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Wednesday, June 20, 2012

FANFIC - NOVE MESES - CAPÍTULO 10




Bom dia pessoal! Hoje Bella fará mais alguns exames e vai rolar certa tensão entre ela e Edward...

Título: Nove Meses
Autora(o):
 Anne Stewart
Shipper:
 Bellard
Gênero:
 Drama / Romance.
Censura:
 NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens:
 Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos:
 Sexo

Nove Meses
By Anne Stewart

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 10 – Bad Revelations and Bad Surprises


"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável."
Mahatma Gandhi

- E então, como estava Phoenix? – perguntei a Alice assim que ela passou pela porta. Ela fez uma careta.
- Quente e úmida. Uma droga.
Eu ri.
- Ok Alice, vamos ao que interessa. Me conte, como foi... Tudo?
Eu não me aguentava mais de curiosidade. Alice me ligara de manhã dizendo que estava a caminho de casa para me contar como foi o encontro com sua sogra. Ainda bem que ela ligou depois que Edward saiu, minha expressão teria me entregado.
E pela expressão de Alice, as notícias não eram tão boas.
- É melhor se sentar Bella, a história é longa.
Servi Alice de chá-mate e eu estava com um pote de sorvete de creme nas mãos. Antes que ela começasse a história, ela franziu o nariz para mim.
- Francamente Bella! Desse jeito você vai precisar de guincho para se movimentar. Acho que vou te colocar na aula de hidroginástica.
Revirei os olhos.
- Ok Alice, vamos ao que interessa.
- Bom, eu esperava Esme no restaurante do hotel. Assim que ela me viu, seus olhos ficaram doces, acho que ela havia gostado de mim, e isso já era ótimo.
"Ela me cumprimentou e me pediu que a acompanhasse até a casa dela, pois seria melhor conversarmos lá. Quando cheguei, meu coração afundou de tristeza. Sua casa era deprimente. Estava cobertas de cortinas, os móveis estavam empoeirados, e ela parecia viver sozinha. Quando virei meu rosto para ela, ela começou a chorar.
"Ela me contou que namorava Eleazar na escola, mas ele se envolveu com a líder de torcida e largou-a. Carlisle era amigo dele, e, indignado por ver isso acontecer, se aproximou de Esme. Eles ficaram muito amigos e começaram a sair, e foram para a mesma faculdade. Se casaram um tempo depois e Eleazar apareceu novamente, com o objetivo de tomar Esme de volta.
"Eleazar sabia que Esme ainda o amava, mas ela estava muito feliz com Carlisle e estava disposta a esquecer tudo. Mas, segundo ela, era difícil resistir."
"Mas ela resistiu, até que um dia ele a encontrou no bar do hotel onde estava tendo um congresso de Arquitetos e a embebedou. Quando ela acordou no dia seguinte, percebeu que estava na cama de Eleazar. Ela ficou arrasada."
"Escondeu de Carlisle o que aconteceu. Mas meses depois do nascimento de Edward, tudo veio à tona. Carlisle descobriu, pois ele recebeu as fotos de Eleazar e Esme na noite em questão. Eles estavam se beijando, mas a essa altura, ela estava bêbada. O resto da história nós sabemos, e deu no que deu."
"Ela não queria mais ficar perto de ninguém que conhecia. O único que a consolou naquele momento foi Eleazar. Ela caiu em sua conversa e foi embora com ele, abandonando os filhos com o pai."
O sorvete em meu pote estava derretendo. Minha mente processava o que Alice acabara de me dizer.
- Quer dizer que Esme foi vítima de uma armação?
Alice suspirou e me olhou.
- Sim.
- Mas como podemos acreditar no que ela disse? E se ela estiver mentindo?
- Acho que não Bella, ela parecia sincera. Ela estava arrasada e sozinha...
- E cadê esse tal de Eleazar?
A feição de Alice era fria.
- Morreu ano passado. Resistiu a um assalto e levou três tiros.
Desabei no sofá. A história da família Cullen era mais trágica do que eu imaginava.
- Céus... – eu arfei.
