Bom dia amores! Hoje Edward e Bella vão
se encontrar novamente para mais uma conversa...
Título: Nove Meses
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Nove Meses
By Anne
Stewart
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"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 5 - The proposal
"Há três coisas que jamais voltam:
a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida."
Provérbio Chinês
Bella POV
Fiquei
encarando a porta durante minutos.
Edward
Cullen era realmente um enigma. Em momento algum deixara transparecer o que
queria comigo, o que era estranho.
Mas
não tão estranho quanto me chamar aqui apenas para conversar. Quando Laurent me
disse que um cliente queria me conhecer, imaginei que ele pretendia me
persuadir, já que eu concordei em trabalhar ali com a condição de que eu não
fosse obrigada, em circunstância alguma, a me prostituir.
Devo
confessar que quando vi como era o tal cliente, me senti tentada a abrir uma
exceção.
Edward
era de uma presença forte. Sua altura intimidava, mas não tanto quanto seu
olhar. Ele não era do tipo fortão, mas mesmo por baixo de seu terno de corte
finíssimo se notava que ele tinha músculos esguios, sem aqueles exageros que
muitos homens tentam conquistar achando que estariam no padrão correto, o que
sou obrigada a discordar. Para mim, os homens teriam que ser como aquele
estranho sentado de frente para mim: com músculos muito bem distribuídos em sua
altura. Nem Michelangelo esculpiria tal perfeição. Notei que em momento algum
ele tentara me seduzir. Estava claro ali que suas intenções eram outras.
Mas
que intenções eram essas afinal?
Enquanto
conversei com ele tentei arrancar algo dele, mas ele me intimidava. Era como se
eu nunca quisesse saber. Mas continuei tentando decifrar, mas suas palavras
nunca deixavam nada escapar. Era tremendamente frustrante.
Minha
cabeça tentava assimilar, ao mesmo tempo em que eu tentava não pensar no que
esse homem fazia comigo. Seu olhar, seus lábios, seus gestos... Eram
hipnotizantes. Mas eu teria que deixar esse pensamento guardado bem no fundo de
minha mente. Deveria esquecer. Prometi a mim mesma que nunca me deixaria levar
por charme de homem algum, mesmo Edward não estando incluso nessa categoria,
pois ele era diferente, só não sabia o porquê.
Mas
isso eu pensaria depois. Meu sucesso na Sin City era evidente. Enquanto eu
passava em meio às mesas, eu arrancava olhares e suspiros, e isso era bom
demais.
Babem, pensei. Pena para
vocês que eu nunca estarei disponível.
Enquanto
eu servia um Apricot* a um homem tremendamente bêbado – que por pouco não pega na minha
bunda – eu o vi. Conversava com Laurent. Logo depois eles subiram ao escritório
da casa. A minha curiosidade só aumentou.
Durante
alguns intervalos eu conversava com Zafrina ou Angela. Elas também acharam
estranha a atitude de Edward. Bufei para elas dizendo: Quem não acharia estranho?
Jessica
tinha uma expressão de curiosidade e fascínio pelo o que eu contara.
- O
que você acha de tão interessante nisso tudo? – perguntei curiosa e irritada.
- Bom
Bells, – Jessica começou – talvez ele tenha se apaixonado por você e esteja
tentando te conquistar...
- Não
Jessica, – balancei a cabeça – não pode ser isso. E mesmo se fosse, mesmo ele
sendo lindo ou rico, não haveria a menor chance.
O
queixo de Jessica caiu.
- POR
QUÊ? – ela quase caiu do enorme salto que usava.
Lembrei
que Jessica – e nem ninguém aqui – sabia da minha história. Não fui ensinada a
amar. Amor era algo estranho, sem sentido. Eu sofri demais para pensar em algo
tão banal.
Dramática?
Eu? Não. Apenas realista.
A
vida me dera uma bela rasteira. Não consigo confiar em ninguém, não conseguia
amar ninguém. E nunca imaginaria alguém sendo capaz de amar alguém como eu, uma
mulher fria e rancorosa.
Para
mim, amor era inexistente.
Suspirei.
-
Olha Jessica, é minha intuição que está dizendo isso. Talvez ele queira apenas
tirar onda com a minha cara.
-
Ok... – Jessica encerrou o assunto e se despediu de mim.
Assim
que meu turno acabou – eram quatro da manhã – fui para a casa. Agora que eu
trabalhava em uma casa noturna da high
society, eu ganhava o suficiente para ir embora de táxi. Sem falar que era
bem mais seguro.
