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Saturday, March 31, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 45


Oi galera! No capítulo de hoje vamos acompanhar o desespero e o sofrimento de Edward com tudo o que aconteceu com a descoberta de Bella sobre o contrato.

Título: O Contrato 
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio; 
http://www.facebook.com/jacqueline.sampaio; 
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"



CAPÍTULO 45


Edward pov’s


A aliança de casamento dela. Era o primeiro objeto que eu via quando acordava. Eu o havia deixado próximo de um porta-retrato digital, recentemente adquirido, que exibia fotos minhas e de Bella. Patético, eu sei. Mas não era mais patético do que dormir com algumas peças de roupas deixadas por ela – coisas dadas por mim ou Alice – colocando-a no lado da cama onde ela costumava dormir.
Mais um dia. Não, não era um dia qualquer. Enquanto pegava a aliança e a beijava, num sinal estúpido de devoção ao casamento arruinado, lembrei que Bella e eu estaríamos fazendo um ano de casados. E lembrei que se eu ainda fosse o antigo Edward, eu comemoraria esse dia com fogos de artifício. De acordo com o contrato estabelecido entre mim e meu falecido pai, após o casamento, aprovado por Alice, só havia duas formas de garantir minha herança mesmo que ocorresse separação: se Bella pedisse a separação ou se eu pedisse após um ano de casados.
Eu ainda estava com a minha herança, infelizmente. O acordo no contrato não foi descumprido visto que era ela quem pedia o divórcio agora. E agora a pergunta de um milhão de dólares: eu havia lhe dado o divórcio após ela descobrir a verdade sobre o contrato, dois meses atrás? Não, eu não havia dado e nem pretendia.
Enquanto levantava para ir ao meu trabalho, pensei em tudo o que tinha ocorrido nesses dois meses de separação. Bella mudou-se para o seu antigo apartamento pelo que eu soube. Fui lá algumas vezes e eu a esperei na porta. Ela não queria conversa, perguntava apenas se eu estava lá para assinar os papéis do divórcio. Eu dizia não ante sua pergunta e ela fechava a porta na minha cara. Confesso que eu a azucrinei, indo todas as noites a sua casa, já que ela não atendia meus telefonemas, e de tão irritada que ficou convocou a polícia. Meu assessor ficou louco, tentando me dissuadir a continuar com essa maluquice. Seria mal para minha imagem se a mídia vinculasse meus problemas pessoais. Eu não parei de fazer isso pelo assessor e a maldita imagem que eu deveria possuir, mas por que o porteiro e os demais funcionários do prédio foram instruídos por ela a não me deixarem passar.
Como era de se imaginar além de sair do meu apartamento, Bella deixou a empresa. Eu soube, através de meus contatos, que ela foi trabalhar em uma empresa concorrente da Cullen publicidade, a Submit. A empresa onde sua amiga Jessica, antiga funcionária minha, trabalhava. Era onde o tal Jacob trabalhava também.
Jacob, ex-namorado de Bella, desaparecera após o término do seu relacionamento com ela, sendo transferido para uma sede da Submit em outro país. Eu me mantive alerta mesmo assim, temendo que ele reaparecesse e voltasse a atormentá-la a fim de tê-la como namorada. Agora que Bella trabalhava na mesma empresa, eu estava mais paranóico do que antes. Além de segui-la em casa, confesso que eu a segui na empresa também. Ela não fez nada demais, nem deu bola para os caras que a cantaram quando saía para alguma balada com os amigos. Ainda assim...
–Bom dia senhor Cullen! – minha secretária me cumprimentou alegremente, olhando para a minha agenda lotada de compromissos. Tanto melhor, com compromissos eu ocupava minha mente e evitava pensar em como minha vida fora dos muros da empresa era miserável.
–Senhora Slater, quanto tempo até o primeiro compromisso do dia? – perguntei enquanto entrava na minha sala, a sala reservada apenas ao presidente da Cullen publicidade.
–Quarenta minutos. Hmmm... Senhor Cullen, não acho que tenha notado, mas um homem o espera.
–Um homem? Onde está? – olhei para o caminho que fiz e notei um homem desconhecido, sentado em uma cadeira de frente para a mesa da minha secretária. Pela sua postura séria e vestimentas formais, eu logo adivinhei o que era.
–Um advogado? O que ele quer? – murmurei sem ter um ouvinte direcionado, mas minha secretária respondeu.
–Deseja falar com o senhor. Eu iria dispensá-lo e pedir para marcar um encontro, como de praxe. Então ele disse que era o advogado de Isabella Swan.
Advogado de Isabella. Eu havia entendido tudo antes mesmo do bom senhor ser convocado pela minha secretária, ao meu pedido, para uma pequena audiência. Durante dois meses Bella apareceu diante de mim com papéis do divórcio para assinar. Eu me recusei veementemente e até agarrei ela, numa tentativa insana de mostrar o meu amor e dissuadi-la disso. Por uma semana ela não veio ao meu encontro e cheguei a pensar que ela havia desistido. Olhando para aquele senhor sorridente demais, segurando um envelope pardo nas mãos, entendi o que ele fazia ali.