- Mas não é só isso Bella. Não foi só a traição de Esme que acabou com a união da família.
- E o que foi então?
A face de Alice era hesitante. Ela parecia estar avaliando meu estado emocional, para saber se eu aguentava.
Finalmente ela contou.
Como era de se esperar, eu não aguentei. A revelação de Alice me fez sentir triste e completamente deprimida. Mas ela me fez jurar até segunda ordem que eu não contaria a Edward nem a ninguém.
Minutos depois de me recuperar, mas não totalmente, das coisas que Alice me dissera, ficamos conversando um bom tempo sobre o que ela fez em Phoenix, além de conhecer Esme. Combinamos também – contra a minha vontade – de que eu começaria a fazer hidroginástica para gestantes. Gemi diante de sua empolgação.
- Argh Alice! Eu já faço yoga, e já está de bom tamanho!
- Vai ser bom para você e para o bebê Bella. – ela me explicava pela décima vez – A yoga serve apenas para te deixar mais elástica e não sentir tanta dor no parto.
Revirei os olhos.
- Alice, sou dançarina de Pole Dance, eu não posso ficar mais elástica do que já estou.
Alice ignorou meu argumento.
- Não interessa. Quero você se exercitando em vez de ficar aqui o dia todo comendo. Quero que meu sobrinho nasça saudável, e você precisa estar mais saudável ainda para voltar à ativa.
- Tudo bem Alice, você me convenceu. Eu vou fazer o que você mandar sargento! – ironizei. Ela me mostrou a língua.
A gravidez já estava começando a se mostrar real em meu corpo. Eu tinha oscilações de humor e tinha vontade de comer quase o tempo todo, isso sem falar nos desejos estranhos... Alice fez cara de nojo quando disse que ontem comi feijão preto com coco ralado.
Apesar de eu estar com quase um mês, algumas coisas físicas estavam começando a se destacarem. Como os meus seios, que estavam o dobro do tamanho normal, doíam e aparentavam estar mais pesados. Sem falar que parecia um mapa mundi, com as minhas veias destacadas por toda a extensão deles.
Combinei também de que ela iria comigo à minha primeira consulta obstétrica, já que Edward estará ocupado. Isso não seria um problema para ele, ele daria um jeito. Mas minhas oscilações de humor o estava deixando maluco. Hora eu estava alegre e conversava com ele, hora eu estava a ponto de ter um surto psicótico, por pouco atirando um vaso caríssimo dele em sua direção. Tinha horas que ele morria de rir de mim, e então eu desabava a chorar e ele me consolava.
Antes de ir ao médico passei na Sin City para ver as meninas, pois eu estava morrendo de saudade delas. Elas estranharam em me ver completamente melosa e sorridente, mas depois caíram suas fichas que eu estava assim por causa da gravidez.
- E então dona grávida, – Angela me deu um sorrisinho perverso – como está o papai Cullen?
Revirei os olhos.
- Bom, algo dentro dele mudou que eu sei, mas as vezes ele tenta esconder. – eu não me sentia acuada em contar esse tipo de coisa para as meninas, pois eu confiava plenamente nelas, assim como elas confiaram em mim desde o começo, mas eu não poderia contar a elas como ele ficou quando eu contei que estava grávida, nem como ele despencou em lágrimas depois do encontro tenso com o pai. Era íntimo demais.
Não preciso dizer que as meninas gostaram da Alice. Seus olhos brilharam quando ela entrou na casa noturna. Ela combinou com Angela e Rosalie para ter aulas particulares de Pole Dance. "Sabe como é gente, preciso apimentar a relação..." Mencionou com as bochechas coradas. Todas nós caímos na gargalhada.
Laurent também estava lá. Eu não o via há dias, e sentia falta dele também. Se não fosse por ele, eu não estava onde estava agora.
Saímos da Sin City e fomos para a clínica para a minha primeira consulta depois da descoberta da gravidez, nervosa. Mas como não senti nada incomum nos últimos dias, tinha certeza de que estava tudo bem comigo e com meu... quer dizer, bebê de Edward.

