Oi pessoal! Hoje Bella e Edward vão
comemorar a nova Bella de forma muito inusitada e um pouco perigosa e vai rolar
mais festa na mansão...
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 16 - Desafiando a
Gravidade
Bella – Narração:
Edward e eu praticamente fugimos
da boate. Perto da entrada do Bucaneiro, pegamos um táxi e seguimos rumo ao
Oceano Atlântico. O tempo passou como o vento pelas janelas abertas. Menos de
uma hora depois, já estávamos em uma praia perto de Titusville. Uma estrada nos
levou ao antigo farol Hudson, localizado em cima de um penhasco rochoso com
mais de vinte metros de altura. Era um ponto turístico bastante visitado, mas
àquela hora do dia, só havíamos nós, subindo as largas escadas que levavam ao
farol.
Ao chegarmos ao topo, a paisagem
simplesmente nos deslumbrou. A luz do farol ainda iluminava o céu púrpura e
laranja enquanto o sol emergia lentamente do mar. Caminhamos pela grama
orvalhada ao encontro do farol, e por mais que eu quisesse expressar minha
admiração, não conseguia. Era uma daquelas horas em que o silêncio faz parte da
beleza do momento. Meu amigo devia estar na mesma sintonia que eu, pois também
permaneceu calado. A única coisa que podíamos ouvir era o vago soar das ondas
batendo nas rochas.
Rodeamos o farol explorando o
local, mas era o horizonte que mais me atraía. Me aproximei da ponta do
penhasco e senti Edward logo atrás de mim.
– Bella...
– O que estamos fazendo aqui? - completei
sorrindo. Eu bem sabia que era isso que há tempos ele queria perguntar. Dei
mais cinco passos à frente sentindo a brisa do novo dia tocar minha face. -
Aqui é mais bonito do que eu imaginava.
– Nunca esteve aqui? - se colocou
ao meu lado.
– Não, mas meu pai sempre falou
muito desse lugar. - inclinei-me um pouco para frente e olhei pra baixo. Ao ter
maior consciência da altura, me enchi de medo e recuei. - Ele sempre comentava
que quando se formou na universidade, ele e os amigos comemoraram aqui. Edward
espreguiçou-se, observando o Sol.
Desde que saí do Bucaneiro, já
tinha em mente o que iria fazer. Mesmo com medo, segui em frente com meu plano
e tirei as botas.
– O que está fazendo? - Ed ficou
confuso e eu apenas sorri. - Não, você não irá fazer isso. - ele finalmente
entendeu meu propósito.
– Eu preciso saltar. - chacoalhei
os braços para relaxar. - Viemos aqui para isso. Você está comigo?
Edward se inclinou um pouco,
checando a altura.
– É loucura! São mais de 20
metros de queda livre!
Estremeci com o veredicto.
– E daí? - me fingi de forte. -
Achei que você era um destemido homem da selva. - ironizei. - Nunca pulou de um
lugar assim antes?
– É diferente. Não conheço o
local, não tenho ideia da profundidade da água ou se correremos o risco de cair
nas pedras.
– É confiável, meu pai já saltou
uma vez. - cresci com Charlie me contando como fora sua experiência e por muito
tempo fui fascinada pela ideia de me arriscar pulando do penhasco, mas sempre
fui medrosa demais para tentar. - Se você não quiser saltar, tudo bem, mas eu
vou. - fui em direção à beirada, só que Edward me deteve segurando-me pelo
braço.
– Não é hora para brincadeira. -
se aborreceu.
– Eu quero muito fazer isso. - me
impus, desvencilhando-me.
– Por quê? Você não tem medo?
– Sim, eu tenho, e é justamente
por isso. - suspirei olhando para o horizonte. - Estou cansada de ter medo. - o
silêncio predominou por alguns segundos até que resolvi partilhar meus
pensamentos. - Pode ser que eu esteja ficando louca porque faz mais de 48h que
não durmo, mas estou cansada de viver sempre do mesmo jeito, entende? Passei
tanto tempo me julgando e me punindo por amar Brad, que muito da minha vida
passou e eu mal percebi. Edward, eu nunca mais vou recuperar aquele tempo, e
agora nada me apavora mais do que desperdiçar um minuto que seja me prendendo a
algo como o medo. Quero desafiá-lo, preciso aprender a não me deixar paralisar
por ele. Olha... - fiz uma breve pausa. - Minhas pernas tremem só de me
imaginar pulando desse penhasco, mas prefiro isso a ter uma existência medíocre
e sem emoção, em que a vida passe por meus olhos como um flash e eu só consiga
me lamentar por não poder voltar atrás.
