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Saturday, March 10, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 24


Oi gente! Hoje o capítulo é contado pelo Edward e vamos saber como foi para ele a primeira noite dos dois.

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 24

Edward pov’s

Durante alguns dias fui ignorado por Bella, de novo. Eu entendia seu ato, ela estava irritada com o que fiz a Jessica. De qualquer forma eu estava tranquilo. A demissão de Jessica de fato manteve Bella mais em casa, o que era um alívio. Pensei... Já que ela não voltou a sair e se encontrar com o cara com quem ela ficou naquela noite, significa que ele não era importante.
E com o passar dos dias, o sábado chegou.
Eu sabia que tinha de dar o próximo passo, mas sempre me acovardava, deixava para o outro dia a conversa definitiva com Bella. Isso me enervava, mas, mesmo que isso me incomodasse, eu não conseguia fazer algo.
Havia contratado uma nova secretária, uma senhora de quarenta e sete anos, super eficiente e feia. Ninguém nunca em sã consciência poderia dizer que tenho um caso com a senhora e isso poderia diminuir a raiva de Bella; ela sabia que eu tive algo com Tânia. Talvez Bella só estivesse sendo difícil comigo por que até então Tânia trabalhava para mim. Eu esperava que as coisas melhorassem com minha decisão quanto à demissão de Tânia.
Naquela manhã de sábado Bella saiu antes de mim em sua moto. Cheguei um pouco tarde à empresa e nem pude falar com ela, sequer olhá-la, pois tinha muitos compromissos naquele dia.
–Bom dia senhor Cullen. – a nova secretaria cumprimentou. Suspirei.
–Bom dia.

Dia atarefado, dia muito atarefado. Eu não tinha tempo para nada. Bom, era ótimo estar ocupado assim e deixar as decisões difíceis para depois. Eu pensei que tudo seguiria seu curso normalmente como tem sido nos últimos dias, mas não foi isso o que aconteceu. Entre uma reunião e outra, à tarde, passei no setor do RH e vi um rosto familiar. Sorri.
–Senhora Slater, vá indo para a sala e reuniões. Eu preciso cumprimentar um certo alguém. – disse afastando-me de minha secretária e seguindo para a entrada do departamento de relações humanas. Jessica conversava com uma funcionária, parecia estar se preparando para partir. Quando me avistou Jessica fechou a cara. É claro depois da reprimenda que lhe dei, ela reagiria dessa forma!
–Ora se não é a antiga ovelha negra da minha empresa! – disse aos risos. Jessica estreitou os olhos.
–Olha se não é o babaca do meu antigo chefe! – esbravejou.
–Não seja assim meu bem, eu ajudei você. Eu poderia ter manchado seu currículo, mas não o fiz. Não deixei claro para o seu próximo contratante a funcionaria péssima que é. – falei com sarcasmo. Para o meu espanto Jessica sorriu.
–Sabe, eu estive pensando naquela nossa conversa e me lembrei de algo que você disse. No início eu não entendi direito, mas depois compreendi. Você disse, antes de eu ir embora, no dia em que fui demitida, que eu não tiraria “ela” de você, por que “ela” é sua. Estava falando de Bella?
Eu a encarei confuso. O que ela queria fazendo uma pergunta dessas?
–Então você a ama, não é? Eu já imaginava. Bella não enxerga nada ao seu redor, mas eu sou muito observadora. Notei sua mudança de comportamento com relação à Bella. Conclui que você sente algo forte por ela, tão forte que me despediu para que Bella não saiba o que é viver. Como se ela precisasse de mim para uma coisa dessas, ela tem o Jake agora.
–Jake? Quem é esse? Do que está falando garota? – perguntei entre dentes. Jessica parecia reprimir uma risada.
–Se minha teoria estiver certa, o que eu vou dizer a você vai doer um bocado. Você sabe quais são os planos da Bella para esse fim de semana?
Fechei a cara. Eu não estava gostando do sorrisinho estampado no rosto de Jessica.
–Não, mas acredito que não será sair com você após o expediente. – sorri vitorioso, mas eu não havia vencido.
–Ela vai sair sim, mas não é comigo nem com nenhum do grupo de amigos. Ela vai viajar com o Jacob. Será a viagem da vida dela! Farão algo ao entardecer e a noite Jacob vai levá-la a uma pousada onde passarão a noite juntos. Após entregar a virgindade para o homem de que gosta, Bella vai voltar apenas para pegar as suas coisas e morar com Jacob. Um plano interessante, não acha?
Não sei com que cara eu olhava para Jessica, mas devia ser uma feição cômica. Enquanto eu compreendia palavra por palavra de Jessica, a mesma seguiu seu caminho. Atônito, eu segui para a minha sala. Minha nova secretária não estava à vista, o que agradeci. Sentei em minha poltrona.
Bella viajaria com Jacob
Bella dormiria com ele
Bella... Pediria... Divórcio...

–... Mas senhor Cullen...! – a senhora Stanley chamou, mas eu a ignorei. Fiquei imerso contra a minha vontade no trabalho, resolvendo problemas da empresa a fim de esquecer. Esquecer o que ouvi de Jessica. Impossível. Eu não esqueci, suas palavras tinham a potência de um soco.
