Bom dia pessoal! Hoje Bella fará mais alguns
exames e vai rolar certa tensão entre ela e Edward...
Título: Nove Meses
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Nove Meses
By Anne
Stewart
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 10 – Bad Revelations and Bad Surprises
PlayList: Harder to Breathe – Maroon 5 / Pink –
Sober / Cry Me a River –Justin Timberlake / To Myself I Turned –Lacuna Coil
"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade
indomável."
Mahatma Gandhi
- E
então, como estava Phoenix? – perguntei a Alice assim que ela passou pela
porta. Ela fez uma careta.
-
Quente e úmida. Uma droga.
Eu
ri.
- Ok
Alice, vamos ao que interessa. Me conte, como foi... Tudo?
Eu
não me aguentava mais de curiosidade. Alice me ligara de manhã dizendo que
estava a caminho de casa para me contar como foi o encontro com sua sogra.
Ainda bem que ela ligou depois que Edward saiu, minha expressão teria me
entregado.
E
pela expressão de Alice, as notícias não eram tão boas.
- É
melhor se sentar Bella, a história é longa.
Servi
Alice de chá-mate e eu estava com um pote de sorvete de creme nas mãos. Antes
que ela começasse a história, ela franziu o nariz para mim.
-
Francamente Bella! Desse jeito você vai precisar de guincho para se movimentar.
Acho que vou te colocar na aula de hidroginástica.
Revirei
os olhos.
- Ok
Alice, vamos ao que interessa.
-
Bom, eu esperava Esme no restaurante do hotel. Assim que ela me viu, seus olhos
ficaram doces, acho que ela havia gostado de mim, e isso já era ótimo.
"Ela
me cumprimentou e me pediu que a acompanhasse até a casa dela, pois seria
melhor conversarmos lá. Quando cheguei, meu coração afundou de tristeza. Sua
casa era deprimente. Estava cobertas de cortinas, os móveis estavam empoeirados,
e ela parecia viver sozinha. Quando virei meu rosto para ela, ela começou a
chorar.
"Ela
me contou que namorava Eleazar na escola, mas ele se envolveu com a líder de
torcida e largou-a. Carlisle era amigo dele, e, indignado por ver isso acontecer,
se aproximou de Esme. Eles ficaram muito amigos e começaram a sair, e foram
para a mesma faculdade. Se casaram um tempo depois e Eleazar apareceu
novamente, com o objetivo de tomar Esme de volta.
"Eleazar
sabia que Esme ainda o amava, mas ela estava muito feliz com Carlisle e estava
disposta a esquecer tudo. Mas, segundo ela, era difícil resistir."
"Mas
ela resistiu, até que um dia ele a encontrou no bar do hotel onde estava tendo
um congresso de Arquitetos e a embebedou. Quando ela acordou no dia seguinte,
percebeu que estava na cama de Eleazar. Ela ficou arrasada."
"Escondeu
de Carlisle o que aconteceu. Mas meses depois do nascimento de Edward, tudo
veio à tona. Carlisle descobriu, pois ele recebeu as fotos de Eleazar e Esme na
noite em questão. Eles estavam se beijando, mas a essa altura, ela estava
bêbada. O resto da história nós sabemos, e deu no que deu."
"Ela
não queria mais ficar perto de ninguém que conhecia. O único que a consolou
naquele momento foi Eleazar. Ela caiu em sua conversa e foi embora com ele,
abandonando os filhos com o pai."
O
sorvete em meu pote estava derretendo. Minha mente processava o que Alice
acabara de me dizer.
-
Quer dizer que Esme foi vítima de uma armação?
Alice
suspirou e me olhou.
-
Sim.
- Mas
como podemos acreditar no que ela disse? E se ela estiver mentindo?
-
Acho que não Bella, ela parecia sincera. Ela estava arrasada e sozinha...
- E
cadê esse tal de Eleazar?
A
feição de Alice era fria.
-
Morreu ano passado. Resistiu a um assalto e levou três tiros.
Desabei
no sofá. A história da família Cullen era mais trágica do que eu imaginava.
-
Céus... – eu arfei.
- Mas
não é só isso Bella. Não foi só a traição de Esme que acabou com a união da
família.
- E o
que foi então?
A
face de Alice era hesitante. Ela parecia estar avaliando meu estado emocional,
para saber se eu aguentava.
Finalmente
ela contou.
