Olá
pessoal! Hoje Edward fica preocupado com o mal estar que Bella começa a
apresentar, principalmente por que tem uma viagem importante a fazer...
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo foi
classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 57
Edward pov’s
–Senhor Cullen, sua esposa está
na linha. – avisou minha secretária, a senhora Slater. Deixei de lado os papéis
que estava analisando e atendi ao telefone sem fio em cima da minha mesa. Um
sorriso naturalmente brotou em meus lábios.
–Amor, por que você não vem a
minha sala falar comigo ao invés de ligar? – perguntei assim que atendi a
ligação. – Está pronta para sair agora para comer? Fiz reservas naquele
restaurante que você gosta.
–Hmmm... Não estou me sentindo
muito bem, Edward. Eu até pedi ao chefe do meu setor para ser liberada agora. –
sua voz parecia fraca e suas palavras me deixaram tão fraco quanto ela
aparentava. Minha mulher não estava bem?
–O que? O que você está sentindo
amor? Espere, eu vou aí! - desliguei, saindo em disparada, ignorando assim a
atônita secretária e um senhor que a acompanhava. Ignorei a tudo, sem me
preocupar em me desculpar com as pessoas com quem eu me chocava enquanto seguia
para o setor contábil.
Após algum tempo protelando,
enfim eu havia mudado para a sala do meu pai. Com o passar dos dias, o
desconforto em estar naquele lugar desapareceu. A única coisa que me incomodava
era que minha atual sala ficava longe do setor contábil onde a minha esposa
voltou a trabalhar. E agora, quando eu mais precisava chegar até ela, o
incômodo triplicava devido à distância que eu tinha a percorrer.
Definitivamente eu voltaria a ficar na minha antiga sala quando era diretor
executivo!
Cheguei ofegante ao cubículo onde
Bella trabalhava e eu a encontrei já se preparando para sair, sendo ajudada por
sua colega de trabalho, Heidi. Mesmo estando de pé, uma mão sua em cima de uma
das mesas parecia apoiá-la e evitar uma queda caso as pernas fraquejassem.
–Bella! – eu a chamei, indo de
encontro a ela. – O que houve? O que está sentindo? Não importa, vamos a um
médico e... – senti o toque suave de uma de suas mãos no meu rosto e me calei.
Ela sorria fracamente.
–Hei, eu tô bem. É só um leve mal
estar. Tenho trabalhado demais e comido pouco. Deve ser isso. Vou para casa e
terminarei meu trabalho lá. Você deve ficar aqui, afinal tem muitos
compromissos a resolver antes de viajar amanhã. – dizia numa voz mansa,
esforçando-se para me acalmar. E algo nas suas palavras me distraiu
rapidamente.
A viagem! Droga, como eu pude me
esquecer disso? Desde que eu reatei com Bella, a fim de não cometer os erros
cometidos pelo meu pai, que priorizava a empresa ao invés da sua família, eu
pedi a Aro para viajar em meu lugar sempre que um representante da empresa
fosse solicitado para fechar algum acordo em outro país. Ele aceitou e graças a
isso eu não saía da empresa para nenhum compromisso que não fosse próximo,
podendo assim ficar ao lado de Bella. No entanto, recebi a incumbência de
passar um mês em negociações na Alemanha. Bella não aceitou viajar comigo
quando eu pedi e nem me deixou recusar, uma vez que era um negócio importante
para a minha empresa. E Aro estava resolvendo um assunto no Japão por isso não
poderia ir.
–Bella, eu só irei sossegar
quando um médico avaliá-la e disser que está tudo bem. Vamos a um hospital! – inquiri
ansioso, mas Bella tentou novamente me tranquilizar, acariciando meu rosto.
–Não é nada. Fique aqui e resolva
tudo. Eu vou para casa e se me sentir pior eu aviso a você. Acredito que só
precise descansar. – dizia na tentativa de me dissuadir. Mesmo que ela
estivesse certa e o mal estar fosse apenas causado pelo excesso de trabalho, eu
não conseguia relaxar. Eu precisava ter a certeza de que estava bem e isso
tinha de ser passado por um profissional da área de saúde.
–Meu anjo... – comecei, olhando-a
aborrecido. Ia pedir novamente para ela simplesmente acatar ao meu pedido, mas
a senhora Slater apareceu nesse momento, atarantada por eu ter deixado minhas
tarefas de lado, alegando que um cliente aparecera para resolver um assunto
importante. Bella se aproveitou da minha distração para escapulir. Ainda tentei
procurá-la, mas ela foi embora num táxi, mais rápido do que um tufão.
Droga! Por que minhas
preocupações quando se tratava dela eram sempre ignoradas pela própria?
...
Eu estava desatento. Meus dedos
doíam de tanto discar o número do celular de minha esposa. Ela respondeu as
minhas ligações a princípio, e mensagens, mas em um dado momento não mais
respondeu, alegando na última mensagem que desenvolveria uma lesão por esforço
repetitivo caso continuasse a teclar algo. Isso não me impediu de ser
insistente e atormentá-la com minha preocupação que, confesso, era bem
obsessiva.
