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Wednesday, April 11, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 57


Olá pessoal! Hoje Edward fica preocupado com o mal estar que Bella começa a apresentar, principalmente por que tem uma viagem importante a fazer...

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 57

Edward pov’s

–Senhor Cullen, sua esposa está na linha. – avisou minha secretária, a senhora Slater. Deixei de lado os papéis que estava analisando e atendi ao telefone sem fio em cima da minha mesa. Um sorriso naturalmente brotou em meus lábios.
–Amor, por que você não vem a minha sala falar comigo ao invés de ligar? – perguntei assim que atendi a ligação. – Está pronta para sair agora para comer? Fiz reservas naquele restaurante que você gosta.
–Hmmm... Não estou me sentindo muito bem, Edward. Eu até pedi ao chefe do meu setor para ser liberada agora. – sua voz parecia fraca e suas palavras me deixaram tão fraco quanto ela aparentava. Minha mulher não estava bem?
–O que? O que você está sentindo amor? Espere, eu vou aí! - desliguei, saindo em disparada, ignorando assim a atônita secretária e um senhor que a acompanhava. Ignorei a tudo, sem me preocupar em me desculpar com as pessoas com quem eu me chocava enquanto seguia para o setor contábil.
Após algum tempo protelando, enfim eu havia mudado para a sala do meu pai. Com o passar dos dias, o desconforto em estar naquele lugar desapareceu. A única coisa que me incomodava era que minha atual sala ficava longe do setor contábil onde a minha esposa voltou a trabalhar. E agora, quando eu mais precisava chegar até ela, o incômodo triplicava devido à distância que eu tinha a percorrer. Definitivamente eu voltaria a ficar na minha antiga sala quando era diretor executivo!
Cheguei ofegante ao cubículo onde Bella trabalhava e eu a encontrei já se preparando para sair, sendo ajudada por sua colega de trabalho, Heidi. Mesmo estando de pé, uma mão sua em cima de uma das mesas parecia apoiá-la e evitar uma queda caso as pernas fraquejassem.
–Bella! – eu a chamei, indo de encontro a ela. – O que houve? O que está sentindo? Não importa, vamos a um médico e... – senti o toque suave de uma de suas mãos no meu rosto e me calei. Ela sorria fracamente.
–Hei, eu tô bem. É só um leve mal estar. Tenho trabalhado demais e comido pouco. Deve ser isso. Vou para casa e terminarei meu trabalho lá. Você deve ficar aqui, afinal tem muitos compromissos a resolver antes de viajar amanhã. – dizia numa voz mansa, esforçando-se para me acalmar. E algo nas suas palavras me distraiu rapidamente.
A viagem! Droga, como eu pude me esquecer disso? Desde que eu reatei com Bella, a fim de não cometer os erros cometidos pelo meu pai, que priorizava a empresa ao invés da sua família, eu pedi a Aro para viajar em meu lugar sempre que um representante da empresa fosse solicitado para fechar algum acordo em outro país. Ele aceitou e graças a isso eu não saía da empresa para nenhum compromisso que não fosse próximo, podendo assim ficar ao lado de Bella. No entanto, recebi a incumbência de passar um mês em negociações na Alemanha. Bella não aceitou viajar comigo quando eu pedi e nem me deixou recusar, uma vez que era um negócio importante para a minha empresa. E Aro estava resolvendo um assunto no Japão por isso não poderia ir.
–Bella, eu só irei sossegar quando um médico avaliá-la e disser que está tudo bem. Vamos a um hospital! – inquiri ansioso, mas Bella tentou novamente me tranquilizar, acariciando meu rosto.
–Não é nada. Fique aqui e resolva tudo. Eu vou para casa e se me sentir pior eu aviso a você. Acredito que só precise descansar. – dizia na tentativa de me dissuadir. Mesmo que ela estivesse certa e o mal estar fosse apenas causado pelo excesso de trabalho, eu não conseguia relaxar. Eu precisava ter a certeza de que estava bem e isso tinha de ser passado por um profissional da área de saúde.
–Meu anjo... – comecei, olhando-a aborrecido. Ia pedir novamente para ela simplesmente acatar ao meu pedido, mas a senhora Slater apareceu nesse momento, atarantada por eu ter deixado minhas tarefas de lado, alegando que um cliente aparecera para resolver um assunto importante. Bella se aproveitou da minha distração para escapulir. Ainda tentei procurá-la, mas ela foi embora num táxi, mais rápido do que um tufão.
Droga! Por que minhas preocupações quando se tratava dela eram sempre ignoradas pela própria?

...

