Bandoleiros
By Juliana Dantas
Título: Bandoleiros
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama, aventura, lemon, universo alternativo
Censura: NC-18
Avisos: Sexo
Atenção: Este conteúdo foi
classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou
ciente, quero continuar!"
Capítulo 34
Bella arregalou os olhos, não acreditando no que tinha
ouvido
–O que disse? – indagou num fio e voz
–A senhora esta grávida
–Não pode ser! – gritou, um medo terrível se apossando de seu corpo
–Tenho muitos anos de experiência e não há dúvida.
Não podia ser. Ela não podia esta grávida.
Mas é claro que podia. Tinha dormido com Edward naquela festa não tinha?
Bella fechou os olhos com força, o coração batendo descompassado no peito.
A realidade adentrando pouco a pouco em sua mente.
Estava grávida.
Ainda não conseguia pensar racionalmente. Aquilo mudava tudo.
–Talvez queira que eu chame o duque e... – o homem não conseguiu prosseguir
pois Bella segurou em seu braço o encarando apavorada
–Por favor, não conte ao duque
–mas, milady...
–O senhor não entende... – Bella soltou o homem torcendo as mãos, nervosa.
Ainda não sabia o que ia fazer, mas com certeza não podia contar a Edward
Tentando pensar racionalmente, ela largou o braço do homem e tentou sorrir
–Eu mesma quero contar a ele, o senhor entende não é?
–Claro que sim. – o homem pareceu compreender
–Obrigada – Bella respirou aliviada
O médico saiu do quarto e Edward entrou
–Você esta bem? – ele indagou comedido
–Sim, estou
–O médico disse que sua indisposição é normal. O que ele quis dizer com isto?
Bella deu de ombros
–Nada. Apenas que eu não comi o dia todo e desmaiei.
–Por que ia fugir Bella? – perguntou com uma voz cansada
Bella mordeu os lábios. Como responder aquela pergunta? Com certeza não podia
dizer que recebera uma carta de Jacob e que ia reencontrar os amigos.
E muito menos que estava numa enrascada envolvendo o Barão de Wessex
–Sabe que este casamento é um erro, Edward – disse. E não fugia na verdade
Ele a encarou
–Você sabe por que nos casamos. Não havia saída. Nem pra você e nem pra mim
–O Barão não pode nada contra você não é?
–Legalmente não. A não ser que prove que não cumpri com os termos do testamento
–e quando você vai terminar com isto?
–Logo; Eu ia te falar antes de você desaparecer, que
vamos viajar.
–Pra onde?
–Para o campo. Vamos visitar Alice. Pelo menos esta sua indisposição serviu
para trazê-la de volta
–Claro, assim você não perde para o barão!
–Sim, por que mais seria?
Bella virou o rosto para esconder a expressão desolada que não conseguiu evitar
Respirou fundo e quando o fitou novamente, estava sob controle das emoções
–Bella... – ele aproximou-se
–Não, Edward. Não vamos fingir que eu estou aqui por outro motivo além deste
não é? - mudou deliberadamente de assunto - Quando partimos?
–Amanhã cedo
–Òtimo, agora por favor, me deixe sozinha
–Para você tentar fugir?
–Com certeza deve estar cheio de guardas por aí para me impedir
Por um instante, Bella achou que ele não fosse sair dali, mas Edward apenas
concordou com a cabeça sem mais uma palavra e saiu do quarto
Edward caminhou até seu escritório sentindo-se preocupado
Por que sentia que havia algo errado com Bella? Ela estava pálida e os olhos
irrequietos.
Edward sufocou o sentimento de culpa. O que poderia fazer? Aquele não era um
casamento normal. Estava ali apenas por que ele precisava resolver a situação
com o Barão.
Então porque sentia aquele peso no peito?
Ao descer viu que os irmãos que trouxeram Bella ainda estavam por lá.
–Ela esta bem? – indagou a moça
–Sim, está. Qual seu nome?
–Leah
–Leah, muito obrigada, se tiver algo que eu possa fazer por você...
–Não, eu não preciso de nada
Seth cutucou a irmã
–Na verdade ela esta procurando um emprego
–Seth! – Leah exclamou irritada
–Mas é verdade, mamãe quer que você.... você sabe.
Edward encarou Leah
–Nós sempre estamos precisando de criados. Se você quiser pode trabalhar aqui.