–Eu PRECISO sair agora! – disse irritado, seguindo para fora da sala, encostando o restante do trabalho para outro dia. Fui diretamente para o espaço de Bella na empresa supondo que ela sairia no mesmo horário de sempre. Não a encontrei. Olhei o meu relógio de pulso. Bella ainda deveria estar na empresa, por que não estava? Fui ao encontro do chefe do departamento contábil. Ele me recebeu em sua sala com um sorriso amigável, mas o sorriso se esmaeceu quando viu minha carranca.
–Senhor Cullen? – ele me olhou confuso.
–Onde Bella está? – perguntei com a voz falha.
–Bem... A... A senhora Cullen pediu para sair mais cedo.
–MERDA! – esbravejei saindo as pressas da sala do homem, do meu andar da empresa. Eu não previa isso. Bella pedindo para sair mais cedo? Por quê? Se isso não era um indício de que a tal Jessica falou a verdade, então eu não sabia nomear o que a atitude de Bella significava. Muitas pessoas me cumprimentaram enquanto eu seguia em disparada para a garagem.
“Como se ela precisasse de mim para uma coisa dessas, ela tem o Jake agora.”
Quem era Jake? O cara que beijou Bella naquele barzinho? Acreditei que aquele cara era um qualquer que Bella beijou para me atingir, mas se Jessica o conhecia talvez não fosse alguém sem importância. 
“Se minha teoria estiver certa, o que eu vou dizer a você vai doer um bocado. Você sabe quais são os planos da Bella para esse fim de semana?”
Entrei em meu carro e logo estava dirigindo a toda velocidade. Eu tinha que ser rápido, se eu não chegasse a tempo, se não esclarecesse o que eu sentia, eu perderia Bella. Como pude ser tão arrogante? Como pude negligenciar meus sentimentos esperando que o tempo fizesse o seu trabalho de me aproximar de Bella? O que eu estive fazendo durante o tempo após o evento, quando eu era a imagem que via refletida nos olhos de Bella?
“Ela vai viajar com o Jacob.”
Não! Eu não permitiria! Eu tinha que ter ainda algum direito como seu marido!
“Será a viagem da vida dela! Farão algo ao entardecer e a noite Jacob vai levá-la a uma pousada onde passarão a noite juntos.”
Ouvi as buzinas dos carros que ficavam para trás. Certamente eu receberia multas pela alta velocidade.
“Após entregar a virgindade para o homem de que gosta, Bella vai voltar apenas para pegar as suas coisas e morar com Jacob.”
E enfim eu cheguei a minha casa...

–BELLA! BELLA! – gritei querendo desesperadamente que ela estivesse em minha casa, que as palavras de Jessica fossem mentira para me atormentar. Como nada ouvi enquanto a procurava em casa, meu desespero cresceu exponencialmente. Procurei na sala, sala de estar, sacada...
–Bella... – minha voz sumiu. Ela não estava em casa, ela havia saído como Jessica disse. Bella estava com o tal Jacob, ela havia escolhido a ele. ELE!
“Não posso permitir! Mas o que posso fazer? Ela se foi...” – o ar em meus pulmões parecia rarefeito. Meu coração estava a ponto de explodir. Sem muita esperança de encontrá-la, visto que Bella não respondia aos meus chamados, fui até o seu quarto na esperança de encontrar alguma pista de seu paradeiro.
A primeira coisa que notei foi uma pequena bolsa de viagem em cima da cama. Minha visão periférica captou a luz do banheiro de Bella acesa. Quando me virei eu a vi de pé em frente ao espelho, fazia a maquiagem. Vê-la ali tão despreocupada me enfureceu. Eu quase tive uma sincope acreditando que ela não estava lá! Eu sabia que deveria me acalmar antes de conversar com ela, mas eu nunca fui conhecido pela paciência. Notei que Bella estava usando fones de ouvidos. Eu os arranquei.
–HEI! – esbravejou me olhando com raiva. Ela não era a única que estava furiosa.  
–POR QUE NÃO ME RESPONDEU? ESTOU CHAMANDO VOCÊ DESDE QUE ENTREI EM CASA! – gritei sentindo meu corpo queimado pela fúria. Bella me olhou com deboche, como se eu fosse um inseto.
–Seria por que meus ouvidos estavam ocupados com os meus fones de ouvido? – disse. Voltou a se maquiar. Tratando-me com descaso...
Uma rápida olhada no que fazia para constatar o óbvio. 
–Vai sair? – perguntei. Bella me ignorou como sempre. – Dá para responder?
–Não Edward, eu estou me arrumando para jogar banco imobiliário com a vizinha. – falou com sarcasmo. Tentei me controlar. Agir movido pela raiva não iria me ajudar a convencer a mulher que eu amava a me escolher.
–Com quem você vai sair? – perguntei. Bella bufou.
–Não é da sua conta para onde vou e com quem. – saiu do banheiro guardando o batom na sua bolsa.
Se eu ainda tinha alguma dúvida de que Jessica falava a verdade, a dúvida acabou.
–É dá minha conta sim. Caso tenha se esquecido eu sou o SEU marido. – falei sabendo que era inútil. Não adiantaria, agora, exigir meus direitos de marido, não quando reneguei meus deveres. 
–Pena que você tenha se lembrado disso tarde demais. – projetou-se para ir embora. – Volto na segunda.
