Um Selvagem Diferente
By Lunah
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance,
Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência
Atenção:
Este conteúdo foi classificado
como
impróprio para menores de 18 anos.
Capítulo 31 - Namorado de Novo
II
Foi perto da casa da árvore que
nos vingamos.
— Faz pose. — Ordenei a Toby.
— Não me sinto muito à vontade...
— Ele resmungou só de calção, com a parte de cima de um biquíni florido.
— Não temos o dia todo. — Lice
segurava a câmera Polaroid.
— Mãozinha na cintura, moleque
lazarento. — Vociferei.
— Ah, cara... — Fungando, ele
obedeceu.
Alice começou a tirar as fotos e
eu as recolhi tentando ficar séria.
— Agora coloca uma mão no quadril
e a outra no queixo. — Fui implacável.
— E faz um biquinho. — Minha
amiga não teve dó.
— Não vou ficar nesse bundalêlê.
Vocês estão brincando com a morte, hein?! — Apontou o dedo gordinho para nós.
— Alice, que tal ele dar uma
dançadinha? — Provoquei, coçando o queixo.
— Uma dançadinha caía bem. — Ela
comentou, ignorando os palavrões que o menino soltava.
— O que é isso? — Edward se
aproximou indicando Toby.
— Hoje é o dia universal do óbvio
e essa figura aí ainda pergunta “o que é isso?” — Mais uma vez, o pancinha
ficou fulinho da vida.
— É que esse boca-de-fossa merece
um castigo. — Esclareci. — Cadê o puma? — Sobressaltada, olhei para trás e
avistei Emm ajoelhado perto do animal. Os rapazes continuavam rodeados por
garotas e agora o papinho parecia mais animado. — Não é perigoso deixar o puma
com os meninos?
— Não. Quero dizer, não muito.
Ele está tranqüilo hoje e já se habituou com Emmett.
— Tem certeza? Não gosto da
idéia. — Eu não confiava no animal.
—Tudo bem. — Ele decidiu atender
meu apelo. — Vou colocá-lo de volta na jaula.
Edward virou-se para a piscina,
levou dois dedos à boca e assobiou alto. O animal rapidamente se levantou e,
alerta, disparou em nossa direção. Seus olhos amarelados sempre me
amedrontaram, mas naquele momento eram suas patas ágeis e seu porte de caçador
que me deixavam tensa.
Edward olhou-me de relance e,
logo em seguida, se direcionou para o fundo do jardim onde ficava a jaula. O
puma desviou o caminho e seguiu fielmente seu dono. Observando-os, percebi que
Ed havia se ligado ao animal muito mais do que eu e meus amigos podíamos imaginar.
A conexão entre eles era quase incompreensível. Será que o selvagem também o
deixaria para trás?
— Muito bem, lindão, vamos tirar
mais uma fotinha. — A voz melódica de Lice afastou a questões sem resposta da
minha cabeça.
— Toby, uma mão no quadril e a
outra no queixo. Preciso lhe ameaçar novamente? — Fui durona e ele merecia. —
Quero você todo sexy nessa foto.
— Estão praticamente rasgando o
estatuto da criança e do adolescente! — A criatura resmungou pela milésima vez.
— TOBY! — Alice gritou perdendo a
paciência, então o garoto finalmente fez a pose que exigimos.
Depois de dar algumas risadas às
custas do pancinha, fiquei à espera de Edward retornar. Quando o avistei a
alguns metros de mim, tomei a câmera das mãos de Lice e passei a correia em
volta do meu pescoço. Brincando, girei o braço direito no ar fingindo laçar o
selvagem, então comecei a puxar a corda imaginária e fui dando alguns passos
para trás enquanto ele vinha pra mim.
Ao nos afastarmos o suficiente da
galera, amarrei a corda invisível à cintura e o selvagem enfim me alcançou.
— Eu quero um sorriso caprichado
para essa foto. — Tirei meu boné e o coloquei na cabeça de Ed.
— Claro. — Comprimiu os lábios,
arregalando os olhos.
Rindo de sua expressão amalucada,
dei três passos pra trás e tirei a foto.
— Outra. — Pedi pousando a foto
recém tirada no gramado.
O selvagem coçou o maxilar meio
sem jeito e dá-lhe “clique” nele.
— Minha vez. — Estendeu a mão
querendo a Polaroid, então passei a alça pela cabeça e lhe entreguei.
Voltando a me distanciar,
arranquei uma boa risada dele ao colocar os dedos entrelaçados junto ao queixo,
fazendo um biquinho bem exagerado e ridículo. Assim que Edward tirou a foto,
fiz com a mão um chifrinho “a la” rock 'n' roll e até coloquei a língua pra
fora.
— Espera, essa aqui é a boa. —
Piscando o olho, mordi a ponta do dedo indicador, quase encarnando novamente a
Charlene Créu Créu. — Pronto, minhas caras e bocas de arrasar acabaram.
— Só mais uma.
