Oi gente! Mas um capítulo
divertidíssimo. Edward, Jasper e Emmett vão viver momentos hilários e Bella
terá uma surpresa com seu selvagem...
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
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menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 4 - Desgraça Pouca é
Bobagem
Narração - Jasper:
Tava na cara que T-zed ia apanhar
pra caramba. Então mesmo com medo resolvi intervir, pois não era adepto de
violência gratuita. Ia contra os meus princípios.
– Calma aí, cara. - empurrei
T-zed para trás e fiquei entre ele o gigante. - Edward não é da cidade. Vamos
resolver isso na paz? - Emm me olhou como se eu tivesse perdido a cabeça.
– Ah, é claro que vamos resolver
isso na paz. - riu e me deu um soco no meio do rosto.
Meu irmão, doeu pra burro! Caí
por cima das poltronas, gemendo de dor.
– Lanterninha! Não tem um
lanterninha aqui? - Emmett gritou, com medo de apanhar também. Ele só era
musculoso para parecer boa pinta, mas era tão covarde quanto eu.
Edward puxou-me pelo braço e me
ajudou a ficar de pé. O sujeito continuou a nos xingar.
– Nunca mais entrem no meu
cinema! - o bruto deu um murro em T-zed, que de forma surpreendente desviou. Em
seguida, subiu na poltrona e prendeu o punho do cara embaixo de seu braço,
imobilizando a região. Com uma habilidade incrível, atingiu o nariz do sujeito
de baixo para cima usando o peito da mão. O valentão caiu sentado com o nariz
sangrando.
– UAU! - Emm e eu embasbacamos.
Nunca vimos ninguém quebrar o nariz de um homem tão rápido. Foram só dois
movimentos e pronto, o agressor estava nocauteado.
Obviamente o valentão não teve
mais coragem de reagir, seu nariz estava quebrado e só se preocupou com a dor.
Edward puxou a chave do jipe que estava pendurada no cós da calça de Emmett e
saiu. Nem nos movemos, ficamos lá observando o gigante grunhir de dor. Para nós
era uma tremenda novidade, já que só vimos aquele tipo de coisa em filme.
– Onde o T-zed aprendeu aquilo? -
perguntou Emm.
– Não faço idéia.
– Não dá pra aprender isso na
selva. Aquele golpe é uma técnica de auto-defesa das forças armadas.
– Nossaaaa. - bestifiquei. - Ei,
onde ele foi com a chave do seu carro? - nos encaramos confusos, depois nos
tocamos do óbvio. Edward estava indo embora.
– Droga! – Emmett vociferou. -
Corre!
Disparamos para fora do cinema.
No estacionamento, vimos Edward dar ré no jipe e nos desesperamos. Corremos
atrás do veículo, o qual saía lentamente do estacionamento. Por sorte,
conseguimos pular pro banco traseiro, pois o jipe estava sem a capota.
– Pára o carro! - gritei.
– Pára agora! - Emmett estava
puto.
Assim que T-zed chegou à rua, pisou
com tudo no acelerador.
– AAAAAAAAAAAHHHHHH! - gritamos.
– CUIDADOOOOOO! - berrei quando
ele quase atropelou um pessoal que atravessava a rua.
Rapidinho atingimos os 120 km/h.
Abracei-me ao banco da frente e comecei a rezar, pois Edward guiava descontroladamente
pelas ruas de Orlando. Ele até sabia manobrar bem, mas não tinha nenhuma noção
de leis de trânsito.
– Acabamos de passar por um
fotossensor. - meu amigo choramingou. - Quem vai pagar a multa? Eu tô na liseira!
– O pornô deixou ele louco, só
pode! - ao chegarmos a um cruzamento, gritei. - PRA ESQUERDA, PRA ESQUERDA! - gesticulei,
indicando o caminho de casa. Não tínhamos outras opções.
T-zed dobrou a esquina cantando
pneu e Emmett foi à loucura.
– NÃO BATA MEU CARRO! NÃO BATA
MEU CARRO!
– SINAL VERMELHOOOO! - apontei e
Edward acelerou ainda mais.
– AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH! -
Emmett e eu nos abraçamos.