Como
era de se esperar, eu não aguentei. A revelação de Alice me fez sentir triste e
completamente deprimida. Mas ela me fez jurar até segunda ordem que eu não
contaria a Edward nem a ninguém.
Minutos
depois de me recuperar, mas não totalmente, das coisas que Alice me dissera,
ficamos conversando um bom tempo sobre o que ela fez em Phoenix, além de
conhecer Esme. Combinamos também – contra a minha vontade – de que eu começaria
a fazer hidroginástica para gestantes. Gemi diante de sua empolgação.
- Argh Alice! Eu já faço yoga, e já está
de bom tamanho!
- Vai
ser bom para você e para o bebê Bella. – ela me explicava pela décima vez – A
yoga serve apenas para te deixar mais elástica e não sentir tanta dor no parto.
Revirei
os olhos.
-
Alice, sou dançarina de Pole Dance, eu não posso ficar mais elástica do que já
estou.
Alice
ignorou meu argumento.
- Não
interessa. Quero você se exercitando em vez de ficar aqui o dia todo comendo.
Quero que meu sobrinho nasça saudável, e você precisa estar mais saudável ainda
para voltar à ativa.
-
Tudo bem Alice, você me convenceu. Eu vou fazer o que você mandar sargento! – ironizei. Ela me mostrou a
língua.
A
gravidez já estava começando a se mostrar real em meu corpo. Eu tinha
oscilações de humor e tinha vontade de comer quase o tempo todo, isso sem falar
nos desejos estranhos... Alice fez cara de nojo quando disse que ontem comi
feijão preto com coco ralado.
Apesar
de eu estar com quase um mês, algumas coisas físicas estavam começando a se
destacarem. Como os meus seios, que estavam o dobro do tamanho normal, doíam e
aparentavam estar mais pesados. Sem falar que parecia um mapa mundi, com as
minhas veias destacadas por toda a extensão deles.
Combinei
também de que ela iria comigo à minha primeira consulta obstétrica, já que
Edward estará ocupado. Isso não seria um problema para ele, ele daria um jeito.
Mas minhas oscilações de humor o estava deixando maluco. Hora eu estava alegre
e conversava com ele, hora eu estava a ponto de ter um surto psicótico, por
pouco atirando um vaso caríssimo dele em sua direção. Tinha horas que ele
morria de rir de mim, e então eu desabava a chorar e ele me consolava.
Antes
de ir ao médico passei na Sin City
para ver as meninas, pois eu estava morrendo de saudade delas. Elas estranharam
em me ver completamente melosa e sorridente, mas depois caíram suas fichas que
eu estava assim por causa da gravidez.
- E
então dona grávida, – Angela me deu
um sorrisinho perverso – como está o papai Cullen?
Revirei
os olhos.
-
Bom, algo dentro dele mudou que eu sei, mas as vezes ele tenta esconder. – eu
não me sentia acuada em contar esse tipo de coisa para as meninas, pois eu
confiava plenamente nelas, assim como elas confiaram em mim desde o começo, mas
eu não poderia contar a elas como ele ficou quando eu contei que estava
grávida, nem como ele despencou em lágrimas depois do encontro tenso com o pai.
Era íntimo demais.
Não
preciso dizer que as meninas gostaram da Alice. Seus olhos brilharam quando ela
entrou na casa noturna. Ela combinou com Angela e Rosalie para ter aulas
particulares de Pole Dance. "Sabe
como é gente, preciso apimentar a relação..." Mencionou com as
bochechas coradas. Todas nós caímos na gargalhada.
Laurent
também estava lá. Eu não o via há dias, e sentia falta dele também. Se não
fosse por ele, eu não estava onde estava agora.
Saímos
da Sin City e fomos para a clínica
para a minha primeira consulta depois da descoberta da gravidez, nervosa. Mas
como não senti nada incomum nos últimos dias, tinha certeza de que estava tudo
bem comigo e com meu...
quer dizer, bebê de Edward.
Um mês depois
Agora
eu estava no segundo mês. Mas precisamente, na sexta semana de gestação. Quando
fiz minha primeira consulta, eu estava na quarta semana, agora eu iria fazer
uma ultrassonografia para ver como o bebê estava, pois segundo a doutora
Victoria, ele já estaria mais desenvolvido.
Edward
estava ao meu lado. Sua expressão corporal mostrava que ele estava nervoso.
Tentei acalmá-lo.
-
Parece que você vai tomar injeção. Relaxa.
