Bom dia pessoas! Hoje Edward vai passar
por várias situações absurdas por causa da turma do Resort...
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 3 - Novo Namorado
Senti que alguém me carregava, mas não tive coragem de abrir os olhos para ver quem era. Podia ser Brad e, definitivamente, eu morreria se fosse. Exagerei na interpretação e praticamente me fingi de morta, até prendi a respiração. Fiquei assim até todas as vozes sumirem e eu só ouvir o tagarelar de Alice, resmungando sobre seus problemas cardíacos.
– Por aqui! Por aqui! - abri um
olho e vi minha sócia escancarar a porta do meu quarto.
Olhei para cima e, ao perceber
que o cara da selva é quem me carregava, sobressaltei assustada e desabei no
chão, levando comigo sua toalha. Nervosa, ajoelhei-me rapidamente e fiquei
frente a frente com “seu lado primitivo”, que era um tanto intimidador. Então,
expirei forte, soltando todo o ar pela boca.
– Está soprando velinhas, Bella?
- Lice zombou. - Devo tirar uma foto?
– Quantas vezes ainda vou
precisar te cobrir? - resmunguei, enrolando novamente Edward na toalha.
– Você estava fingindo? - a tonta
havia demorado a perceber. - Quase enfartei!
– Claro, não estou suportando a
pressão. Viu quem está lá fora? Brad ficará aqui por semanas. - levantei-me.
– Eu vi, mas não sabia que era a
banda dele que Jazz contratou.
– Eu queria desaparecer. - joguei-me
na cama. - Ficar invisível. Não consigo olhar para Brad sem... aiii... - rosnei,
depois enfiei a cara no travesseiro. Ouvi a porta do quarto bater e não
precisei olhar para saber que Edward tinha ido embora.
– Fica fria, vai dar tudo certo.
- Alice afagou meu cabelo.
– Me diz como. - olhei para ela
sem esperança.
– Continua se fingindo de doente
e fica aqui o resto do dia. Pensaremos em algo.
Após o almoço, Alice e os outros
foram para o Sea World, deixando a dona Bogdanov e Edward ao Deus dará, pois
não tive ânimo para sair do quarto. Dormi um pouco e quando acordei falei
rapidinho com meu pai por telefone. Mesmo com saudades, não queria prolongar a
conversa e deixá-lo perceber a melancolia por trás de minha voz.
Por volta das 18:00h, saí do
quarto e procurei Edward pela mansão inteira, mas nem sinal do sujeito. Liguei
para Jazz e descobri que ele e meus amigos também não sabiam do paradeiro do
cara.
Carregando uma sacola de roupas,
continuei procurando-o em todos os lugares possíveis. E foi na parte do jardim
mais afastado da casa, o lugar menos provável, que o encontrei.
Olhei para a escada que
construímos na árvore e me perguntei se aquilo ainda era seguro. A casa de
madeira ficava há uns dois metros do chão. As tábuas cravadas no tronco
pareciam um tanto desgastadas. Sabia que Edward estava dentro da nossa casa na
árvore, pois via claramente a luz de uma lanterna.
Receosa, subi os degraus com
cuidado. Fazia muito tempo que não entrava na casa. De pé, na entrada, admirei
as paredes onde ainda havia alguns quadros que Jasper pintara quando criança.
Num canto, resistia ao tempo uma foto de nossa turma em um porta-retratos em
cima de uma mesinha verde. Estudei o lugar, dividida entre o passado e o
presente, até que avistei Edward deitado em um saco de dormir. Aproximei-me
devagar e percebi que a bagagem dele também estava ali. Ele pretendia morar na
casa da árvore?
Desconfortável, sentei-me há meio
metro de Edward, o qual se sentou também, fitando-me, curioso.
– Olá. - falei bem devagar.