Edward avançou o sinal e tudo que
ouvimos foram buzinas e o som de latarias se chocando. Nem tive coragem de
olhar para trás, mas fiquei aliviado por ter saído ileso.
– Segue em frente! - meu amigo
sinalizou trêmulo. Passei as mãos pelo rosto sem saber o que fazer, com a maior
cara de banana.
– Ali! Ali! A casa! - cutuquei
T-zed. Ele freou abruptamente e o solavanco me fez bater a cabeça no banco da
frente.
Com o carro estacionado ficamos
parados em total silêncio por cerca de 10 segundos. Então...
– SHOW! - falamos ao mesmo tempo.
Gargalhamos alto e até T-zed riu.
– Foi irado, véi. - disse Emmett.
– É, mas não deixe ele pegar no
seu carro de novo. - enxuguei o suor da testa.
Edward saiu do veículo e entrou
em casa.
– Jazz, está pensando o mesmo que
eu?
– Que gritamos feito
mulherzinhas?
– Não! - socou meu braço. - O
cara da selva é exatamente o que estávamos precisando. Ele bate feito herói de
filme de ação. Quantas vezes já apanhamos ou pagamos mico na frente da
mulherada por não sabermos brigar? Vamos fazê-lo nos ensinar aqueles golpes
malucos. Pense nas possibilidades.
Involuntariamente imaginei Emmett
e eu andando por aí, sem medo, bonitões bancando os bad boys. Ia chover
gata na nossa mão.
– Caraca. - suspirei. - Ia ser
show, mas como vamos convencê-lo? O mano é anti-social.
– Acho que ele já gosta um pouco
da gente. Não viu como te ajudou no cinema? Você mandou muito bem tentando
defendê-lo.
– Podíamos fazer algo bacana,
você sabe, pra ele sacar que somos do time dele.
– Tipo o quê?
– Ah, não sei... Peraí! Meu, tive
uma idéia. Viu como Edward ficou interessadão no pornô? Vamos arrumar uma
transa pra ele, depois disso vai nos idolatrar. - sorri me sentindo um gênio.
– Boa. - Emmett socou novamente o
meu braço.
– Para de me bater! - reclamei
massageando o local. - Fica roxo.
– A partir de hoje vamos agir
como se o cara da selva fosse o nosso melhor amigo, vamos cativá-lo.
– Beleza. - concordei.
Saímos do jipe e fomos em busca
de nosso novo amigo. O encontramos na sala, perto de minha irmã e Alice. T-zed
as estudava de um jeito que eu não gostei nadinha. Parecia muito curioso quanto
à anatomia feminina. Corri e me coloquei entre eles.
– O que fizeram com o cara? Agora
ele parece mais estranho que antes. - questionou Bella.
Narração - Bella:
Não entendia o porquê de o
sujeito ficar nos analisando dos pés a cabeça.
– Onde foram? - perguntou Lice.
– Ah... no... - Emmett balbuciou
fitando meu irmão.
– Jasper o levou para passear na
praça. Vimos uns passarinhos voando... foi bem legal. - Jazz se inclinou para
Edward e sussurrou pelo canto da boca. - Véi, não se fica olhando assim pras
irmãs dos amigos. Não pega bem.
– Do que está falando? O
convenceram a me ajudar? - empurrei meu irmão idiota para longe.
– Não tivemos a oportunidade. - respondeu
Emm assim que o selvagem foi para a cozinha.
– Ótimo! - me estressei. -
Obrigada por nada. - fui para o escritório e os idiotas me seguiram.
– Por que escolheu justamente o
T-zed para fingir ser seu namorado? - Jazz se interessou.
– Quem é T-zed? - Alice ficou
confusa.
– É o apelido que demos para o
Edward. - Emmett explicou. - Manêro, né?
– Manêro? - me indignei. - T-zed?
O que ele é agora, um cantor de rap? - sentei-me no sofá com as mãos na cabeça.
- Acho que vão ter que tocar o Resort sem mim. Vou passar as férias no Texas
com minha tia Helen.
– Nada disso. Não desanima agora,
Bella. - Lice falou altiva. - O jeito é você namorar o Edward contra a vontade
dele.