Quem
me dera que o meu prédio fosse realmente seguro.
Ao
chegar lá, me deparei com Caius, o cafetão do bairro. Ele havia me proposto
"emprego", mas eu dou muito valor a minha vida e sanidade para me
arriscar a pegar doenças e apanhar feito uma vadia, o que as meninas de Caius
eram realmente. Eu sempre achei que era fria demais, fechada demais, mas me
enganei. As empregadas de Caius eram piores que eu. Elas mereciam trabalhar com
ele tanto quanto eu.
-
Olha só quem está na área... – ele se dirigiu a mim com um olhar pervertido,
colocando o cigarro de um lado da boca para poder falar. Esta noite – na
verdade, quase manhã – ele vestia uma calça verde listrada e camisa branca. Os
cabelos louros acinzentados estavam ligeiramente bagunçados, dando um ar jovial
a ele. Ele era até bonito – mas seu caráter afugentava qualquer característica
boa que ele pudesse ter.
Não
dava para ignorar que ele estava ali, eu teria que pelo menos cumprimentá-lo.
- Bom
dia Caius. – murmurei sabendo que ele ouviria.
-
Como está indo lá? Está dando conta do serviço?
Revirei
os olhos.
-
Mesmo tendo grana, os homens que frequentam a Sin
City não passam de crápulas
enganadores e sem escrúpulos, como os clientes do seu bar.
Ao
passar por ele – franzindo o nariz por causa do seu perfume barato – Caius pegou meu braço com
força e me fez girar de frente para ele.
-
Escute vadia! Não pense em andar por aqui com esse narizinho empinado! Ou eu
acabo com você! – ele grunhiu e me jogou contra a parede.
Choquei-me
de costas contra o muro de tijolos vermelhos. O impacto foi muito grande, me
causando uma imensa dor.
Agora
ele sorria sarcasticamente.
- O
que você tem seu idiota? Está drogado? – cuspi as palavras.
Ele
se aproximou e seu sorriso ganhou mais espaço eu seu rosto pálido.
-
Acontece que eu estou de olho em você Bells – como eu odiava que ele me chamasse
assim – não vá pensando que se tornou uma granfina só porque dança em uma casa de luxo.
Você continua sendo a mesma vadia da sarjeta.
Eu
tinha vontade de cuspir na cara dele. Tinha vontade de matá-lo. Mas minhas mãos
eram limpas demais para tocarem esse monte de merda que era Caius.
Enquanto
eu o fuzilava com os olhos, ele se afastou e saiu atrás de uma de suas empregadas, que saíra correndo de um carro,
com um homem gordo e careca, raivoso em seu encalço. Pobre mulher. Iria apanhar
do cliente insatisfeito e de Cauis também.
Mas
eu não deveria perder tempo sentindo pena de outras pessoas quando a minha vida
já estava uma merda há anos. Tudo bem que conseguir um emprego decente pela
primeira vez na vida, eu não deveria estar reclamando tanto. Mas eu não me
permitia sonhar alto demais. A qualquer momento tudo poderia desmoronar.
Durante
a minha vida fui obrigada a desenvolver a autopreservação. É claro que isso é
importante, no mundo em que estamos, temos que desconfiar de tudo e de todos.
Mas o meu caso é diferente. Como eu vivia nas ruas até pouco tempo atrás, meu
senso de alta preservação se desenvolveu rapidamente, tornando-se incrivelmente
útil. Nos primeiros meses como moradora de rua, fui obrigada a fazer coisas
horríveis para sobreviver. Fico mais aliviada ao me lembrar de que nunca
precisei matar. Isso para mim era o cúmulo da burrice humana.
Eu
estava cautelosa em relação ao meu novo emprego. Não que eu estivesse
reclamando. Laurent é gentil e educado; as meninas que trabalham lá são
simpáticas e educadas também. Os clientes? Alguns são tragáveis. Outros são
completamente nojentos e pavorosos.
A
clientela de Sin City é de
basicamente homens casados e mafiosos. Gente da pior laia que se pode imaginar.
E eu que reclamava dos clientes do meu antigo emprego.
Lembrar
dos "maus modos" dos clientes da Sin
City me fez lembrar de Edward
Cullen. Ao contrario de muitos homens por aí, ele não demonstrou em nenhum
momento qualquer segunda intenção em relação a mim. Talvez eu não fizesse o seu
tipo.
