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Tuesday, May 01, 2012

FANFIC - BANDOLEIROS - CAPÍTULO 9


Oi gente! Acontece tanta coisa nesse capítulo que nem dá pra fazer um resuminho...

Título: Bandoleiros
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama, aventura, lemon, universo alternativo
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Sexo

Bandoleiros
By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 9

–Papai! 
Jane correu ao encontro de Aro ao vê-lo chegar.
–Preciso falar com o senhor! 
–Agora eu não posso. Estou muito ocupado.
–Mas o senhor está sempre ocupado! 
Neste momento Demetri entrou na sala.
–Barão, o membro da guarda está aqui.
–Mande-o entrar. - ele virou-se para Jane - Querida, conversamos depois. Agora vá para seu quarto. 
Jane fez um muxoxo, mas obedeceu ao pai e saiu contrariada da sala. 
Lúcios entrou na sala e Aro pediu para ele se sentar.
–O chefe da guarda disse que o senhor tinha uma missão para mim? 
–Sim, preciso que siga Rosalie, você deve saber quem é; era minha acompanhante no dia que fui assaltado na estrada.
–Sim, senhor, eu sei quem é. 
–Quero que fique de olho nela já a partir de hoje e me relate tudo o que ela faz entendeu? 
–Sim, senhor. 
–Se fizer bem o seu trabalho, posso arranjar para que seja promovido a um posto maior na guarda. 
Lúcios se afastou e Demetri aproximou-se.
–O senhor está desconfiado de Lady Rosalie? 
–Sim. Mulheres não são confiáveis e muito menos esta. Se a tenho como aliada, preciso saber de todos os seus passos. 

