Boa tarde gente! Hoje teremos o
capítulo contado pelo Edward e vamos ver qual foi sua reação ao ver Bella com Jacob.
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
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como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 22
Edward pov’s
Otimismo. Eu sempre cultivei este
sentimento, ou talvez fosse à prepotência que me guiava.
Aquela manhã após o evento havia
sido desastrosa. Bella me ignorou o dia inteiro. Eu entendia sua reação, eu a
havia magoado e merecia seu desprezo. O problema é que eu pensei que sua ira
duraria por apenas um dia.
No dia seguinte eu cumprimentei
Bella.
–Bom dia. – disse. Bella me
ignorou. Procurei ser ruidoso enquanto sentava-me para degustar do café.
– E então, vai fingir que eu não existo agora? –resmunguei. Ela sequer me
olhou.
E no dia seguinte mais desprezo.
E no dia seguinte também. Ela fingia que eu não existia. Quanto mais eu impunha
minha presença, mas eu me sentia um nada quando estava próximo a ela. Estava se
tornando uma situação insustentável! Tão insustentável que, para suprir aquela
carência, fiz uma burrada.
–Edward? – Tânia perguntou
quando me viu em sua porta naquela noite. Eu entrei e a puxei para um beijo.
Não precisei dar explicações sobre o tempo em que eu a evitei e certamente
Tânia não estava querendo isso.
Um erro. Um erro que, no espaço
de uma semana, cometi duas vezes. Duas vezes eu dormi com Tânia e para que?
Para sentir o calor de uma mulher e pensar que o calor que me envolvia era o
dela, o calor de Bella.
Eu era realmente um idiota!
Queria confessar o que sentia, mas como eu já havia confessado através de uma
mensagem no celular para Bella e ela não se manifestou, pensei que aquilo era
claramente uma rejeição. Eu não sabia. Eu suportei o seu desprezo por uma
semana.
Após uma semana estava disposto a
mudar radicalmente, a fazer meus sentimentos aparecerem e Bella perceber o que
estava acontecendo comigo. Ela mudou antes de mim. Não sei por que, mas Bella
foi aceitando meus cumprimentos...
–Bom dia. – eu a cumprimentei
esperando pelo seu silêncio. Para a minha surpresa ela disse:
–Bom dia Edward.
E no outro dia...
–Alice nos convidou para comer
com ela. Vamos? – eu a convidei após o expediente. A Bella de antes sempre me
mandaria à merda, mas esta...
–Eu estou cansada. Vá e se
divirta com a sua irmã. Mande um beijo para ela e para Jasper por mim. – disse
seguindo para o seu quarto certamente para dormir.
“Ela está mais simpática. Talvez
tenha deixado para lá o episódio lastimável daquele evento.”.
Eu via Bella melhor comigo a cada
dia, ser natural e não mais aquela mulher amarga que adorava destilar veneno em
mim. Enquanto a esperança de que nós nos entendêssemos crescia, voltei a deixar
Tânia de lado. Claro que ela protestou, mas como eu a ignorei ela se cansou de
falar.
Eu iria reconquistar Bella.
Procurei me preparar psicologicamente por alguns dias, semanas no máximo, até
dar o próximo passo. No entanto eu não dei o próximo passo como
pretendia, tudo isso por que eu percebi que a mudança de Bella não era
algo bom, definitivamente não era. Bella continuava a sair com os amigos, a ser
uma excelente funcionária, a me tratar razoavelmente bem. Não era que ela
estivesse gostando um pouco mais de mim, era que eu estava perdendo a
importância para ela. Nada mais. Eu soube disso quando decidi certa noite
segui-la.
Bella estava radiante naquela
manhã, era impressionante como ficava mais linda a cada dia. Eu sabia que para
se produzir tanto como ela fazia agora, quase todos os dias, era por que ela
pretendia sair.
–Bom dia meninas! – Bella cumprimentou
as empregadas.
–Bom dia Bella. – elas falaram.