Edward
parecia ser daqueles homens que curtem mulheres louras artificiais com quase
trezentos mililitros de silicone em cada peito. Não sei bem, mas eu tive essa
impressão. Sem falar que em nenhum momento ele tentou algo que não fosse apenas
uma conversa amigável.
O que
me deixou mais irritada foi o fato dele não ter revelado o que exatamente o
levara a querer me encontrar tão discretamente. Pensei em perguntar a Laurent,
mas deixei para perguntar em alguma ocasião em que eu estivesse mais
familiarizada com ele.
Bufei
de raiva e curiosidade e fui em direção ao meu apartamento. Peter Jackson, o
dono daquele lixo, assoviou para mim enquanto eu subia.
Eu
sabia o que significava. Meu aluguel estava três meses atrasado.
Ignorei
seus protestos e subi as escadas. Ele veio atrás de mim.
-
Acha que vai ficar aqui por mais quanto tempo sem pagar, gostosa? – ele dizia
com um sorriso perverso no rosto – Sabe que se não tiver dinheiro, você pode...
Revirei
os olhos e fiquei de frente para ele. Lancei o olhar mais fodidamente sensual
que eu poderia fazer. Seus olhos ficaram atônitos.
-
Você sabe muito bem que eu me recuso a usar a minha boca em você, custe o que
custar – minha voz era rouca, percebi que ele estava a ponto de me agarrar ali
mesmo. Era bom ele não fazer isso, ou eu o castraria. – e já que quer que eu
pague o aluguel dessa merda de lugar, aí está os três meses atrasados. – tirei
um bolo de notas – que foi a minha comissão da noite – e joguei em seu peito
magro. – Agora caí fora e me deixa dormir em paz! Tarado bastardo!
Subi
o último lance de escadas e fui para o meu quarto. Tomei um banho frio, comi
uns biscoitos com leite quente e fui para a cama.
Tentando
retirar da cabeça qualquer acontecimento das últimas horas de minha cabeça,
adormeci com os Beatles cantando no meu fone de ouvido.
.
Em
mais uma manhã ensolarada, acordei com os barulhos da buzina na rua. Me fez
lembrar de minha mãe, que dizia, quando ganhássemos na loteria, iríamos morar
em uma fazenda grande em algum lugar do Texas, longe desse barulho infernal da
cidade. Eu esperava - em vão – que isso acontecesse comigo.
Só
não seria tão bom, pois meus pais não estavam mais aqui.
Olhei
o relógio. Eram onze e meia. Trabalhar durante a noite bagunçava meu organismo.
Já estava começando a me sentir mal.
Deus!
Até quando vou ter que fazer isso? Até morrer?
Saí
do banheiro mais arrumada do que entrei. Estava pegando minha bolsa quando meu
celular tocou. Laurent.
Oh meu
Deus! Será que aconteceu algo?
Minha
mente acostumada com coisas desagradáveis começou a formular várias
possibilidades. Todas ruins.
Senti
minha temperatura descer uns dois graus quando atendi o celular.
-
Alô? – minha voz estava trêmula do sono e da preocupação.
- Isabella? Te acordei? – Laurent parecia
querer se desculpar.
-
Não. Acordei tem meia hora.
- Hum que bom. Achei que tinha te acordado. Às
vezes eu me esqueço que minhas garotas têm uma vida noturna badalada. Você
principalmente. Como você está hoje?
Respondi
mais aliviada com o tom amigável de sua voz.
-
Estou ótima Laurent. Obrigada por perguntar. Aconteceu algo? – não pude deixar
de perguntar.
- Aconteceu sim Isabella, mas não é nada tão
grave. Talvez você até goste. Pois a palavra curiosidade brilhava em sua testa na
noite passada.
Oh
meu...
- É
aquele cliente? Edward?
- Sim. Ele acaba de me telefonar pedindo
gentilmente para que você o encontrasse na Starbucks do Centro em... Uma hora.
Pode ser?
-
Hmm... – eu não sabia o que responder. O que esse homem queria tanto comigo?
Bom,
só indo até ele para saber.
-
Claro. Em uma hora.
- Perfeito! – Laurent ficou feliz demais
com minha resposta. Talvez ele estivesse tão curioso quanto eu. Ou satisfeito
por eu não fazê-lo perder um cliente – Vou
ligar para ele agora mesmo e avisá-lo.
-
Tudo bem.