Edward veio até mim e passou o
braço em volta dos meus ombros. Quando ele ergueu a câmera para nos focalizar,
tasquei-lhe um beijão na bochecha e saímos bonitinhos na foto.
Juntei todas as fotografias e as
coloquei no bolso traseiro do selvagem. Se eu disser que não apalpei
disfarçadamente a região, estarei mentindo.
— Posso te perguntar uma coisa? —
Edward pôs uma mão na minha cintura.
— Fale.
— Lembra quando tomei analgésicos
por causa do meu tornozelo?
— Sim.
— Lembra quando Alice falou a
todos que eu tinha te “desrespeitado”, mas você a desmentiu?
— Sim... — Não sabia onde ele
queria chegar.
— Em fim, pensando melhor agora,
tenho quase certeza de que dei um tapa na sua... — Fitou o meu quadril. — Dei?
— Franziu o cenho ansioso por uma resposta.
— Deu. — Murmurei prendendo o
riso.
Edward inclinou a cabeça para o
lado e refletiu.
— Hmm... — Mordeu o lábio.
— “Hmm”? O que isso quer dizer?
Ele suspirou e meus olhos
cresceram de curiosidade.
— Quer dizer que eu... — Colocou
a outra mão em minha cintura. — Que eu...
Fomos interrompidos por jatos de
água. Alice, Jazz e Emm descarregaram sobre nós as metralhadoras de água que
animaram nossas brincadeiras de infância.
Ensopada, carbonizei meus amigos
com o olhar. Eles tinham que interromper justo na hora que Ed ia soltar o
verbo?
— Vou matar todo mundo. —
Anunciei com frieza.
Jazz, sem noção do perigo, molhou
o selvagem, resmungando:
— Se Jasper soubesse que T-zed ia
encoxar a irmã dele, não tinha explicado como se... — Emmett tapou a boca do
meu irmão e soltou uma risada abafada.
— Explicado o quê? — Lice e eu
perguntamos simultaneamente.
Quem eu ia ter que trucidar pra
saber o final das frases?
— Então... — Ed revirou os olhos,
tomando a metralhadora de Jazz. — Você não ia matar todo mundo? — Entregou-me o
brinquedo.
— Corram, porque tou fervendo
feito água na chaleira. — Me preparei pra chacina e eles se espalharam sabendo
que naquela brincadeira sempre fui fera.
Apesar de meus amigos e irmão não
saberem a hora de se mancar, nossa manhã foi perfeita. Desfrutamos do que me
arrisco a chamar de paz.
As últimas semanas tinham sido
conturbadas e cheias de altos e baixos. Eu mal conseguia acompanhar os
acontecimentos que sempre me levavam a extremos. Agora, com o peso de meio
mundo longe dos meus ombros, podia respirar sem a constante dor no peito
causada pelo que vivi com Brad. Assim como também podia ficar à vontade com
Edward sem enlouquecer tentando evitar o inevitável. Mas, acima de tudo, podia
relaxar totalmente, pois finalmente aceitava que nem sempre a vida é justa. Nem
sempre as coisas acontecem exatamente como queremos. Mas quer saber? O
importante é que elas aconteçam!
As horas em volta da piscina
renovaram a alegria natural de Jasper e Emmett, deram a Lice um belo bronzeado
e me proporcionaram momentos agradáveis com o selvagem.
Nunca o vi tão aberto, tão
disposto a explorar as sensações que despertávamos um no outro. O homem que às
vezes deslizava suavemente os dedos por minha coluna, que ria das bobagens que
falávamos, que ignorava com elegância as infantilidades do Link 69, era o mesmo
cara de Malaita. Edward não perdera sua essência, mas, assim como eu, ele
evoluiu. Parecia que seus rígidos ideais se expandiram, liberando uma parte
dele mais despreocupada, carismática e jovial.
Não conseguia me arrepender do
tempo que desperdiçamos, pois talvez tivesse que ser assim mesmo. Acabamos nos
rendendo um ao outro quando alcançamos o ápice de nossas evoluções pessoais.
Agora Edward tinha o melhor de mim e eu tinha o melhor dele.
Quando a tarde caiu, Alice me
lembrou que o agiota passaria na mansão para tentar se dar bem comigo. Ela
tinha um plano e, claro, era pra lá de louco.
Exatamente às 18:00h, a campainha
tocou. Imediatamente, corri para a porta, respirei fundo e escancarei a bagaça.
Fui logo dando de cara com capangas grandalhões do anão.
— Olá, pessoas bonitas. — Meio
que cantarolei essa mentira.
— E aí? Mandando? — Olhei para
baixo e lá estava o anão sorrindo com o dente de ouro à mostra.
— Mandando o quê? — Você pro inferno? Completei mentalmente.
— Mandando ver no visual? Quero
você bem bonita, mulher. — O pigmeu ficou carrancudo.
— Pode deixar. — Pisque o olho
pra ele. — Entra aí meu lindo tamborete. — Arnold atravessou a porta e bati com
ela na cara dos seguranças.