Lúcios postou-se em frente à casa de Lady Rosalie e não demorou muito para ela sair. Rosalie se enveredou pelas vielas de Londres e Lúcios achou estranho uma moça como ela estar se encaminhando para lugares tão afastados. Então ela entrou num hotel e Lúcios ficou do lado de fora. O que será que ela estava fazendo ali? Será que esperava alguém? 
E quando ele viu quem se aproximava não pode acreditar. Pela descrição parecia-se muito com um dos Bandoleiros que assaltaram o Barão e a própria Lady Rosalie! 
Deveria agir. Somente assim tinha como descobrir se era um dos bandidos realmente. E se fosse. Ele estaria feito. 
–Parado senhor! - gritou com a espada em punho.
Jacob virou sem acreditar e se deparou com o guarda. Colocou a mão na cintura e viu que estava sem sua espada. E agora? 
–Bom dia seu guarda. Algum problema? 
–Identifique-se.
Jacob sorriu.
–Jacob, ao seu dispor. 
–O que faz parado aqui, senhor Jacob? 
–Vim ver uma amiga. 
–O senhor se parece muito com a descrição de um bandoleiro que assaltou o Duque de Buckingham e o Barão de Wessex. 
–O senhor está me confundindo. Eu vim me encontrar com Lady Rosalie, deve saber quem é, uma dama importante de sociedade. Aliás, já estou atrasado, se me der licença... - Jacob tentou passar, mas Lúcios apontou a espada para seu peito. 
–Sinto muito senhor, mas não posso deixá-lo passar. 
–E posso saber por quê? – Jacob começou a se irritar com o guarda.
–Tenho que levá-lo ao chefe da guarda para uma averiguação. 
Jacob pensou rápido. Se acompanhasse o guarda, estaria perdido. 
Mas também não podia lutar com ele, já que estava sem sua espada. 
Então fez a única coisa que lhe restava no momento. 
Correu.
–Hei, parado aí! - Lúcios gritou atrás dele, mas Jacob continuou a correr o mais rápido que podia. 
Porém o guarda também era rápido e o perseguiu através das ruelas de Londres. 
Jacob olhou pra trás e surpreendeu-se ao ver o guarda ainda o perseguia. Tinha que se livrar dele, antes que encontrassem outros pelo caminho e que se juntariam a perseguição. 
Mas como? 
Mais a frente, ele avistou um ferreiro que amolava espadas. Sem pensar suas vezes, ele roubou uma, ignorando os gritos do homem e continuou a correr, até chegar a uma viela vazia e virando-se foi pra cima do guarda. Este foi rápido e levantou também sua espada, os barulhos das laminas se encontrando cortou o ar e eles se embrenharam numa ferrenha luta. 
Entraram num estábulo e a luta prosseguiu. Jacob não acreditava que estava tendo dificuldade para vencer um guarda almofadinha. Mas o homem lutava com braveza e ele se espantou, quando foi atingido no braço. Estupefato, olhou o sangue escorrendo e deixou a espada cair. O guarda avançou para cima dele.
–Renda-se. Ou terei que matá-lo.
–Está pra nascer o homem que irá me pegar, seu guardinha! - Jacob falou sarcástico e viu o guarda se irritar.
–Eu odeio gente como o senhor! Bandoleiros, larápios sem honra! Ficarei feliz em vê-lo esvair em sangue! 
–Que pena. Hoje não é seu dia de sorte! - e aproveitando-se da distração do guarda, ele virou um soco na cara do homem que caiu pra trás. A espada voou longe e Jacob pulou para pegá-la, mas o guarda teve a mesma idéia e o puxou. Engalfinharam-se numa luta corpo a corpo, entre murros e ponta pés e Jacob pensou que este guarda de uma figa estava lhe dando muito trabalho. Talvez devesse mesmo matá-lo. Ele vira seu rosto. Poderia vir atrás dele depois. Jacob era mais forte e não sem algum esforço conseguiu dominar o guarda. 
–Solte-me! – o guarda falou por entre os dentes.
E Jacob deu uma risadinha sarcástica.
–Vai sonhando, guardinha... Você mexeu com o bandoleiro errado! 
De repente ele ouviu o barulho da cavalaria e com uma rápida olhada, viu as cores da guarda. 
–Diabos! 
E agora? Arriscava-se para dar cabo ao guarda ou fugia? 
Era melhor fugir. 
Rapidamente, se levantou e dando uma última olhada pro guarda ele falou antes de correr:
–Isto ainda não acabou! - Um minuto depois Jacob desaparecia na ruela escura.
Os guardas chegaram no momento seguinte.
–Lúcios! – um deles o reconheceu e correu para ele - Você está bem? Está ferido? 
–Não. Eu estou bem. - Lúcios se levantou meio cambaleante.
–Quem era aquele que correu? 
–Um bandoleiro. Um dos que assaltaram o Duque e o Barão.
–Precisamos persegui-lo! 
–Não vai adiantar. Ele já deve estar longe.
–Como o encontrou? 
–Estava seguindo Lady Rosalie e o encontrei... - Lúcios resolveu não falar mais nada. Antes precisava comunicar ao Barão. - Eu preciso ir. Tenho que me reportar ao Barão de Wessex.
Ela se afastou pensativo. Foi até a casa do Barão, mas foi informado que o Barão não estava então resolveu ir embora. 
Quando chegou em frente a sua casa nos subúrbios calmos de Londres, ele abriu o portão e respirou fundo. 
Um rapaz saiu da casa e fez uma cara de alívio.