–Sou o senhor Smith, advogado da senhorita Isabella Swan. Vim aqui a pedido da minha cliente para tratarmos do divórcio. – o maldito sorria, ignorando o fato de que a sua alegria em vencer um acordo e honorários que ganharia equivaleria ao fim da minha felicidade. Mas como bom advogado com pacto com o diabo, ele não estava nem aí. Aposto que espancaria a própria mãe se isso o ajudasse a se transformar em um advogado conhecido.
–Senhora Cullen. Ela não está divorciada de mim então chame-a pelo nome de casada. – trinquei os dentes enquanto falava. O homem ficou constrangido com minha atitude, mas ignorei isso. – Sou Edward Cullen, como pode ver. Sente-se. Eu indiquei uma cadeira em frente a minha mesa e rapidamente me instalei em minha poltrona. Rapidamente o tal Smith me passou o envelope pardo. Eu o abri, relutante, e me deparei com a mesma papelada que Bella me trouxera tantas vezes e que me recusei a aceitar.
–O que você espera vindo até a minha empresa com estes papéis? – minha voz, apesar de baixa, mostrava toda a raiva que eu sentia sempre que o assunto sobre a separação era colocado na baia. Enxugando a tez suada com um lenço sujo, o homem se manifestou.
–Eu espero conseguir o que a senhorita Swan... O que a senhora Cullen não conseguiu. Vim interceder por ela.
–E acha que vai conseguir? Bella tentou por dois meses e não conseguiu. Se diante do pedido dela eu não assinei, não será você a me convencer. – eu sabia que aquele homem só estava fazendo o seu trabalho, mas como sua função era facilitar a vida dela, e foder com a minha, eu não fiz questão de ser simpático.
–Acredito que minha cliente tenha agido pela emoção, forçando-o a assinar quando na verdade deveria apontar motivos para que o senhor concedesse o divórcio. Agora eu, representando o lado racional, estou apto a fazer o que minha cliente não conseguiu.
Baboseira de merda! O típico advogado de porta de cadeira esforçando-se para falar difícil e dar assim a impressão de ser o homem mais culto do mundo. Queria mandá-lo para o inferno com aqueles papéis.
–Eu estou ansioso para ouvir seus argumentos. – eu estava ansioso para ouvir as palavras ditas por ele que me fariam rir. Não havia ninguém capaz de me convencer a me separar da mulher que eu amava. Enquanto eu estivesse atado a ela pelo matrimônio, eu poderia acreditar que poderíamos ter uma chance. Se eu me separasse, Bela partiria e eu não seria capaz de segui-la.
–Se está hesitando em lhe dar o divórcio, isso significa que ainda a ama, não é? – a pergunta do advogado me chocou. Eu pensei em algumas possibilidades do que ele me diria, mas não imaginei que tocaria no assunto “amor”. Fiquei calado, perplexo, enquanto era observado por aquele homem. Ele sorriu, sentindo-se triunfante pelo impacto de seu primeiro discurso. Recomeçou a falar, aparentando segurança e casualidade com o assunto.
–Entenderei sua recusa em assinar e silêncio como um sim. Por amá-la, não quer a separação, achando que assim a probabilidade de voltarem será maior. Está enganado. Contrariando a vontade de minha cliente e forçando-a a se desgastar com essas discussões, só está aumentando o rancor que ela guarda do senhor.
–Ela disse alguma coisa? – não pude me conter e perguntei desesperado com a idéia de aumentar ainda mais o ódio que ela sentia por mim.
–Não estou cem por cento a par deste caso, eu o peguei recentemente, mas sou muito observador. Isabella Swan está no seu limite. Se realmente a ama, deveria dar o divórcio. Pode parecer estranho, mas será mais fácil ela ouvi-lo depois de divorciados do que agora.
–Está blefando. Querendo me convencer a todo custo a assinar, pois só receberá adequadamente seus honorários se conseguir. – destilava veneno de minhas palavras e encarei Smith com raiva, descarregando os sentimentos negativos que me tomavam. Desviou o olhar, desconfortável com minha postura defensiva, e retomou o raciocínio após alguns instantes.
–Eu já estive diante de casos parecidos com esse e sei do que estou falando. Será mais fácil vocês se reconciliarem após o divórcio do que agora, movidos pela raiva. – por alguns instantes eu não vi um advogado devorador de dinheiro e bens, diante de mim. Eu vi um homem vivido que queria ajudar. A boa imagem desapareceu num piscar de olhos.
Ele era astuto. Se não estivesse tentando arruinar minha vida, eu provavelmente o contrataria para ser um dos advogados da empresa. Eu precisava me livrar dele, jogar o seu jogo. Eu não gostava do que ele dizia, forçava-me a ouvi-lo e me fazia pensar que ele estava sendo razoável.
–Eu assino se ela vier aqui. Eu falo de Bella. Diga a ela para vir pessoalmente trazer os papéis. Eu tenho algumas coisas a acertar com ela antes da palavra final. – eu estava me sentindo psicologicamente esgotado e ele havia sido a primeira pessoa com quem falei. Tinha tantos clientes e subordinados para atender!
–Assinará se minha cliente vier? – ele perguntou em dúvida. Fiz a expressão facial mais séria de toda a minha vida e assenti. – Está bem, eu falarei com ela. Desculpe-me tomar o seu tempo. – levantou-se, estendendo a mão para um cumprimento. Eu apertei sua mão, aliviado com a sua saída. Antes de passar pela porta, porém, eu o ouvi dizer:
–Pense no que eu lhe disse. – e saiu, farejando vitória fácil.


