Oi gente! Hoje vai rolar uma festa pra
lá de animada que, pra variar, acaba em confusão...
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
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como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 9 - Salada de Frutas II
O resto do dia foi tranquilo.
Meus amigos estavam ocupados com os preparativos da festa e o Link 69 ensaiou
em um dos cômodos. Fiquei no quarto cuidando do meu tornozelo na esperança de
ao menos conseguir andar até a noite de domingo.
Não toquei mais no assunto do
livro com Edward. Não queria estragar nosso clima de amizade.
Por volta das 23:00h o selvagem
foi dormir em meu quarto como havíamos combinado antes. Ele tomou banho e foi
para a cama auxiliar.
Como eu ainda estava furiosa pelo
que Brad me fez passar na noite anterior, resolvi radicalizar. Pedi a Emmett
que gravasse no computador meus gemidos e fizesse uma mixagem com gemidos de um
filme pornô bem doido, pois não tinha jeito de fazer Edward participar da
trama.
– Ed, nós vamos ouvir um CD
meio... incomum, mas não se assuste, só vai tocar por alguns minutos. -
Coloquei a mixagem no som.
– Porque incomum?
– É um presentinho para Brad. Se
ele pensa que pode competir comigo, está muito enganado. - Apertei o play do
controle remoto e o CD começou a tocar. Joguei o controle na cama e apreciei a
minha vingança. Assim como eu esperava, os gemidos de prazer soaram bem
ousados.
Com a ajuda das muletas fui até a
cama, desarrumei as cobertas e sentei-me lá. Edward também ficou sentado apenas
ouvindo.
– É você? - Ficou na duvida.
– Em parte. Truques tecnológicos.
- Ri.
Com as vozes misturadas, o som de
sexo selvagem pareceu bem real. Eu estava muito satisfeita até que do nada o
casal na gravação começou a berrar um misto de palavrões e xingamentos que me
deixaram sem ação. Eram coisas tão insanas que eu tive medo de olhar a
expressão de Ed, mas a curiosidade falou mais alto.
– Que bom que você não entende
certas coisas. - Murmurei, envergonhada.
– É impossível não entender isso.
- Enxugou o suor da testa, em choque. Certamente ele nunca tinha ouvido aquele
tipo de coisa.
– Que vergonha. - Afundei o rosto
no travesseiro. A baixaria continuou a rolar solta.
– Que
coisa mais... - O selvagem ficou sem palavras.
– Eu sei. - Ergui a cabeça.
– Todos vão pensar que sou eu
quem está falando isso tudo? Por que eu chamaria alguém de cachorrona?
– Desculpe. - foi a única coisa
que consegui dizer. - Acho que por hoje está bom. - Levantei-me disposta a
quebrar o CD e a cara de Emmett.
E foi nesse momento que...
– BELLA! - Imediatamente
reconheci a voz de Brad. - BELLA!
– O QUÊ? - Gritei o mais alto que
pude.
– DROGA! ESTOU TENTANDO DORMIR! -
Meu ex estava irado.
Busquei o controle entre as
cobertas, só que não consegui achar. Os gemidos se tornaram simplesmente
insuportáveis.
– TÁ BOM! - Berrei.
– QUERO DORMIR! - Repetiu.
– Procura o controle, procura! -
Falei para Edward, enquanto jogava as cobertas para o alto, então, sem que
ninguém esperasse, ouvimos...
BÉÉÉÉÉRRRRRRRR.
– Meu Deus! - Paralisei.
– TEM UM BODE AÍ?
– NÃO!
BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRRRRRRRR.
– Definitivamente é um bode. -
Edward concordou bestificado. - Meu Deus, o que ele está fazendo lá?
Totalmente aflita, fiquei de pé
na cama e só aí consegui avistar o controle no chão. Morrendo de dor no
tornozelo, saltei da cama e rapidamente o peguei. Apertei o botão de desligar,
só que não adiantou.
Minha voz, os gemidos do filme e
o bode berrando foi a coisa mais humilhante e inacreditavelmente bizarra que já
ouvi na vida.
Dei uma batida no controle e ele
finalmente funcionou. Assim que a insanidade cessou, enrolei-me em um lençol
para parecer que eu estava sem nada embaixo dele e manquei até a janela.