Eu a olhei dos pés a cabeça, estava tão linda naquelas roupas! Senti um dedo de
Alice nas suas vestimentas. Um vestido claro, um blazer branco por cima do
vestido. – Bom dia Edward. – ela me cumprimentou. Educada, fria. Fiquei amuado.
Para completar ela já se projetava para ir embora. Não era a primeira vez que
Bella fazia isso.
–Por que você não se senta e toma
o café? – perguntei.
–Eu vou comer a caminho do
trabalho. – ela disse seguindo para a porta. Seu ato me enervou.
–Você tem tempo de folga para
comer. Magdalena fez um café da manhã impecável. – não era a primeira vez que
eu tentava convencê-la a ficar comigo, ainda que só para tomar café. Era
humilhante, ainda mais por que Bella sempre recusava os meus pedidos
educadamente.
–Eu tenho um compromisso antes do
trabalho. Tenha um bom dia, Edward. – disse e saiu. Fechei a xícara de café em
minhas mãos com tanta força que ela quase se partiu ao meio. Ela havia mudado
tanto! Não era mais a Bella amarga, era uma Bella nova. Uma Bella que parecia
mais e mais distante de mim.
Segui para o meu carro
desnorteado. E minha raiva cresceu quando vi que Bella havia ido para a empresa
em sua moto. Sim, uma moto. Ela havia comprado uma moto. Em um dia estava a pé,
no outro tinha uma moto ocupando uma vaga na garagem do prédio. Como se não
bastasse temer perde-la para outro cara agora eu temia perde-la para um
acidente de trânsito.
Eu estava perdido com essa
mulher!
Olhei para Bella ao chegar à
empresa, conversava com a tal Jessica. Tânia me recebeu na porta de minha sala.
Veio para me beijar, mas meu mau humor a afastou.
–Que cara é essa? A sua esposinha
mongolóide fez alguma bobagem de novo? – Tânia perguntou com deboche. Caminhei
até a minha mesa e sentei.
–Pode voltar a sua posição de
secretária? Temos muito que fazer. – disse ríspido. Tânia se irritou com minha
atitude, mas não protestou. Isso era bom. Ela me passou a minha agenda do dia e
eu a segui procurando ser rápido em minhas tarefas. Eu queria sair cedo e seguir
Bella, observá-la e tentar entender o porquê de sua rápida mudança.
Bella iria sair e não sairia só.
As amigas estavam com ela. Eu a segui após Tânia ir embora para a sua casa.
Bella pegou sua moto e todas ficaram em frente ao prédio. Deviam estar esperando
um táxi para elas. Era nisso que eu queria acreditar. Um carro estacionou
próximo a elas, haviam dois homens lá. Pude ver tudo isso do lugar onde eu
estava o interior do meu carro.
Ângela e Jessica entraram no
carro. Suspirei aliviado por ver que Bella iria sozinha em sua moto e, a julgar
pela intimidade entre os quatro no carro, nenhum dos dois rapazes teria algo
com Bella. Vi um jovem numa moto. Bella pareceu não notá-lo, colocou o capacete
e seguiu o carro das amigas. A outra moto seguiu ao lado de Bella, mas não
houve comunicação. Segui lentamente os carros tentando não me aproximar
demais.
Eles não seguiram para muito
longe, foram para um barzinho.
Estacionei longe do bar para não
ser descoberto e entrei no lugar após alguns minutos. Não demorou para eu
localizar Bella e seus amigos. Eles sentaram em uma mesa, pediram alguma coisa
para beber e começaram a conversar entre si. Um programa bem normal. Muitos
rapazes olhavam para o grupo, em especial para Bella. Fiquei enervado com isso,
mas feliz por ela não ligar para a atenção masculina que recebia. Sentei em uma
mesinha o mais afastado possível do grupo, em um ângulo em que eu pudesse
vê-los. Pela visão periférica notei que uma atendente do bar vinha toda animada
em minha direção. Por alguns instantes minha atenção foi voltada para ela.