— Vou logo avisando que não irá
sair comigo com essa camiseta velha e esse short encardido. — O homenzinho
ascendeu um charuto.
— Amor, farei tudo que quiser,
mas antes por que não cumprimenta minha família?
Arnold deu uma boa tragada no
charuto relanceando os olhos sobre a sala lotada. Além dos meus amigos, lá
estavam também alguns convidadozinhos de Alice.
— Seus parentes se multiplicam
sozinhos?
— Mais ou menos. — Sorri.
— Tem muitos irmãos. — Ajeitou o
nó da gravata azul berrante.
— Não. — Gargalhei colocando a mão
em seu minúsculo ombro. — São meus filhos.
O anão encarou perplexo as
crianças amontoadas no sofá. Com a grana de Ed, Lice pagou a molecada da
vizinhança pra se passarem por meus filhos.
Aproveitando a mudez do meu Umpa
Lumpa, corri até o sofá e comecei a apresentar meus falsos filhotes.
— Esse é o pequeno Aldercy. —
Indiquei o ruivinho sardento de 7 anos que nada fez além de continuar mascando
seu chiclete.
— Quem é o pai? — O agiota
perguntou, preocupado com concorrência.
— Sou eu. — Emmett ergueu a mão,
permanecendo perto da escadaria.
— Continuando. — Fui para trás do
sofá. — Essa linda loirinha é a Carmina. Não é uma fofa? — A garotinha de 6
anos acenou para o anão. — O pai dela é o Jasper. — Apontei para meu irmão
ciente de que Arnold não sabia de nossa ligação sangüínea.
— E aí? — Jazz continuou comendo
seu sanduíche bem sentado em uma das poltronas.
— Não podemos esquecer do meu
moreninho. — Fiz um cafuné no garoto que mais parecia um clone do filho do Will
Smith.
— E quem é o pai desse? — O
agiota já estava confuso.
— Oras, o Duke Doidão. — Indiquei
o selvagem que estava a alguns metros de mim.
— Nota-se imediatamente a
semelhança. — Ed revirou os olhos e eu quase gargalhei.
— E, por último, mas não menos
importante... Toby. — Dei um tapa na nuca do gordinho.
— E o meu pai é aquele ali. — Ele
apontou para o velhote surdo que passava para cozinha com sua inseparável ave.
— O papagaio entrou juntou e
misturado na bagaça, se é que você me entende... — Alice se intrometeu só para
me tirar do sério.
2 Minutos Depois...
— NÃO SE VÁ, MEU TAMBORETE! EU
QUERO TER UM FILHO COM VOCÊ! — Berrei da calçada.
O carro do agiota cantou pneu,
subiu a rua e desapareceu ao dobrar a esquina.
— Valeu meninada. — Lice começou
a distribuir notas de 10 dólares.
— Pois é, estou traçando todo
mundo. — Rindo soltei um beijo pros rapazes.
(...)
Após servir o jantar dos
hóspedes, Alice me arrastou pelo braço até meu quarto como se fosse uma
emergência. Ela bateu a porta com violência e começou a balbuciar ofegante e
elétrica:
— Eu ouvi... Eu ouvi... Meu Deus
do céu, eu ouvi!
— Ouviu o quê, mulher? —
Vociferei confusa.
— T-zed garantiu a Emmett que não
vai transar com você.
— É O QUÊ? — Berrei desafinando.
— Ouvi eles conversando lá no
jardim. — Uniu as mãos junto ao queixo com pena de mim
— Ele só pode estar brincando...
— Choraminguei esperneando.
— Parece que é por causa de algum
tipo de voto de castidade.
— Que merda de voto é esse que
ele nunca me contou? — Fiquei apavorada com a
idéia de não tê-lo completamente.
— Eu não sei. — Escancarou a
porta do meu armário. — Mas você precisa fazê-lo mudar de idéia. — Começou a
jogar alguns vestidos na cama.
— Isso tudo me soa tão estranho.
— Tamborilei os dedos na testa.
Alice largou algumas roupas no
chão e correu até mim.
— Vai ficar aí perdendo tempo? —
Me chacoalhou pelos ombros. — O que vocês precisam é de uma noite de namorados.
— Defina “noite de namorados”. —
Arqueei uma sobrancelha.
— Um passeio romântico com
direito a beijos e muitos amassos.
— Até que não é má idéia. — Mordi
o lábio imaginando onde poderia levá-lo.
— Ándale! Ándale, Belita! — Me
empurrou para o banheiro, mas logo me puxou de volta pela parte de trás da
blusa. — Tem uma coisa que pode ajudar. — Soou misteriosa.
— E o que é? — Desvencilhei-me.
— Uma das minhas tias me contou
uma vez que existe uma frase infalível para essas situações. É algo que deixa
os homens completamente loucos. Se usar ela, é tiro e queda.
— Sério? — Me perguntei como
ainda não sabia sobre essa frase. — E qual é?
