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Thursday, April 12, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 58


Boa tarde galera! O capítulo de hoje está lindo demais, só lendo para verem...

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 58

Edward pov’s

–... O quadro anêmico é preocupante e, por mais que não permaneça aqui no hospital, peço prudência na hora de se alimentar, lembrando-se sempre de descansar bastante. Para tanto recomendarei uma consulta a um nutricionista e algumas vitaminas a fim de reverter esse quadro. Quanto ao exame de gravidez, foi atestado que de fato está esperando um bebê, senhora Cullen. – o médico falou com brandura, naquele estranho jeito profissional de sua classe. Bella e eu estávamos sentados na cama dela, olhando atônicos para o senhor. Ele não entendia que aquela notícia era de suma importância para nós dois e muito possivelmente iria mudar de forma irreversível nossa relação. Não que fosse piorar como acontece com a maioria, absolutamente.
Eu poderia ver o quanto ficaríamos mais próximos, agora que um laço inquebrantável nos uniria. Sorri internamente com o quadro que minha mente pintou daquela situação toda. Bella, minha mulher, minha amiga, meu mundo, acomodando no ventre um ser metade ela e metade eu.
Um som de bip nos despertou da letargia. O médico liberou Bella, pedindo-me para ir a sua sala pegar os exames, o contato de um nutricionista e de um ginecologista para minha mulher fazer o pré-natal, além de uma receita para algumas vitaminas. Fizemos tudo que havia sido pedido. Bella estava incomumente quieta. Tentei a todo custo mantê-la falando, mas lá pelas tantas desisti de tentar fazê-la falar. Claro que não me conformei por muito tempo com aquela sua postura. Ao chegarmos em casa no final da tarde, e depois de ligar para minha secretária, pedindo para ela adiar meus afazeres, acompanhei Bella até o nosso quarto.
–Marcarei para amanhã uma visita ao ginecologista e ao nutricionista recomendados pelo médico. Você deve comer coisas mais saudáveis a partir de agora, junto com as vitaminas que o médico receitou. E você deveria se ausentar do trabalho por alguns dias até o seu quadro anêmico...
–Edward, eu não quero deixar de trabalhar. Não estou doente! – em sua voz pude detectar certa irritação. Eu a vi caminhar até a cama e deitar de qualquer jeito.
Respirei fundo, tentando planejar o que eu diria. Não era natural alguém que acaba de descobrir que será mãe estar tão ranzinza. Sentei ao lado de Bella na cama e a olhei quando falei.
–Meu amor, o que houve? Você está estranha desde o resultado dos exames. – acariciei seus cabelos, exigindo de forma bem sutil sua atenção. Ela suspirou pesadamente e me olhou.
–Não sei o que pensar de tudo isso. Eu nunca pensei em ser mãe. Não me sito preparada.
–Não se nasce preparado para algo como a paternidade, anjo. Mesmo que você queira um filho e faça vários cursos, ainda assim só aprendemos quando... – ela levantou-se parecendo estar com raiva. Eu me calei.
–Eu não sei Edward. Eu estou tão confusa! Eu estou com medo, medo de não ser uma boa mãe. Medo de... – levantei, segurando gentilmente o rosto de Bella entre as minhas mãos.
–Eu estou com você. Eu vou cuidar de tudo. Não há por que temer nada. – falei com seriedade, tentando conter o pânico que parecia crescer a cada instante nela. Os batimentos cardíacos acelerados e a respiração irregular foram se acalmando à medida que eu acariciava seu rosto. Ela me abraçou, aconchegando-se confortavelmente nos meus braços.
–Está mais calma? – perguntei. Ela assentiu. – Eu amo você. – confessei, arrancando assim um sorriso e olhos lacrimejantes dela.
–Se me ama mesmo, então me beija. – pediu. Não precisei de mais uma palavra. Inclinei-me em sua direção e tomei seus lábios com calma, para depois beijá-la com avidez, deixando claro o quanto eu estava faminto por ela. Bella correspondeu perfeitamente aos meus anseios mais primitivos, tentando me despir com a mesma rapidez que eu a despia. Os dias passados longe dela pareceram pesar e me cegar. Foi só quando estávamos completamente nus, deitados em nossa cama, que eu lembrei o quão frágil ela se encontrava. Afastei-me dela, tirando suas mãos de mim.
–Melhor não. Você acaba de voltar do hospital. Não está bem. – eu fazia isso por ela, mas admito que me custe muito parar. Eu estava em chamas. Senti os dedos dela tocando meu peito, acariciando-o, e perdi o fio da meada. – Assim você dificulta as coisas pra mim... – minha voz era apenas um sussurro.
–Basta fazermos com calma. Eu preciso disso. – e algo no modo como falou o quanto precisava de mim fez com que eu percebesse... Percebesse que não poderia simplesmente negar. Bella estava fragilizada física e emocionalmente e eu tinha que me doar por inteiro para suprir todas as necessidades dela, como ela fizera comigo quando o meu mundo caiu após as mortes de Alice e Jasper.
–Tudo o que você quiser. – e voltei a amá-la como ela merecia, como eu desejava, como sempre ocorreria enquanto existíssemos.