– Melhorou? - Ofeguei suada.
– Vocês me dão nojo. - Brad
fechou sua janela com força.
Desconcertada, virei-me para
Edward dizendo:
– Fiz besteira, né?
– Béééérrrrrr. - Ele gargalhou.
Depois do mico fenomenal, desisti
totalmente da competição de gemidos. Decidi que nunca mais ia me meter naquele
tipo de furada.
(...)
O domingo a noite chegou mais
rápido do que eu podia imaginar. Do meu quarto conseguia ouvir o som do Link 69
tocando no jardim. Havia uma gritaria empolgada típica de festas lotadas.
Virava e mexia a galera gritava em coro o nome da banda. Brad devia estar em
seu céu particular.
– Prontinho. - Alice fechou o
zíper do meu vestido.
– Preciso usar isso? Não combina
com as minhas muletas. - Ironizei. Ela me obrigou a usar um vestido de estampa
floral verde, idêntico ao seu.
– Está todo mundo vestido assim.
Não faça birra. Até T-zed foi intimado a usar o uniforme já que agora ele é um
funcionário do Resort.
– O que ele está usando? - Me
preocupei.
Assim que terminei de falar,
bateram na porta do quarto.
– Entra. - Lice disse em voz
alta.
Ele entrou e eu caí na
gargalhada.
– É esse o uniforme? - Apontei
para o selvagem. Ele usava apenas uma bermuda com a mesma estampa de nossos
vestidos. Eu esperava algo mais formal, não tão... a cara dele.
– É FESTAAAA, MEU POVO! - Emmett
já chegou agitando com uma garrafa de whisky.
– Oh, meu Deus! - Gargalhei. O
otário também estava só de bermuda.
– Anda, Jasper. - Emm o chamou
aos berros. - Deixa de ser frouxo, rapá.
– Olha só quem fala... só porque
afogou o ganso se acha melhor que eu. - Vimos só a cabeça do meu irmão na
porta.
– Qual o problema? - Indaguei.
– Jasper está um pouquinho
branco. Jasper não ficou bem só de bermuda.
– Véi, anda logo, vamos batizar a
noite. - Emm ficou impaciente.
– Tá bom. - Timidamente, Jazz se
aproximou. Ele estava certo, ficou ridículo só de bermuda exibindo aquele peito
branco e magrelo.
– Vamos batizar a noite? - Me
animei.
Eu e meus amigos fizemos um
circulo e Edward ficou de fora, apenas observando.
– Vem T-zed, se junte a nós. -
Disse Emmett.
– O que vão fazer? - Ele ficou
com um pé atrás.
– É só uma pequena tradição. -
Lice explicou.
– Você é um dos nossos agora. -
Sorri. - Vem cá, vem.
Edward se aproximou e fechamos o
circulo.
– Esperem, antes preciso
distribuir os colares. - Alice correu para pegar sua bolsa em cima da cama.
– Se tivesse esquecido, Jasper te
mataria. - Meu mano estendeu as mãos, ansioso.
– Colares? Alguém me situa. -
Implorei.
– Dãããã! - Emm revirou os olhos.
- Nós estamos promovendo a única e revolucionaria “festa das frutas”.
– Hã? - Fiquei confusa.
– Eu explico porque a idéia foi
minha. - Lice saltitou e tirou da bolsa vários colares com pingentes medianos
em formato de frutas. - Todos lá fora já estão usando, distribuímos na entrada.
É simples, quem estiver usando este colar de laranja - O exibiu. - Está sujeito
a abraços. É quase uma placa dizendo: me abrace se quiser. Quem estiver usando
o de pêra está praticamente pedindo beijinhos no rosto. Já quem estiver usando
o de morango, bem, está se liberando para muuuiiitooos beijos na boca e por
último... - Chacoalhou um cordão com um pingente de uva. - Quem quiser...
– Um vuco-vuco chacoalhado... .-
Jazz completou. - É só usar um colar igual ao de Jasper. - Meu irmão tomou o
colar das mãos de Alice.
– É isso que estavam escondendo
de mim? - Fiquei boba.
– Bastou você ficar de fora que
deu tudo certo. O Resort está lotado, vendemos todos os ingressos. Foi mal,
bananinha louca. - Emmett me deu um tapinha nas costas.