— Ah, poxa, eu não tenho coragem de
falar. Fico com vergonha. — Riu colocando uma mão no rosto. — Enquanto você
toma banho vou escrever num papel. — Voltou a me empurrar.
— Hãm... Tá bom.
Arrastei-me para o banheiro
temendo ter que apelar para a tal frase. Para falar a verdade, ainda estava
perdida na notícia de que Ed não queria dormir comigo.
(...)
Tive que me arrumar às pressas e
mesmo assim consegui ficar bonitona. Meu vestido branco e preto era bem marcado
no busto e em parte da cintura, valorizando meus seios de uma forma sexy, mas moderada.
Por ser bem solto a partir do quadril, me dava mobilidade e charme. As alças
finíssimas, junto com o comprimento na altura do joelho, o deixavam com um ar
quase inocente. Para garantir um “pacote” completo, passei um pouquinho de
maquiagem e usei os brincos mais delicados que possuía.
— Não gosto de ficar me
elogiando, mas estou uma gata. Se Ed não quiser apalpar o material, merece um
soco no meio daquela fuça linda. — Indignada, coloquei as mãos na cintura.
— Falou e disse. — Alice
concordou me empurrando para a porta. — Não esqueça da frase matadora. — Enfiou
um pedaço de papel no meu decote.
— Pode deixar, Lice. —
Determinada, girei a maçaneta e abri a porta dizendo: — Vou mostrar a ele a
minha matadora.
De repente, meu peito inflou de
susto porque dei de cara com o selvagem. Ele ainda estava com o punho erguido
para bater na porta. Constrangida até o último fio de cabelo, tive que aturar
Alice se escondendo atrás de mim para rir da minha mancada.
— Oi. — Edward baixou a mão.
Não me lembrava de tê-lo
convidado pra sair, mas o cara estava diante de mim todo bonitão e despojado.
Reconheci a calça preta, mas a blusa da mesma cor talvez fosse de Emmett. Ficou
bem nele por usá-la com as mangas desabotoadas e a gola um pouco aberta.
— Oi. — Respondi empurrando a
vergonha pra longe.
— Tomei a liberdade de avisar ao
T-zed que vocês vão dar uma voltinha. — Lice fingiu seriedade ao sair do
esconderijo. — Tenham uma noite mata... — Comprimiu os lábios. — Maravilhosa. —
Corrigiu empinando o nariz.
Quase grunhi de ódio dela.
(...)
Peguei o recém recuperado carro
de meu pai e levei o selvagem para o Centro Cultural de Orlando. O local já
havia fechado, mas o calçadão ao lado dele nos atraiu.
O calçadão sempre foi conhecido
por seus cafés aconchegantes, por seus artistas de rua que davam cor e beleza
ao espaço. Sempre foi muito visitado por turistas que apreciavam a diversidade
de eventos acontecendo ao mesmo tempo. Aqueles metros quadrados transpiravam
vida e nos encaixávamos muito bem ali.
Foi fácil esquecer tudo que Alice
me falara. As preocupações foram varridas da minha mente quando Edward voltou a
segurar minha mão. Caminhamos errantes por entre bancos de madeira e postes de
luz que pareciam do início do século XIX.
Por um tempo, Ed e eu
permanecemos calados, apenas deixando que chegassem aos nossos ouvidos melodias
e sons que brotavam de todos os lados. Um violino sendo tocado por um homem
solitário sentado em um banco à espera de alguns trocados; sussurros
apaixonados de casais que atravessavam nosso caminho; o tilintar das risadas
infantis despertadas por um mímico.
Quando avistei uma boa mesa em um
dos cafés, puxei o selvagem até lá e pedimos dois cappuccinos. Sentada de
frente para ele, não me cansava de estudar o seu rosto. Era como observar
alguém que chegou ao mundo agora. Ed relanceava seus olhos curiosos sobre tudo.
— Como é ser você? — Perguntei
brincado.
Ele me analisou tentando
encontrar o sentido da pergunta.
— Não sei como responder isso. —
Sorriu torto. — Por quê?
— Adoraria saber como sua mente
fervilhante funciona.
Edward maneou a cabeça como se
sua mente não fosse tão fascinante como de fato era.
— E como é ser você? — Voltou a
me fitar.
— Olha, é difícil explicar, mas
posso te dizer como um dia serei.
— Por favor. — Me incentivou.
— Eu serei como uma daquelas
pessoas que todos criticam porque trabalham por vocação e não só por dinheiro.
Alguém que ficará acordada algumas madrugadas só para pensar em como tornar sua
própria vida mais útil. — Fiz uma pausa e passei os dedos pela xícara quente. —
Serei como aqueles persistentes que mesmo aos 70 anos fazem planos a longo
prazo. Sei que estou soando como uma estúpida e que todo mundo está sujeito a
mudar de opinião com o tempo, mas quem me garante que eu não serei exatamente
assim? — Após um suspiro, encarei Edward.
Passaram-se segundos até ele
encontrar algo em meu olhar que o fez dizer:
— Você será, Bella. — Sorriu. —
Eu tenho certeza. — Completou com a voz macia.
