Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Nove Meses
By Anne Stewart
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 15 – Turning Page
"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar."
Machado de Assis
Música para o capítulo: Adele - Set Fire to The Rain*
Edward POV
Eu iria acabar com isso. De uma o vez por todas.
Eu não agüentava mais essa história na minha cabeça, me perseguindo aonde quer que eu fosse. Eu já estava bem grandinho para dar pitis como uma criança mimada e birrenta. Já chega.
Me achei um completo idiota ter que esperar Bella entrar em minha vida para me convencer disso. Imagino que se eu não a tivesse conhecido, eu ainda guardaria magoas do meu passado.
É claro que eu ainda estou ressentido. Quem não ficaria? Afinal, fui abandonado quando criança pela minha mãe, descobrindo que ela fugira com um babaca qualquer, e logo sou maltratado pelo meu próprio pai, então descubro anos depois o motivo de tanto desprezo por parte dele: eu fui gerado de uma traição.
Eu teria feito coisas piores se não valorizasse a mim mesmo. Eu ainda tinha meus irmãos, e sonhava com uma carreira brilhante. E nada de compromissos.
Eu aproveitaria minha juventude saindo com as garotas mais populares da faculdade, e assim adiante. E eu nunca daria a elas o que elas sempre desejavam.
Compromisso sério.
Eu não queria passar pelo que Carlisle passou com minha mãe, e não acreditava que teria a mesma sorte de Jasper e Emmett. Mas chegou um momento em minha vida que desejei algo que exigia casamento, ou seja lá o que fosse. Foi quando Bella apareceu.
E agora estou aqui, na casa de Jasper, esperando que Esme Cullen chegasse. Eu não fazia ideia de como ela estava hoje, tendo em vista que nunca mais a vi desde que ela fora embora.
Eu evitava olhar para qualquer canto da enorme sala de jantar. Eu fitava, sem realmente ver, o vidro escuro da mesa. Bella tinha ido à cozinha, e Alice a acompanhou. Ficamos apenas eu, Rose, Emmett e Jazz.
E então a campainha toca.
Meu coração dobrou o ritmo das batidas e meu sangue corria na velocidade de um puma. Eu estava a poucos segundos de rever a mulher que acabou com a minha vida, e que agora retornara dizendo ter uma prova. A prova de que ela era inocente.
Confesso que no fundo de meu ser, eu senti uma pontada de esperança em relação a tudo isso. Afinal, eu era filho dela.
Olhei por alguns segundos na direção de Emmett, que estava muito nervoso. Rosalie estava ao seu lado, sussurrando para ele e afagando seus ombros. Abaixei a minha cabeça novamente, me preparando para os momentos seguintes.
Então de repente a cadeira ao lado da minha se movimenta, sendo ocupada por Bella. Ela imita o gesto de Rosalie e pousa sua mão branca, pequena – e agora inchada – em meus ombros. Olhei em seus olhos.
Em um gesto inconsciente de sua parte – disso eu tinha certeza, tendo em vista o que aconteceu nos últimos dias – Bella leva sua mão até meu rosto. Eu fiquei surpreso com isso, mas ao mesmo tempo não pude deixar de me deliciar com seu toque, como sempre acontecia. O calor de seu singelo toque me dominou, sua pele era macia, quente e aveludada. Sem querer fechei os olhos e ronronei de prazer. Senti que ela abria um sorriso.
Então sua mão foi até a minha, levando-a até sua barriga. Ela sempre fazia isso quando a garota se mexia. Fiquei extasiado quando senti minha filha chutar em minha mão. Aposto que eu estava com cara de idiota abobado agora.
- Ela quer dizer que está aqui com você. – Bella murmurou, com seu sorriso branco e radiante.
Suspirei e mantive a minha mão em sua barriga.
- Você também está Bella. – eu disse a ela, sem pensar. Eu sabia muito bem que ela não queria nada comigo, então eu decidi aproveitar ao máximo sua companhia, antes que minha filha nascesse e ela sumisse de uma vez.
Ela corou, deixando sua pele apetitosa. Senti um impulso louco de beijá-la. Eu senti, em seus olhos, que minhas palavras mexeram dentro dela. Me senti esperançoso.
Ela desviou o rosto envergonhado para a direção da sala de estar. Então ouvi passos. Sem olhar na direção em que Bella olhava me levantei lentamente, seguido por Emmett e Rosalie. Eu estava tentando me acalmar para a situação a seguir.
Virei meu rosto lentamente na direção de Esme, ignorando meu estômago que se retorcia. Sua expressão era tranquila, mas escondia ansiedade e medo nas extremidades. Fazia anos que não a via, e fiquei impressionado em como o tempo não mudara em nada sua aparência. Ela aparentava estar com trinta anos, seus cabelos estavam longos e soltos, caindo sobre suas costas. Ela direcionou o olhar em cada um de nós que estavam naquela sala de jantar. Ela sorria, apesar do nervosismo, e seu sorriso vacilou quando seus olhos passaram por mim. Minha expressão era de frieza e calma, eu não deixara transparecer nada.
Aquele dia seria o fechamento de um ciclo sombrio em minha vida. Eu saberia finalmente a verdade. Se é que houvesse uma verdade além da verdade que eu sabia. Que ela fora embora depois de trair Carlisle, me deixando para trás, sabendo que eu era filho do tal Elezar.