– Quer saber, fizeram bem. -
Sorri. - Isso de festa das frutas foi uma grande idéia, vai dar o que falar.
– Então, que vão querer? - Lice
estava a fim de ver o circo pegar fogo.
– É nóis! - Emmett tratou de
colocar o de uva no pescoço.
– Eu não sei... - Fiquei na
duvida. - Me dá um de pêra. - Estendi a mão.
– E você T-zed? O que vai ser? -
Ela sorriu maliciosa.
– Não quero, obrigado.
– O quê? Não senhor. Você vai de
laranja. - Colocou um colar no pescoço dele. - Se quiser mudar de fruta é só
falar comigo.
– Vamos ou não vamos encher a
cara? - Resolvi animar. - Eu quero me divertir, caramba!
Emmett abriu a garrafa e cada um
deu um gole grande. Era nosso jeito de dar boas vindas à diversão. Quando a
garrafa chegou às mãos de Edward, ele hesitou.
– Qualé, véi! Bebe aí, T-zed! -
Emm incentivou.
– Nunca bebi antes. - Explicou.
– Tem vitaminas e faz crescer.
Bebe, pode confiar. - Disse Jasper.
– É, faz crescer. - Alice
sussurrou para mim. Precisei cutucá-la para que parasse.
– Vira! Vira! Vira! Vira! - Meus
amigos puxaram o coro e tive que acompanhar. - Vira! Vira! Vira!
E, pela primeira vez na vida,
Edward bebeu. Obviamente fez uma careta como todos nós, mas não colocou tudo
para fora como eu esperava.
– É forte e... queima. - Sorriu.
- Acho que gostei!
– Pessoal, agora vamos votar.
Quem acha que o Jasper deve vestir uma camisa? - Perguntei e todos levantaram o
braço.
– Saco. - Ele resmungou.
– Essa noite vai ser demais. -
Sussurrei para Alice.
(...)
DEMAIS UM CACETE! A
noite estava horrível!
Ok, ok, confesso, horrível só
para mim.
A decoração no estilo “selva”
ficou linda. Havia mesa de frutas, arranjo de flores, palmeiras artificiais e
muito mais. O Link 69 animou a galera de uma forma extraordinária. Todos se
divertiam a valer.
O problema é que eu fui
totalmente ignorada pelo sexo masculino por estar de muletas. Já o cara da
selva... ódio. Foi mais abraçado que ursinho de pelúcia. Eu não tinha dúvidas
de que era pelo fato de estar sem camisa exibindo aquele abdome impossivelmente
duro. Meus amigos continuaram empurrando bebida nele e o cara não dispensou um
copo. Vou te contar, esses certinhos surpreendem. Como eu não podia dançar e
ninguém me beijava, joguei minha frustração sobre um litro de vodca.
Por não estar me locomovendo, lá
pela 1:30h a bebida já tinha subido pra minha cabeça eu fiquei meio...
– Don't
need no credit card to ride this train. It's strong and it's sudden and it's
cruel sometimes. But it might just save your
life. (Não
precisa de cartão de crédito pra subir nesse trem. É forte e repentino e às vezes é cruel. Mas
pode salvar sua vida...) – Gritei chacoalhando a muleta esquerda no
ar ao som de The Power
of Love. Brad sabia que eu ficava louca com aquela música. - That's the power of love (Esse é o poder do amor...)
– Bella, cuidado. - Alice
alertou, dançando com um carinha a uns três metros de mim.
– Tou joiada! - Típico orgulho de
bêbado. - Eu vou até dançar. - Larguei as muletas. Claro, óbvio e lógico que
imediatamente desabei para o lado - Ai. - Gemi, depois gargalhei feito uma
otária. - EU ESTOU VIVA, CASO ALGUÉM SE IMPORTE. - Gritei na direção de Edward,
o qual estava recebendo outro maldito abraço.
– Ei, quer ajuda? - Ele se
aproximou rindo.
– Não. - Fiquei de quatro. -
Consigo sozinha. - Edward ficou à minha espera, só que não consegui me erguer.
- Eu consigo! - Garanti. - Tá, eu não consigo. - Bufei, então, ele me ajudou e
me devolveu as muletas.
– Chateada?
– Eu? Nããããooooo. Magina! Por que
estaria?
