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Thursday, March 08, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 22


Boa tarde gente! Hoje teremos o capítulo contado pelo Edward e vamos ver qual foi sua reação ao ver Bella com Jacob.

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 22

Edward pov’s

Otimismo. Eu sempre cultivei este sentimento, ou talvez fosse à prepotência que me guiava.
Aquela manhã após o evento havia sido desastrosa. Bella me ignorou o dia inteiro. Eu entendia sua reação, eu a havia magoado e merecia seu desprezo. O problema é que eu pensei que sua ira duraria por apenas um dia.
No dia seguinte eu cumprimentei Bella.
–Bom dia. – disse. Bella me ignorou. Procurei ser ruidoso enquanto sentava-me para degustar do café.  – E então, vai fingir que eu não existo agora? –resmunguei. Ela sequer me olhou.
E no dia seguinte mais desprezo. E no dia seguinte também. Ela fingia que eu não existia. Quanto mais eu impunha minha presença, mas eu me sentia um nada quando estava próximo a ela. Estava se tornando uma situação insustentável! Tão insustentável que, para suprir aquela carência, fiz uma burrada.
–Edward? – Tânia perguntou quando me viu em sua porta naquela noite. Eu entrei e a puxei para um beijo. Não precisei dar explicações sobre o tempo em que eu a evitei e certamente Tânia não estava querendo isso.
Um erro. Um erro que, no espaço de uma semana, cometi duas vezes. Duas vezes eu dormi com Tânia e para que? Para sentir o calor de uma mulher e pensar que o calor que me envolvia era o dela, o calor de Bella.
Eu era realmente um idiota! Queria confessar o que sentia, mas como eu já havia confessado através de uma mensagem no celular para Bella e ela não se manifestou, pensei que aquilo era claramente uma rejeição. Eu não sabia. Eu suportei o seu desprezo por uma semana.
Após uma semana estava disposto a mudar radicalmente, a fazer meus sentimentos aparecerem e Bella perceber o que estava acontecendo comigo. Ela mudou antes de mim. Não sei por que, mas Bella foi aceitando meus cumprimentos...
–Bom dia. – eu a cumprimentei esperando pelo seu silêncio. Para a minha surpresa ela disse:
–Bom dia Edward.
E no outro dia...
–Alice nos convidou para comer com ela. Vamos? – eu a convidei após o expediente. A Bella de antes sempre me mandaria à merda, mas esta...
–Eu estou cansada. Vá e se divirta com a sua irmã. Mande um beijo para ela e para Jasper por mim. – disse seguindo para o seu quarto certamente para dormir.
“Ela está mais simpática. Talvez tenha deixado para lá o episódio lastimável daquele evento.”.
Eu via Bella melhor comigo a cada dia, ser natural e não mais aquela mulher amarga que adorava destilar veneno em mim. Enquanto a esperança de que nós nos entendêssemos crescia, voltei a deixar Tânia de lado. Claro que ela protestou, mas como eu a ignorei ela se cansou de falar.

Eu iria reconquistar Bella. Procurei me preparar psicologicamente por alguns dias, semanas no máximo, até dar o próximo passo. No entanto eu não dei o próximo passo como pretendia,  tudo isso por que eu percebi que a mudança de Bella não era algo bom, definitivamente não era. Bella continuava a sair com os amigos, a ser uma excelente funcionária, a me tratar razoavelmente bem. Não era que ela estivesse gostando um pouco mais de mim, era que eu estava perdendo a importância para ela. Nada mais. Eu soube disso quando decidi certa noite segui-la.
Bella estava radiante naquela manhã, era impressionante como ficava mais linda a cada dia. Eu sabia que para se produzir tanto como ela fazia agora, quase todos os dias, era por que ela pretendia sair. 
–Bom dia meninas! – Bella cumprimentou as empregadas.
–Bom dia Bella. – elas falaram. Eu a olhei dos pés a cabeça, estava tão linda naquelas roupas! Senti um dedo de Alice nas suas vestimentas. Um vestido claro, um blazer branco por cima do vestido. – Bom dia Edward. – ela me cumprimentou. Educada, fria. Fiquei amuado. Para completar ela já se projetava para ir embora. Não era a primeira vez que Bella fazia isso.
–Por que você não se senta e toma o café? – perguntei.
–Eu vou comer a caminho do trabalho. – ela disse seguindo para a porta. Seu ato me enervou.
–Você tem tempo de folga para comer. Magdalena fez um café da manhã impecável. – não era a primeira vez que eu tentava convencê-la a ficar comigo, ainda que só para tomar café. Era humilhante, ainda mais por que Bella sempre recusava os meus pedidos educadamente.
–Eu tenho um compromisso antes do trabalho. Tenha um bom dia, Edward. – disse e saiu. Fechei a xícara de café em minhas mãos com tanta força que ela quase se partiu ao meio. Ela havia mudado tanto! Não era mais a Bella amarga, era uma Bella nova. Uma Bella que parecia mais e mais distante de mim.
Segui para o meu carro desnorteado. E minha raiva cresceu quando vi que Bella havia ido para a empresa em sua moto. Sim, uma moto. Ela havia comprado uma moto. Em um dia estava a pé, no outro tinha uma moto ocupando uma vaga na garagem do prédio. Como se não bastasse temer perde-la para outro cara agora eu temia perde-la para um acidente de trânsito.
Eu estava perdido com essa mulher!