Emmett cortou o silêncio e foi em direção à Esme, abraçando-a forte. Ele apresentou Rosalie a ela, e logo depois Alice apareceu cumprimentando-a e dando a notícia de que estava grávida. A expressão de Esme era radiante.
Enquanto tudo acontecia, eu a observava, procurando algum indício de que ela estava mentindo ou se havia alguma armação. Senti algo no fundo, bem no fundo... de que ela estava falando a verdade.
Eu só não queria acreditar.
Ela olhou na direção de Bella, com toda a certeza, tirando conclusões erradas. Bella segurava sua barriga, ninando-a. Ela parecia nervosa com o olhar de Esme. Ela sabia muito bem o que Esme estava pensando. Eu queria muito que fosse verdade.
Então seu olhar encontrou o meu. Sua expressão era angustiada, como se ela quisesse dizer algo.
- Edward... – ela disse.
Respondi na melhor voz de indiferença possível.
- Esme... – ela percebeu o gelo em minha voz e seu rosto desmoronou.
Carlisle pigarreou.
- Bom, acho que podemos começar o que viemos fazer aqui, certo?
Concordamos e começamos a sentar, mas Esme nos interrompeu, dizendo que sua prova estava em um DVD. Fomos para a sala.
Antes que ela mostrasse essa tal prova, Esme contou sua versão da história. Ela falava com calma, parecia escolher as palavras cuidadosamente.
Eu ficava mais chocado a cada frase que ela falava. Era uma história absurda, coisa que só era vista em novelas mexicanas. Era difícil de acreditar, e eu me esforçava muito em ficar ali e ouvir tudo até o fim. Eu queria mesmo era sair dali.
Enfim ela mostrou o DVD. Jasper colocou-o no aparelho e ele começou a rodar.
Então eu o vi. Eu nunca acharia que fosse seu filho, pois eu não notava nenhuma semelhança entre nós dois. Graças a Deus eu tive sorte com a genética de Esme.
Foi muita conversa fiada até que o que realmente queríamos ver começasse.
As palavras de Eleazar me fizeram desejar que ele estivesse vivo, para que eu mesmo pudesse matá-lo. Ele falava com calma, sorria diabolicamente, com orgulho de seu plano estúpido ter dado certo.
Meu cérebro estava tentando assimilar os fatos. Eleazar contara com detalhes como ele arruinou a vida de Esme e Carlisle, de como ele era mais do que culpado por me conceber e ao mesmo tempo me transformar em um dos motivos da separação humilhante de meus pais.
Pais. Minha mãe...
Enfim a conversa entre Carmem e Eleazar acabou. Fitei a TV, tentando pensar.
Esme era inocente. Eu sempre soube.
Só não era consciente desse fato. Eu estava perdendo tempo odiando a todos e a mim mesmo.
Então eu reagi.
- Então... quer dizer... – murmurei.
- ... Eu sou inocente Edward. Eu não te abandonei, e nunca te reneguei por ser filho desse desgraçado. Te amei como amei – e amo – Emmett e Jasper. Nossa família foi destruída por esse infeliz, que arda nos abismos do inferno...
Não pensei em mais nada. Apenas me levantei e fui a sua direção. Esme parou no momento em que me levantei do sofá e a abracei.
Ela chorava descontroladamente e murmurava coisas que eu não conseguia entender. Logo senti meus olhos arderem e as lágrimas escorrerem por meu rosto.
Minha mãe era inocente. Ela nunca fora a pessoa responsável por tudo o que aconteceu...
Era como se um peso enorme tivesse saído de minhas costas. Eu me sentia mais aliviado, mais leve. Toda a angústia que sofri durante anos fora embora, pois agora eu sabia que tudo não passava de mera armação de um canalha, que de uma forma ou de outra, pagara com sua vida por ter destruído a minha.
- Eu sabia! Eu sabia que estava certa! Eu disse! – Alice gritava e batia palmas em algum lugar.
- Mãe... – eu disse apenas, sem saber o que fazer.
- Oh filho – ela disse, passando a mão em meu rosto repleto de lágrimas – só Deus sabe o quanto eu sonhei com isso...
Gargalhei histericamente e a abracei de novo, e ficamos assim por alguns momentos.
Agora estava tudo entrando nos eixos. Foi mais fácil do que eu esperava. Aconteceu rápido e foi resolvido rápido. Simples.
Me separei da minha mãe e olhei na direção de Carlisle.
- Acho que agora poderemos seguir como uma família, uma família que nunca deveria ter se separado. – ele disse, sorrindo – Prometo que a partir de agora vou fazer o possível para voltarmos a ser o que éramos antes, uma família feliz.
Olhei na direção de Carlisle, notando que suas feições joviais estavam leves. Todos os anos de estresse e sentimento de traição o havia derrubado, quase que completamente. Eu assistia a cada ano que passava, o homem feliz amoroso se tornar rancoroso, quase perdendo tudo.
Mas agora tudo mudou. Eu conseguia sentir no ar algo que nunca pensei existir. Estávamos unidos novamente, eu, minha mãe, meu pai e meus irmãos.