– O quê? - franzi o cenho. - Como
assim? Isso é possível?
– Claro que é! Se todos nós
sustentarmos a mentira, vai ser fácil. Brad não está totalmente convencido do
namoro, mas não tem provas de que é uma mentira. Se agirmos como se você
realmente namorasse Edward, McFadden não tem porque contestar.
– Jasper acha que faz sentido.
– Ah, meu Deus. Digam que é
brincadeira! Como vou ficar de beijos e abraços com o esquisitão?
– Bem... - Alice riu. - O que os
olhos vêem o coração sente. Sempre que Brad ver vocês juntos gesticule, sorria
e pareça feliz. Essas coisas vão consolidar as pequenas mentiras que soltaremos
quando conversarmos com seu ex. Quer um exemplo? Emmett pode dizer ao McFadden
que você se apaixonou pelo senso de humor de Edward. Daí, quando estiver com o
ele e Brad se aproximar, ria muito. Vai parecer o que? Que Emm estava falando a
verdade e que você e seu namoradinho se dão muito bem. E cara, nada dói mais do
que ver nossos ex-amores mais felizes com os outros do que foram conosco. Isso
vai ser um tremendo soco no ego do vocalista do Link 69.
– Lice... - balancei a cabeça,
perplexa. - Tenho medo de você.
– Obrigada. - ela saltitou
considerando aquilo um elogio.
– Bel, o plano da Alice é bom.
Vai fundo! Nós vamos te ajudar. - Emmett incentivou. - Além disso, qual a pior
coisa que pode acontecer?
– O selvagem acabar matando todos
nós. Isso está bom pra você? - cruzei os braços. Ficamos em silêncio analisando
a possibilidade. Então, mudei de assunto. - O esquisitão deu alguma pedra pra
vocês?
– Não. Por que nos daria uma
pedra? - Jazz ficou confuso.
– Eu não sei. Ele me deu uma
ontem. Estanho, né?
– Como era? - perguntou Emm.
– Meio branca e cintilante. Sei
lá, não gostei e joguei no jardim.
– Peraí. - meu irmão tamborilou
os dedos na testa, refletindo. - Edward vive numa ilha com atividade vulcânica,
certo?
– Sim. - confirmei sem entender.
Jasper pegou na estante um dos
livros de nosso pai e folheou até encontrar algo que o interessou, em seguida,
colocou o livro aberto bem na minha frente perguntando:
– A pedra parecia com esta?
– Sim. - sorri admirada. -
Igualzinha.
– Então leia a legenda abaixo da
gravura, irmãzinha.
– Diamante em estado bruto. - li
em voz alta. - Ai, droga! - levantei-me chocada.
– Ele te deu um diamante? -
Emmett puxou o livro para si, bestificado.
– E você jogou fora? - Lice pôs a
mão no peito.
– Merda! - saí do escritório
correndo e fui procurar a pedra.
Meus amigos me ajudaram nas
buscas, mas como eu estava preste a ser coroada a rainha da má sorte,
obviamente não encontramos nada.
Logo anoiteceu e fui obrigada a
ir para meu quarto me arrumar pra festa de inauguração do Resort. Antes disso
resolvi fazer um agrado a Edward. Tinha esperança de ganhar outro diamante e
conseguir parar de me lamentar por tanta estupidez.
Fui até a casa na árvore levando
comigo uma travessa de salada verde. Subi os degraus com cuidado e assim que
atravessei a porta avistei Edward sem camisa, deitado no saco de dormir
brincado de ligar e desligar sua lanterna.
Ele percebeu minha presença e
desligou a lanterna. O escuro deixou-me inquieta, mas dessa vez não tomei
nenhuma atitude precipitada. Segundos depois a lanterna estava ligada
novamente, só que agora, em minha direção. O fecho de luz que apontando para os
meus pés passou por todo o meu corpo, até chegar a meu rosto. Pisquei os olhos,
incomodada com a claridade.
– Trouxe um presente para você. -
falei bem devagar, pois começava a desconfiar que ele era capaz de ler nossos
lábios. - Bella não é legal? - sorri cínica. Aproximei-me e lhe estendi a
travessa.