Medo. Se Bella passasse pela porta, eu a perderia. Perderia a única mulher que amei verdadeiramente, meu vício, minha riqueza. Eu não poderia deixar, não quando ela ainda estava próxima a mim, ao alcance de meus dedos. Sem parar para pensar, eu a agarrei pelo braço parando-a num solavanco. Bella me olhou surpresa, mas não demorou a fúria tomar seu rosto.
–Edward, solte o meu braço. – exigiu. Não a obedeci. Eu estava com medo, com muito medo. Eu não queria perdê-la, queria que Bella fosse minha para sempre.
–Você não vai sair daqui e sair com aquele idiota. – disse. Minhas palavras a surpreenderam.
–Do que você está falando? – perguntou. Sua pergunta me enervou.
–Eu sei muito bem para onde vai, com quem vai e fazer o que. Não vou permitir! Você ainda é a minha mulher! – protestei mesmo sabendo que meus protestos não tinham nexo. Eu não tinha o direito de exigir nada de Bella.
–EU SOU SUA MULHER? ESSA PIADA FOI BOAAAA! Agora me solte. E a propósito que coisa feia você ficar me espionando! – o sarcasmo. Sim, eu o conhecia. Durante muito tempo eu fui sarcástico com ela. Ela jamais veria minha sinceridade, não depois dos meses de teatro que fiz para afastá-la de mim. A imagem de Bella beijando outro cara veio a minha mente, isso e as palavras de Jessica. Senti a raiva me tomar.
–COMO SE ATREVE A ME TRAIR? – gritei. Eu estava tão irado que não conseguia parar de me impor, mesmo que há muito tempo eu tivesse abdicado do papel de marido.
–Eu não estou traindo você por que você NUNCA foi o meu marido. Agora pare com essa palhaçada! E a propósito Jacob não é o meu amante, ele é MEU namorado. Me solta! – Bella, após suas palavras afiadas como facas, afastou-se de mim. Cada palavra doeu como fogo em minha pele, ainda mais por sua afirmação de que o tal Jacob era seu namorado, não seu amante.
Ela partia, eu não queria deixá-la ir...
Ela caminhava para os braços de outro...
Caminhei a fim de alcançá-la e a puxei fortemente pelo braço. Desta vez eu não iria argumentar, eu a pararia. Não parei para pensar enquanto a jogava contra a parede prendendo seus pulsos acima de sua cabeça. Enquanto Bella olhava-me com pavor, eu a beijei impetuosamente. Eu estava tão desesperado para me assegurar que Bella ficaria comigo que não passou pela minha cabeça a rejeição que sofria naquele momento. Bella não correspondia ao meu beijo, mas isso não me fez perder a maravilha que era beijá-la.
Cedo demais Bella reagiu empurrando-me. Ela saiu às pressas, corria, querendo fugir. Cego pelo medo, eu não a deixei partir. Novamente capturei seu braço.
–ME SOLTA! SOCORROOOO! – gritou. Tentou me afastar e logo percebi que a agressão física havia sido incluída na sua tentativa de me empurrar. Atrapalhamo-nos e isso resultou em uma queda. Arfantes, ficamos parados tentando nos recompor. Claro que se Bella recuperasse o fôlego ela tentaria me agredir até conseguir fugir, por isso eu tinha que agir. Afastei-me e a encarei. Eu queria dizer tudo, dizer o quanto eu a amava e o quanto eu estava sofrendo. Tantas palavras, mas não disse nada. Será que Bella poderia adivinhar o que se passava comigo? Ela ficou parada olhando-me. Eu não quis mais esperar. Lentamente me movi para beijá-la, eu queria sentir novamente seus lábios maravilhosos nos meus. Porém o beijo desta vez foi mais calmo, eu não queria assustá-la ou machucá-la. Eu queria que Bella sentisse através do meu beijo o que eu não conseguia dizer em palavras. Movi meus lábios contra os seus enquanto minhas mãos prendiam seus pulsos, Bella não estava tentando me afastar ou gritar, mas também não correspondia. A princípio beijá-la sem ser correspondido não me incomodou, mas agora...
E então o clima foi mudando. Antes era só eu tentando beijar uma pedra da nova Bella, mas pouco a pouco Bella foi cedendo, abrindo sua boca e recebendo-me. A alegria que senti enquanto eu vencia, enquanto Bella se entregava as minhas carícias, não tinha precedentes. Explorei sua boca com minha língua, querendo passar a ela a mesma felicidade que eu sentia naquele momento. Afastei-me para rir, eu não merecia reação alguma de Bella, mas a estava recebendo. Voltei a beijá-la de uma forma mais ousada rezando para que Bella continuasse a me aceitar. Agora que eu provei o doce sabor do seu beijo, eu não queria mais parar. Eu tinha que dar o próximo passo até chegar ao ápice, eu queria que Bella embargasse nessa loucura comigo.
Soltei seus pulsos querendo sentir sua pele macia na ponta de meus dedos, ainda que sobre o vestido que usava. Bella se arrepiou com o meu toque, nada mais. Eu ia ousando, acariciando-a com minha boca, meus dedos, e Bella continuava parada, aceitando-me.
Eu adorava seus lábios, mas eu queria muito mais do que isto. Eu queria prová-la inteira e tomá-la como minha esposa. Afastei-me. Bella tinha os olhos fechados, estava arfante. Eu a carreguei com pressa levando-a para o quarto. Senti-la nos meus braços era o frenesi, eu me perguntava como seria estar dentro dela...
