Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
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http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 25
Bella pov’s
Desconfortável
Sim, essa palavra que definia muito bem como eu estava me sentindo agora, enquanto dividia o espaço do carro com Edward. Nunca, nem mesmo quando eu era invisível para ele, eu havia me sentido assim. Fiquei durante uns bons minutos na mesma posição: colada a minha porta olhando para a paisagem fora da janela. Só voltei à realidade quando uma música romântica soou dentro do carro. Edward havia ligado o aparelho de som. Não contei outra, desliguei o aparelho. Rapidamente voltei a minha posição original.
–Não gostou do CD que eu coloquei? Posso trocar por outro...
–Não quero ouvir música alguma Cullen! – falei o mais rispidamente que pude, mas por algum motivo eu já não conseguia ser tão severa com ele.
–Ok. Então vamos contemplar unicamente o silêncio. – falou num tom divertido. Olhei de esguelha para Edward; ele parecia relaxado, feliz. Como eu odiava aquele semblante feliz!
Eu não queria pensar, mas olhando para ele foi inevitável lembrar. O seu cheiro, o seu calor, seus gemidos... Tudo estava cravado em mim, em meu corpo. Eu nunca conseguiria me livrar dele agora. Claro que isso não queria dizer que eu não iria tentar. O silêncio estava agradável, mas eu já imaginava que Edward iria rompê-lo.
–Você vai adorar a fazenda. É um lugar lindo e oferece muito entretenimento sadio. Alice provavelmente vai mantê-la ocupada o dia inteiro.
–Não estou indo para esse lugar para me divertir. Estou indo por que você impôs essa condição. Conversaremos assim que chegarmos lá e eu voltarei para a cidade.
–Bella, eu prometi que conversaria com você, mas não disse a que horas.
Virei-me para vê-lo. Eu estava bufando.
–COMO ASSIM? EDWARD CULLEN VOCÊ DISSE QUE...
–É pegar ou largar Bella! Eu só conversarei ao anoitecer com você. – Edward dizia tranquilo. Eu queria esganá-lo por me colocar nesse joguinho dele.
–Por que está fazendo isso Edward? O que espera de mim enrolando-me desse jeito? – perguntei. Edward a princípio pareceu refletir, mas logo trocou a expressão vazia por um sorriso.
–Só quero que você conheça a fazenda. Não é todo dia que se tem tal oportunidade. – falava num tom suspeitosamente tranquilo. No entanto eu notei certa tensão nele. Desviei meus olhos para a janela do carro e foi naquele momento que eu vi. Quando olhei para aquele estabelecimento comercial me lembrei de um detalhe que até então eu havia ignorado: Edward e eu tínhamos transado sem camisinha.
–Edward, pára o carro.
–O que disse?
–Mandei você parar! Eu preciso ir a uma farmácia!
Sem me questionar, Edward deu a ré e estacionou em uma vaga livre em frente à farmácia. Saí rapidamente. Estava tão atarantada que não olhei para o carro para ver se Edward havia saído do veículo também. Fui ao balcão e fiz o meu pedido. O farmacêutico me passou e segui para o caixa a fim de pagar pelo remédio e por uma garrafa de água. Após a compra, saí da farmácia e fui logo tirando o comprimido da caixa. Eu só o coloquei na boca quando estava dentro do carro. Edward me olhou atentamente.
–Pílula do dia seguinte. – disse olhando para a caixa que estava dentro de um pequeno saquinho transparente em cima do meu colo.
–É claro! Caso não se lembre nós dois... – parei. Não conseguia dizer a palavra. – Não usamos proteção. A última coisa que quero agora é engravidar de você. –falei azeda. Edward calou-se. Não voltou a falar durante toda a viagem.
...
–Ah, vocês vieram! – Alice disse e me abraçou. Eu correspondi ao seu abraço timidamente.
–Oi Alice. Oi Jasper. – eu os cumprimentei cordialmente. Jasper estava a alguns metros. Acenou para mim.
–Temos tanto a fazer! Mas antes vamos acomodá-los em um quarto. Eu já o preparei. – Alice acenou para dois empregados que, após nos cumprimentar, pegou nossas bagagens.
–Espera Alice, eu não vou dividir um quarto com o Edward!
Alice olhou interrogativamente para mim e para Edward, que estava atrás de mim. Deu de ombros.
–Tudo bem. Mandarei que outro quarto seja preparado para você e sua bagagem será deixada lá. Eu já planejei todo o nosso dia! Começaremos com um passeio a cavalo pela propriedade. Troque de roupa, ok? – Alice seguiu para o interior da casa principal (que por sinal era majestosa) com Jasper ao seu lado. Os empregados pegaram nossas bagagens. Caminhei apressada deixando Edward para trás.
Eu queria colocar Edward na parede e exigir que conversássemos, mas de fato Alice procurou me manter bem ocupada. Começamos cavalgando pela propriedade e, como Edward havia dito, a fazenda era linda. Não tive problemas em cavalgar, minha avó materna era proprietária de uma chácara e lá tinha um cavalo. Aprendi a cavalgar no animal. Edward se manteve ao meu lado o tempo todo, às vezes puxava assunto comigo. Como não lhe dei espaço ele acabava ficando calado, amuado. Alice parecia alheia a nossa estranheza, falava de tudo sobre a fazenda e Jasper dizia algo aqui e ali.