Não tenho culpa de agir assim,
quase como um maníaco quando se trata do bem estar de Bella. Eu perdi tudo –
meus pais, minha irmã e meu cunhado – e Bella era a única coisa valiosa que me
restava. Desde que nós reatamos, eu andava mais carinhoso do que o normal, mais
atencioso e, consequentemente, mais obsessivo. Ficava preocupado com qualquer
coisa quando se tratava dela, até uma ruga quase imperceptível que aparecia na
sua testa quando ela estava aborrecida ou preocupada com algo. Eu a amava
demais e temia perdê-la mais do que tudo. Talvez Bella jamais entendesse minha
preocupação exacerbada, e até se aborrecesse com meu comportamento, mas isso
não me impediria de continuar a agir como um lunático.
Antes da última reunião do dia eu
liguei para minha mulher e ela atendeu, dizendo que se sentia melhor. Porém não
fiquei aliviado com suas palavras, afinal de contas ela tinha doutorado na arte
de mentir para não me preocupar. Por esse motivo eu fiz tudo com pressa, sem me
importar se a qualidade do meu trabalho havia caído vertiginosamente. Eu
repararia possíveis erros em alguma análise de relatório semestral depois,
quando Bella estivesse bem. E, para a minha felicidade, consegui sair mais cedo
do que o normal, dirigindo como um louco pelas ruas.
Meu apartamento estava
silencioso, indicando que as empregadas já haviam ido embora e Bella estava
possivelmente refugiada no nosso quarto. Sim, agora era o NOSSO quarto e não o
meu quarto e o quarto dela, separados. É claro que, depois de tudo, eu não aceitaria
dormirmos separados, sequer aceitaria a existência de um quarto para ela. Seu
antigo quarto fora transformado em um escritório para Bella e agora todos os
seus pertences estavam no nosso quarto.
Foi lá que eu a encontrei,
vestida numa camisola de seda marrom, embrulhada com o edredom. Dormia como um
anjo, esparramada na cama. Após retirar o meu casaco e deixá-lo em cima de uma
cadeira, eu fui ao seu encontro, sentando na cama ao lado dela. Olhando para
ela, detectei certa palidez e isto me preocupou. Toquei suavemente seu rosto,
inclinando-me em seguida para beijá-la na testa.
–Daqui a pouco eu me juntarei a
você. – sussurrei, indo ao meu banheiro a fim de me preparar para dormir. E
vê-la dormindo tranquila atenuou um pouco a preocupação, somando isso com um
relaxante banho de vinte minutos. Ao sair do banheiro, pretendia seguir até o
nosso closet a fim de pegar um pijama, mas minha trajetória foi interrompida ao
olhar para a cama.
–Mas o que...? – Bella não estava
lá. Estranho.
Saí do quarto e fui diretamente
ao seu escritório, pois a porta estava aberta e a chance dela estar lá era
grande. Pensei em repreendê-la acreditando que decidira, por peso na
consciência, trabalhar naquele horário, mas não a encontrei na mesa que
costumava usar para trabalhar. A luz do banheiro anexo ao escritório, porém,
estava acessa. Fui para lá e o que eu encontrei me gelou até a alma. Bella
estava sentada no chão, o rosto na direção do vaso enquanto vomitava.
–BELLA! – Caí de joelhos,
aproximando-me dela. Fiz menção de ajudá-la, mas ela levantou uma mão, como que
me pedindo para aguardar. Com uma mão afaguei gentilmente suas costas enquanto
a outra segurava seus cabelos. Após vomitar tudo o que provavelmente comeu
durante o dia, Bella se aquietou, afastando-se da privada. Não levantou, apenas
encostou as costas na parede. Sua respiração estava irregular e soava frio. O
pânico me consumiu enquanto eu pensava nas piores coisas que poderiam estar
acontecendo a ela. Bella estaria doente? Essa doença seria muito grave? Por
mais que a racionalidade menosprezasse os acontecimentos, meu lado emocional, o
que sempre dominou, me alertava para alguma coisa perigosa.
–Bella, nós precisamos ir a um
médico. – alertei, tentando controlar a vontade de agarrá-la e sair em
disparada para um hospital. Isso provavelmente a assustaria.
–Não foi nada. Estou melhor. – embora
dissesse isso, se não fosse por mim, não conseguiria sequer levantar-se. – Preciso
escovar os meus dentes.
–Bella, meu amor, não é normal
alguém passar tão mal! Por favor, por mim, vamos a um médico. – implorei,
aflito com seu estado e o seu descaso com a própria saúde. Porém Bella me
ignorou, agindo como se ela não tivesse, minutos atrás, vomitado tanto.
–Preciso escovar os meus dentes.
Estou com um gosto horrível na boca. Edward pegue um antiácido pra mim na
cozinha? Estou assim por algo que comi, certamente. – disse enquanto tentava
caminhar sem minha ajuda. Não desgrudei dela, amparando-a mesmo que minha ajuda
não tivesse sido solicitada. Fiquei ao seu lado até Bella terminar de escovar
os dentes, levando-a para a nossa cama. Eu a ajeitei, tentando deixá-la o mais
confortável possível em meio às cobertas. Sentei próximo, olhando para a sua
feição. Por mais que tentasse fingir saúde, minha esposa estava pálida e
visivelmente abatida.
–Como pode ter certeza de que
isso é apenas por causa de alguma coisa que você comeu? – afaguei seu rosto com
gentileza e a encarei sisudo, mas Bella continuou calma demais para alguém que
passara tão mal.