Abri a porta com um chute e coloquei Bella na cama. Eu cobri seu corpo com o meu para aquecê-la do frio que aquela noite vazia, mas também para impedi-la de escapar. Bella me fitava, ergueu a mão e tocou meu rosto. Meu coração explodiu com o seu ato, ela não iria mais desistir, pensei. Peguei a mão que estava em meu rosto e a beijei. Sua pele era tão macia, doce...
–Bella... – murmurei. Eu estava viciado nela, eu a queria mais do que qualquer coisa. Eu precisava tanto dela, tanto! Não esperei por um consentimento, de novo. Eu me inclinei e tomei seus lábios, novamente, feliz por sentir que Bella não hesitava mais como antes. Enquanto a beijava, eu me afastava o suficiente para me despir de algumas peças. Bella me olhava solenemente, como se estivesse entorpecida demais para lembrar que era um erro me escolher. E era um erro, muito embora eu a amasse. Voltei a beijá-la e migrei meus lábios para o seu pescoço mordiscando o lugar. Ouvi seu gemido e senti a satisfação me dominar. Ela devia estar gostando, eu queria que ela gostasse. Eu a beijei onde meus lábios alcançavam, beijei seu rosto inteiro e desci até o ombro. Minhas mãos, impacientes, a tocavam na tentativa de conhecê-la como nunca conheci e de estimulá-la.
Querendo conhecer cada centímetro de seu corpo e assim estreitar os laços entre nós, eu fiquei de joelhos na cama (durante meu afastamento acariciei seu corpo) e fiquei próximo de seus pés. Retirei os sapatos para beijar seus pés. Bella era única, pura. Muito mais do que beijar seus pés, eu queria colocá-la em um pedestal e adorá-la, ela merecia adoração, merecia tudo o que eu poderia dar e não seria o suficiente. Fui beijando seu corpo por cima do vestido e minhas mãos já tentavam despi-la. Eu precisava sentir Bella em toda a sua plenitude. Não era a luxuria que me movia, definitivamente não era. Era aquele sentimento chamado amor que por muito tempo eu não permiti que entrasse na minha vida. Por isso tudo era tão intenso, tudo para mim naquela cama com Bella parecia novo. Para Bella devia ser novo por ser sua primeira vez, mas para mim era novo por que eu a amava.   
Mais uma vez coloquei um espaço entre nós e me despi por completo. Quando o fiz, trabalhei no vestido de Bella, abrindo o zíper. Enquanto minhas mãos agiam, meus olhos a fitavam temerosos pela sua recusa. Se ela me dissesse não eu conseguiria aceitar? Provavelmente não. Retirei seu vestido e fiquei bestificado com o que eu vi. Como pude ser tão idiota a ponto de chamá-la de feia? Como eu pude não enxergar a beleza que existia ali, interior e exterior?
Eu devia estar cego e louco para não ter percebido antes. Como Bella era linda! Jamais vi alguém tão belo e talvez fosse o amor que fazia com que ela fosse a mais bela. Eu não conseguia não olhar para toda a sua perfeição, e isso por que Bella ainda estava com sua lingerie. Não sei por quanto tempo fiquei ali olhando para ela enquanto uma mão acariciava sua barriga. Novamente tomei seus lábios enquanto minhas mãos agiam tocando-a com força, despejando em seu corpo delicado todo o fogo que me consumia. E então eu a havia despido completamente. Claro que notei que Bella estava apenas parada, sem ser mais uma participante ativa daquele momento. Sustentei o peso e fiquei a fitá-la, esperando que Bella despertasse. Ela não poderia ficar em cima do muro, tinha que pender para um lado e eu implorava que fosse ao meu favor.
–Bella... – eu a chamei. – Por favor... – tentei pedir, mas o restante das palavras não saiu. Eu queria seu toque de bom grado. Bella ficou me olhando, mas eu sabia que ela não estava olhando para mim, sua mente estava em outro lugar. A dúvida que vi em seus olhos foi desaparecendo enquanto Bella erguia sua mão e tocava meu rosto. Suspirei aliviado e fechei os olhos, apreciando aquela simples carícia que me enchia de contentamento. Eu cobri seu corpo com o meu e senti um forte arrepio quando nossas peles nuas se tocaram. Tudo em Bella me atraia como uma droga atrai um viciado: a pele macia, o seu calor, o seu cheiro.
Suas mãos acariciavam meus braços e migraram para as minhas costas. Voltei a beijá-la sentindo que logo eu daria o passo definitivo para fazê-la minha. Eu a lambi no pescoço apreciando seu gosto único, eu suguei o lóbulo de sua orelha e a beijei selvagemmente.
O mais inacreditável era que Bella me correspondia à altura já sem nenhum pudor. Talvez ela tivesse enterrado seu lado racional, o que eu agradeci. Senti a dor de ter meus cabelos puxados por ela, mas procurei ignorar. Eu seria a favor de qualquer coisa que viesse dela, inclusive alguns machucados. Com algum esforço consegui me afastar e então meus lábios migraram para outras partes de seu corpo. Bella era tão doce, eu estava adorando beijá-la, poderia ficar nisso por horas e não me cansar. Fui beijando seu corpo até chegar aos seios. Para mim me pareceu natural beijá-la nos seios, naqueles seios esplendidos, mas ao tomá-los em minha boca Bella reagiu. Tentou se afastar e me empurrou com as mãos. Meu corpo inteiro ficou tenso diante de sua rejeição. Agora que estávamos tão longe, eu não suportaria que Bella não me quisesse. E então eu entendi assim que fitei seus olhos achocolatados. Eu vi acanhamento, terror. Bella era virgem, ela não estava acostumada com nenhum contato mais íntimo. Como pude ser tão idiota e não pensar nela em primeiro lugar? Eu faria com que aquele momento fosse especial para Bella. Eu faria com que o prazer eclipsasse a dor.  