Um mês depois

Agora eu estava no segundo mês. Mas precisamente, na sexta semana de gestação. Quando fiz minha primeira consulta, eu estava na quarta semana, agora eu iria fazer uma ultrassonografia para ver como o bebê estava, pois segundo a doutora Victoria, ele já estaria mais desenvolvido.
Edward estava ao meu lado. Sua expressão corporal mostrava que ele estava nervoso. Tentei acalmá-lo.
- Parece que você vai tomar injeção. Relaxa.
Ele revirou os olhos.
- O que foi, não posso ficar nervoso?
Sorri.
- Sei lá, eu nunca fiz essas coisas.
- E eu fiz por acaso? – ele fazia cara de injustiçado.
Brinquei.
- Não que eu saiba.
Entramos no consultório da doutora Vicky, como ela gostava de ser chamada. Ela era jovem, talvez uns cinco anos mais velha que eu. Ela tinha cabelos ruivos, cacheados até as costas, e sua pele era branca, e seus olhos eram bem azuis.
- Boa tarde Bella! Edward! Como estão? – cumprimentou com muita animação.
- Estou ótima e você?
- Bem. – disse ela com certa animação, encarando Edward. Victoria sabia que Edward e eu não tínhamos nada, e que o filho dele em meu ventre era resultado de uma fertilização. Edward flertou com ela na última vez que vim aqui, passando mal. Tive que vir, pois eu sentia fortes dores na barriga, até que cheguei aqui e descobri que eram apenas gases. Edward a estava evitando, mas depois de conversar com ele, ele resolveu dar uma chance a ela.
Mas naquele momento, percebi que aquilo foi uma péssima ideia. Culpa de meus hormônios.
Comecei a sentir algo forte, que foi tomando conta de meu corpo e deixando meus músculos tensos. Eu estava odiando aquela troca de olhares entre Edward e Victoria.
Assim como era bom estar grávida, também era horrível. Eu não tinha o direito de ter ciúmes, ou sei lá o que eu estava sentindo naquele momento. Foi tão de repente que chegou a me assustar. De onde eu tirava aquela raiva toda?
Me subiu algo quente de uma vez naquela hora. Eu queria agarrar Edward e beijá-lo até ficarmos vermelhos por falta de ar, para mostrar a Victoria que ela não tinha chance com Edward, porque ele era meu.
Mas Edward não era meu. Eu estava ligada a ele apenas por alguns meses. E então eu sumiria de sua vida...
Droga! O que estava acontecendo comigo?
Victoria pareceu perceber para quê ela estava ali e virou seu rosto na minha direção.
- Bom, como você está se sentindo?
- Além da fome e das oscilações de humor? Estou ótima.
Victoria sorriu.
- Isso é muito normal. Terá que aguentar até o nono mês.
Depois de colocar a roupa do hospital, deitei em uma maca e Victoria começou a ultrassonografia.
Conforme ela passava o aparelho por minha barriga, ela ia me explicando e apontando na tela do monitor.
- Bom, você pode ver que ele ainda é bem pequeno, mas seus membros já estão sendo formados. O cérebro dele já está se desenvolvendo também. A partir de agora o coração dele vai começar a bater, e começam a aparecer o delineamento dos olhos, orelhas, boca e fossas nasais.
Olhei no monitor, maravilhada. Mesmo pequeno e com poucos aspectos humanos, aquele serzinho mexeu comigo. Emoções confusas tomaram conta de mim, e eu comecei a chorar. As lágrimas saíam tímidas, e estavam difíceis de controlar.
Mas como me controlar quando eu estou passando por um momento tão emocionante como aquele?
Eu estava alheia aos olhares surpresos de Edward e Victoria, que com certeza tinham olhares chocados em suas faces. Mas eu não ligava, estava aproveitando o meu momento entre eu e meu filho. Mesmo sabendo que ele não seria meu para sempre. Mesmo que eu não acompanhasse seus primeiros passos, o levasse para a escola, ou que cantasse canções de ninar para ele dormir. Não o veria crescer e virar adolescente, nem iria aconselhá-lo com assuntos clichês de pais, como falar sobre sexo e faculdade.
Mas eu era uma mulher saudável e nova. Eu teria um filho só meu depois que tudo isso acabasse.
Mesmo havendo essa possibilidade fui tomada pelo desespero naquele momento. Aquela criaturinha não seria minha quando nascesse. Mesmo se eu tiver dois, três filhos depois dele, aquele bebê que estava dentro de mim não seria meu.
Mas eu tinha que ser forte. Eu sabia que iria passar por essas coisas durante a gravidez, mas eu estava certa de que eu teria consequências que seriam difíceis de esquecer.
Victoria continuava a falar.
- Começa também a formação dos dedos, e também a definição da estrutura esquelética, inicialmente com a cartilagem e mais tarde com os ossos. Inicia-se a formação do aparato genital e dos órgãos do aparelho digestivo.
- Nossa... – era a única coisa que eu conseguia dizer naquela hora. Eu não conseguia tirar os olhos do monitor.
- Qual o seu tamanho exatamente? – Edward parecia tentar manter a voz controlada.
