Boa tarde galera! Segundo capítulo chegando e
vamos descobrir se o que a Kris viu foi uma alucinação ou se tudo não passou de
um sonho...
Título: Whitout You
Autora(o): Juliana Dantas
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Robsten
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Without You
By Juliana Dantas
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 2
Eu acordei
desorientada.
Abri os olhos e o
lugar estava numa semi escuridão.
Por um momento eu não
soube precisar onde eu estava.
E então eu me lembrei.
Rob!
Eu me sentei, olhando
em volta, procurando por ele.
Mas o quarto estava
vazio.
Será que eu sonhara
com aquele encontro?
Muito provavelmente,
já que Rob estava morto há três anos.
Eu esperei pela
pontada de dor que sempre acompanhava este pensamento, mas estranhamente ela
não veio.
Em algum lugar dentro
da minha mente confusa eu sabia que não fora um sonho.
Por mais doido que
parecesse, eu tinha mesmo me encontrado com Rob numa estrada deserta da
Irlanda.
Um novo sentimento me
tomou, uma urgência de encontrá-lo novamente. De respirar o mesmo ar que ele.
De tê-lo ao alcance de minhas mãos.
Sem pensar muito no
absurdo daquela situação, eu me levantei e abri a porta, andando pelo corredor
vazio, sem rumo. Sentia uma leve tontura, um frio na espinha.
Eu ouvia apenas meus
pés descalços sobre o chão e meu coração batendo de um jeito ensurdecedor
contra as costelas.
Mal prestava atenção
ao meu redor, apenas precisava encontrá-lo. Pra ter certeza que não estava
enlouquecendo.
E então, lá estava
ele.
Um sol pálido de fim
de tarde invadia o cômodo, que eu reconheci como uma cozinha.
Ele estava de costas
pra mim, mas se virou assim que ouviu meus passos.
Eu parei, incapaz de
me mexer.
Sim. Rob estava na
minha frente. Um pouco diferente, com a barba crescida, mas ainda assim meu
namorado morto. Ou morto até aquele dia.
Por um instante sem
fim, nenhum dos dois se mexeu. Mil coisas passavam pela minha cabeça ao mesmo
tempo. Mas eu não conseguia me concentrar em nenhuma.
As perguntas não ditas
correndo pela minha mente confusa. Era demais, simplesmente demais.
-Vai desmaiar de novo?
– ele quebrou o silêncio. E de novo eu quase tive um sobressalto ao ouvir sua
voz. Tão como eu me lembrava… era quase doloroso.
Eu fechei os olhos,
sentindo mesmo uma tontura. Mas era porque eu não estava respirando.
Aspirei o ar e soltei
devagar. Neste ínfimo segundo, eu me perguntei se Rob desapareceria feito
fumaça, mas quando abri os olhos, ele continuava ali.
-Estou sonhando? –
consegui murmurar.
Eu podia jurar que seu
olhar, apesar de grave, era quase divertido.
-Não.
Certo. A opção do
sonho estava descartada.
-Por acaso você é
algum tipo de fantasma, espírito, ou algo do tipo?
Desta vez não foi
impressão minha o olhar divertido.
-Como Ghost?
Eu quase ri, lembrando
deste filme. Tentando me imaginar em alguma cena parecida.
Não, não dava.
-Você… como isto é possível?
Como você pode estar aqui na minha frente? Vivo! Eu… eu fui ao seu enterro! –
eu dizia cheia de angústia.
Agora não havia nada
de divertido em seu rosto.
-Você não foi ao meu
enterro
Oh. Sim, claro que eu
não fui.
Ele fora enterrado na
Inglaterra.
E a Summit havia me
aconselhado, ou coagido, a não ir.
E eu não pisara mais
lá depois porque eu mesma não queria.
Fora apenas uma
maneira de dizer…
Mas que se danasse.
Ele estava bem ali,
respirando na minha frente. Há poucos minutos estava até se divertindo com a
minha confusão.
Claro que ele podia
ser tudo, menos um morto!
De repente eu queria,
precisava entender.
-Você não esta morto.
– era uma afirmação cheio de acusações.
Ele respirou fundo.
-Não.
Não havia flexão em
sua voz.
-Seu carro bateu.
Queimou. Não restou nada. – eu tentava organizar meus pensamentos – Você estava
morto. Seu corpo foi encontrado carbonizado... – eu falava aquelas palavras e
tudo voltava, a dor e o inferno que fora na época – você estava morto! – agora
eu estava começando a ficar histérica – Você foi enterrado! Como é que você
ainda está aqui na minha frente?!
Um silêncio recaiu
sobre nós depois da minha explosão.
Minha mente ainda era
um poço de confusão.
Deus. Rob estava vivo.
Ele não morrera.
Isto era óbvio, embora
parecesse bem bizarro ainda.