Era estranho. Eu estava acostumado a ser cético, sarcástico e rude, em um nível mais educado possível. Eu recusava a presença de pessoas em minha vida. Apenas meus irmãos tinham acesso livre, o que dava a eles a liberdade de se intrometer de vez em quando. Mas agora era diferente. Minha vida estava abrindo portas, deixando que mais pessoas entrassem e fizessem parte dela.
Meus pais.
Eu nunca iria considerar Eleazar como um pai, pois ele nunca fora um pai. Ele não me conhecia e não fazia questão de me conhecer. Eu não sei nada sobre ele, mas sabia que ele não prestava. Ele era apenas mais um canalha que destruía famílias. Pessoas como ele não deveriam habitar o planeta.
Carlisle Cullen era meu pai. Apesar de tudo que aconteceu durante esses anos, eu nunca deixei de admirá-lo. Mesmo ele me odiando, achando que eu era o motivo de minha mãe ter ido embora – e fui, mesmo sem saber – eu ainda o amava. Foi ele que me ensinou tudo que um pai deve ensinar ais filhos. Foi ele que me ensinou a andar de bicicleta, me ajudou com as lições da escola...
Agora poderíamos recomeçar.
Fui tirado do torpor por uma Bella resmungona, que sussurrava para a barriga.
- Calma garota –ela murmurou, com suas mãos envolta da barriga.
Esme olhou em sua direção.
- Bom querido, será que você pode me apresentar a sua mulher?
Mulher?
Esme achava que Bella era minha mulher. Aquilo me deixou eufórico, e eu nem sabia o porque.
Era óbvio que ela tiraria essa conclusão. Bella estava ao meu lado, me acariciando e segurando minhas mãos, e sua barriga estava enorme.
Mas ela não era minha esposa. Ela não queria ser. Ela entrou nesse negócio apenas por dinheiro.
Toda a felicidade que eu estava sentindo pelos esclarecimentos que me atormentavam por anos havia se dissipado. Senti um gelo dentro de mim, gritando no fundo, que nem tudo estava como deveria estar.
Tentei encontrar as palavras na hora de apresentar Bella à minha mãe. Bella por sua vez, estava com a expressão confusa e atormentada.
- Ham, mãe, essa é Bella Swan, minha... – eu dizia, tentando encontrar as palavras certas. Eu poderia dizer que ela era uma amiga...
Mas Bella me cortou.
- Sou Bella, barriga de aluguel de Edward.
A expressão de minha mãe se tornou surpresa e confusa, como se ela tentasse entender, como se não havia ouvido direito.
- Como? Como assim Edward? – ela olhou em minha direção. Ela parecia apavorada.
- Mãe, há muitas coisas que eu devo te explicar.
- Pode começar. –ela me fitou, com uma expressão curiosa e triste ao mesmo tempo.
Me sentei no sofá, dizendo para ela se sentar também. Passei meu braço envolta do corpo de Bella, sentando-a junto comigo. Minha mão acariciava sua barriga.
Comecei a contar os motivos pelos quais me levaram a fazer o que fiz. Seu rosto se tornou torturado e seus olhos começaram a liberar lágrimas cristalinas.
- Oh filho, me perdoe pelo que te fiz. Eu nunca pensei que você faria algo assim... – ela babulcinou.
- Você não tem culpa mãe, eu acabo de descobrir isso – a interrompi – mas foi assim que aconteceu. Não dá para voltar atrás.
- Oh, eu fiquei tão radiante quando entrei e vi essa garota linda ao seu lado, grávida – ela sorriu na direção de Bella, que corou – mas vocês pareciam tão... Ligados. O modo como se comportavam. Achei que estivessem casados.
Não era como se ela estivesse vendo coisas, ela tinha razão. O que eu sentia por Bella estava estampado em meu rosto, e meu comportamento possessivo só deixava mais evidente o que eu estava sentindo.
Que eu estava perdidamente apaixonado por aquela mulher, que carregava minha filha dentro dela, mas que não queria nada além do dinheiro que eu prometi lhe pagar.
Isso me moeu por dentro.
Suspirei, pressionando os lábios, dizendo a pior mentira que já contei em minha vida.
- É apenas o bebê, mãe. Não dá para evitar. Mas quando ela nascer, com certeza isso muda, não é Bella?
Olhei em sua direção, esperando que ela concordasse. Minha expressão estava mais falsa possível, fazendo com que Esme acreditasse em minhas palavras.
Mas eu queria mesmo era que Bella desmentisse minhas palavras. Queria que ela dissesse que não era mais como havíamos planejado quando fiz a proposta a ela. Queria que ela admitisse que estava apaixonada por mim, e que queria mais do que ser a minha barriga de aluguel.
Me senti desmoronar por dentro quando ela me encarou com seus olhos castanhos e acenou afirmativamente.
Lutei para manter a fachada naquele instante. Eu queria abraçá-la, beijá-la, dizer que eu queria que ela ficasse comigo. Mas eu já havia feito isso, e ela recusara, admitindo que não sentianada por mim.
- Com licença, eu preciso ir ao banheiro. – ela se levantou e saiu em disparada para o segundo andar.
- O que houve com ela? – Esme perguntou confusa.