–Confie em mim. – murmurei querendo um voto de confiança desmerecido. Bella pareceu chocada com minhas palavras, mas não disse nada. Ela não confiava em mim, mas isso não me impediria de tentar ganhar um pouco de confiança.  Beijei seus seios com a mesma volúpia que beijei sua boca, beijei sua barriga e então eu afastei suas pernas para beijá-la em sua feminilidade, alcançando com ela uma intimidade que até então nunca tínhamos. Eu a senti na minha língua e compartilhei de um prazer sem igual. Seus gemidos eram como música para meus ouvidos, me incentivaram a tornar a carícia mais e mais ousada. Eu queria tantas coisas dela, queria ouvir seus gemidos mais e mais altos, queria que eles estivessem mesclados ao meu nome, queria que ela soubesse o que é um orgasmo, com minha ajuda. Acima de tudo eu queria que através desse contato íntimo Bella decidisse ficar comigo e esquecesse Jacob.
Por isso eu continuei a explorar sua feminilidade com minha língua até que Bella chegasse ao ápice, algo que não demorou. Num ato de proteção, Bella tentou me afastar fechando as pernas, eu a impedi. Soube quando chegou ao orgasmo. Ela estremeceu e então todo seu corpo parou, até sua respiração cessou por alguns instantes. Ela havia experimentado o ponto alto do prazer e fui eu a fazê-la se sentir assim. A avareza me tomava. Meus dedos passearam pelo corpo que despertei para o sexo e meus beijos tocavam o corpo em chamas. Eu fiquei próximo e a estudei. Enquanto a satisfação pelo prazer dela me atingia, fiquei observando Bella, esperando que ela estivesse pronta para a próxima etapa. Acariciei seu rosto com uma mão ansioso para o que viria a seguir. Quando Bella estava calma, eu voltei a ficar sobre ela e falei em seu ouvido:
–Esta noite é sua. O prazer será só seu. – mordisquei sua orelha e com minhas pernas afastei suas pernas. Eu não esperei muito mais, eu tinha que marcá-la como minha. Era muito mais do que orgulho masculino, eu sabia. Lembrando-me de ser cuidadoso com Bella, investi contra ela ouvindo seu protesto, um arfar que poderia se transformar em um grito de dor. Tentou se afastar, mas a segurei pela cintura mantendo-a parada, sabendo que movimentos bruscos poderiam aumentar a dor. Eu a beijei para acalmá-la e aumentar o seu prazer, o que diminuiria a dor. Pude sentir que algo fora quebrado, Bella era uma mulher agora e fui eu aquele a iniciá-la. Não deixei que aquele sentimento de posse me desconcentrasse. Pude sentir o corpo de Bella tenso. Com meus beijos e carícias procurei deixá-la calma e seu corpo em chamas. Pouco a pouco Bella foi relaxando, entregando-se mais e mais a mim. E enquanto isso acontecia, eu me tocava de que estava dentro da mulher que eu amava. Eu me sentia completo como nunca senti antes. Eu já havia me deitado com muitas mulheres, mulheres exuberantes e excelentes amantes na cama, mas nada era melhor do que afundar no calor da mulher que você ama.
Fui investindo vagarosamente nela tentando me conter. Continuei a beijá-la, algo que não foi fácil; meus beijos mesclados com meus gemidos. Senti nos braços e costas o passeio de suas mãos. Algumas vezes uma pequena dor me atingia, Bella me arranhava, mas eu estava tão envolvido com o prazer de penetrá-la. Bella não era a única que estava amadurecendo com aquele contato íntimo, eu também estava. Eu me sentia um novo homem agora que havia experimentado de forma plena o amor. Meu prazer foi aumentando assim como o dela.
–Ah! Bella... – murmurei perdido naquela mulher que era minha. Bella serpenteava o corpo e movimentava-se entrando em meu ritmo, ansiando pelo orgasmo tanto quanto eu. Eu a abracei fortemente investindo mais forte e mais rápido, sabendo que agora Bella não sentia dor. Por muito pouco quase tive o orgasmo antes dela, mas me controlei diminuindo meu ritmo; eu queria chegar ao céu junto com Bella.
–Ah! – ouvi seu gemido no momento em que eu cheguei ao ápice. Bella me abraçou mais forte e correspondi ao seu abraço dando as últimas investidas. Quando o prazer máximo chegou, eu deitei pesadamente em cima de Bella.