Leah engoliu a recusa ao pensar que talvez esta fosse sua única boa
oportunidade no momento. Não era mais Lúcio, mas ainda podia ajudar o duque.
Sorriu educada
–Muito obrigada, senhor. Eu aceito
–Muito bem. Esteja aqui amanhã cedo. Vamos viajar para Kent e quero que nos
acompanhe.
–Tudo bem. Será que eu posso... ver a duquesa?
–Claro
Leah subiu as escadas e bateu na porta, entrando em seguida
Bella parecia meio pálida e tinha os olhos vermelhos. Estaria chorando?
E também não parecia muito satisfeita em ser incomodada. Se Leah não soubesse
quem ela era de verdade, uma bandoleira, teria saído correndo.
–Quem é você?
–Fui eu que... a encontrei
–Ah... agora entendi. Muito obrigada por me trazer – Bella falou irônica
Leah aproximou-se
–A senhora esta bem?
–Eu ficarei... espero – falou amarga
–Sei que não é da minha conta mas... o que estava fazendo no centro de Londres
vestida de empregada?
–Tem razão, não é da sua conta – Bella respondeu mordaz
–Me desculpa. Mas é que... a impressão que tive era que estava... fugindo.
–Talvez estivesse. Mas agora não estou mais não é? Graças a você
–Calma aí, não tenho culpa se desmaiou na rua, eu só quis ajudar!
–Me desculpa – Bella respondeu arrependida por estar sendo grossa com a moça –
mas é... hoje foi um dia difícil pra mim.
–Deve estar sendo difícil para você, viver aqui, quero dizer, sendo uma
bandoleira
Bella a examinou atentamente. Aquela moça não lhe era estranha. E porque estava
ali conversando com ela
–Qual seu nome?
–Leah
–Sei... Então deve saber que sou uma bandoleira... Bem, acho que isto não deve
ser um segredo!
–Não, não é. Todos sabem de como foi salva da forca pelo duque
Bella deu de ombros
–Bem Leah, muito obrigada por ter me ajudado, agora, se me der licença, eu
estou cansada
–Tudo bem. Eu só queria... – Leah hesitou - na verdade eu queria saber... se
você tem notícia de seus amigos
–O que? Porque quer saber isto? – Bella indagou desconfiada
–Não é nada... mas é que – Leah ficou meio vermelha – eu conheço um dos seus
amigos
–Conhece?
–Sim, Jacob
Bella arregalou os olhos
–Conhece Jacob?
–Na verdade... Por favor, o que vou dizer agora, não pode dizer para ninguém,
ainda mais agora que o duque me ofereceu um emprego, mas...
–Fala logo!
–Eu escondi o Jacob na minha casa.
–Você... Meu Deus!
–Mas depois, ele... fugiu, como deve saber.
–Entendi... De onde conhece o Jacob?
–é uma longa história, mas teria que contar a você outra hora, pois já esta
tarde e minha mãe já deve estar preocupada.
–Você disse que vai trabalhar aqui?
–Sim. E o duque disse que irei para Kent também.
Bella sorriu
–Que bom. Então nos vemos amanhã
Leah foi embora e Bella ficou pensativa. Tinha sido um longo dia cheio de
revelações.
Amanha estaria a caminho de Kent e seus amigos estariam na Escócia. Talvez
fosse melhor assim. Sentia-se mais sozinha e confusa do que nunca.
E o que faria agora? Como contar a Edward que estava grávida? Nem ela sabia
como reagir a isto.
O que Edward diria se soubesse? Era capaz de nem acreditar que era dele. Para
um duque arrogante e inatingível, que pensava que era uma vagabunda que dormia
com todo mundo, acreditar que ela dizia a verdade seria impossível.
Não, não contaria a ele. Não por enquanto.
Começou a sentir sono e as pálpebras pesadas. Pensaria numa solução amanhã.
Bella acordou com uma batida na porta. O sol já estava alto e ela sentou-se,
preocupada quando a criada entrou no quarto.
–Bom dia milady. O duque pediu para acordá-la
–Que horas são?
–Já passa das dez
–Droga! Dormi tudo isto?
–Milorde pediu para não acordá-la
–Achei que fossemos viajar
–E ainda irão
–Sei... e onde esta Leah?