...


Eu realmente pensei sobre o que Smith dissera. Seus conselhos não saiam da minha cabeça, nem mesmo quando eu precisava me focar apenas no trabalho. Poderia minha atitude defensiva de não autorizar o divórcio estar prejudicando meu improvável futuro com Isabella? Seria o melhor, para nós dois, eu ceder. Não, não era o melhor. O divórcio poderia parecer aos olhos dela minha desistência e aceitação da situação, algo que não condizia com a verdade. Eu não via como me separar dela poderia me beneficiar.
Após sucessivos debates sobre a empresa e como cortar gastos, melhorar o serviço e ampliar os lucros, eu pedi um minuto a senhora Slater. O suficiente para lembrar que eu não havia almoçado, de novo, e pegar a garrafa de vodca escondida no fundo de uma gaveta da minha mesa. Se alimentar mal, dormir pouco e beber algo alcoólico eram hábitos nada louváveis que inseri em meu dia a dia. Alice brigava constantemente comigo quando nos encontrávamos, dizendo que aquela não era a melhor forma de reaver Bella e blá, blá, blá. Eu não lhe dava ouvidos. Por que deveria? Ela nunca me ajudou com o meu casamento, sempre dizendo que eu não era merecedor de ajuda. O que eu estava passando agora era reflexo dos meus erros e, por que não, dos dela.
–Senhor Cullen. – sem o menor aviso, um grupo de importantes clientes entrou em minha sala, sendo seguidos por minha secretária. Procurei me recompor, escondendo a garrafa de vodca.
–Vamos aos negócios, senhores. – voltei ao modo empresário fodão, tentando esconder toda a carga emocional avassaladora que me atingia nos últimos meses. E eu consegui, eu era muito bom em fingir quando os negócios estavam no meio.
Enquanto falava, adquiria mais clientes, ávidos pelo dinheiro que poderiam ganhar através dos talentos de meus funcionários.
Enquanto falava, eu entendia que tinha o poder de persuadir quem eu quisesse para fazer o que me convinha, como assinar contratos milionários com a Cullen publicidade.
Enquanto falava, eu refletia sobre o quão irônico era o meu poder de convencimento sobre tudo, menos com a questão que eu mais queria.