– Não sei. - Franziu o cenho.
– Não se preocupe. - Peguei minha
garrafa de vodca. - Eu estou altamente... - Não consegui pensar em nenhuma
palavra que descrevesse o meu estado.
– Altamente? - Ergueu uma
sobrancelha.
– Co-coisativa. - Hã?
– Coisativa?
– Sim... Altamente coisativa -
Fiquei meio perdida. - Agora já pode voltar aos seus abracinhos. Vai!
– O que você tem?
– Oras, Edward... - Bati a muleta
no chão. - Era pra você estar fingindo ser meu
namorado e não ficar
ciscando no galinheiro.
– Do que está falando? - Riu. -
Você não quis praticar o capítulo três, por isso achei que tinha desistido.
– Aprenda uma coisa - falei com
vontade. - Quando as mulheres dizem não é quase sempre SIM!
– É sério? - Coçou a nuca,
confuso.
– Acredite em mim. - Fiquei
emburrada.
– Quer começar a fingir agora?
– Não. - Nem tinha clima. Edward
veio para o meu lado e colocou um braço atrás de mim. - O que está fazendo?
– Não é sim. - Explicou com uma expressão
cômica e aturdida.
– Puta que pariu. - Jasper já
chegou xingando.
– O que foi? - Dei um gole na
vodca.
– Aqui tá muito paia, Jasper num
tá pegando ninguém e Emmett desapareceu. Jasper tem cara de repelente de
mulher?
– Vista uma camisa, idiota. - Por
que meu irmão queria mostrar suas costelas?
– Bella, troca de colar com
Jasper. Quem sabe Jasper não ganha um beijo no rosto?
– Toma. - Entreguei-lhe meu colar
e coloquei o dele em meu pescoço. Não fazia diferença, pois que ninguém se
aproximava de mim.
– Ma tahan sind - Fiquei besta
quando vi a dona Bogdanov vindo em nossa direção. Ela até usava dois cordões de
uva. - Ma tahan suudelda.
– Merda! Essa véia doida está
perseguindo Jasper a festa intera. - O carinha estremeceu. - Hora de Jasper
vazar! - Saiu andando rápido e a dona Bogdanov o seguiu.
– Seu irmão é uma figura. -
Edward riu.
– Que bafo de bebida. Quantas
tomou?
– Não sei dizer.
– É pouco. Que beber mais? -
Ergui a vodca sorrindo.
– Sim. - Concordou imediatamente.
– Viciado. - Zombei.
(...)
O selvagem e eu esvaziamos a
garrafa e nossas ações seguintes ficaram um pouco incoerentes.
– SAÍ DA FRENTE, CAMBADA! -
Gritei pro povo enquanto Edward me carregava nas costas cortando caminho pela
multidão.
As pessoas pulavam, dificultando
nossa passagem, mas para ser sincera, pouco importava já que eu estava me
divertindo muito chacoalhando uma das mãos para o alto. Jasper e Alice ficaram
na nossa cola, talvez com medo de que eu aprontasse.
Assim que chegamos perto do palco
falei no ouvido de Ed.
– Pode me colocar no chão, aqui
está bom.
Ele obedeceu, mas não tirou as
mãos de minha cintura, dando-me apoio. Minha amiga e Jazz ficaram dançando à
nossa volta liberando geral. Edward estava bastante risonho por causa da biritinha
e isso me fazia gargalhar constantemente.
– Extravasa, Ed! - Tratei de
deixá-lo ainda mais animado. - Dança comigo.
– Eu não sei. - Respondeu perto
do meu ouvido.
– Só se deixe levar pela música.
- Coloquei minha perna machucada junto ao quadril dele, apoiando-me num pé só.
Isso fez com que ele se encaixasse em mim. Como continuou segurando minha
cintura, pendi um pouco o corpo para trás mexendo o quadril e isso
automaticamente o obrigou a mexer também. Passei minhas mãos pelos cabelos
cantando com entusiasmo. - You know
you got me goin' now (Você
sabe que você me mantém agora...) Just like I knew you would (Assim
como eu sabia que você faria...) Agita, Ed! - É, eu estava muito doida. - Well, shake it up baby now (Bem,
agite seu corpo baby, agora...).