–Não foi nada meu amor. Já até
passou. – ela disse enquanto colocava uma mão sobre a minha, que ainda afagava
seu rosto; um sorriso despontando em seus lábios. Não relaxei. Bella faria o
possível para que eu não me preocupasse, eu bem sabia, sendo capaz inclusive de
se fingir de forte.
–Vou pegar um antiácido. – disse,
seguindo para a cozinha. Não precisei ligar as luzes para enxergar, pois o
brilho mortiço da lua, que invadia o apartamento pelas janelas de vidro,
iluminava o local. Ao encontrar o medicamento eu segui apressado para o quarto,
encontrando Bella na mesma posição na cama, parecendo prestes a adormecer.
–Meu amor, o remédio. – eu a
sacudi levemente, ajudando-a a tomar o antiácido. Bella parecia exausta, um
cansaço maior do que em qualquer outro dia. Imaginei que isso era por que não
havia mais nada em seu estômago, deixando-a enfraquecida. Tentei convencê-la a
comer alguma coisa, mas ela me ignorou, entregando-se ao sono. Deitei ao seu
lado, puxando Bella para mim.
Enquanto afagava seus cabelos cor
de mogno, sentia a preocupação me tomar de forma nauseante. Em minha mente as
ideias mais absurdas para o mal estar de Bella passavam, deixando-me atordoado.
Eu temia perdê-la, mais do que perder tudo o que possuo... Mais do que perder
minha própria vida.
...
–Não quero ir. – eu disse pela
enésima vez, olhando o portão de embarque. Se Bella não tivesse acordado antes
de mim e me pressionado, eu provavelmente estava em casa fingindo doença. Ela
parecia melhor nessa manhã, tanto que insistiu em me acompanhar ao aeroporto.
Embora dissesse que o fazia para se despedir adequadamente de mim, eu
suspeitava que ela quisesse garantir que de fato eu embarcaria.
–Edward, eu tô bem. Não está
vendo? – repetiu novamente, sorrindo de orelha a orelha. De fato minha esposa
não estava mais pálida, mas alguma coisa me dizia que eu não via palidez apenas
por causa da maquiagem que ela colocara no rosto.
–Não acredito em você. A fim de
não me preocupar, seria capaz de fingir saúde. – verbalizei meu pensamento,
detectando um olhar aborrecido dela.
–Que bom saber que a minha
credibilidade com você está abaixo do esperado! – criticou-me. Sorri como me
desculpando, querendo que ela compreendesse a real motivação para minha
atitude. Eu a amava demais e temia perdê-la por descuido da minha parte. Por
isso eu a sufocava constantemente com minha preocupação exacerbada, mesmo
quando não havia motivos para tal comportamento.
–Desculpe anjo. Eu sei que bem lá
no fundo você entende o porquê de eu ser tão psicótico com o seu bem estar. – afaguei
seu rosto, depositando meus lábios em sua testa e mantendo-o ali por vários
segundos. – Eu manterei contato o tempo todo. – prometi. Ela me abraçou
fortemente, sendo correspondida da mesma forma. Ah, como eu sentiria saudade de
estar em seus braços! E pensar que eu ficaria privado disso por um mês!
Provavelmente eu enlouqueceria!
–E eu responderei a todos os seus
chamados, mas não exagere com as ligações. Eu não quero ter de acordar durante
a madrugada. – seus braços envolveram meu pescoço, puxando-me para ela. Fui de
boa vontade, aproximando ainda mais nossos corpos quando enlacei sua cintura
com meus braços. Eu a beijei calmamente, saboreando aqueles lábios tão
tentadores para mim que me levavam ao êxtase sem dificuldade.
Eu teria ficado ali, preso a ela
por várias horas, se não estivessem anunciando o embarque do meu voo. A
comitiva que iria comigo se aproximou (eles tinham se afastado para me dar
alguma privacidade) e Bella ficou parada, sorrindo para mim, enquanto acenava
com uma mão. Eu olhei para ela até não poder mais vê-la e, quando estava no
avião, olhei para a direção em que ela possivelmente estava.
Ah, seriam longos trinta e eu
dias!
...
Foi preciso muita concentração
durante essas semanas para ficar focado, ainda que parcialmente, no meu
trabalho. Eu trapaceava a cada vinte minutos, enviando alguma mensagem ou
e-mail para minha mulher ou ligando para ela. Fiquei de olho no fuso-horário,
não querendo acordá-la como havia prometido.
Bella parecia bem, ou pelo menos
fingia estar recuperada. O mal estar, aparentemente, só havia durado naquele
dia. Não acreditando muito nas suas palavras, liguei para o chefe do
departamento contábil.
–A senhora Cullen parece bem e
está cumprindo impecavelmente com o seu trabalho. Notei que ela está um pouco
dispersa, em alguns momentos não a encontro na sala dela. Acredito que esteja
assim por que o senhor não está, imagino. – disse o senhor Winter. Relaxei mais
depois que me disse isso, pois não havia motivos para ele mentir. Se Bella
estivesse adoentada, ela provavelmente pediria para ser dispensada mais vezes.
–Espero que o trabalho não esteja
impedindo você de se alimentar bem. – comentou Bella, ao telefone, numa quarta
feira. Liguei para o seu celular e ela já estava no trabalho. Enquanto eu...
Bem... Eu estava na minha suíte, tentando dormir.