Então, me lembrei que precisava escrever e assim o fiz. Exibi o bloco para ele,
mas o homem ficou indiferente. Depois de tanta confusão, eu queria fazer as
pazes e garantir minha sobrevivência, pois o sujeito devia me odiar por tê-lo
esquecido no supermercado e o impedido de passear por aí como veio ao mundo.
Edward continuou a me encarar, o
que me dava calafrios. Ainda assim, prossegui com meu plano, tirando de dentro
da sacola uma blusa de mangas compridas e uma calça que roubei do meu irmão.
Queria que ele entendesse que não podia ficar andando pela casa só de bermuda
ou pelado. Peguei o bloco de notas na sacola e escrevi:
Presente.
O cara pegou a blusa e a cheirou,
estudando-a. Fiquei feliz com nosso progresso.
– Muito bom. Veste, vai ficar
legal em você ou - com brutalidade, arrancou as mangas da blusa. - Ou pode
rasgar tudo, seu cretino do mato, desgraçado. - ele parou e eu sorri, como se
tivesse dito a coisa mais gentil do mundo.
Joguei a calça para o lado,
sabendo que ele ia acabar com ela também. Ia transformar as roupas bacanas nos
trapos que estava acostumado a usar.
Sem tirar os olhos de mim, Edward
puxou para si uma mochila velha e enfiou a mão dentro dela erguendo uma
sobrancelha. Fiquei tensa e me perguntei se seria possível ele ter entendido os
xingamentos. Devagar, me arrastei um pouco em direção a saída, na esperança de
fugir antes que me agredisse. De repente, Edward levantou-se abruptamente e eu
não consegui me conter.
– AI, SAI DE PERTO! - corri para
a porta. Nervosa, tentei descer rápido os degraus, mas não saí do primeiro,
pois o cadarço do meu tênis ficou preso entre um prego e a tábua. Puxei o pé
com toda força e não consegui me soltar. Metade do meu corpo ficou dentro da
casa e a outra metade fora.
Edward veio em minha direção com
o punho cerrado e eu tive certeza de que ia apanhar. Afobada, chacoalhei o pé
tentando soltá-lo e tudo o que consegui foi me desequilibrar e acabei caindo
para trás. Na verdade, fiquei pendurada de cabeça para baixo, já que o cadarço
continuou preso.
Olhei para um lado, olhei para o
outro, e não havia uma alma viva para me ajudar.
– Ah, droga! - choraminguei.
Com esforço, me curvei, tentando
alcançar meu pé, mas não conseguia ficar naquela posição tempo suficiente para
me salvar. Derrotada, joguei o corpo para trás e comecei a gritar:
– SOCORROOOOOOO! - olhei para
cima e vi Edward na porta com uma faca na mão. - O que você vai fazer, seu
maluco? SOCORROOOOOO! - ele abaixou-se e colocou a lâmina junto ao cadarço.
Arregalei os olhos. - NÃO CORTE! NÃO! NÃO! NÃO! - e ele cortou.
Despenquei. Podia ter quebrado o
pescoço... sei lá. Por sorte isso não aconteceu. Talvez ele soubesse disso, mas
machuquei cabeça, costas, braços, dignidade...
– Aiiii. - gemi sem conseguir me
mover. Fechei os olhos para morrer e só os abri quando senti alguém próximo a
mim. Edward ajoelhou-se e levou o punho fechado até o meu rosto. - NÃÃOOO! - consegui
gritar, mas ele não me bateu, apenas abriu a mão, perto dos meus olhos e nela
havia uma pedra branca do tamanho de um limão. - Uma pedra? - murmurei sem
acreditar. Ele só queria me dar aquilo? Talvez achasse que também tinha que me
dar um presente. Não sabia se ficava com ódio dele ou de mim. - Que coisa mais...
- peguei a pedra querendo dizer: idiota, babaca, inútil e ridícula. - Linda. - sorri
sem vontade. Afinal, eu que não ia bater de frente com o selvagem.