E então mais atividades foram surgindo: passeio de barco, pescaria e passeio de lancha no lago artificial, almoço, sessão de cinema na sala de vídeo, partida de golfe (apenas Edward e Jasper jogaram, Alice e eu ficamos conversando enquanto assistíamos) e por fim Alice nos preparou um jantar estupendo.
Como eu havia pedido, Alice providenciou um quarto para mim ao lado do quarto de Edward. Eu estava tão cansada que ir direto para a cama não parecia ser uma má idéia, mas também estava faminta pelo gasto excessivo de energia. Vesti uma calça jeans, uma camisa branca e um casaco de lã branco por cima da camisa. Segui para a sala de jantar, os outros já estavam lá apenas esperando por mim. Sentei ao lado de Edward, Alice não me deixou outra opção. Edward, Alice e Jasper já conversavam quando eu cheguei. A princípio eu me mantive desligada da conversa, eu servi comida em meu prato e fui enfiando na boca. E então captei o assunto, envolvia uma viagem de nós quatro a algum lugar.
–Eu não quero ficar em Paris, pelo menos não para passeio. Passamos por lá para fazer compras e seguimos para um lugar exótico. Jasper quer conhecer a Mongólia. Eu acha que seria uma viagem interessante. – Alice disse bebericando sua taça de vinho branco.
–Amor, quem quer conhecer a Mongólia é você. Não atribua a mim a responsabilidade de escolher o lugar. – Jasper disse divertido. Colocou sua mão sobre a mão de Alice.
–Eu prefiro um lugar mais tradicional. Bella tem que conhecer primeiro os lugares da moda para então ter um gosto duvidoso como o seu, Alice. – todos riram das palavras de Edward. E então eu percebi que Edward fazia planos e me incluía nesses planos como se fossemos o casal mais feliz da face da Terra. Ele ignorava as coisas que fez para mim, as coisas que fiz para ele, tudo! Ele estava tão confiante assim de que tudo estava morto e enterrado após nós dormirmos juntos?
O grupo continuou a conversa livremente e Edward dizia coisas como “eu acho que vou querer uma viajem a sós com minha mulher” e “será nossa primeira lua de mel”...
Um barulho de vidro sendo quebrado soou pelo amplo espaço calando a todos. Demorei a perceber que o barulho vinha da taça de cristal que quebrei na minha mão tamanha a força que empreguei nela. A dor veio, claro, mas eu estava tão furiosa com tudo que não liguei. Edward foi o primeiro a levantar.
–Bella! – Edward disse meu nome alarmado. Eu me afastei quando senti sua mão no meu ombro. Continuei a olhar fixamente para a mesa.
–Nossa, foi um ferimento feio! Vamos, vamos cuidar disso. – Alice disse ficando ao meu lado, ajudou-me a me levantar e me guiou para o seu quarto no segundo andar. Não olhei para trás para ver se Edward e Jasper vinham atrás de nós. Olhei o ferimento enquanto sentava na cama de Alice, era um ferimento feio, mas nada que exigisse pontos. Alice foi para seu banheiro, pegou uma caixa de primeiros socorros e sentou ao meu lado.
–Vamos, deixe-me cuidar disso. – sugeriu pegando minha mão e tirando algumas coisas da caixa de primeiros socorros.
–Eu posso fazer isso Alice. – murmurei sem graça pelo trabalho que estava dando.
–Ora essa você é minha convidada! Machucou-se por que não coloquei taças boas no jantar. Que descuido de minha parte!
–Não foi sua culpa Alice, foi minha. Eu estava... – embora nos déssemos bem, eu não me sentia a vontade para falar com Alice sobre certas questões da minha vida. – Eu esqueci que tinha algo nas mãos.
–Sério? Pra mim pareceu outra coisa esse seu incidente. Enfim, não tocarei no assunto. Se você quisesse falar comigo sobre algo você diria.
Alice então se concentrou em limpar meu ferimento. E eu estava queimando de fúria. Naquele momento tudo o que Edward fez comigo veio me atormentar. Eu queria me punir fisicamente por ter dormido com ele, deve ser por isso que fui tão imprudente ferindo minha mão.
–Sabe... – ela começou. – Fiquei muito feliz por você ter vindo para cá. Uma ótima oportunidade para nos aproximarmos. Tantas coisas aconteceram e... Bem... Eu sinto que você não quer que eu me aproxime muito de você.
–Não é nada disso Alice. Eu só... As coisas não tem sido fáceis para mim. – murmurei de cabeça baixa.
–Quer conversar sobre isso? – Alice perguntou. Silêncio. Ela entendeu que eu não queria falar nada. – Tudo bem, eu já terminei. Vou chamar o Edward. Ele deve estar agoniado para...
–Não quero vê-lo. Eu vou para o meu quarto. Preciso ficar sozinha. Diga ao Edward para ficar longe. – falei levantando-me. – Obrigada por cuidar de mim Alice. Eu sinto muito se não somos tão próximas, se eu criei esse muro entre nós duas. Não foi algo proposital, eu...