–Estou cuidando bem de mim,
apesar da correria para fechar o contrato com a empresa de automóveis. E você
meu amor, está bem? – perguntei, sabendo de antemão o que ela responderia.
–Eu estou sim. Estou dormindo
bem, comendo direito e não abusando do trabalho. – disse orgulhosa por estar
fazendo o que eu tantas vezes recomendei.
–Está conseguindo dormir sem mim
ao seu lado? Por que eu só estou dormindo a base de remédio. Não consigo dormir
sem você comigo. – confessei, lembrando das noites em que tentei de tudo para
dormir, até fingir que era ela, e não o travesseiro, ao meu lado. Se não fosse
pelos comprimidos para dormir, eu não teria pregado o olho desde que cheguei à
Alemanha.
–É fácil. Tenho um monte de
roupas com o seu cheiro no seu closet. Vesti meu travesseiro com um dos seus
pijamas, borrifei um pouco o seu perfume e estou dormindo abraçadinha a ele! –
seu plano era engenhoso e me amaldiçoei por não ter pensado em fazer algo
parecido.
–Droga! Por que não pensei nisso?
Não importa. Daqui a três dias eu estarei de volta e prepare-se por que você
não terá sossego. – ameacei, imaginando todas as coisas loucas que eu faria com
Bella, loucas e incrivelmente prazerosas, na tentativa de aplacar a necessidade
que eu tinha dela.
–Três dias? Você não ficaria por
um mês completo? – ela perguntou, parecendo perturbada com o que eu comuniquei.
Isso me deixou confuso.
–Ah, eu não disse a você ainda,
não é? Consegui adiantar meu lado por aqui, chegarei mais cedo. – eu esperava
que ela ficasse radiante com a notícia, mas não foi o que eu percebi quando ela
voltou a falar.
–Ah. Bem então eu preciso
desligar agora. Nos falamos depois. Beijos.
–Já? Espera Bella eu queria... –
e ela desligou. Simples assim. Fiquei aturdido com o seu comportamento e por
vários minutos olhei o meu celular, tentando compreender o que significava ter
sido rapidamente dispensado. Algo dentro de mim dizia: Acredite Edward, você
não vai querer saber.
Por que Bella estaria desanimada
com a minha chegada? Por que ela rapidamente desligou? Esse era um comportamento
atípico dela, sem dúvida. O que estava acontecendo com ela afinal de contas?
Olhei novamente o celular e
disquei para o meu secretário, que me acompanhava na viagem. Ele atendeu no
terceiro toque, provavelmente por que eu o acordei. Não me importei.
–Senhor Cullen, algo errado? – perguntou
em meio a um bocejo.
–Quero que ligue para a companhia
aérea. Antecipe minha volta para casa. – ordenei. Algo na minha voz não o fez
me questionar.
...
Tudo estava resolvido na Alemanha
e se não estivesse... Bem, digamos que liguei o meu botão “foda-se” e
simplesmente voltei aos EUA antes de completar trinta e um dias, como havia
sido previsto inicialmente. Bella provavelmente não esperava pelo meu regresso
e era com o fator surpresa que eu contava. Ela estava estranha, talvez
escondendo alguma coisa de mim. Eu descobriria o que era.
Fiz o possível para chegar pela
manhã e felizmente consegui. Não me importei em estar com uma aparência cansada
e maltratada pela viagem longa. Assim que desembarquei, aluguei um carro,
deixando minha bagagem com o meu secretário de negócios no exterior, o único da
comitiva que voltara comigo, e segui para a Cullen Publicidade. Atendi a
ligação que Bella me fizera enquanto voltava para casa, mas não contei a ela
que antecipei ainda mais minha viagem. Eu queria pegá-la de surpresa, evitando
que ela me desse uma de suas engenhosas desculpas
Tudo estava tranquilo na Cullen Publicidade,
empregados correndo como loucos na tentativa de se sobressaírem, fazendo a
empresa lucrar milhões. Nada que me surpreendesse. Não consegui passar
despercebido e as pessoas me cumprimentavam, não escondendo a surpresa ao me
verem. Não fiz questão de bancar o educado, como havia aprendido com Bella nos
últimos tempos, não cumprimentando a ninguém. Com passos pesados, segui para os
elevadores usados por funcionários de baixo escalão, sabendo que dessa forma eu
conseguia passar pelo andar onde Bella trabalhava quase despercebido.
Meu corpo protestava, cansado
pela maratona pelo qual eu o submetia, mas eu o ignorei. Minha mente trabalhava
a mil, conspirando contra o bom senso, elaborando teorias absurdas a fim de
explicar o que acontecia com a minha mulher. Até o nome do odiado Jacob surgiu
na minha mente, mas tentei sufocar aquela loucura. Bella sendo infiel comigo?
Não tinha como isso acontecer!
A cada passo que eu dava em
direção ao espaço onde ela trabalhava, sentia meu coração bater mais
rapidamente. Eu estava praticamente ofegante quando alcancei sua pequena sala,
mas não a encontrei. Heidi trabalhava de costas para mim, atenta demais a
alguns gráficos que analisava. Eu tinha que dar crédito a essa funcionária.
Numa situação normal, longe das vistas de todos, um funcionário geralmente
estaria em alguma rede social, ou no redtube.
–Onde Bella está? – perguntei.