–A nova criada? Já deve estar a caminho de Kent. O duque mandou alguns criados
irem antes
Bella jogou as cobertas para o lado e levantou-se. Apenas para sentir uma
tontura repentina e um forte enjoou
Fechou os olhos até que o mal estar passasse. Se continuasse assim, como
esconderia a gravidez de Edward? Indagou-se preocupada.
Quando desceu, o encontrou do mesmo jeito de sempre, educado e inatingível.
–Sente-se melhor?
–Sim, estou ótima – Bella respondeu
–Não quero obrigá-la a viajar depois de ter passado mal, mas...
–Tudo bem, já disse que estou ótima! Não sou um vaso frágil! Sou muito mais
forte do que imagina
–Eu sei disto – ele respondeu estranhamente e estendeu a mão parta ajudá-la a
subir na carruagem
Bella pensou em recusar, mas segurou a mão estendida, seus olhares se
encontraram por um momento, mas Bella desviou o rosto, lutando contra as
batidas desenfreadas do coração.
Seguiram viagem e Bella permaneceu calada, olhando a paisagem pela janela.
Edward a observou. Ela parecia diferente, distante. Ainda estava zangado pela
última tentativa de fuga e preocupado por seu desmaio.
Na verdade ele já tinha decidido levá-la para Kent antes de descobrir de sua
fuga. Aquela história com o barão não estava cheirando bem. E ainda tinha a
questão do tal espião. Ele já descobrira quem era e já demitira a pessoa. Mas
como saber se não havia mais gente que não podia confiar?
Assim, achara melhor saírem da cidade por um tempo.
Quem sabe assim, ele e Bella não pudessem de alguma forma, superar o abismo que
os separavam e manter um relacionamento cordial, sem brigas pelo menos? Se
teriam que conviver sabe deus por quanto tempo, melhor que fosse de maneira
cordata. Edward observou a linha clássica de seu rosto. Os olhos incrivelmente
verdes estavam fixos em algum ponto além da janela. Ela tinha uma beleza sufocante.
Que o enfeitiçara da primeira vez que a vira. E fora impossível esquecer desde
então . Achava que se livraria desta obsessão, como gostava de chamar, quando a
possuísse. Mas não. O desejo ainda estava ali, latente. E nem todos os
problemas pelo quais passara desde a malfadado baile de máscara do barão,
fizera com que esquecesse da textura da pele aveludada contra seus dedos, ou o
gosto que tinha seus lábios, ou como ela o fascinava até mesmo quando o
desafiava.
E Bella parecia não fazer outra coisa desde que a
salvara de ser enforcada e se casara com ela. Edward as vezes se irritava, ela
poderia ao menos sentir-se grata; mas não. em vez disto, o enfurecia e tentava
fugir. E se isto não fosse o bastante as ameaças do barão aumentavam ainda mais
a tensão. Edward estava certo de que tudo se resolveria facilmente. Bastava se
casar e o Barão não teria mais nada a fazer. Mas estava errado em ignorar a
fúria de Aro. Ele queria vingança e Edward sabia porque. Seu pai havia se
negado a apoia-lo. E isto minara seus planos de ascensão junto ao parlamento.
Lembrou-se das acusações de Bella. Aro teria mesmo matado seu pai? Edward
sentia um ódio frio o tomar ao pensar nesta possibilidade. Mas não podia
acreditar totalmente em Bella. Não sem provas. Ela poderia estar inventando
para salvar alguns de seus amigos larápios.
Mas o que fazer com aquela vontade estranha que vinha sentindo de acreditar em
tudo o que ela dizia? Edward nunca sentira-se tão confuso ou vulnerável. Não
queria mais manter aquela distancia fria entre eles, mas também não queria ser
alvo de seu ardil.
Mas bastava um olhar para esquecer quem ela era e desejar mergulhar em seu
olhar de fogo e consumir-se naquelas chamas
O que ele ia fazer? Ainda não sabia. Talvez devesse deixar as coisas como estavam.
Ou tentar mudar. A encarou novamente. Sentiu um desejo quase doloroso de
estender a mão e tocá-la, vencer a distancia entre eles e...
De repente ela virou-se e o flagrou encarando-a
–O que foi?
–Nada. Apenas... estava pensando... nesta nossa situação
Bella mordeu os lábios desviando o olhar
–Até quando isto vai durar, Edward? – indagou com a voz sem emoção
–O que quer dizer?