Alice levantou-se e deu um tapinha no meu ombro.
–Não precisa se desculpar. Você parece cansada. Vá e descanse. – Alice beijou minha bochecha carinhosamente e saiu do quarto. Permaneci apenas por alguns instantes em seu quarto, pude ouvir Alice conversando com alguém no corredor (provavelmente Edward) e então o barulho sumiu. Foi só neste momento que eu criei coragem para sair do seu quarto e ir para o meu quarto. Eu estava um caco e não era o cansaço físico ou o ferimento na mão que exauria minhas forças, mas sim a minha atual situação. Tudo estava tão perfeito, meus planos com Jake prontos e, subitamente, Edward abala meu mundo fazendo-me ceder. Agora eu estava perdida. Cedi a um capricho dele e certamente meu ato comprometeria de forma irreversível meu futuro com Jacob. Mais do que raiva por Edward estar brincando comigo, eu sentia nojo de mim. Eu havia me tornado um ser repugnante que cedia com facilidade ao capricho alheio e tudo para alguns momentos de prazer. Eu não era assim. O que havia acontecido com a antiga Bella? Ela teria desaparecido após a forte magoa que senti de Edward quando descobri que ele me traia? Refletir sobre isso e constatar que talvez minha mudança de comportamento não tivesse mais jeito de ser revestida me deixou apavorada.
O que eu iria fazer? Eu estava tão desnorteada, tão sem rumo, que não sabia mais o que fazer.
Saí do meu quarto e segui para fora, precisava de ar. Não sei como, mas consegui sair sem ser percebida. Fui para fora, ignorando a escuridão e a frieza da noite, até a cerca de madeira que isolava o lago artificial. Eu me recostei lá e fiquei a fitar o céu ricamente estrelado. Eu não conseguia ver a beleza daquela noite. Aliás, fazia um bom tempo que eu não via a beleza de algo. Tudo parecia feio, como se algo cobrisse minha visão do belo. Eu estava começando a recuperar esse poder de ver tudo sem o ódio me consumindo desde que Jake apareceu na minha vida, mas agora...
Coloquei as mãos na cabeça em sinal de desespero. O meu ódio mesclado com o amor por Edward era um sentimento tóxico.
–Bella?
Quando não queremos ver o diabo, é aí que ele aparece! Não me virei. Eu estava queimando de fúria. Se eu me virasse e o visse, coisa boa eu não iria fazer.
–Por que veio para cá? Está escuro e a noite está fria demais. Vamos voltar para dentro.
Ouvi seus passos na grama, vindo para mim. Com a voz mostrando meu cansaço físico e mental, eu falei:
–Você me fez vir até aqui e eu vim, por que queria ter uma conversa definitiva. Me fez esperar até o anoitecer e já anoiteceu... – minha voz me traia, traia a confusão, a raiva, o desespero que eu estava sentindo. Edward deve ter percebido.
–Bella, eu... – ele começou, mas se deteve. Ele sempre fazia isso. Qual a próxima desculpa que me daria? Eu já estava farta de desculpas, farta de tudo! Eu o senti mais e mais próximo e sua mão no meu ombro. Não pensei duas vezes. Virei-me abruptamente e o estapeei. Tamanha foi à força do tapa que Edward cambaleou para trás. Colocou a mão no rosto e me olhou com espanto. Minha mão ardia pelo tapa dado, mas o que me surpreendeu foi que eu queria mais. Eu queria bater em Edward até cair de cansaço.
Edward me surpreendeu. Ajeitou-se e retirou a mão do rosto. Olhava-me fixamente. Deixando o seu rosto desprotegido, é claro que eu ia aproveitar. Ergui minha mão ruim, a machucada, e o estapeei novamente. Não consegui parar e analisar sua reação. Usando toda a força que tinha bati em Edward de novo e de novo, um tapa mais forte do que o outro. Edward não tinha tempo nem para se recompor. E enquanto eu batia nele meus olhos se enchiam de lágrimas. Eu estava tão machucada e ele era o causador de tanta dor. Eu o odiava, eu me odiava! Eu queria feri-lo tanto quanto fui ferida, por isso não parei de bater nele, mesmo com a dor que sentia na minha mão cortada. Por fim desferi um tapa extremamente forte que quase o fez cair no chão. Arfante, eu caí de joelhos no chão. Meu corpo inteiro tremia, meus olhos derramavam incontáveis lágrimas.
–Você acabou comigo... A Bella que eu era... Aquela Bella, você matou! Eu te amava tanto! Eu sacrifiquei tudo por você! E você, após o nosso casamento, me tratou como um lixo! Por quê? O que eu fiz para merecer tanto sofrimento? Como pôde fazer tanto mal a mim, SEU MONSTRO! VOCÊ ME DESTRUIU! EU SOU UMA PESSOA HORRÍIVEL POR SUA CAUSA! E AGORA QUANDO EU TENTO ME REERGUER VOCÊ QUER ME ARRASTAR PARA O INFERNO! – cobri meu rosto com minhas mãos e chorei copiosamente. Apesar daquela dor, eu me sentia melhor. Eu estava desabafando com Edward, um grande peso estava saindo dos meus ombros.