Ele foi embora e eu joguei a
pedra longe. Depois, rastejei até o meu quarto.
Fiquei boa parte da noite
colocando compressa nos machucados e tomei algumas aspirinas, as quais me
doparam completamente.
– Acorda dorminhoca. - ouvi o
sussurro junto ao meu ouvido. - Aqui é sua consciência, precisamos trocar uma
palavrinha.
– Consciência? - murmurei abrindo
os olhos e percebi que era apenas a Lice. - Me deixa em paz, estou um caco. - escondi
o rosto no travesseiro.
– É por isso mesmo que eu trouxe
o kit de sobrevivência.
Sentei-me imediatamente.
– O kit de sobrevivência? Estou
tão mal assim? - ofeguei.
– Está. - ela sentou-se de frente
para mim, colocando a caixa em seu colo. - Pronta?
– Sim. - fui corajosa.
Alice abriu a caixa de madeira
vermelha e dentro havia um litro de vodca, dois copos pequenos, um CD da Avril,
pirulitos em formato de coração e um corretivo facial. Nós havíamos inventado
aquele kit quando tínhamos 16 anos. Usávamos apenas quando as coisas ficavam
pretas, o que era o meu caso.
– Não vou deixar você se afundar
em suas próprias trapalhadas. Precisamos tocar o Resort e você não pode deixar
a presença de Brad literalmente matar você. - apontou para o curativo na minha
testa. - Hora de acordar, baby. - encheu os copos de vodca, me entregou um e ergueu
o seu, exigindo um brinde. - Repita comigo: hoje será meu dia de sorte.
– Hoje será meu dia de sorte! - virei
o copo com tudo e Lice me acompanhou. Depois, enfiamos os pirulitos na boca e
usei o corretivo para dar um jeito nas minhas olheiras ao som de Avril.
Alice, como uma super-amiga,
arrumou meu cabelo deixando-o preso em um belo rabo de cavalo e me passou boas
energias enquanto eu me trocava.
Eu não tinha dinheiro, não
possuía bens, não era dotada de talentos e meu futuro era incerto, porém, tinha
uma das coisas mais importantes do mundo: amigos.
Alice me conduziu até o jardim
para que eu respirasse um pouco do ar puro da manhã, mas, antes que
atravessássemos a porta, falou:
– Repita: meu dia vai ser
maravilhoso e só coisas boas vão acontecer comigo.
– Qual é a sua? Virou hippie como
o Jazz?
– Re. Pi. Ta! - falou alto.
– Tá. Bom! - respondi no mesmo
tom. - Meu dia vai ser maravilhoso e só coisas boas vão acontecer comigo. - sorri.
Então, atravessamos a porta.
– CUIDADOOO! - alguém gritou, só
que foi tarde demais para desviar da bola que atingiu meu rosto.
Desabei imediatamente. Minha face
ardia e não consegui sentir direito meus lábios e nariz.
– Você está bem? - Brad se
aproximou. Tonta e com a visão turva, sinalizei com o polegar.
– Ai, minha nossa! - Alice me
ajudou a levantar. Tive dificuldade para ficar de pé.
– Caramba, sua cara está
vermelha. - o idiota comentou, quase rindo.
– Imagina - murmurei, fingindo-me
de forte. - Quase não doeu. Não foi nada!
– Bella, o seu rosto está... -
Alice fez careta.
– Está o quê? - fiquei confusa.
Corri até a porta e, através do reflexo no vidro, estudei meu rosto. - AAAAIII,
NÃÃO! - minha cara estava inchando muito rápido, principalmente os lábios. Quis
sentar e chorar.
– Calma, Bells, não está tão... -
Brad agarrou meus ombros, fazendo-me encará-lo. - Esquece. - deu um passo
atrás.
– Vou buscar gelo. - Lice saiu
correndo e eu fiquei no centro do meu inferno pessoal.
