FANFIC - NOVE MESES - CAPÍTULO 3

Olá pessoal! O que será que vai rolar nesse primeiro encontro entre Bella e Edward?

Título: Nove Meses
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo

Nove Meses

By Anne Stewart

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 3 – Distrust

Bella POV

Ai meu Deus que homem! – minha mente gritava enquanto eu fitava o cliente especial de Laurent. Não era o que eu esperava, não mesmo. Ele tinha a pele clara; mesmo sentado parecia alto, com mais ou menos 1,85 m; seus cabelos eram de um ruivo escuro com tonalidades de bronze e estavam levemente desarrumados; seus lábios não eram carnudos, mas eram do formato exato para o seu rosto de querubim e eram vermelhos como morango; seus olhos... Oh seus olhos! Eram de um verde claro incrível que lembravam esmeraldas. O terno preto que ele usava dava contraste a sua pele clara, deixando-o irresistível.

Aquele homem provocara em mim algo que nunca senti. Era como se tivesse um imã tentando me puxar até ele.

Ele deu um meio sorriso esperando que eu dissesse algo.

Mas eu não conseguia dizer nada.

Por fim ele falou.

- Merlyn? – o modo como ele disse meu "nome" me deu arrepios da cabeça aos pés. Imagina só quando ele disser meu nome de verdade.

Pigarreei.

- Sim... E o senhor? – perguntei educadamente.

Seu sorriso aumentou, destacando seus dentes perfeitamente alinhados e brancos. Será que ele era modelo de propaganda de pasta de dentes?

- Por favor, senhor não. – ele dizia enquanto se levantava e vinha na minha direção. Como ele era alto! A cada passo que ele dava, minha respiração acelerava. Meu Deus! O que esse desconhecido estava fazendo comigo?

Para piorar ainda mais, ele pegou a minha mão direita e a beijou num gesto cavalheiro.

Oh Meu Deus...!

- Permita-me me apresentar. Sou Edward Cullen. É um prazer conhecê-la Merlyn.

Vai por mim, o prazer é mais meu do que seu.

- O prazer é todo meu. – dei ênfase no todo. Eu não fazia programas como algumas das meninas da casa, mas para esse deus grego eu abriria uma exceção.

Assim que nós sentamos a mesa, um garçom apareceu sei lá de onde e anotou nossas bebidas. Quando saiu, Edward iniciou a conversa.

- Talvez esteja se perguntando o porquê de tudo isso, não?

Aquela voz de veludo estava me deixando quente.

Dei um sorriso de escárnio.

- Bom, muitas coisas atiçam minha curiosidade, isso – eu fiz um gesto com as mãos mostrando a sala – não seria diferente.

O garçom voltou com as bebidas.

- Bom Merlyn, antes de mais nada, gostaria de conhecê-la melhor. Me conte sobre você.

O que aquele homem queria comigo? Uma garota ingênua cairia aos pés dele sem hesitar, uma experiente desconfiaria.

Digamos que eu seja metade de cada uma.

Era estranho que ele quisesse me conhecer tendo muitas mulheres bem mais lindas do que eu na Sin City. Mas como eu sempre fui curiosa... Eu estava disposta a descobrir.

Algo me dizia que era algo insano ou... indecente.

Sorri e disse:

- Porque você não começa? Tenho certeza de que sua vida é bem mais interessante do que a minha.

Aquele sorriso de tirar o fôlego estava de volta.

- Fui um frequentador assíduo de Sin City, mas me afastei para me dedicar a um casamento que, infelizmente, fracassou.

- Porque fracassou? – minha curiosidade aumentou.

- Ela me enganou. Eu achava que ela era uma boa mulher, mas hoje descobri que ela me traía.

Seu semblante endureceu. Eu me perguntava quem era a mulher que cometera o grave erro de destruir o casamento com esse estranho maravilhosamente lindo.

Mas eu não podia me iludir. A parte sensata da minha mente, que raras vezes aparecia, me dizia para me manter cautelosa.

Bem cautelosa.

Respirei fundo e continuei.

- É por isso que não me envolvo com ninguém. Essa história de casamento só destrói as nossas vidas.

- Você diz como se já estivesse passado por isso... – Edward começou curioso.

Eu sorri.

- Uma vizinha passou por isso. Mas ela teve sorte. Um turista italiano se apaixonou por ela e a levou para a Itália. Está super bem lá.

Edward prestava atenção em cada movimento e palavras que eu dizia. Era como se estivesse me estudando.

Ignorei a bile na garganta e continuei com o interrogatório.

- O que faz da vida? – pelo seu traje, ele poderia ser um advogado ou até político.

- Sou publicitário.

- Hmm...

- Agora me fale de você. – ele me olhou intensamente, me fazendo sentir transparente.

Meu sorriso era de escárnio.

- Perdi meus pais muito cedo e então cresci mudando de abrigos até que fugi de vez. Trabalhei em várias coisas que se pode imaginar, até que comecei a fazer apresentações de danças em cabarés onde só se acha gente da sarjeta.  Moro no Brooklyn e então vim parar aqui na Sin City, onde tenho esperança de viver decentemente.

As minhas palavras saíram de meu controle e contei coisas demais. Não era muito bom contar sua vida trágica para estranhos.

A feição de Edward transparecia compaixão... Ou pena?

- Desculpe, – eu me apressei em dizer – falei demais.

- Imagina. – Edward sorria novamente – Todos temos histórias trágicas.