Tão destruída, tão devastada... Nada sobrou de mim. E eu adorava a antiga Bella, a sua ingenuidade, sua bondade, seu sorriso fácil... E ela não estava mais aqui.
Senti mãos nos meus ombros, eu as afastei bruscamente.
-NÃO ME TOCA! EU TE ODEIO! – tentei manter uma distância ainda maior entre mim, que estava ajoelhada no chão, e Edward, que estava ajoelhado ao meu lado; Edward não me deixou. Como fizera em nossa primeira noite, abraçou-me. Eu tentei empurrá-lo com a maior força que consegui, mas não adiantou. Edward era forte e eu estava esgotada. Mais dois empurrões e então eu parei. Arfante, eu encostei-me a ele todo tentando recuperar um pouco minha energia.
–Eu te amava tanto Edward! Você era tudo pra mim, o meu mundo inteiro! Você brincou comigo. – os soluços vieram. Eu me vi incapaz de contê-los. – Eu fui só um passatempo que você jogou fora assim que se cansou... – funguei. Eu não queria contar a ele a verdade, mas não conseguia parar.
–Não Bella... Não é desse jeito... – ele murmurou com certa comoção.
–Eu te amava tanto que eu suportei calada ao seu desprezo. Cheguei a me culpar pelos seus atos e então, enquanto eu me martirizava você estava com outras mulheres. – minha voz sumiu, engolida pelo choro. Senti as mãos de Edward, que estavam em minhas costas, afagarem as mesmas com meiguice. Seu ato me enervou ainda mais, como tudo o que ele faz.
–NÃO ME TOCA! EU TE ODEIO! POR SUA CULPA EU ME TORNEI UMA PESSOA HORRIVEL! TERIA SIDO MELHOR NUNCA TER FICADO COM VOCÊ, TER SIDO UM NADA PRA VOCÊ! VOCÊ ME FEZ TANTA ATROCIDADE E PARA QUE? PARA NADA! ESTAVA SE DIVERTINDO AS MINHAS CUSTAS ENQUANTO ME HUMILHAVA E AGORA QUE ESTOU ME RECUPERANDO VOCÊ QUER... – eu estava agitada, as lágrimas caiam e minha voz subia algumas oitavas a cada palavra proferida. Eu não sabia qual era a sensação de ter uma parada cardíaca, mas acreditava que teria uma a qualquer momento. E Edward sabia disso.
–Bella... – chamou-me, mas eu ignorei seu chamado.
–O QUE MAIS DÓI EM MIM É SABER QUE TUDO QUE EU FIZ ATÉ O QUE JULGUEI SER UM PROGRESSO, FOI PARA CHAMAR SUA ATENÇÃO, PARA ATINGI-LO. EU NÃO SEI SE ME ODEIO MAIS OU SE... – até então meus olhos estavam no chão, isso até Edward colocar suas mãos em meus ombros e me sacudir de leve numa tentativa de fazer com que eu o olhasse. Funcionou.
–Eu amo você! Eu sinto tanto Bella! Queria poder voltar atrás e corrigir meus erros, mas não dá! Tudo o que posso prometer a você é que tudo será diferente agora, por que o que eu mais quero é amá-la como você merece! – Edward falou seriamente com seus orbes cor ocre fixos em meus olhos.
Eu empaquei.
Eu já ouvira Edward dizer que me amava antes do casamento, mas nunca, nunca, vi tamanha sinceridade. E aquele sentimento opressor me tirava o ar, como se o sentimento de Edward fosse realmente amor, mas um amor muito mais intenso. E toda aquela percepção pela minha parte foi o suficiente para me manter paralisada e Edward agir. Enxugou as minhas lágrimas com a ponta de seus dedos e inclinou-se para mim tomando meus lábios com os seus. O beijo foi diferente também, um simples roçar de lábios que transmitia muito mais do que aparentava.
Eu me senti hipnotizada com o seu ato, incapaz, mais uma vez, de afastá-lo. Edward me beijou com uma adoração desconcertante, suas mãos mantinham meu rosto parado colado a ele enquanto nossos lábios se moviam em sincronia. E então uma urgência animalesca tomou conta de nós dois. Edward deslizou suas mãos pelo meu corpo até chegar ao meu quadril. Puxou-me para ele mantendo nossos corpos perigosamente perto. Edward fervia por mim e estimulava com seu beijo ao meu corpo entrar em chamas. Suas mãos então pegaram as minhas que descansavam na lateral do meu corpo e fizeram com que eu contornasse seu pescoço. Em seguida ergueu-me encaixando minhas pernas em seu quadril para que assim pudesse me levar sem problemas. Em momento algum deixou seus lábios longe dos meus. Eu sabia que estava sendo carregada e que devia ser uma cena constrangedora se alguém me visse atracada em Edward como um macaco prego, mas não liguei. Eu não ligava para mais nada quando estava tão próxima de Edward como agora, ignorava o certo e o errado.