Ela o fitou
–Este casamento, ou esse “engodo”!
–Casamentos são para sempre, Bella
–Mas não o nosso. Não é de verdade, podemos anular
–É isto que você espera?
Bella o fitou. O que ele estava querendo dizer com “se era isto que ela
queria?”
Não era o que “ele” queria?
Pensou na gravidez. Uma hora Edward teria que saber e
então como seria? A obrigaria a ficar ali para sempre? Bella não podia se
esquecer que seu filho seria um herdeiro dos Cullens. Se é que Edward ia
acreditar que era dele!
–O que mais poderia ser? – respondeu finalmente
–Bella, eu... Eu sinto muito
–Sente pelo que?
–Por tudo isto. É minha culpa se esta aqui agora
–Se não fosse por você estaria sem a cabeça, então... não posso reclamar, não
é?
–Eu realmente não queria... – Edward procurou as palavras certas
–Não queria estar casado comigo não é? – Bella completou – com certeza,
preferia alguém como a Tânia!
–Tânia não tem nada a ver com isto
–Ok, eu acredito!
–Bella, eu realmente não quero brigar com você!
–Ah não?
–Não, não temos que viver discutindo.
–E vamos viver como?
–Eu sei que não queria estar aqui. Sei que de certa forma a forcei a este
casamento, mas podemos tentar um convivência pacífica até...
–Até quando? – Bella indagou num fio de voz
Edward a fitou. Deveria dizer até que a situação do testamento fosse resolvida.
Mas não conseguiu dizer. Porque no fundo não era isto que queria. Havia algo em
Bella que o atraía e fazia desejar o impossível. Que o fazia acreditar que em
outro mundo, se não fossem quem fossem, talvez tudo fosse diferente, talvez...
Mas Edward não teve tempo de responder pois a carruagem parou com um baque
surdo.
–Mas o que...?
Bella não precisou olhar para fora para ver perceber o que estava acontecendo.
– droga!
–O que...?
Bella sorriu sem poder acreditar
–Acho que estamos sendo assaltados!
–Assaltados? – Edward indagou incrédulo.
No minuto seguinte as portas da carruagem se abriram e mãos fortes agarraram
Bella e a tiraram de dentro. Bella se debateu e Edward socou o homem que
tentava fazer o mesmo com ele
–Oras, seu nobre imbecil! – o homem lutou com ele até que o outro mostrou a
espada no pescoço de Bella
–Solta ela – Edward pediu com mal contida fúria
Os homens riram
–Não iremos machucá-los. Apenas levar tudo o que lhe
pertence
–Ah, mas não vai não! – Bella gritou dando com o cotovelo nas costelas do homem
que a soltou. Então aproveitou de sua distração e pegou a espada e jogou para
Edward
–Edward! - Gritou e jogou a espada em sua mão. O barulho de lâmina cortando o
ar se fez ouvir e Bella deu um grito ao sentir braços fortes a erguendo por
trás. Com um movimento ágil, ela virou um soco na cara de seu agressor e pegou
uma espada que estava no chão. Lutou com ele, enquanto Edward tentava acabar
com os outros três. E quando tinham finalmente vencido estes, mais homens
armados surgiram do meio da floresta.
Bella encarou Edward
–O que vamos fazer? – Bella indagou ofegante
Ele a puxou pelo braço
–Você não vai fazer nada!
–Oras, Edward, esqueceu de quem eu sou? – falou com um sorriso e para sua
surpresa Edward sorriu de volta
–Pode ser uma bandoleira, mas não esqueça que eu venci a luta com seu bando
–Então é melhor vencer agora também, senão estamos perdidos. Estes homens não
parecem ser magnânimos como meus amigos...
–e com experiência no assunto, sugere que façamos o que?
–Na atual situação, acho melhor corrermos
–Pois eu prefiro lutar
Bella quase riu, se não fosse a situação de perigo
–Acho que concordo com você!
Os bandidos aproximaram-se prontos para a luta e eles lutaram bravamente até
que todos os bandoleiros estivessem caídos.
Edward a encarou
–Você esta bem?
Bella gargalhou
–Fazia tempo que não me sentia tão bem!