Eu estava desatento. Meus dedos doíam de tanto discar o número do celular de minha esposa. Ela respondeu as minhas ligações a princípio, e mensagens, mas em um dado momento não mais respondeu, alegando na última mensagem que desenvolveria uma lesão por esforço repetitivo caso continuasse a teclar algo. Isso não me impediu de ser insistente e atormentá-la com minha preocupação que, confesso, era bem obsessiva.
Não tenho culpa de agir assim, quase como um maníaco quando se trata do bem estar de Bella. Eu perdi tudo – meus pais, minha irmã e meu cunhado – e Bella era a única coisa valiosa que me restava. Desde que nós reatamos, eu andava mais carinhoso do que o normal, mais atencioso e, consequentemente, mais obsessivo. Ficava preocupado com qualquer coisa quando se tratava dela, até uma ruga quase imperceptível que aparecia na sua testa quando ela estava aborrecida ou preocupada com algo. Eu a amava demais e temia perdê-la mais do que tudo. Talvez Bella jamais entendesse minha preocupação exacerbada, e até se aborrecesse com meu comportamento, mas isso não me impediria de continuar a agir como um lunático.
Antes da última reunião do dia eu liguei para minha mulher e ela atendeu, dizendo que se sentia melhor. Porém não fiquei aliviado com suas palavras, afinal de contas ela tinha doutorado na arte de mentir para não me preocupar. Por esse motivo eu fiz tudo com pressa, sem me importar se a qualidade do meu trabalho havia caído vertiginosamente. Eu repararia possíveis erros em alguma análise de relatório semestral depois, quando Bella estivesse bem. E, para a minha felicidade, consegui sair mais cedo do que o normal, dirigindo como um louco pelas ruas.
Meu apartamento estava silencioso, indicando que as empregadas já haviam ido embora e Bella estava possivelmente refugiada no nosso quarto. Sim, agora era o NOSSO quarto e não o meu quarto e o quarto dela, separados. É claro que, depois de tudo, eu não aceitaria dormirmos separados, sequer aceitaria a existência de um quarto para ela. Seu antigo quarto fora transformado em um escritório para Bella e agora todos os seus pertences estavam no nosso quarto.
Foi lá que eu a encontrei, vestida numa camisola de seda marrom, embrulhada com o edredom. Dormia como um anjo, esparramada na cama. Após retirar o meu casaco e deixá-lo em cima de uma cadeira, eu fui ao seu encontro, sentando na cama ao lado dela. Olhando para ela, detectei certa palidez e isto me preocupou. Toquei suavemente seu rosto, inclinando-me em seguida para beijá-la na testa.
–Daqui a pouco eu me juntarei a você. – sussurrei, indo ao meu banheiro a fim de me preparar para dormir. E vê-la dormindo tranquila atenuou um pouco a preocupação, somando isso com um relaxante banho de vinte minutos. Ao sair do banheiro, pretendia seguir até o nosso closet a fim de pegar um pijama, mas minha trajetória foi interrompida ao olhar para a cama.
–Mas o que...? – Bella não estava lá. Estranho.
Saí do quarto e fui diretamente ao seu escritório, pois a porta estava aberta e a chance dela estar lá era grande. Pensei em repreendê-la acreditando que decidira, por peso na consciência, trabalhar naquele horário, mas não a encontrei na mesa que costumava usar para trabalhar. A luz do banheiro anexo ao escritório, porém, estava acessa. Fui para lá e o que eu encontrei me gelou até a alma. Bella estava sentada no chão, o rosto na direção do vaso enquanto vomitava.
–BELLA! – Caí de joelhos, aproximando-me dela. Fiz menção de ajudá-la, mas ela levantou uma mão, como que me pedindo para aguardar. Com uma mão afaguei gentilmente suas costas enquanto a outra segurava seus cabelos. Após vomitar tudo o que provavelmente comeu durante o dia, Bella se aquietou, afastando-se da privada. Não levantou, apenas encostou as costas na parede. Sua respiração estava irregular e soava frio. O pânico me consumiu enquanto eu pensava nas piores coisas que poderiam estar acontecendo a ela. Bella estaria doente? Essa doença seria muito grave? Por mais que a racionalidade menosprezasse os acontecimentos, meu lado emocional, o que sempre dominou, me alertava para alguma coisa perigosa.
–Bella, nós precisamos ir a um médico. – alertei, tentando controlar a vontade de agarrá-la e sair em disparada para um hospital. Isso provavelmente a assustaria.
–Não foi nada. Estou melhor. – embora dissesse isso, se não fosse por mim, não conseguiria sequer levantar-se. – Preciso escovar os meus dentes.
–Bella, meu amor, não é normal alguém passar tão mal! Por favor, por mim, vamos a um médico. – implorei, aflito com seu estado e o seu descaso com a própria saúde. Porém Bella me ignorou, agindo como se ela não tivesse, minutos atrás, vomitado tanto.
–Preciso escovar os meus dentes. Estou com um gosto horrível na boca. Edward pegue um antiácido pra mim na cozinha? Estou assim por algo que comi, certamente. – disse enquanto tentava caminhar sem minha ajuda. Não desgrudei dela, amparando-a mesmo que minha ajuda não tivesse sido solicitada. Fiquei ao seu lado até Bella terminar de escovar os dentes, levando-a para a nossa cama. Eu a ajeitei, tentando deixá-la o mais confortável possível em meio às cobertas. Sentei próximo, olhando para a sua feição. Por mais que tentasse fingir saúde, minha esposa estava pálida e visivelmente abatida.
–Como pode ter certeza de que isso é apenas por causa de alguma coisa que você comeu? – afaguei seu rosto com gentileza e a encarei sisudo, mas Bella continuou calma demais para alguém que passara tão mal.
–Não foi nada meu amor. Já até passou. – ela disse enquanto colocava uma mão sobre a minha, que ainda afagava seu rosto; um sorriso despontando em seus lábios. Não relaxei. Bella faria o possível para que eu não me preocupasse, eu bem sabia, sendo capaz inclusive de se fingir de forte.
–Vou pegar um antiácido. – disse, seguindo para a cozinha. Não precisei ligar as luzes para enxergar, pois o brilho mortiço da lua, que invadia o apartamento pelas janelas de vidro, iluminava o local. Ao encontrar o medicamento eu segui apressado para o quarto, encontrando Bella na mesma posição na cama, parecendo prestes a adormecer.
–Meu amor, o remédio. – eu a sacudi levemente, ajudando-a a tomar o antiácido. Bella parecia exausta, um cansaço maior do que em qualquer outro dia. Imaginei que isso era por que não havia mais nada em seu estômago, deixando-a enfraquecida. Tentei convencê-la a comer alguma coisa, mas ela me ignorou, entregando-se ao sono. Deitei ao seu lado, puxando Bella para mim.
Enquanto afagava seus cabelos cor de mogno, sentia a preocupação me tomar de forma nauseante. Em minha mente as ideias mais absurdas para o mal estar de Bella passavam, deixando-me atordoado. Eu temia perdê-la, mais do que perder tudo o que possuo... Mais do que perder minha própria vida.