Minha tontura piorou e
comecei a sentir dificuldade de respirar.
A cozinha estava
rodando.
Em um segundo, ele estava
do meu lado, os dedos segurando meu braço e uma cadeira apareceu embaixo de
mim.
Minha cabeça foi
colocada entre meus joelhos e eu só lutava para não perder os sentidos.
-Respira. – ouvi sua
voz tensa acima de mim.
Respirei lentamente e
fui voltando ao normal. Levantei a cabeça e ele estava ainda próximo e segurava
um copo a minha frente.
-Está melhor? –
indagou.
Apenas sacudi a cabeça
afirmativamente.
-Tome isto.
Peguei e nossos dedos
se roçaram.
Os meus, gelados e os
dele, quentes.
Eu o encarei,
segurando o copo, mas sem tomar nenhum gole do que havia ali.
-Você esteve este
tempo inteiro aqui? – indaguei, tentando entender.
Ele não respondeu.
-Você... – minha voz
se alquebrou – você forjou a própria morte? – finalmente a pergunta crucial
saiu.
E eu sabia a resposta.
Era a única possível.
Por um momento ele
permaneceu em silêncio, encarando algo além de mim.
E quando voltou a me
fitar. Eu tive medo do seu olhar.
Era vazio.
-Sim. – respondeu por
fim.
Olhei para minhas mãos
segurando o copo.
E foi quando percebi
que tudo o que eu acreditara em três anos fora uma farsa.
Todo o meu sofrimento.
Tudo.
Mentiras.
Minha memória voltou
há três anos. Stephanie na minha sala, chorando e me contando sobre o acidente.
O dor que eu senti e
que durou tanto tempo que achei que jamais ia passar.
E de certa forma
jamais passou mesmo.
Ela apenas se
cristalizou dentro de mim.
Eu continuei vivendo,
trabalhando, respirando.
E ela sempre esteve
ali comigo, em algum lugar escondida dentro de mim.
A dor da perda.
Sim. Houve uma perda.
Mas não fora para a morte.
Algo foi crescendo
dentro de mim.
Revolta.
Meus dedos seguravam
com tanta força o copo, que de repente ele se estilhaçou em minhas mãos,
mandando mil pedaços de vidro para o chão.
Eu me levantei,
ignorando, fitando-o enfurecida, revoltada. Traída.
-Por quê? Eu o
encarava com os sentimentos transbordando sem controle dentro de mim.
-Porque fez isto?
Porque fingiu que estava morto? Por que… – eu nem conseguia mais falar, as
palavras saíram atropeladas de dentro de mim.
-Você se cortou. – ele
falou por cima da minha fúria, mas eu mal ouvia.
Eu ia pra cima dele, o
olhar cheio de acusações.
-Eu não consigo
entender! Você estava morto! Foram três anos! Porque faria uma coisa destas?
Isto é… doentio! E… bizarro demais!
-Kristen… você está
machucada.
Eu sentia uma leve dor
na minha mão e ao olhá-la vi um corte, de onde pingava sangue.
Mas eu não me
importava com aquilo.
-Foda-se! – gritei e
percebi que ele tentava pegar minha mão e o empurrei.
-Você esta descalça,
pare com isto!
-Eu não vou parar
enquanto não me explicar porque diabos forjou a própria morte!
Mas ele não me ouvia e
suas mãos agora seguraram meus ombros, eu o empurrei.
-Não põe a mão em mim!
Eu quero que me conte a verdade! – mas ele conseguiu me segurar e eu me vi
suspensa no ar, apesar dos meus protestos, e pontapés e tapas.
-Me solta… me põe no
chão! – mas ele não me soltou até que estivéssemos do outro lado da cozinha e
então ele me largou.
Eu o encarei,
resfolegante da luta e enraivecida.
Meus olhos estavam
cheios de lágrimas não derramadas e um nó duro apertava minha garganta.
Eu queria arranhá-lo.
Queria… matá-lo!
-Por quê? – indaguei
de novo, com a voz fraca e cansada.
Deus. Como ele pudera
fazer aquilo comigo?
Como era possível que
estivéssemos naquela situação horrível?
Depois de três anos
tentando aceitar sua morte, não era justo que Rob estivesse vivo.
Ele aproveitou minha
fraqueza e segurou minha mão, levando para debaixo de uma torneira aberta.
Senti a dor no corte
quando entrou em contato com a água.
Mas era bom. Dor
física.
Amortecia a dor dentro
de mim.
Meu olhar estava
baixo, enquanto lágrimas quentes varriam finalmente meu rosto.
-Kris... – ele chamou
meu nome e desta vez foi com o mesmo tom que ele usava antes… de morrer pra
mim. Era como voltar no tempo.
Uma dor aguda
traspassou meu peito.