Edward mirou seus olhos brilhantes e os cabelos desarrumados. Era como voltar
no tempo e vê-la novamente pela primeira vez. Ouviu um gemido e então
lembrou-se do cocheiro. Aproximou-se e o homem estava ferido, mas ainda vivo
Bella rasgou um pedaço do vestido e improvisou um curativo
–Temos que tirá-lo daqui.
–Sim, tem uma vila não muito longe
Eles colocaram o homem dentro da carruagem e Edward subiu para conduzir os
cavalos e lançou um olhar divertido ao ver Bella ao seu lado
–Achei que fosse lá dentro, Bella
–Faz tempo que não sinto o sol... Prefiro ir aqui
Edward sorriu e Bella sentiu o coração batendo descompassado no peito e um
calor que nada tinha a ver com o sol espalhar-se por seu corpo. Ele nunca a
fitara assim, com aquele sorriso. Ele parecia quase humano e não um nobre
arrogante e inatingível. Mas haviam lutado juntos e vencido os bandidos. Bella
riu
–Do que esta rindo?
–De você. Onde um duque aprende a lutar deste jeito?
–Eu estive no exército de Charles I
–Sério?
–Sim,por um tempo.
–Você me surpreende. Acabamos com eles não foi?
Edward riu de sua alegria quase infantil
–Sim, acabamos com eles. Mas não conseguiria sozinho.
–Mas claro que não, senhor duque. Pode lutar bem, mas não é páreo para uma
bandoleira!
Ele a fitou
–Você é mesmo perigosa – ele lançou-lhe um olhar tão cheio de significados que
Bella desviou o rosto, respirando com dificuldade.
Sentia o corpo dolorido da luta, mas estava tão feliz como há tempos não
sentia.
Estava vivendo uma aventura. Com Edward. E ele não mais a fitava com aquele
frio distanciamento, era como se um muro tivesse sido derrubado. Mas o que
esperar agora? Ela não queria pensar nisto. No momento queria curtir aquela
trégua com Edward. Só não sabia quanto tempo duraria.
Já anoitecia quando alcançaram um vilarejo. Com sua influência, Edward
conseguiu que o cocheiro fosse acomodado e tratado de seus ferimentos.
Assim que saíram da casa do médico, Bella sentiu uma leve tontura, mas tratou
de disfarçar.
–Você esta bem? Esta pálida – Edward indagou preocupado
Bella sorriu
–Devo estar enferrujada desta vida de aventuras... Talvez possamos achar uma
taberna, antes de seguirmos viagem
–Acho melhor pernoitarmos por aqui e seguir viagem amanhã. Você não me parece
muito bem, não quero que desmaie de novo
Bella sentiu uma vontade louca de chorar. Nunca ninguém tinha se preocupado com
ela. E nunca poderia imaginar que Edward se importaria com o que ela estava
sentindo
–Como quiser – respondeu
Eles entraram no ambiente esfumaçado da taverna e sentaram em uma mesa
afastada. Uma moça aproximou-se para anotar os pedidos e foi então que Bella a
viu. Sua mãe estava a poucos metros de distancia. Bella sentiu o chão fugir a
seus pés e como se um imã a as ligasse. Bella levantou-se
–Bella? Onde vai? – Edward indagou confuso, mas ela não ouviu
Diane virou a cara e tentou se afastar, Bella segurou-a pelo braço
–Mãe?
–Não sou sua mãe
–Mamãe, por favor ...
Rene largou o braço
–O que faz aqui? – ela olhou através de Bella para Edward e depois mirou Bella
de cima a baixo, reparando em suas roupas – além de andar com bandidos agora
também virou uma meretriz?
–Não é nada disto, eu...
–O que um homem como aquele estaria fazendo com um tipo como você?
–Ela é minha esposa – Edward falou atrás de si segurando o braço de Bella
–Edward, fica fora disto
Rene encarou Bella com sarcasmo
–Então casou-se? Que mentiras contou para conseguir um marido? Com certeza ele
não deve saber quem você é de verdade, uma bandoleira, uma...
–Duquesa – Edward falou friamente – Duquesa de Buckinghan
Diane encarou Bella incrédula
–é verdade? Como pode ser? Da última vez que a vi andava assaltando carruagens
por aí com seus amigos arruaceiros
–Sim, é verdade. Mas você não esta interessada em saber nada da minha vida não
é? Nunca quis. Para seu governo, eu ia ser enforcada , mas Edward me salvou
–quem é esta mulher, Bella? – Edward indagou friamente
–ela é minha mãe – Bella encarou Rene com amargor – ou era, como ela gosta de
frisar. Adeus, mamãe
Bella saiu da taverna sem olhar para trás e Edward fitou Rene
–é mesmo mãe da Bella?