–Boa noite senhor. Serei sua
atendente esta noite. Aqui está nosso cardápio. – ela me ofereceu o cardápio e
prontamente eu peguei. Não precisei pensar para escolher o pedido, ou olhar o
objeto oferecido.
–Quero uma dose de whisky. – pedi
entregando o cardápio.
Foi rápido.
Num minuto Bella conversava
animadamente com os amigos e no outro ela estava beijando o cara que a
acompanhou de moto. Eu fiquei estático. Mas que porra era essa?
Silêncio. Eu não ouvia a nada ao
meu redor.
As pessoas. Tudo desapareceu e só
restou aquela imagem: Bella com outro homem.
Bella com outro homem.
Um homem que tinha o que eu tanto
desejava... Seus beijos, seu toque, seu sorriso...
–Aqui está a sua bebida senhor. –
a atendente disse passando a minha dose. Eu peguei a bebida, virei o copo e lhe
passei uma nota com um valor alto.
–O troco é seu. – murmurei e
desapareci pela saída.
Devo ter pegado todas as garrafas
alcoólicas que encontrei em casa. Fui bebendo uma por uma, na sala, enquanto eu
pensava no que faria. Eu não iria perder; Edward Cullen nunca perde!
Sentado no sofá sorvendo uma
garrafa de vodka eu pensei em como contra-atracar. Bella não era assim, alguém
deve ter dado a brilhante idéia dela me meter um par de chifres. Só consegui
pensar nas amigas, em especial na tal Jessica.
“Ela vai me pagar! Todas elas!
Aposto que ficam alimentando idéias na cabeça da Bella!”.
A fúria que eu sentia me impedia
de pensar racionalmente. O Edward paciente e razoavelmente bonzinho se fora,
dando lugar ao Edward de sempre, o competitivo, o vingativo. Eu bebi e bebi
enquanto refinava mais planos. Demitiria a tal Jessica. Se isso não resolvesse
demitiria Ângela. Demitiria todos se preciso para que Bella não sofresse influências
negativas.
Os minutos foram se passando...
Estava tão bêbado que não
conseguia me levantar do sofá. Pensei que acabaria adormecendo ali com a única
garrafa de bebida alcoólica que tinha algum conteúdo quando ouvi o barulho na
porta. Fiquei rígido olhando para frente enquanto eu captava a entrada dela no
apartamento. Bella procurou ser silenciosa, mal sabia ela que eu estava bem
ali. Quando me notou nada disse, seguiu para o corredor que levaria ao seu
quarto.
–Aonde vai? – minha voz saiu
arrastada. Eu estava muito alcoolizado.
–Para o quarto. – disse numa voz
cansada.
–Se divertiu essa noite? – perguntei
com deboche.
–Sim, como em todas as noites
quando saio com meus amigos. Se me der licença vou para o meu quarto.
Bella afastou-se. Eu me enervei.
Claro que se divertiu me colocando um belo par de chifres, beijando o primeiro
que viu para a sua vingança! Eu faria Bella compreender naquele instante que
ela era minha. MINHA!
Joguei a garrafa no chão. O
barulho chamou sua atenção e Bella parou. Caminhei até ela enquanto minha vista
turvava. Ela seria minha, eu não permitiria que outro tivesse o meu bem mais
precioso! Dei alguns passos enquanto a olhava com fúria. Bella me encarava
surpresa, talvez assustada. Quando abri a boca para falar tudo o que estava
entalado, inclusive que eu a amava, tudo se apagou. Eu desmaiei, pelo menos
acho que desmaiei.
“EDWARD!” – sua voz soou longe.
Não pude me sentir. Eu estava no escuro.
Maldita bebida!
Um gosto amargo na boca. Abri os
olhos e os fechei de imediato. Estava tão claro! Eu os fechei enquanto tentava
me recompor. A última coisa que me lembrava era de estar me aproximando de
Bella, pronto para dizer tudo o que estava acumulado, as verdades e mentiras,
até sobre o contrato. Eu não disse. Desmaiei devido a todo o álcool que bebi.