...

Algumas semanas depois...

–Ora, que surpresa! Parece que teremos duas crianças ao invés de uma. – o médico falou enquanto olhava a ultrasom 3D. Nós, que até então olhávamos abobados para o nosso filho, ficamos atônicos. Não era um e sim dois.
O médico olhou para nós para depois fixar os olhos em mim, que estava sentado ao lado de Bella enquanto segurava sua mão, e eu só pude dizer...
–Hmmm... Legal.

Mais algumas semanas depois...

A senhora Slater estava incrivelmente estressada comigo. Eu andava a cada dia mais relapso com o meu trabalho. Se não fosse por Aro me auxiliando, mais o diretor executivo, a empresa provavelmente perderia seus clientes. Mas é como o sábio Steve Jobs diria: Foda-se!
–Juro por Deus, eu não sei escolher roupas para os bebês. – Bella disse ao meu lado, olhando para a quantidade absurda de roupas de bebês masculinas e femininas trazidas pela gerente da loja. Sim, teríamos um menino e uma menina.
Bella já estava com quase seis meses e, por isso, uma barriga imensa. As dificuldades de toda a ordem nos atormentavam, mas já estávamos tirando tudo de letra. Li incontáveis livros, fiz cursos com Isabella e a acompanhei em todas as suas consultas.
Bella tentou trabalhar enquanto pôde, mas logo não deu, fruto de uma gravidez de gêmeos. Por isso eu fiquei mais em casa, assim como Magdalena e Eli. E assim tentávamos seguir com as nossas vidas, preparando-nos para a chegada dos rebentos.
–Ai! – Bella largou a roupinha que segurava e pôs a mão na barriga. Eu levantei do banquinho onde estava sentado e fiquei lado a lado com ela.
–O que foi? Está passando mal? – perguntei assustado. Ela capturou a minha mão e pôs na barriga, por cima do vestido florido que usava.
–Fique parado. – pediu, procurando não se mexer. Eu acatei seu pedido e tentei me concentrar em algo. Senti instantes depois, dois chutes de dentro para fora. Era um de nossos filhos.
–Ah meu Deus... – coloquei minha outra mão e logo senti mais chutes. Eu sabia da existência deles, havia visto seus rostos na ultrasom, mas aquilo era como tornar o papel de pai que logo eu faria muito mais real.
–Essa é a primeira vez que eles chutam. Nossa. Que bom que eles escolheram um dia quando o papai estava por perto. – ela olhava fixamente para o chão, com suas mãos em cima da minha, e sorria. Fiquei feliz e satisfeito com a sua reação. Nas duas primeiras semanas, Bella estava dispersa e parecia preocupada. Foi preciso paciência e muito amor para livrar o medo de ser mãe dela. Agora ela parecia mais confortável com a ideia.
–Eu os imagino nos nossos braços às vezes. Se eu já fico mexido com os chutes, imagina quanto tiver os dois nos braços? Provavelmente eu serei um pai babão. – olhei para Bella e rimos juntos. Éramos tão jovens! Crianças prestes a terem os seus bebês. E mesmo assim, mesmo com o medo do novo, nós nunca havíamos nos sentido mais felizes.