Olhei para Bella ao chegar à empresa, conversava com a tal Jessica. Tânia me recebeu na porta de minha sala. Veio para me beijar, mas meu mau humor a afastou.
–Que cara é essa? A sua esposinha mongolóide fez alguma bobagem de novo? – Tânia perguntou com deboche. Caminhei até a minha mesa e sentei.
–Pode voltar a sua posição de secretária? Temos muito que fazer. – disse ríspido. Tânia se irritou com minha atitude, mas não protestou. Isso era bom. Ela me passou a minha agenda do dia e eu a segui procurando ser rápido em minhas tarefas. Eu queria sair cedo e seguir Bella, observá-la e tentar entender o porquê de sua rápida mudança.

Bella iria sair e não sairia só. As amigas estavam com ela. Eu a segui após Tânia ir embora para a sua casa. Bella pegou sua moto e todas ficaram em frente ao prédio. Deviam estar esperando um táxi para elas. Era nisso que eu queria acreditar. Um carro estacionou próximo a elas, haviam dois homens lá. Pude ver tudo isso do lugar onde eu estava o interior do meu carro.
Ângela e Jessica entraram no carro. Suspirei aliviado por ver que Bella iria sozinha em sua moto e, a julgar pela intimidade entre os quatro no carro, nenhum dos dois rapazes teria algo com Bella. Vi um jovem numa moto. Bella pareceu não notá-lo, colocou o capacete e seguiu o carro das amigas. A outra moto seguiu ao lado de Bella, mas não houve comunicação. Segui lentamente os carros tentando não me aproximar demais. 
Eles não seguiram para muito longe, foram para um barzinho.
Estacionei longe do bar para não ser descoberto e entrei no lugar após alguns minutos. Não demorou para eu localizar Bella e seus amigos. Eles sentaram em uma mesa, pediram alguma coisa para beber e começaram a conversar entre si. Um programa bem normal. Muitos rapazes olhavam para o grupo, em especial para Bella. Fiquei enervado com isso, mas feliz por ela não ligar para a atenção masculina que recebia. Sentei em uma mesinha o mais afastado possível do grupo, em um ângulo em que eu pudesse vê-los. Pela visão periférica notei que uma atendente do bar vinha toda animada em minha direção. Por alguns instantes minha atenção foi voltada para ela.
–Boa noite senhor. Serei sua atendente esta noite. Aqui está nosso cardápio. – ela me ofereceu o cardápio e prontamente eu peguei. Não precisei pensar para escolher o pedido, ou olhar o objeto oferecido.
–Quero uma dose de whisky. – pedi entregando o cardápio.

Foi rápido.
Num minuto Bella conversava animadamente com os amigos e no outro ela estava beijando o cara que a acompanhou de moto. Eu fiquei estático. Mas que porra era essa?
Silêncio. Eu não ouvia a nada ao meu redor.
As pessoas. Tudo desapareceu e só restou aquela imagem: Bella com outro homem.
Bella com outro homem.
Um homem que tinha o que eu tanto desejava... Seus beijos, seu toque, seu sorriso...
–Aqui está a sua bebida senhor. – a atendente disse passando a minha dose. Eu peguei a bebida, virei o copo e lhe passei uma nota com um valor alto.
–O troco é seu. – murmurei e desapareci pela saída. 