Eu havia perdido uma ótima
oportunidade, mas haveria outras. Eu tinha em mente uma tática e eu iria
executá-la tão logo eu estivesse na empresa.
Bella estava com a amiga
trabalhando. Eu olhei a tal Jessica com malícia. Mal sabia ela o que a esperava!
Entrei em minha sala e fui recepcionado por Tânia que simplesmente me atacou.
Pulou em mim e me beijou sofregamente. Eu a empurrei.
–O QUE DEU EM VOCE? – perguntei
aos gritos.
–SOU EU QUE DEVERIA PERGUNTAR!
QUAL É O SEU PROBLEMA? POR QUE TÁ ME EVITANDO? – ela gritava com os olhos
furiosos. Bosta! Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria explodir.
–Tânia, pare com isso. – pedi
cheio de raiva. Ela não parou.
–NÃO PENSE QUE PODE ME CHUTAR
APÓS TER ME USADO EDWARD CULLEN! – ela gritava enquanto batia no meu peito.
Segurei suas mãos para que parasse de me agredir.
–Não me tente a me livrar de você
Tânia. – disse tentando não gritar. Não queria chamar a atenção para mim.
–AH ESSA EU QUERO VER! EU SOU
INDISPENSÁVEL PARA VOCÊ! SABE DISSO! SEM MIM VOCÊ FICARIA TENDO QUE DORMIR COM
AQUELA VAGABUNDA SEM GRAÇA DA SUA MULHER!
Quando Tânia proferiu estas
palavras, senti minha visão nublar de ódio. Eu não queria apenas demiti-la, eu
queria esmurrá-la por ofender alguém como Bella. Não, eu não seria tão radical.
Nunca bati em mulheres, mesmo naquelas que mereciam. Contei mentalmente até dez
e suspirei.
–Vamos ao trabalho. Antes de tudo
quero que você chame o responsável pelas demissões no RH. Tem um funcionário
que vou demitir. E quero que consiga tudo o que puder da funcionária Jessica
Stanley. – caminhei até a minha mesa e me sentei. Jessica seria a primeira na
minha lista negra. Tânia me olhou irritada por minha rápida mudança de assunto,
virou-se e fechou a porta atrás de si ruidosamente.
Primeiro Jessica... Depois Tânia.
–Senhor Cullen, tem certeza que
deseja fazer isso? – o funcionário do RH perguntou. Tânia estava em frente à
porta, amuada. Refletia ainda a nossa discussão.
–Sim, eu tenho certeza.
–Mas qual é o motivo ou não
existe motivo?
–Se é tão difícil para você
demiti-la então me faça o favor de chamar Jessica Stanley aqui. – disse com
deboche. – E vá preparando todos os documentos dela. Hoje mesmo eu a quero fora
daqui.
–Ela faz algo para o senhor? – o
homem perguntou.
–Faça apenas o que estou dizendo.
E faça uma carta de recomendação pra ela. Não quero que a coitada fique com uma
mão na frente e outra atrás. Agora vá chamá-la. – eu disse a ele. O responsável
pelas demissões, sujeito que eu desconhecia o nome, saiu. Tânia se aproximou e
jogou uma pasta com papéis.
–Taí o que queria saber de
Jessica Stanley. Agora tem motivos para demiti-la. Foi muito fácil descobrir os
seus podres. – Tânia sorriu vingativa. Eu peguei a pasta e a abri olhando os
papéis. Jessica realmente tinha um histórico comprometido. Registros de atrasos
que nunca chegaram ao RH, faltas não justificadas e sumiço de material de
escritório de sua sala.
–É, agora eu tenho motivos caso
seja questionado. – murmurei olhando os papéis com afinco.
–E quem o questionaria? – Tânia
perguntou. Dei de ombros. Eu não falaria na Bella.