- Você tem? – ergui as sobrancelhas.

- Talvez.

Bufei.

- Talvez você devesse me contar. Eu contei a minha.

O garçom apareceu novamente trazendo mais bebidas. Edward hesitou e esperou até que John saísse.

Assim que o fez, Edward começou a falar.

- Devo admitir que a sua história é a mais trágica que já ouvi, talvez a minha não seja digna de tragédia.

- Me diga assim mesmo.

Edward suspirou.

- Nunca tive um relacionamento bom com meus pais. Meu pai para falar a verdade.

“Ele me educou para ser médico, como ele. Mas eu nunca quis. Sempre quis andar pelas minhas próprias pernas, mas ele não admitia isso. Sempre quis manter tudo às rédeas curtas. Com Emmett, meu irmão mais velho, não funcionou. Ele sempre foi de um gênio forte, então meu pai desistiu dele; Com Jasper, meu irmão mais novo, ele teve sorte. Jasper sempre amou a medicina. E para ele, eu sou a ovelha negra da família. – Edward riu sombriamente – Ele me culpa pelo que a minha mãe fez a ele...

Uma nova bile se formou em minha garganta. Aquilo é que era realmente trágico.

Edward tinha uma família que não o valorizava. Aquilo era realmente triste.

Ele não me disse o que a mãe dele fez, e algo me disse que eu não podia perguntar, pelo menos não agora.

Edward suspirou e terminou de falar.

- Enfim. Todos que não me conhecem acham que tenho uma vida perfeita, mas não tenho.

Edward parecia perdido em pensamentos. Sua expressão era raivosa, deprimida. Sua expressão e palavras diziam que ele havia crescido amargurado.

Porque eu sabia? Eu sou assim. A vida me deu uma bela surra durante anos.

Pigarreei e tentei melhorar a conversa.

- E seus irmãos, eles gostam de você?

Desta vez Edward sorriu alegremente.

- São as únicas pessoas em quem eu confio.

- Ok...

Eu não sabia mais o que dizer. Edward Cullen era intrigante. Esperei que ele continuasse a falar.

Então ele falou.

- Devo te parabenizar pela sua apresentação. Você foi fantástica. – sua voz era solene e derretida como mel.

Corei, coisa que nunca acontecia comigo. Eu era fria o suficiente para não ter esse tipo de reação.

Mas com esse homem, eu me sentia outra pessoa. Era como se ele fizesse todos os meus sentimentos ocultos se aflorarem de uma só vez.

Algo me dizia que Edward não entrara em minha vida por acaso.

- Obrigada. – finalmente falei, completamente sem graça – Fiquei muito nervosa na hora. Eu tinha que me sair perfeita. Afinal, esses clientes são muito influentes e exigentes. – terminei mordendo o lábio inferior.

Edward sorriu.

- Se me permite, você é perfeita sem sequer fazer esforço – corei novamente – e esses clientes não são mais importantes que aqueles do seu antigo emprego. Apesar da diferença de nível social, todos são farinha do mesmo saco.

Céus! A cada palavra que Edward dizia, eu ficava mais intrigada. E a forma como ele dizia as palavras... Me lembrava dos heróis dos romances que lia. A forma agressiva e ao mesmo tempo doce e educada me fazia lembrar Heathcliff, de O Morro dos Ventos Uivantes.

Mas ele não havia dito o que queria comigo.

- Bom... - comecei – você ainda não me disse o que o levou a querer conversar comigo...

A expressão de Edward era cautelosa.

- Talvez não esteja pronta para saber. – parecia mais uma pergunta.

Ou talvez você nunca queira saber... Minha consciência alertou.

Edward continuou.

- Em breve nos encontraremos de novo, – suas palavras soavam expectativa – quem sabe no próximo encontro eu conte a você?

Ergui as sobrancelhas.

- Sim... quem sabe.

- Talvez você deva voltar ao trabalho... – Edward disse se levantando – foi ótimo conhecê-la Merlyn.

Me levantei também, com os olhos semicerrados. Como assim ele não iria me contar nada hoje? Isso significava que nos veríamos de novo?

Sim. Nos veríamos de novo, e meu estômago se manifestou com tal pensamento.

- Foi ótimo conhecê-lo também... Edward. – ele se despediu de mim beijando a minha mão novamente, num gesto à la século XVIII. Ondas de arrepios viajaram pelo meu corpo. Era realmente uma pena ele não querer um servicinho extra.

- Espero ver você em breve... – soltei sem pensar.

Ele sorriu outra vez.

- Quando menos esperar.

E saiu.

Me sentei à mesa. Minha cabeça girava. Não dava para entender nada. Milhares de perguntas surgiram em minha cabeça.

Quem era ele?

O que ele queria comigo? Me seduzir? Tirar onda com a minha cara?

Não dava para saber.

Eu teria que esperar até o nosso próximo encontro para descobrir.

Tentando esquecer um pouco esses acontecimentos, tomei um gole grande de uísque, me levantei lentamente e fui em direção à porta, voltando à realidade.

Continua...

Por que será que Edward não contou pra ela suas intenções? Será que ele vai repensar a ideia da barriga de aluguel ou vai esperar pra conhecê-la melhor antes de contar tudo? Coitada da Bella, toda se querendo e ele sequer explicou o motivo para chamá-la. Vamos ver amanhã se vai rolar outro encontro e se ele vai contar sobre o plano pra ela. Beijos e até mais tarde.

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