E no final do expediente, com a saída desses últimos clientes que eu atendia agora, eu me sentiria o mesmo lixo inútil de sempre. Eu não havia progredido em nada desde que Bella me deixou, não sabia como fazê-lo e temia que ela seguisse com a sua vida, mesmo não estando separada. Ela era linda, tinha uma personalidade marcante e era dedicada. Jacob poderia não ser um inimigo em potencial, mas sempre haveria gaviões por aí loucos por uma mulher. Não, esse ainda não era o momento de pensamentos tão pessimistas, eu ainda tinha que ficar no modo empresário perfeito.
Um telefonema me interrompeu e cogitei não atender a ligação, mas minha secretária sabia que não poderia me interromper, a não ser que fosse Bella lá fora. Eu consegui, com maestria, adiar o fechamento do contrato com o grupo que estava comigo. Esperei ansioso pelo momento em que eu a veria. Coração acelerado, mãos suando, respiração ofegante... Sintomas de um maldito pré-adolescente diante do seu primeiro amor. E quando ela passou graciosa pelas portas duplas, eu senti meu coração falhar.
Assim que ela entrou, eu me apressei em levantar da poltrona em que estava sentado.
–Não precisa se levantar. Será rápido. – Sentou-se diante de mim e jogou o envelope já tão conhecido por mim. O barulho daquela papelada caindo em cima da mesa me pareceu um tapa no meu rosto. – Eu não tenho caneta, deixei no escritório.
Eu me sentei, agoniado com aquela insistência toda. Ela me olhava sem me ver, como um robô concentrado em cumprir sua função. Sem emoção... Deus, no que eu a havia transformado?
Hesitante, peguei os papéis, olhando-os. Ela me olhava com expectativa, parecendo acreditar no que eu havia prometido ao seu advogado. Como era ingênua! Se estivesse atenta a mim, ao modo como eu a olhava, como se ela fosse (e certamente era) a coisa mais importante da minha vida, a minha única riqueza. Como eu poderia abrir mão disso? Eu preferiria qualquer coisa, até mesmo a pobreza, do que perdê-la. Ela deve ter percebido algo em meu semblante e vi a famosa agressividade mal contida em suas feições bonitas.
–Assine-os. Disse ao meu advogado que assinaria caso eu o trouxesse. – falava de forma frenética. Eu sorri sem humor algum.
–Depois desses dois meses, eu pensei que você aprenderia. Não vou assinar esses papéis de divórcio.
Ela queria me matar, pude ver a ferocidade em seus olhos, mas respirou, procurando se acalmar. É, ela deve ter sido aconselhada pelo advogado a não se exaltar.
–Se continuar com isso Edward, eu apelarei para outros meios para me separar. Meios que podem arruinar sua imagem pública. É isso o que você quer? É isso o que terá! – ela se levantou e sua ameaça me enraiveceu. O que ela faria? Espalharia por aí a verdade sobre meu relacionamento arruinado? Que fizesse! Ou estava blefando, como o advogado fizera comigo pela manhã? Ela não sabia, e descobriria da pior forma, que eu era o diabo quando queria algo. Atualmente eu queria continuar casado com ela e eu conseguiria.
–E posso saber como pretende fazer isso? Conseguir o divórcio e denegrir minha imagem? Bella, minha AINDA esposinha, precisará dos melhores advogados para se livrar de mim! – sorri vitorioso. Eu tinha um grupo de advogados de renome a minha disposição, loucos para frustrar planos tolos como os dela e do seu advogadozinho de quinta!
–Não que eu tenha comentado antes, mas sabe como eu descobri que era traída? Através de um vídeo. – Bella veio, determinada, em minha direção. Sua frieza me gelou até o osso. – E, tendo uma prova material de que você foi infiel, eu posso pedir o divórcio via litigiosa. Você, como o bom conhecedor de assuntos como esse, sabe que eu...
Ela queria se livrar de mim. Eu era um peso que a incomodava. Ela não precisava de mim e tinha em mãos um meio bastante eficaz de nos separar. Eu vou perdê-la!
Movido por todos os sentimentos mais conflitantes que podem tomar um homem, eu a peguei pelo braço jogando-a na parede. Meus lábios, famintos, procuraram pelos lábios dela, antevendo o prazer de senti-los contra os meus. E quando eu os senti... Ah! Não havia nada mais doce, mais perfeito, do que beijá-la. Eu não imaginei, mergulhado como eu estava na dor de perdê-la, o quanto eu precisava fazer isso. Senti seu corpo colocar ao meu, graças à força que eu empregava em meus braços, e me senti satisfeito por ela me permitir àquele breve contato.
Eu queria mais – claro que queria – e na ânsia de conseguir um beijo de verdade eu senti Bella reagir. Tentou me empurrar, sem nada conseguir. Mesmo sabendo o que ela queria, tentei prendê-la nos meus braços. Sua agitação foi aumentando e percebi que forçá-la apenas pioraria tudo. Parei de beijá-la, ainda mantendo seu corpo próximo ao meu.
–Não vê Bella... Não vê como eu amo você? – fechei meus olhos não querendo ver sua expressão de indiferença. – Eu não sou mais aquele Edward. Se eu fosse, soltaria fogos com o seu pedido e me envolveria com uma prostituta em comemoração. Eu não sou mais assim! Eu amo você! – eu gritava as palavras, por dentro e por fora, desejando que ela me ouvisse. Eu rezava para toda essa baboseira acabar e voltarmos aos velhos tempos, quando éramos apenas nós dois e tudo ao nosso redor era um borrão.
–SE AFASTE DE MIM! – gritou furiosa. Eu me assustei com sua explosão e não pude fazer nada quando fui jogado para longe por ela. –NADA DO QUE SUA LÍNGUA BIFURCADA PRONUNCIA EU VOU ACREDITAR! – tentou pegar o envelope e eu sabia, se eu a deixasse ir tudo estaria acabado. Peguei os papéis antes dela e rasguei tudo, ignorando seus protestos exaltados.
–SEU IDIOTA! PÁRA COM ISSO! – tentou, sem sucesso, me impedir. Movido pela fúria e irracionalidade como eu estava, destruí o documento rapidamente.
–É melhor desembolsar todo o dinheiro que tem e contratar um bom advogado, o que não fará com que compita comigo. Não vou dar o que você quer e assim liberá-la para o primeiro idiota que aparecer. Se não for minha, Isabella Cullen, não será de mais ninguém! – ameacei, louco. Eu a vi ofegar, surpreendida pela minha explosão. Voltou a falar e sua voz mostrava o quanto estava abalada com toda a situação.
–Pois bem... Será pelo meio litigioso então. Passar bem.
Eu já a vi partir inúmeras vezes. Sempre que ela saia, sem dirigir um único olhar para mim, eu refletia sobre mil coisas. Eu podia ter tudo o que quisesse nada me faltaria enquanto eu fosse um dos homens mais ricos e influentes dos Estados Unidos. Eu trocaria absolutamente tudo para voltar a ser o único a quem Bella amava e se importava.