–Tânia, eu vou precisar ficar a
sós com Jessica. Enquanto isso adie minha próxima reunião. – pedi sem olhá-la.
–Como quiser. – murmurou e saiu
rapidamente. Assim que Tânia saiu, eu me recostei melhor na poltrona e
suspirei. Eu sabia que tinha que ter cuidado com Tânia. Peguei o telefone em
cima da mesa e liguei para o número do RH, mas precisamente para a sala do homem
que cuida das demissões. Ele atendeu rapidamente.
–Você convocou Jessica Stanley? –
perguntei sem rodeios.
–Ah senhor Cullen! Sim, eu falei
com ela. Ela deve estar a caminho. – disse. Nesse momento ouvi batidas na
porta, devia ser ela.
–Tudo bem. Ah, quero que cuide de
outra demissão para mim.
–E de quem seria senhor Cullen? –
ele perguntou. Murmurei um “entre” e falei antes que Jessica captasse o teor da
conversa.
–O nome é Tânia Denali. – falei e
desliguei o telefone. Jessica ficou em pé diante de mim com um olhar tenso. Eu
sorri.
–Sente-se senhorita Stanley. – pedi
educadamente. Jessica veio tensa e sentou-se diante de mim.
–Boa tarde, senhor Cullen. O que
deseja de mim? – sua voz era baixa, mostrava sua hesitação.
–Eu serei rápido com a senhorita,
pois tenho uma reunião. – disse e joguei diante dela a pasta que Tânia
arranjou. Jessica olhou para a pasta por alguns segundos.
–O que é isso? – ela perguntou.
–Esse é o motivo de sua demissão,
senhorita Stanley. – falei calmamente.
–O QUE? – ela gritou
levantando-se da sua poltrona com rapidez.
–É isso o que ouviu. O RH está
cuidando de sua demissão nesse momento. Receberá todos os seus direitos e a
minha promessa de que a sua falta com a empresa não ficará registrada em sua
carteira de trabalho. Eu lhe darei até uma carta de recomendação! – disse
debochado. Levantei da mesa e contornei a cadeira onde Jessica estava sentada.
Inclinei meu corpo e sussurrei em seu ouvido.
–Achou mesmo que eu não
perceberia? Achou mesmo que eu deixaria você tirá-la de mim? Nem você, nem
ninguém, vai tirar o que é meu por direito. – assim que disse, Jessica
levantou-se bruscamente e saiu porta afora. Eu sorri enquanto a via desaparecer
pelo corredor.
Menos um obstáculo, pensei.
–Oi maninho! –Alice me
cumprimentou. Eu a encontrei na saída de uma reunião.
–Oi Alice. – disse seguindo para
minha sala. Alice caminhou junto comigo. Tânia ficou atrás conversando com
funcionários.
–Eu estava almoçando com a Bella.
Ela está tão diferente! Você percebeu? Está mais bonita e feliz.
–Eu percebi sim.
Entramos em minha sala. Alice
fechou as portas assim que passou por elas.
–Não deveria estar trabalhando
maninha? – perguntei enquanto sentava em minha poltrona. Ela ficou de pé
próxima a porta, seu olhar sobre mim era estranho. – O que foi? Perdeu alguma
bolsa exclusiva de alguma grife famosa? – brinquei enquanto olhava papéis deixados em
minha mesa por algum funcionário ou por Tânia.
–Você ainda ama a Bella, Edward?
Eu a olhei surpreso com sua
pergunta. Alice não tocava no assunto “Bella e eu” há algum tempo. Isso por que
ela não estava disposta a me ajudar, ela dizia que eu não merecia ajuda.
–Que tipo de pergunta é essa?
–Só responda. – Alice estava
séria, algo bem atípico dela. Fiquei confuso.
–Amo. Por que a pergunta? – eu
queria saber o porquê. Algo me dizia que eu não iria gostar da verdade. Alice
fechou os olhos e sacudiu a cabeça em desaprovação a algo. – Alice? O que foi?