Ele
revirou os olhos.
- O
que foi, não posso ficar nervoso?
Sorri.
- Sei
lá, eu nunca fiz essas coisas.
- E
eu fiz por acaso? – ele fazia cara de injustiçado.
Brinquei.
- Não
que eu saiba.
Entramos
no consultório da doutora Vicky, como
ela gostava de ser chamada. Ela era jovem, talvez uns cinco anos mais velha que
eu. Ela tinha cabelos ruivos, cacheados até as costas, e sua pele era branca, e
seus olhos eram bem azuis.
- Boa
tarde Bella! Edward! Como estão? – cumprimentou com muita animação.
-
Estou ótima e você?
-
Bem. – disse ela com certa animação, encarando Edward. Victoria sabia que
Edward e eu não tínhamos nada, e que o filho dele em meu ventre era resultado
de uma fertilização. Edward flertou com ela na última vez que vim aqui,
passando mal. Tive que vir, pois eu sentia fortes dores na barriga, até que
cheguei aqui e descobri que eram apenas gases. Edward a estava evitando, mas
depois de conversar com ele, ele resolveu dar uma chance a ela.
Mas
naquele momento, percebi que aquilo foi uma péssima ideia. Culpa de meus
hormônios.
Comecei
a sentir algo forte, que foi tomando conta de meu corpo e deixando meus
músculos tensos. Eu estava odiando aquela troca de olhares entre Edward e
Victoria.
Assim
como era bom estar grávida, também era horrível. Eu não tinha o direito de ter
ciúmes, ou sei lá o que eu estava sentindo naquele momento. Foi tão de repente
que chegou a me assustar. De onde eu tirava aquela raiva toda?
Me
subiu algo quente de uma vez naquela hora. Eu queria agarrar Edward e beijá-lo
até ficarmos vermelhos por falta de ar, para mostrar a Victoria que ela não
tinha chance com Edward, porque ele era meu.
Mas
Edward não era meu. Eu estava ligada a ele apenas por alguns meses. E então eu
sumiria de sua vida...
Droga!
O que estava acontecendo comigo?
Victoria
pareceu perceber para quê ela estava ali e virou seu rosto na minha direção.
-
Bom, como você está se sentindo?
-
Além da fome e das oscilações de humor? Estou ótima.
Victoria
sorriu.
-
Isso é muito normal. Terá que aguentar até o nono mês.
Depois
de colocar a roupa do hospital, deitei em uma maca e Victoria começou a ultrassonografia.
Conforme
ela passava o aparelho por minha barriga, ela ia me explicando e apontando na
tela do monitor.
-
Bom, você pode ver que ele ainda é bem pequeno, mas seus membros já estão sendo
formados. O cérebro dele já está se desenvolvendo também. A partir de agora o
coração dele vai começar a bater, e começam a aparecer o delineamento dos
olhos, orelhas, boca e fossas nasais.
Olhei
no monitor, maravilhada. Mesmo pequeno e com poucos aspectos humanos, aquele
serzinho mexeu comigo. Emoções confusas tomaram conta de mim, e eu comecei a
chorar. As lágrimas saíam tímidas, e estavam difíceis de controlar.
Mas
como me controlar quando eu estou passando por um momento tão emocionante como
aquele?
Eu
estava alheia aos olhares surpresos de Edward e Victoria, que com certeza
tinham olhares chocados em suas faces. Mas eu não ligava, estava aproveitando o
meu momento entre eu e meu filho.
Mesmo sabendo que ele não seria meu para sempre. Mesmo que eu não acompanhasse
seus primeiros passos, o levasse para a escola, ou que cantasse canções de
ninar para ele dormir. Não o veria crescer e virar adolescente, nem iria aconselhá-lo
com assuntos clichês de pais, como falar sobre sexo e faculdade.
Mas
eu era uma mulher saudável e nova. Eu teria um filho só meu depois que tudo
isso acabasse.
Mesmo
havendo essa possibilidade fui tomada pelo desespero naquele momento. Aquela
criaturinha não seria minha quando nascesse. Mesmo se eu tiver dois, três
filhos depois dele, aquele bebê que estava dentro de mim não seria meu.
Mas
eu tinha que ser forte. Eu sabia que iria passar por essas coisas durante a
gravidez, mas eu estava certa de que eu teria consequências que seriam difíceis
de esquecer.
Victoria
continuava a falar.