A maioria das pessoas que eu
conhecia me recriminaria por ter objetivos tão utópicos. Tentariam jogar na
minha cara que futuras circunstâncias retalhariam meus pensamentos juvenis, só
que Edward não. Ele simplesmente acreditava em mim.
— Que louco. Se pararmos pra
pensar, veremos que nunca mais seremos tão jovens e apaixonados como hoje. Quer
dizer... — Ri de vergonha das bobagens que dizia. — Nunca mais estaremos
sentados aqui, nos olhando com essa intensidade. Acho que sempre fui meio
paranóica com o tempo. Aquele sentimento de que ele se vai e não volta mais.
Ah, poxa. Por favor, me mande calar a boca. — Cobri o rosto com uma mão.
— Eu entendo você. — Edward me
obrigou a tirar a mão do rosto. — É como ver um filme, certo? Um filme que não
dá pra pausar ou
voltar. Se perder uma parte, você pode não conseguir entender corretamente o
restante da história e ficar perdido nela.
— Exato. — Fiquei impressionada
com a explicação de Ed. — É assim que sinto. — Me bateu um alivio. — Em que
parte do filme está?
Edward se levantou e colocou a
cadeira junto à minha. Quando se sentou, passou um braço em volta dos meus
ombros e o calor que exalava involuntariamente fez-me relaxar.
— Estou na parte em que o
protagonista descobre como é namorar. — Afundou o rosto em meus cabelos.
— E ele está gostando? — Sorri
mordendo o lábio.
— Ele está adorando. — Murmurou.
(...)
Edward e eu voltamos para o
Centro Cultural porque lá estava quase deserto. Subimos parte da extensa rampa
que dava acesso ao prédio. O lugar pouco iluminado parecia ideal para abordar o
assunto do voto de castidade.
— Sabe, você está tão... — Me encostei
no corrimão da rampa e o selvagem pôs as mãos nela me aprisionando entre seus
braços. — À vontade. — Completei ofegante.
— É impressão sua. — Brincou
fitando minha boca como fizera na mansão.
— Então por que não... —
Pigarreei sem saber como lhe convencer a largar o voto. — Exploramos... — Eu
devia ter incluído a palavra “tudo”, mas ela não saiu.
Edward me encarou franzindo o
cenho e só aí percebi que não entendeu nada.
— Espera. — O afastei com
delicadeza e Ed deu um passo atrás.
— Qual o problema, Bella? Fiz
algo errado?
— Claro que não. Só me dá um
minuto. — Me distanciei um metro dele e resolvi dar uma chance à “frase
matadora”.
De costas para o selvagem, puxei
o papel do decote e o desdobrei. Ao ler a frase, gemi alto de desgosto e
chacoalhei o corpo, inconformada.
— Está tudo bem? — Ed estranhou e
eu apenas ergui a mão pedindo mais um minuto.
De olhos fechados, colei os
punhos na testa, pois ouvia nitidamente Alice tagarelando na minha cabeça.
Queria arrancar a voz de lá, mas era impossível.
“Vai fundo, o que você tem a
perder?”
“Lembra que você já fez coisa
pior.”
“PORRA, BELLA, ABRE A BOCA E
FALA!”
Em um súbito, me virei para
Edward e falei de uma vez:
— Não
faça manha, eu quero o seu taco-taco no meu balacobaco.
— Err... O quê? — Ficou completamente
perdido.
Nunca desejei tanto estar a sete
palmos de terra. O silêncio que se seguiu só não foi mais constrangedor do que
Edward me encarando com se eu tivesse falado em uma língua alienígena, mas
pouco tempo se passou até sua expressão se suavizar e ele dizer:
— Alice esperava que eu lesse
isso pra você. — Puxou um bilhete do bolso e o estendeu para mim.
Corri para pegar o bilhete e
advinha o que tinha escrito lá?
“Não faça manha, eu quero o meu
taco-taco no seu balacobaco.”
O sangue me subiu à cabeça,
precisei contar de um a dez pra não gritar de raiva.
— Perguntinha. — Estreitei os
olhos. — Você não fez nenhum voto de castidade, fez?
— Não. Por quê?
— Filha de uma égua! — Vociferei
amassando os bilhetes. — Nesse momento ela deve estar rolando no chão de rir da
nossa cara.
— Agora entendo porque Alice
disse que você tinha medo do... — Ed revirou os olhos. — “Meu lado primitivo”.
Totalmente boquiaberta e
revoltada, pedi meu celular que estava no bolso dele liguei para a sacana.
Claro que ela não atendeu, mas me mandou uma mensagem.
De Alice:
Para Bella:
[A idéia nem foi minha ¬¬ foi
do Emm Kkkkkkk]
— Nem acredito. — Resmunguei, e
um segundo depois chegou outra mensagem.
