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Saturday, June 16, 2012

FANFIC - PAIXÃO E CRUELDADE - CAPÍTULO 12




Oi galera! Hoje teremos muitos momentos bonitos entre Edward e Isabella, mas nem tudo o que é bom dura pra sempre....

Título: Paixão e Crueldade
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo

Paixão e Crueldade
By Lunah

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 12

Isabella PDV

Acordei antes de Edward e preparei o café da manhã. “Preparei" é só modo de falar, pois só arrumei torradas e suco em uma bandeja. Uma hora depois, voltamos para o convés e ficamos falando bobagens enquanto passávamos protetor solar um no outro.
Edward tentou me ensinar a velejar novamente. Dessa vez, prestei mais atenção e consegui aprender algumas coisas. Ficamos um bom tempo só velejando, curtindo o Sol e o clima mais que agradável.
Perto do horário do almoço, nos aproximamos de uma praia da qual eu nunca ouvi falar, mas Edward me garantiu que eu ia gostar. Abandonamos o veleiro ali perto e nadamos até lá. Ele tinha razão... Eu adorei o lugar! Areia branca, maré baixa, água límpida e totalmente vazia.
Insisti para procurarmos conchinhas, pois eu queria ter lembranças sólidas dos dias mais felizes da minha vida. Edward me ajudou, porém ficou provocando-me, sempre tentando puxar os laços do meu biquíni. Ele não era muito fã de sunga, por isso usava apenas um bermudão azul.
Eu adorava a sensação da areia úmida nos meus pés e o cheiro do mar. Nada me incomodava, nem a minha pele ficando um pouco avermelhada ou o fato de não saber onde estava. Eu só conseguia pensar em perfeição... Tudo para mim era perfeito.

Edward PDV

Eu estava envolto em uma total paz. Em harmonia com o ambiente e com a garota que segurava minha mão. Nem me lembrava das dezenas de problemas que me esperavam em Los Angeles. E, definitivamente, não dava a mínima para a reação do governador quando soubesse que eu estava namorando Isabella.
Espera!
Ela sabe que estamos namorando, certo? Bem, se não sabe, vai passar a saber agora.
 Isabella...
 Sim?  fitou-me com mechas de cabelos ondulando em seu rosto.
 Eu quero te dar uma coisa.  fiquei de frente para ela e tirei do meu dedo mindinho o anel com o brasão da minha família, o qual tinha ganhado do meu avô quando completei 12 anos.  Não é grande coisa, mas tem valor sentimental pra mim.  peguei sua mão direita e coloquei o anel em seu anular.  Enquanto esse anel estiver com você...  aproximei sua mão dos meus lábios.  Eu sempre estarei por perto.  beijei o local.
Isabella ficou bastante surpresa, mas o brilho em seu olhar me deu a certeza de que tinha consciência do compromisso que estabeleci. Não senti que estava sendo precipitado, seguia, sem hesitar, a minha intuição, e me sentia muito bem com isso.
 Obrigada.  deu um grande sorriso.
 Vem cá.  puxei-a para mim e beijei-a.
Enquanto saboreava seus lábios e língua, minhas mãos correram para suas costas e finalmente consegui puxar o laço que segurava o biquíni no lugar.
 Edward!  tentou ajeitar o biquíni.  Você é traiçoeiro...  estreitou os olhos, fingindo revolta.
 Não sou. Juro que sou 100% confiável.  amarrei o biquíni novamente e Isabella sorriu.
 Melhor assim. Seria estranho ficar pelada aqui.
 Concordo.  puxei o laço da parte de baixo e a peça quase caiu aos seus pés.
 Você não vai voltar vivo!
Gargalhei com vontade.
 Seja boazinha comigo.  pisquei o olho.