...

–Não quero ir. – eu disse pela enésima vez, olhando o portão de embarque. Se Bella não tivesse acordado antes de mim e me pressionado, eu provavelmente estava em casa fingindo doença. Ela parecia melhor nessa manhã, tanto que insistiu em me acompanhar ao aeroporto. Embora dissesse que o fazia para se despedir adequadamente de mim, eu suspeitava que ela quisesse garantir que de fato eu embarcaria.
–Edward, eu tô bem. Não está vendo? – repetiu novamente, sorrindo de orelha a orelha. De fato minha esposa não estava mais pálida, mas alguma coisa me dizia que eu não via palidez apenas por causa da maquiagem que ela colocara no rosto.
–Não acredito em você. A fim de não me preocupar, seria capaz de fingir saúde. – verbalizei meu pensamento, detectando um olhar aborrecido dela.
–Que bom saber que a minha credibilidade com você está abaixo do esperado! – criticou-me. Sorri como me desculpando, querendo que ela compreendesse a real motivação para minha atitude. Eu a amava demais e temia perdê-la por descuido da minha parte. Por isso eu a sufocava constantemente com minha preocupação exacerbada, mesmo quando não havia motivos para tal comportamento.
–Desculpe anjo. Eu sei que bem lá no fundo você entende o porquê de eu ser tão psicótico com o seu bem estar. – afaguei seu rosto, depositando meus lábios em sua testa e mantendo-o ali por vários segundos. – Eu manterei contato o tempo todo. – prometi. Ela me abraçou fortemente, sendo correspondida da mesma forma. Ah, como eu sentiria saudade de estar em seus braços! E pensar que eu ficaria privado disso por um mês! Provavelmente eu enlouqueceria!
–E eu responderei a todos os seus chamados, mas não exagere com as ligações. Eu não quero ter de acordar durante a madrugada. – seus braços envolveram meu pescoço, puxando-me para ela. Fui de boa vontade, aproximando ainda mais nossos corpos quando enlacei sua cintura com meus braços. Eu a beijei calmamente, saboreando aqueles lábios tão tentadores para mim que me levavam ao êxtase sem dificuldade.
Eu teria ficado ali, preso a ela por várias horas, se não estivessem anunciando o embarque do meu voo. A comitiva que iria comigo se aproximou (eles tinham se afastado para me dar alguma privacidade) e Bella ficou parada, sorrindo para mim, enquanto acenava com uma mão. Eu olhei para ela até não poder mais vê-la e, quando estava no avião, olhei para a direção em que ela possivelmente estava.
Ah, seriam longos trinta e eu dias!

...