Ela nem se dignou a olhar para mim. Desconfiava que estivesse tão absorva no
trabalho ao ponto de não reconhecer minha voz.
–Deve estar no banheiro,
vomitando. Cristo, como alguém consegue vomitar tanto todo santo dia! – falou
com descaso, os dedos movendo-se freneticamente no teclado. E eu quase enfartei
com suas palavras despreocupadas.
–O QUE? – meu grito perguntando a
tirou da letargia e Heidi virou-se, encarando-me.
–Senhor Cullen?! – de tão
espantada que ela ficou, eu poderia jurar que a pele de Heidi estava ficando da
cor do vestido branco que trajava. Não que eu ligasse para isso.
Saí em disparada até o banheiro
feminino, empurrando quem ousasse ficar no meu caminho. A raiva me dominou,
assim como uma preocupação doentia. Ela dissera que estava bem, o chefe do
setor contábil não notou nada estranho! E o que era pior: Bella mentiu para
mim. E se o seu descaso com a saúde e constantes mentiras quando eu tocava no
assunto tivessem agravado sua saúde? Eu não iria me perdoar e não a perdoaria
por se colocar numa situação de risco!
Chegando ao toalete feminino,
ouvi uma pessoa falando e outro barulho que soube identificar. Alguém estava
vomitando. Fui até um Box, o primeiro, e lá encontrei o que procurava. Bella
estava jogada no chão, vomitando no vaso, e Ângela estava em pé ao lado dela,
afagando suas costas.
–Bella, já chega! Você terá que
ir a um hospital, não importando se não têm em mãos os resultados do exame que
fez! – esbravejava Ângela enquanto tentava acudir minha esposa. E eu explodi,
bem como eu temia.
Entrei rapidamente, assustando Ângela.
Eu a empurrei para o lado, tentando não ser muito bruto. Bella sequer ergueu o
rosto do vaso quando ouviu o barulho de alguém se aproximando, embora não
vomitasse mais. Estava fraca, estava pálida, suava frio e parecia tão... Tão
debilitada! E eu soube ao olhá-la que ela não melhorou desde a minha partida,
muito pelo contrário. Ela mentiu para mim esse tempo todo, mentiu até para o
seu chefe, fingindo estar bem.
Ajoelhei-me próximo a ela,
colocando uma mão em seus cabelos. Bella pareceu me notar e uma expressão de
dor cruzou o seu rosto. Ela havia sido pega na mentira, como temia. Tenho
certeza que no meu rosto estava evidente a decepção e raiva que sentia por ter
me enganado.
–Desculpe-me. – murmurou. Ignorei
suas palavras.
–Só irei perdoá-la se o mal que a
aflige não se agravou. Se o seu descaso e enganação comprometeram sua saúde,
Bella, não espere pelo meu perdão. – fui duro, até cruel, com ela e percebi o
quanto minhas palavras a estavam magoando. Mas não consegui ser bonzinho como
deveria.
Eu a peguei nos braços,
procurando ser cuidadoso. Bella não se opôs dessa vez, tenho certeza que não
conseguiria ficar de pé mesmo que quisesse.
–Ângela... – chamei a garota que
ficou o tempo todo por lá, aparentando preocupação. – Ligue para o ramal do
transporte e diga para disponibilizarem um carro com motorista pra mim. No
estado em que Bella se encontra, será melhor levá-la a um hospital e não
deixá-la ser atendida no centro médico da empresa.
–Claro senhor Cullen. – Ela saiu
como um tufão enquanto eu caminhava lentamente com Bella nos braços em direção
a saída.
–Espere. Preciso lavar minha
boca. – Bella pediu e pude detectar o esforço que fazia para falar normalmente.
Eu a deixei perto da pia, apoiando-a. Após higienizar a boca, tentou caminhar
sozinha, mas não lhe dei espaço. Mesmo com os seus protestos eu voltei a
carregá-la. Murmurou algo sobre ser desnecessário tratá-la como uma donzela,
tentando, supus, causar humor e desfazer minha carranca, mas ela não obteve
êxito. Ficamos calados durante todo o trajeto e Bella aninhou seu rosto na
curva do meu pescoço quando notou que todos por quem nós passávamos olhavam com
curiosidade para ela.
Ângela nos esperava ao lado do
motorista quando chegamos à garagem pelo elevador executivo. Murmurei um
obrigado enquanto passava por ela, entrando na Mercedes preta cedida pela
garagem.
–Vamos ao hospital mais próximo.
– ordenei ao motorista assim que ele entrou no carro, após abrir e fechar as
portas para Bella e eu. Procurei ajeitar minha mulher o mais confortável
possível nos meus braços, fazendo-a sentar-se no meu colo e esticar as pernas
no banco. Ela continuou com o rosto aninhado no meu pescoço e senti sua
respiração um pouco mais pausada.
–Como está se sentindo amor? – perguntei,
colocando uma mão em seu rosto e acariciando-o com as pontas dos dedos.
–Estou melhor. – e sua fala fraca
me deu mais uma vez a certeza que mentia para mim.
–Mentirosa. Só acreditarei agora
na palavra de um profissional. – fiz o possível para falar mansamente com ela,
mas minhas palavras devem ter dado a Bella a ideia de que eu ainda estava aborrecido
com ela.
