Nota da Aninha:
Meninas me desculpem, mas ontem eu postei o capítulo 3 como sendo 2 e por isso
a estória ficou meio sem nexo. Confesso que achei meio estranho quando fiz a
edição, mas achei que era assim mesmo. Só quando fui fazer a edição do capítulo
de hoje é que percebi o erro, então aí vai o capítulo 2.
Boa tarde amores! Depois das desculpas,
segue o capítulo e nele dá pra entender o motivo do ódio de Isabella por Edward
e como nasceu a Bella.
Título: Paixão e Crueldade
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Paixão e Crueldade
By Lunah
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foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 2
Edward PDV
Agora
era oficial. A novata não tinha um pingo de juízo. Ela dançava descontrolada,
chamando toda a atenção para si. Será que estava drogada? Nunca vi uma garota
com tanta energia, era como se estivesse explodindo de felicidade por dentro.
Será
que tinha percebido que dava para ver sua lingerie através do vestido molhado?
Que tipo de maluca se presta a isso? O que ganha virando objeto de desejo dos
marmanjos? Tudo bem que não sou santo e estou olhando como todos os outros, mas
a sujeitinha era tão chave de cadeia que eu até conseguia pressentir que
aconteceria uma grande merda no Democracy. Não ficaria surpreso se Bella fosse
flagrada transando com algum professor. Involuntariamente ri, constatando que o
cara tinha que ser muito burro para cair nas garras daquela “matadora”.
Ela
continuou mexendo o quadril enquanto passava as mãos pelas coxas. Chegava a ser
ridícula a forma como eu a criticava e mesmo assim ainda ficava excitado.
Pudera... Ela era linda. Tinha uma beleza rebelde e perigosa.
– Quer dançar, amor? – Tânia perguntou depois de
dispensar suas amigas.
– Não. – dei-lhe um beijo. Era melhor eu
me ocupar com minha namorada antes que ela percebesse que eu estava olhando
demais para a novata.
Bella PDV
O
que não me faltou foi parceiro pra dançar. Dancei com todos que pude, me enturmando
facilmente com a malandragem. Então, avistei J.P sentado num sofá no cantinho
da sala. Ao seu lado tinha um casal quase se devorando, fazendo com que a festa
fosse ainda mais terrível para ele. Não perdi mais tempo e me aproximei do
cara.
– Viu só? Ainda está vivo. – sentei em seu colo.
– É, parece que os retardados do
time estão distraídos demais com você para me perceber aqui. – riu. – Está bêbada? Nunca imaginei que
aguentaria tantas cervejas.
– Não se preocupe. Nunca estive
tão sóbria.
– Quando vamos embora? – estava meio entediado.
– Em breve, mas antes vamos nos
divertir mais um pouco à custa dessa escoria.
– Como assim?
– Finja que estou te dizendo algo
bem sacana. – sussurrei em seu ouvido.
– Já saquei.
Rimos
juntos.
– Vai ser ótimo ver esses otários
se perguntando por que estou aqui com você. –mantive
meus lábios bem perto de seu ouvido.
– Parece que consigo ler os
pensamentos deles: porque a novata gostosa está com o nerd? – imitou baixinho a voz de Emmett,
arrancando de mim uma boa gargalhada.
– Vamos provocar mais dúvidas.
Abracei
J.P e ele fez o mesmo, fechando seu sobretudo sobre mim. Com os rostos
escondidos atrás da cortina improvisada, rimos deixando o povo achar que
estávamos nos beijando.
– Como está indo com Edward?
– Bem, só que tenho pressa. Quero
fazer as coisas acontecerem logo para desaparecer do Democracy.
Saímos
de nosso pequeno esconderijo e logo notamos que os alunos estavam super
confusos. Estava estampado no rosto dos bonitões que achavam um absurdo eu me envolver
justo com o “socialmente excluído”.
– Cuidado com a Tânia.
– Ela é a menor das minhas
preocupações. Mesmo assim preciso que me faça um favor.
– Como assim?
(...)
J.P
foi cuidar do que lhe pedi e eu fui ao banheiro, onde tive que pegar uma fila.
Bem na minha frente estavam Jéssica e Lauren, as duas maiores fofoqueiras do
Democracy.
– Oi, Bella. Sou Jéssica. – a bocó se apresentou com um
sorriso falso.
– E eu sou Lauren.