Foi preciso muita concentração durante essas semanas para ficar focado, ainda que parcialmente, no meu trabalho. Eu trapaceava a cada vinte minutos, enviando alguma mensagem ou e-mail para minha mulher ou ligando para ela. Fiquei de olho no fuso-horário, não querendo acordá-la como havia prometido.
Bella parecia bem, ou pelo menos fingia estar recuperada. O mal estar, aparentemente, só havia durado naquele dia. Não acreditando muito nas suas palavras, liguei para o chefe do departamento contábil.
–A senhora Cullen parece bem e está cumprindo impecavelmente com o seu trabalho. Notei que ela está um pouco dispersa, em alguns momentos não a encontro na sala dela. Acredito que esteja assim por que o senhor não está, imagino. – disse o senhor Winter. Relaxei mais depois que me disse isso, pois não havia motivos para ele mentir. Se Bella estivesse adoentada, ela provavelmente pediria para ser dispensada mais vezes.
–Espero que o trabalho não esteja impedindo você de se alimentar bem. – comentou Bella, ao telefone, numa quarta feira. Liguei para o seu celular e ela já estava no trabalho. Enquanto eu... Bem... Eu estava na minha suíte, tentando dormir.
–Estou cuidando bem de mim, apesar da correria para fechar o contrato com a empresa de automóveis. E você meu amor, está bem? – perguntei, sabendo de antemão o que ela responderia.
–Eu estou sim. Estou dormindo bem, comendo direito e não abusando do trabalho. – disse orgulhosa por estar fazendo o que eu tantas vezes recomendei.
–Está conseguindo dormir sem mim ao seu lado? Por que eu só estou dormindo a base de remédio. Não consigo dormir sem você comigo. – confessei, lembrando das noites em que tentei de tudo para dormir, até fingir que era ela, e não o travesseiro, ao meu lado. Se não fosse pelos comprimidos para dormir, eu não teria pregado o olho desde que cheguei à Alemanha.
–É fácil. Tenho um monte de roupas com o seu cheiro no seu closet. Vesti meu travesseiro com um dos seus pijamas, borrifei um pouco o seu perfume e estou dormindo abraçadinha a ele! – seu plano era engenhoso e me amaldiçoei por não ter pensado em fazer algo parecido.
–Droga! Por que não pensei nisso? Não importa. Daqui a três dias eu estarei de volta e prepare-se por que você não terá sossego. – ameacei, imaginando todas as coisas loucas que eu faria com Bella, loucas e incrivelmente prazerosas, na tentativa de aplacar a necessidade que eu tinha dela.
–Três dias? Você não ficaria por um mês completo? – ela perguntou, parecendo perturbada com o que eu comuniquei. Isso me deixou confuso.
–Ah, eu não disse a você ainda, não é? Consegui adiantar meu lado por aqui, chegarei mais cedo. – eu esperava que ela ficasse radiante com a notícia, mas não foi o que eu percebi quando ela voltou a falar.
–Ah. Bem então eu preciso desligar agora. Nos falamos depois. Beijos.
–Já? Espera Bella eu queria... – e ela desligou. Simples assim. Fiquei aturdido com o seu comportamento e por vários minutos olhei o meu celular, tentando compreender o que significava ter sido rapidamente dispensado. Algo dentro de mim dizia: Acredite Edward, você não vai querer saber.
Por que Bella estaria desanimada com a minha chegada? Por que ela rapidamente desligou? Esse era um comportamento atípico dela, sem dúvida. O que estava acontecendo com ela afinal de contas?
Olhei novamente o celular e disquei para o meu secretário, que me acompanhava na viagem. Ele atendeu no terceiro toque, provavelmente por que eu o acordei. Não me importei.
–Senhor Cullen, algo errado? – perguntou em meio a um bocejo.
–Quero que ligue para a companhia aérea. Antecipe minha volta para casa. – ordenei. Algo na minha voz não o fez me questionar.

...