– Então... - jogou a bola de
vôlei de volta para os amigos. - O que tem feito da vida? - mudou de assunto.
– Nada, só... inchando. - balbuciei
com dificuldade. Meus lábios estavam ficando maiores do que os da Angelina
Jolie.
– É estranho ver você mais velha
- riu. - Por algum motivo, ainda parece a virgem de 17 anos.
Estreitei os olhos e soltei os
cachorros em cima dele. Falei poucas e boas. Infelizmente, o maldito não
entendeu nada, pois meus lábios enormes tornaram as palavras incompreensíveis.
– Voltei. - Alice, percebendo que
eu estava irada, tapou minha boca com o saco de gelo. - Ela está reclamando da
dor. Coitadinha. - sorriu falsamente.
– Ah. - Brad franziu o cenho.
– Do que estavam falando? - perguntou,
ainda pressionando o saco contra minha boca.
– Nada demais, só perguntei o que
ela tem feito da vida.
– Bella não te contou?
– Contou o quê?
– Ah Bella, eu adoro uma fofoca,
eu preciso contar! - piscou o olho para mim e fiquei totalmente perdida. - A
perigosa aqui está namorando. Sabe como ela é... não consegue ficar sem um
homem. Eu disse “Bel, dá um tempo, mulher, sossega o facho”. Mas é impossível
detê-la quando está apaixonada.
Grunhi em protesto.
– Apaixonada? - Brad pareceu não
acreditar.
– Sim.
– E cadê o sortudo?
– Bem... - a voz dela tremeu e
ficamos com a corda no pescoço. - Ele... está... está... ali! - apontou. Brad e
eu olhamos para a direção que a doida indicou e avistamos o hóspede coroa que
curtia me paquerar. Ele caminhava pelo jardim tirando fotos de Edward, que
entalhava a ponta de um cabo de vassoura preparando uma lança. Ai, caramba! Uma
lança?
– Qual dos dois é namorado dela?
- questionou Brad.
Mesmo sem conseguir falar
direito, apontei para o tiozão e balbuciei:
– É o...
– Barbudo. - Alice me atropelou.
Solucei tão alto que meu peito doeu.
– Ah, tá. - McFadden analisou o
cara da selva. Dei graças a Deus por ele não saber as origens de Edward. Ia ser
vergonhoso. - Então, ninguém vai me apresentá-lo? - Brad saiu ao encontro de
Edward e eu corri para dentro de casa, só que Lice me alcançou e me arrastou de
volta para o jardim.
Grunhindo e soluçando, fui
obrigada a seguir meu ex-namorado. Será que minha amiga não via o desespero
estampado em meus olhos arregalados? Aquilo ia dar merda!
– E aí, tudo bom? - meu ex parou
bem na frente de Edward, bloqueando sua passagem. Alice e eu trocamos olhares
tensos, afinal, o selvagem estava com uma faca e uma lança. Ia ser um massacre.
Rapidamente, nos posicionamos dos
dois lados dele e rezamos para aquilo não acabar em chacina.
– Edward, amigão, esse é Brad
McFadden. - minha sócia tentou fingir naturalidade. O anormal fincou a lança no
chão com força. Eu quase me mijei de medo.
– Muito prazer. - meu ex estendeu
a mão para cumprimentá-lo. Quando vi que Ed se preparava para pegar no pênis de
Brad, subitamente o abracei, imobilizando seus braços.
– Oh, isso não é lindo? - Alice
improvisou, tão nervosa quanto eu. - Ela não consegue ficar longe dos braços
dele. Queria um amor assim para mim.
– Como se conheceram?
Porra! Por que o cretino estava
perguntando tanto se Edward e eu nem podíamos falar? Soltei meu suposto novo
namorado e ele me olhou como se eu tivesse matado várias tappa kanas.
– Eles... se conheceram ... no...