–Ainda está bravo comigo? – perguntou
temerosa. Sorri. Beijei-lhe a testa enquanto meus braços a apertavam mais
contra mim. Apesar de estar chateado com sua atitude, eu não me via capaz de
destratá-la.
–“Chateado” é a palavra que
melhor classifica o que eu estou sentindo com relação a você, mas não estou com
raiva. Não da forma que você pensa, pelo menos. No fundo eu estou mais
aborrecido comigo mesmo por ter deixado você após o seu mal estar inicial. Eu
deveria ter percebido que aquilo não era algo fácil de ignorar. – suspirei,
sentindo a responsabilidade como esposo me oprimir. Mesmo com o tempo juntos,
eu ainda era um patético garoto brincando de casinha, não reconhecendo as reais
necessidades da minha mulher.
–Não é culpa sua, eu... – e qualquer
outra coisa que Bella diria foi sufocada por uma nova onda de náusea. Eu a vi
ficar ainda mais pálida do que antes e me desesperei. Enquanto ela praticamente
desfalecia nos meus braços, gritei para o motorista se apressar. Eu estava com
medo, com tanto medo! E me perguntava freneticamente se essa era mais uma
punição divina pelos meus crimes, fazer com que eu perdesse a única coisa que
havia me restado. Eu esperava sinceramente que Deus não fosse tão vingativo.
...
Eu estava um caos. Esperava,
sentado numa cadeira desconfortável, na sala de espera do hospital a
oportunidade de ver Bella. Ela estava em algum lugar sendo examinada pro um
médico e, como eu estava muito agitado, fui obrigado a esperar longe dela.
Batia os pés no chão, estalava os dedos, levantava e caminhava para lá e para
cá, mas nada dos meus subterfúgios pareceu aplacar o nervosismo. Por fim, após
esperar quarenta e cinco malditos minutos, o médico que a recebera se dignou a
aparecer.
–Senhor Cullen?
–Onde ela está? – perguntei
apressado assim que eu o vi. O senhor, que devia ter mais de cinquenta anos,
falou calmamente.
–Ela está em um apartamento
recebendo soro. Está muito fraca e precisará ficar aqui em observação até eu
ter os resultados dos exames que ela solicitou em outro hospital. Acredito que,
dependendo do que ocorrer amanhã, ela poderá ser liberada rapidamente.
–Ela está melhor? O que ela tem
afinal? Sei que não tem os exames dela em mãos, mas deve ter uma ideia do que
minha esposa tem.
–Bem senhor Cullen, não posso dar
um diagnóstico assim. Mas se é para aliviar a sua tensão, saiba que eu não
acredito ser algo grave. Sua esposa me disse que trabalha demais e tem se
alimentado pouco. Pode ser apenas uma fraqueza.
–E se não for? Para mim esse é um
diagnóstico fraco demais. Entenda, Bella esteve vomitando por várias semanas.
Eu não acho que isso seja apenas fraqueza. Eu imploro doutor, faça todos os
exames, repetidas vezes. Se preciso for, mantenha-a aqui confinada, minha
mulher é negligente demais com a sua saúde. – eu implorava com uma aflição
gigantesca saindo por cada poro da minha pele.
–Não se preocupe senhor Cullen.
Nós faremos o possível para a sua esposa melhorar. Novamente eu peço paciência,
para dar um diagnóstico mais preciso eu necessito dos exames. O hospital onde
ela os realizou mandará para o e-mail desde hospital e para o meu e-mail
pessoal os resultados. Solicitamos em caráter de emergência. Parece que sua
esposa fez exames de sangue, urina e fezes. Além, é claro, de um exame de
gravidez.
E as palavras do bom médico,
ditas casualmente, me paralisaram por completo.
–O que? Gravidez? – perguntei
espantado. De todas as teorias que surgiram na minha cabeça a respeito do mal
estar de Bella, nenhuma me passou pelo tópico gravidez.
–Por isso peço que se acalme
senhor Cullen. Pela conversa que tive com sua esposa e levando em consideração
o atraso no seu ciclo menstrual e os sintomas relatados por ela, eu acredito
que há uma grande possibilidade de ela estar...
–Onde ela está agora? Eu quero
vê-la. – eu estava chocado. Chocado comigo mesmo por não ter pensado nessa
possibilidade e por que... Bem... Por que Bella certamente desconfiava dessa
hipótese, mas não me disse nada. O doutor sorriu de um jeito simpático para mim
e começou a caminhar pelo corredor, pedindo-me para acompanhá-lo. Recomendou
que eu não perturbasse a paz da minha mulher e eu concordei. De forma alguma eu
iria aborrecê-la, deixando-a mais frágil do que já estava. Quando cheguei ao
quarto, ele me deixou ficar a sós com Bella.
Após passar por uma pequena
ante-sala, entrei no quarto onde ela se encontrava. Bella estava deitada,
recebendo soro, e uma enfermeira estava verificando se estava tudo OK com ela.
Quando me viu, a mulher saiu, cumprimentando-me. Retribui o cumprimento e segui
até uma pequena poltrona, ao lado da cama. Foi lá que eu me sentei e o barulho
que eu produzi fez Bella abrir os olhos.
–Acordei você? – perguntei,
examinando-a atentamente. Ela parecia menos pálida, constatei com felicidade.
Ainda assim seu estado era preocupante. Parecia abatida.
Bella sorriu e eu sabia o quanto
aquilo parecia custar a ela.