Meu amigo lutou para encontrar
palavras que me persuadissem a desistir, mas vi em seus olhos uma concordância.
Ele não conseguia esconder que pensava exatamente igual.
– Espero que saiba nadar. - sorriu
torto e meu peito se encheu de alegria. - Vamos correr para pegar impulso e
cair o mais longe possível das pedras. - tirou os tênis.
– Voaremos, se for necessário. -
brinquei abrindo os braços.
Entusiasmados, afastamo-nos cerca
de cinco metros da beira do penhasco.
– Evite cair de barriga. - avisou,
balançando os braços e estalando o pescoço.
– Pode deixar. - ri de nervoso.
Minhas mãos ficaram geladas e
pareciam existir borboletas no meu estômago. Fiquei com medo das minhas pernas
travarem e não saírem do lugar. Então, olhei para o lado e notei que, mesmo
ansioso, Ed estava bastante empolgado. Era como se a adrenalina fosse vital
para ele. O selvagem sorriu pra mim e sua segurança fortaleceu a minha.
– Está querendo desistir? - indagou
provocando.
– Nunca! - respirei fundo.
Sem que eu esperasse, me obrigou
a ficar de frente para ele e segurou as laterais do meu rosto alinhando nossas
faces. A proximidade foi tamanha que logo fiquei constrangida. Meu fôlego
oscilou no momento em que Edward aproximou ainda mais o rosto dizendo:
– É assim que desejamos boa sorte
na minha tribo. - com suavidade, encostou a testa na minha, fechando os olhos.
Me sentindo tola, fechei os olhos
também. Finalmente notei que, para Edward, aquele gesto era natural, não havia
outras intenções disfarçadas, pois até pude sentir um certo respeito embutido
na tradição peculiar.
– Boa sorte. - murmurei.
Edward afastou-se e encarou o
horizonte preparando-se para correr. Eu também me preparei e procurei não
pensar na altura.
– Está pronta? - perguntou
esfregando as mãos.
Trocamos mais um rápido olhar e
lhe falei com segurança:
– Finalmente estou.
Minha declaração liberou minhas
pernas e coração. Então, no momento em que Ed disse “AGORA!”, corri o mais rápido
que pude acompanhando o ritmo do homem ao meu lado. Tudo ficou para trás, não
existia nada além do meu corpo em direção ao precipício.
Fui até o fim e meus pés se
perderam no vazio enquanto desafiavam a gravidade. Foi impossível não gritar
diante da sensação de liberdade e medo. Por um breve momento, tive a nítida
impressão de voar acima das águas. Isso foi seguido pelo inevitável sentimento
de que não adianta lutar contra a vida. Independente de nossas escolhas, as
forças que movem a existência são como um vento forte guiando uma pluma a
lugares inimagináveis e a momentos imprevisíveis. Naquele instante eu soube
que, ao me revoltar contra o sofrimento, iniciei uma jornada com um final
incerto. Até onde eu chegaria?
A queda foi mais longa do que eu
imaginei, me fazendo ter uma vaga consciência da altura absurda. Assim que
atingi a água, senti-a explodir à minha volta. Submersa, perdi momentaneamente
meus sentidos, foi algo apavorante e maravilhoso. A sensação durou pouco, pois
fui obrigada a emergir. Logo que o ar adentrou meus pulmões, gritei
impulsionada pela adrenalina abrasadora. Nunca senti nada semelhante, era como
injetar uma dose cavalar e quase mortal de vida em minhas veias.
Demorei para notar Edward vindo
em minha direção, por isso nadei ao seu encontro.
– Incrível! - ele falou ofegante.
- Foi o máximo.
– Eu sei. - movimentei os braços
e pernas ondulando junto com as calmas ondas. - Me sinto tão... viva.
Ambos olhamos para cima e o
penhasco pareceu ainda mais grandioso. Em seguida, encaramo-nos e, sem querer,
explodimos em uma gargalhada quase que sincronizada.