Eu me permiti ficar ali ainda experimentando os resquícios do orgasmo. O cansaço se dissipava e eu já me via faminto por Bella. Eu a queria tanto, reprimi durante muito tempo o desejo por ela, e agora eu a queria uma, duas, quantas vezes pudéssemos aguentar. Bella se tornou o meu vício em uma única dose, como todo viciado eu precisava de mais. Eu me afastei dela sabendo que meu peso poderia incomodá-la, deixando-a livre para respirar melhor. Não pretendia deixá-la longe de mim por muito tempo, mal me afastei e já pensava em voltar. Bella foi mais rápida. Arrastou-se para a ponta da cama e ficou deitada de lado, de costas para mim, encolhida como um bebê. Eu a olhei tentando entender o que se passava, fiquei aliviado por pelo menos não ouvir choro, o que significaria que ela tinha se arrependido. Bella estava só parada, talvez o corpo estivesse dolorido. Notei que ela estava arrepiada, com frio. Peguei o edredom e a cobri. Eu me aproximei o suficiente para nossos corpos ficarem bem colados e deitei atrás dela, abraçando-a. Seu corpo estava tenso, arrepiado pelo frio, quente pelo calor que proporcionei a ela.
Eu esperei.
Bella foi relaxando pouco a pouco, devia estar cansada suficiente para dormir. Ergui um pouco a cabeça e procurei ver seu rosto, seus olhos estavam fechados e a respiração estava mais e mais calma. Continuei com meu rosto voltado para o dela, incapaz de desviar meus olhos do seu bonito e sereno rosto. Meus dedos deslizaram pela pelo seu braço, afagaram seus cabelos. Eu queria apreciá-la, afinal de contas eu não sabia quando teria essa oportunidade novamente. No entanto eu sentia que tudo estava ao meu favor, tinha que estar. Bella era virgem, ela jamais cederia sua virgindade a um homem que odiasse, ela só cederia a alguém que gostasse. Enquanto meu peito inflava com a constatação de que Bella sentia algo forte por mim, me aconcheguei nela toda e adormeci mais rápido do que esperava.

Eu poderia ficar o dia inteiro olhando para ela. Bella estava toda esparramada em minha cama, os cabelos em desalinho; Linda! Não resisti em apenas olhá-la, eu me aproximei e lhe dei um beijo. Bella murmurou algo, mas estava profundamente adormecida, nem notou meu ato. Procurei cobri-la melhor e saí da cama, relutante.
Era domingo por isso não tínhamos que ir a empresa. Ainda assim eu estava pronto. Por que eu havia tomado meu banho e me arrumado? Simples, por que o pobre Jacob Black poderia aparecer a qualquer momento. Foi logo que levantei e ouvi um barulho peculiar no quarto de Bella; seu celular tocava. Claro que ele tinha ligado e confesso ter ficado surpreso por ele não ter aparecido até agora no meu apartamento. Se Bella o visse não tinha como eu prever o que ela faria. Eu precisava de um plano, um plano para poder garantir que ficássemos juntos, um plano B. Quando Bella acordasse, eu tinha que executar o plano B. Eu estava confiante de que a noite passada melhoraria nosso relacionamento, mas eu tinha que garantir que Bella ficaria comigo. Não seria algo muito fácil – Bella era orgulhosa –, mas eu tentaria. E para início eu teria que arrumar um jeito de que Bella e eu ficássemos a sós. Isso não seria possível em nossa casa, embora uma de minhas primeiras ações naquela manhã foi ligar para Magdalena e sua filha e dispensá-las. Eu precisava levá-la para outro lugar, um lugar bonito, que serviria de anteparo para sua raiva...
Peguei meu celular e fui para a sala. Tínhamos uma propriedade fora da cidade, à fazenda pertencente aos Cullen. Minha mãe adorava o lugar, em memória dela Alice e eu o mantivemos. Como eu era mais ocupado que minha irmã, ficou a cargo dela a incumbência de manter o lugar, e com ela estavam às chaves. Claro que não foi apenas por isso que coube a ela a manutenção da propriedade, eu tinha problemas com o lugar. 
–Alô? –Alice atendeu em uma voz sonolenta. Eu a havia acordado com toda a certeza.
–Alice, eu preciso das chaves da fazenda. – disse sem rodeios. Ela bufou do outro lado da linha.
–Poderia pelo menos me dizer bom dia seu mal educado! – esbravejou.
–Não tenho tempo para isso Alice. Preciso das chaves da fazenda.
–E o que pretende fazer com as chaves?
–Eu vou para a fazenda hoje.
Alice calou-se. Ela estava surpresa, eu também estava. Não pisei na fazenda desde o falecimento de nossa mãe. Para mim, até hoje, era difícil pisar no lugar que nossa mãe amava.
–Eu estou aqui na fazenda com Jasper. Venha para cá.
Refleti. Eu queria ficar sozinho com Bella. Poderia ser uma boa idéia Alice e Jasper na fazenda também? Bom... Se eu dissesse a Bella que Alice nos convidou ela poderia aceitar, mas se eu fizesse o convite informando que ficaríamos a sós eu corria o sério risco de receber um não.
–Eu irei, mas levarei Bella comigo. Prepare um quarto, está bem?
–O QUE? BELLA COM VOCÊ? SÉRIO? – Alice praticamente gritava ao celular. Suspirei.
–Eu vou tentar levá-la comigo. Se eu não conseguir ligo para avisar que não iremos mais.
–Estou sentindo que algo aconteceu para você querer vir para cá com Bella. Vocês se entenderam? Desembucha Edward! Por que de repente você quer ir para a fazenda? Você não pisa lá desde a morte da nossa...
–Alice – eu a cortei – Eu não tenho tempo para falar, logo Bella vai acordar. Espere-me aí e conto o que houve. Eu preciso desligar. Tenho que preparar o café da manhã.