–Ainda bem que você chegou! Não aguentava mais ter que arranjar desculpas pra você!
–Não começa Seth.
–Não, você tem que me escutar! Isto que está fazendo é muito perigoso. 
–Faço isto há tempo o bastante para saber me defender.
–Não poderá se defender sempre... Leah.
–Shiii! Eu já falei pra não me chamar de Leah enquanto eu estiver vestida assim! - ela olhou preocupada para os lados.
–Então é melhor se apressar. A mamãe já perguntou umas três vezes pela hora que ia chegar.
–Leah, é você? - Leah ouviu a voz da mãe chamando-a e fez uma careta preocupada.
–Eu avisei. – Seth falou.
–Droga! Eu já vou mãe! 
Ela entrou correndo em casa e foi direto para o quarto trocar as roupas masculinas por um vestido, soltou os cabelos e desceu para a cozinha. 
Sue a mirou de cima a baixo com a expressão desconfiada.
–Onde se meteu até a esta hora?
–Estava trabalhando.
–Isto não é certo. Uma mulher não deve trabalhar! 
–Mas é preciso. Além do mais é muito injusto que só os homens possam ficar com a parte boa! 
–Você tem idéias muito avançadas para o meu gosto. Se seu pai estivesse aqui... 
–Mas ele não está! - Leah cortou contrariada.
–O Seth deveria colocar um pouco de juízo nesta sua cabeça; mas é tão desmiolado quanto você.
–Estão falando de mim? - Seth entrou na cozinha. 
–Sim, precisa convencer a sua irmã e deixar este trabalho de cozinheira.
Seth e Leah trocaram olhares.
–Sim, mãe. Eu já falei pra ela. Este trabalho é muito perigoso.
–Perigoso? Trabalho de cozinheira? - Sue estranhou.
–O Seth está caçoando de mim mamãe. - Leah lançou um olhar ameaçador a Seth.
–Sim, eu estava brincando.
Sue pareceu esquecer o assunto, mas para entrar em outro que irritava Leah mais ainda.
–Você precisa se casar.
–Eu nunca vou me casar! 
–Ah vai sim! 
–Não, não vou. Casar pra que? Pra terminar igual a senhora? 
–Leah! Olha como fala! 
–Me desculpe mamãe. 
–Precisa melhor seus modos. Deste jeito nunca vai arranjar um marido 
Leah revirou os olhos e decidiu não continuar o assunto. Sua mãe era como todos. Achava que uma mulher não tinha outra coisa a fazer na vida a não ser arranjar marido.
Mas ela não era assim. Nunca fora. Ela queria mais. Ela queria ter as mesmas liberdades que os homens. Sempre achara injusto que seu irmão pudesse tudo e ela nada. Desde pequena se rebelara contra seu destino, que era casar e ter uma penca de filhos. Prometeu a si mesma que fugiria disto. E conseguira. Tudo bem que pra tanto tivesse que viver uma vida de mentiras. Mas não se importava. 
Tinha vivido e presenciado mais coisas do que qualquer mulher. 
Por que fingia ser um homem. 
A idéia surgira quando vira um anúncio da academia da guarda real. Ingênua, ela se apresentara somente para ser ridicularizada. 
–Uma mulher? Na guarda real? Só se for para aquecer nossa cama. - um cabo idiota tinha dito e os outros tinham rido. Ela saíra de lá com muita raiva. E jurara que mostraria a eles. 
Chegara em casa e Sue imediatamente a chamara para ajudá-la com as roupas dos fidalgos que costurava. Como ajudante de um famoso alfaiate, Sue sempre trazia trabalho pra casa. Leah detestava aqueles afazeres. Mas então naquele dia tivera uma idéia. Pegara algumas roupas escondido e as vestira. Prendeu os longos cabelos castanhos sob um chapéu e se apresentara a guarda. Morrera de medo de que fosse descoberta, mas para sua surpresa isto não acontecera. E ela fora admitida na academia. Para despistar a mãe teve que contar a seu atrapalhado irmão Seth. Ele fora contra, a princípio. Mas no final acabara a ajudando. E desde então Leah tinha virado Lúcios, um membro da guarda real. E em breve seria promovida, pensou com um sorriso. Bastaria capturar aqueles bandoleiros e o Barão a ajudaria. 
E pensar que tivera um deles sob sua mira e deixara escapar a enervava. 
Aquele bandoleiro moreno iria pegar. Ela conseguiria achá-lo e o faria comer terra e o jogaria na cela mais imunda de Londres. Nem que esta fosse a última coisa que fizesse na vida.
Como era mesmo que ele dissera que se chamava? Jacob. Um bandido insolente. E metido a charmoso. Um idiota como todos os homens. Ainda bem que ela estava vestida de homem e ele não viera com aquele sorriso cheio de dentes pra cima dela. Os sorrisos ele guardava para Lady Rosalie. Mas o que uma lady estava fazendo se encontrando com alguém como o tal Jacob? Um bandoleiro? O Barão tinha mesmo por que desconfiar da moça. Mas será que era mesmo verdade o que o bandido dissera? E se fosse um engodo? E se ele tivesse ali para fazer algum mal à Lady Rosalie?
De qualquer maneira, ela contaria ao Barão no dia seguinte toda esta história e se fosse verdade que Rosalie estava mancomunada com o tal bandoleiro, estava perdida. E Leah estava feita. 
Mas para conseguir o sucesso total, tinha que descobrir onde estava o bandoleiro. 
Como faria isto ela não sabia. Mas iria descobrir. Ou melhor: Lúcios iria descobrir. 