- a filha da mãe se perdeu na própria mentira. Totalmente desesperada, apelei
para a mímica. Desenhei um triângulo invisível, na intenção de dizer que nos
conhecemos em uma igreja. Queria fazer Edward parecer um bom moço, por isso
insisti no triângulo, mesmo não sendo boa de mímica. - Foi num... - Alice
tentou entender meus sinais. - Monte! - concluiu. - É, me lembro muito bem. - derrotada,
pendi a cabeça, muito chateada.
– Num monte? - Brad estranhou. -
Que monte?
– O Everest. - a maluca terminou
de me enterrar.
– Você esteve no monte Everest? -
McFadden me encarou incrédulo. O que eu podia fazer? Confirmei com a cabeça. - E
o cara aí perdeu a língua por lá? - pronto. Fedeu!
– Esse é um assunto muito
delicado. - minha quase ex-amiga pôs a mão no ombro do selvagem. Inclinei a
cabeça, pensando em como fugiria dali. - Edward sofreu um acidente muito grave
enquanto escalava o Everest e...
– Espera aí! - o tiozão, que até
aquele momento só observava, meteu o nariz onde não foi chamado. - Está dizendo
que este homem escalou o monte Everest?
Solucei.
– Sim. - a mentirosa tentou
passar convicção. - Três vezes.
Pronto, morri!
– Que coisa mais... - Brad ficou
sem palavras. Dava para notar que não acreditava totalmente na história.
– Como eu estava dizendo... Ele
sofreu um acidente, foi uma avalanche terrível! Os alpinistas da equipe dele
morreram. Só Ed sobreviveu, e por isso, enquanto estiver de luto, permanecerá
em silêncio para homenagear seus companheiros. Eu acho isso tão puro.
Admirável! - ela fingiu enxugar uma lágrima no canto do olho.
Brad e o tiozão analisaram
Edward, cuja expressão era de pura perplexidade.
– Então... tá. Foi um prazer
conhecê-lo, alpinista. - McFadden acenou e sorriu. - Vou tomar um banho, daqui
a pouco a banda vai ensaiar. Espero que curtam o show de logo mais.
Alice e eu respiramos aliviadas
quando meu ex se foi.
– Que outro monte esse homem
escalou? - a droga do tiozão ainda estava interessado.
Sem cerimônias, puxei minha amiga
para dentro de casa e deixei que Ed descontasse sua ira no hóspede curioso.
Passei vinte minutos trancada no
escritório com Lice. Esperamos o gelo desinchar o meu rosto e então finalmente
pude gritar:
– Você está drogada? Bêbada ou
possuída? Por que falou tudo aquilo? - chacoalhei-a pelos ombros.
– Estava salvando sua pele. Por
acaso você queria que o Brad soubesse que ficou encalhada desde que ele te
chutou? Eu fiz o que era certo!
– Jura? - quase a esganei. -
Namorado? O selvagem? Everest? Seu problema do coração subiu para a cabeça?
– Ah, eu... - riu timidamente. -
Improvisei, né? Eu sei que o Everest foi um exagero, mas eu não sabia o nome de
outro monte e também meio que explica o visual maltrapilho dele... eu acho. Por
favor, não se desespere.
–Não me desesperar? –
coloquei as mãos na cabeça. - Por que escolheu o cara da selva? Eu preferiria
mil vezes o tiozão, ao menos ele fala! - mordi o punho fechado.
– Na hora eu não pensei nisso. -
a pilantra se escondeu atrás de uma almofada. - Foi mal.
– Alice, você me colocou nessa
furada e vai me tirar. Do contrário, vai acordar amanhã careca e sem dentes! -
eu estava falando sério.
– Calma, vamos dar um jeito.
Pensa no lado positivo, Edward não pode nos desmentir já que não fala. - sorriu.
– Não interessa. Nunca vai
parecer que somos um casal, além disso, o cara, neste momento, deve estar
preparando aquela lança para nos empalar.