- Bom, agora ele está com três centímetros e umas... dez gramas.
- Nossa, tão pequeno... – suspirei.
- É sim, bem pequeno mesmo, – Victoria disse – mas a partir de agora ele irá crescer mais rápido. Vou te receitar umas vitaminas, pois seu organismo usará seus nutrientes para alimentar o bebê. Você irá precisar também de uma boa alimentação. Vou te dar uma listinha especial, que eu sempre recomendo as minhas pacientes.
- Tudo bem. – assenti, pensando em como seria difícil abrir mão de certas bobagens que andei comendo. Não que eu estivesse descuidada, eu só comia em pequenas quantidades, para amenizar os desejos.
- Mas Victoria – comecei antes de ela terminar a ultrassonografia – às vezes meus desejos são incontroláveis, seria ruim se eu comesse certas coisas...?
Victoria sorriu.
- Bom Bella, eu recomendo que você evite, mas os desejos impedem que você faça isso. Sempre que sentir esses desejos, coma em pequenas quantidades, para não prejudicar nem a você e nem ao bebê.
- Ok.
Depois de pegar a receita das vitaminas e a lista de dieta especial para grávidas da doutora Victoria, Edward ficou para trás para conversar com ela, provavelmente marcando um encontro com ela. Logo o sentimento de raiva e possessão tomou conta de mim novamente. Isso já estava começando a me irritar.
Logo Edward apareceu na porta da clínica e entrou no carro. Tentei disfarçar minha expressão.
- Bom, vamos à farmácia comprar suas vitaminas, e depois vamos para a casa.
- Ok. – disse em tom frio. Não pude evitar.
Ele apenas sorriu. Provavelmente achando que eu estava passando por mais algum descontrole emocional.
Quando chegamos a sua casa, marchei para a geladeira e tomei um grande gole de água. Notei que Edward me observava.
- Algo errado?
- Não. – murmurei.
- Bella...
- O quê?
Ele suspirou.
- Eu sei que tudo isso que você sentiu e está sentindo agora é por causa da gravidez, e eu queria muito te pedir que tente evitar certas coisas...
- Como? – fitei seu rosto sério.
- Aquilo no consultório. Você chorou Bella. Você estava maravilhada com tudo aquilo...
- Acha que eu posso evitar o que eu sinto Edward? Acha que posso controlar essa droga que bagunça na minha cabeça? O que quer que eu faça? É inevitável! – minha voz se elevou.
Ele pareceu ofendido.
- Você é uma barriga de aluguel Bella. Você não será uma mãe.
- Mas que droga! Cala essa boca Edward! Não jogue essa merda para cima de mim! – comecei a chorar, e continuei. – E o que você tanto fazia com Victoria lá dentro? Estava combinando algum encontro com ela?
- Porque o interesse? – ele levantou o queixo, com confiança.
Edward estava me dando nos nervos. Queria que eu parasse de sentir? O que ele pensa que eu sou? Algum tipo de robô?
Mas ao mesmo tempo eu tinha uma vontade avassaladora de agarrá-lo. Beijá-lo até não suportar mais. Queria que ele me possuísse.
Tudo culpa dessa maldita gravidez! Eu estava vulnerável aos meus sentimentos, estava apegada a criança que eu carregava, e para piorar, minha atração por Edward pareceu dobrar de tamanho. Eu estava um caco, parecia uma mulherzinha chorona.
Suspirei e dei a resposta que Edward esperava.
- Isso não é da minha conta, desculpe.
Saí em disparada para meu quarto, mas Edward segurou meu braço no meio do caminho.
- O que é? – eu disse a contragosto, sem encará-lo. Eu não confiava em mim mesma.
- Bella... me desculpe por dizer essa idiotice sem tamanho. Eu sei que você está vulnerável, seu organismo está descontrolado...
Eu escutava muito longe. Eu estava dando atenção para a queimação que reinava na região de meu braço, onde estava a mão de Edward. Minha respiração começou a falhar.
- Edward, por favor... me deixe ir. – eu praticamente implorei. – Não me deixe quebrar as regras.
Ele pareceu confuso por um momento, mas logo soltou meu braço. Continuei a caminhada até meu quarto, esfregando a minha mão no braço que Edward segurou, como se aquilo tirasse a queimação.
Fechei a porta e desabei apoiada nela. Eu estava fora de controle. Não sabia o que dizer, nem o que pensar. Tudo que eu queria agora era Edward me tocando outra vez. Mas isso seria quebrar as regras, as minhas regras.
Eu evitaria qualquer contato mais íntimo entre Edward e eu, pois eu sabia que me daria mal.
Minha cabeça flutuava em pensamentos incoerentes quando tomei um susto com a voz rouca de Edward.
- E... Bella, não marquei nada com a Victoria, apenas conversei com ela sobre algumas dúvidas minhas sobre a gravidez, sabe... para poder te ajudar.
Fiquei quieta ouvindo seus passos sumirem, seguida de uma batida de porta. A porta de seu quarto.
Tudo o que eu sentia agora era euforia. Não conseguia parar de sorrir.