–Você é um idiota mesmo Edward. –
dizendo isso ela saiu da minha sala. Eu não tinha entendido nada.
Conversava com dois sócios que
haviam pedido um encontro comigo. Não havia visto Tânia desde a reunião
anterior e me perguntei se ela já tinha descoberto que havia sido demitida.
Estava prestes a falar com os senhores sobre o assunto em questão quando a
porta foi aberta.
Bella.
–Bom meus amigos, acredito que
será melhor deixarmos estes assuntos para serem discutidos na próxima reunião.
Peço desculpas pelo atraso no início deste encontro, mas no momento estou sem o
auxilio de uma secretária. – disse com os olhos fixos em Bella. Ela me olhava
com raiva. Pensei no provável motivo para ela estar ali. Deve ter descoberto
que demiti a amiga.
–Não se preocupe senhor Cullen. Nós
é que pedimos desculpas por convocá-lo antes de uma reunião oficial. – os dois
senhores levantaram. Cumprimentaram-me e seguiram para a saída. Eu fiz questão
de apresentar Bella.
–Ah, já conhecem minha linda
esposa, não é? – apontei para ela.
–Sim. Como vai senhora Cullen? –
ele a cumprimentou e Bella aceitou o cumprimento de mão, mas seus olhos
raivosos estavam fixos em mim.
–A que devo a honra de sua
visita? – perguntei voltando a minha mesa. A pasta com os papéis que provavam
os crimes de Jessica ainda estava em cima da minha mesa.
–Sabe muito bem por que estou
aqui. – falou com irritação. Mesmo irritada continuava linda!
–Ah, sua amiguinha já fez a
fofoca? Veio brigar comigo pelo que fiz por ela, é isso?
–Eu vim para saber o porquê
disso? A demissão de Jessica é uma nova forma de me atingir?
Bella era bem perceptiva. Sacou
logo que eu fazia isso por sua causa.
–Meu bem, eu tenho justificativa
para demiti-la. – disse pegando a pasta que Tânia conseguiu e a abrindo. – Sua
amiguinha faltava com frequência e nunca justificou as faltas, chegava atrasada
em certas ocasiões, acessava sites proibidos com o computador da empresa e,
como se não bastasse, roubava material de escritório. Como você vê, eu tenho
motivos de sobra para demiti-la, mas não se preocupe. Eu dei a ela uma carta de
recomendação.
Bella se calou. Claro, ela
conhecia a amiga que tinha. Ela sabia que Jessica não era flor que se cheire.
Procurou se recompor e quando o fez falou:
–Muitos funcionários fazem isso,
por que demitiu só a ela?
–Se você conhece mais
funcionários que aderiram à prática criminosa de Jessica Stanley é só me passar
seus nomes e serão demitidos. – esperei. Claro que ela nada disse.
–Por que se incumbiu disso? O RH
faz as demissões. – continuou a me questionar. Bella sabia que o motivo para a
demissão era ela, queria que eu dissesse isso. Eu não diria.
–Tédio. – falei dando de ombros. –
Mais alguma cosia querida? – perguntei e meu sorriso vitorioso a enervou mais,
deu para notar.
–Tudo bem. Eu não vou misturar o
pessoal com o profissional. Se for o melhor para a empresa então tudo bem. – disse
e saiu furiosa da minha sala. Eu sorri abertamente.
Eu estava me sentindo bem. Apesar
da fúria de Bella, eu estava bem. Iria observar Bella para ter certeza de que
ela não estava mais flertando com ninguém por aí e, caso a tal Ângela estivesse
envolvida, eu a demitiria também. Eu sabia que agia como um louco, mas a
racionalidade já havia me abandonado desde que Bella entrou em minha vida.
De tão tranquilo que estava eu
nem me preocupei em seguir Bella após o expediente. Ao constatar que Bella não
estava mais na empresa, segui direto para casa. Eu fiz bem em seguir por que,
assim que cheguei, vi Tânia no estacionamento. Ela estava descabelada, o rosto
inchado de tanto chorar, as roupas amassadas.