Defying
Gravity - Desafiando a Gravidade
Algo
mudou dentro de mim
Algo
não é o mesmo
Estou
jogando pelas regras
Do
jogo de outra pessoa
Tarde
demais para repensar
Tarde
demais para voltar a dormir
É
hora de confiar nos meus instintos
Fechar
meus olhos e saltar
É
hora de tentar
Desafiar
a gravidade
Acho
que vou tentar
Desafiar
a gravidade
Me
dê um beijo de adeus
Estou
desafiando a gravidade
E
você não me deixará pra baixo
Estou
aceitando limites
Porque
alguém diz que eles são assim
Algumas
coisas eu não posso mudar
Mas
até eu tentar, nunca vou saber
Tanto
tempo estive com medo de
Perder
o amor que achei que tinha perdido
Bem,
se isso é amor
Ele
vem por um preço muito alto
Pretendo
comprar
O
desafio à gravidade
Me
dê um beijo de adeus
Estou
desafiando a gravidade
Acho
que vou tentar
Desafiar
a gravidade
E
você não me deixará pra baixo
Pretendo
comprar
O
desafio à gravidade
Me
dê um beijo de adeus
Estou
desafiando a gravidade
Acho
que vou tentar
Desafiar
a gravidade
E
você não vai me deixar pra baixo
Deixar
pra baixo
Oooooooooooh!
(...)
Eu não sei exatamente quantas
horas dormi, mas quando acordei estava me sentindo muito descansada, tão bem
comigo mesma que não tive coragem de levantar da cama. Fiquei observando a
brisa que entrava pela janela, brincando com as cortinas.
Ouvi as batidas na porta e sem
perder a paz, ordenei que a pessoa entrasse.
– Tá viva, mulher? - reconheci a
voz de Alice. Imediatamente, sentei-me e a fitei, exigindo explicações.
– Onde você estava?
– Eu é que pergunto.
Meu irmão, super animado, entrou
no quarto falando:
– Adivinha só o que aconteceu,
Bella.
Pensei rápido.
– Finalmente nasceu pelo no seu
peito?
– Não... - ficou cabisbaixo. -
Nem todo mundo precisa disso. - ele tinha trauma.
– Vamos trabalhar de garçons
hoje. Vai rolar uma recepção de casamento aqui. - Emm chegou explicando.
– Mesmo? E só agora me falam?
– É porque a senhora agora só
anda toda ocupada com o T-zed e esqueceu dos velhos amigos. Do contrário,
saberia de tudo. - o bobo resmungou, enciumado.
– Blá, blá, blá... Vai catar sua
loira-chave-de-cadeia. - isso era hora de ele me encher?
– Eu trouxe os uniformes. - Lice
exibiu uma sacola plástica.
– A grana vai ser suficiente pra
resgatar o carro de Charlie?
– Ainda vai ficar faltando mil
dólares. - Jazz esclareceu.
– Se bem que aquilo nem é um
carro, é um “pelo menos”... pelo
menos não ficamos a pé.
- me queixei.
– Não se preocupem, vamos
conseguir. - Lice tentou ser otimista. - O pior é que os novos hóspedes chegam
em dois dias... Bel, o que aconteceu com você? - analisou-me. - Está diferente.
– É, eu também percebi. - Emmett
se sentou na ponta da cama.
– Um tornado passou pela minha
vida. - balancei a cabeça sem saber por onde começar.
– Bota tudo pra fora! - Alice
colocou as mãos na cintura.
Comecei falando sobre a minha
recaída com Brad, o sofrimento pelo qual passei e a conquista de mudanças
radicais na minha vida. Contei também minhas aventuras malucas com o selvagem e
encerrei falando sobre o salto do penhasco. Meus amigos ficaram bestificados.
Não os culpo, eu também mal conseguia acreditar que tanta coisa aconteceu em
tão pouco tempo.
– Uau... - Alice murmurou olhando
para o vazio. - Brad? Como eu deixei isso acontecer?
– Brad. - Emm repetiu trincando
os dentes. - Eu sabia que o danado ia acabar traçando alguém.
– Será que só vão se prender a
esse detalhe? - fiquei chateada.