-
Começa também a formação dos dedos, e também a definição da estrutura
esquelética, inicialmente com a cartilagem e mais tarde com os ossos. Inicia-se
a formação do aparato genital e dos órgãos do aparelho digestivo.
-
Nossa... – era a única coisa que eu conseguia dizer naquela hora. Eu não
conseguia tirar os olhos do monitor.
-
Qual o seu tamanho exatamente? – Edward parecia tentar manter a voz controlada.
-
Bom, agora ele está com três centímetros e umas... dez gramas.
-
Nossa, tão pequeno... – suspirei.
- É
sim, bem pequeno mesmo, – Victoria disse – mas a partir de agora ele irá
crescer mais rápido. Vou te receitar umas vitaminas, pois seu organismo usará seus
nutrientes para alimentar o bebê. Você irá precisar também de uma boa
alimentação. Vou te dar uma listinha especial, que eu sempre recomendo as
minhas pacientes.
-
Tudo bem. – assenti, pensando em como seria difícil abrir mão de certas
bobagens que andei comendo. Não que eu estivesse descuidada, eu só comia em
pequenas quantidades, para amenizar os desejos.
- Mas
Victoria – comecei antes de ela terminar a ultrassonografia – às vezes meus
desejos são incontroláveis, seria ruim se eu comesse certas coisas...?
Victoria
sorriu.
- Bom
Bella, eu recomendo que você evite, mas os desejos impedem que você faça isso.
Sempre que sentir esses desejos, coma em pequenas quantidades, para não
prejudicar nem a você e nem ao bebê.
- Ok.
Depois
de pegar a receita das vitaminas e a lista de dieta especial para grávidas da
doutora Victoria, Edward ficou para trás para conversar com ela, provavelmente
marcando um encontro com ela. Logo o sentimento de raiva e possessão tomou
conta de mim novamente. Isso já estava começando a me irritar.
Logo
Edward apareceu na porta da clínica e entrou no carro. Tentei disfarçar minha
expressão.
-
Bom, vamos à farmácia comprar suas vitaminas, e depois vamos para a casa.
- Ok.
– disse em tom frio. Não pude evitar.
Ele
apenas sorriu. Provavelmente achando que eu estava passando por mais algum
descontrole emocional.
Quando
chegamos a sua casa, marchei para a geladeira e tomei um grande gole de água.
Notei que Edward me observava.
-
Algo errado?
-
Não. – murmurei.
-
Bella...
- O
quê?
Ele
suspirou.
- Eu
sei que tudo isso que você sentiu e está sentindo agora é por causa da
gravidez, e eu queria muito te pedir que tente evitar certas coisas...
-
Como? – fitei seu rosto sério.
-
Aquilo no consultório. Você chorou Bella. Você estava maravilhada com tudo aquilo...
-
Acha que eu posso evitar o que eu sinto Edward? Acha que posso controlar essa
droga que bagunça na minha cabeça? O que quer que eu faça? É inevitável! –
minha voz se elevou.
Ele
pareceu ofendido.
-
Você é uma barriga de aluguel Bella. Você não será uma mãe.
- Mas
que droga! Cala essa boca Edward! Não jogue essa merda para cima de mim! –
comecei a chorar, e continuei. – E o que você tanto fazia com Victoria lá
dentro? Estava combinando algum encontro com ela?
-
Porque o interesse? – ele levantou o queixo, com confiança.
Edward
estava me dando nos nervos. Queria que eu parasse de sentir? O que ele pensa
que eu sou? Algum tipo de robô?
Mas
ao mesmo tempo eu tinha uma vontade avassaladora de agarrá-lo. Beijá-lo até não
suportar mais. Queria que ele me possuísse.
Tudo
culpa dessa maldita gravidez! Eu estava vulnerável aos meus sentimentos, estava
apegada a criança que eu carregava, e para piorar, minha atração por Edward
pareceu dobrar de tamanho. Eu estava um caco, parecia uma mulherzinha chorona.
Suspirei
e dei a resposta que Edward esperava.
-
Isso não é da minha conta, desculpe.
Saí
em disparada para meu quarto, mas Edward segurou meu braço no meio do caminho.
- O
que é? – eu disse a contragosto, sem encará-lo. Eu não confiava em mim mesma.
-
Bella... me desculpe por dizer essa idiotice sem tamanho. Eu sei que você está
vulnerável, seu organismo está descontrolado...