...


Quantos drinques eu havia tomado naquele bar? Dose, treze drinques? Quantas mulheres de cabelos cor de chocolate eu havia associado a minha mulher? Eu era patético! Deveria estar pensando em uma forma de impedir a separação via litigiosa, contatando meus advogados e conversando sobre o assunto. Mas não, eu estava agindo como o estúpido que era bebendo e vendo a mulher que eu amava em cada mulher do bar.
Por que isso estava acontecendo comigo? Era verdade que eu havia sido um cretino com ela, mas também não tive uma vida fácil. Mesmo tendo tudo o que o dinheiro poderia comprar, eu não tive uma família normal ou amigos. Onde estava a justiça para mim?
A bebida não resolveria meus problemas, mas aplacaria a dor de perder o que eu fiz questão de perder. Isso já era um consolo e tanto!


...


Flashes de uma noite perturbadora me assombravam. Lembro vagamente de pagar minha bebida ao barman e pedir um táxi, deixando meu carro no estacionamento do elegante bar. Queria ir até Bella... Eu queria.
O porteiro me barrou. Filho da puta. Isso não me impediria. Vi um carro se antecipando, querendo entrar na garagem. Joguei-me diante dele, sendo xingado pelo motorista. Eu o calei com uma nota de cem dólares e consegui, com a sua ajuda, entrar no prédio.
Um lance de escadas e o elevador. Encontrei sua porta e bati enquanto murmurava seu nome. O frio me açoitava, assim como o forte cansaço. Não consegui me manter de pé e subitamente o chão me pareceu confortável. Fechei os olhos... Adormeci.


...