Devo ter pegado todas as garrafas alcoólicas que encontrei em casa. Fui bebendo uma por uma, na sala, enquanto eu pensava no que faria. Eu não iria perder; Edward Cullen nunca perde!
Sentado no sofá sorvendo uma garrafa de vodka eu pensei em como contra-atracar. Bella não era assim, alguém deve ter dado a brilhante idéia dela me meter um par de chifres. Só consegui pensar nas amigas, em especial na tal Jessica.
“Ela vai me pagar! Todas elas! Aposto que ficam alimentando idéias na cabeça da Bella!”.
A fúria que eu sentia me impedia de pensar racionalmente. O Edward paciente e razoavelmente bonzinho se fora, dando lugar ao Edward de sempre, o competitivo, o vingativo. Eu bebi e bebi enquanto refinava mais planos. Demitiria a tal Jessica. Se isso não resolvesse demitiria Ângela. Demitiria todos se preciso para que Bella não sofresse influências negativas.

Os minutos foram se passando...
Estava tão bêbado que não conseguia me levantar do sofá. Pensei que acabaria adormecendo ali com a única garrafa de bebida alcoólica que tinha algum conteúdo quando ouvi o barulho na porta. Fiquei rígido olhando para frente enquanto eu captava a entrada dela no apartamento. Bella procurou ser silenciosa, mal sabia ela que eu estava bem ali. Quando me notou nada disse, seguiu para o corredor que levaria ao seu quarto.
–Aonde vai? – minha voz saiu arrastada. Eu estava muito alcoolizado.
–Para o quarto. – disse numa voz cansada.
–Se divertiu essa noite? – perguntei com deboche.
–Sim, como em todas as noites quando saio com meus amigos. Se me der licença vou para o meu quarto.
Bella afastou-se. Eu me enervei. Claro que se divertiu me colocando um belo par de chifres, beijando o primeiro que viu para a sua vingança! Eu faria Bella compreender naquele instante que ela era minha. MINHA!
Joguei a garrafa no chão. O barulho chamou sua atenção e Bella parou. Caminhei até ela enquanto minha vista turvava. Ela seria minha, eu não permitiria que outro tivesse o meu bem mais precioso! Dei alguns passos enquanto a olhava com fúria. Bella me encarava surpresa, talvez assustada. Quando abri a boca para falar tudo o que estava entalado, inclusive que eu a amava, tudo se apagou. Eu desmaiei, pelo menos acho que desmaiei.
“EDWARD!” – sua voz soou longe. Não pude me sentir. Eu estava no escuro.
Maldita bebida!

Um gosto amargo na boca. Abri os olhos e os fechei de imediato. Estava tão claro! Eu os fechei enquanto tentava me recompor. A última coisa que me lembrava era de estar me aproximando de Bella, pronto para dizer tudo o que estava acumulado, as verdades e mentiras, até sobre o contrato. Eu não disse. Desmaiei devido a todo o álcool que bebi.
Eu havia perdido uma ótima oportunidade, mas haveria outras. Eu tinha em mente uma tática e eu iria executá-la tão logo eu estivesse na empresa.

Bella estava com a amiga trabalhando. Eu olhei a tal Jessica com malícia. Mal sabia ela o que a esperava! Entrei em minha sala e fui recepcionado por Tânia que simplesmente me atacou. Pulou em mim e me beijou sofregamente. Eu a empurrei.
–O QUE DEU EM VOCE? – perguntei aos gritos.
–SOU EU QUE DEVERIA PERGUNTAR! QUAL É O SEU PROBLEMA? POR QUE TÁ ME EVITANDO? – ela gritava com os olhos furiosos. Bosta! Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria explodir.
–Tânia, pare com isso. – pedi cheio de raiva. Ela não parou.
–NÃO PENSE QUE PODE ME CHUTAR APÓS TER ME USADO EDWARD CULLEN! – ela gritava enquanto batia no meu peito. Segurei suas mãos para que parasse de me agredir.
–Não me tente a me livrar de você Tânia. – disse tentando não gritar. Não queria chamar a atenção para mim.
–AH ESSA EU QUERO VER! EU SOU INDISPENSÁVEL PARA VOCÊ! SABE DISSO! SEM MIM VOCÊ FICARIA TENDO QUE DORMIR COM AQUELA VAGABUNDA SEM GRAÇA DA SUA MULHER!
Quando Tânia proferiu estas palavras, senti minha visão nublar de ódio. Eu não queria apenas demiti-la, eu queria esmurrá-la por ofender alguém como Bella. Não, eu não seria tão radical. Nunca bati em mulheres, mesmo naquelas que mereciam. Contei mentalmente até dez e suspirei.
–Vamos ao trabalho. Antes de tudo quero que você chame o responsável pelas demissões no RH. Tem um funcionário que vou demitir. E quero que consiga tudo o que puder da funcionária Jessica Stanley. – caminhei até a minha mesa e me sentei. Jessica seria a primeira na minha lista negra. Tânia me olhou irritada por minha rápida mudança de assunto, virou-se e fechou a porta atrás de si ruidosamente.
Primeiro Jessica... Depois Tânia.