- Coisas de grávida, provavelmente. – eu disse, sabendo que não era verdade.
Os sentimentos de Bella estavam uma bagunça, e eu não deveria ter deixado que ela me acompanhasse até a casa de Jasper e assistir a tudo que acabara de acontecer. Ela não tinha seus pais, não tinha nenhum irmão, aquilo deve ter sido demais para ela.
Alice apareceu na sala como se adivinhasse que eu a chamaria.
- Alice, Bella foi ao banheiro lá em cima. Acho que ela precisa de você.
- Estou subindo. Rosalie?
Logo Rosalie apareceu atrás de Alice, e as duas subiram até o segundo andar, atrás de Bella.
- Bom filho, acho que preciso saber de mais coisas por aqui. Pode me contar o que está acontecendo?- Esme chamou minha atenção novamente.
Olhei em sua direção.
- Eu já lhe disse mãe. – era estranho dizer essa palavra depois de anos.
- Não disse não. Eu posso ter ficado anos longe, mas eu sou sua mãe. E sentimento de mãe não erra.
Dei um longo suspiro. Esme continuou.
- Observei o modo como você olhava para ela, como a tocava... e ela correspondia Edward. Porque não estão juntos em ver de seguirem com essa história absurda?
- Mãe – comecei, com a voz entrecortada – o problema não sou eu. É ela. Ela... ela não teve uma vida exatamente feliz que servisse de exemplo para ela.
- Do que está falando?
- Bella é uma dançarina. Ela ganha a vida se enroscando em mastros de Pole Dance. Ela perdeu seus pais em um acidente e foi obrigada a ficar em orfanatos, mas ela fugia sempre, e passou a viver nas ruas.
"Ela sempre gostou de dançar, e isso foi a única coisa que ela sabia fazer, era a única coisa que ela poderia fazer para sobreviver. Ela morava em um lugar asqueroso, que não tive a oportunidade de ver. Ela dançava em um clube que funcionava mais como um bordel e ponto de venda de drogas, e vivia sempre sob ameaças de cafetões que faziam propostas absurdas a ela. Mas ela conseguiu um lugar decente para poder seguir a vida, num clube de luxo de um amigo meu. E foi lá que a conheci."
Resumi ao máximo a história de Bella, sem sentir culpa de contar algo que ela não queria que alguém soubesse. Esme estava com as mãos na boca e com os olhos marejados.
- Meu Deus, como ela sofreu...
- Sim mãe, ela aprendeu desde pequena a ser distante de qualquer pessoa. Ela se recusa a deixar alguém fazer parte de sua vida.
- Você a ama. – não era uma pergunta.
Não dava pra negar. Porque eu negaria, se todos já sabiam?
- Sim, mãe. Mas ela não está...
- Ah, está com certeza – Esme revirou os olhos, sorrindo – porque você acha que eu pensei que vocês eram casados?
- Bella está grávida mãe, os hormônios dela estão uma bagunça. Ela está confusa, ela pode sentir tudo, e pode sentir nada. O modo que ela se comporta é apenas reflexo da gravidez.
- Só quero dizer uma coisa Edward – Esme tocou meus ombros tensos – Não desista dela. mesmo depois que seu filho nascer, continue lutando. Se ela acha que a gravidez a faz ficar confusa, espere tudo isso acabar, e corra atrás. Não tenha pressa.
- Obrigado pelo conselho mãe – eu a abracei mais uma vez – espero que esteja certa.
- Eu estou certa disso Edward – ela suspirou – nunca estive tão certa.
Sorrimos e começamos um outro assunto, quando Alice e Rosalie voltaram.
- Edward, o que acha de ir até lá em cima? – Rosalie perguntou.
- Porque? Aconteceu algo?- comecei, ficando apavorado.
- Não, apenas suba – disse Alice, rebocando Rosalie em direção à cozinha, chamando Esme para se juntar a elas.
Me levantei e fui em direção ao banheiro que Bella estava. Ao chegar, notei que a porta estava entreaberta. Logo ouvi Bella sussurrar.
- Fique calma garota, logo você vai comer. – ela dizia, com um sorriso evidente em suas palavras. Mas ela soluçava.
- Está feliz por sua vovó ter voltado? Você tem que ver o quanto ela é linda, espero chegar aos cinqüenta como ela...
Eu fiquei estacado do outro lado da porta, com uma bile presa na garganta. Bella conversava com a garota de um jeito tão especial, maternal, que só as mulheres sabiam explicar.
Ela continuou.
- Sabe, eu tinha uma família feliz numa época muito distante, mas eu não quero dizer mais nada sobre isso, é uma coisa muito triste, e não quero que você escute.
Meus olhos começaram a arder. Aquilo era como pregos sendo cravados em mim. Doía tanto ver como Bella tinha a sua chance de recomeçar, ter uma família novamente... mas ela estava jogando tudo pela janela.
Eu precisava fazer algo, mas me sentia com as mãos atadas.
Bella ainda falava com o bebê.
- Estou muito feliz pelo seu pai. ele se reconciliou com seus pais, agora está tudo bem, quando você chegar, terá pessoas maravilhosas te esperando. Uma de suas tias está eufórica, planejando suas roupas, como vai estar seu quarto... Espero que você tenha paciência com ela. Ela é maluca, mas é uma pessoa maravilhosa. Ah! Ela também está esperando um bebezinho, você logo terá um primo, ou prima!