– Minha Nossa! Comeram a irmã de
Jasper. Acabou-se o respeito por aqui. - ele cruzou os braços.
– Pessoal, eu estou bem. É sério!
Quanto tempo temos antes da recepção? - levantei-me.
– Ainda são 17:00h, então ainda
temos umas duas horas. Não tenha pressa, ainda tem uma galera lá embaixo
terminando de decorar o jardim. - Lice respondeu.
– Vou tomar um banho e daqui a
pouco desço. - fui para o banheiro.
(...)
Alice se arrumou em meu quarto e
ficou na minha cola, querendo saber mais sobre a ideia de ajudar Edward. Assim
que saí do banho, questionou:
– Como vai fazê-lo se apaixonar
por uma garota qualquer?
– Eu não espero que ele se
apaixone. Vou ajudá-lo a encontrar uma garota bacana e incentivá-lo a dar uns
beijinhos... Se ele tiver sorte, quem sabe, não descola uma transa? Você sabe,
nada demais. O cara tem 23 anos, por favor, né? O que ele precisa é só um
pouquinho de experiência e diversão, pois em breve voltará para o fim de mundo
de onde saiu. Eu no lugar dele ia querer aproveitar o máximo possível. Estou
fazendo por Edward o que gostaria que fizessem por mim.
– Talvez esteja certa. - refletiu.
- Não seria mais fácil se ele melhorasse um pouco a aparência?
– Xi... Já falei isso pro Ed umas
mil vezes. - mudei de assunto. - Escuta, onde você se meteu ontem?
– Tive que dar um pulinho em
Daytona.
– Por quê?
– É um assunto aí meu e do Emm.
– Desde quando tem segredos?
Ainda mais envolvendo Emmett?
– Ouviu isso? - se fingiu de
assustada, tentando me enrolar. - Vou ver de onde vem esse som.
– Alice! - gritei em vão e a
louca se mandou.
(...)
Devidamente uniformizada, fui
para o escritório de meu pai, já ouvindo os murmúrios dos convidados vindo do
jardim. Liguei o computador e fui checar a página de Edward no eutouquerendo.com.
Demorei para crer que haviam 28 e-mails em sua caixa de mensagens. As fotos
dele com o peito molhado realmente deram resultado. Preocupada com a hora,
imprimi as mensagens junto com os perfis das garotas. Organizei da melhor forma
possível, grampeando os perfis com fotos às mensagens.
Antes de procurar meu amigo,
passei no quarto de Jasper e peguei um par de walkie-talkies que às vezes ele e
Emm usavam pra zoar. Saí pela lateral da casa, evitando a parte movimentada do
jardim.
– Oi. - sem cerimônias, entrei na
casa da árvore.
– Olá. - respondeu, guardando um
tipo de agenda em sua mochila.
– Olha o que eu trouxe para você.
- exibi as folhas sentando-me no chão. - Temos aqui um monte de garotas
bonitas. - ele pegou a papelada, bastante curioso. - Já decidiu pra quem vai
telefonar? Se quiser, podemos ligar para todas que conheceu ontem. - sorri.
– Hã... - abaixou a cabeça,
contendo o riso.
– O que foi?
– Os números sumiram quando
mergulhamos no Oceano.
– O quê? - para informação
perturbadora só existe reação exagerada. - AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! - extravasei.
– Melhor explodir pra fora do que
pra dentro. - o idiota ainda brincou.
– Edward, como pôde deixar isso
acontecer? - fiquei uma fera. - Droga! Tivemos tanto trabalho. Droga! Droga!
Droga! Mil vezes droga!
– Desculpe. - deu de ombros. -
Não lembrei dos números quando saltamos pra água.
Rosnei cobrindo o rosto com as
mãos.
– Tudo bem... - respirei fundo me
abanando com as mãos. - Não vou perder o controle.
– Podemos tentar conquistar novos
números.
– Sem chance! Te digo, é mais
fácil uma agulha passar pelo buraco de um camelo do que eu fazer tudo aquilo
novamente.
Por algum motivo, o selvagem fez
careta. Até abriu a boca como se fosse me corrigir, mas acabou mudando de
assunto.
– Isso tudo são mensagens para
mim? - folheou.