–Senhor Cullen, tem certeza que deseja fazer isso? – o funcionário do RH perguntou. Tânia estava em frente à porta, amuada. Refletia ainda a nossa discussão.
–Sim, eu tenho certeza.
–Mas qual é o motivo ou não existe motivo?
–Se é tão difícil para você demiti-la então me faça o favor de chamar Jessica Stanley aqui. – disse com deboche. – E vá preparando todos os documentos dela. Hoje mesmo eu a quero fora daqui.
–Ela faz algo para o senhor? – o homem perguntou.
–Faça apenas o que estou dizendo. E faça uma carta de recomendação pra ela. Não quero que a coitada fique com uma mão na frente e outra atrás. Agora vá chamá-la. – eu disse a ele. O responsável pelas demissões, sujeito que eu desconhecia o nome, saiu. Tânia se aproximou e jogou uma pasta com papéis.
–Taí o que queria saber de Jessica Stanley. Agora tem motivos para demiti-la. Foi muito fácil descobrir os seus podres. – Tânia sorriu vingativa. Eu peguei a pasta e a abri olhando os papéis. Jessica realmente tinha um histórico comprometido. Registros de atrasos que nunca chegaram ao RH, faltas não justificadas e sumiço de material de escritório de sua sala.
–É, agora eu tenho motivos caso seja questionado. – murmurei olhando os papéis com afinco.
–E quem o questionaria? – Tânia perguntou. Dei de ombros. Eu não falaria na Bella.
–Tânia, eu vou precisar ficar a sós com Jessica. Enquanto isso adie minha próxima reunião. – pedi sem olhá-la.
–Como quiser. – murmurou e saiu rapidamente. Assim que Tânia saiu, eu me recostei melhor na poltrona e suspirei. Eu sabia que tinha que ter cuidado com Tânia. Peguei o telefone em cima da mesa e liguei para o número do RH, mas precisamente para a sala do homem que cuida das demissões. Ele atendeu rapidamente.
–Você convocou Jessica Stanley? – perguntei sem rodeios.
–Ah senhor Cullen! Sim, eu falei com ela. Ela deve estar a caminho. – disse. Nesse momento ouvi batidas na porta, devia ser ela.
–Tudo bem. Ah, quero que cuide de outra demissão para mim.
–E de quem seria senhor Cullen? – ele perguntou. Murmurei um “entre” e falei antes que Jessica captasse o teor da conversa.
–O nome é Tânia Denali. – falei e desliguei o telefone. Jessica ficou em pé diante de mim com um olhar tenso. Eu sorri.
–Sente-se senhorita Stanley. – pedi educadamente. Jessica veio tensa e sentou-se diante de mim.
–Boa tarde, senhor Cullen. O que deseja de mim? – sua voz era baixa, mostrava sua hesitação.
–Eu serei rápido com a senhorita, pois tenho uma reunião. – disse e joguei diante dela a pasta que Tânia arranjou. Jessica olhou para a pasta por alguns segundos.
–O que é isso? – ela perguntou.
–Esse é o motivo de sua demissão, senhorita Stanley. – falei calmamente.
–O QUE? – ela gritou levantando-se da sua poltrona com rapidez.
–É isso o que ouviu. O RH está cuidando de sua demissão nesse momento. Receberá todos os seus direitos e a minha promessa de que a sua falta com a empresa não ficará registrada em sua carteira de trabalho. Eu lhe darei até uma carta de recomendação! – disse debochado. Levantei da mesa e contornei a cadeira onde Jessica estava sentada. Inclinei meu corpo e sussurrei em seu ouvido.
–Achou mesmo que eu não perceberia? Achou mesmo que eu deixaria você tirá-la de mim? Nem você, nem ninguém, vai tirar o que é meu por direito. – assim que disse, Jessica levantou-se bruscamente e saiu porta afora. Eu sorri enquanto a via desaparecer pelo corredor.
Menos um obstáculo, pensei.