Edward ficou de joelhos, analisou
tudo desconfiado e finalmente aceitou a salada. Mesmo ele já tendo colocado a travessa
do seu lado, continuei com a mão estendida, esperando a minha parte da troca.
O anormal revezou olhares entre
minha mão e meu rosto, e no momento em que pensei que ele tinha entendido,
simplesmente apertou minha palma em um cumprimento.
Legal, agora ele sabe cumprimentar? Ódio!
– Er... - resolvi ir direto ao
assunto. - Não vai me dar outra pedra? Achei aquela tão linda.
Ou ele não ouviu ou fingiu que
não entendeu, pois pegou uma pedaço de alface e colocou na boca totalmente
indiferente. Bufei, derrotada. Olhei para baixo e algumas folhas de papel, em
cima do saco de dormir chamaram minha atenção. Pareciam desenhos, por isso,
estendi a mão para pegar um. Edward deteve-me, agarrando meu pulso com firmeza.
Estremeci, com medo demais para gritar ou reagir. Ele olhou bem dentro dos meus
olhos e minha respiração disparou de pavor. Quis me defender, meus músculos
desejaram lutar, porém, a profundidade de seu olhar me manteve presa à suas
íris até que o medo, aos poucos, me abandonou. Senti que estava segura e que
não precisava fugir. Arfei por uma última vez, depois caí de joelhos,
totalmente relaxada.
Edward desviou o olhar soltando
meu pulso com delicadeza. Fiquei confusa, porém isso não diminuiu a sensação de
bem estar e de uma estranha confiança naquele homem. Alguma coisa ele tinha
feito, eu só não sabia o que.
Sentei-me e sem medo algum peguei
o desenho. Dessa vez, o homem não me deteve. Respirei fundo e busquei voltar a
meu antigo estado de espírito.
– Você é bom. - murmurei
examinando o desenho. Era uma grande casa de madeira, rodeada por árvores e
plantas. - É a sua casa? - o encarei e ele não respondeu, limitou-se a comer.
Lógico que o selvagem estava com
saudades de casa. Coloquei-me no lugar dele por alguns segundos: uma cidade
estranha, costumes que não fazem sentido, pessoas bizarras que correm e gritam
sem motivo aparente... Nossa! Devia ser uma barra para alguém que viveu isolado
por tanto tempo enfrentar a rotina de uma metrópole.
Senti uma ponta de culpa por
tê-lo recepcionando tão mal. O medo que senti dele agora parecia infantil e
desnecessário. Engraçado como o desconhecido pode alimentar o pavor, limitando
nosso raciocínio.
Desconcertada, procurei ser
gentil. Puxei o bloco de notas do meu bolso e escrevi:
Gostou da salada?
Edward sinalizou um sim com a cabeça. Insisti um pouco mais.
Está gostando de Orlando?
Respirou fundo, então balançou a
cabeça sinalizando o não que eu já esperava.
Abusei um pouco da sorte e
perguntei:
O que fez comigo? É algum truque?
Ele riu baixinho. Como não me
respondeu, passei para outra pergunta:
Você gosta da gente?
Esperei ele pensar, depois, com a
uma expressão cômica, quase que pedindo desculpas, sinalizou que não. Ri sem querer.
– É, tem dias que também não
gosto de mim.
– BELLA! BELLA! - reconheci o
grito de Alice.
– Preciso ir. Aparece na festa. -
levantei-me. Antes de atravessar a porta, olhei para trás e notei que aquele
homem era muito mais misterioso do que eu imaginara.
(...)
Trancadas no quarto, Alice
terminava de me maquiar quando falou:
– Vamos repassar o plano.
– Devo parecer feliz, não deixar
os comentários de Brad me afetarem, ficar o máximo de tempo possível ao lado
Edward e não jogar fora nada do que ele me der.
– Muito bem. - aprovou passando
batom em mim. - Estamos prontas.
Ficamos de frente para o espelho,
constatando que estávamos bem bonitas apesar do uniforme. Lice tinha
confeccionado nossas roupas de festa. Algo neutro e padrão, mas com muito
estilo. Os vestidos eram pretos, na altura do joelho e com uma plaqueta no
peito onde estavam gravados nossos nomes. Os rapazes também vestiriam preto.
