Olá amores! A cada dia Kristen descobre um
novo e surpreendente acontecimento na vida-morte de Rob...
Título: Whitout You
Autora(o): Juliana Dantas
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Robsten
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Without You
By Juliana Dantas
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 5
Fiquei deitada ainda
por algum tempo, pensando em como evitá-lo ainda mais.
Mas depois me dei
conta de que de nada adiantaria. Eu estava presa ali. A chuva havia recomeçado,
o que queria dizer que ainda não podia ir embora.
Desanimada eu me
levantei e abri a porta do quarto.
Caminhei pelo corredor
e me surpreendi ao ouvi ruma música. Violão.
Alguém estava tocando
violão. E só podia ser uma pessoa.
Eu parei por um
instante, sentindo toda uma enxurrada de lembrança que eu evitara até ali, me
traspassar.
Música tinha este
efeito sobre mim. Acho que sobre todas as pessoas.
Mas eu lutei contra
aquela perigosa onda de nostalgia que envolvia eu, Rob, um violão e tantas
coisas que eu fazia questão de não pensar nunca. Ainda mais agora.
E continuei no
caminho.
Rob estava sentado num
sofá, compenetrado enquanto tocava e levantou a cabeça ao ouvir meus passos,
parando de tocar.
-Você está bem? – ele
parecia receoso, distante.
E eu sabia que era uma
distância proposital.
Eu também poderia
fazer aquilo.
-Estou sim.
-Suas costas…
-Não estão doendo. Sua
pomada… acho que resolveu.
-Que bom.
Ficamos num silêncio
meio constrangido até que eu dei um passo a frente, apontando para o violão.
-Ainda toca.
Ele deu um risinho.
-Pois é, um morto que
toca.
Eu me sentei. Em outro
sofá. Bem longe dele.
-Você é um morto que
faz muitas coisas.
-Acho que podemos
colocar assim.
Eu olhei através dele,
para a janela aberta. A chuva caia fracamente.
Encostei a cabeça no
sofá, desanimada enquanto Rob continuou tocando.
Não era uma música
conhecida pra mim. Mas era boa.
Eu tinha me esquecido
como gostava de vê-lo tocar. Podíamos ficar horas assim, apenas ao som da sua
música.
Eu parei de repente,
irritada com o rumo dos meus pensamentos.
Não. Não podia começar
a relembrar aquele tempo.
Era proibido.
Tamborilei os dedos no
joelho, mordendo os lábios.
Procurando algum
assunto neutro na minha mente, tudo para evitar que ela fosse para caminhos
perigosos.
-Então… – comecei – o
que você fez nestes três anos?
Ele me fitou sem parar
de tocar, mas não falou nada.
-Como um cara morto…
Acho que você não devia ficar andando por aí…
Certo, não era um
assunto nada neutro, mas havia uma parte de mim que tinha uma curiosidade
mórbida de saber o que ele fizera naqueles três anos.
-Claro que eu ando por
aí.
-Como ninguém te
reconhece? E nem vem me dizer que esta sua barba aí te faz ficar
irreconhecível. Isto só acontece em filmes da TV!
Ele riu.
-Você não imagina como
nos tornamos incógnitos quando morremos. Você não espera ver alguém que sabe
que está morto andando por aí.
-Mesmo sendo famoso? –
indaguei incrédula.
-Claro que tem que se
tomar certas precauções. Viver aqui por exemplo.
-Neste lugar a esmo?
-Sim.
-E você fica aqui
sozinho, sem nunca ver ninguém?
-Eu não disse que não
vejo ninguém.
-Você tem, sei lá,
amigos?
Ele não respondeu por
um instante.
-Amigos é uma palavra
relativa.
O que ele queria dizer
com aquilo?
-Então você disse que
viaja às vezes? E nestas viagens, ninguém te reconhece?
-Não.
-Isto é… muito
estranho.
-A vida é estranha.