Eu não podia mais ouvir aquilo, aquilo estava me matando por dentro. Eu achei que minha vida estava entrando nos eixos, mas estava plenamente errado. Só faltava uma coisa para que tudo ficasse como eu queria.
Bella.
Eu não sabia o que fazer agora, mas eu saberia no futuro.
Eu não ia desistir.
Bati levemente na porta, fazendo Bella dar um grito.
- Ahhh! Ah, é você – Bella estava com a mão no coração, sua bochechas rubras. Ela estava sentada na privada do enorme banheiro de Alice.
- Eu vim ver se estava tudo bem...
- Está sim, obrigada – Bella evitava meu olhar – sua filha precisa comer. Ela está me dando voadoras aqui.
Sorri, mas não foi um sorriso sincero. Eu estava quebrado por dentro, e ouvir Bella dizer aquelas coisas só me fez sentir mais impotente.
- Bom, vamos lá para baixo e conseguir algo para você...
- Edward, eu posso ir para casa? – Bella me interrompeu, com sua testa franzida.
- Por quê?
- Você precisa dar atenção a sua mãe e a sua família. Quero que aproveite o máximo possível, eu quero ir embora daqui.
Ela tentava disfarçar, mas eu conseguia ver no fundo de seus olhos achocolatados a dor que ela estava sentindo.
Ela precisava respirar.
- Tudo bem, eu te levo.
- Vou de táxi.
- Nem pensar Bella, eu não vou deixar você andar com pessoas estranhas.
Bella suspirou.
- Tudo bem.
Bella esperava no carro enquanto eu ia até a cozinha, onde todos sorriam animadamente com algo que Emmett contara. Eles pararam ao me ver sozinho.
- Onde está Bella? – minha mãe perguntou.
- Ela está no carro. Ela está precisando repousar e então vou levá-la para casa, mas eu volto em vinte minutos.
- E deixar Bella sozinha? Não filho, fique com ela, ela precisa de você – Esme sorriu solenemente.
Dei um sorriso triste.
- Ela não quer minha companhia mãe, vou deixá-la em minha casa e logo depois eu volto.
Sai de lá sem mais delongas e fui direto ao meu carro. Passei numa Starbucks para comprar café e muffins para Bella. Então chegamos ao meu prédio.
A acompanhei até a porta de meu apartamento, e disse o que estava preso em minha garganta.
- Me desculpe por tudo Bella.
- Como assim? – ela me encarou confusa.
- Aquilo tudo foi difícil para você. Eu sei.
Ela suspirou.
- A vida não é justa Edward, você sabe muito bem. Eu agüento o que vier. Não se preocupe. Já agüentei coisas piores.
Ela me encarou por uns segundos, e instintivamente minha mão foi ao seu rosto sedoso. Ela se assustou com meu toque, mas fechou os olhos.
Sem dizer nada, beijei sua testa, sentindo o aroma forte de morangos de seus cabelos. Minha vontade era de abraçá-la e nunca mais deixá-la escapar.
- Fique bem, e qualquer coisa, me ligue, por favor. – implorei, olhando fundo em seus olhos.
Ela assentiu fracamente e entrou.
Bella Pov
Aquilo era demais para suportar.
Eu sentia meu peito se apertar por dentro, como se meus pulmões estivessem se atrofiando, me impedindo de respirar.
Eu assistia à uma cena que em circunstâncias diferentes, eu teria ficado radiante. Mas não. Ver uma família se reconciliar e se unirem novamente era como enfiar uma estaca em meu coração.
Eu nunca passei por aquilo, porque eu não tinha uma família. Eu tinha amigos, mas família, como pais e irmãos, eu não tinha. Meus pais morreram cedo demais, e eu era filha única. Sofri durante anos sem Renee e Charlie por perto. Eles não estavam por perto para contar histórias para eu dormir, não me esperavam na cozinha com panquecas e canecas de leite quente, não estavam comigo no Natal, no dia de Ação de Graças, Páscoa...
Eu não sabia o que era ter uma família ao meu redor, e ver como a família de Edward entrava nos eixos me deixou com um humor negro daqueles.
Eu estava feliz por todos eles, em especial Edward, que foi o que mais sofrera com essa história que eu achava ser vista apenas em filmes de Hollywood. Mas eu estava triste, melancólica, depressiva, por saber que eu não tinha a mesma sorte.
Seria egoísta de minha parte aceitar me casar com Edward e me juntar a sua família, mas o que eu teria em troca, no fim das contas? Nós nunca daríamos certo juntos, por mais que ele jurasse que estava apaixonado por mim. Eu não poderia confiar nos sentimentos de Edward, muito menos nos meus. A gravidez me deixava fora dos eixos, meu humor e sentimentos oscilavam o tempo todo, não dava para ter certeza de nada. Eu me sentia em um filme adolescente, quando a personagem principal está confusa no fim do colegial, tentando decidir para qual universidade ir. Eu me sentia da mesma maneira.
Preferi optar por esperar. Poderia ser tarde demais, mas poderia também ser a decisão mais certa que já tomei.
A vida era assim mesmo. Complicada.