Isabella PDV

Quando retornamos ao veleiro estávamos cansados demais para cozinhar, então fizemos sanduíches simples e devoramos em minutos. Tomamos banho para tirar o sal do corpo e o que aconteceu em seguida foi tão essencial e certo quanto respirar. Acabamos na cama, onde fizemos amor por quase duas horas. Era incrível como o tempo voava quando ficávamos concentrados em dar prazer ao outro.
Tirei um cochilo e, quando acordei, Edward não estava na cama. Percebendo que anoitecia, fui até o convés e o encontrei de pé na proa, olhando para o horizonte. Me aproximei sem fazer barulho e o abracei por trás com delicadeza. Encostei minha bochecha em seu ombro e ele acariciou minha mão, demonstrando contentamento com minha presença.


I Got You - Nick Carter

As pessoas me dizem que você fica onde você pertence
Mas toda a minha vida, eu tentei provar que estão errados
Eles dizem que eu estou procurando
Algo que não pode ser encontrado
Eles dizem que eu estou perdendo
Meus pés não tocam o chão
Mas há momentos quando você não pode negar que é verdade
Apenas um dia normal como quando te conheci
É engraçado como a vida pode ter um novo significado
Quando você chegou e mudou aquilo que eu acreditava em
O mundo lá fora está tentando me puxar para dentro
Mas eles não podem me tocar
Porque eu tenho você ...
Eu tenho você... oh yeah
Eu quero lhe agradecer por todas as coisas que você fez
Mas a maioria por ter me escolhido para ser o único
É engraçado como a vida pode ter um novo significado
Quando você chegou e mudou o que eu acredito
O mundo lá fora está tentando me puxar para dentro
Mas eles não podem me tocar
Porque eu tenho você ...
E ele bate em mim quando eu chego para você
Que eu tenho medo que você não vai estar lá
Talvez eu seja muito profundo
Mas eu não me importo ...
Eu estou exatamente onde eu pertenço
Eu tenho você
Sim, provar que estão errados
Eu tenho você, yeah
Não posso negar que é verdade, não
Eles não podem me tocar, baby
Eu tenho você ...
Eu tenho você ...
Exatamente aonde eu pertenço
Oh yeah ..
Eu tenho você baby ..
Exatamente aonde eu pertenço ..
Não posso negar o que é verdade ..
Não, eles não podem me tocar,
Porque eu tenho você
(...)

Domingo. Poxa, já era mesmo domingo?
Sabendo que só tínhamos a parte da amanhã para ficarmos juntos, pois à tarde voltaríamos para a cidade, não fiquei de lamentações e mantive meu bom humor.
Depois do café da manhã, ficamos deitados no sofá conversando sobre o Filhos da Democracia. Contei para ele como aquilo afetou Jasper e, consequentemente, lhe explique como funcionava nossa amizade. Um sempre protegendo o outro. Edward mostrou interesse em conhecê-lo melhor e eu não pude deixar de ficar feliz com isso.
Edward também quis saber para onde eu pretendia ir quando lhe disse na torre do sino “vou embora”. Não queria tocar no assunto, mas, como insistiu, acabei lhe contando o meu plano de passar um tempo na Austrália. Ele inicialmente ficou calado, só passando seus óculos escuros por minha coxa, mas depois entendeu. Para Edward, ficou claro que eu queria uma vida além do Democracy, além de Los Angeles.
Como o Sol não apareceu e uma chuva fina caía lá fora, permanecemos dentro da cabine. Não foi nem um pouco tedioso, pois com o desejo sexual sempre à flor da pele, vivenciamos experiências maravilhosas.
Por volta das 13:00 h, fui até o convés e me entreguei à chuva fraca. Fiquei de olhos fechados, apenas sentidos as gotas gélidas em meu rosto. Edward não falou nada, mas senti o conforto de sua presença.
 Por que agora sempre me chama de Isabella?  sabia que ele entenderia onde estava querendo chegar.
 Gosto do seu nome...  suspirou.  Além disso, acho que é uma boa forma de desvencilhá-lo do apelido idiota que inventei.
Abri os olhos e ele estava bem na minha frente.
 Talvez isso não dependa mais só de você.
 Torço para que esteja errada.
Sem falar nada o abracei e Edward afagou meus cabelos. Ficamos um tempo calados, até que ele perguntou:
 O baile do centenário do Democracy vai ser nesse sábado. Gostaria de ir comigo?
Eu não queria comemorar a existência da instituição e não consegui aceitar o convite de imediato.
 Vai ser tão bom assim?
 Não é isso. É que eu organizei quase tudo, gastei muito tempo e esforço... Só queria ver como ficou no final das contas.
 Entendo.  fui sincera.  Nesse caso, eu aceito o convite.  fitei-o sorrindo.
 Legal.  começou a desabotoar a blusa que eu vestia.  Que tal um último mergulho?
 Adoraria.  rocei meus lábios em seu maxilar.