Sexto mês completo.

–Sério?
–Sim. Quero que os nomes dos nossos filhos sejam Alice e Jasper. – Bella insistiu.
A essa altura estávamos deitados em nossa cama. Ela estava deitada de lado e eu colado as suas costas a envolvia com um braço, acariciando sua barriga.
–Não precisa fazer isso por mim. Escolha os nomes que desejar. – Beijei sua têmpora esquerda.
–Gosto dos nomes e quero fazer essa homenagem. Eles nos ajudaram tanto! Já que não estão aqui para serem os padrinhos, eu quero fazê-los participar de certa forma da vida dos nossos filhos. – ela virou-se um pouco e me olhou. Percebi o quanto aquilo era importante e concordei. Após dar um beijinho de boa noite nela e na protuberância que era sua barriga, adormecemos.

Sétimo mês de gestação

Eu acordei com gemidos, quase gritos.
–EDWARD! – alguém me sacudia. Despertei assustado e quando a vi ao meu lado na cama eu fiquei ainda mais assustado do que estava.
Bella arfava e o edredom que a cobria havia sido afastado. Eu vi que abaixo da sua cintura estava molhado e, misturado a água, existia sangue.
–MERDA! – levantei num átimo, caindo no chão. Recuperei-me rapidamente, pegando a bolsa do bebê, preparada por Bella dias atrás, um casaco longo para ela e uma jaqueta para mim. Vesti a jaqueta e levei o casaco para ela, erguendo-a nos meus braços e envolvendo seu corpo com ele.
Enquanto pegava as chaves do carro, meu celular e minha carteira com os nossos documentos, olhava para Bella. Minha esposa estava pálida e as primeiras lágrimas rolavam pelo seu rosto. Eu me apressei em pegá-la nos braços, tentando abrir as portas com uma mão quando podia, sem deixá-la cair.
–Eu vou perdê-los! – ela entoava desesperada. – Eu estou sentindo!
–Está tudo bem! Eles ficarão bem! Você ficará bem! – tentei acalmá-la, algo difícil, já que eu estava prestes a ter uma síncope.
Querer ganhar tempo sem assustá-la foi um desafio. Tentei ser rápido enquanto dirigia ao hospital sem causar nenhum estrago pelas avenidas. Liguei para o seu médico, avisando que algo estava errado. Ele me recomendou a levá-la ao hospital enquanto ele próprio iria para lá. A velocidade com que dirigi chamou a atenção de algumas viaturas, mas ao constatar minha situação, tive inclusive ajuda dos policiais que abriram caminho para mim.
–Preciso de ajuda! – gritei ao entrar no hospital com Bella nos braços. Em questão de segundos alguns enfermeiros vieram em meu socorro, trazendo uma maca. Deitei Bella lá, desesperado por vê-la cada vez mais pálida e com uma careta de dor. A equipe prontamente a levou ao centro cirúrgico e não demorou para o médico que cuidara de Bella durante o pré-natal aparecer.
–Eu... Eu quero ficar ao lado dela. Por favor, deixe-me entrar. – pedi. O bom doutor sorriu e me levou até uma sala para me preparar junto a ele para entrar.
Uma cesariana de emergência seria feita. Bella estava parcialmente consciente, sedada pelo médico para não sentir nada da cintura para baixo. Olhava-me agoniada, com lágrimas nos olhos. Embora não falasse uma única palavra, eu podia ver nos seus olhos o grito desesperado por ajuda. Ela sabia que algo estava errado e temia, assim como eu, que algo lhe acontecesse e aos nossos filhos. E, embora temesse, sabia que precisava me manter firme e passar-lhe segurança. Segurei forte sua mão e fiquei o tempo todo ao seu lado. Secava suas lágrimas com os meus lábios, entoando que tudo ficaria bem.