Decidi tomar um banho quente e dormir. Eu precisava esvaziar a minha cabeça.
Eu estava me sentindo estranha, como se flutuasse. Minha mente vagava por um cômodo branco gelo, com um quadro com rosas vermelhas desenhadas à minha frente.
Eu segurava algo, ou melhor, alguém.
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- Como ela é linda... – Alice murmurou.
Sorri. Minha filha era linda mesmo. Um anjinho.
Eu encarava aquele rostinho de porcelana, contemplando sua beleza singela. Ela era branquinha, seus cabelos eram lisos e de cor acobreados. Suas bochechas eram rosadas, e seus olhos eram como os meus. Cor de chocolate ao leite.
Ela era linda, perfeita. E era minha filha.
Minha e de Edward.
Ele estava ao meu lado, sentado em minha cama. Ele acariciava meus cabelos com uma das mãos e as bochechas de nossa filha com a outra. O modo como ele a olhava me derretia por dentro. Ele estava radiante com o nascimento dela.
Ele olhou em meus olhos e sorriu.
- Ela é tão parecida com você...
- Sério?
Seu sorriso torto apenas deixava seu rosto angelical mais lindo do que se podia imaginar. Aquele homem não existia. Era perfeito demais.
Ele tirou uma mecha de meu cabelo que caía em meu rosto, deixando um rastro quente em minha bochecha. Eu nunca enjoava de seu toque.
- Sim. Os olhos, a cor das bochechas. Ela é perfeita, como a mãe.
Por um momento eu queria que estivéssemos apenas nós dois e nossa filha ali. Eu estava extasiada com seu olhar. O modo como ele falava comigo, como ele me tocava... era uma sensação quase cósmica.
Céus, como eu o amava.
Emmett pigarreou e começou a sorrir.
- Então, eu posso segurar a tampinha?
- Não a chame de tampinha Emmett! – Alice bateu em seu ombro.
Todos nós sorrimos e ficamos encarando, abobados, à garotinha em meus braços. Ela estava nesse mundo há apenas cinco horas e já dominava a todos à sua volta...
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De repente tudo foi tomado por uma névoa espessa e branca. Eu me sentia confortável envolvida nela, mas logo tudo se dissipou.
O cenário mudara. Estava escuro. Eu fitava uma cama king size. A única luz disponível ali era a luz da lua, que entrava pelas frestas da janela. Ela estava meio aberta, e o vento frio balançava as cortinas brancas de um jeito leve e reconfortante.
Meu coração falhou uma batida quando vi uma figura esguia espalhada na enorme cama. Edward estava deitado na nela, com suas mãos atrás de sua cabeça. Ele vestia apenas uma calça de pijama, e seu peito musculoso reluzia à luz da lua. Seus cabelos estavam mais desgrenhados do que nunca, seus olhos tinham um brilho diferente e seu sorriso era perverso. Fiquei sem fôlego.
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- Você virá aqui ou eu terei que ir até você e te arrastar? – seu sorriso tentador aumentou.
- Não será necessário você vir até aqui – sussurrei, sentindo meu estômago se revirar de antecipação e ansiedade.
Eu caminhei até ele, subindo na cama, me instalando em seu colo. O envolvi com minhas pernas descobertas, e ele as agarrou.
- Você não sabe o quanto eu amei a sua camisola... – ele murmurou entre meus lábios, seu hálito de hortelã me inebriando.
- É, dá para notar, você está praticamente babando – eu brinquei com ele, envolvendo minhas mãos em seus cabelos rebeldes e macios.
Ele suspirou e gemeu, apertando os olhos. – Nossa! Como eu gosto de suas mãos em meu cabelo...
Logo não estávamos mais falando. Nossas bocas se envolveram em uma dança estranha, porém familiar. Sua língua brincava junto com a minha, enquanto suas mãos apertavam minhas nádegas e as minhas puxavam seus cabelos. Parecia que não estávamos pertos o suficiente, eu precisava me fundir em seu corpo másculo. Eu precisava disso, era como precisar respirar.
Edward rolou até pairar sobre mim, e logo sua boca passeava por meu pescoço, beijando e sugando. Eu não conseguia reprimir meus gemidos.
Logo senti que ele levantava minha camisola. Rolei até ficar em cima dele, ajudando-o a tirar minha peça de renda preta. Fiquei apenas de calcinha.
Seu olhar era como fogo em meu corpo. Ele me olhava com adoração.
- Você é linda, perfeita – ele suspirou, passando suas mãos por meus seios desnudos – é melhor do que eu imaginava.
Meu coração parecia querer abrir caminho por minha boca. Meu corpo estava três graus mais quente, eu estava a ponto de entrar em combustão.
Edward rolou sobre mim outra vez, me beijando fervorosamente. Em meio a gemidos eu o ajudei a tirar a sua calça de pijama...
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Acordei ofegante e completamente molhada de suor. Meu pijama estava grudado em meu corpo, dando uma sensação pegajosa. Eu precisava de um banho.
Já era noite, e logo me dei conta de que havia dormido demais. Eu estava prestes a me levantar da cama quando me dei conta de que alguém segurava a minha mão e me encarava com um olhar de preocupação.
Edward.