Desliguei
e fui em direção ao meu armário procurar algo decente. Depois da última compra
que eu fiz nas lojas caras de Nova York, não fiquei sentindo falta de algo para
vestir, mas sim pensava no que eu iria vestir. Eu tinha tantas opções...
Acabei
optando por um vestido com cores azul marinho, preto e cinza, um casaco preto e
botas de cano alto. Ajeitei o cabelo passando uma escova, deixando soltos,
caindo pesadamente sobre meus ombros. Fui obrigada a passar um pouco de base no
rosto, pois eu tinha olheiras. Andava dormindo muito pouco ultimamente.
Assim
que me olhei no espelho e percebi que estava apresentável, peguei minha bolsa e
saí do prédio antes que o odor do lugar impregnasse em mim.
Ignorando
as blasfêmias de Peter, fui para a rua a procura de um táxi. Senti-me mais
civilizada ao entrar em um.
Não
demorou muito para chegar à Starbucks. Era meu lugar preferido para ir, eu
simplesmente era viciada nas bebidas daquele lugar.
Assim
que entrei fui dominada pelo cheiro de café. Assim que pensei em ir ao balcão
pedir um cappuccino com bastante creme, instintivamente virei minha cabeça para
a esquerda. Edward estava sentado, lendo um jornal, completamente concentrado.
Tinha um copo de café na sua frente.
Diferente
de ontem à noite, ele usava uma camiseta de mangas longas cinza, jeans e tênis.
Seus cabelos cor de bronze estavam bagunçados. Ele parecia uns dez anos mais
novo, diferente da noite passada, com seu terno e cabelos arrumados.
O
encarei por dois segundos e me dirigi a sua mesa.
Percebendo
que havia alguém indo em sua direção, Edward levantou a cabeça e quando me
reconheceu, sorriu. Um sorriso cordial, educado.
Mas
uma vez, não detectei nada ilícito em sua expressão. Ficaria profundamente
frustrada se ele não me contasse hoje o que ele tramava para mim, uma mulher que ele mal
conhecia.
- Bom
dia. – Edward me cumprimentou, se levantando e repetindo o gesto da noite
passada, beijando a minha mão e puxando a minha cadeira.
Sorri
sem graça.
- Bom
dia. – disse apenas, sem saber o que dizer.
-
Gostaria de pedir algo?
-
Claro. Um cappuccino com creme.
Edward
pediu meu café e pigarreou.
-
Bom, pretendia entrar em contato com você em alguns dias, mas resolvi fazer
isso logo. – ele me fitava sério. Seus olhos verdes eram penetrantes. Por
alguns segundos me vi presa ao olhar dele.
-
B-bom, pode falar, eu aguento. – sorri sarcasticamente.
Há
essa hora meu café estava na minha frente. Tomei um grande gole e continuei a
fitá-lo.
Ele
sorriu – um sorriso de fazer qualquer mulher se ajoelhar aos seus pés – e deu
um gole em seu café.
-
Bom, tem algumas coisas sobre mim que não mencionei ontem à noite, e que são
bem sérias.
Edward
me olhava como se esperasse que eu saísse correndo dali. Mas eu não conseguia
fazer isso. A curiosidade era grande demais para ser ignorada. Mas isso não significava
que meu senso de autopreservação não estava ativado no modo máximo.
-
Hum... o que seria exatamente?
-
Acho que eu deveria ir direto ao assunto antes de te explicar tudo Merlyn.
Antes
que ele continuasse, corrigi meu nome. Era estranho as pessoas me chamarem por
esse nome.
-
Antes que eu me esqueça, me chame de Bella. É meu nome verdadeiro. Merlyn é apenas para a Sin City.
-
Bella... Lindo nome. Merlyn
definitivamente não tem nada a ver com você.
Corei
de prazer ao perceber o olhar de Edward ao dizer isso.
-
Obrigada... – parecia mais uma pergunta.
De
repente Edward parecia mais nervoso. Suas mãos se agitavam sobre a mesa e ele
sempre olhava em volta para ver se alguém estaria ouvindo nossa conversa.
Comecei a tremer também.
- Merlyn... - Edward começou, mas eu o interrompi outra
vez para corrigi-lo. Ele parecia nervoso.
- É
Bella, por favor.
Edward
deu um sorriso torto. Pela sua expressão, o que ele tinha em mente não era nada
bom.
Será
que ele me queria como aquelas damas de companhia? Ou era algo mais insano?
-
Bella, você aceita ser minha barriga de aluguel? - suas palavras saíram a jato.
É,
era definitivamente algo insano.