Tudo estava resolvido na Alemanha e se não estivesse... Bem, digamos que liguei o meu botão “foda-se” e simplesmente voltei aos EUA antes de completar trinta e um dias, como havia sido previsto inicialmente. Bella provavelmente não esperava pelo meu regresso e era com o fator surpresa que eu contava. Ela estava estranha, talvez escondendo alguma coisa de mim. Eu descobriria o que era.
Fiz o possível para chegar pela manhã e felizmente consegui. Não me importei em estar com uma aparência cansada e maltratada pela viagem longa. Assim que desembarquei, aluguei um carro, deixando minha bagagem com o meu secretário de negócios no exterior, o único da comitiva que voltara comigo, e segui para a Cullen Publicidade. Atendi a ligação que Bella me fizera enquanto voltava para casa, mas não contei a ela que antecipei ainda mais minha viagem. Eu queria pegá-la de surpresa, evitando que ela me desse uma de suas engenhosas desculpas
Tudo estava tranquilo na Cullen Publicidade, empregados correndo como loucos na tentativa de se sobressaírem, fazendo a empresa lucrar milhões. Nada que me surpreendesse. Não consegui passar despercebido e as pessoas me cumprimentavam, não escondendo a surpresa ao me verem. Não fiz questão de bancar o educado, como havia aprendido com Bella nos últimos tempos, não cumprimentando a ninguém. Com passos pesados, segui para os elevadores usados por funcionários de baixo escalão, sabendo que dessa forma eu conseguia passar pelo andar onde Bella trabalhava quase despercebido.
Meu corpo protestava, cansado pela maratona pelo qual eu o submetia, mas eu o ignorei. Minha mente trabalhava a mil, conspirando contra o bom senso, elaborando teorias absurdas a fim de explicar o que acontecia com a minha mulher. Até o nome do odiado Jacob surgiu na minha mente, mas tentei sufocar aquela loucura. Bella sendo infiel comigo? Não tinha como isso acontecer!
A cada passo que eu dava em direção ao espaço onde ela trabalhava, sentia meu coração bater mais rapidamente. Eu estava praticamente ofegante quando alcancei sua pequena sala, mas não a encontrei. Heidi trabalhava de costas para mim, atenta demais a alguns gráficos que analisava. Eu tinha que dar crédito a essa funcionária. Numa situação normal, longe das vistas de todos, um funcionário geralmente estaria em alguma rede social, ou no redtube.
–Onde Bella está? – perguntei. Ela nem se dignou a olhar para mim. Desconfiava que estivesse tão absorva no trabalho ao ponto de não reconhecer minha voz.
–Deve estar no banheiro, vomitando. Cristo, como alguém consegue vomitar tanto todo santo dia! – falou com descaso, os dedos movendo-se freneticamente no teclado. E eu quase enfartei com suas palavras despreocupadas.
–O QUE? – meu grito perguntando a tirou da letargia e Heidi virou-se, encarando-me.
–Senhor Cullen?! – de tão espantada que ela ficou, eu poderia jurar que a pele de Heidi estava ficando da cor do vestido branco que trajava. Não que eu ligasse para isso.
Saí em disparada até o banheiro feminino, empurrando quem ousasse ficar no meu caminho. A raiva me dominou, assim como uma preocupação doentia. Ela dissera que estava bem, o chefe do setor contábil não notou nada estranho! E o que era pior: Bella mentiu para mim. E se o seu descaso com a saúde e constantes mentiras quando eu tocava no assunto tivessem agravado sua saúde? Eu não iria me perdoar e não a perdoaria por se colocar numa situação de risco!
Chegando ao toalete feminino, ouvi uma pessoa falando e outro barulho que soube identificar. Alguém estava vomitando. Fui até um Box, o primeiro, e lá encontrei o que procurava. Bella estava jogada no chão, vomitando no vaso, e Ângela estava em pé ao lado dela, afagando suas costas.
–Bella, já chega! Você terá que ir a um hospital, não importando se não têm em mãos os resultados do exame que fez! – esbravejava Ângela enquanto tentava acudir minha esposa. E eu explodi, bem como eu temia.
Entrei rapidamente, assustando Ângela. Eu a empurrei para o lado, tentando não ser muito bruto. Bella sequer ergueu o rosto do vaso quando ouviu o barulho de alguém se aproximando, embora não vomitasse mais. Estava fraca, estava pálida, suava frio e parecia tão... Tão debilitada! E eu soube ao olhá-la que ela não melhorou desde a minha partida, muito pelo contrário. Ela mentiu para mim esse tempo todo, mentiu até para o seu chefe, fingindo estar bem.
Ajoelhei-me próximo a ela, colocando uma mão em seus cabelos. Bella pareceu me notar e uma expressão de dor cruzou o seu rosto. Ela havia sido pega na mentira, como temia. Tenho certeza que no meu rosto estava evidente a decepção e raiva que sentia por ter me enganado.
–Desculpe-me. – murmurou. Ignorei suas palavras.
–Só irei perdoá-la se o mal que a aflige não se agravou. Se o seu descaso e enganação comprometeram sua saúde, Bella, não espere pelo meu perdão. – fui duro, até cruel, com ela e percebi o quanto minhas palavras a estavam magoando. Mas não consegui ser bonzinho como deveria.
Eu a peguei nos braços, procurando ser cuidadoso. Bella não se opôs dessa vez, tenho certeza que não conseguiria ficar de pé mesmo que quisesse.
–Ângela... – chamei a garota que ficou o tempo todo por lá, aparentando preocupação. – Ligue para o ramal do transporte e diga para disponibilizarem um carro com motorista pra mim. No estado em que Bella se encontra, será melhor levá-la a um hospital e não deixá-la ser atendida no centro médico da empresa.
–Claro senhor Cullen. – Ela saiu como um tufão enquanto eu caminhava lentamente com Bella nos braços em direção a saída.
–Espere. Preciso lavar minha boca. – Bella pediu e pude detectar o esforço que fazia para falar normalmente. Eu a deixei perto da pia, apoiando-a. Após higienizar a boca, tentou caminhar sozinha, mas não lhe dei espaço. Mesmo com os seus protestos eu voltei a carregá-la. Murmurou algo sobre ser desnecessário tratá-la como uma donzela, tentando, supus, causar humor e desfazer minha carranca, mas ela não obteve êxito. Ficamos calados durante todo o trajeto e Bella aninhou seu rosto na curva do meu pescoço quando notou que todos por quem nós passávamos olhavam com curiosidade para ela.
Ângela nos esperava ao lado do motorista quando chegamos à garagem pelo elevador executivo. Murmurei um obrigado enquanto passava por ela, entrando na Mercedes preta cedida pela garagem.
–Vamos ao hospital mais próximo. – ordenei ao motorista assim que ele entrou no carro, após abrir e fechar as portas para Bella e eu. Procurei ajeitar minha mulher o mais confortável possível nos meus braços, fazendo-a sentar-se no meu colo e esticar as pernas no banco. Ela continuou com o rosto aninhado no meu pescoço e senti sua respiração um pouco mais pausada.
–Como está se sentindo amor? – perguntei, colocando uma mão em seu rosto e acariciando-o com as pontas dos dedos.
–Estou melhor. – e sua fala fraca me deu mais uma vez a certeza que mentia para mim.
–Mentirosa. Só acreditarei agora na palavra de um profissional. – fiz o possível para falar mansamente com ela, mas minhas palavras devem ter dado a Bella a ideia de que eu ainda estava aborrecido com ela.
–Ainda está bravo comigo? – perguntou temerosa. Sorri. Beijei-lhe a testa enquanto meus braços a apertavam mais contra mim. Apesar de estar chateado com sua atitude, eu não me via capaz de destratá-la.
–“Chateado” é a palavra que melhor classifica o que eu estou sentindo com relação a você, mas não estou com raiva. Não da forma que você pensa, pelo menos. No fundo eu estou mais aborrecido comigo mesmo por ter deixado você após o seu mal estar inicial. Eu deveria ter percebido que aquilo não era algo fácil de ignorar. – suspirei, sentindo a responsabilidade como esposo me oprimir. Mesmo com o tempo juntos, eu ainda era um patético garoto brincando de casinha, não reconhecendo as reais necessidades da minha mulher.
–Não é culpa sua, eu... – e qualquer outra coisa que Bella diria foi sufocada por uma nova onda de náusea. Eu a vi ficar ainda mais pálida do que antes e me desesperei. Enquanto ela praticamente desfalecia nos meus braços, gritei para o motorista se apressar. Eu estava com medo, com tanto medo! E me perguntava freneticamente se essa era mais uma punição divina pelos meus crimes, fazer com que eu perdesse a única coisa que havia me restado. Eu esperava sinceramente que Deus não fosse tão vingativo.