–Oi maninho! –Alice me cumprimentou. Eu a encontrei na saída de uma reunião.
–Oi Alice. – disse seguindo para minha sala. Alice caminhou junto comigo. Tânia ficou atrás conversando com funcionários.
–Eu estava almoçando com a Bella. Ela está tão diferente! Você percebeu? Está mais bonita e feliz.
–Eu percebi sim.
Entramos em minha sala. Alice fechou as portas assim que passou por elas.
–Não deveria estar trabalhando maninha? – perguntei enquanto sentava em minha poltrona. Ela ficou de pé próxima a porta, seu olhar sobre mim era estranho. – O que foi? Perdeu alguma bolsa exclusiva de alguma grife famosa? –  brinquei enquanto olhava papéis deixados em minha mesa por algum funcionário ou por Tânia.
–Você ainda ama a Bella, Edward?
Eu a olhei surpreso com sua pergunta. Alice não tocava no assunto “Bella e eu” há algum tempo. Isso por que ela não estava disposta a me ajudar, ela dizia que eu não merecia ajuda.
–Que tipo de pergunta é essa?
–Só responda. – Alice estava séria, algo bem atípico dela. Fiquei confuso.
–Amo. Por que a pergunta? – eu queria saber o porquê. Algo me dizia que eu não iria gostar da verdade. Alice fechou os olhos e sacudiu a cabeça em desaprovação a algo. – Alice? O que foi?
–Você é um idiota mesmo Edward. – dizendo isso ela saiu da minha sala. Eu não tinha entendido nada.

Conversava com dois sócios que haviam pedido um encontro comigo. Não havia visto Tânia desde a reunião anterior e me perguntei se ela já tinha descoberto que havia sido demitida. Estava prestes a falar com os senhores sobre o assunto em questão quando a porta foi aberta.
Bella.
–Bom meus amigos, acredito que será melhor deixarmos estes assuntos para serem discutidos na próxima reunião. Peço desculpas pelo atraso no início deste encontro, mas no momento estou sem o auxilio de uma secretária. – disse com os olhos fixos em Bella. Ela me olhava com raiva. Pensei no provável motivo para ela estar ali. Deve ter descoberto que demiti a amiga.  
–Não se preocupe senhor Cullen. Nós é que pedimos desculpas por convocá-lo antes de uma reunião oficial. – os dois senhores levantaram. Cumprimentaram-me e seguiram para a saída. Eu fiz questão de apresentar Bella.
–Ah, já conhecem minha linda esposa, não é? – apontei para ela.
–Sim. Como vai senhora Cullen? – ele a cumprimentou e Bella aceitou o cumprimento de mão, mas seus olhos raivosos estavam fixos em mim.  
–A que devo a honra de sua visita? – perguntei voltando a minha mesa. A pasta com os papéis que provavam os crimes de Jessica ainda estava em cima da minha mesa.
–Sabe muito bem por que estou aqui. – falou com irritação. Mesmo irritada continuava linda!
–Ah, sua amiguinha já fez a fofoca? Veio brigar comigo pelo que fiz por ela, é isso?
–Eu vim para saber o porquê disso? A demissão de Jessica é uma nova forma de me atingir?
Bella era bem perceptiva. Sacou logo que eu fazia isso por sua causa.
–Meu bem, eu tenho justificativa para demiti-la. – disse pegando a pasta que Tânia conseguiu e a abrindo. – Sua amiguinha faltava com frequência e nunca justificou as faltas, chegava atrasada em certas ocasiões, acessava sites proibidos com o computador da empresa e, como se não bastasse, roubava material de escritório. Como você vê, eu tenho motivos de sobra para demiti-la, mas não se preocupe. Eu dei a ela uma carta de recomendação.
Bella se calou. Claro, ela conhecia a amiga que tinha. Ela sabia que Jessica não era flor que se cheire. Procurou se recompor e quando o fez falou:
–Muitos funcionários fazem isso, por que demitiu só a ela?
–Se você conhece mais funcionários que aderiram à prática criminosa de Jessica Stanley é só me passar seus nomes e serão demitidos. – esperei. Claro que ela nada disse.
–Por que se incumbiu disso? O RH faz as demissões. – continuou a me questionar. Bella sabia que o motivo para a demissão era ela, queria que eu dissesse isso. Eu não diria.
–Tédio. – falei dando de ombros. – Mais alguma cosia querida? – perguntei e meu sorriso vitorioso a enervou mais, deu para notar.
–Tudo bem. Eu não vou misturar o pessoal com o profissional. Se for o melhor para a empresa então tudo bem. – disse e saiu furiosa da minha sala. Eu sorri abertamente.