–Não estava dormindo. Eu não iria
dormir antes de ver você. Eu estava preocupada. Você parecia tão aflito, tão
desesperado que... Eu sinto muito por tornar as coisas mais difíceis para você,
amor. Não era a minha intenção. Eu só gostaria... Bem... Você já tem muito com
o que se preocupar. Eu não queria trazer nenhum aborrecimento para você. – E
vi, naqueles breves instantes, a Bella com quem eu me casei. Uma pessoa
absurdamente altruísta, que estava disposta a se sacrificar para garantir a
tranquilidade dos outros. E era por isso que eu vivia preocupado com ela,
observando-a, por que eu sabia que ao menor sinal de problema Bella não se
abriria comigo.
–Bella... – sacudi a cabeça,
irritado com o seu jeito de pensar. Excluir-me de sua vida não me parecia um
bom modo de não me deixar preocupado. Levantei da poltrona onde estava sentado
e sentei na cama, de frente para ela. Toquei seu rosto, acariciando-o com a
ponta dos dedos. – Bella, eu sou o seu marido. Preciso saber de tudo a seu
respeito. Coisas boas ou ruins, não importa. E preocupado, uma vez que esconder
as coisas de mim não é solução para não me deixar livre de problemas. Acabo
ficando ainda mais preocupado e aborrecido por você não me contar o que se
passa com você.
–Edward, eu... – ela balbuciou,
querendo encontrar uma desculpa para justificar suas ações. Eu a silenciei ao
colocar um dedo nos seus lábios, para depois segurar seu rosto entre minhas
mãos.
–Bella, você é o centro do meu
mundo. Tudo está abaixo de você na minha vida. Eu posso não saber o que se
passa vinte e quatro horas com você, mas sei quando algo está errado. Não me
contar me magoa, pela falta de confiança que você parece ter de mim, e me
perturba. Não me esconda nada. Não minta para mim. Quero saber de tudo ao seu
respeito e preferiria saber por você e não por terceiros. – inclinei-me para
beijá-la no rosto, nos mais diferentes lugares. Bella riu enquanto eu a cobria
de beijos. – Você me promete que não fará algo como isso novamente? – pedi,
atacando-lhe os lábios até deixá-la sem ar.
–Isso é coação. – Bella disse
entre um beijo e outro. – Está jogando sujo.
–Eu nunca joguei limpo em toda a
minha vida, não será agora que mudarei meus hábitos. Prometa-me. – pedi. Após
um longo suspiro, Bella assentiu vencida. – Assim está ótimo.
Um silêncio confortável se
instalou entre nós. A pedido dela, eu me aconcheguei junto a ela na estreita
cama. Bella deitou-se em meu peito, abraçando-me. Eu a puxei para mim, em um
abraço frouxo perto do que eu gostaria. Ela ainda não estava bem e eu não
abusaria.
–O médico disse que você ficará
em observação aqui. – eu disse após um tempo.
–Ele me falou. Não gostaria. Meu
trabalho vai acumular.
–Você sempre focada no trabalho.
Não se preocupe, Heidi poderá cobri-la e posso contratar alguém para ficar no
seu lugar temporariamente. O mais importante é cuidar da sua saúde. – acariciei
o braço que me envolvia com a ponta dos dedos, suavemente.
–Eu não acho que vá me ausentar
por tanto tempo. Acho que ficarei aqui até amanhã, no máximo. Não precisa
contratar ninguém. Posso até fazer o trabalho aqui, bastaria que você trouxesse
o meu laptop e...
–Nada de trabalho! Você vai
atender as recomendações do médico e eu também estarei de olho para garantir
que você descanse. – beijei sua testa.
–Terei dias divertidos. Que
ótimo. – mas pela sua expressão facial, ela não parecia achar ótima a sua
situação. Para alguém tão ativa quanto Bella sempre foi, deveria ser um
martírio ficar parada. Outro assunto mais urgente passou pela minha cabeça e
fiquei surpreso por não saber como falar a respeito dele, mas eu precisava
fazê-lo.
–Conversei um pouco com o médico
que a atendeu. Ele está esperando o envio de exames que você fez em outro hospital
para dar um diagnóstico preciso. Quando você fez exames? – comecei, esperando
tocar no tópico “gravidez” mais tarde.
–Uns dias atrás. O enjôo não
cessava, apesar de eu ter cuidado impecavelmente da minha alimentação, e eu me
sentia muito fraca. Eu esperava receber os exames e cuidar do meu problema
antes de você chegar.
–Por isso você não parecia
animada com a possibilidade de eu chegar mais cedo?
–Sim. Edward, eu não queria
preocupá-lo. Mas as coisas saíram do meu controle no final das contas. Eu sou
péssima quando se trata de planejamento.
Eu quis rir. Havia pensado tanta
bobagem pela postura de Bella quando eu disse que voltaria mais cedo! Cheguei até
a pensar que ela poderia estar tendo algo com Jacob. Que absurdo!
Novamente perdi o rumo que eu
queria chegar com minha esposa, mas não me senti encabulado para tocar no
assunto desta vez.
–Ele me falou também da
possibilidade de você estar grávida. Isso explicaria os seus sintomas,
incluindo o atraso no ciclo menstrual que eu não sabia. – senti Bella enrijecer
nos meus braços. Voltei a acariciá-la, querendo conter aquela tensão toda.