Sua figura estava oculta nas sombras do meu quarto e estava grogue demais para perceber que ele segurava minha mão. Seus olhos eram uma mistura de preocupação com confusão.
- Está tudo bem Bella?
- Humm... Sim, por quê?
Seu sorriso era uma mistura de careta com entusiasmo.
- Bom, é que eu achei que você estava passando mal. Acabei de chegar e passei aqui para ver como você estava, e fiquei preocupado.
- Mas... como assim? – perguntei, mas já sabendo o que viria a seguir. Eu tinha tendências a ter certas reações enquanto dormia, como se eu fosse sonâmbula.
Edward pareceu pensar se diria ou não, e então por fim ele disse.
- Bom, você gemia o tempo todo, murmurando "como ela era linda", e "como eu adoro quando você me toca desse jeito..."
Merda.
- Hmm, eu estava sonhando com um filme que eu assisti ontem, achei o ator muito lindo. – dei de ombros, tentando convencê-lo.
- Ah é? E quanto a tal linda que você falava tanto? – ele me perguntou, com as sobrancelhas levantadas, como se esperasse uma desculpa mais esfarrapada do que a primeira.
- Desde quando eu tenho que contar meus sonhos para você? Deixe de ser xereta. – eu corei, com raiva. O que deu nele?
- Me desculpe, eu estava apenas querendo ajudar. – Edward levantou as mãos para cima, como um sinal de defesa. Seu olhar era travesso e seu sorriso... Bom, estava daquele jeito.
Mas esse queria dizer encrenca.
Edward franze a testa e começa a perguntar.
- Está tudo bem?
- Sim... ? – saiu mais como uma pergunta.
- Bom, eu fiquei preocupado com você depois de tudo. Eu percebi o quanto você ficou afetada com tudo aquilo. Deve ter sido muito difícil para você.
E foi mesmo. Assistir aquela alegria toda me fez sentir vontade de me atirar de uma ponte, pois eu sabia que aquilo nunca irá acontecer comigo.
Franzi meus lábios e assenti.
- Não foi tão ruim Edward. A sua vida se encaixou nos trilhos novamente. Está tudo voltando ao normal, isso é muito mais importante que meus problemas.
Edward bufou.
- Você sabe que isso não precisa durar.
- Hã?
- Mesmo depois que nos... minha filha nascer – ele se concertou a tempo. Mas eu sabia o que ele ia dizer. Meu coração deu um salto. Merda de novo! – você pode continuar fazendo parte da família. Todos gostam de você.
Balancei a cabeça antes mesmo de ele terminar.
- Não Edward, é errado. Isso não faz parte do acordo. Eu não posso fazer parte da sua família. Não posso ter nenhum tipo de vínculo com sua filha.
- Sabe que vai ser difícil se livrar de Alice não é? – ele levantou a sobrancelha direita, tentando fazer piada, conseguindo, é claro.
- Eu já sei que Alice vai ser uma pedra no meu sapato, mas isso é diferente. Ela pode me visitar. E tem mais: Rosalie. Ela vai se casar com seu irmão. Mas isso não significa que eu tenha que vê-la – eu abracei minha barriga.
O sorriso brincalhão-forçado de Edward se esvaiu nos segundos em que soltei essas palavras. Mas essa era a verdade desde sempre. Ele, mais do que ninguém sabia disso – que aquilo iria acontecer. Eu engravidaria dele, daria a luz, e sumiria antes mesmo que eu pudesse ter vontade de conhecê-la.
Edward fechou os olhos com força, parecendo buscar controle. Quando ele abriu, senti vontade de desviar os olhos, mas era impossível. Seus orbes esmeraldinos estavam mais escuros do que nunca, e eu me senti presa a um olhar de serpente, seduzida pelo perigo.
Esse homem se tornaria a minha morte.
- Olhe nos meus olhos e diga, eu quero que admita que você não sentiu nada quando eu a beijei... – ele levanta a mão direita e pousa em meu pescoço. – admita que você nunca se deliciou com meu toque...
Fechei os olhos e respirei com força. Edward estava usando meus pontos fracos para provar que ele estava com a razão. Eu não precisaria admitir nada para ele, pois ele sabia. Ele sabia que eu virava manteiga derretida quando ele me tocava ou me fitava, ele sabia que eu sentia vontades absurdas quando ele me beijava. Ele sabia, mas queria que eu admitisse.
E admitiria, embora eu saiba que a resposta não agradará.
- Edward.. – suspirei, fechando os olhos e logo os abrindo, olhando seus olhos verdes. – o que eu sinto por você é puramente físico. Isso não é suficiente.
Ele se levantou e soltou um rosnado, que enviou ondas elétricas ao meio de minhas pernas. Vê-lo daquele jeito me deixava mole. Se não fosse essa barriga, eu o atacava como uma felina faminta.
- Tudo bem Bella, se essa é sua última palavra...
Ele foi em direção à porta, e se vira para me encarar.
- Você não poderá usar essa gravidez como desculpa por muito tempo.
E saiu, me deixando com a boca escancarada de pavor e surpresa.
Algo naquele sonho mexeu comigo. Era tudo muito real, como se fosse a realização de uma fantasia oculta da minha mente – é claro que minha paixão por Edward e a devoção por essa garota que estava se mexendo enlouquecidamente dentro de mim estava mais evidente que a crise econômica européia.