Eu estava me sentindo bem. Apesar da fúria de Bella, eu estava bem. Iria observar Bella para ter certeza de que ela não estava mais flertando com ninguém por aí e, caso a tal Ângela estivesse envolvida, eu a demitiria também. Eu sabia que agia como um louco, mas a racionalidade já havia me abandonado desde que Bella entrou em minha vida.
De tão tranquilo que estava eu nem me preocupei em seguir Bella após o expediente. Ao constatar que Bella não estava mais na empresa, segui direto para casa. Eu fiz bem em seguir por que, assim que cheguei, vi Tânia no estacionamento. Ela estava descabelada, o rosto inchado de tanto chorar, as roupas amassadas.
–E lá vamos nós. – murmurei estacionando o carro na minha vaga. Quando saí do carro, eu fui atacado.
–SEU FILHO DA PUTA! CRETINO! – gritou socando-me no peito. Eu a empurrei.
–O que você esperava? Hum? Que eu casasse com você e a transformasse em uma princesa? Você não é nenhuma criança Tânia!
–VOCE ME USOU! – gritou vindo para cima de mim.
–Você também me usou. Usou meu status, meu dinheiro. Você não gostava de mim, gostava das coisas que eu proporcionava. Não venha bancar a santa comigo Tânia.
–Você precisa de mim! – falou numa voz mais controlada.
–Não preciso mais.
–Eu vou contar a ela. – quando Tânia disso isso, eu congelei. – Eu vou contar pra aquela vadia!
Procurei me controlar. Se eu mostrasse o que sentia, Tânia iria me arruinar.
–Fale. Facilitará as coisas para mim. – falei com desdém. – Pegue seu dinheiro amanhã e vá para o seu novo trabalho na segunda. Sim, eu consegui um ótimo trabalho para você. Como forma de pagar seus préstimos. Seja feliz Tânia.
Ela ficou parada me olhando. Minutos se passaram. Deu um meio sorriso e caminhou para a saída.
Senti um alívio com a saída de Tânia. Dois problemas estavam fora do meu caminho. Agora eu tinha que me concentrar em me aproximar de Bella. Seria difícil, mas eu conseguiria. Eu tinha que conseguir.  
Uma pequena parte de mim gritava dizendo que eu estava fazendo tudo errado, mas eu não conseguia ouvir esse meu outro lado. Não se meus planos estivessem me aproximando de Bella.
Eu amava Bella e iria tê-la custasse o que custasse!

Tomei um bom banho. Comi o jantar preparado por Magdalena e Eli. Escovei meus dentes. Assisti televisão. Deitei em minha cama enquanto a esperava. Logo ouvi os barulhos que denunciavam sua chegada, mas não saí do quarto. Eu esperava que Bella dormisse só assim eu poderia ficar próximo a ela.
Uma da manhã.
Duas da manhã.
Levantei da cama e segui a passos silenciosos para o quarto de Bella. Como previ Bella já estava dormindo, muito bem coberta pelo seu edredom devido ao frio que fazia. Lentamente, silenciosamente, eu me deitei ao seu lado. Não era a primeira vez que eu fazia isso, deitar ao lado de Bella e imaginar como seria quando eu tivesse essa liberdade com ela acordada. Ergui a mão e aproximei o máximo possível de seu rosto. Fingi que o acariciava. Eu queria sentir sua pele... Ah! Tantas coisas eu queria! Consegui pegar sua mão sem despertá-la e a coloquei no meu rosto. Procurei ficar bem próximo dela e relaxei. Fechei os olhos e me deixei levar pela possibilidade de tê-la como minha mulher, algo que logo aconteceria.

Continua...

Quando eu acho que o Edward está mudando e tentando melhorar para reconquistar a Bella ele retrocede e volta a se o mesmo autoritário e implacável de antes. A Alice tem razão em dizer que ele é um idiota. A única coisa que ele vai conseguir agindo assim é afastar a Bella ainda mais. Só quero ver como ele vai reagir quando descobrir sobre a viagem da Bella com o Jacob. Beijos e até amanhã.
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2 comments:

  1. Oi honey!! Pior q e! nossa ele e sem nocao surtei de raiva desse Ed! Ate amanha beijusculo:)

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  2. Oi Nessie!
    Mas não dá mesmo raiva dele? Ao invés de agir com calma, ponderar as atitudes, não, atropela tudo e vai acabar botando tudo a perder por isso.
    Beijos.

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