Blusa de botões e calça social.
– Estamos umas gatas! - ri.
– Isso mesmo, agora diga: minha
noite vai ser maravilhosa, só coisas boas vão acontecer comigo.
– Vou é enfiar a mão na sua cara!
- como ela tinha coragem de falar aquilo depois de tudo que aconteceu? - Vai lá
ver como está a festa, logo desço. Preciso me concentrar antes de enfrentar
Brad e suas fãs.
– Tudo bem. Estarei te esperando.
Fiquei alguns minutos me
lembrando de todos os defeitos do meu ex-namorado e repelindo qualquer
sentimento de desejo ou saudade.
Nervosa, desci as escadas e fui
para sala. Lá esbarrei com o tiozão, que foi logo me cantando na maior cara de
pau.
– Nossa. Que linda. - se
aproximou mais do que deveria.
– Espero que goste da festa. - como
ele era um hóspede tentei ser simpática e ao mesmo tempo mostrar que não estava
interessada nele. - Me dá licença, preciso trabalhar.
– Espera, lindeza, eu quero... - e
ele praticamente espirrou na minha cara. De olhos fechados e morrendo de nojo,
senti os respingos repugnantes na minha pele. - Me desculpe, meu amor, estou
resfriado.
Não consegui me controlar. Corri
até a janela e limpei o rosto na cortina. Esfreguei com toda força tentando me
livrar dos germes.
– Que nojento! - arfei.
– Com licença. - o imundo foi
embora constrangido.
Sem ânimo, me arrastei até o
jardim. Achei que encontraria o Link 69 tocando e muitas pessoas se divertindo,
mas ao invés disso os rapazes retiravam os instrumentos do palco e os fãs da
banda pareciam se preparar para exigir o dinheiro dos ingressos de volta.
Corri até a parte coberta do
deck, onde Edward, Jasper e Alice estavam.
– Droga! Droga! Droga! - Lice
vociferou quase batendo em meu irmão.
– O que aconteceu? - minha
pergunta foi respondida pelo som do trovão que ecoou no jardim. Olhei para o
céu e vi que o tempo estava totalmente fechado.
– Seu irmão fez o favor de ferrar
com tudo. - ela estava uma fera. - O burro achou que estaria economizando se
mandasse montar um palco sem cobertura.
– Como Jasper podia adivinhar que
ia chover? - ele emburrou. – Saco! Olha como eu organizei tudo direitinho. Lá
atrás fica a barraca de bebidas - apontou para o local. Dois colegas do colégio
vendiam as bebidas e metade do lucro seria nosso. - Tem bastante espaço pra
galera agitar, vendi quase 250 ingressos, fechei todas as entradas da casa e
deixei só a principal para os hóspedes. Ralei pra tudo ficar da hora, piso na
bola uma vez e já querem me culpar?
– Desculpa. - minha amiga baixou
a cabeça.
– Jasper magoou. - fungou. -
Talvez a culpa seja desse repentino azar que paira sobre a cabeça da Bella.
– Êpa! Eu não sou assim tão
azarada. - bastou eu fechar a boca e começou a chover.
O pessoal correu para se proteger
do aguaceiro embaixo das árvores, deck e principalmente dentro da mansão.
– Viu só? - Jazz apontou para a
chuva. - Algo está muito errado aqui.
– Me recuso a aceitar que sou
azarada. Logo o tempo vai melhorar e vamos nos divertir, pois não me produzi
toda à toa.
– Falando nisso... O que aconteceu
com a sua cara? - perguntou Alice.
– Por quê?
– A maquiagem está toda borrada.
Você parece um...
– Palhaço? - completou Jazz.
– Não brinca. - arregalei os
olhos. Logo me lembrei que era verdade, já que sem me tocar esfreguei a cortina
no rosto. Revoltada, chacoalhei-me choramingando. - Por que eu? De onde vem
esse azar?
De repente, Edward, que até
aquele momento ficou totalmente imóvel, lambeu o dedão e simplesmente o
esfregou em minha bochecha. Paralisei, confusa.
– Olha só... - Lice sussurro. -
Acho que Ed está começando a gostar de você.