– Olá! – minha falsidade ultrapassou a
delas. – Tudo bom, meninas?
– Sim. – respondeu Lauren. – Gostando da festa?
– Adorando!
– Estamos vendo. Está fazendo
amizades rápido, hein? – Jéssica destilou seu veneno.
Gargalhei
alto.
– Eu gosto de dar a minha “amizade” facilmente. – minha resposta atiçou a curiosidade delas.
– Então está namorando aquele
loirinho? O... Jason?
– O nome dele não é Jason ... – rindo, Jéssica corrigiu a amiga. – É Jayro.
Cerrei
o punho e quase quebrei a cara das piranhas, mas me contive e retribuí o favor
que pedi a J.P.
– Não estou namorando com ele. – sorri debochadamente. – Só estamos transando. – a resposta direta as deixou
perplexas. – Nossas personalidades nem
combinam, mas não consigo fugir da cama dele. É que o cara tem “um” enooorme! – ri alto. – Meninas, me deixem passar que
estou apertada. – furei a fila e me tranquei no banheiro.
Isabella PDV
Tapei
a boca com as duas mãos e tive uma crise de riso. Minha nossa! O que eu fiz? De onde tirei isso?
Será
que devia contar para Jasper que seu nome, ou seus errôneos nomes, estariam na
boca de todos os alunos dentro de algumas horas? Aí, caramba!
Demorei
mais tempo do que esperava no banheiro, pois ainda estava meio chocada com
todos os acontecimentos. Era bom, louco e surreal. Eu estava feliz, mas ao
mesmo tempo nervosa com o que estava por vir.
Me
olhei no espelho e quase não acreditei que consegui continuar na festa mesmo
com o vestido molhado e transparente. Será que eu tinha perdido a cabeça? Porque
sinceramente, não estava nem aí. Era bom demais me sentir uma jovem forte,
saudável e feliz.
Edward PDV
– Vai
me levar para o seu quarto hoje? Poxa, nunca me leva lá. – Tânia fez biquinho.
– Não podemos ir para a seu?
– De jeito algum! Você sabe como
é meu pai.
– Não se preocupe minha linda.
Nós usamos o meu carro como sempre.
– Odeio isso! Morro de medo de
sermos flagrados.
Tânia
idolatrava sua virgindade, mas na prática ela não era tão imaculada assim. Nós
fazíamos de tudo, exceto consumar o ato. Eu não podia reclamar, era bom para
nossa imagem parecermos um casal responsável. Nossas famílias e a diretoria do
colégio nos usavam como exemplo de jovens de caráter que prezam os bons
costumes.
– Não se preocupe amor. Você sabe
que sou cuidadoso. – me preparei para beijá-la, mas um cara esbarrou em nós derramando
um copo de vinho na roupa da minha namorada.
– Droga! – gritou revoltada. – Você é cego?
– Desculpe. – o cara que o pessoal do time
gostava de aporrinhar, tentou ajudá-la a limpar a mancha. – Realmente me distraí. Sinto
muito. – ele saiu e desconfiei de suas
atitudes.
– Vou tentar limpar essa meleca. – Tânia marchou para o banheiro.
Isabella PDV
Fiquei
mais tempo trancada dentro do banheiro do que imaginei. Tentava alinhar as
minhas idéias, planejando a primeira abordagem a Edward. Eu sabia que tinha que
ser algo forte, sensual e irresistível. Mas será que me sairia bem? E se o
Cullen me rejeitasse? Isso ia desestabilizar os meus planos?
A
momentânea fraqueza me fez olhar para o espelho e lembrar da garota que um dia
fui. Lutei contra as lembranças, só que elas eram mais fortes do que o bloqueio
que criei e mantive por anos. Retornar à vida de Edward estava me fazendo abrir
portas que talvez nunca mais se fechassem.
Uma
dessas portas me levava a um momento penoso extremamente difícil de recordar.
Eu só tinha 15 anos quando tudo aconteceu...
Não era um dia como outro qualquer no Democracy. Alguns alunos
comemoravam, outros se lamentavam, mas nada daquilo me atingia. Eu não estava
inserida em nenhum grupo para sofrer qualquer tipo de influência.
Fui para a biblioteca e como sempre, me sentei à mesa mais isolada.