– Sim. Escuta, tenho que
trabalhar. Fique aqui lendo tudo direitinho e preste bastante atenção nos
perfis. Responda as mensagens que te interessarem em um papel, porque ainda
hoje vou tentar digitar no computador e enviar pras garotas.
– Ok.
– Pode ser que tenham escrito
gírias que você não entende, então pergunte pra mim através desse walkie-talkie
que eu traduzo pra você. Qualquer dúvida é só me dar um “alô”.
– Entendi. - pegou um dos
walkie-talkies.
Levantei, tirando a poeira da
calça preta.
– Ed.
– Sim?
– Não seja muito exigente. - pisquei
o olho.
(...)
Lá estávamos nós, meio perdidos
na cozinha movimentada. Todo mundo entrou na “onda de garçom” pra poder
descolar a grana do carro. Jully já estava sabendo de todas as nossas
presepadas e se dispôs a trabalhar por mim e por Charlie. Já Rosalie..., bem,
essa foi literalmente ameaçada de morte sangrenta pela meio-palmo-de-gente mais
esquentadinha do pedaço, Alice.
Os funcionários do buffet nos
entregaram bandejas. Algumas delas tinham taças de champanhe e outras tinham
pequenos vasilhames contendo um líquido branco.
Enquanto passávamos pela sala a
caminho do jardim, Lice falou bastante animada:
– Tomara que tenham muitos homens
lindos. Faz um tempão que não me engraço com ninguém.
– Concordo. E eu aposto que tem
aqueles pedaços de mau caminho vestidos em ternos caros. Ai ai... - suspirei.
– Deus te ouça. Preciso arrumar
um novo marido rico. - Rosalie resmungou. - Estou cheia dessa miséria. Vou ter
que fingir que trabalhar é hobby. Nem morta perco a pose.
– Sinceramente... - a verdade era
dura, mas precisava ser dita. - Não sei o que você viu no Emmett.
– Ela não viu, não. Eu mostrei
foi depois. - malicioso, deu um tapinha nas minhas costas.
– Vamos lá, pessoal. - Alice
interrompeu as asneiras quando chegamos à porta. - Que venham os gatos!
Assim que colocamos os pés no
gramado, paralisamos embasbacadas.
– Pela inevitável hora da morte.
- ofeguei.
– Nada de gatos. - Rosalie
estremeceu.
– Só cachorros. - Lice
choramingou.
E era bicho latindo pra todo
lado.
Nós não estávamos preparados pra
ver um monte de dondocas desequilibradas celebrando casamento de cachorro. Se
não tivesse visto com meus próprios olhos, dificilmente acreditaria.
– Os clientes esperam! - a tia da
Alice praticamente nos jogou nas teias da humilhação.
Sem alternativas, passamos a
servir as peruas e seus respectivos bichos. Tentei levar na esportiva, mas
sempre que olhava pra cadela com vestidinho de noiva e grinalda tinha vontade
de tacá-la no rosto de alguém. Eu não tinha uma festa de aniversário decente há
anos e a porra da cachorra podia ter um casamento super chique? Que mundo é
esse?
Me desdobrei servindo as mesas e,
quando voltei para a sala, ouvi a voz de Edward vindo do walkie-talkie no meu
bolso traseiro.
– Bella?
Peguei o aparelho e respondi:
– Ferrada-da-cidade para
Cara-da-selva. Na escuta, câmbio!
– Hã?
É, eu sabia que ele ia dizer
isso.
– Se vamos falar pelo
walkie-talkie, que seja da forma certa.
– Ah,
meu Deus... – podia jurar que estava
revirando os olhos.
– Prossiga companheiro.
– Tem
uma frase em uma das mensagens que não entendo. Parece que o significado não é
literal.
– Fala aí. - prestei bastante atenção.
– Uma
moça chamada Betty está perguntando se eu não quero “brincar” com ela.
– Responde que sim, maluco! - qual
era a dificuldade? - “Brincar” é o mó barato.
– Bella!– me repreendeu por
enrolar.
– Tá bom... A mulher está a fim
de fazer sexo com você.
– Assim, sem nem me conhecer? – ficou
chocado.
– É isso aí. - tudo que consegui
ouvir foi o som de papel sendo rasgado. - Pode ser sua chance, Ed. Cai dentro!