–Ah. Isso. E então? – embora a
pergunta feita por ela tivesse um tom casual, senti que a coisa preocupava
Bella de um jeito que eu não compreendia.
–Você chegou a fazer o exame no
outro hospital, não é? Então suspeitou também de uma gravidez. Se antes eu
achava que você tinha que me contar, agora... Esse é um dos assuntos mais
importantes na vida de um casal, sabia?
–Eu pretendia contar antes que o
meu mal estar não passar. No entanto, quando fui me consultar e o médico que me
atendeu especulou isso e sugeriu o teste de gravidez, eu fiquei sem fala. Achei
melhor ter certeza antes de dizer qualquer coisa a você.
–Não estava cobrando uma certeza.
Bella, deveria simplesmente ter me contado. – extravasei um pouco da frustração
que sentia por ter sido colocado de lado em assuntos tão importantes. E isso a
deixou triste.
–Eu temi sua reação. – confessou,
encolhendo-se mais nos meus braços enquanto evitava me olhar.
–Como assim? Achou o que? Que eu
ficaria bravo ou algo assim? Por um acaso se esqueceu que fui sempre eu a
insistir para suspender os anticoncepcionais e deixar as coisas acontecerem
naturalmente?
–Eu sei disso Edward, mas eu não
consegui deixar de me preocupar. Embora você tenha me pedido antes para termos
um filho, eu achei que a ideia poderia não ser mais atrativa para você se eu de
fato estivesse grávida. Afinal de contas você não tem o perfil de alguém que
gosta de crianças.
–Não importa se gosto ou não de
crianças. Pode ter certeza que eu amaria um filho meu com você. – chateado é
uma palavra muito vaga para nomear o que eu senti quando Bella esclareceu o
porque de sua preocupação acerca da minha reação. O que ela esperava? Que eu a
abandonasse e a trocasse pela primeira mulher que passasse diante de mim? Ela
já devia me conhecer bem e saber o quanto eu havia mudado. Todavia eu não
poderia culpá-la pelas suas preocupações, afinal de contas o passado poderia
ser perdoado, mas não esquecido.
–Eu sei disso. Agora eu sei. – ela
murmurou, evitando o meu olhar. Eu a abracei apertado, ignorando
temporariamente sua condição frágil. Relaxei ao sentir o calor do seu corpo
penetrando as minhas roupas e lambendo minha pele como a mais suave das carícias.
Embriaguei-me com o seu perfume de lavanda, que penetrava minhas narinas com
violência e se fixava em meus sentidos. Mesmo com toda a conversa que tivemos
em que eu deixava claro o quanto queria ser pai, fiz questão de dizer mais
alguma coisa a fim de tranquilizá-la.
–Eu sempre estarei aqui por você
e, se o resultado dos exames for positivo quanto à gravidez, eu estarei por
vocês. – e eu sabia, antes mesmo de ver o resultado, que Bella estava grávida.
Eu poderia perceber com mais clareza a diferença. Bella certamente também
percebera. Quase como uma energia em torno dela que a modificava física e
psicologicamente.
Após me agradecer pelas minhas
palavras, rapidamente Bella adormeceu, exausta pelo dia conturbado. Cancelei
todos os meus afazeres, descobrindo horas mais tarde que Aro já estava na
empresa e me cobriria. Ignorando o cansaço, a fome e a louca vontade de tomar
um banho, permaneci no hospital, não querendo deixar minha mulher um minuto
sozinha. Deitei em uma esteira de couro preta ao lado da cama, mais
desconfortável do que eu previa, mas não protestei. O mais importante era ficar
ali, conclui.
Em um dado momento durante a
noite, Bella levantou, indo até mim. Acordou-me suavemente, convidando-me a
deitar ao seu lado. Não queria causar nenhum desconforto a ela e teria recusado
se as minhas costas não estivessem protestando pela posição desconfortável em
que estivera. Decidi acatar o seu pedido, satisfeito por ficar deitado
abraçadinho com ela, e rapidamente adormeci.
Continua...
Ah que lindo se ela estiver mesmo
grávida! É só o que falta para a felicidade deles ser completa. Mas Bella não
muda mesmo né? Sempre com a mania de pensar mais nos outros do que nela. E
nesse caso pode ser perigoso caso ela esteja mesmo grávida. Vamos ver amanhã o
resultado dos exames e se tudo está bem com a saúde dela. Beijos.
ai que fofo!!! a renesmee vai nascer!!!! :D
ReplyDeleteOi moms!!! Adorei concertesa ela esta gravida! Ai q fofo adorei ate amanha beijusculo
ReplyDeleteAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
ReplyDeleteEla ta grávida! Não tenho dúvida meninas!!!!!
Bem que eu disse ontem que tava doida pra que aparece uma gravidez na fic... Era só o que faltava pra essa fic ser mais quer perfeita. Agora não tem nada pra atrapalhar... mas e o Jake? Não sei não em, ta com cara de que ele vai aparecer por ai.
Beijinhos, até amanhã!
Aí que lindo......
ReplyDeleteBella gravida, que frenesi....
Beijocas até amanha!!
AI QUE AMOR QUE LINDO BELLA GRAVIDA QUE FOFUXO E COMO VAI SER CUTI CUTI UM FILHOTINHO DELES DOIS**BJSSSSSSS
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