(...)

Lá estava eu, de volta ao Democracy.
Estacionei o Mustang no lugar de costume e, assim que saí do veículo, avistei Edward. Ele caminhou em minha direção com sua elegância natural e me lançou um magnífico sorriso. Nos cumprimentamos com poucas palavras e seguimos para o prédio. Aquele até poderia ter sido um dia como outro qualquer, se Edward não tivesse colocado seu braço em volta dos meus ombros, assumido publicamente o nosso relacionamento.
O simples gesto atraiu os olhares de todos, nos tornando novamente o centro das atenções. Recolocando os malditos holofotes sobre nossas vidas. E não era para menos, pois ambos éramos odiados e conhecidos como os alunos que destruíram a imagem do colégio.
Gostei de Edward me assumir como sua namorada, mas, mesmo já tendo passado por situações muito piores, não pude deixar de ficar incomodada com a forma com que nos encaravam.
Eu até já podia sentir os boatos se alastrando pelo lugar como uma espessa fumaça de raiva e inveja.

Edward PDV

Por onde passávamos, havia murmúrios e olhares tortos. Aquilo não me incomodou muito, mas sentia Isabella bastante tensa.
Durante as aulas, procurei me concentrar em uma tentativa tardia de melhorar minhas notas. Então, após a aula de Educação Física, ao chegar ao armário, fui abordado por ninguém menos que Tânia.
 Oi, Ed.
Encarei-a perplexo com sua cara de pau. Tânia não falou comigo durante todo o período em que os Falcons me perseguiram. Agora, quando todos sabiam do meu namoro com Isabella, recuperou o interesse em mim?
 O que quer?
 Nossa, não precisa ser grosso.  encostou-se no armário.  Só vim pedir uma coisa.
 Não tenho nada que seja do seu interesse.
 Tem sim.  sorriu.  Me empresta seu caderno? Te vi fazendo anotações das aulas. É que passei o dia com dor de cabeça e acabei não entendendo nada de nada.
 Pede o caderno de outra pessoa.  sabia que aquilo era uma patética desculpa para se aproximar.
 Está mesmo namorado aquelazinha?
 Não é da sua conta, mas sim, estou.  preferi deixar bem claro.
 Eu nem acredito!  riu sem humor.  Sua mãe me contou o acordo que você fez com seu pai por causa daquele tal de Jasper e eu acho...
 Não se meta na minha vida.  a interrompi.
 Que droga, Ed, não pode namorar aquela vadia. Gente como nós está no topo da cadeia alimentar. Não nos misturamos! Aquela Bella está abaixo de tudo que já existiu aqui. Eu sou a líder das animadoras e você sempre será um Falcon. É um líder nato, temos que ficar juntos! Vamos esquecer o passado!
Fixei bem meus olhos nos de Tânia e falei:
 Bebeu a água oxigenada que passa no cabelo? Existe vida fora do Democracy, sabia? – bufei de raiva.  Eu não sou um Falcon. E, definitivamente, não quero ficar com você!
 Não é um Falcon? Seus dias estão contados. Logo será adorado novamente e tudo voltará a ser como antes.
 Cala a boca!
 Me empresta o caderno? Acho que depois de ter me traído mereço ao menos isso. – provocou estendendo a mão.
 Me deixa em paz!  praticamente joguei o caderno em cima dela.
 “Agora e sempre... Falcons! Falcons! Falcons!”  com um sorriso, citou o grito de guerra do time.
Imediatamente deixei-a sozinha.