-E o que você faz no
resto do tempo?
Ele deu de ombros e
não respondeu.
Parecia perdido nos
seus próprios pensamentos.
De repente uma
pergunta martelou na minha cabeça.
Minha língua coçou
para ir mais além. Ignorando o sinal de alerta dentro da minha cabeça, seguida
de um medo estranho na boca do estômago.
Eu queria perguntar se
ele se envolvera com alguém. Ou vários alguéns.
Mas me contive, me
levantando de um pulo.
-Acho que parou de
chover, vou dar uma volta.
Ele parou de tocar.
-Acho que ainda está
chovendo.
-Não, é bem pouco. –
eu coloquei o capuz.
Rob fez que ia me
seguir.
-Vou com você.
Eu lancei-lhe um olhar
mortal e ele parou.
-Não quero que me
siga, entendeu? Não sei se percebeu, mas eu pretendo ficar o mais longe
possível de você!
Ele recuou, como se
minhas palavras o tivessem atingido fisicamente e respirou fundo, derrotado;
-Ok, faça como quiser,
– falou friamente – mas fique longe das pedras.
Eu ignorei seu
comentário e dei meia volta, saindo para a chuva fina.
Andei sem rumo,
evitando as pedras. Não porque ele pedira, mas porque ainda podia sentir minhas
costas levemente doloridas do tombo.
Tentei limpar minha
mente, voltar ao equilíbrio.
Mas era tão difícil!
Cada vez mais eu me sentia mais fraca contra meus pensamentos.
Pensamentos que
envolvia Rob e um passado distante.
Se ao menos a maldita
chuva parasse!
Mas as nuvens
continuavam baixas e escuras.
Irritada, eu dei meia
volta e caminhei para a casa.
Ao entrar, Rob não
estava mais na sala. Vi o violão num canto e já ia passando para me esconder no
quarto antes que ele aparecesse, quando vi umas folhas no sofá. Curiosa, eu me
aproximei e peguei.
Mas antes que
começasse a ler, Rob apareceu.
-Parece que não caiu
desta vez.
Eu larguei as folhas
no sofá, vermelha.
-Não, não caí.
Rob aproximou-se e
pegou as folhas e guardando-as numa gaveta.
Era impressão minha ou
ele estava escondendo-as de mim?
-Está com fome?
Eu sacudi a cabeça
afirmativamente. Estava mesmo faminta.
-Então venha comer.
-Eu vou subir pra
trocar de roupa.
Minhas roupas estavam
úmidas da chuva.
-Podia ter pego uma
capa de chuva.
Eu dei de ombros, me
afastando.
-Tanto faz.
Ao chegar ao quarto,
tirei as roupas molhadas e revirei minha mala.
Meu olhar recaiu sobre
um guarda roupa grande que havia ali e eu mordi os lábios, de novo a
curiosidade me dominando.
Eu levantei e abri a
porta do armário, havia roupas masculinas ali. Roupas de Rob.
Claro, aquele era o
quarto dele, só havia um quarto na casa, pelo o que eu percebera.
E eu tive que rir
sozinha ao reparar que algumas peças ali eram antigas, da época e que estávamos
juntos. Rob e suas roupas velhas.
De novo aquela
sensação na boca do estômago. Droga.
Não devia estar
fuçando em suas coisas, repreendi a mim mesma e já ia fechando a porta, quando
reparei em algo colorido lá dentro.
Olhei mais de perto,
puxando o tecido.
Não era uma roupa do
Rob.
Era, definitivamente,
uma roupa feminina.
Era um vestido.
Por um momento eu não
fui capaz de me mexer, e ainda me surpreendi com a dor aguda e insistente no
meu peito, quase me impedindo de respirar.
Claro. Só havia um
motivo para ter uma roupa feminina perdida por ali. Porque havia, ou ao menos
houvera, uma mulher por ali também.
Naquela casa. Naquele
quarto.