De Emmett:
Para Bella:
[É mentira da Alice. A idéia
foi do Jazz. Ei, me traz um sanduíche? ;D]
— Eu vou estropiar todos eles. —
Rosnei e mais uma mensagem apareceu na tela do celular.
De Jasper:
Para Bella:
[Quais as chances de vc colocar
$10 de crédito no celular do seu mano?]
— O que é deles tá guardado. —
Desliguei o celular para não receber mais nenhuma mensagem.
— Acho que estou começando a
entender o sentido da frase que Alice te fez falar. — Edward fitou o céu,
refletindo.
— Não. Não está nada. — Aflita de
vergonha, fiquei pulando para conseguir estalar os dedos perto de seu rosto na esperança
de que aquilo atrapalhasse seu raciocínio.
— Ah, estou sim. — Respondeu só
para me torturar.
— Shhh! Não está. Não está. —
Bati palmas feito louca, depois chacoalhei as mãos em frente aos seus olhos. —
Não pense.
— Pensando bem... — Arqueou uma sobrancelha.
Não agüentei mais. Fiquei na
ponta dos pés e o puxei pelo colarinho da blusa até conseguir beijá-lo.
(...)
Quando retornamos à mansão, já
passava de uma da manhã. Quase todas as luzes estavam apagadas e o raro
silêncio era praticamente um presente.
Eu não subi imediatamente para o
meu quarto, fiquei deitada no gramado junto com Edward. Com a cabeça pousada em
seu braço, ouvia ele me explicar por que havia um anel luminoso e multicor em
volta da lua.
— É um fenômeno raro. O halo
lunar se forma por causa da refração e dispersão da luz nos cristais de gelo de
nuvens do tipo cirros. A luz, ao passar pelos cristais, se separa nas cores que
vão do violeta ao vermelho, está vendo? — Apontou para a lua.
— Sim. É incrível. — Ergui a mão
e com o indicador lentamente contornei o anel como se pudesse tocá-lo.
Sentia tanta paz...
As brisas frias da madrugada
começaram eriçar minha pele e quando dei por mim, já estava de olhos fechados.
Por um momento, nada pude ouvir além do suave chacoalhar das folhas das
árvores.
— Bella... — Edward deitou de
lado e o movimento fez-me abrir os olhos.
— Fala. — O encarei tocando seu
maxilar.
Primeiro ele deu um meio sorriso
nervoso, depois seus lábios tremularam sutilmente por conta das palavras que
não chegaram a sair. Somente após um suspiro, Edward finalmente disse com a voz
rouca:
— Faz amor comigo?
Meu estômago gelou como se fosse
a primeira vez que ouvia tal proposta. Analisando bem, feita dessa forma, era
sim a primeira vez. Embora a resposta estivesse estampada em minha face, Edward
esperou eu recuperar a voz.
— Sim. — Uma onda de ansiedade me
atingiu.
Edward relanceou os olhos sobre o
meu corpo deixando visível que não sabia exatamente por onde começar. Confesso
que naquele momento até eu estava meio perdida por causa do nervosismo.
— Me beija. — Sussurrei tão baixo
quando o vento.
O selvagem se inclinou um pouco
sobre mim e colou a testa na minha. Automaticamente minha mão alcançou sua nuca
e esperei que ele juntasse nossos lábios. Primeiro senti seu nariz tocando o
meu, depois seu hálito morno invadindo minha boca, então minha súplica foi
atendida com um beijo que revelava exatamente o que ele sentia.
Conseguia enxergar seu nervosismo,
insegurança e desejo. Tentei impor minha pouca experiência, mas Edward me
embebedou com seus sentimentos tão transparentes.
Enquanto aprofundávamos o beijo,
senti os dedos dele correrem delicadamente do meu joelho até a coxa, arrastando
a barra do vestido pra cima para que minhas pernas ficassem à mostra. De
repente, ele interrompeu o beijo para olhá-las e apalpá-las com carinho.
Com medo de que suas próximas
investidas me roubassem o discernimento, falei com a voz mole:
— Precisamos sair daqui.
(...)
De pé no meio da casa da árvore,
não conseguíamos parar de nos encarar. A única luz ali provinha do luar que
adentrava o local pelas janelas e algumas frestas no teto.
Antes de subirmos na casa,
tiramos os itens mais fáceis, os sapatos. Agora Edward começava a desabotoar
sua blusa vagarosamente sem conseguir disfarçar o insistente nervosismo. Depois
que ele se livrou dela, puxei o zíper do meu vestido que ficava na lateral do
corpo. O selvagem me assistiu deslizar as alças pelos braços e, em seguida, o
vestido inteiro pela cintura, quadril e, por fim, pernas.
Eu estava usando uma lingerie
branca com detalhes em renda preta. Não era a primeira vez que Edward me via
com pouca ou nenhuma roupa, mas as circunstâncias agora eram outras. Seus olhos
não estavam só cheios de curiosidade, mas também de paixão.