***

Jasper mirou a casa de linhas nobres. Os tijolos brancos contrastado com o verde das trepadeiras. A casa de Kate. Não importa quanto tempo passasse sem ali estar. Ele nunca seria capaz de esquecer. A dor e o ressentimento ainda estavam vivos em sua memória. 
Tudo o que fizera através dos anos foi tentar não mais voltar ali. Mas o destino o trapaceara novamente. Não tinha como fugir. 
Mas o que poderia fazer? Tudo estava perdido. Sempre estivera. O pai de Kate o odiava e com certeza se o visse ali, o mandaria para forca. Agora tinha mais motivos do que nunca. Sentindo o peso do mundo em suas costas ele resolveu partir. Mas então ouviu o barulho de um portão se abrindo e sentiu o sangue parar de correr nas veias ao ver Kate. Ela também o viu. Pois ficou branca igual a papel, parada no mesmo lugar. Nenhum dos dois se mexeu por alguns momentos intermináveis.
Então ele sorriu e caminhou até ela. 
–Olá Kate. - falou emocionado.
–Jasper... - ela murmurou com a voz trêmula.
–Precisamos conversar.
Ela pareceu perceber onde estava e arregalou os olhos assustada.
–Por favor, vá embora! Se meu pai o vir aqui... 
–Tudo bem, Kate. Eu vou. Mas você irá me encontrar no lugar de sempre amanhã à tarde.
–Está louco se acha que... 
–Amanhã à tarde. Eu a esperarei. 
Ele se afastou rapidamente e logo depois Denali apareceu.
–O que aconteceu? - perguntou a filha - Está branca igual a papel! 
–Nada... 
–Estava conversando com alguém? - perguntou desconfiado.
–Não, claro que não! – desconversou - Vamos? Já está ficando tarde... 
Eles subiram na carruagem e Kate ficou pensativa.
Mas o que é que Jasper estava fazendo ali em Londres? A última vez que o vira fora há muitos anos. E chegara a pensar que nunca mais o veria. Mas ele estava ali novamente. E queria se encontrar com ela. Mas ela não podia. Não devia. 
O que faria agora?

***

Já era noite quando Rosalie chegou em casa. Bateu a porta irritada. Fora ludibriada pelo bandoleiro. O esperara a tarde inteira e ele não se dignara a aparecer. O salafrário. 
Mas o que ela pensara? Confiar em um bandido. Estava mesmo ficando louca. 
–Onde você estava? 
Ela parou e encarou Emmet.
–Não estou com paciência para aturar você, Emmet! 
–E eu estou cansado deste seu comportamento inconsequente! 
–Você não manda em mim. Eu faço o que bem entender da minha vida.
–Sim, dorme com qualquer um em troca de favores.
–Por que você e sua mãe roubaram minha herança! 
–Nós não roubamos nada, então não venha usar isto como desculpa para a sua promiscuidade.
Ela riu.
–Você fala assim, por que tem ciúmes. 
–Não, eu não tenho ciúmes. Apenas me preocupo com você.
–Mentira! Se preocupa em sujar o nome da família.
–Isto você já fez há muito tempo! 
–Como se eu fosse considera desta família! 
–Está sendo injusta; Você vive aqui, não te falta nada... 
–Me falta liberdade! 
–Isto é o que você mais tem. 
–Mas não é a que eu quero. Eu quero o meu dinheiro de volta.
–Sabe que isto é absurdo.
–Não me interessa. E quer saber? Eu achei alguém que vai me ajudar. 
–O Barão de Wessex? 
–Como sabe?
–Todo mundo sabe que você anda pulando na cama dele. 
–Pode pensar o que quiser. Não me interessa - ela se afastou.
–Não pense que vou limpar a sua sujeira desta vez, Rosalie. 
–Eu nunca pediria isto. Não desta vez. 
–Está brincando com um homem perigoso.
–Eu sei o que faço. - ela subiu as escadas correndo. Estava cansada das conversas de Emmet. 