Planejei algo menos dramático para o nascimento dos nossos filhos. Iria, inclusive, gravar o momento. As coisas não saíram como eu gostaria, sequer poderia me distrair e olhá-los pela primeira vez, sendo retirados do ventre de minha esposa pelo obstetra. Com Bella em pânico, apesar de todo medicamento intravenosa que recebeu, eu não poderia me afastar um milímetro sequer. Ela precisava de mim, demais, e eu ficaria ao seu lado até tudo estar acabado e ela estar bem. Por dentro, no entanto, havia uma parte de mim que desejava estar com meus filhos, ver o momento do nascimento e saber de antemão se estavam bem.
–Edward... – Bella parecia mais e mais grogue, a ponto de desmaiar. Aquilo me assustou. Eu não queria ficar sozinho naquela terrível situação. Precisava demais dela ali comigo.
–Amor, fica comigo! Vamos! – minha voz, embora sussurrada, tinha uma urgência tremenda. Acariciei repetidamente seu rosto, tentando a todo custo mantê-la acordada. Olhei, em pânico, para o obstetra. Ele me olhou de relance, ainda concentrado em salvar meus filhos.
–Mantenha sua esposa acordada. A placenta deslocou e causou uma hemorragia interna. Não será bom ela dormir por enquanto. – ele disse, deixando-me atemorizado. Inclinei-me na direção do rosto dela, pedindo repetidamente para ela ficar acordada. Ela obedeceu, fixando seus olhos castanhos nos meus e uma tranquilidade pareceu tomá-la. Eu só desviei os olhos de Bella quando o médico e manifestou.
–Os bebês devem ir à incubadora; parecem estar bem. Acredito que o deslocamento da placenta não os afetou, e isso tudo por que o senhor Cullen foi rápido em socorrê-la.
Afastei-me um pouco de Bella, vendo duas enfermeiras levarem rapidamente meus filhos. Nem tive tempo de olhá-los como gostaria. Uma equipe de profissionais cercou Bella, trabalhando nela agora. Eu me mantive um pouco afastado, não querendo atrapalhar. No entanto, não aguentei simplesmente ficar afastado e capturei a mão de Bella, que não exercia nenhuma pressão na minha como antes.
Depois de incontáveis minutos, dos quais senti meu coração se apertar a cada fraco inspirar dos pulmões de Bella, acabou.
–Está tudo bem agora. Graças a Deus. – o médico parabenizou a equipe que o ajudara.
–Ela vai ficar bem? – perguntei. O bom doutor sorriu para mim.
–Ficará bem. Vamos levá-la ao CTI para ficar de observação por um tempo. Os bebês ficarão na incubadora para ganhar peso, já que são prematuros. Farei alguns exames, a fim de comprovar se houve algum dano com o que acontecera a eles. Vamos indo, senhor Cullen.
–Eu quero ficar aqui com eles. Diga que posso ficar ao lado da minha mulher e ver os meus filhos depois! – Implorei.
–Tudo ao seu devido tempo. Por hora eu recomendo que vá a sua casa, descanse um pouco, coma algo se desejar e tome um banho. Volte aqui pela manhã, aproveitando para trazer os pertences dos bebês e da mamãe.
Fui conduzido a um local onde eu poderia tirar a máscara, a touca e o avental que o médico me forçara a usar. Tentei convencê-lo a me deixar ficar, mas ele se mostrou irredutível, recusando até o suborno generoso que eu ofereci. Acabei acatando sua ordem, sabendo que Bella precisaria de algumas coisas quando acordasse.
Confesso que foi difícil voltar para casa e fazer as coisas cotidianas. Mesmo com o médico dizendo-me que todos estavam bem, eu não conseguia relaxar. Não descansei, apenas tomei um banho, vestindo qualquer roupa que encontrei no closet. Levei algumas coisas para Bella numa maleta, coisas como camisola de algodão, produtos de higiene pessoal e a câmera fotográfica para registrar os pequenos.

...