...

Eu estava um caos. Esperava, sentado numa cadeira desconfortável, na sala de espera do hospital a oportunidade de ver Bella. Ela estava em algum lugar sendo examinada pro um médico e, como eu estava muito agitado, fui obrigado a esperar longe dela. Batia os pés no chão, estalava os dedos, levantava e caminhava para lá e para cá, mas nada dos meus subterfúgios pareceu aplacar o nervosismo. Por fim, após esperar quarenta e cinco malditos minutos, o médico que a recebera se dignou a aparecer.
–Senhor Cullen?
–Onde ela está? – perguntei apressado assim que eu o vi. O senhor, que devia ter mais de cinquenta anos, falou calmamente.
–Ela está em um apartamento recebendo soro. Está muito fraca e precisará ficar aqui em observação até eu ter os resultados dos exames que ela solicitou em outro hospital. Acredito que, dependendo do que ocorrer amanhã, ela poderá ser liberada rapidamente.
–Ela está melhor? O que ela tem afinal? Sei que não tem os exames dela em mãos, mas deve ter uma ideia do que minha esposa tem.
–Bem senhor Cullen, não posso dar um diagnóstico assim. Mas se é para aliviar a sua tensão, saiba que eu não acredito ser algo grave. Sua esposa me disse que trabalha demais e tem se alimentado pouco. Pode ser apenas uma fraqueza.
–E se não for? Para mim esse é um diagnóstico fraco demais. Entenda, Bella esteve vomitando por várias semanas. Eu não acho que isso seja apenas fraqueza. Eu imploro doutor, faça todos os exames, repetidas vezes. Se preciso for, mantenha-a aqui confinada, minha mulher é negligente demais com a sua saúde. – eu implorava com uma aflição gigantesca saindo por cada poro da minha pele.
–Não se preocupe senhor Cullen. Nós faremos o possível para a sua esposa melhorar. Novamente eu peço paciência, para dar um diagnóstico mais preciso eu necessito dos exames. O hospital onde ela os realizou mandará para o e-mail desde hospital e para o meu e-mail pessoal os resultados. Solicitamos em caráter de emergência. Parece que sua esposa fez exames de sangue, urina e fezes. Além, é claro, de um exame de gravidez.
E as palavras do bom médico, ditas casualmente, me paralisaram por completo.
–O que? Gravidez? – perguntei espantado. De todas as teorias que surgiram na minha cabeça a respeito do mal estar de Bella, nenhuma me passou pelo tópico gravidez.
–Por isso peço que se acalme senhor Cullen. Pela conversa que tive com sua esposa e levando em consideração o atraso no seu ciclo menstrual e os sintomas relatados por ela, eu acredito que há uma grande possibilidade de ela estar...
–Onde ela está agora? Eu quero vê-la. – eu estava chocado. Chocado comigo mesmo por não ter pensado nessa possibilidade e por que... Bem... Por que Bella certamente desconfiava dessa hipótese, mas não me disse nada. O doutor sorriu de um jeito simpático para mim e começou a caminhar pelo corredor, pedindo-me para acompanhá-lo. Recomendou que eu não perturbasse a paz da minha mulher e eu concordei. De forma alguma eu iria aborrecê-la, deixando-a mais frágil do que já estava. Quando cheguei ao quarto, ele me deixou ficar a sós com Bella.
Após passar por uma pequena ante-sala, entrei no quarto onde ela se encontrava. Bella estava deitada, recebendo soro, e uma enfermeira estava verificando se estava tudo OK com ela. Quando me viu, a mulher saiu, cumprimentando-me. Retribui o cumprimento e segui até uma pequena poltrona, ao lado da cama. Foi lá que eu me sentei e o barulho que eu produzi fez Bella abrir os olhos.
–Acordei você? – perguntei, examinando-a atentamente. Ela parecia menos pálida, constatei com felicidade. Ainda assim seu estado era preocupante. Parecia abatida.
Bella sorriu e eu sabia o quanto aquilo parecia custar a ela.
–Não estava dormindo. Eu não iria dormir antes de ver você. Eu estava preocupada. Você parecia tão aflito, tão desesperado que... Eu sinto muito por tornar as coisas mais difíceis para você, amor. Não era a minha intenção. Eu só gostaria... Bem... Você já tem muito com o que se preocupar. Eu não queria trazer nenhum aborrecimento para você. – E vi, naqueles breves instantes, a Bella com quem eu me casei. Uma pessoa absurdamente altruísta, que estava disposta a se sacrificar para garantir a tranquilidade dos outros. E era por isso que eu vivia preocupado com ela, observando-a, por que eu sabia que ao menor sinal de problema Bella não se abriria comigo.
–Bella... – sacudi a cabeça, irritado com o seu jeito de pensar. Excluir-me de sua vida não me parecia um bom modo de não me deixar preocupado. Levantei da poltrona onde estava sentado e sentei na cama, de frente para ela. Toquei seu rosto, acariciando-o com a ponta dos dedos. – Bella, eu sou o seu marido. Preciso saber de tudo a seu respeito. Coisas boas ou ruins, não importa. E preocupado, uma vez que esconder as coisas de mim não é solução para não me deixar livre de problemas. Acabo ficando ainda mais preocupado e aborrecido por você não me contar o que se passa com você.
–Edward, eu... – ela balbuciou, querendo encontrar uma desculpa para justificar suas ações. Eu a silenciei ao colocar um dedo nos seus lábios, para depois segurar seu rosto entre minhas mãos.
–Bella, você é o centro do meu mundo. Tudo está abaixo de você na minha vida. Eu posso não saber o que se passa vinte e quatro horas com você, mas sei quando algo está errado. Não me contar me magoa, pela falta de confiança que você parece ter de mim, e me perturba. Não me esconda nada. Não minta para mim. Quero saber de tudo ao seu respeito e preferiria saber por você e não por terceiros. – inclinei-me para beijá-la no rosto, nos mais diferentes lugares. Bella riu enquanto eu a cobria de beijos. – Você me promete que não fará algo como isso novamente? – pedi, atacando-lhe os lábios até deixá-la sem ar.
–Isso é coação. – Bella disse entre um beijo e outro. – Está jogando sujo.
–Eu nunca joguei limpo em toda a minha vida, não será agora que mudarei meus hábitos. Prometa-me. – pedi. Após um longo suspiro, Bella assentiu vencida. – Assim está ótimo.