Isabella PDV

De volta à detenção, esperamos o Sr. Gray dormir e fugimos para a torre do sino. Lá, Edward me ajudou a relaxar com seus beijos de tirar o fôlego. Feito dois loucos, ficamos nos “pegando” no pequeno cubículo, praticamente cambaleando pelo local.
Sem poder descolar meus lábios dos seus, coloquei a mão para trás tateando algo para me apoiar. Então agarrei uma corda grossa, apoiando meu peso nela. Só quando o sino começou a soar foi que me dei conta do que fiz. O som quase nos deixou surdos e devia estar ecoando por todo o Democracy.
 Não acredito que fez isso.  Edward gargalhava muito.
 Por quê?
 Esse sino não é tocado há vinte anos. Ele só voltaria a badalar no dia do centenário.
 Ah...  olhei para sino acima de mim.  Foi mal.  me desculpei com o sino e Edward riu ainda mais.
 Temos que fugir.  puxou-me pela mão prevendo que algum funcionário já estava a caminho.
Atravessamos o pátio correndo, quase certos de que o Sr. Gray tinha acordado. Por Edward conhecer o colégio melhor do que eu, pegamos um atalho e alcançamos o prédio pela lateral. As janelas da sala estavam abertas e tivemos que pular uma delas para conseguir voltar à detenção. Rapidamente sentamos em nossas carteiras, cada uma de um lado da sala. A grande questão é que o professor não estava lá.
 Será que ele foi nos procurar?  indaguei ofegando.
Mal calei a boca e o Sr. Gray apareceu na porta.
 Onde vocês estavam?  o homem parecia um bicho.
Edward trocou um olhar comigo e respondeu tranquilamente:
 Como assim?
 Como assim?  ele se irritou.  Fugir da detenção é uma falta grave, Sr. Cullen!
 Mas não saímos daqui.  fingiu-se de inocente.
 Ele tem razão.  o apoiei.  Ficamos sentados aqui o tempo inteiro.
 Acham que sou burro?
 Não acho que o senhor é burro, mas, desculpe dizer, o senhor estava dormido. O sino começou a tocar e senhor acordou meio atordoado. Talvez tenha feito uma pequena confusão em sua cabeça e achado que a sala estava vazia.  Edward era muito persuasivo.
 Pense bem, o senhor acabou de voltar do corredor. É o único jeito de chegar aqui, então como podemos ter fugido e aparecido do nada?  minha expressão era de mais pura seriedade.
O Sr. Gray olhou para o vazio, com a cabeça cheia de dúvidas e possivelmente questionando sua sanidade.
 Bom...  pigarreou.  Estão liberados por hoje.  ficou constrangido.
Edward e eu pegamos nossas coisas e só quando nos afastamos da sala foi que caímos na gargalhada.
Quando chegamos ao estacionamento, Edward me encostou contra o Mustang e senti que havia algo o incomodando.
 O que foi?  coloquei minhas mãos em seu rosto.
 Tem um lance que preciso te contar.
 Estou ouvido.  fiquei séria.
 Lembra quando consegui a bolsa de estudos para o Jasper e você perguntou “foi difícil?”?
 Sim... Onde quer chegar?
 Na época eu não me importava com nada...  fez uma pausa que me deixou angustiada.  Meu pai queria que eu voltasse a ser o líder que era antes, então, em uma atitude meio impensada, prometi que voltaria para o time de basquete se ele me ajudasse a resolver a parada do Jasper.
 O quê?  involuntariamente o afastei.
 É o seguinte...  passou a mão pelos cabelos.  Depois que Mike foi expulso e eu saí do time, Emmett se mandou e o treinador se demitiu. Tudo isso junto acabou com os Falcons. A diretoria anda meio desesperada, porque com a temporada de campeonatos chegando não tem ninguém dos “tempos de glória” para carregar o time nas costas. Quando você me pediu aquele favor, a direção já tinha me oferecido a posição de capitão, pois achavam que os escândalos logo seriam esquecidos. Inicialmente eu recusei, mas...
 Você? Capitão dos Falcons?  não consegui disfarçar a minha perturbação, muito menos o desprezo pelo time.
 Tecnicamente ainda não sou um deles.
 Só pode ser brincadeira.  balancei a cabeça sem conseguir acreditar.
 Eu também não estou feliz, Isabella. O time inteiro me odeia. Vai ser um inferno voltar como capitão.
 Desculpe-me.  obriguei-me a lembrar que ele fez o acordo por minha causa.  Não tem como se safar dessa?
 Não sem prejudicar Jasper.
 Que droga!  gemi.
 Nada entre nós vai mudar.  me abraçou.
Encarei-o com amargura e comecei a citar o grito de guerra dos Falcons:
 “Agora e sempre... Falcons! Falc...”  Edward colocou os dedos em minha boca, me impedido de continuar.
 Foi você quem me disse: nem sempre o que fazemos define quem somos.
Afundei meu rosto em seu peito.