No quarto do Rob.
Eu soltei o ar
lentamente, minhas mãos trêmulas jogaram a roupa dentro do guarda roupa como se
queimasse meus dedos e bati a porta em seguida.
Voltei para minha mala
e coloquei qualquer roupa, ignorando o nó na minha garganta, a ardência em meus
olhos.
Me olhei no espelho
antes de descer. Meus cabelos estavam desalinhados sobre a minha pele
excessivamente pálida. Passei os dedos rapidamente, desfazendo os nós com fúria
e então parei, respirando fundo várias vezes.
Era ridículo.
O que eu esperava?
O que poderia ser pior
que toda a mentira que ele inventara? Claro que ele tinha uma outra vida.
Como eu tinha também.
Sentir aquela dor era
totalmente sem propósito.
Me obrigando a ficar
mais calma, abri a porta e fui para cozinha.
Ele estava lá, com a
mesa pronta, me esperando.
Eu me sentei,
começando a comer. Mas a comida parecia terra na minha boca.
Mesmo assim eu fingi,
sabendo que talvez nada ficasse no meu estômago depois.
Até que desisti e me
levantei, ainda em silêncio.
Dei dois passos, mas
então não aguentei mais e me virei.
-De quem é o vestido
no seu armário?
Ele franziu a testa,
como se não entendesse a minha pergunta.
-Vestido?
-Sim, um vestido, uma
roupa feminina.
-Oh... – Então ele
entendeu – estava fuçando no meu armário?
Droga. Eu fiquei
vermelha. Agora ele ia pensar que eu tinha algum interesse em mexer nas suas
coisas.
Dei de ombros.
-Olha, esquece. Eu não
deveria ter feito isto, foi… sei lá. Um impulso! E também não deveria estar te
perguntando de quem é aquele vestido. Não é da minha conta.
Eu dei meia volta para
sair dali.
-É de Lizzy.
Eu me virei.
-O quê?
-O vestido. E da minha
irmã Lizzy.
Por um momento, o alívio
foi tanto que eu não me atentei ao verdadeiro significado de suas palavras. O
vestido era da sua irmã. Isto significava que ela estivera ali.
Eu empalideci.
-Lizzy sabia?
Ele agora estava em pé
na minha frente e parecia muito contrafeito.
-Sim.
-Sua família... seus
pais… eles sabiam? – murmurei horrorizada.
-Sim.
Eu fechei os olhos,
sentindo o horror de sua afirmação.
E quando abri, vi tudo
vermelho.
-Este tempo inteiro… todos
sabiam? – perguntei mal contendo a fúria.
-Somente minha família
sabia.
Oh Deus. Oh Deus.
A família dele sabia.
Enquanto eu sofria, todo mundo sabia.
Menos eu.
E eu achava que não
pudesse haver coisa pior. Eu estava enganada de novo.
-Só eu fui enganada...
– murmurei quase sem ar – oh meu Deus, Rob… Como pode?
Ele passou a mão pelos
cabelos, dando um passo na minha direção.
-Kristen, eu sinto
muito, eu…
-Pára, – levantei a
mão – pára.
Eu me afastei quase
correndo para o quarto, batendo a porta atrás de mim e desabando sobre a cama.
As lágrimas que eu
segurara até agora romperam em soluços no meu peito.
Naquele momento eu me
sentia menos que nada.
E eu realmente não fora
nada. Não pra Rob.
Ele me descartara pura
e simplesmente.
Eu me levantei ainda
chorando e comecei a arrumar minha mala de qualquer jeito. Não dava mais pra eu
ficar ali.
Já fora o bastante.
Não sabia como eu ia
sair dali, mas eu tinha que partir.
De repente a porta se
abriu e Rob estava na minha frente.
Eu não levantei o
olhar.
-Kristen, onde pensa
que vai?
-Embora daqui.
-Não tem como.
-Não interessa.