Emmet viu Rosalie subir as escadas com o rosto preocupado.
–O que está acontecendo aqui? - Sabrina entrou na sala a ponto de ver Rosalie desaparecer no andar de cima. - Agora entendi. Sua querida irmã se dignou a aparecer.
–Ela não é minha irmã.
–Eu sei. E isto que me preocupa.
–O que quer dizer? 
–Você está apaixonado por ela. 
–Mamãe... 
–Não tente negar. Eu sempre soube disto. E sempre esperei que se livrasse deste fascínio quando visse quem ela é de verdade. Mas isto não aconteceu. Você precisa se casar Emmet.
–Eu não acho... 
–O que espera? Que Rosalie se apaixone por você? - Emmet abaixou o olhar e Sabrina percebeu que era exatamente isto que ele queria – Isto nunca vai acontecer. Rosalie está perdida. Precisa esquecê-la. 
–E você acha que isto vai acontecer se eu me casar? 
–Você precisa se casar. Precisa de um herdeiro. Tem que concordar comigo.
Emmet sabia que a mãe tinha razão. Já passara tempo demais atrás de um sonho impossível. 
–E pela sua cara deve ter alguém em mente. 
–Sim. Alice Cullen. Filha do Conde de Cantebury seria perfeita. 

***

Edward entrou no clube esfumaçado e sentou-se numa mesa afastada. Não demorou para um loira sorridente se aproximar.
–Olá, senhor. Procura divertimento? 
Edward sorriu e já ia responder que não viera ali pra isto, quando ouviu a voz com o sotaque italiano
–O duque já tem companhia, Jessica. 
Heidi aproximou-se e lançando um olhar ameaçador para Jessica e sentou ao seu lado. 
Jessica deu de ombros e se afastou.
Heidi sorriu para Edward.
–Não pensei que voltaria aqui.
–Nem eu. 
Ela passou a língua pelos lábios bem feitos num gesto que com certeza esperava fazer algum efeito devastador no seu interlocutor.
–Você me deixou muito confusa. Indo embora daquele jeito... sem de despedir.
–Por isto estou aqui. Vim me desculpar. E agradecer. Sei que mandou chamar alguém na minha casa.
Ela deu de ombros e lançou-lhe um olhar sugestivo.
–Fiz por que gostei de você. 
Edward ignorou a observação. 
O que viera fazer ali afinal? O que esperava? 
Ver Heidi novamente apenas o fazia perceber mais uma vez que não tinha a mínima atração por ela. Mas ela estava interessada. Edward conhecia o tipo. Ambiciosas e sedutoras. Com certeza Heidi contava com ele para ser seu mais novo provedor. 
Em outros tempos talvez aceitasse a oferta, mas agora ele não tinha a menos disposição. 
E devia isto à bandoleira de olhos castanhos que enfeitiçara sua mente e seus sentidos. Não conseguia parar de pensar nela, na maciez da pele branca, na doçura dos lábios tentadores. Porém, se desprezava por isto. Estava sonhando com algo impossível. Com alguém que estava muito longe de sua realidade. Alguém que com certeza nunca mais encontraria. A não ser em sonhos. Como naquele da carruagem. 
–Está distraído... - ele voltou a realidade com a voz sedutora de Heidi. 
Ela debruçou-se sobre a mesa, deixando entrever um decote revelador e cravou nele os olhos verdes – Talvez devêssemos continuar aquilo que começamos na noite passada.
Pronto. Ela fizera a oferta final. Mas Edward não sentia-se tentado a aceitar. Nem um pouco. Era um caso perdido.
–Me desculpe, Heidi. Talvez em outra ocasião. - ele se levantou - Até mais ver.
Ele se afastou deixando uma estupefata Heidi para trás. 