Ele encurtou a pouca distância
que havia entre nós e pôs as mãos em minha cintura, erguendo-me para que eu
alcançasse sem dificuldade seus lábios. Em um impulso, envolvi seu quadril com
minhas pernas e pressionei sua boca ávida contra a minha.
Senti novamente aquela
eletricidade desenfreada percorrer meu corpo e me agarrei ainda mais a Edward.
Ele, por sua vez, ficou de joelhos e, logo depois, sentou sobre as pernas.
Suas palmas começaram a subir e
descer por minhas costas sem deixar de devorar meus lábios compulsivamente.
Quase como se a expectativa do que estava por vir me causasse dor, soltei um
gemido entrecortado. Imediatamente a boca dele derrapou para o meu queixo, me
dando a chance de respirar.
Faltava-me fôlego, mas a Edward
parecia sobrar, pois começou a inspirar junto ao meu pescoço, absorvendo meu
cheiro como nunca ninguém fez.
Fechei os olhos e pendi a cabeça para
trás. A ponta do nariz dele roçava minha pele me causando amenas e prazerosas
cócegas. O selvagem continuou enchendo seus pulmões com meu perfume, até que
sua atenção se voltou para o fecho do meu sutiã. Como era de se esperar, ele
não conseguiu abrir.
Sem dizer nada, eu mesma abri o
fecho e retirei a peça com meus olhos vidrados nos dele. Edward então baixou a
vista para fitar a região despida e suas mãos, que estavam na minha cintura,
subiram lentamente para os meus seios.
Seu primeiro toque foi tímido,
mas logo se transformou em uma carícia cálida e boa demais para eu continuar de
olhos abertos. Acabei arqueando o corpo e o selvagem passou a inspirar a
fragrância concentrada em meu tórax. Não demorou muito para eu começar sentir
os lábios, dentes e língua de Edward por todo o meu busto.
Quando ele se deu parcialmente
por satisfeito, buscou por minha boca e balbuciou contra ela:
— Seu coração está batendo tão
rápido...
— Eu sei. — Murmurei, desfazendo
com os dedos a ruga de preocupação que se formou entre as sobrancelhas dele.
Edward passou um braço em volta
das minhas costas e projetou-se para frente, deitando-me com calma no chão. Ele
não se colocou imediatamente em cima de mim, primeiro se despiu completamente
sem nenhum constrangimento, mesmo estando de um jeito que nunca vi.
As sombras da noite não foram
capazes de esconder a beleza daquele homem. E nem o frio aplacou o calor que
emanava do meu corpo inteiro por desejá-lo tanto. Desistindo de ficar apenas
deitada, terminei de me despir para ele e me coloquei de joelhos para retribuir
algumas carícias.
O selvagem passou uma mão pelos
cabelos quando sentiu pela primeira vez o prazer do toque feminino. Ele tentou
reprimir um gemido, mas o som rouco e sexy que deixou escapar só fez ficar mais
evidente o quanto aquela experiência ultrapassava suas expectativas.
Almejando lhe proporcionar todas
as sensações possíveis, fui mais ousada e beijei-lhe em lugares que ele nunca
imaginou. De maneira alguma Ed foi o único a delirar com aquilo, pois foi
maravilhoso para mim também.
Então, conforme o prazer ia
esmiuçando os alicerces de seu extraordinário autocontrole, um Edward diferente
começou a se sobressair. Seu peito inflou por causa do pesado arfar e quando se
deitou no chão, puxou-me para cima dele. Seus dedos imediatamente afundaram em
meus cabelos e assim manteve meu rosto a poucos centímetros do seu.
— Você é tão linda. — O elogiou
soou aveludado.
O olhar de Edward continha um
forte magnetismo que deixava meus músculos moles e entregues. Não tem nem como
explicar, você simplesmente se sente tentada a deixá-lo te dominar.
Sem muito esforço, ele rolou
nossos corpos, se colocando em cima de mim. Naturalmente o abriguei entre
minhas pernas e Edward correu sua palma áspera por toda a minha coxa.
Cedendo a seus instintos, ele foi
deslizando o rosto pelo o meu corpo e, mais uma vez, aspirou profundamente o
aroma da minha pele inflamada. Sofrendo com a expectativa, mordi o lábio ao
sentir sua respiração acelerada em minha barriga. Então, liberando sobre mim
seus impulsos sexuais a tanto reprimidos, Edward passou a aplacar seu feroz
desejo onde eu mais ansiava.
Parecia que várias partes de mim
formigavam e apertei os olhos lutando para acompanhar às milhares de sensações
provocadas por Edward e seu súbito descontrole. Depois de uns minutos, desisti
da luta e apenas arqueei o corpo para sentir tudo que ele queria que eu
sentisse.
Gotículas de suor já haviam se
formado em minha testa e várias partes de mim se contraíram, me obrigando a
clamar por Edward com urgência. Meio que contra vontade, ele me atendeu e
voltou a se encaixar no lugar que já lhe pertencia.
Nossos olhares outra vez se
encontraram e estavam carregados de convicção e vida. Norteado pela força
primitiva que impele um homem a possuir uma mulher, Edward, ainda que
inexperiente, me tomou por sua com um movimento vigoroso.