Mal terminei de falar e ele
entrou pela janela, nos matando de susto.
– LASCOU! - Lice berrou.
Instintivamente, me armei.
– Não chegue perto, eu tenho
uma... - olhei para minha mão e choraminguei. - Caneta e não tenho medo de
usar. - retiro o que eu disse, não me armei e sim me estrepei.
– É. A caneta dela é mais
poderosa que a sua espada. - e com essa citação, Alice se escondeu atrás de
mim.
Edward pegou lápis e papel na
escrivaninha, rabiscou e depois nos mostrou, sem se aproximar.
Explique tudo!
Estiquei bem o braço e também
peguei uma folha na escrivaninha. Rapidinho, escrevi e exibi:
Só finja que é meu namorado, por favor.
Ele balançou a cabeça, ranzinza.
Em seguida, escreveu:
Eu não minto!
– Qualé! Todo mundo mente. - indignei-me.
- Eu já devo ter mentido umas 50 vezes hoje. É normal.
O babaca escreveu em letras
grandes:
EU NUNCA MINTO!
– E agora, espertinha? - olhei
para Lice.
Ela tomou o papel de minhas mãos
e rabiscou:
Isso não é problema, você nem fala. Nós é que estamos mentindo.
– Sua doida, ele não vai topar
porcaria nenhuma. Não está nem aí para nós. - revirei os olhos.
– Edward deve querer alguma
coisa. Vamos suborná-lo, é só por algumas semanas. Todo mundo tem o seu preço.
Dá algo para ele.
– Dar? Não gostei de como isso
soou. Dê você!
Alice me deu um tapa.
– Aiiii! - esfreguei a bochecha.
– Concentra! Pergunte o que ele
quer!
Contrariada, escrevi:
O que você quer para nos ajudar?
Edward ficou olhando fixamente
para a folha e finalmente, respondeu:
Me deixem em paz.
Então, saiu pela janela tão
rápido quanto entrou.
– O que isso significa? - Alice
ficou confusa e eu também. - Ele vai nos ajudar se o deixarmos
em paz, ou pediu para não o incomodarmos?
– Eu não faço idéia. - enfiei a
cara no papel.
Logo que meus machucados
melhoraram, minha sócia e eu arrumamos a casa e os rapazes divertiram os
hóspedes com jogos aquáticos. A empresa que Jazz contratou chegou bem cedo e
montaram todo o esquema no jardim para a festança que começaria às 20:00h.
Todos - exceto eu - estavam empolgados, loucos para festejar a abertura das
férias até o sol raiar.
Passamos horas ralando e pensando
em várias maneiras de sustentar nossa desastrosa mentira, infelizmente nenhuma
podia ser aplicada sem a ajuda do cara da selva. Por fim, resolvemos pedir a
ajuda dos rapazes. Contamos tudo o que aconteceu e mais um pouco.
– Perguntinha. - Emm levantou a
mão. - Por que a Bella iria para o monte Everest? Ela não tem equilíbrio nem
para subir numa cadeira.
– Dá para se concentrar na parte
mais importante? - Lice esbravejou.
– Precisam convencer Edward a me
ajudar. Gente, eu não sei o que fazer! Se Brad descobrir a verdade vou embora
dessa casa, não aguento mais humilhações! - me joguei no sofá do escritório.
– Por que acha que Jasper
conseguirá convencê-lo? - perguntou meu irmão.
– Por favor, né? Você são
homens... ou projeto de homens. É mais fácil se entenderem. Façam amizade com o
esquisitão. Jazz, você me deve isso. Ao menos tente, pelo amor das suas calças
boca de sino.
– Relaxem, Jazz & Emm vão
resolver a parada. A gente consegue tudo! - meu irmão levantou-se, confiante. -
Cuidem dos hóspedes, nós vamos dar uma voltinha pela cidade com Edward.
– Levem um bloco de notas e
caneta, vão precisar. - alertei.