Um silêncio confortável se instalou entre nós. A pedido dela, eu me aconcheguei junto a ela na estreita cama. Bella deitou-se em meu peito, abraçando-me. Eu a puxei para mim, em um abraço frouxo perto do que eu gostaria. Ela ainda não estava bem e eu não abusaria.
–O médico disse que você ficará em observação aqui. – eu disse após um tempo.
–Ele me falou. Não gostaria. Meu trabalho vai acumular.
–Você sempre focada no trabalho. Não se preocupe, Heidi poderá cobri-la e posso contratar alguém para ficar no seu lugar temporariamente. O mais importante é cuidar da sua saúde. – acariciei o braço que me envolvia com a ponta dos dedos, suavemente.
–Eu não acho que vá me ausentar por tanto tempo. Acho que ficarei aqui até amanhã, no máximo. Não precisa contratar ninguém. Posso até fazer o trabalho aqui, bastaria que você trouxesse o meu laptop e...
–Nada de trabalho! Você vai atender as recomendações do médico e eu também estarei de olho para garantir que você descanse. – beijei sua testa.
–Terei dias divertidos. Que ótimo. – mas pela sua expressão facial, ela não parecia achar ótima a sua situação. Para alguém tão ativa quanto Bella sempre foi, deveria ser um martírio ficar parada. Outro assunto mais urgente passou pela minha cabeça e fiquei surpreso por não saber como falar a respeito dele, mas eu precisava fazê-lo.
–Conversei um pouco com o médico que a atendeu. Ele está esperando o envio de exames que você fez em outro hospital para dar um diagnóstico preciso. Quando você fez exames? – comecei, esperando tocar no tópico “gravidez” mais tarde.
–Uns dias atrás. O enjôo não cessava, apesar de eu ter cuidado impecavelmente da minha alimentação, e eu me sentia muito fraca. Eu esperava receber os exames e cuidar do meu problema antes de você chegar.
–Por isso você não parecia animada com a possibilidade de eu chegar mais cedo?
–Sim. Edward, eu não queria preocupá-lo. Mas as coisas saíram do meu controle no final das contas. Eu sou péssima quando se trata de planejamento.
Eu quis rir. Havia pensado tanta bobagem pela postura de Bella quando eu disse que voltaria mais cedo! Cheguei até a pensar que ela poderia estar tendo algo com Jacob. Que absurdo!
Novamente perdi o rumo que eu queria chegar com minha esposa, mas não me senti encabulado para tocar no assunto desta vez.
–Ele me falou também da possibilidade de você estar grávida. Isso explicaria os seus sintomas, incluindo o atraso no ciclo menstrual que eu não sabia. – senti Bella enrijecer nos meus braços. Voltei a acariciá-la, querendo conter aquela tensão toda.
–Ah. Isso. E então? – embora a pergunta feita por ela tivesse um tom casual, senti que a coisa preocupava Bella de um jeito que eu não compreendia.
–Você chegou a fazer o exame no outro hospital, não é? Então suspeitou também de uma gravidez. Se antes eu achava que você tinha que me contar, agora... Esse é um dos assuntos mais importantes na vida de um casal, sabia?
–Eu pretendia contar antes que o meu mal estar não passar. No entanto, quando fui me consultar e o médico que me atendeu especulou isso e sugeriu o teste de gravidez, eu fiquei sem fala. Achei melhor ter certeza antes de dizer qualquer coisa a você.
–Não estava cobrando uma certeza. Bella, deveria simplesmente ter me contado. – extravasei um pouco da frustração que sentia por ter sido colocado de lado em assuntos tão importantes. E isso a deixou triste.
–Eu temi sua reação. – confessou, encolhendo-se mais nos meus braços enquanto evitava me olhar.
–Como assim? Achou o que? Que eu ficaria bravo ou algo assim? Por um acaso se esqueceu que fui sempre eu a insistir para suspender os anticoncepcionais e deixar as coisas acontecerem naturalmente?
–Eu sei disso Edward, mas eu não consegui deixar de me preocupar. Embora você tenha me pedido antes para termos um filho, eu achei que a ideia poderia não ser mais atrativa para você se eu de fato estivesse grávida. Afinal de contas você não tem o perfil de alguém que gosta de crianças.
–Não importa se gosto ou não de crianças. Pode ter certeza que eu amaria um filho meu com você. – chateado é uma palavra muito vaga para nomear o que eu senti quando Bella esclareceu o porque de sua preocupação acerca da minha reação. O que ela esperava? Que eu a abandonasse e a trocasse pela primeira mulher que passasse diante de mim? Ela já devia me conhecer bem e saber o quanto eu havia mudado. Todavia eu não poderia culpá-la pelas suas preocupações, afinal de contas o passado poderia ser perdoado, mas não esquecido.
–Eu sei disso. Agora eu sei. – ela murmurou, evitando o meu olhar. Eu a abracei apertado, ignorando temporariamente sua condição frágil. Relaxei ao sentir o calor do seu corpo penetrando as minhas roupas e lambendo minha pele como a mais suave das carícias. Embriaguei-me com o seu perfume de lavanda, que penetrava minhas narinas com violência e se fixava em meus sentidos. Mesmo com toda a conversa que tivemos em que eu deixava claro o quanto queria ser pai, fiz questão de dizer mais alguma coisa a fim de tranquilizá-la.
–Eu sempre estarei aqui por você e, se o resultado dos exames for positivo quanto à gravidez, eu estarei por vocês. – e eu sabia, antes mesmo de ver o resultado, que Bella estava grávida. Eu poderia perceber com mais clareza a diferença. Bella certamente também percebera. Quase como uma energia em torno dela que a modificava física e psicologicamente.
Após me agradecer pelas minhas palavras, rapidamente Bella adormeceu, exausta pelo dia conturbado. Cancelei todos os meus afazeres, descobrindo horas mais tarde que Aro já estava na empresa e me cobriria. Ignorando o cansaço, a fome e a louca vontade de tomar um banho, permaneci no hospital, não querendo deixar minha mulher um minuto sozinha. Deitei em uma esteira de couro preta ao lado da cama, mais desconfortável do que eu previa, mas não protestei. O mais importante era ficar ali, conclui.
Em um dado momento durante a noite, Bella levantou, indo até mim. Acordou-me suavemente, convidando-me a deitar ao seu lado. Não queria causar nenhum desconforto a ela e teria recusado se as minhas costas não estivessem protestando pela posição desconfortável em que estivera. Decidi acatar o seu pedido, satisfeito por ficar deitado abraçadinho com ela, e rapidamente adormeci.