Dormi nos desconfortáveis bancos da sala de espera enquanto aguardava a chance de ver minha mulher e filhos. Forcei-me a comer algo no refeitório, pois eu precisava estar bem para poder cuidar de minha família. Perguntei incessantemente pelo médico, ou alguém que soubesse de Bella e dos pequenos. Todos me ignoraram, alegando que apenas o médico poderia dar informações precisas. Teria saído a procura deles, se não tivessem um segurança em cada corredor no hospital. Eles provavelmente me barrariam.
Lá pelas tantas a minha secretária ligou, preocupada com o meu atraso. Após explicar a situação, consegui deixar a cargo de Aro os compromissos que estavam destinados a mim. Com a empresa em boas mãos, eu poderia me concentrar apenas na minha família, o que me causava muito mais angústia.
–Senhor Cullen, por um acaso dormiu aqui? – uma voz arrancou-me dos meus devaneios. Ergui o rosto e vi o médico que estava cuidando de Bella. Ele tinha uma expressão cansada no rosto desgastado pela idade, provavelmente não dormiu muito, mas estava com outras vestimentas e cabelos molhados.
–Eu apenas fui até a minha casa pegar algumas coisas e tomar um banho. Não consegui ficar lá. Vim imediatamente para cá. Mas isso não importa. O senhor tem alguma notícia deles? Quero muito ver todos!
–Deixei uma equipe de olho nos seus filhos e em sua mulher, senhor Cullen. Como não recebi nenhuma ligação, acredito que eles estejam bem. Fiz alguns exames em seus filhos durante a madrugada e eles estão bem. Estão com pouco peso e precisarão ficar na incubadora por um tempo.
–Que bom que estão bem! Eu posso vê-los? – meus olhos suplicavam para o médico, que não resistiu ao meu pedido. Ele devia ser pai e compreendia que seria desumano me negar tal pedido.
–Sim, por alguns instantes. Vamos prepará-lo e então poderá ver seus filhos. Acompanhe-me. – eu o segui ansioso. Tudo era tão novo para mim! Eu ainda me sentia como uma criança prestes a ganhar o brinquedo que pedira ao Papai Noel. Não sabia se eu seria um bom pai, se conseguiria não cometer os mesmos erros do meu pai, se eu teria forças para superar todos os obstáculos. Ainda assim as preocupações pareciam tão pequenas perto da ideia de ter nos meus braços os meus filhos, uma parte minha e de Bella. Eu já os amava antes mesmo deles terem alguma consciência, dos braços e pernas serem formados ou deles terem um nome. Era algo estranho, não pensei que poderia amar alguém além de Bella.
E eu soube disso quando os vi, após me preparar em uma sala próxima do berçário, dentro de duas incubadoras, uma ao lado da outra. Eu quase não consegui vê-los por estarem cheios de tubos, algumas ataduras e fios, mas o médico me tranquilizou acerca daquela imagem, alegando que tudo aquilo era para melhor monitorá-los.
Primeiro fui ver Alice, a nova princesinha da casa. Pude ver alguns fios de cabelos no tom acobreado dos meus cabelos no topo de sua cabecinha. Era tão branca e parecia tão frágil que temi machucá-la caso tocasse. Mesmo assim me enchi de coragem e, após as instruções do médico, consegui erguer a mão, passando por uma pequena fresta na incubadora, para tocá-la. Assim que rocei um dedo na mão daquela pequenina garota, ela o fechou com sua mãozinha, sem nenhuma força. Ela devia estará acordada.
–Hei... – eu a chamei baixinho, sentindo a voz travar. – Eu sou o seu papai. Mamãe está descansando, mas logo ela vai estar aqui com você.
Um choro ao lado chamou minha atenção. Era baixo, mas o suficiente para desviar a atenção da pequena Alice. Meu outro filho, Jasper, estava inquieto. Isso não era bom. Uma enfermeira postou-se ao lado da incubadora, verificando seus sinais vitais. Aparentemente estava tudo bem, mas ele continuava a se mexer, fazendo barulhos semelhantes ao choro. Eu me virei para ele agoniado.
–O que ele tem? – perguntei a enfermeira que estava tentando ajudá-lo.
–Não sei, aparentemente está tudo bem. Chamarei o médico. – ela saiu do lugar e me deixou ali, sem saber o que fazer com o meu filho. Pretendia chamar outra enfermeira que estava no berçário para ajudá-lo. Coloquei a mão a fim de tocá-lo e, quem sabe, acalmá-lo. Eu não gostava do avermelhado que parecia tomar todo o seu corpo devido ao esforço que fazia.
Quando eu o toquei, ele parou. Simplesmente parou de chorar. Senti um reconhecimento da parte dele, como se ele soubesse que a pessoa ali parada, que o tocava, era alguém que o amava muito; uma parte dele. Assim como fiz com Alice, estendi meu dedo até a sua pequena mão. Jasper o agarrou com menos força do que a irmã, puxando meu dedo em sua direção. Ele se aconchegou no meu dedo, usando-o como um travesseiro enquanto seu corpo estava de lado. Eu fiquei parado, atônito com a cena, e não me afastei quando o médico chegou junto à enfermeira que saíra.
–Ora, parece que alguém conseguiu acalmar o rapazinho. Acho que ele só queria colo, afinal de contas. – o doutor disse, postando-se ao meu lado.
–Isso é... Fantástico. – balbuciei. Senti a garganta travar com uma emoção tão desconhecida e gostosa que eu senti.
–Sim, ser pai é fantástico. Agora que viu os seus filhos, vamos ver a sua esposa. – e eu fui, tão ansioso para ver Bella quanto estive para ver meus filhos. E ao vê-la melhor, ainda que desacordada, me deu a certeza de que as coisas ficariam bem.