Narração - Jasper:
Já passavam das 15:00h quando
fomos buscar Edward no jardim. Ele estava deitado no gramado, embaixo da casa
da árvore.
– E aí, Ed, meu véi! Jazz quer
falar com você. - Emm me empurrou na direção da treta.
Amedrontado, escrevi:
Jasper não quer mais pegar no seu pênis.
O maluco sentou-se, me olhando
dos pés à cabeça.
– Convida logo ele. - Emmett me
apressou, por isso, escrevi:
Quer dar uma volta com a gente, mano?
Ele pensou um pouco, depois
confirmou com a cabeça. Com cautela, o levamos até o jipe de Emm, que estava
estacionado fora da casa. O fizemos sentar no banco de trás e eu me sentei na
frente, colocando um CD maneiro para tocar. Emmett deu a partida no seu carro e
chegamos rapidinho a uma das avenidas principais.
– Véi, você vai se divertir muito
hoje. Você curte filme pornô?
– É claro que não, seu idiota. -
Emm me interrompeu - Ele morava na selva com os macacos ou sei lá o que... Como
vai ter pornô no mato?
– Ah, é! - fiquei admirado. -
Cara, o que vamos mostrar vai mudar o mundo dele. - olhamos para Ed e nossa
gargalhada explodiu. - Precisamos dar um nome bacana para ele. Edward é muito
chato.
– É verdade.
– Tem que ser um nome irado,
selvagem. - sugeri.
– Que tal, Tarzed? Não, não. Soa
meio gay... Podíamos chamar só de T-zed.
– Show!
Logo escrevi:
Véi, teu nome agora é T-ZED!
Sem que eu esperasse, ele tomou o
bloco de notas da minha mão e bateu na minha cara com ele.
– Acho que o mano não gostou
muito. - Emm riu.
– Vou contornar a situação. - troquei
a faixa do CD do Guns N' Roses, e coloquei uma música especial para o T-zed. -
Cara, essa é pra você. É doideira! - coloquei no último volume e Emm pisou no
acelerador.
Chacoalhando a cabeça, cantamos
alto:
Welcome
to the jungle (Bem-vindo à selva)
We got
fun and games (Nós temos diversões e jogos)
We got
everything you want… (Nós
temos tudo o que você quiser...)
Olhei para trás e T-zed estava de
braços cruzados, fazendo uma caretona como quem diz: hã?
– Emm... - o cutuquei. - Você
acha que agora ele nos odeia ainda mais?
Meu amigo fitou o sujeito e
respondeu.
– Nããão. - ficou na dúvida. - De
qualquer forma, ele vai nos adorar depois da sessão de cinema. Continua
cantando.
Arrepiamos:
Welcome to the jungle (Bem-vindo
à selva)
It gets worse here everyday (Fica
pior a cada dia)
Ya learn to live like an animal (Você
aprende a viver como um animal)
In the
jungle where we play… (Na
selva em que jogamos...)
Minutos depois, T-zed e eu já
estávamos acomodados na sala do cinema pornô. O filme ainda não tinha começado
e esperávamos Emm voltar com os lanches. O filho do Dr. Cullen olhava para o
ambiente estudando-o e eu fiquei louco para saber o que se passava na cabeça
dele.
– Voltei. Já vai começar? -
Emmett, segurando três cervejas long neck e uma sacola de papel, sentou-se do
outro lado de Edward.
– O que você trouxe? - perguntei
no momento em que as luzes se apagaram.
– Calma aí, deixa eu abrir minha
cerveja.
Os créditos passaram rapidinho e
logo o pornozão começou, com uma cena “barra pesada”.
– Vai te catar, me dá logo esse
saco, Jasper tá com fome! - estendi o braço na frente de T-zed querendo pegar a
comida.
– Não faz isso, vai derramar
tudo. - Emmett me empurrou.