–VOCÊ COZINHANDO? VOCÊ NÃO É O MEU IRMÃO! O QUE HOUVE...
Desliguei o celular. Alice cairia em cima de mim com indagações, mas agora não era o momento de preocupações quanto a ela. Magdalena e Eli não viriam, não havia nada para o café. Considerei cozinhar para Bella, mas logo descartei a idéia. Eu nunca havia preparado nada, não poderia sair algo comestível preparado pelas minhas mãos. Lembrei-me que não muito distante dali havia uma confeitaria. Eu poderia comprar tudo para o café e arrumar a mesa. Não seria uma tarefa tão complicada. Peguei as chaves do carro e minha carteira, que estava dentro do bolso de minha sobrecasaca, e rumei para a saída. Teria que ser rápido, ir e vir antes de Bella acordar. Eu duvidava, após a noite de ontem, que Bella fosse acordar tão cedo.
Sorri.
As lembranças da noite passada me assaltaram. Tudo o que vivemos foi tão intenso, fazendo-me lembrar de cada detalhe, cada sussurro, cada carícia. Eu nunca me senti mais feliz. A intimidade que compartilhamos criou um laço poderoso, amalgando-me a Bella de um jeito irreversível. Se antes eu não me via longe de Bella, agora era pior. Eu precisava de Bella como o ar para meus pulmões. Melodramático? Sim, eu estava sendo, porém estava sendo verdadeiro.
Rapidamente cheguei à garagem e entrei em meu carro. Segui com certa rapidez para a confeitaria. Comprei o kit completo para que Bella tivesse um ótimo café da manhã, guloseimas doces e salgados dos mais variados tipos. Cheguei a tempo recorde em casa e fui logo colocando as compras em cima da mesa da sala de estar com a ajuda de um funcionário do condomínio que me ajudou a trazer as compras.
Ainda que arrumar uma mesa parecesse algo fácil, não foi. Eu realmente era leigo quando se tratava de cuidar de um lar. Procurei arrumar a mesa da melhor forma possível colocando o que eu havia comprado, mais xícaras, talheres, pratos. A mesa estava arrumada, o café estava servido. Lembrando-me de uma cena de um filme romântico, decidi preparar uma bandeja e levar café na cama para Bella. Eu não tinha experiência nenhuma com romance, intimidade ou qualquer outra coisa típica de um homem para com sua esposa, mas eu aprenderia. Eu queria ser o marido perfeito, o marido que nunca fui para Bella. Terminada a preparação da bandeja, caminhei para fora da cozinha munido da comida. Quando caminhei para o quarto, quase derrubei a bandeja. Olhei e notei que era Bella diante de mim, devidamente vestida. Procurei sufocar o nervosismo. 
–Ah! Bella! Você acordou? Eu estava levando café da manhã na cama para você. – disse afável. Bella ergueu o rosto e me olhou dos pés a cabeça. A expressão surpresa mudou para uma expressão carrancuda. Isso não era nada bom. Fui até a mesa na sala de estar colocando a bandeja em cima da mesa. – Já que você levantou, vamos tomar café aqui na sala? – afastei uma cadeira para Bella sentar.
–Eu estou de saída. – falou caminhando apressada. Eu já havia visto esse filme. Sem pensar eu a agarrei pelo braço.
–Tome café comigo, por favor. Não custará nada pra você. Poxa, tive tanto trabalho para fazer! – pedi. Bella analisou o que eu havia dito e me encarou cética. – Ok, eu comprei tudo o que está aqui em cima da mesa. Não sei fazer nada.
–Onde estão Magdalena e Eli? – perguntou sentando-se à mesa. Procurei conter a felicidade por Bella ter cedido. Era um bom sinal.
–Liguei e dei o dia de folga para elas. Quer que eu lhe sirva? – perguntei já me preparando para a tarefa.
–Minhas mãos ainda funcionam, eu posso me servir sozinha. – disse ríspida. Congelei. Definitivamente ela agia diferentemente do que eu imaginei que seria essa manhã. Sentei em meu lugar tentando conter a agonia de não saber se meus atos iriam degelar seu coração. Eu me servi do café e comi automaticamente. Eu estava com medo. A minha confiança minara.
“Acalme-se Edward! Acalme-se!” – repeti como um mantra enquanto degustava de uma guloseima qualquer. Lembrei de meus planos de conduzi-la a fazenda. Como eu faria tal proeza? Era bem verdade que no passado Bella me pedia para conhecer a propriedade. Eu negava seu pedido (naquela época eu a tratava mal). Não consegui deixar de olhá-la, querendo entender o que se passava com Bella. Como eu queria poder ler sua mente! Com um suspiro, deixei meu café de lado esperando pelo que viria a seguir.
–Alice ligou. Ela está na fazenda pertencente à família Cullen juntamente com Jasper. Ela nos convidou para passar o domingo lá. Eu disse que iríamos. – assim que parei de falar, Bella largou o que estava comendo.
–Ligue e diga que você vai sozinho. Eu não pretendo sair com você! – disse furiosa. Sua fúria doía em mim como um soco. Eu sabia que era uma fúria justificada, mas, mesmo assim, eu não me conformava. Até quando Bella ficaria na defensiva agindo como se ainda fossemos inimigos? Só existia uma forma de fazer Bella sair de cima do muro, para o bem ou para o mal... Tínhamos que conversar.  