– Cai
dentro? – entendeu errado e não gostou do
conselho.
– Juro que falei no bom sentido.
- que trocadilho infeliz!
– Vou continuar lendo as mensagens.
- bufou. - Sem a
intenção de “cair dentro”. – fez questão de deixar claro e eu
tapei o rosto, envergonhada.
– Entendido Cara-da-selva.
Câmbio, desligo.
– Serviçal? - alguém cutucou meu
ombro.
– Oi? - me virei.
– Me traga um pouco de leite. - uma
das peruas pediu mexendo no celular. - Droga de Twitter! - sacudiu o aparelho.
Antes que eu saísse, me deteve pelo braço dizendo: - Espere, Beyoncé defecou.
– E isso já está na net?
Caramba... Isso é que é globalização. - embasbaquei.
– Beyoncé, minha cadela. - apontou
para o chão e só aí percebi a presença da criatura assustadora.
– Que raça é essa?
– É um filhote de Xoloitzquintle.
– Hã?
– É uma raça rara, minha querida.
- respondeu com prepotência.
– Ah... tá. - traduzindo... Era
uma ratazana depilada. Nunca tinha visto aquilo na vida, chegava a dar nojo.
– Não perca tempo. Limpe os
detritos. - tirou um pequeno saco plástico da bolsa.
Estreitei os olhos querendo
esfregar a cara dela na merda.
– Claro. - ergui uma sobrancelha
me corroendo por dentro.
Tudo pela grana! Tudo pela
grana! Tudo pela grana! Repeti
mentalmente enquanto limpava a sebosidade.
(...)
Assim que terminei de lavar as
mãos no banheiro, Edward chamou-me outra vez.
– Bella?
– Sim? - respondi pegando o
aparelho.
– Que tipo de mulheres são essas? Tem certeza
que me cadastrou no local certo?
– Claro, por quê?
– Escuta isso... – pigarreou. - Gosto de andar na praia, ir ao cinema e
principalmente viajar, mas agora não posso viajar porque estou na condicional.
Não se preocupe, não sou perigosa. Só atirei, esfaqueei e queimei meu
ex-namorado porque ele me traiu. Querido, preciso saber, você é do tipo fiel?
– Seria bizarro dizer que gostei
dela? - fui sincera.
– Você não vai me tirar do sério.
- desligou e eu ri alto.
Fui direto para a cozinha pegar o
leitinho da Beyoncé. Invadi o cômodo assustando Emmett e Jazz, os quais me
encararam de uma forma bem suspeita.
– Conheço essas caras... - tratei
de pressioná-los. - Vocês não estão aqui só pra forrar o bucho.
– O que é isso? - meu irmão
esbravejou tentado se impor. - Que discriminação é essa? Só porque estamos
sozinhos não quer dizer que fizemos algo de errado. - ele teve um surto de
valentia. - JASPER ESTÁ ALTAMENTE OFENDIDO! - bateu a mão na mesa com força e uma
garrafa de 500ml caiu pela barra de sua calça. - E envergonhado. - murmurou
olhando para a tequila.
– O que significa isso? - peguei
a garrafa.
– Em nossa defesa, digo que... -
Emmett refletiu, refletiu e refletiu. - Você não tem maturidade pra entender o
que tá rolando aqui.
– Jasper? – Fitei-o emburrada.
– Estamos batizando o leite dos
cachorros. - ele admitiu de cabeça erguida. - A bicharada vai cair na manguaça.
Pô, Bella ser garçom de cachorro é DUCA!
– Duca? - franzi o cenho.
– Sim. Você sabe, du cara...
– Chega! - interrompi o palavrão.
- Não acredito nisso. - balancei a cabeça cruzando os braços. - Porque ninguém
me chama numa hora dessas? Deixa comigo que sou eu quem está tinindo de raiva.
- fui até a panela onde estava o leite e despejei toda a tequila. Até dei uns
tapinhas no fundo da garrafa para garantir que tinha colocado até a última
gota. - Vamos mostrar pra esse povo quem é serviçal.
(...)
Emmett, Jasper, Alice e Rosalie
ficaram amontoados na porta da frente espiando a execução de nossa missão. Saí
com uma bandeja cheia de vasilhas com o leite-quila, então olhei para trás e os
vi prendendo o riso. Parecia que iam explodir a qualquer momento. Sortuda do
jeito que eu era, lógico que ao tirarmos no palitinho me ferrei legal.