O empurrei também e ficamos
naquela disputa até T-zed usar seus braços para nos separar projetando a cabeça
para frente, com os olhos vidrados no filme. Foi nesse momento que percebemos o
quanto ele estava chocado.
– Nossa, olha a cara dele. Jasper
nunca viu nada igual. - murmurei.
– Saca só as expressões faciais
que ele está fazendo. São muito loucas, véi. - meu amigo tinha razão. O cara da
selva hora parecia aturdido, hora curioso e também bestificado. Em alguns
momentos, parecia até amedrontado.
Por um bom tempo, esquecemos de
tudo e ficamos só observando-o, totalmente alheios ao filme.
– Tínhamos que ter gravado isso.
- balbuciei perplexo. - É como ver o homem pisar na lua.
– Como é possível um cara de, sei
lá... 22 ou 23 anos nunca ter visto pessoas fazendo sexo? - para nós, aquilo
realmente parecia anormal.
– Vamos deixá-lo curtir em paz. O
que trouxe para comermos? Já deve estar frio.
– Salsichões no espeto e, como
Bella falou que T-zed é vegetariano, trouxe um pepino para ele.
Passei as mãos no rosto, querendo
voar no pescoço de Emmett.
– Seu idiota, olha onde nós
estamos! Só tem homem aqui, o que vamos parecer segurando salsichões e pepino?
– Se continuar falando comigo
nesse tom, vou esfregar esses salsichões na sua cara.
Irado, peguei a comida e a joguei
longe.
– Aquilo foi caro! - o mané se
irritou.
– Quem. Foi. O defunto. Que.
Jogou. Salsichão. Em. Mim? - um homem que estava sentado atrás de nós,
levantou-se lentamente. Ao vermos que ele era um gigante musculoso, afundamos
nas poltronas e simultaneamente apontamos para Edward.
Sem mais perguntas, o gigante
socou a parte de trás da cabeça do T-zed. O impacto o fez bater a testa no
acento da frente. Emmett e eu nos encolhemos ainda mais, quase borrando as
calças.
O selvagem ficou de pé, chacoalhando
a cabeça e encarou seu agressor.
Continua...
Gente... coitado do Edward, só
aprontam com ele. Ele deve achar que os selvagens são os malucos com quem ele
tem que morar. Primeiro a louca da Alice inventa que ele é namorado da Bella,
depois os lunáticos Jasper e Emm levam o pobre pra assistir filme pornô, e no
final ele ainda apanha sem saber por que. Será que ele levou a faca e vai
partir pra cima do grandalhão? Ainda estou rindo imaginando a cara dele vendo o
filme. Amanhã tem mais. Beijos.
Kkkkkkkk nossa adorei morri em 3 2 1... De rir!! Adorooooooo Avril!! Eles aprontaram com o coitado do Ed ne!! no minimo ele vai brigar com o grandao no cinema se ele tiver levado a face vai da merda! Adorei! te amanha beijusculo
ReplyDeletekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Coitado do Edward! Até apelido colocaram no bixinho kkkkkk ñ faz nada e paga o pato em tudo!! rsrs
ReplyDeleteO q será q ele vai fazer com o grandalhão do cinema?? #medooo D: kkkkkkk
~~Raxei de rir viu kkk
Beijoos
~~tbm adoooooro Avril *-*
KKKKK PASSANDO MAL DE RIR!!!!! MINHA FILHA DE 2 ANOS ESTA ME OLHANDO COMO SE E FOSSE LOUCA!!!!!!
ReplyDeleteNunca li algo tão engraço.... Já conheço a história, mas continuo achando tão hilária quanto da 1 vez que a li....
ReplyDeleteMuito boa!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK SEM PALAVRAS NAO AGUENTO DE TANTO RIRRRRR KKKKKKKKKKK...
ReplyDeletejacó! kkkkkkkkkk ed bichinho kkkkkkkkkkkkkkkkk amei!
ReplyDelete