***

- Xii Bells, isso é um problema. – Jacob me encarava, com suas sobrancelhas erguidas. Eu o tinha convidado para passar o dia comigo em casa. Almoçamos e agora estávamos assistindo Efeito Borboleta, comendo pipoca.
Eu relatei a ele o que estava acontecendo comigo, e assim como eu pensava, ele disse que eu estava ferrada. Tentei achar algo que me salvasse.
- Mas Jake, não acha que isso vai passar quando o filho de Edward nascer? Todas as grávidas sentem essas coisas, mas depois voltam ao normal...
-... Mas você disse que uma de suas colegas vai se casar com o irmão dele, e a tal da Alice insiste que você faça parte da família...
- Ela cismou que eu posso vir a ter algo com Edward. – bufei.
Jake fez cara de desconfiado.
- Mas você queria não é?
Suspirei.
- E eu sei lá! Não vou negar que eu sinto algo físico por ele, eu me sentiria frígida se não sentisse. Mas essa gravidez está bagunçando meus sentimentos. Tem horas que eu chego a me imaginar casada com Edward, criando a criança junto com ele. Mas logo depois eu começo a sentir repulsa por isso, continuando a querer viver sozinha, como sempre fiz.
Jake suspirou.
- Céus Bella, com certeza você é a grávida mais complicada do mundo.
Eu ri.
- Concordo.
- Bom, - disse ele de repente – só resta uma coisa a fazer agora.
- O que?
- Espere as coisas tomarem seus rumos. Ao fim da sua gravidez, vamos ver se o coraçãozinho gelado de Edward Cullen irá se derreter por você.
Gargalhei com sua piada.
- Mas estou falando sério Bells... – ele continuou entre risadas – estou rindo, mas estou falando sério. Edward querendo ou não, terá um filho com seus traços Bella. Ele sempre se lembrará de você ao olhar seu filho, quem sabe isso não te ajude em algo...
Revirei os olhos.
- Não fale bobagem Jake.
- Não falar bobagem? Pelos meus escassos conhecimentos nessa área, as crianças tendem a puxar mais as mães do que os pais... quer dizer, acontecem com a maioria das pessoas. Aconteceu comigo, com você... você é a cópia da sua mãe!
E isso era verdade. Eu tinha muitas coisas da minha mãe. O formato do rosto, a textura dos cabelos, a pele pálida...
- Quer dizer que se o filho de Edward nascer parecido comigo ele irá me procurar?
- Quem sabe? Mas como eu disse, dê tempo ao tempo...
Suspirei.
- É a única coisa que resta a fazer mesmo...
Ficamos conversando por tanto tempo que havíamos nos esquecido da hora. Como eu esperava, Jake me convidou para ser madrinha de seu casamento. Revirei os olhos.
- O que é isso agora? Vou virar arroz de festa mesmo?
Jake riu, confuso.
- Como assim?
- Vou ser madrinha do casamento de Emmett também. – expliquei.
- Que seja, você vai ser madrinha do meu casamento também.
- E Emily concorda?
- Claro! Ela quer muito conhecer você.
- Que bom.
Quando me dei conta do tempo, Edward chegou, logo fechando a cara assim que viu Jacob sentado no sofá ao meu lado.
Sempre animado, Jacob se levantou sorridente e se apresentou.
- Olá, sou Jacob Black, amigo de Bella.
Edward parecia raciocinar, pensando se ia seria educado ou não.
- Sou Edward. – disse ele cumprimentando Jacob, apertando a sua mão.
- Bom, fiquei tempo demais aqui. Emily vai me matar. Bella - ele se virou para mim – não se esqueça de meu convite, Emily faz questão que você aceite.