– E ele demonstra isso passando
cuspe na minha cara? - fiz careta.
– Parece que está tentando limpar
seu rosto. - meu irmão riu.
Mais uma vez, o selvagem lambeu o
dedo e o esfregou em minha face.
– Ai... que nojo. - murmurei e,
por algum motivo muito, muito estranho, ele sorriu.
– Devia começar a ser gentil com
T-zed, lembre-se que precisa dele. - disse Jazz.
– Ah, claro. - resolvi retribuir
o gesto. Sem saber se era a coisa certa a fazer, lambi meu dedão e passei em
sua bochecha. - Gostou?
– Alerta vermelho, aí vem o Brad!
- Lice alarmou.
Eu não sabia se escondia meu
rosto borrado ou se me descabelava.
– Ei, Jazz o pessoal aí está
querendo o dinheiro de volta. Vieram cobrar de mim. É melhor você ir resolver a
parada.
– AHAHAHAHAHAHAHAHAH! - gargalhei
alto. - Edward, você ainda me mata de rir. - ofeguei colocando a mão no ombro
dele. Não sabia por que meus amigos me olhavam como se eu tivesse pirado. Oras,
foram eles que me aconselharam a fazer aquilo. - Me desculpe, Brad. O que
estava falando mesmo?
– Como ele pode ser engraçado se
nem fala? - questionou cruzando os braços.
Pisquei os olhos três vezes sem
saber o que responder.
– É que Bella borrou a maquiagem
e Ed estava tentando limpar com saliva. Ele não é um palhaço? - minha amiga
riu, mostrando mais uma vez que era a mentirosa mais insana do mundo.
– AHAHAHAHAHAHAHAH! - dessa vez
ri de nervoso.
– Ok... - meu ex ficou um pouco
incomodado. - Jazz, se vira lá. Vou buscar uma bebida.
McFadden saiu e eu continuei
rindo.
– AHAHAHAHAHAHAHA. - era difícil
parar com tanta desgraça acontecendo.
O cara da selva colocou o dedo
indicador no meio da minha testa e lentamente me afastou como se eu fosse algum
tipo de doente mental.
– Onde está Emmett? - questionei.
– Procurando a pedra. Ele não
consegue aceitar que ela já era. - respondeu meu irmão. – Gente, Jasper vai lá.
Jasper precisa enfrentar um bando de gente revoltada que vai trucidar ele.
– Espera. - examinei o aguaceiro,
as pessoas descontentes e o gramado perto do palco. - Não vão colocar essa
festa desastrosa na minha conta. Vou virar o jogo! Mano, vai lá dentro e coloca
uma música bem animada no volume máximo.
Tirei as sandálias e puxei Alice
para o meio do gramado, ignorando a chuva.
– O que está fazendo? Ficou
maluca? - esbravejou encharcada.
– Dance!
– O quê?
– Precisamos mostrar a essas
pessoas que é possível se divertir na chuva. Não faça essa cara de trouxa. O
que temos a perder?
– Dignidade?
– E algum dia tivemos isso? - ergui
uma sobrancelha.
– JAZZ, AUMENTA ESSE SOM! - ela
berrou tirando as sandálias.
Correndo o risco de sermos
taxadas de otárias, dançamos com toda a energia. Até arriscamos uns pacinhos
coreografados, coisa antiga, do tempo de colégio. A chuva caía ainda mais forte
e já não me preocupava com a maquiagem, vestido ou postura. Tudo que me
interessava era mostrar o quanto estava me divertindo, na intenção de chamar a
atenção para o foco principal daquela noite: diversão.
Girei de braços abertos sentido
as gotas frias em minha face. Até queria ver a expressão nos rostos dos
expectadores, porém tinha medo de que aquilo minasse minha coragem.
– JASPER GOSTOU DISSO! - meu
irmão chegou pulando feito um calango pisando em brasa.
Agora éramos três corajosos
ignorando os risos que ecoavam pelo jardim. De relance, vi Edward sentado no
chão nos assistindo como se fôssemos um interessante programa de TV.