–Bella, nós precisamos conversar. Você sabe disso. Então eu pensei que seria bom se fôssemos...
–Não precisamos ir para lugar nenhum para conversarmos! Podemos conversar aqui! – exigiu. Notei que Bella estava na defensiva por alguma razão, talvez tivesse medo que eu fosse novamente persuasivo. Ela teria que temer mesmo o meu poder, eu não iria entregá-la de mão beijada.
–Eu não quero conversar aqui, sujeito a intervenção de qualquer um. Por favor, Bella. – supliquei. Bella olhou para mim por alguns instantes, mas logo desviou os olhos.
–Me dê uma boa razão para ir com você Edward? – cruzou os braços numa posição ainda mais defensiva.  
–Eu não aceitarei conversar em outro lugar. – disse firmemente. Pensei que Bella me daria uma rápida negativa e diria algum palavrão acompanhando sua resposta, mas para a minha surpresa...
–Tudo bem. Aceito o convite não por você, mas pela Alice e pelo Jasper. Eu já recusei convites demais deles.
Congelei. Ela disse sim? Realmente disse sim?
Bella levantou-se. Seu ato me deixou alarmado.
–Aonde vai? – perguntei.
–Vou arrumar algumas coisas e fazer uma ligação. – seguiu para o seu quarto.
Devo confessar que sua atitude me deixou nas nuvens. As coisas estavam realmente ao meu favor como jamais imaginei que estariam.
“Agora eu preciso ser cauteloso. Bella está muito vulnerável agora. Se eu não agir corretamente...” – não queria nem pensar nas possibilidades que iam de encontro aos meus desejos.
Fui para o meu quarto e rapidamente aprontei uma mala com alguns pertences, poucos. Enquanto isso minha mente pensava no que eu diria na conversa definitiva. Contaria a Bella sobre o contrato? Como Bella reagiria se soubesse de toda a verdade? Será que dizer que eu a amo loucamente seria o bastante para ela me perdoar? Tantas dúvidas, nenhuma certeza. Essa seria a maior de minhas jogadas. Eu não estava no jogo para perder. Após arrumar minha bagagem, fui para a porta do quarto de Bella. Ela falava com alguém ao celular e pude captar apenas um pedaço de sua conversa, justamente o pedaço que eu não gostaria de ouvir.
–Eu amo você Jake. A gente se vê depois.
Nunca pensei que palavras pudessem doer. Sempre achei que era bobagem quando me diziam isso. Agora que comprovei, sei o quanto dói. Teria sido melhor se Bella me agredisse munida de uma arma branca, seria um bálsamo na verdade. E toda a confiança que senti desde que nos amamos a noite passada desapareceu sendo substituída por uma insegurança terrível. Meu corpo inteiro tremia, minha boca estava seca, minha respiração e batimentos cardíacos acelerados. Fiquei encostado próximo a porta enquanto digeria as palavras que ouvi.
Eu amo você Jake. A gente se vê depois.
Ela o amava? Não, isso não era possível! Ela não poderia amar alguém que conheceu tão rapidamente. Ela não poderia...
Meus pensamentos foram interrompidos pela sua presença. Segurava uma pequena bolsa, a mesma bolsa que usou na noite passada.
–Vamos logo acabar com essa palhaçada! – falou já seguindo para a saída. Pude ouvir sua voz murmurar algo como “hoje tudo isso irá acabar”, mas não tinha certeza. Fosse o que fosse naquele dia tudo seria decidido, meu futuro seria decidido. Só o pensamento me deixava com a boca seca.
Seguimos silenciosos para a garagem. Eu olhava para ela, mesmo naquela postura indiferente ela era linda. Eu queria tanto segurar sua mão e minha vontade quase sobrepujou a razão algumas vezes. Não, eu não poderia! Paciência, eu tinha que ter paciência.
Assim que entrou no carro, Bella encolheu-se num canto olhando a paisagem ofertada pela sua janela. Suspirei. Seria uma longa viagem, eu tentando fazer Bella falar. Procurei me resignar, eu já estava tendo muito mais do que pensei há alguns dias. Liguei o carro engatando a primeira marcha. O alívio que eu sentia a cada metro que eu avançava com o carro para longe de tudo, longe principalmente de Jacob Black era palpável.
Eu tive a felicidade de ter Bella por uma noite. Agora que eu estava viciado nela, não tinha como eu abrir mão do que me pertencia.

Continua...

Eu não sei se sinto pena ou fico feliz quando vejo o Edward sofrendo por ela. Ao mesmo tempo em que eu acho que ele merece tudo isso por tê-la maltratado tanto, eu sinto dó de vê-lo tão desesperado, com medo de perdê-la. Mas acho que tudo isso vai servir para transformá-lo em alguém mais sensível. Espero que ele mude mesmo para conseguir reconquistá-la. Beijos e até amanhã.
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3 comments:

  1. Oi honey!! To com peninha dele!! Estou louca pelo proximo cap ate amanha Beijusculo.

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  2. Ahh Nessie, eu alterno momentos onde sinto pena e momentos onde fico feliz com o sofrimento dele. Mas acho que deve dar uma chance de mostrar que realmente mudou ao se apaixonar por ela. Vamos ver se vai ser assim.
    Beijos.

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