–E lá vamos nós. – murmurei
estacionando o carro na minha vaga. Quando saí do carro, eu fui atacado.
–SEU FILHO DA PUTA! CRETINO! – gritou
socando-me no peito. Eu a empurrei.
–O que você esperava? Hum? Que eu
casasse com você e a transformasse em uma princesa? Você não é nenhuma criança
Tânia!
–VOCE ME USOU! – gritou vindo
para cima de mim.
–Você também me usou. Usou meu
status, meu dinheiro. Você não gostava de mim, gostava das coisas que eu
proporcionava. Não venha bancar a santa comigo Tânia.
–Você precisa de mim! – falou
numa voz mais controlada.
–Não preciso mais.
–Eu vou contar a ela. – quando
Tânia disso isso, eu congelei. – Eu vou contar pra aquela vadia!
Procurei me controlar. Se eu
mostrasse o que sentia, Tânia iria me arruinar.
–Fale. Facilitará as coisas para
mim. – falei com desdém. – Pegue seu dinheiro amanhã e vá para o seu novo
trabalho na segunda. Sim, eu consegui um ótimo trabalho para você. Como forma
de pagar seus préstimos. Seja feliz Tânia.
Ela ficou parada me olhando.
Minutos se passaram. Deu um meio sorriso e caminhou para a saída.
Senti um alívio com a saída de Tânia.
Dois problemas estavam fora do meu caminho. Agora eu tinha que me concentrar em
me aproximar de Bella. Seria difícil, mas eu conseguiria. Eu tinha que
conseguir.
Uma pequena parte de mim gritava
dizendo que eu estava fazendo tudo errado, mas eu não conseguia ouvir esse meu
outro lado. Não se meus planos estivessem me aproximando de Bella.
Eu amava Bella e iria tê-la custasse
o que custasse!
Tomei um bom banho. Comi o jantar
preparado por Magdalena e Eli. Escovei meus dentes. Assisti televisão. Deitei
em minha cama enquanto a esperava. Logo ouvi os barulhos que denunciavam sua
chegada, mas não saí do quarto. Eu esperava que Bella dormisse só assim eu
poderia ficar próximo a ela.
Uma da manhã.
Duas da manhã.
Levantei da cama e segui a passos
silenciosos para o quarto de Bella. Como previ Bella já estava dormindo, muito
bem coberta pelo seu edredom devido ao frio que fazia. Lentamente,
silenciosamente, eu me deitei ao seu lado. Não era a primeira vez que eu fazia
isso, deitar ao lado de Bella e imaginar como seria quando eu tivesse essa
liberdade com ela acordada. Ergui a mão e aproximei o máximo possível de seu
rosto. Fingi que o acariciava. Eu queria sentir sua pele... Ah! Tantas coisas
eu queria! Consegui pegar sua mão sem despertá-la e a coloquei no meu rosto.
Procurei ficar bem próximo dela e relaxei. Fechei os olhos e me deixei levar
pela possibilidade de tê-la como minha mulher, algo que logo aconteceria.
Continua...
Quando eu acho que o Edward está
mudando e tentando melhorar para reconquistar a Bella ele retrocede e volta a
se o mesmo autoritário e implacável de antes. A Alice tem razão em dizer que
ele é um idiota. A única coisa que ele vai conseguir agindo assim é afastar a
Bella ainda mais. Só quero ver como ele vai reagir quando descobrir sobre a
viagem da Bella com o Jacob. Beijos e até amanhã.
Oi honey!! Pior q e! nossa ele e sem nocao surtei de raiva desse Ed! Ate amanha beijusculo:)
ReplyDeleteOi Nessie!
ReplyDeleteMas não dá mesmo raiva dele? Ao invés de agir com calma, ponderar as atitudes, não, atropela tudo e vai acabar botando tudo a perder por isso.
Beijos.