De imediato ambos sentimos o
poder do ato de amar em sua forma mais crua, onde o prazer anda de mãos dadas
com a dor. Nesse momento, levei meus dedos ao rosto dele e observei as sutis
linhas de sua testa franzirem quando se movimentou com mais suavidade. O gemido
que me escapou, foi só o prenúncio dos muitos sons entrecortados que ainda brotariam
de meus lábios.
O homem que era meu por tão pouco
tempo nunca esteve tão lindo. Suas pálpebras tremulavam e um rosnado gutural
emergia da boca entreaberta. Suspirando com o roçar delicioso de nossos corpos,
o puxei para mais perto de mim e lhe envolvi com os braços.
Aconcheguei meu rosto no vão
entre a cabeça e ombro de Edward. Quase que automaticamente seu corpo
respondeu, aumentando a intensidade dos movimentos que se tornaram impetuosos.
De olhos bem fechados, desfrutei
do prazer que o selvagem me proporcionava, apertando-lhe as costas úmidas de
suor. Eu mal conseguia acreditar no que estava acontecendo. Aquele momento
superava tudo que já vivi. Desbancava meu entendimento sobre amor e sexo, pois
não sabia que podia ser tão incandescente, desesperador, celestial...
Definitivamente Edward também
fora pego de surpresa pela total consciência da magnitude do que vivíamos.
Podia senti-lo enlouquecendo em cima de mim, com suas características mais
selvagens me consumindo gradativamente.
Esbaforindo, já não conseguia
parar de roçar a parte interna das minhas coxas no quadril dele. Edward então
passou a gemer junto ao meu ouvido, me deixando todinha arrepiada.
Feito uma tola, julguei ter
conhecido o prazer com Brad, mas agora percebia que intitulei errado o que
vivenciei com ele. O que estava sentido com o meu selvagem nem se comparava!
Existia uma chama fervilhando
pelas minhas pernas, me fazendo contrair os dedos dos pés. Um suave e
prolongado choque no ventre; uma pressão no peito que me impedia completamente
de respirar. Essas tais sensações cresciam desordenadamente. E nesse mesmo
instante, Edward encostou a testa quente na minha e os rosnados dele se
tornaram mais audíveis. Seu corpo perfeito entrou em frenesi e o emaranhado de
sensações meio que explodiu, sugando-me para um vácuo de semiconsciência em que
nunca estive antes.
(...)
O luar que invadia a casa da
árvore banhava nossos corpos imóveis no chão.
Deitada de bruços, eu mantinha a
lateral do meu rosto pousada no braço de Edward. Ele estava de barriga pra
cima, mas me encarava intensamente com a face perto o bastante para que sua
respiração branda ditasse o ritmo da minha.
Não havia palavras no mundo que
se encaixassem com o momento. Somente o mais puro silêncio era bem-vindo.
Meus olhos pesavam de sono, só
que eu não queria dormir. Não queria perder nenhum segundo da minha vida com
Edward. Nunca desejei tanto um “para sempre”, assim como também nunca tive
tanta certeza de que esse sonho, de algum jeito, ficaria preso na casa da
árvore em forma de uma perpétua lembrança.
Então, sem que eu esperasse, uma
única lágrima se formou no canto do meu olho. Permiti que ela seguisse o curso
que desejasse, não só pela melancolia do pensamento que acabara de concluir,
mas também pela enorme e singular felicidade que a noite me trouxe.
Continua...
Preciso respirarrrrr.Simplesmente perfeito esse cap. lembrando: respira Eliz, respira Eliz
ReplyDeleteamei♥ gente o qfoi aquilo "Não faça manha eu quero o seu taco-taco no meu balacobaco" morri rsrsrsr e nofim amei e chorei muito com ela chorando e felicidade Beijusculo lindas♥
ReplyDeleteAiiiiiiiiiiii.. que PERFEITOOOOO!!! Foi tudo muito lindo!!! Adorei!!!
ReplyDeleteNêssa B.
o.O Qee noite hein...
ReplyDelete~~Quantos filhos hein Bells
~~>clone do filho do Will Smith kkk
~~>Ainda não superei Duke Doidão e T-Zed '-'
~~>Alice, Alice, Alice... Valeu por aprontar !!
[..]O que estava sentido com o meu selvagem nem se comparava![...] E que selvagem... assim vou pirar...
Ass:Crazy
EU TO SEMM ARR PRECISO RESPIRAR,UFA UFA QUE CALOR QUE ME DEU KKKKKKKKKKKKKKK QUE HOMEM GOSTOSO E ESSE MINHA GENTE,ESSAS MENINAS DAS FIC DESSE BLOG HOJE TÃO MUITO ESPIRADA!!KKKKKKKK DIMANHA EU QUASE MORRO COM BANDOLEIROS AGORA O SELVAGEM GOSTOSO ED CULLEN,HJ EU ME ACABO
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