(...)

No dia seguinte, cheguei ao Democracy e Edward não estava me esperando no estacionamento. Logo imaginei que estaria chateado por causa da minha reação quando me contou que seria capitão do time. Como vi que seu carro estava estacionado, segui para o prédio, louca para encontrá-lo.
Os alunos continuavam a me encarar, só que dessa vez tinha algo diferente pairando no ar. Sentia o peso de seus olhares como jamais senti antes. Tomada pela estranha sensação de estar despida, apressei o passo evitando olhar para eles.
Assim que atravessei as grandes portas, uma animadora de torcida passou por mim dizendo:
 Sinto como se meu coração fosse parar...  debochou.
Confusa, segui em frente. No corredor apinhado de alunos, ouvi murmúrios e risadas. Muitas pessoas seguravam um tipo de panfleto a que não dei importância por estar indisposta. Serpenteei pelo local e, com dificuldade, consegui chegar até meu armário.
Assim que me deparei com um grande F vermelho pintado no armário, meu estômago embrulhou. Eu bem sabia que era F de Falcons. Nervosa, abri o cadeado e, ao puxar a porta, centenas de papéis caíram aos meus pés. Olhei para os lados e todo mundo estava me observando. Sem entender ao certo o que estava acontecendo, peguei uma folha que ficara presa na porta e senti um frio percorrer minha espinha.
Minha expressão petrificou ao ver a foto da ficha que dei a Edward, ampliada, expondo meu antigo rosto. Logo abaixo, havia escrito “Isabella Duas Caras” e, atrás, a última carta que escrevi para ele.
Com os olhos injetados, me virei devagar e notei finalmente que os panfletos espalhados pelo Democracy eram iguais ao que acabara de deslizar da minha mão.
Pela forma com que os alunos me olhavam, pude perceber que já tinham ligado todos os pontos da minha história. Alguns ainda se lembravam da menina esquisita que sentava na última carteira, outros estudavam ali desde sempre e participaram das brincadeiras cruéis de Edward contra mim. Mas principalmente, agora se conscientizavam de que a garota que abalou as estruturas da instituição era a vulgarmente conhecida como Isabella Duas Caras.
Pena, curiosidade, raiva e confusão me rodeavam, emanando de todas aquelas pessoas que me assistiam como se eu fosse uma aberração, em grande parte, por causa de quem fui e do que fiz.
Não suportando a exposição, como uma verdadeira covarde fechei os olhos e fugi. Esbarrei em várias pessoas e tentei desesperadamente correr para fora do colégio. Mergulhada na desordem mental, mal percebi quando me choquei contra alguém tão forte que me fez cair sentada. Ao abrir os olhos, me deparei com Tyler e, logo atrás dele, todos os Falcons, incluindo as animadoras de torcida. Sem conseguir me levantar, arfei com o coração batendo feito um tambor.
Tânia assumiu a frente e se curvou para dizer bem na minha cara:
 Sua vingança contra Edward afetou diretamente os Falcons e o Democracy. Achava mesmo que íamos deixar isso barato, Isabella Duas Caras?
O soar do apelido me arrepiou inteira e eu achei que vomitaria.