Eu
escutava muito longe. Eu estava dando atenção para a queimação que reinava na
região de meu braço, onde estava a mão de Edward. Minha respiração começou a
falhar.
-
Edward, por favor... me deixe ir. – eu praticamente implorei. – Não me deixe quebrar as regras.
Ele
pareceu confuso por um momento, mas logo soltou meu braço. Continuei a
caminhada até meu quarto, esfregando a minha mão no braço que Edward segurou,
como se aquilo tirasse a queimação.
Fechei
a porta e desabei apoiada nela. Eu estava fora de controle. Não sabia o que
dizer, nem o que pensar. Tudo que eu queria agora era Edward me tocando outra
vez. Mas isso seria quebrar as regras, as minhas
regras.
Eu
evitaria qualquer contato mais íntimo entre Edward e eu, pois eu sabia que me
daria mal.
Minha
cabeça flutuava em pensamentos incoerentes quando tomei um susto com a voz
rouca de Edward.
-
E... Bella, não marquei nada com a Victoria, apenas conversei com ela sobre
algumas dúvidas minhas sobre a gravidez, sabe... para poder te ajudar.
Fiquei
quieta ouvindo seus passos sumirem, seguida de uma batida de porta. A porta de
seu quarto.
Tudo
o que eu sentia agora era euforia. Não conseguia parar de sorrir.
***
- Xii Bells, isso é um problema. – Jacob
me encarava, com suas sobrancelhas erguidas. Eu o tinha convidado para passar o
dia comigo em casa. Almoçamos e agora estávamos assistindo Efeito Borboleta,
comendo pipoca.
Eu
relatei a ele o que estava acontecendo comigo, e assim como eu pensava, ele
disse que eu estava ferrada. Tentei achar algo que me salvasse.
- Mas
Jake, não acha que isso vai passar quando o filho de Edward nascer? Todas as
grávidas sentem essas coisas, mas depois voltam ao normal...
-...
Mas você disse que uma de suas colegas vai se casar com o irmão dele, e a tal
da Alice insiste que você faça parte da família...
- Ela
cismou que eu posso vir a ter algo com Edward. – bufei.
Jake
fez cara de desconfiado.
- Mas
você queria não é?
Suspirei.
- E
eu sei lá! Não vou negar que eu sinto algo físico por ele, eu me sentiria frígida se não
sentisse. Mas essa gravidez está bagunçando meus sentimentos. Tem horas que eu
chego a me imaginar casada com Edward, criando a criança junto com ele. Mas
logo depois eu começo a sentir repulsa por isso, continuando a querer viver
sozinha, como sempre fiz.
Jake
suspirou.
-
Céus Bella, com certeza você é a grávida mais complicada do mundo.
Eu
ri.
-
Concordo.
-
Bom, - disse ele de repente – só resta uma coisa a fazer agora.
- O
que?
-
Espere as coisas tomarem seus rumos. Ao fim da sua gravidez, vamos ver se o
coraçãozinho gelado de Edward Cullen irá se derreter por você.
Gargalhei
com sua piada.
- Mas
estou falando sério Bells... – ele continuou entre risadas – estou rindo, mas
estou falando sério. Edward querendo ou não, terá um filho com seus traços
Bella. Ele sempre se lembrará de você ao olhar seu filho, quem sabe isso não te
ajude em algo...
Revirei
os olhos.
- Não
fale bobagem Jake.
- Não
falar bobagem? Pelos meus escassos conhecimentos nessa área, as crianças tendem
a puxar mais as mães do que os pais... quer dizer, acontecem com a maioria das
pessoas. Aconteceu comigo, com você... você é a cópia da sua mãe!
E
isso era verdade. Eu tinha muitas coisas da minha mãe. O formato do rosto, a
textura dos cabelos, a pele pálida...
-
Quer dizer que se o filho de Edward nascer parecido comigo ele irá me procurar?
-
Quem sabe? Mas como eu disse, dê tempo ao tempo...
Suspirei.
- É a
única coisa que resta a fazer mesmo...
Ficamos
conversando por tanto tempo que havíamos nos esquecido da hora. Como eu
esperava, Jake me convidou para ser madrinha de seu casamento. Revirei os
olhos.
- O
que é isso agora? Vou virar arroz de festa mesmo?
Jake
riu, confuso.
-
Como assim?
- Vou
ser madrinha do casamento de Emmett também. – expliquei.
- Que
seja, você vai ser madrinha do meu casamento também.
- E
Emily concorda?