Conformada, resolvi não choramingar e segui em frente.
Passei pelas mesas deixando as
vasilhas e distribuí sorrisos de pura satisfação. Os donos dos bichos me
ignoraram como se eu fosse um zé-ninguém, só que dessa vez não me senti
humilhada. Sabia que logo teriam o que mereciam.
Fiz questão de servir a cadela
Beyoncé por último.
– Senhora, aqui está o que pediu.
- Coloquei o leite-quila na mesa e a ratazana depilada bebeu como se fosse
água.
– Pode ir. - sacudiu a mão como
se eu fosse sua mucama.
– Claro. - mostrei todos os meus
dentes em um sorriso falso. - Mais alguma coisa, sua cachorra?!
– O quê? - me olhou feio.
– Mais alguma coisa para a sua cachorra? - fingi que ela é quem
não tinha entendido.
– Não.
– Com licença. - saí fazendo
malabarismo com a bandeja vazia.
– Bella?–
Ed falou pelo walkie-talkie.
– Tou na escuta. Adianta a
parada.
– Fala
a minha língua, ok?
– Algum e-mail interessante, Sr.
temperamental? - um bulldog feinho pra porra ficou me rodeando.
– Uma moça alta e forte me escreveu algo que
realmente não entendi. Escuta: “não sou uma garota convencional, provavelmente
não faço o seu tipo, mas se quiser queimo o meu pra você a noite inteira”.
Bella, como assim “queimo o meu”?
– Alta e forte? - na hora saquei.
- A “menina” gosta de “queimar”? - tive uma crise de riso e Edward teve que
esperar eu me recuperar.
– Como você está? – perguntou
decepcionado com minha reação.
– Eu... eu... - ofeguei. De
repente, o bulldog agarrou minha panturrilha direita e castigou-me me
confundindo com uma cadela no cio. - Saaaai! Droga! - chacoalhei a perna, mas a
merda do cachorro estava na seca. - Pra falar a verdade, Ed... me sinto meio
violentada nesse momento. - pulei num pé só e o cão aumentou a velocidade. -
XISPA! - o tarado parecia uma máquina. - ME DEIXA! - gritei chutando com força.
O cachorro voou pra longe e eu quis amputar minha perna. NOJO!
– O que está acontecendo?
Tristonha, respondi:
– Estupraram a minha perna.
– Quê??
– Esquece. - bufei. - Voltando ao
assunto... Então, é simples. A menina que te escreveu na verdade não é menina.
– Como assim? – espantou-se.
– Santa ingenuidade, hein, Ed?
Fala sério! É um travesti. Um homossexual.
– Ah...– ficou desconsertado. - Pela fotografia nunca que eu ia adivinhar que
se tratava de um pederasta. – jurava
que ele estava olhando a foto do “queimador”.
– Pederasta? Que troço é esse?
– Santa ignorância, hein, Bella?
Fala sério! É um travesti. Um homossexual. - o intelectualóide pagou na mesma
moeda. É MOLE?
Continua...
Ainda estou gargalhando com a história do estupro das pernas dela.
Vamos combinar que conviver com essa turma é ter algo inusitado, surpreendente
e muito louco acontecendo a cada dia. É por isso que o pobre do Edward se sente
tão perdido no meio deles. E o que foi os dois pulando no precipício? Achei que
depois eles iam se deixar levar pelo momento e tal, mas ainda não foi dessa
vez. Quero ver o que vai acontecer com toda essa cachorrada caindo de porre depois
das doses do leite-quila... Beijos e até amanhã.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK E SÓ ISSO QUE DA PRA ESCREVER!!KKKKKKKKKKKKKKKKK
ReplyDeleteOMG MORRI !! KKKKKKKKKKKKKK
ReplyDeleteOMG!!! estou me matando de rir ne @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ adorei ♥ ate amanha cedo ♥ beijusculo♥
ReplyDeletekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai crl, me acabei de rir aqui!!! omg!
ReplyDeleteAww, eles são tão fofos juntos gente! EU acho.... *-* ñ vejo a hora deles ficarem juntos definivamente! haha ♥
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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