Eu estava fudida.
Era como se esse sonho estranho tivesse dado a guinada que faltava na minha escassa coragem. Eu sempre me achei uma leoa no estilo Aslam de Nárnia, mas desde que Edward entrara em minha vida eu me sentia o leão covarde do Mágico de Oz. Ele dominava minha mente e meu corpo, invadia meus sonhos e fazia meu coração saltar no meu peito sempre que ele abria aquele sorriso condescendente. Eu não podia mais fugir do que eu estava sentindo, eu estava deixando meus hormônios me dominarem e me deixarem confusa a respeito de meus sentimentos. Estava na hora daquela Bella confiante e fodástica dar as caras e soltar a franga.
*I let it fall, my heart,
And as it fell, you rose to claim it,
It was dark and I was over,
Until you kissed my lips and you saved me,
My hands, they were strong,
but my knees were far too weak,
To stand in your arms
without falling to your feet
Com uma determinação que surgira do nada em mim, me levantei e fui ao banheiro escovar os dentes para tirar o hálito de sono e o gosto de muffins da boca; fui de encontro ao espelho e fitei a minha imagem redonda e completamente desfigurada. Meus cabelos estavam um emaranhado de fios e meu rosto brilhava ligeiramente de suor. Passei meus dedos nas madeixas para deixar um pouco mais civilizado. Eu não tinha a intenção de ser sensual no momento, a barriga meio que me atrapalhava. Respirei fundo, abraçando-a.
But there's a side to you that
I never knew, never knew,
All the things you'd say,
they were never true, never true,
And the games you'd play,
you would always win, always win
- Por Deus garota, que eu não esteja cometendo um erro.
Me dirigi porta afora, sentindo minha determinação se esvaziar de mim como um balão defeituoso perdendo ar. Mas eu não daria para trás agora. Era agora, ou nunca.
A porta do quarto de Edward estava entreaberta. Hesitei três segundos antes de abri-la completamente, na surdina, fechando-a logo seguida.
Não o encontrei no imenso quarto que estava iluminado apenas pela luz da lua que entrava pelas frestas da janela. Logo o sonho veio a minha mente. Céus! Aquilo era muito clichê! Me senti em um livro das irmãs Bronte.
Escutei o chuveiro ligado, mas logo o barulho parou. Era questão de dois minutos até Edward aparecer.
Eu estava nervosa para caramba, e minha vontade era mesmo de sumir daqui. Mas não foi ele que se declarou? Não foi ele que chegou a me pedir em casamento?
Eu também o amava, mas achava que esse sentimento era movido pela gravidez. Talvez fosse, talvez não fosse... Mas eu estava cansada de fugir. Laurent que se dane com seus conselhos.
Edward apareceu no meu campo de visão, com uma toalha branca na cintura, e outra estava em sua mão, enxugando o cabelo rebelde. Por pouco não arfei com a visão de seu peito à mostra para mim pela primeira vez. Meu sonho não lhe fez justiça.
But I set fire to the rain,
Watched it pour as I touched your face,
Well, it burned while I cried,
'Cause I heard it screaming
out your name, your name
When laying with you I could stay there,
Close my eyes, feel you here forever,
You and me together, nothing is better
Edward estacou quando me viu e sua expressão frustrada foi substituída pela preocupação.
- Bella... Está tudo bem? Algo errado com o bebê?
Ele se aproximou de mim, e a vista de seu torso nu na minha frente me atingiu como um soco digno de lutador de boxe. Eu parecia uma idiota observando-o de uma maneira tão íntima.
Ele me fitava, esperando algo.
- Bella...?
Eu não conseguia dizer nada. Apenas dava atenção à minha consciência, que gritava.
Faça o que veio fazer.
E foi o que fiz. Me aproximei de seu corpo, que ainda estava molhado, toque seu rosto confuso e o beijei, beijei com toda a voracidade possível.
Ele ficou parado por alguns segundos, mas logo ele correspondeu. Suas mãos passaram possessivamente pelo meu corpo, e sua língua correspondeu a minha.
Quando meus pulmões gritaram por ar, finalizei o beijo mordendo levemente o lábio inferior dele, arrancando um gemido quase que animal dele. Fitei seus olhos, que estavam fechados.
- Edward, abra os olhos. – ordenei calmamente.
Ele abriu seus olhos lentamente. Suas íris estavam completamente escuras pelo que eu poderia classificar como luxúria.
- Bella, o que está acontecendo? Porque fez isso?
Sorri como uma idiota dopada.
- Não vou mais fugir como uma idiota. Cansei disso. Eu te amo Edward Cullen.
Continua...
+ FANFICS ROBSTEN E BELLARD
UAUUU FINALMENTE !!!
ReplyDeleteaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah to que nem uma retardada aqui!oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooh!
ReplyDeleteEba aleluia! Brigado senhor ate q enfim ja era tempo. Adoreiiiiii beijusculo ate tarde
ReplyDeleteALeluiaaaaaaaaaaaa! Finalmenteeeeeeeeee! Não aguentava mais esperar ela assumir tudoooo!!!! :3
ReplyDeleteBeijos