Eu o
encarava, atônita. O que ele acabara de dizer mesmo?
-
Como é?
-
Isso mesmo Bella. Estou te propondo: quer ser minha barriga de aluguel? – desta
vez ele disse mais calmo.
Oh
Deus! Edward Cullen era realmente maluco. Como ele faz uma proposta destas para
uma mulher que mal conhece?
-
Olha, eu não sei o que tem no seu café Edward, mas isso foi a coisa mais insana
que já ouvi na minha vida. E olha que eu já ouvi propostas de cair o queixo.
Seu
semblante endureceu.
-
Acha que estou maluco?
-
Acho.
-
Você não devia dizer isso, sem ao menos saber de meus motivos.
- Eu
não sei o que pretende...
-
Saberia se não fosse tão infantil.
Levei
a mão direita ao meu peito. Minha expressão era de incredulidade.
- Eu
não estou sendo infantil! Já parou para pensar no que você me disse? Eu sou uma
desconhecida! Não deveria confiar em mim! - minha voz era exasperada.
- Por
acaso devo levar a sério o que acaba de dizer? – ele perguntou com a
sobrancelha erguida e um sorriso debochado.
Fiquei
mais irritada do que podia imaginar.
-
Olha, eu preciso ir. – disse me levantando e deixando o dinheiro do café em cima
da mesa – Está girando tudo muito rápido. E não sei se posso confiar em você.
-
Porque não confiaria?
-
Porque eu não o conheço! Assim como você não e conhece! Isso é um absurdo!
- Eu
esperava essa reação. – parecia ter dito para si mesmo, mas eu ouvi.
-
Então não devia nem ter pensado em dizer isso a mim. Tenha um bom dia Edward.
Não
me virei ao sair, temia olhar para trás e resolver voltar.
Minha
cabeça estava a mil. O que tinha acontecido ali? Quem ele pensava que eu era
para me propor uma coisa dessas? Gerar um filho com uma estranha! Ele devia
estar louco.
Eu
esperava o táxi em frente à cafeteria quando ouvi sua voz de veludo.
-
Bella?
Me
virei lentamente. Sua expressão era perturbada.
- Me
desculpe por aquilo, eu deveria...
- Não
faz mal. Não é todo dia que se ouve algo tão...
- Insano? – ele completou minha
frase fazendo dela uma pergunta.
Meu
sorriso era trêmulo.
- Sim. Insano.
Eu
não queria confiar naquele homem. Não deveria confiar. Mas algo em seu olhar
passava confiança...
-
Talvez queira me acompanhar até a minha casa? Para que eu possa esclarecer tudo
isso...
- Sua casa?
Meu
senso de preservação se ativou novamente.
- Não
confia em mim?
- Eu,
eu...
- Eu
sei que é confuso e que você com certeza está muito desconfiada, mas eu
realmente preciso de você. – seu pedido parecia mais um
apelo.
Senti
naquele momento uma pontada de pena. Dó. Sei lá! Mas ao ouvir Edward dizendo
aquelas palavras, algo dentro de mim, que nunca havia aparecido, se acendeu.
Meu
instinto, que raras vezes falhava, me dizia para ir em frente. Talvez eu
ganhasse uma boa recompensa por fazer uma boa ação.
Que
boa ação mais estranha: Eu, uma mulher que nem tem onde cair morta, que ganha a
vida dançando em clubes de luxo e vive em um prédio onde se pode achar gente da
laia mais baixa que se pode imaginar, ajudando um homem incrivelmente lindo – e
rico – a salvar sua sanidade.
Céus!
Como esse mundo era estranho.
Sem
pensar duas vezes, eu dei minha resposta, antes que eu me arrependesse. Assim
que as dissesse, não haveria modos de voltar atrás.
-
Sim.
-
Sim...? – Edward esperava que saísse algo decente de minha boca – e que ele
entendesse.
- Eu
aceito a sua proposta.
* licor feito a base de damasco.
Continua...
Finalmente Edward fez a
proposta pra Bella. Mas acho que ele poderia falar de forma mais sutil, jogar a
proposta da forma como ele fez era pra assustar qualquer uma. E Bella tem razão
quando diz que ele sequer a conhece direito pra fazer esse pedido. Mas vamos
ver o que ele vai contar pra ela no apartamento. E se vai ser o suficiente para
convencê-la. Beijos e até mais tarde.
Oi moms! Adorei nossa ela falou na lata hein garota saiu ate carrendo muito. Beijusculo
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