Edward me levou para a casa grande e conseguiu chegar ao meu quarto sem que ninguém nos detectasse. Não que eu tenha ficado atenta ao caminho. Quando eu não estava concentrada em beijá-lo, enterrava meu rosto em seu pescoço e fechava meus olhos. E então ouvi o barulho de uma porta sendo chutada. Edward entrou apressadamente me jogando na cama. Eu o olhei enquanto ele, sem tirar os olhos de mim, voltava à porta e a trancava.
Quando Edward se afastava de mim eu era tomada por dúvidas já que a racionalidade me tomava. Edward via que eu estava refletindo sobre o certo e o errado. Ele viu naquele momento e apressou-se em ficar próximo a mim. Eu o vi se aproximar da cama já se livrando da camisa de mangas, cinza, que usava. Atordoada, eu me arrastei pela cama, meus olhos fixos nele, temendo aquele poder estranho que ele emanava. Edward sentou na cama, aproximou-se de joelhos e puxou-me pelos tornozelos encaixando-me em seu colo, evitando que eu fugisse. Enquanto deitava-se sobre mim, coloquei minhas mãos em seu peito e tentei empurrá-lo sem empregar muita força. Edward segurou minhas mãos e prendeu meus pulsos acima de minha cabeça. Antes que eu pudesse me recuperar, beijou-me com mais volúpia arrancando-me gemidos. Meus pulmões protestavam por ar, mas presa como eu estava não consegui afastá-lo quando queria respirar. Era Edward que se afastava para me deixar respirar, tinha controle sobre mim até mesmo nisso. Afastou-se um pouco só para me olhar.
–Se não quiser diga que não me ama e eu me afasto. Essa vai ser a única forma de me parar. Do contrário...
Soou como uma ameaça, mas eu não senti medo. Na verdade eu não sabia o que estava sentindo naquele momento, eram muitos sentimentos acontecendo ao mesmo tempo. Ele voltou a me beijar, suas mãos passeando pelo meu corpo. Praguejei pelo que iria fazer antes de fazê-lo, pela manhã me sentiria um lixo, mas não me importei. Minhas mãos, antes paradas, passaram a acariciar seus braços musculosos. Edward afastou-se um pouco e murmurou.
–Isso. Toque-me Bella. Você não tem a mais remota idéia do quanto quero ser tocado por minha esposa, por você. Toque-me mais. – encostou sua testa na minha e fechou os olhos enquanto eu obedecia ao seu pedido. Toquei seu peito no pequeno espaço entre nós, sentindo seu coração bater rápido e forte. Edward estremeceu com meu toque e voltou a me beijar.
Eu pensei que ficaríamos apenas assim, nos beijando; doce ilusão. Edward não se contentaria com tão pouco, não agora que ele poderia me tocar. Suas mãos seguraram a extremidade da minha camisa cinza de algodão e a puxaram lentamente para cima. Apressou-se em retirar as demais peças, sem hesitar. Acabei me lembrando da primeira noite, o medo que eu via estampado em seus olhos enquanto me despia, temendo que eu o rechaçasse. Ele não tinha mais medo agora. Retirou meu jeans, minha lingerie e então se ocupou em se despir.
Edward era lindo, eu sempre soube. Mesmo assim eu não conseguia me acostumar. Quando eu o via livre de suas roupas, como agora, sentia aquela vontade louca de tocá-lo, beijá-lo em todas as partes de seu corpo. Eu não devia. Por esse motivo eu fiquei parada, deitada com as costas sobre a cama, nua, esperando que ele fizesse tudo, de novo. Ele, após terminar de se despir, ajoelhou-se próximo a mim e, puxando-me pelos tornozelos como fizera outrora, fez com que eu ficasse encaixada no seu colo. A posição era estranha pra mim, constrangedora. Eu nem conseguia olhá-lo.
–Edward, eu não... – murmurei. Minhas mãos em seu peito tentando manter certo espaço entre nós. Era tão constrangedor estar encaixada em seu colo, com Edward sentado, nus. Para me acalmar, Edward ergueu um pouco seu rosto e me beijou no queixo.
–Não se preocupe. –Disse e então guiou meu quadril para encaixá-lo no seu em toda a sua plenitude. Arfei um pouco devido à dor da penetração. Agarrei-me leve, abraçando-o todo fortemente. Edward me abraçou, acariciava minhas costas com meiguice. Por alguns instantes não fizemos nada, apenas ficamos fortemente abraçados, unidos completamente. Vagarosamente, Edward, com as mãos em minha cintura, fez com que o meu corpo se erguesse minimamente para então voltar à posição original. E assim foi por alguns segundos. Incentivando-me a movimentar-me contra ele, proporcionando e sentindo prazer com os movimentos de vai e vem. Minha tensão foi amainando enquanto a dor era substituída pelo prazer. Nossos corpos moviam-se em sincronia, Edward guiava meu corpo a fim de proporcionar prazer a ambos. Pensei que ficaríamos naquela posição até que o orgasmo chegasse para nós dois, mas Edward me surpreendeu mudando-nos de posição.
