bebida, Bella ainda era
linda. Eu senti que a enxergava pela primeira vez e acredito que isso não se
devia a sua mudança de visual, mas sim a sua mudança de atitude. Eu não
conseguia enxergar aquela Bella apática de outrora, diferente de agora. Eu
olhava aquela nova mulher com uma nova faceta e me sentia hipnotizado por ela,
não era à toa que eu estava perturbado com tudo que acontecia.
Sentei na cama, próximo de Bella.
Ergui minha mão e toquei uma mecha de seu cabelo colocando-a atrás de sua
orelha. Meus dedos passearam pelo seu rosto da têmpora até o queixo. Sua pela
era sedosa. Uma excitação me atingiu, mas não procurei racionalizar muito sobre
isso, não naquele momento em que Bella estava desacordada, vulnerável, diante
de mim. Eu poderia fazer o que quisesse com ela sem que Bella soubesse. A idéia
me pareceu irresistível. Com toda a confusão que eu estava sentindo eu tinha
que admitir que estar ali com Bella seminua era bem mais excitante que estar com
Tânia ou com prostitutas. Bella estava despertando, sem querer, algo em mim que
eu não conseguia descrever.
Eu me inclinei na direção de
Bella, minha mão segurou uma mecha de seu cabelo cor de mogno, eu inspirei o
aroma dos fios. Meus lábios chegaram mais perto até roçarem em sua bochecha
esquerda bem lentamente.
“O que eu estou fazendo? Por que
não consigo me fazer parar?” – minha mente protestou enquanto meus lábios
passeavam por aquela pele sedosa. E antes que a consciência chegasse até mim,
eu beijei suavemente seus lábios cheios.
Foi o frenesi.
Tinha algo nos lábios de Bella,
algo diferente, algo viciante. Como se o sabor de seus lábios que sempre foram
bons no passado, estivessem com um sabor ainda melhor. Ela não correspondia,
ainda estava dormindo, mas isso não fez com que o beijo fosse ruim.
A razão me encontrou enquanto eu
estava ali, quase deitado sobre Bella com meus lábios colados a ela. Afastei-me
abruptamente enquanto as cenas do ocorrido vinham em minha mente deixando-me
horrorizado. O que, diabos, estava acontecendo comigo? Por que eu estava
deixando o meu “eu” ser atingido por ela, por Bella? Saí do quarto o mais
rápido que meus pés puderam correr. Fechei a porta do meu quarto e pus a mão na
cabeça.
Eu dormi com a estranha sensação
de que a mudança de Bella me levaria ao buraco.
Continua...
Pra chegar ao ponto de segui-la, de
tratá-la com tanto cuidado, é por que já não há escapatória, ele está se dando
conta de que o jogo foi revertido e quem está no comando agora é a Bella, é
pena que ela ainda não tenha descoberto esse poder... ainda. Espero que ela se
dê conta do que está acontecendo com ele e faça com que ele se declare, desesperado
por uma nova chance. Até amanhã com mais. Beijos.
Oi honey!! Ela tem q descobrir rapidinho o peixo esta quase na rede so falto e impurrao!! Adoro ver ele louco de ciume q nao quer reconhecer! Haha! Beijusculo ate*_*
ReplyDeleteÉ bom né Nessie, vê-lo todo irritado, com ciúmes, preocupada, achando que ela pode estar com outro?
ReplyDeleteMas ele tem que sofre mais um pouco pra valorizar a mulher que ele desprezou.
Beijos
1 amando a fic e o blog vcs sãõ D+ BJS!!
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