- Tudo bem Jacob. Vamos marcar de se encontrar para jantar, eu, Emily e você.
- Pode deixar gatinha – ele piscou e me abraçou, sussurrando em meu ouvido. – acho que ele está com ciúmes. - e logo falou alto, já na porta. – Até mais Bells.
Fechei a porta, confusa. O que ele quis dizer com isso?
Tomei conhecimento quando virei e fitei Edward. Sua expressão era desconfiada.
- Quem é ele? – sua voz era petulante e autoritária.
Tive vontade de rir naquela hora. Edward estava mesmo com ciúmes.
- Jacob é um antigo amigo. Por quê?
- E Emily?
- Porque o interesse?
- Pelo visto vocês são bem íntimos não é? – ele desconversou com uma risada diabólica.
Dessa vez não aguentei, e comecei a rir.
- O que é isso Edward? Acha que eu vou participar de um ménage a trois? Jacob é como um irmão e Emily é sua noiva. Isso tudo é ciúmes?
- Claro que não! – ele revirou os olhos. – Apenas achei estranho entrar na minha casa e dar de cara com um homem desconhecido.
- Sei... – eu disse, voltando para o filme e para a minha pipoca.
Um tempo depois, Edward voltou e se sentou ao meu lado. Parecia inquieto.
- O que foi?
- Bella... – ele colocou os dedos em seus olhos, como se segurasse lágrimas. – Esme está na cidade.
Por pouco não engasgo com a pipoca.
- Como?
- Esme e Carlisle se encontraram. Alice me contou.
- Minha nossa! – com a minha preocupação com a gravidez eu tinha esquecido disso completamente. - E... Como foi?
Edward suspirou.
- Foi horrível. Carlisle gritava com ela o tempo todo e ela nem teve chance de falar. Pelo menos foi o que Alice me contou.
- Você... a viu?
- Não. – sua voz saiu como um rosnado. – E é bom ela nem pensar em me procurar.
Suspirei.
- Edward, você precisa vê-la...
- Para quê Bella? O que eu ganharia encontrando com uma mulher, que se diz minha mãe, mas que me abandonou?
- Talvez você deva conversar com ela, saber o porquê de ela ter ido embora...
- Bella, você sabe de algo que eu não sei? – ele me encarava sério.
Congelei.
Edward ficou de pé na minha frente, mas logo se agachou para ficar na mesma altura que eu e pegou em meus ombros, lutando para ter paciência.
Disse lentamente.
- Bella... por favor, me diga se você sabe de algo. Eu já sei que Alice armou tudo isso. Ela te contou alguma coisa?
Edward olhava fundo em meus olhos. Estava disposto a arrancar a verdade de mim.
- Diga Bella!
Eu não queria esconder mais a verdade dele. Ele merecia saber.
- Edward, Alice me disse algo...
- O quê?
- Você é filho de Eleazar. Foi por isso que Esme foi embora.

Continua...

Ah... eu bem que desconfiava que havia mais coisas nessa história! Então é por isso que Carlisle sempre tratou Edward com desprezo. Mesmo com essa explicação isso não isenta o Carlisle da forma como o tratou, como se a pobre criança tivesse culpa do que aconteceu. Ainda acho que vem mais coisa por aí. E estou adorando essa história de um sentir ciúmes do outro. Já é um indício de que algo mais forte está rolando entre eles. Vamos ver quanto tempo vai levar pra eles se acertarem. Beijos e até mais tarde.

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1 comment:

  1. nossa sabia q tinha um segredo bem dark!! imaginem isso pra o Carlisle nao gostar dele so podia ser isso!! estou amando essa historia. Beijusculo♥

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...