Com poucas passadas,
ele se aproximou e tirou a mochila da minha mão.
-Não vai a lugar
algum, precisa me ouvir!
-Eu preciso ficar
longe de você! – gritei.
-Eu sei! – ele gritou
e eu finalmente o fitei. Ele parecia tão descontrolado quanto eu. – Acha que eu
estou aqui por quê?! Por que você precisa ficar longe! Não era pra você estar
aqui.
-Claro que não! Você
armou esta sua morte bizarra e contou pra sua família e enquanto me deixou
sozinha e sofrendo, acreditando que estava realmente morto! Suas roupas velhas
tiveram direito a mais consideração! – eu comecei a soluçar ainda mais – Sabe o
quanto eu sofri por você? O quanto me custou esquecer e seguir em frente? Meu Deus,
sabe quão monstruoso isto é? Como pode fazer isto comigo, eu te amava!
-Amava tanto que não
esperou nem um mês pra voltar para o Michael!
Eu dei um passo atrás,
surpresa com suas palavras cheias de rancor.
Do que ele estava
falando?
-O quê? Como… – eu
tentei passar pela névoa em que estavam envoltas minhas lembranças daqueles
dias terríveis após sua suposta morte. E sim, Michael estava lá – como sabe do
Michael? Como sabe disto? Sua família contou? Eles passavam relatórios sobre
mim pra você? – acusei.
-Não. Eu nunca quis
saber nada sobre sua vida.
Eu ignorei mais aquele
soco.
-Como sabe disto
então? Disse que nunca quis saber nada de mim?
-Eu vi.
-O quê?
-Eu os vi, em Los
Angeles. Um mês depois.
-Como… você esteve em
Los Angeles?
-Sim, eu voltei.
Voltei por você.
Continua...
Ah Senhor. Cada capítulo
é um suplício pra se ler... já estou chorando de novo. Como assim ele voltou por ela e a encontrou
com o Michael? Será que ela reatou com ele quando ficou sozinha? Será que o
desespero dela foi tanto que resolveu voltar pro ex para tentar esquecer o Rob?
Sei não... vamos ver a explicação dela para isso amanhã. Beijos.
oii please ne!! nossa ce ta querendo me matar cada cap e uma facada na alma ja estou arrancando os cabelos de curiosidades dessa historia do Michael sera q e verdade?!!! ate amanha twikiss
ReplyDeleteAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, Meu Deus! Essa fic é demais, doida que chegue amanhã... e tava demorando pra Michael aparecer na história, mas no fim eu acho que a Kris vai fingir uma morte pra poder acompanhar o Rob.
ReplyDeleteOH. MY. GOD! ELE TINHA VOLTADO! VOLTADO PRA ELA!! OMG!! POR ISSO ELE TAVA TÃO ESTRANHO COM ELA, EU SABIA Q ELE Ñ IA EMBORA E IA DEIXAR ELA! ELE VOLTOU E VIU ELA COM O ORÉGANO! MAS SERÁ Q ELA TAVA COM ELE MESMO? ACHO Q NÃO HEIN... ELA Ñ IA SE RECUPERAR ASSIM TÃO RÁPIDO E VOLTAR PRO OUTRO, ACHO Q FOI SÓ UM OMBRO AMIGO! GEEEEENTE, EU CHOREI NESSE "EU VOLTEI POR VC" ...
ReplyDeleteESSA FIC É DEMAIS, SÉRIO! Ñ DA PRA FICAR ESPERANDO O PROX CAP! EU QUERO LOGOOO! AAAAH !!
BEIJOOS
me empolguei no caps... kkkkk
ReplyDeleteEle voltou pra ficar com ela...mas quis morrer pra sumir dela e dos holofotes!! Meio contraditório.
ReplyDeleteMas lindo!!
Ahhhhhh, to com vontade de gritar!
Até amanha!
Ai meu Deusssssssssssssssssssss!!!!!!!!!!
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