Continua...

Ah que lindo se ela estiver mesmo grávida! É só o que falta para a felicidade deles ser completa. Mas Bella não muda mesmo né? Sempre com a mania de pensar mais nos outros do que nela. E nesse caso pode ser perigoso caso ela esteja mesmo grávida. Vamos ver amanhã o resultado dos exames e se tudo está bem com a saúde dela. Beijos.

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5 comments:

  1. ai que fofo!!! a renesmee vai nascer!!!! :D

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  2. Oi moms!!! Adorei concertesa ela esta gravida! Ai q fofo adorei ate amanha beijusculo

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  3. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
    Ela ta grávida! Não tenho dúvida meninas!!!!!
    Bem que eu disse ontem que tava doida pra que aparece uma gravidez na fic... Era só o que faltava pra essa fic ser mais quer perfeita. Agora não tem nada pra atrapalhar... mas e o Jake? Não sei não em, ta com cara de que ele vai aparecer por ai.

    Beijinhos, até amanhã!

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  4. Aí que lindo......
    Bella gravida, que frenesi....
    Beijocas até amanha!!

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  5. AI QUE AMOR QUE LINDO BELLA GRAVIDA QUE FOFUXO E COMO VAI SER CUTI CUTI UM FILHOTINHO DELES DOIS**BJSSSSSSS

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