Deitou-me na cama e cobriu meu corpo com o seu voltando a me penetrar sem rodeios. Beijou-me voraz investindo contra mim com mais força e rapidez, mantendo suas mãos em minha cintura incentivando meu corpo a acompanhar seu ritmo, o que fiz vagarosamente. Nossas línguas dançavam enquanto nossos corpos se entrelaçavam juntos em um movimento intenso, mas que não perdia sua beleza. Duplamente invadida por Edward e tão unida a ele que duvidei de minha liberdade quando nossa noite terminasse. Eu podia sentir o ápice do prazer chegando, o meu e o dele, mas Edward parou assim que percebeu que logo chegaríamos ao orgasmo. Ele queria prolongar aquele momento, eu sabia.
Novamente mudou de posição. Deitou-se de lado e colocou-me de lado também. Então fez menção de que eu me levantasse e deitasse sobre ele, o que fiz com certa relutância. A princípio não sabia o que fazer, mas bastou olhar para Edward para saber o que ele queria. Timidamente sentei em seu colo, suas mãos em minha cintura. Edward fechou os olhos e gemeu, falava meu nome, mesclado ao seu gemido. Fechei meus olhos e me deixei levar enquanto novamente investia meu corpo contra o de Edward, mas agora sem a sua ajuda.
A dor desaparecia a cada investida sendo substituída por um prazer sem precedentes. E a cada ir e vir, o prazer aumentava e minha ânsia fazia com que meu corpo se chocasse mais rápido e mais forte contra o corpo de Edward. A urgência não era só minha por que Edward segurava-me nas ancas ajudando-me a cavalgá-lo. E eu o fiz, guiada apenas pelo prazer que chegava rapidamente. Tão rapidamente que quando chegou me pegou de surpresa.
–Ahhhh! – gritei saindo de minha posição e deitando-me sobre ele. Edward virou-me rapidamente, investiu em mim mais duas ou três vezes e chegou ao orgasmo. Ouvi seus gemidos ao pé do meu ouvido enquanto, pouco a pouco, a pulsação e respiração se aquietavam, assim como o próprio Edward.
Não sei por quanto tempo ficamos parados, abraçados, com Edward sobre mim. Poderiam ter sido horas, minutos, não sei. Edward, relutante, afastou-se de mim apenas para se colocar deitado ao meu lado, de lado. Puxou-me pela cintura a fim de me fazer deitar de lado de frente para ele, o que eu fiz. Edward parecia exausto, não só pela noite, mas por tudo o que aconteceu. Seus olhos já estavam fechados antes que eu ficasse deitada de frente para ele. Manteve meu corpo tão próximo que nossas respirações ainda ofegantes mesclavam-se e sua pele atritava-se com a minha. Beijou-me duas vezes, um simples roçar de lábios na minha testa e nos meus lábios, e adormeceu. Eu estava cansada também, pronta para dormir. Deixei as decisões de lado para dormir junto a ele esperando que algum consolo me encontrasse no mundo dos sonhos, um consolo que me auxiliasse no próximo dia.
...
Os pássaros cantavam; um prelúdio para o amanhecer. Não me movi.
Acordei assim: deitada de lado, nua, meu corpo bem próximo do corpo de Edward. Sua mão em minha cintura mantendo-me bem próxima. Ergui uma mão livre e toquei seu rosto, acariciando-o. Edward tinha o rosto um pouco inchado pelas tapas que lhe dei justamente na região que mais acariciava. Meus dedos moviam-se lentamente pelos seus cabelos, sua testa, pálpebras, nariz, bochechas, orelhas, lábios e queixo. Mesmo adormecido, Edward sorria como se estivesse atento ao que eu fazia e quando retirei minha mão de seu rosto, seu braço me puxou para ele. Fiquei quietinha, aprisionada em seus braços. Fixei meus olhos em seus lábios, um pouco inchados pelos beijos intensos que trocamos (ou talvez pela surra que levou de mim) e me aproximei, lentamente, a fim de beijá-lo.
O celular.
Ouvi o barulho. Levantei-me vagarosamente, sem me incomodar com a nudez, e peguei meu celular em minha bolsa. Edward não acordou. Olhei o celular e notei que recebi mensagens de Jacob...
Jacob.
A realidade se abateu sobre mim como uma bomba atômica. Nervosa, sentei-me na beirada da cama, de costas para um Edward adormecido. E enquanto lia as mensagens, uma a uma, meus olhos enchiam-se de lágrimas. Com tudo o que aconteceu eu me esqueci que uma pessoa incrível esperava por mim, preocupado, achando que eu o amava. Enquanto isso, aqui estava eu, pisando no seu amor, na sua confiança. Como eu era repugnante!
Deixei o celular em cima da mesa de cabeceira e sentei no chão, sem me preocupar em me cobrir evitando assim o frio. Coloquei a cabeça encostava nos joelhos e pensei no que faria.
...
–Bom dia Bella! – Alice me cumprimentou afastando-se de seu cavalo e beijando-me na bochecha. Seu marido, Jasper, desmontou de seu cavalo para só então falar comigo.
–Bom dia Bella. – disse risonho. Sorri para ele e sua mulher e murmurei um “bom dia”.