Bella... Ouvi o seu choro e senti um aperto no peito. Não chore, pensei. Eu queria abraçá-la, beijar sua testa e dizer que tudo ficaria bem. Eu queria ser uma pessoa diferente, desde o início para ela. Eu queria tanto...
–Hmmm... – débil como eu estava, demorei a perceber que fora acordado pelo barulho insistente de uma campainha. Eu me senti muito confortável.
–Eu sei que você está aí seu cabeção! Abra a droga da porta! – ameaçou. Alice, eu constatei. Levantei cambaleante e percebi que estava na sala do apartamento de Bella. Eu me lembrava vagamente de ter ido para lá e senti uma estranha satisfação por ela ter me permitido ficar. Abri a porta e Alice passou como um furacão.
–O que está fazendo aqui? – perguntei, encostando a porta. Aproveitei para olhar ao redor.
–Ela não está aqui. Não ficaria aqui com você dormindo no sofá dela. Vamos, temos que ir embora antes que ela consiga um mandato de segurança contra você. – entrou na cozinha deixando uma sacola de supermercado na mesa. – Trouxe café. Coma e vamos embora.
–Você falou com ela? Sabe para onde ela foi? – perguntei frustrado por perder a oportunidade de conversar com Bella.
–Ela me ligou ontem, furiosa por encontrá-lo bêbado. Inventei uma desculpa e ela cuidou de você.
Sentei, abrindo a sacola trazida por minha irmã. Eu não estava com fome, mas resolvi comer sabendo que isso me ajudaria a me recuperar da ressaca que me atingia. Alice sentou a minha frente, avaliando-me.
–Você está um lixo. – sua voz era casual como se estivesse fazendo um elogio qualquer.
–Você é sempre tão carinhosa! – ironizei, tomando um gole de café. – E a propósito eu vou ficar aqui. Preciso conversar com ela.
–Edward, você... – ela iria me repreender, mas isso era porque não sabia dos mais recentes planos de separação de minha mulher.
–Escute, ela tem uma prova material de que eu a traí. Pedirá separação via litigiosa! Alice, eu preciso impedi-la! – eu estava desesperado. Nada me ocorria naquele momento e eu tinha tão pouco tempo para fazer alguma coisa!
–Deixe comigo. Vá para casa, tome um banho e descanse. Não volte a procurá-la nem nada. – seu rosto estava mais sério do que eu me lembrara. Poderia contar nos dedos as vezes eu que eu a vi tão determinada.
–Disse que não me ajudaria por que eu não era digno. – lembrei com amargura. Ainda tinha a idéia de que eu poderia estar bem com Bella se Alice tivesse me ajudado vez ou outra.
–Você é digno agora. Vou convencê-la, você vai ver. – sorriu e sua perseverança acendeu as chamas da esperança a muito esquecidas por mim. Eu me permiti naquele momento confiar nela àquela missão.
–Não me decepcione. Se você falhar, vai ser o meu fim. – murmurei. Ela não brincou com minhas palavras melosas, ela sabia o quanto eu esta vulnerável. Ergueu a mão, colocando-a sobre a mim, em seu rosto um sorriso terno.
–Eu nunca o desapontei. Não desapontei na escolha da mulher e não desapontarei agora. E cumpra com o que eu estou sugerindo. Fique afastado e deixe tudo comigo.
–Vou tentar, mas quero noticias positivas. – exigi.
Aquela era minha última tacada. Contar com a ajuda de Alice era algo arriscado, mas algo dentro de mim sentia que ela conseguiria. Se ela não conseguisse...
Eu não pensaria naquela possibilidade, não agora.
–A partir de amanhã tudo será diferente. – eu ouvi minha irmã dizer essa frase um pouco antes de eu sair do apartamento a fim de pegar meu carro e voltar para casa.



Continua...


Coitado do Edward. Mas esse sofrimento já era previsto uma vez que ele decidiu não contar ele mesmo sobre o contrato. Só nos resta agora torcer para a Alice conseguir sensibilizar a Bella e convencê-la a perdoá-lo e eles voltarem a serem felizes. Beijos e até amanhã.


+ FANFICS ROBSTEN E BELLARD

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6 comments:

  1. Oiii moms!! Adorei o cap estou com do dele espero muito q a Alice consiga convencer a Bella. Beijusculo ate o proximo twicapitulo!!

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  2. Genteeeeeeeeee, acaba com isso, tenho coração fraco ...

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  3. eu ja estou com o coração doendo de tanta angustia junta logo eles por favor por favor!!bjjjjj

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  4. Eu to emocionada e triste,bella perdoa logo o Ed.!!!

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  5. Bem e pelo cap de ontem, Alice conseguiu um ponto!! Fez Bella repensar em algumas coisas..... O que será que acontece hj?

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  6. Oi meninas! To um pouco atrasada pra ler os cap, mas é porque to lendo um livro da linda Stephenie Meyer ai fiquei um pouco sem tempo, mas to amando a fic e que pena do Edward. Beijinhos!

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