De repente, Brad se aproximou tão
animado quanto eu. Ri da forma descontraia que dançou, ele realmente estava
curtindo. McFadden e meu irmão pularam e gesticularam para que as outras
pessoas se aproximassem. O mais louco é que deu certo. Logo o restante do Link
69 estava no gramado e algumas garotas perderam o medo da chuva.
Sem que eu esperasse, Brad pegou
minha mão e girou-me. Seu sorriso perfeito fez meu coração pulsar um pouco mais
forte e por um breve momento me esqueci de tudo. Apenas dancei, distraída com
aqueles olhos azuis tão vivos quanto à música que contagiou a todos, lotando o
gramando.
– Jazz, desliga lá o som. Eu tive
uma idéia. - ele gritou, em seguida cochichou com um dos caras de sua banda, o
qual rapidinho lhe trouxe um violão.
Quase todas as pessoas que
compraram ingressos e alguns dos hóspedes estavam na chuva, todos olhando para
Brad. Ele simplesmente começou a tocar e cantar uma música conhecida. Para
incentivar, acompanhei com palmas e muitos dos fãs dele me seguiram. Em
segundos já estávamos cantando juntos. O microfone e todos os instrumentos não
fizeram a menor falta, pois formou-se um coro animado que tornou a festa muito
mais interessante e interativa.
Brad caminhou por entre as
pessoas, espalhando charme e carisma. As garotas o desejavam e os homens o
admiravam. O cara cantava com entusiasmo e paixão, aos quais era impossível
ficar indiferente. Sem dúvida, ele tinha nascido para ser um astro do rock.
Eu estava feliz por a festa estar
se reerguendo, era horrível imaginar que minha falta de sorte pudesse estragar
a diversão dos meus amigos.
Cantei alto o refrão da música e
Lice me cutucou vendo que eu estava me envolvendo demais.
– Não esqueça que agora você tem
um namorado. - sussurrou no meu ouvido.
– Droga! Eu esqueci.
Era o momento de ser estratégica.
Com dificuldade, passei por entre a multidão. Fui até o local onde Edward
estava antes e nem sinal dele.
– Bella, Bella, encontrei!
Encontrei! - Emmett veio correndo até mim. - Achei o diamante.
– Cadê? - me empolguei.
Emm abriu a palma, e satisfeito a
exibiu. Meus olhos deviam estar brilhando de contentamento. E foi nesse exato
momento que um cara bêbado passou entre nós, batendo o braço com força na mão
de Emmett. Isso fez a pedra voar para o meio da multidão.
– NÃÃÃÃOOOOO! - gritamos com as
mãos na cabeça.
Sem me importar com mais nada, me
meti no meio da galera empurrando qualquer um que estivesse no meu caminho.
Tudo dificultava: chuva, poças de água, jovens pulando e dançando.
– E agora? - Emmett gritou no meu
ouvido.
– Eu não sei. - choraminguei.
Olhei para os dois lados e subitamente fui atingida por um marmanjo, que
saltara em cima de mim pra fazer gracinha na frente dos colegas.
Ambos fomos ao chão e
imediatamente reagi o empurrando para longe com muita força. Ele levantou-se, mas
eu não consegui fazer o mesmo, pois minha atenção foi roubada pela visão do
diamante a cerca de um metro e meio de mim.
– Emmett! - apontei.
Ele arregalou os olhos e saiu
abrindo caminho. Não perdi tempo, engatinhei até o local, sedenta pela grana
que aquela pedra me renderia. Sorri estendendo o braço para pegá-la, mas uma filha da mãe passou na minha frente e
acidentalmente chutou a pedra para longe. Ela rolou pelo gramado e a segui
desesperadamente. Meu amigo ajudou, tentando tirar as pessoas da frente, só que
as mesmas acabavam chutando o diamante para direções diferentes. Engatinhei o
mais rápido que pude, e mesmo assim não consegui tocar uma só vez na pedra.
Quando achei que a situação não podia piorar, um engraçadinho pulou numa poça e
a lama espirrou no meu rosto.
– Eu odeio a minha vida! - choraminguei
socando o solo.
Já estava para desistir quando
avistei novamente o diamante. Em uma última tentativa, engatinhei até lá e
joguei-me em cima do meu presente. O peguei ajoelhando-me, então admirei a
pedra em minhas mãos. Fui incapaz de dar atenção a qualquer outra coisa, até
que ouvi muitos gritos, só que não dei importância. Tudo o que importava era
que eu já não podia ser taxada de louca por ter jogado uma grana preta fora.