Alice passou perto de mim e
sussurrou em meu ouvido:
– Assim você acaba com a criança.
Não entendi bem o que ela quis
dizer e continuei a curtir. Coloquei minhas mãos em volta do pescoço do
selvagem ao falar:
– Viu, você sabe dançar.
Por causa dos movimentos minha
perna deslizou para baixo, só que Edward agarrou minha coxa com força e a
recolocou em seu quadril. Ficamos mexendo de um lado para outro suavemente.
Minha amiga outra vez passou
perto de nós e cantarolou:
– Tem gente assistindooo.
Ed e eu olhamos para o palco
vimos que Brad boy não estava nada satisfeito. Vibrei por dentro.
Coloquei minha boca perto da
orelha do selvagem e sussurrei:
– Ria como se eu tivesse te
falado algo muito engraçado. - O cara riu mesmo, por algum motivo achou minhas
intenções irônicas.
Já que eu estava bêbada, resolvi
chutar o pau da barraca. Lambi sensualmente a orelha de Edward, o qual
involuntariamente arrepiou-se. A risada de Alice foi tão alta que era
impossível não ouvir. Naquele momento só me preocupei em manter a farsa e
tripudiar em cima do meu ex. Então, mordisquei o lóbulo da orelha do meu namoradinho para que todos vissem.
– Não estudamos isso. - Ele
murmurou com a voz rouca.
– Eu sei o que estou fazendo. -
Precisei me concentrar, pois estava meio tonta. De dentro de mim emergiu a
mágoa e as lembranças de tudo que sofri, elas serviram de combustível para
minha loucura. - Não se preocupe. - Agarrei os cabelos dele e sem nenhuma
cerimônia suguei parte de sua orelha. Fiz o meu melhor, demorando mais tempo do
que planejei. Edward apenas ofegou. - Concentre-se em nossa atuação. - Pedi
fechando os olhos. Ele me abraçou com vigor e eu continuei a distribuir beijos
por sua orelha enquanto afundava meus dedos em seus cabelos. Ele ficou tão
arrepiado que me senti culpada por estar extrapolando. - Acho que está bom...
por hoje. - Me afastei um pouco.
– Vamos... - Evitou me encarar. -
Tomar um ar.
– Sim.
(...)
A banda continuou tocando e a
noite seguiu agitada. Precisei parar de beber, se não era capaz de capotar.
Outro integrante do Link 69 assumiu o vocal e Brad desapareceu. O filho da mãe
devia estar passando o rodo na mulherada.
Apoiada em minhas muletas, fiquei
perto da piscina analisando a festa enquanto esperava Ed voltar com a minha
água. Então, ouvi um sussurro que me fez sobressaltar.
– Te peguei. - Olhei para o lado
e quase gemi de dor ao perceber que era meu ex. - Se assustou? - Riu.
– Não. - Menti.
– Gostando da noite, Bells? -
Sorriu debochadamente sexy.
– Claro.
– Sabe, você tem um colar de uva
e eu também. - Exibiu o seu. - Porque não fugimos? Nós somos tão bons nisso.
Gargalhei alto. Não premeditei
que soasse zombeteiro, mas soou.
– Passo minha vez.
– Está brava comigo? - Acariciou
meu braço.
– Não. - Me fiz de forte.
– Não machuque meu pobre coração.
- Fez biquinho.
– E você tem um? - Puts, só
bêbada conseguia dizer aquilo.
– Ai. Essa doeu. - Sorriu. - Sabe
o que eu mais queria essa noite?
– Não faço idéia. - Revirei os
olhos.
– Queria que se lembrasse de como
éramos perfeitos juntos. - Sussurrou em meu ouvido.
Achei aquela frase irônica
demais, pois me lembrei do que ele me disse ao me deixar.
“Não dá, Bells. Você é uma boa
menina, mas eu preciso de uma boa mulher. Você vai superar rapidinho.”
Encarei McFadden ferida demais
para dizer qualquer coisa que não fosse...
– Não dá, Brad. Você é um bom
menino, mas eu preciso de um bom homem. Você vai superar rapidinho.
Ele logo tomou consciência de que
eram suas próprias palavras e ficou sério como eu nunca vi antes. Eu ainda o
amava, mas minhas burradas até aquele momento começaram a me mostrar um caminho
melhor a seguir. E como se o universo finalmente conspirasse a meu favor,
Edward retornou.