Mesmo em um local geralmente silencioso, era possível ouvir os murmúrios a
respeito do resultado das eleições para presidente do grêmio estudantil daquele
ano. Muitos alunos pensaram que Edward iria vencer, já que seu pai era um
político influente e sua campanha foi simplesmente espalhafatosa. Só que,
contrariando as expectativas até da direção, um candidato do último ano venceu.
Às vezes sentia como se o Democracy fosse um pequeno país. As pessoas
levavam muito a sério tudo que acontecia ali. Era como se não percebessem que o
ensino médio durava pouco e a vida “de verdade” começaria quando nos
formássemos.
Cansada das futilidades que me rodeavam, abri um livro e tentei estudar.
Passaram-se alguns minutos, até que senti alguém se sentar na cadeira ao meu
lado. Achando que era Jasper, não me preocupei.
– Olá. – a voz baixa me assustou.
Encolhida e com o rosto praticamente escondido dentro do livro, senti um
frio percorrer a minha espinha.
– Tudo bem? – estranhamente acanhado, Edward insistiu na
conversa.
Com a face coberta pelos cabelos, ergui só um pouco a cabeça e
verifiquei se seus colegas estavam por perto tramando algum mal contra mim.
– Estou sozinho. – sussurrou, para que ninguém ouvisse.
Desconfiada, usei toda a minha coragem para perguntar:
– O que quer?
O fitei e Edward baixou a cabeça para não me encarar.
– Só quero te fazer uma pergunta.
Fiquei totalmente confusa. Era a primeira vez em anos que Edward se
dirigia a mim. Na verdade, nunca fora tão educado. Quando éramos crianças, sua
turminha zombava de mim como se eu fosse um tipo de cachorro perneta ou doente.
Um dia ele até me cutucou com um graveto.
– Pergunte. – minhas mãos suavam muito.
– Você pode me ajudar? Nós vamos ter aquela prova difícil de
Química na quarta e eu estou totalmente perdido nessa matéria.
– Ah... – agora estava começando a entender seu repentino
interesse em mim. Meu trabalho de Química foi o melhor da classe e Edward
queria tirar proveito disso. – Eu... – não podia ajudá-lo.
Não depois de tudo que fez comigo.
– Olha, sei que no passado impliquei um pouco com você. Foi coisa
de criança, você sabe. Não significa que não podemos ser amigos agora.
– Amigos? – nunca imaginei em toda minha vida que ouviria
aquilo. Baixei a cabeça sem saber como agir. Praticamente ninguém falava comigo
e agora o rapaz mais popular do colégio queria ser meu amigo? – Eu...
eu... acho que tudo bem. – engoli em seco.
Uma pequena chama de esperança acendeu dentro de mim. Talvez, se Edward
falasse comigo de vez em quando, os outros alunos veriam que eu não era um
monstro ou portadora de uma doença contagiosa.
– Vai poder me ajudar? – tocou suavemente minha mão
direita. A mão que não tinha cicatrizes.
– Vou sim. – dei um meio sorriso, o qual ele não pode ver
por causa da cortina de cabelos.
– Obrigado.
– Quando quer estudar?
– Pode ser esta noite? É que ando sem tempo. Estamos treinando
muito para os últimos jogos do final da temporada.
Refleti por um breve momento e, mesmo relutante, cedi.
– Tudo bem. Você quer ir à minha casa?
– Hãmm... – ficou na dúvida. – Pode ser aqui
mesmo na biblioteca? O zelador é meu amigo e quando não tenho tempo para
estudar ele me deixa ficar aqui à noite.
– Até que é uma boa idéia.
O fato de ele querer ficar na biblioteca só podia provar que realmente
estava interessado em estudar.
– Nos encontramos aqui às 20:00h?
– Err... – ainda não estava acreditando. – Sim.
– Vou avisar ao zelador, ele te deixará entrar.
Obrigado. – deu um rápido sorriso e saiu.
Assim que fiquei sozinha respirei fundo. Estava imersa em um misto de
perplexidade, empolgação, receio e curiosidade.
Logo que foi possível, contei para Jasper as novidades e ele também
ficou confuso. Como não estava presente no momento que Edward conversou comigo,
e não viu o quanto foi amigável, acabou ficando bastante desconfiado.
(...)
Assim como Edward falou, às 20:00h em ponto o zelador me deixou entrar
no colégio. Ansiosa, mandei uma mensagem para Jasper dizendo que eu estava bem
e que não se preocupasse. Depois, coloquei o telefone no modo silencioso para
não nos atrapalhar.