...

–Senti um toque gentil nos meus cabelos, afagando-os. Minhas pálpebras tremeram e não demorou a eu despertar. A primeira coisa que vi foi um rosto em formato de coração, branco, lindo.
–Bella... – afastei-me da cama onde minha cabeça estava repousada e sentei direito na cadeira em que estava sentado. Bella voltou a se recostar na cama, bem lentamente, com os orbes cor de chocolate fixos em mim. Olhou em volta, tentando reconhecer o local, pressupus.
–Isso é um hospital. – sua voz estava rouca, também pudera ela estava adormecida há quase dois dias.
–Não se lembra do que aconteceu para estar aqui? – perguntei com brandura, capturando uma de suas mãos e segurando-as entre as minhas. Enquanto a mente dela trabalhava furiosamente, ficando mais e mais clara, senti suas mãos tremerem.
–Eles estão bem, não estão? Meus bebês... – senti indícios de um choro e tratei de acalmá-la.
–Shhhh... Eles estão bem. – beijei sua testa e mantive meus lábios lá. – Estão em uma incubadora para ganhar peso. – e minha palavras a relaxaram, como eu queria.
–Achei que fosse perdê-los. – ela comentou e vi o temor estampado nos seus olhos cor de chocolate.
–Eu jamais permitiria que algo acontecesse a eles e a você. Eu já suportei perdas demais na minha vida. – tentei afastar as lembranças dolorosas das últimas quarenta e oito horas e me concentrar no presente. Bella estava bem e nossos filhos ficariam bem. Logo experimentaríamos a ideia de família feliz que desejávamos desde que a gravidez foi descoberta.
–Eu posso vê-los? – ela perguntou. Sabia o quanto queria se certificar de que estavam bem, mas eles não poderiam ir até ela e Bella não poderia, por enquanto, ficar se movendo.
–Se quiser vê-los faça o possível para melhorar. – ela assentiu, compreendendo minhas palavras. Voltei a beijá-la, desta vez na boca. Quando me afastei, ela afagou meu rosto.
–Há quanto tempo estou aqui?
–Pouco mais de dois dias. Dormiu quase dois dias. Por quê?
–Você esteve comigo esse tempo todo. – ela disse.
–Achou mesmo que eu os deixaria? Eu fiquei ao seu lado o tempo todo. O médico está chateado comigo, louco para que eu caia fora e pare de enchê-lo. – ela riu com o que eu disse e ouvir sua risada era um bálsamo para mim.
–Eu imagino o quão irritante você deve ter sido. Terei que pedir desculpas ao bom doutor pelo marido instável, preocupado e amoroso que eu tenho. – mesmo sem forças, puxou-me para o círculo dos seus braços. Sem querer incomodá-la com o meu peso, deitei cuidadosamente eu seu peito, ouvindo as batidas tranquilas do seu coração.
–Você me esculacha desse jeito, mas eu sei que me ama. – falei um tanto emburrado.
–Amo sim. Claro que amo. – e sua confissão encheu-me de um sentimento tão edificante e caloroso que eu me senti, como em todos os outros dias, a pessoa mais afortunada da Terra.