– Sua água. - Me estendeu a
garrafa.
– Nossa, o domador fala. - Brad
recuperou seu sarcasmo. - Que demais, sócio.
– Sócio? - Ed não entendeu a
piadinha. Meu ex devia acreditar que estava me dividindo com o selvagem.
– Você não vai mais cantar? -
Mudei de assunto.
– Não. É minha vez de aproveitar
a noite. - Me olhou de uma forma maliciosa.
Dessa vez, Edward percebeu o que
estava rolando e colocou um braço em volta dos meus ombros.
– Ótimo show. - Elogiou com uma
inesperada sinceridade.
– Obrigado, faço o que eu posso.
- McFadden assentiu como se esperasse aplausos. - E você? Tirando muitas fotos
com o puma?
– Algumas.
– Deve ser... - Suspirou
debochando. - Nem tenho palavras, amigo.
Fitei Ed e seu olhar não era o
mesmo que eu costumava ver. Existia algo mais profundo, ameaçador e primitivo
nele.
– Edward? - Por um momento não o
reconheci.
Brad percebeu que afetou meu
falso namorado e provocou.
– Algum problema? - Se aproximou.
– Não o provoque. - Pedi. Não era
legal ficar no meio do fogo cruzado.
Os olhos de Edward eram tão
ameaçadores e, ao mesmo tempo, tão vazios que me fizeram lembrar os do puma
quando quase me atacou.
– Nenhum problema. - Disse
ríspido.
– Edward, vamos entrar. - O
cutuquei.
De repente, ouvimos estampidos
altíssimos que provocaram uma histeria coletiva.
– Cuidado! - Brad puxou-me para
baixo e eu puxei Ed. Sem equilíbrio algum, pendi para trás. Ao tentar me
segurar nos rapazes, acabei levando-os comigo para dentro da piscina.
Mesmo dentro da água, ainda podia
ouvir os estampidos. Emergi com a ajuda de McFadden e o que eu vi me deixou
apavorada.
– SOCORRO! SOCORRO! SOCORRO! -
Emmett corria erguendo a bermuda enquanto o italiano atirava para todo lado,
totalmente enlouquecido. Sua esposa, só de lingerie, tentava detê-lo agarrando
seu braço. - ALGUÉM ME AJUDE PELO AMOR DA MINHA VIDA! - Meu amigo corria pelo
jardim, desesperado.
– Minha nossa! - Ignorando o meu
tornozelo, saí da piscina o mais rápido que pude. - NÃO ATIRE! - Gritei, só que
o corno infelizmente continuou a perseguição xingando em italiano.
– ALGUÉM FAZ ALGUMA COISA! -
Alice se aproximou chorando. Jazz se escondeu atrás dela e a Bogdanov se
agarrou a meu irmão.
Rosalie dificultou a mira do
marido, que, por milagre, não matou Emmett. O pessoal que estava na festa
evaporou de uma forma inacreditável. Quando se trata de tiroteio, todos se
tornam velocistas. Emm veio correndo em nossa direção e notei que agora até eu
estava ferrada.
– Todo mundo pro chão! - Caí
levando Jazz e Lice comigo.
– É BALA! - Meu irmão cobriu a
cabeça.
Quando Emm já estava bem próximo
a nós, corajosamente desistiu para que não fossemos atingidos por balas
perdidas.
– Tudo bem. Eu me entrego. - Colocou
as mãos atrás da cabeça.
Ofegando feito um touro, o
hóspede encostou o cano da pistola na testa de meu amigo, o qual caiu de
joelhos choramingando.
– Eu não vivi o suficiente meu
senhor, tenha dó mim.
– Diga suas últimas palavras,
maldito. - O homem rosnou cheio de ira.
– Não o mate, pelo amor de Deus!
- Gritei ficando de joelhos também. O corno virou a arma em minha direção. -
Cape ele, mas não mate.
– O quê? - Emm arregalou os
olhos. - Capar não! Nada disso. Tudo menos capar. Me mate! - Segurou o cano da
arma e colocou contra sua testa.
– Cala essa boca, Emmett! -
Revoltei-me.
– Rápido, Edward, use seu Krav
Magá contra ele! - Jazz falou alto.