Eu não o encarei.
Continuei com os olhos baixos, chorando.
-Kristen, olha pra mim.
– falou firmemente – Sua mão está doendo?
Oh Deus, como se isto
tivesse alguma importância!
Eu o encarei desta
vez.
-Ah claro. Vamos falar
do corte da minha mão e não por que diabos eu estou na frente do cara que
morreu há três anos e que de repente aparece na minha frente do nada e surpresa...
Ele estava muito vivo! – despejei cheia de ironia e amargor.
Ele ficou em silêncio.
-Eu preciso entender...
– minha voz era só um sussurro – preciso saber por quê…?
Rob respirou fundo.
-Você não quer saber.
Eu puxei a mão.
-Ah não?! Sabe o que
eu senti quando te reconheci lá na estrada? Eu achei que tivesse vendo um
fantasma! Ou que tivesse enlouquecido!
Ele passou a mão pelos
cabelos.
-Não era para você
estar aqui. Não era… para você saber…
-Que estava vivo? –
completei – Que não morreu? Deus… Talvez eu esteja mesmo louca, porque é tão
difícil isto! – cobri o rosto com as mãos
-Eu sinto muito.
-Sente? Sente? Eu
duvido muito! – fitei-o soluçando.
Nem sabia o que sentia
mais.
Eu estava realmente
mal. Fisicamente.
-Talvez eu desmaie de
novo… talvez eu não aguente isto… – murmurei lutando para respirar.
-Precisa se acalmar. –
sua voz era preocupada.
-Eu preciso acordar,
porque acho que tô num pesadelo… pesadelo…
Ele se afastou e pegou
outro copo colocando em minhas mãos.
-Toma isto.
-Não.
Mas ele já estava me
forçando. Não era água, mas eu não sabia bem o que era.
Ele me segurou de novo
depois e agora eu estava muito fora de mim pra impedir, quando me pegou no
colo.
Eu apenas deixei que
ele me levasse sei lá pra onde, a cabeça tombada sobre seu peito.
E eu me permiti
aspirar o cheiro que vinha dele. E era exatamente como eu me lembrava e isto
acabou comigo ainda mais.
Me sentia como se
estivesse drogada.
-Acho que tô chapada…
– murmurei e ele riu.
Eu fechei os olhos, a
risada única dele entrando.
Continua...
Como assim forjou a própria
morte? O que poderia levar o Rob a um extremo desses. Fazer as pessoas que o
amavam sofre com sua morte dessa forma. Imagino a confusão que está passando
pela cabeça e pelo coração da Kristen. Vamos ver as amanhã ele dá alguma
resposta pra ela. Beijos.
OMG! Ju que fanfic arrasou, parabéns fofa. É muito emocionante... Você tem muita criatividade de fazer Rob forja uma morte, ou seja a morte dele. E a pergunta que todos fazem por que? Ele tinha tudo estava no auge da fama...
ReplyDeletePois é Thays, ninguém consegue entender o que o levou a recorrer a essa loucura... mas só ele pode explicar o que aconteceu. Vamos esperar que ele conte logo pra Kris.
DeleteBeijos.
ah moms esta muito curtinho esses cap hein!! Adorei fiquei intrigado com isso pq ele forjou a propria morte deve ser uma muito grave ne. beijusculo ate amanha!!
ReplyDeleteAh Nessie, desculpe querida, mas os capítulos estão de acordo como foram escritos pela Juliana, mas acredito não serão todos assim não...
Deletetalvez os próximos já estejam maiores um pouco.
E sim, estamos todas intrigadas com essa situação toda. Tomara que ele esclareça tudo logo.
Beijos.
OMG essa fic vai ser demais
ReplyDeleteEspero mesmo que você goste muito Paulinha (minha xará).
DeleteBeijos.
Como assim forjar a própria morte??? Ficou louco? Deve ter um motivo muuito grave pra isso... E a Kristen gente? Depois de anos derrotada pela falta dele, agora encontra ele vivinho! Deve ta arrasada!!! :'O Quero saber logo o que ele vai dizer pra ela!
ReplyDeleteTo adorando a fic, demais! :D
beijoos
Que bom que você está conseguindo acompanhar e está gostando da fic Endy. Todas nós estamos curiosíssimas para saber o que levou o Rob a uma atitude tão louca como essa e é claro, morrendo de pena da Kris por estar passando por essa situação.
DeleteBeijos.
Não encontrei o Capítulo 1 ,, e comecei a ler a partir do capítulo 2 mesmo... mas está incrível a fic .. Como sempre a Juliana Dantas arrasa em todas as fic's que ela faz .. amo as historias dela .. e to amando essa tambem .. Parabéns de vdd Juh ... continue assim ..
ReplyDeletePorq???
ReplyDeleteO aconteceu pra ele fazer isso???