-
Claro! Ela quer muito conhecer você.
- Que
bom.
Quando
me dei conta do tempo, Edward chegou, logo fechando a cara assim que viu Jacob
sentado no sofá ao meu lado.
Sempre
animado, Jacob se levantou sorridente e se apresentou.
-
Olá, sou Jacob Black, amigo de Bella.
Edward
parecia raciocinar, pensando se ia seria educado ou não.
- Sou
Edward. – disse ele cumprimentando Jacob, apertando a sua mão.
-
Bom, fiquei tempo demais aqui. Emily vai me matar. Bella - ele se virou para
mim – não se esqueça de meu convite, Emily faz questão que você aceite.
-
Tudo bem Jacob. Vamos marcar de se encontrar para jantar, eu, Emily e você.
-
Pode deixar gatinha – ele piscou e me abraçou, sussurrando em meu ouvido. – acho que ele está com ciúmes. - e logo
falou alto, já na porta. – Até mais Bells.
Fechei
a porta, confusa. O que ele quis dizer com isso?
Tomei
conhecimento quando virei e fitei Edward. Sua expressão era desconfiada.
-
Quem é ele? – sua voz era petulante e autoritária.
Tive
vontade de rir naquela hora. Edward estava mesmo com ciúmes.
-
Jacob é um antigo amigo. Por quê?
- E
Emily?
-
Porque o interesse?
-
Pelo visto vocês são bem íntimos não é? – ele desconversou com uma risada
diabólica.
Dessa
vez não aguentei, e comecei a rir.
- O
que é isso Edward? Acha que eu vou participar de um ménage a trois? Jacob é como um irmão e
Emily é sua noiva. Isso tudo é ciúmes?
-
Claro que não! – ele revirou os olhos. – Apenas achei estranho entrar na minha
casa e dar de cara com um homem desconhecido.
-
Sei... – eu disse, voltando para o filme e para a minha pipoca.
Um
tempo depois, Edward voltou e se sentou ao meu lado. Parecia inquieto.
- O
que foi?
- Bella...
– ele colocou os dedos em seus olhos, como se segurasse lágrimas. – Esme está
na cidade.
Por
pouco não engasgo com a pipoca.
-
Como?
-
Esme e Carlisle se encontraram. Alice me contou.
-
Minha nossa! – com a minha preocupação com a gravidez eu tinha esquecido disso
completamente. - E... Como foi?
Edward
suspirou.
- Foi
horrível. Carlisle gritava com ela o tempo todo e ela nem teve chance de falar.
Pelo menos foi o que Alice me contou.
-
Você... a viu?
-
Não. – sua voz saiu como um rosnado. – E é bom ela nem pensar em me procurar.
Suspirei.
-
Edward, você precisa vê-la...
-
Para quê Bella? O que eu ganharia encontrando com uma mulher, que se diz minha
mãe, mas que me abandonou?
-
Talvez você deva conversar com ela, saber o porquê de ela ter ido embora...
-
Bella, você sabe de algo que eu não sei? – ele me encarava sério.
Congelei.
Edward
ficou de pé na minha frente, mas logo se agachou para ficar na mesma altura que
eu e pegou em meus ombros, lutando para ter paciência.
Disse
lentamente.
-
Bella... por favor, me diga se você sabe de algo. Eu já sei que Alice armou
tudo isso. Ela te contou alguma coisa?
Edward
olhava fundo em meus olhos. Estava disposto a arrancar a verdade de mim.
-
Diga Bella!
Eu
não queria esconder mais a verdade dele. Ele merecia saber.
-
Edward, Alice me disse algo...
- O
quê?
-
Você é filho de Eleazar. Foi por isso que Esme foi embora.
Continua...
Ah... eu bem que
desconfiava que havia mais coisas nessa história! Então é por isso que Carlisle
sempre tratou Edward com desprezo. Mesmo com essa explicação isso não isenta o
Carlisle da forma como o tratou, como se a pobre criança tivesse culpa do que
aconteceu. Ainda acho que vem mais coisa por aí. E estou adorando essa história
de um sentir ciúmes do outro. Já é um indício de que algo mais forte está
rolando entre eles. Vamos ver quanto tempo vai levar pra eles se acertarem.
Beijos e até mais tarde.
nossa sabia q tinha um segredo bem dark!! imaginem isso pra o Carlisle nao gostar dele so podia ser isso!! estou amando essa historia. Beijusculo♥
ReplyDelete