– No dia em que ela matou meu marido e se juntou àqueles bandoleiros deixei de
ter uma filha
–Você rejeitou a própria filha?
–Ela matou meu marido!
–mas ainda era sua filha, nunca quis saber seus motivos?
–eu não devo satisfação ao senhor
–não, não deve. Mas deve algo a Bella
–Não devo nada. Ela escolheu seu caminho. Agora se me
der licença, tenho trabalho a fazer
Rene se afastou e Edward foi atrás de Bella. Ela estava na carruagem, toda
encolhida e encarava algum ponto fixo a sua frente.
Edward sentiu o coração se apertar
–Você esta bem?
Ela apenas meneou a cabeça positivamente
–Podemos ir embora?
–Sim, me informaram de uma hospedaria mais a frente.
Bella disse a si mesma que não iria chorar. Não desta vez. Estava cansada de
sofrer por Rene. Ela jamais a perdoaria. Não esperava encontrá-la ali. Fora um
fim terrível para um dia que tinha sido tão bom. Quando finalmente sentia-se
mais próxima a Edward. Mas encontrar Rene apenas a fizera ver que não era e
nunca seria uma nobre. Ela era Bella, filha de uma garçonete que se casou com
um bêbado. Um homem que abusara emocionalmente de sua mãe e dela mesma. Bella
não se arrependia tê-lo matado. Ele não valia nada. Mas Rene não percebia isto.
E iria odiá-la para sempre. E agora Edward deveria saber a verdade. Vira em seu
olhar. Ele sabia. Rene deveria estar feliz por ter contado a Edward como a
filha era e o que tinha feito.
Bella vestiu a camisola branca e sentiu na cama. Estava naquele quarto há uma
hora. Haviam chegado na hospedaria e Edward pedira o quarto, Bella estava tão
cansada emocionalmente, que nem se dera ao trabalho de perguntar se ele ficaria
no mesmo quarto que ela. Provavelmente não. Agora ele deveria estar querendo
distancia dela. Deu um sorriso amargo que terminou em um engasgo. Com certeza o
empoado duque não sabia onde estava se metendo ao tirá-la daquela forca. De
repente ouviu a porta se abrindo e Edward apareceu. Bella o fitou surpresa e
chocada
–Edward? Eu achei que... Achei que...
–Achou o que, Bella?
–Que não fosse ficar aqui – confessou num fio de voz e sentiu o mundo parar de
girar quando ele fechou a porta atrás de si e deu um passo para dentro do
quarto
–Não, ficarei aqui com você esta noite.
Continua...
Humm esses dois num quarto...E q dupla eles formam,tomata q o edward acredite q o filho e dele.ate amanha.bjs
ReplyDeleteTOMARA MESMO POIS NAO VEJO A HORA DELES FICA DE BOA SEM BRIGA E PORQ ELA NAO FALA LOGO PRA ELE QUE TA GRAVIDA!
DeleteOi moms:) esses dois nasceram um pro outro lindos ne!! Q sera qvai acontecer nesse quarto hein! Espero q coisas muito quentes. Tomara q ela conte logo sobre o bebe ele acredite q e dele ne estou torcendo pra dar tudo certo. A D O R E I Beijusculo:+
ReplyDeleteNESSIE MINHA LINDA QUERIDA AMADA QUEM ESCREVE A FIC E VC ENTAO QUE TAL NAO FAZER SUAS QUERIDAS LEITORAS NAO SOFRER TANTO,KKKK VC E DE MAIS
DeleteEU ACHO QUE ELES VAO E DA UMS BOMS AMASSOS NESTE QUARTO!! E TOMARA QUE ELA FALE PRA ELE DO BEBE,E QUE DUPLA EM ESSES DOIS SAO DE +++++++++++++++
ReplyDeleteOLA EU TAVA BISBILHOTANDO O BLOG E VIR Q MINHA MAE GOSTA DE LER SUAS FIC!E AQUI TO EU APAIXONADA POR ELA TBM,PRISCILA
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