 Você é mesmo a garota deformada com quem fizemos o Edward transar anos atrás? –Tyler debochou.  Que mudança. Incrível!
 É ela sim.  outro Falcon se aproximou rindo.  Não se lembra que o time inteiro assistiu o showzinho do andar superior da biblioteca?
 Hum... É verdade.  Tyler piscou o olho.
Aquelas palavras me provocaram tamanha dor que gemi, rastejando para longe deles.
 Cadê toda a sua coragem, Isabella Duas Caras?  Tânia me perseguiu de forma implacável.  Você não vai a lugar algum.  segurou-me pelos cabelos e me manteve abaixo dela.
Alguns professores apareceram tentando dissipar o tumulto e isso só aumentou o caos.
 Não... me chame assim. Por favor.  tentei ser forte, mas só aticei a ira dela.
 Isabella Duas Caras! Isabella Duas Caras!  ficou me rodeando e lágrimas escaparam dos meus olhos. Os fechei, sentido o apelido dilacerar minha consciência. Era como se tivesse voltado a ser a mesma criança vulnerável do passado. Tremendo muito, tapei os ouvidos e uma angústia antiga fervilhou em mim.  Pare de chorar, sua vadia fraca! Você infernizou a minha vida e eu vou infernizar a sua!  esbravejou.  Isabella Duas Caras! Isabella Duas Caras! Isabella Duas Caras!
Eu não conseguia me achar no meio daquelas centenas de vozes. A repressão da diretoria, o xingamentos dos Falcons, a piedade vã dos alunos e, principalmente, a voz de Tânia, a qual sussurrava em meu ouvido: você ainda é um monstro! É horrorosa, Isabella Duas Caras... Eu te odeio! Te odeio, Duas Caras!
De repente, várias lembranças explodiram em minha cabeça em um caos de imagens e sentimentos que foi impossível de administrar. Via-me bem pequena, com medo de ir para o colégio, Edward me cutucando com um graveto, os tratamentos médicos pelos quais eu passei, gritos de desespero após terríveis pesadelos; Agulhas penetrando minha pele em uma clínica na Rússia, o vídeo que gravei, os olhares de repulsa e fogo... Muito fogo.
 AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH!  a imensa angústia estilhaçou em pequenos pedaços e cada um deles se tornou um grito de dor. Caí para trás e o fogo começou a subir por minhas pernas e se alastrou rapidamente pelo resto do meu corpo.  ESTÁ QUEIMANDOOO!  me debatia, não suportando a dor alucinante. Passei as mãos desesperadamente pelo rosto e, embora ele estivesse intacto, eu podia sentir o ardor das chamas.  ALGUÉM ME AJUDE! ESTÁ QUEIMANDOOOO!  minha garganta parecia que ia explodir tamanha a força com que berrava e mesmo assim ninguém me socorria.  ESTÁ ARDENDO! MEU DEUS! MINHA PELE! AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!  agitava braços e pernas, mas nem isso aplacou a fúria das chamas que brotavam de dentro de mim. AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH! SOCORROOOOOOO!

Continua...

Será que Isabella entrou em colapso mental? Todo esse estresse causado pelos alunos e responsáveis do colégio pode ter causado uma pane dentro do seu subconsciente e causado um grande estrago na mente dela. Espero que Edward chegue a tempo de ajudá-la e impedir que a situação fique ainda pior. Depois de viverem tantos momentos bonitos eles não merecem sofrer mais esse golpe. Beijos e até amanhã.

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3 comments:

  1. nossa gente que horror!! gente o Edward tem que chegar logo!! fiquei chocada. beijusculo ate amanha

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  2. Eu tbm a ed chege logo,e q a bella nao fique achando q foi o edward q armou pra ela to tensa!!!

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  3. E eu que pensei que já estava tudo tranquilo ao redor deles...

    Mas onde se meteu Edward que não viu o reboliço todo????
    Coitada de Bella, mas era o preço por ter mexido em casa
    de vespas!!!

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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