O tempo correu e nem sinal de Edward. No momento que o relógio da
biblioteca marcou 20:30h, desisti de esperar. Então, reacendendo a minha
esperança, Edward rompeu porta adentro.
– Desculpe pelo atraso. – falou alto se aproximando.
Automaticamente me encolhi, sempre abaixando a cabeça numa tentativa
inútil de me esconder.
– Eu já estava indo, então...
– Ainda é cedo. Vamos estudar. – sentou-se perto de mim e
senti o cheiro de bebida.
Minha voz saiu trêmula ao questionar:
– Você... está... bêbado? – um nó se formou em minha
garganta.
– Não. – abriu um livro, só que não o leu por estar de
olhos fechados.
Sem saber o que dizer ou fazer, fiquei rabiscando em meu caderno.
– Quer conversar? – fechou o livro com força.
– O quê? – fui pega de surpresa.
Pigarreou olhando para minhas mãos.
– Doeu muito?
Era evidente que se referia às cicatrizes. Desconfortável com a
pergunta, apenas respondi:
– Eu era muito pequena... Lembro de pouca coisa.
O silêncio voltou a predominar. Foi quase impossível continuar ali.
– Qual a sua dúvida sobre Química? – murmurei.
– Isabella...
Estremeci ou ouvir meu nome sair de sua boca, pois sempre que o
pronunciava era acompanhado das palavras “duas caras”.
– Sim? – me distanciei, ficando na pontinha da cadeira.
Edward levantou-se abruptamente, me assustando a ponto de eu cair da
cadeira. Ele se inclinou para me ajudar e rastejei para longe com um medo que
me deixou sem fôlego.
– Calma. – segurou-me pelos braços e me obrigou a
levantar. – Shhh... – afagou o topo da minha cabeça.
– Quero... ir embora.
Ele não me soltou, mas por sua expressão dava para notar que também não
estava feliz de estar ali.
– Tudo bem. – soltou-me só que não consegui me
mover. – É a sua chance, vai! – ordenou severamente, mas minhas
pernas tremiam e meu coração parecia que ia sair pela boca.
Ele fechou os olhos com força. Então, em um ato que desafiava a lógica,
beijou-me mesmo com os cabelos cobrindo a maior parte do meu rosto. Nossos
lábios se tocaram por um tempo curto demais pra eu ter consciência do que
significava aquilo.
Seus braços eram vigas de aço em minha volta. Eu não tinha como fugir e,
para ser sincera, não queria fugir. Edward foi o primeiro garoto que me tocou.
Era uma sensação boa, mesmo que errada. Assim como qualquer adolescente, eu
tinha sonhos românticos. Que garota maltratada do jeito que eu fui não
sucumbiria à possibilidade irreal de ser amada por alguém tão lindo quanto
Edward? Na época, Tânia ainda não havia chegado ao Democracy e ele era
simplesmente o rapaz mais cobiçado.
Eu tinha tanto medo de ninguém nunca me querer. De nunca saber como é
ser tocada e beijada, por isso o deixei passar as mãos pelo meu corpo. Ele
tinha consciência de que eu não gritaria ou pediria para que parasse e,
incentivado por isso, me colocou sobre uma das mesas e se deitou sobre mim.
O senti relutante, como se fosse desistir. Seus olhos estavam fixos nas
minhas roupas e eu sabia o por que. Sempre vesti roupas que cobrissem todo o
meu corpo para esconder as cicatrizes. Ninguém tinha a menor ideia de como era
a minha pele por debaixo das vestes escuras e grossas.
Guiado por uma motivação que eu desconhecia, Edward subiu a minha saia.
E sem nem olhar para mim, arrancou a minha calcinha. Ao se colocar entre minhas
pernas, pousou seu rosto no vão entre meu pescoço e ombro, obviamente no lado
que não era deformado.
Ele tocou-me intimamente, talvez querendo descobrir se eu era “estranha”
ali também. Mesmo sendo doloroso passar por aquilo, senti prazer com seus
dedos. Eu não podia me dar ao luxo de repudiá-lo, pois quem mais teria coragem
de fazer todas aquelas coisas?
Edward continuou com a carícia até que seu corpo cedesse ao que sua
mente parecia estar decida a fazer. Quando finalmente abriu a calça, colocou um
preservativo e penetrou-me com um único e forte movimento. A dor intensa me fez
trincar os dentes e gemer. Foi uma sensação que eu realmente não estava
preparada para sentir.