...

–Bella, você está fazendo errado. – comentei enquanto a via brigar com a fita que prendia a fralda descartável em Alice. Jasper já estava limpo e arrumado, dormindo no seu berço. Alice não parava de se mexer, erguendo os pequenos bracinhos na direção da mãe, Bella, que estava de pé diante dela.
–E você sabe fazer isso, senhor sabe-tudo? – ela se afastou, cruzando os braços diante do corpo, desafiando-me. Eu sorri com malícia. Ela não sabia, mas nos meus intervalos no trabalho eu li todos os livros destinados a ensinar como cuidar de uma criança.
–Claro! Deixe-me mostrar. – eu me aproximei de Alice e com incrível habilidade vesti minha filha calmamente e em menos tempo do que o esperado. Bella ficou boquiaberta.
–Tem alguma coisa que você não saiba, afinal? – ela perguntou, ainda pasma com o meu desempenho, pegando Alice nos braços e levando-a ao berço dela, cor de rosa, que ficava ao lado do berço de Jasper, cor azul.
–Sim. – ao ouvir isso, ela deitou Alice no berço e se virou. Eu continuei. – Não sei ser imperfeito.
–Às vezes me pergunto por que eu casei com um homem tão narcisista como você. – o tom era leve, brincalhão. Ela não conseguia esconder a vontade de rir.
Eu me aproximei rapidamente dela, tomando-a nos braços.
–Mas eu sei: não existe um homem na face da Terra que a ame mais do que eu.
E ela acreditava. Assim como eu acreditava no amor que ela sentia por mim.
Se existia uma vida mais perfeita que a minha, eu estava pagando para ver.

Continua...

Ahhh... que família linda! Mas confesso que fiquei apreensiva quando Bella perdeu sangue ainda em casa e durante a cesárea. Imagino o medo que o Edward deve ter sentido de perdê-los, Bella e as crianças. Ainda bem que tudo correu bem e eles estão tão felizes. A fic está no fim, mas ainda tem mais um pouquinho. Amanhã volto com mais. Beijos.

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4 comments:

  1. Fantástico..... Amei.... Estou emocionada, realmente uma linda cena.....
    Onde estão Jake, Jéssica e Ang?

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  2. Não gosteic omo a fic está sendo finalizada, tudo acontecendo muito rápido e ao meu ver poderia ter mais coerênica com os acontecimentos como foi no início. Por exemplo: a reconciliação muito rápida, o Edward ainda estava se recuperando ou tentando se recuperar após morte dos parentes e seu súbito ataque de expulsão de Bella da sua casa; e Bella acabara de saber das mensagens no celular e não houve nenhum comentário com Angela, além de sua discussão com Jéssica que não teve esclarecimento.Enfim, tudo muito corrido só porque está chegando ao final?
    Desacelera um pouco para pelo menos ter uma noção melhor do crescimento das crianças e a convivência, pois, me parece que o casal é autosuficiente e não precisam de ninguém para ajudar e compartilhar as coisas ( como por exemplo, amigos e até mesmo as empregadas).

    Beijos.

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  3. haaaaaa que amor,dois filhote eles meresce ser feliz pra sempre.bjs

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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