***

Bella caminhava pelas ruas escuras de Londres. O fog cobria tudo com uma névoa branca. Sentia frio, mas não se importava. Não sabia o que procurava, mas sabia que estava perto. Aquele vazio que a torturava, a consumia, pedia algo que ela só sabia existir em sonhos. Sonhos que ela nunca alimentara, mas que a envolvia pouco a pouco sem que tivesse vontade de resistir. 
Então ela o viu. Ele caminhava em sua direção. Usava roupas pretas e no olhar uma expressão de predador. 
Ela parou, esperando, ansiando, desejando. 
Uma força irresistível os unia, como uma linha invisível, porém devastadora. 
Quando ele se aproximou e a envolveu com seus braços Bella arfou, encarando aquele rosto que dominava seus mais secretos sonhos.
–Edward... - sussurrou seu nome na noite escura como um mantra divino e em resposta ele desceu a boca sobre a sua, beijando seus lábios como nenhum outro fizera. 
Bella sentiu o corpo se desintegrando com a força daquele beijo. Nada mais importava a não ser as mãos que a seguravam firmemente, a boca que devorava a sua com urgência. 
Por toda a sua vida ela esperava por ele sem saber. Tão de repente como a beijara, ele a soltou. Sentiu-se vazia de novo quando não mais estava em seus braços e abriu os olhos e congelou quando não mais o viu. Ele tinha desaparecido. 
–Edward? – gritou na noite escura, mas ouviu apenas o sussurro do vento em resposta.
E ela percebeu que estava mais sozinha do que nunca e um sentimento opressor a dominou, roubando seu ar e toda vida de seu corpo.
Bella acordou sobressaltada e sentou-se na cama. Abrindo os olhos, focalizou-os no quarto da hospedaria, voltando à realidade. 
Que raio de sonho fora aquele? Estava mesmo sonhando que o Duque de Buchinghan a beijava? 
Estava enlouquecendo. Só podia ser isto. Irritada, jogou as cobertas longe e levantou-se. Saindo do quarto. Precisava de ar. Precisa livrar-se daquelas sensações desconhecidas que a dominavam. Precisava esquecer.
–Aonde vai com tanta pressa? Ela ouviu a voz de Jasper e se virou. Ele estava parado na sacada, sozinho.
Ela caminhou até ele, postando-se ao seu lado, olhando a noite escura.
–A lugar algum. Apenas queria... - ela respirou fundo abraçando o próprio corpo - Esquecer algumas coisas que tem acontecido ultimamente.
–Se fosse tão fácil... – ele comentou estranhamente e Bella o encarou. 
Quem seria realmente aquele homem? E que mistérios guardava na sua vida? 
–Por que tornou-se um frade? - perguntou de repente e ele riu.
–Mulheres são sempre curiosas. Mesmo as bandoleiras.
–Você não quer responder. - Bella observou.
–Não gosto de falar sobre o passado. - ele respondeu com uma certa tristeza na voz.
–então somos dois. 
Ela também tinha um passado que queria esquecer. 
Engraçado como não pensara muito naquelas coisas depois que conhecera o duque.
Bella sacudiu a cabeça. Não, não podia mais pensar nele; era absurdo. Insano. Perigoso. 
–Se importa de eu ficar aqui com você? - perguntou a Jasper – Podemos ficar em silêncio. Eu só não quero ficar sozinha.
Ele a fitou, como se perguntando o que a perturbava. Mas nada indagou.
–Pensei que passasse as noites com o Jacob.
Bella fez uma careta.
–Não mais. Há muito tempo na verdade. 
Ele deu uma risada.
–Só queria me certificar de que não levaria um murro na cara.
–Mas não há nada de mal aqui. – ela levantou a sobrancelha - Ou há? 
–Não, claro que não; Você é muito bonita Bella. Mas não é para um homem como eu.
Ela não falou nada. Apenas deixou-se ficar ali, admirando a noite silenciosa ao lado daquele homem misterioso. No momento, era o que bastava. Amanhã pensaria nos seus problemas. Amanhã. 

Continua...

Dessa vez Jacob escapou por pouco hein? E quem diria que o Lúcios fosse na verdade Leah, uma mulher que se passa por homem. Acho que por essa ninguém esperava né? E o que será que aconteceu entre Jasper e Kate? E Emmet, será que consegue conquistar a Rosalie e fazê-la mudar? E Edward e Bella, será que vão se encontrar novamente em breve? São muitas questões para um só capítulo hein? Essa fic promete muitas aventuras ainda. Até mais tarde. Beijos.


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2 comments:

  1. Adoreiii esse cap foi muito bom deu pra saber mais sobre os personagem e conhecer novos louca pelo proximo. Beijusculo ate de tarde.

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  2. FIQUEI BEEEEEGE COM ESSA DA LEAH :O Se passando de homem... caraca, por essa eu ñ esperava ...
    E o Edward desejando a Bella... Bella desejando o Edward... QUERO Q ESSES DOIS SE ENCONTREM DE NOVO LOGOOO!!!! fico imaginando oq eles podem fazer pra quem sabe, ficarem juntos.. *--*

    Essa fic me deixa com mais perguntas do q as provas da escola kkkkkkkk fico mais ansiosa ainda por respostaas!!!! ~~ou seja, novos caps ;D haha
    Beijoos :*

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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