–Estávamos cavalgando pela fazenda, mas agora vamos tomar o nosso café. Você nos acompanha? – Alice perguntou pegando-me pela mão. Eu me livrei de sua mão suavemente sem querer ofende-la.
–Eu estava pensando em passear a cavalo. Se não se importa.
–Claro que não me importo! Mas você não quer companhia? Jasper e eu estávamos cavalgando, mas podemos passear novamente para fazer companhia a você.
–Não Alice, não se preocupe comigo. Vá tomar o seu café com Jasper. Eu vou ficar bem. – sorri falsamente. Eu não ia ficar bem tão cedo, mas não queria preocupar ninguém. Claro que Alice, intuitiva como só ela, percebeu que eu não estava legal.
–Olha, eu não me importo de ir com você e... – sua feição preocupada.
–Alice, sério. Eu preciso ficar só.
–Tudo bem. Vou mandar selarem um cavalo para você.
Após o cavalo ser selado, segui sem rumo certo pela imensidão da fazenda. Embora o dia estivesse lindo e o passeio fosse agradável, eu não via nada. As mensagens de Jacob mostrando sua preocupação e o seu amor me deixaram mais para baixo do que qualquer coisa. Bom, ao menos elas me trouxeram de volta, ressuscitaram minha racionalidade. E eu sabia o que faria quando Edward acordasse.
Segui sem rumo e parei quando me vi suficientemente afastada da casa grande. Saí de cima do meu cavalo e o amarrei próximo a mim. Deixando-o pastar por ali. Sentei embaixo de uma árvore frondosa e me acomodei o melhor que pude. Eu corpo quase deitado, meus olhos perdidos na imensidão de verde e azul da terra e do céu.
Edward havia dito que me amava, pediu perdão e prometeu me tratar bem. Isso não era o suficiente pra mim. Ele poderia estar todo amoroso agora, mas eu não tinha garantias se ele continuaria assim após eu deixar Jacob. Mesmo que meu amor por Edward fosse maior do que o meu amor por Jacob, era com Jacob que eu iria ficar. Claro que só iria ficar se Jake me perdoasse. Eu rezava para que fosse esse o caso.
Perdida em devaneios, não percebi que os minutos se passavam. Ouvi um barulho continuo e ao longe pude ver Edward, montado em um cavalo, vindo até mim. Suspirei. Edward havia sido difícil todo esse tempo, não seria fácil ele aceitar minha decisão. Aproximou-se e desmontou o seu cavalo amarrando-o no mesmo galho que amarrei meu cavalo. Veio sorridente para mim.
–Bella, amor, eu estive a sua procura. Alice e Jasper me disseram que você havia saído para um passeio. Por que não me avisou? Eu teria tido o maior prazer... –viu o meu rosto que não deveria estar bom. Continuou relutante. – Teria tido o maior prazer em acompanhá-la. – murmurou tenso. Eu continuei a olhar para o nada, alheia a sua presença.
–Eu queria ficar sozinha. – disse. Edward se aproximou a passos lentos.
–Quer ficar sozinha agora? – perguntou.
–O que você acha? Claro que quero ficar sozinha! – esbravejei.
–Vai ficar com raiva de mim se eu forçar a minha presença aqui? – perguntou já se instalando ao meu lado, sentando-se. Bufei.
–Com certeza.
–Que pena, por que eu não pretendo sair daqui.
Eu o olhei com incredulidade. Como Edward ainda me obrigava a aceitá-lo por perto? Edward olhava para frente. Subitamente pegou algo do bolso do seu jeans azul e colocou entre nós dois.
–Seu celular. – apontou para o aparelho. Eu o peguei. – O tal Jacob mandou uma mensagem.
–Não tinha o direito de mexer nas minhas coisas. – guardei o celular no bolso do meu casaco. Tentei ignorá-lo o quanto pude, mas é claro que Edward não deixaria aquele silêncio pairar.
–Contou a ele? – perguntou. Seu rosto rígido enquanto olhava para frente.
–Não interessa a você.
–Acho que me interessa e muito. – virou-se e me olhou cheio de frustração. Eu o olhei e sorri. Edward me olhou com confusão.
–Você acha que o fato de termos dormido uma vez...
–Duas. Não que eu esteja contando. – falou com um ar de deboche.
–Que seja. Não mudou nada Edward. Você só adiou por uns dias minha decisão. E agora vou fazer o que é certo. – levantei. Fui para perto do meu cavalo e desatei o nó a fim de deixá-lo livre e montá-lo. Edward levantou-se também.
–O que é o certo? – perguntou numa voz falha. Parei de ajeitar a cela para responder a sua pergunta.
–Estou voltando para a cidade. Avisei a Jacob e provavelmente encontrarei com ele hoje. Você pode ficar aqui com a sua irmã, posso voltar de táxi. – montei em meu cavalo rapidamente. – Vou arrumar as minhas coisas e partir o quanto antes.
Segurei as rédeas direcionando meu cavalo para a direção desejada. A voz de Edward me deteve.
–Eu vou com você. – disse e pelo barulho já devia estar em seu cavalo.
–Não precisa se prestar a isso. Eu posso muito bem...