– Muito obrigado por alertá-lo
sobre isso, Jasper. - O selvagem respondeu ao sair da piscina.
O homem percebeu que nos manter
separados era um risco.
– Fiquem todos juntos! Todos! -
Colocou-nos sobre sua mira.
O corno não quis papo e nos usou
como reféns. Obrigou-nos a entrar na mansão e, sob ameaças, colocou-nos dentro
do banheiro que ficava em um corredor perto da sala.
– Vai nos matar aqui? - Lice
choramingou. - Eu não quero morrer em um banheiro.
– Meil nalja. - Dona Bogdanov ri
alto.
– O que essa mulher falou? - O
italiano considerou uma ofensa.
– Ninguém sabe. - Murmurei.
– Acham engraçado debochar de
mim? Ficaram me chamando de corno pelas costas? - Chacoalhou a arma suando
muito.
– Imagina se a gente ia fazer um
negócio desses, meu senhor. - Com cautela, dei um passo à frente e ele foi para
a soleira, nos deixando acuados. - Aqui todo mundo entende sua dor. Nós também
já fomos traídos, não é pessoal? - Quase todos assentiram.
– É verdade. - Meu irmão
interveio. - Jasper já foi traído tipo, umas cinco vezes.
– Quer me fazer acreditar que já
conseguiu alguma mulher com esse peito branco albino? - O italiano não gostou
da mentira.
– Que droga! - Jazz socou o ar. -
Nem todo mundo gosta de se bronzear, caramba. - A cozinheira alisou o braço
dele o consolando. Meu irmão encarou a senhora, depois, voltou-se para o corno.
- Por favor, me mata primeiro.
– Eu acho isso muito injusto. -
Brad se pronunciou. - Não tenho nada a ver com os problemas conjugais de
ninguém. Nem deveria estar aqui.
– Ele tem razão. - Disse Alice. -
Você devia despejar sua ira sobre sua esposa biscate. Ninguém aqui mandou ela
“dar” para o nosso amigo.
– Espera aí, coleguinha. -
Rosalie se aproximou. - Quem você pensa que é pra falar assim de mim?
– Você que nos meteu nessa
encrenca só porque não conseguiu segurar a perseguida. Minha filha, não venha
cheia de moral que eu to aqui tinindo de vontade de dar na sua cara. - Minha
amiga revidou.
– Experimente tocar um dedo em
mim, sua vaca em miniatura.
A loira pediu e levou, mas logo
em seguida retribuiu o tapa. As duas se atracaram bem na minha frente.
– Ei, ei, ei! - Me meti entre
elas tentando separá-las. - Isso não é hora de brigar. - Rosalie foi bater em
minha amiga e acabou me atingindo na face. Caí sentada.
– Agora eu é que vou descer o
braço! - Emputei.
– SILÊNCIO NESSE PUTEIRO! - O
italiano ficou furioso.
– Calma. - Reclamei. - Mata, mas
também não xinga.
Ed me ajudou a levantar.
– Amor, esqueça tudo isso, vamos
fazer as pazes. - A loira tentou ser persuasiva.
– Cala a boca, sua cretina. -
Vociferou. - Preciso pensar.
– Deixem ele em paz. - Edward
murmurou.
– Já sei o que fazer. - O hóspede
pegou a chave na fechadura e bateu a porta dizendo. - Vou chamar o meu pessoal.
– O que ele quer dizer com
“pessoal”? - Fitei Rosalie.
– Vocês não vão querer saber. -
Sorriu envergonhada. - Mas não se preocupem, ele não pode nos matar, está
proibido de matar nesse país. Ordens da máfia italiana.
– Máfia italiana? - Alice indagou
por entre dentes quase voando no pescoço de Emmett.
– Não tinha isso escrito no corpo
dela. - Justificou-se. - Não me olhem assim. - Ele foi até a porta e tentou
abri-la. - Está trancada. Vamos arrombar?
– Jasper acha que é melhor não
fazer nada que irrite o cornudo.
– Alguém tem um celular? -
Perguntei.
– Eu tenho. - Brad o tirou do
bolso de sua jaqueta. - Só que não funciona mais. - Balançou o aparelho, o qual
respingou água. Chateado, jogou o telefone dentro da privada.