– BELLAAAAAA! - o berro de Alice
me fez olhar para trás. Estranhei ver as pessoas fugindo e a expressão de pavor
nos rostos dos meus amigos. Eles se afastavam cada vez mais e fiquei totalmente
confusa.
– O que... - meu murmúrio foi
interrompido por um rugido, o qual fez eriçar todos os pelos do meu corpo.
Lentamente girei a cabeça e olhei para frente. - Ai... minha... nossa... - um
puma grande estava com a boca aberta a alguns palmos de mim. Seus olhos
amarelos estavam focados na presa, que, no caso, era euzinha.
Instantaneamente me lembrei do
noticiário onde especulavam que o felino tinha fugido do zoológico. Eu não
sabia como ele entrou em minha casa. Podia ter escalado o muro, se escondido
nas árvores ou até mesmo entrado pelo portão... Não interessava, afinal, eu
estava preste a ser a atacada.
Pensei em correr, mas podia ser
pior e acabar sem um braço ou uma perna.
– Gatinho bonzinho. - minha voz
tremeu. Tentei me mover e o puma rugiu outra vez, petrificando-me.
De repente, alguém me puxou pelo
braço, fazendo-me ficar de pé. Fiquei surpresa em ver Edward se pondo entre mim
e o felino. O puma deu um passo em nossa direção, mostrando os dentes
pontiagudos.
O cara da selva baixou-se,
ficando quase que cara a cara com o predador. Ele olhou dentro dos olhos do
animal, da mesma forma que fez comigo horas atrás. Embasbacada, assisti o puma
manter o contato visual sem nem mesmo piscar os olhos. Aquilo era muito
perigoso, só que eu não consegui fazer nada além de observar. Aos poucos o
felino foi relaxando e me perguntei se ele podia estar sentido as mesmas coisas
que senti. Então, sem que eu esperasse, o bicho deitou-se sobre as patas,
parecendo quase inofensivo.
Edward levantou-se e o fitei,
completamente atônita. Ah, alguém ia ter que me explicar o que estava
acontecendo!
Continua...
Esse Edward tem parentesco com
o Michael do Crocodilo Dundee? Por que ele faz igualzinho pra domar os animais.
Impressionante! E ainda sabe luta marcial e desenha muito bem. O cara é um mistério
mesmo! E essa Bela é mesmo muita azarada, parece que tudo que pode dar errado
com ele dá. Agora vamos ao momento gargalhada de hoje: Edward dirigindo o jipe
de Emmett! Quase me escangalhei de tanto rir aqui. Espero que vocês estejam se
divertindo com essa fic tanto quanto eu. Beijos e até amanhã.
Eu estou amando cada cap desta fic muito engracada so vs pra me fazer rir louca pelo proximo cap ate amanha cedo beijusculo
ReplyDeleteQUE RAIO DE MACUMBA É ESSA EDWARD?? QUE DANADO É ISSO Q ELE FAZ PELO AMOR DE DEUS??? DA É MEDO kkkkkkkkkkkk Que cara mais misterioso... aaah, e acho q ele ja ta gostando da Bells' Genteee, ele deu um diamante pra ela *---* q lindooo
ReplyDeleteMEGA ANSIOSA PRO CAP DE AMANHÃ!! ~~e mais ansiosa ainda pro dia q ele vai resolver falar kkkkkkkk
Beijos :*
Gente estou sendo taxada de maluca na rua.... Estava lendo o capitulo de hj na rua e eu nao para de rir sozinha lendo a história. É mt hilária.
ReplyDeleteBeijocas até amanha!
EU ESTOU AMANDOOOOOOO ESSA FIC NUNCA ME DIVERTIR TANTO ASSIM.KKKKKKKKKKKKKKKKK ESPERO QUE O ED COM SEU JEITINHO CONQUISTE A BELLINHA.
ReplyDeleteCapitulo maravilhoso! Um Edward selvagem? Eu gosto! E muito, estou amando demais a fic, até amanhã.
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