–Eu vou com você Bella, querendo ou não. – disse num tom ríspido e cavalgou mais rápido do que eu, desaparecendo de vista. Procurei ignorar sua reação. Eu tinha que manter minha mente limpa, o mais limpa que pudesse, para fazer o que deveria ser o certo.
...
–Obrigada por tudo Alice e Jasper. Desculpe qualquer incomodo.
–Imagine! Venha outras vezes, foi muito boa a sua visita. Espero que sua mão melhore. –disse. Desviei meus olhos de Alice e olhei minha mão coberta por atadura, a mão que usei para esmagar uma taça. Sorri para ela. Jasper colocava minha mala do porta-malas do carro de Edward. Olhei em volta.
–Onde está o Edward? – perguntei.
–Deve estar pegando suas coisas. Eu vou chamá-lo. – Alice entrou novamente na casa. Jasper, após colocar minha mala, veio para o meu lado.
–Obrigada Jasper. – sorri. Ele devolveu o sorriso.
–Disponha. Espero que venha aqui mais vezes. Ficaremos aqui durante toda a semana então, se desejar, volte no próximo final de semana.
Eu não poderia prometer tal coisa, mas não queria dizer algo que gerasse perguntas. Assenti. Após alguns minutos de espera, decidi entrar no carro e esperar. Logo Edward entrou no carro após colocar sua mala no porta-malas e fechá-lo. Edward estava sombrio, não disse nada durante todo o trajeto. Seus olhos focalizados apenas na estrada. Agradeci. Eu não queria falar sobre nada, nem havia necessidade após nossa conversa de ontem. Edward não disse nada, mas eu disse tudo o que estava entalado. Procurei ficar na minha, olhando a paisagem que a minha janela proporcionava. Só houve um momento em que olhei para Edward, não para ele, mas para um objeto na sua mão. Parando para pensar aquela foi à primeira vez que notei que Edward usava a sua aliança. E eu nem sabia onde estava a minha (joguei em algum canto em seu apartamento). Ver a aliança em seu dedo mexeu comigo, tanto que nem notei o tempo passar.
Assim que o carro adentrou a garagem do apartamento e Edward estacionou, saí do carro pegando minha mala e subindo. Edward procurou me acompanhar, pegamos o elevador juntos. Eu podia sentir a tensão no ar, mas procurei relaxar, ou pelo menos fingir. Quando cheguei a casa fui direto para o meu quarto fechando a porta atrás de mim. Suspirei. Antes de sair da fazendo mandei uma mensagem para Jacob tranquilizando-o e pedindo para que viesse me buscar à tarde. Ele não demoraria, eu não perderia tempo. Fui direto tomar meu banho, um banho demorado a fim de tirar os vestígios de Edward em mim, escolhi roupas bonitas (um vestido de alças, azul, colado, e salto alto preto) e, após pegar meu celular e uma bolsa com alguns pertences, saí do quarto. Não sei por quanto tempo eu fiquei me arrumando, mas foi tempo suficiente para Edward tomar um banho e trocar de roupa. Vestia calça jeans preta, uma camisa de mangas branca. Os cabelos mais desalinhados que o normal, úmidos por terem sido lavados recentemente.
Passei por ele. Suspirei quando o senti segurar meu braço. A história se repetia.
–Aonde vai? – perguntou. A voz dura, o aperto firme.
–Sair com Jacob, não sei a que horas voltarei. – disse com firmeza. Minhas palavras não foram o suficiente para que Edward me soltasse. –Deixe-me ir Edward. Se você me ama como diz então me deixe ir. – supliquei sem encontrar seus olhos. Pouco a pouco senti os dedos de Edward afrouxando e, por fim, sua mão largar meu braço. Não perdi tempo. Saí de casa, saí em direção à entrada do prédio. Por que Jacob estava me esperando lá, por que eu merecia ser feliz. Edward não poderia me proporcionar uma felicidade completa.
No entanto eu podia sentir uma dúvida crescente em mim. Lembro-me que antes de dormir com Edward essa dúvida não existia. Eu temia o que iria me acontecer agora que essa dúvida residia em mim.
“Vai dar tudo certo.” – entoei para mim seguindo para a escadaria do prédio enquanto Jacob me esperava.
Continua...
Adorei a surra que ela deu no Edward. Ele bem que estava merecendo. E essa indecisão dele está fazendo ele sofrer ainda mais e estou gostando muito disso. Embora eu torça pra ela se dar uma chance de ser feliz ao lado dele, gosto quando ela o deixa inseguro e sofrendo com medo dela escolher o Jacob. Vamos ver o que ela vai decidir depois desse encontro. Beijos e até amanhã.
P.S.: Amanhã, às 10:00, teremos a Sinopse da nova fic da manhã. Então não percam. Espero por vocês lá.
Oi honey! Tb Adorei a surra! Ele merece sofrer so de pensar q ela pode ficar com Jake! Ate amanha Beijusculo
ReplyDeleteOi Nessie,
ReplyDeleteEssa surra vai ficar na história. E ele tava mesmo merecendo. Mas acho que ela vai dar uma chance pra ele muito em breve. E no final vai ser uma chance pra ela também né?
Beijos.