– Ja nüüd? - A cozinheira falou
alto. A fitamos tentando decifrar que porcaria estava falando. - Viibimine
rahu.
– Vibi... o quê? - Balancei a
cabeça. - Assim não dá! Ela só pode estar curtindo com a nossa cara.
(...)
Sentados no chão, esperamos e
esperamos...
– Há quanto tempo estamos aqui? -
Perguntou Alice.
– Mais de três horas. - McFadden
verificou em seu relógio de pulso.
– Isso é pior do que quando
Jasper e eu fumamos maconha estragada. - Emm resmungou.
– Altamente coisativo. - Jasper
murmurou.
– Afinal, o que é coisativo? -
Edward perguntou.
– Ei, T-zed, por que não atacou o
corno como fez com o cara do cinema? - Jazz afastou-se pela décima vez da dona
Bogdanov.
– Meus reflexos não estavam bons
por causa da bebida e também não queria colocá-los em risco.
– Grande rei da floresta. - Brad
debochou.
Emmett ficou se contorcendo de
uma forma bizarra.
– O que você tem? - Perguntei.
– Acho que preciso usar o
banheiro.
– NÃO! - Todos gritamos ao mesmo
tempo.
– Já chega, temos que pensar em
um jeito de escapar. - Disse Alice.
– Vamos obrigar essa estoniana
pervertida a cavar um túnel. - Meu irmão fez cara feia para dona Bogdanov, a
qual suspirou apaixonada. - Jasper não aguenta mais essa pirada.
– Acho que o homem não está mais
na casa. Vou arrombar a porta agora. - Edward olhou para Emmett. - Preciso de
ajuda.
– Demorou. - Meu amigo ficou de
pé.
Fizemos o mesmo e abrimos espaço
para que eles chutassem a porta. Forçaram até que fechadura rompeu e a porta
escancarou.
Atravessamos o corredor e
chegamos à sala. A minha reação e a de Jasper ao vermos o cômodo não foi das
melhores.
– AAAAAAHHHHRÃRÃRÃRÃRÃ! - Demos
um grito misturado com um choro.
– Puta que fareeel. - Emmett
murmurou. - Levaram tudo.
– E picharam as paredes. - Alice
quase chorou.
Meu irmão saiu correndo pela casa
feito um lunático. Ele subiu as escadas super rápido e ao chegar lá em cima
gritou novamente. Depois, ouvimos um baque que pareceu o de um corpo caindo no
chão. Eu não tinha duvidas de que o maldito italiano havia roubado toda a
mobília.
Em uma só noite, tudo acabou. Não
existia mais Resort, férias, e nosso pai certamente enfartaria.
Continua...
Caraca! O italiano não é nada da máfia e sim ladrão e com quadrilha e tudo! Com certeza já tinha o plano todo arquitetado com a vadia
da Rosalie, por que pra levar toda mobília tinha que ter um bom esquema, incluindo
caminhão de mudança e tudo o mais... Mas voltando um pouco na história... que
lindo Bella e Edward bêbados e flertando, mesmo que de mentirinha... muito
fofo. E acho que ele tem ciúmes do Brad... Amanhã o capítulo vai ferver com
toda essa confusão. Beijos.
agora a porra ficou louca!!! mais q fdp! italiano e uma ova ladrao, agora a Bella e a Lice tem q dar uma boa surra nessa vadia da Rosalie pra ela falar a verdade neh! ♥adoreiiii♥ morri de rir moms adoro essa fic minhas tardes nao sao nada sem ela. ate amanha cedo ♥Beijusculo♥
ReplyDeletemais eu to adorando tudo,,mais quando a bellinha E O ED vao chegar nos finalmentes.bjs boa semana
ReplyDeletePra mim tava muito real...
ReplyDeleteAchei eles flertando bêbados muito fooofos *-*
~~Eu sei to lokaa
nuss na parte do bode eu rir mtmtmt
ReplyDeleteQUE CORNO NOJENTOO!! Esse grupo já é azarado, ai vem esse velho e acaba com o sonho deles! E agora???? :O
ReplyDeleteE os flertes de Ed e Bells ... To ligada q aquilo de mentira ñ tinha nada hahahaha e ele ta sim morrendo de ciúme do Brad! hehe :P
Beijoos até o próx! :*