Edward estava se esforçando para continuar, mas não deixei que o
sentimento de humilhação me tomasse naquele momento. Eu queria aproveitar cada
segundo, pois era possível que aquilo nunca mais se repetisse. Desejava extrair
daquela experiência tudo que pudesse e, mais tarde, me arrependeria e choraria.
– Você está bem? – sussurrou ameaçando parar.
– Estou. – minha voz saiu embargada.
Ele passou a aumentar o ritmo de suas investidas, ficando mais
compenetrado no prazer mórbido que ambos passamos a sentir. Tudo nele mexia com
meus sentidos. Seu cheiro, voz, calor... Mesmo sendo a coisa mais estúpida
que já fiz até aquele momento, me vi querendo ficar presa a ele. Era como
trocar o sofrimento constante que era minha vida por um sofrimento onde eu era
uma vítima voluntária, ligada carnalmente à pessoa que tornou minha existência
ainda mais cruel. Atada a esse pensamento, abracei Edward, algo que nunca
imaginei que faria. Até ele se surpreendeu, mas nada falou.
O insulto sexual logo chegou ao seu ápice e fechei meus olhos, deixando
que Edward levasse o resto de mim que sua alma impiedosa ainda não havia
roubado. Então, tarde e cedo demais, ele se foi sem dizer uma só palavra. Com a
alma ardendo, me recompus e juntei minhas coisas. Ao pegar o celular, vi que
tinham 9 chamadas não atendidas de Jasper. Imediatamente retornei a ligação e ele
atendeu, aflito.
– Isabella? Você está bem? Onde está?
– Estou bem, Jasper. – respondi como se tivesse acabado
de acordar.
– Afaste-se de Edward! Afaste-se! – gritou preocupado e
estranhei.
– Por quê? O que aconteceu?
– Quando Mike veio aqui em casa buscar o trabalho de história que
fiz pra ele, o ouvi falando com alguém no celular. O Cullen apostou com o
pessoal do time que ia vencer as eleições, mas como perdeu... – fez
uma pequena pausa com medo de continuar. – Bem, ele foi te encontrar
disposto a cumprir a parte dele do acordo. – suspirou. – Vocês...
transaram? – meu silêncio tirou suas dúvidas. – O mais
repugnante é que ele tinha que levar o preservativo e uma peça íntima sua para
provar que consumou o ato. Isabella, precisa contar para os seus pais. Alguém
tem que tomar uma providência por que...
Desliguei o telefone.
Eu sabia que havia um motivo para Edward ter me procurado, mas não
imaginei que fosse algo tão... Não era uma brincadeira onde o cara popular
ficava com a mais feinha do colégio. Eles queriam que Edward sofresse e se
envergonhasse. O time o estava punindo por sua presunção, ou seja, eu não era
uma aposta... EU ERA O CASTIGO.
Parada no meio da biblioteca, desejei muito chorar e me descabelar.
Tinha que colocar toda a dor pra fora, só que não consegui. Ficou tudo preso
dentro de mim. Por fora, não esbocei nenhuma emoção, mas por dentro havia
tremores e gritos, soluços e pranto. Meu espírito sofria uma agonia semelhante
à de um parto. E, ali mesmo, ainda com sangue entre as pernas, Bella nasceu.
Natalie Merchant - My Skin
Dê uma olhada no meu corpo
Veja minhas mãos
Há tanto aqui que eu não compreendo
Suas promessas superficiais
Sussurradas como preces
Eu não preciso delas
Pois tenho sido tratada de uma forma
tão errada
Tenho sido tratada assim por muito
tempo
Como se eu estivesse me tornando
intocável
Bem, o desprezo é amante do silêncio
Ele prospera na escuridão
Com delicados galhos espiralados
Que estrangulam o coração
Dizem que promessas amenizam a
desgraça
Mas eu não preciso delas
Não, eu não preciso delas
Tenho sido tratada de uma forma tão
errada
Tenho sido tratada assim por muito
tempo
Como se eu estivesse me tornando
intocável
Sou uma flor que morre lentamente
Durante uma impiedosa geada
O doce se torna acre e intocável
Oh, eu preciso da escuridão, da
doçura
Da tristeza, da fraqueza
Oh, eu preciso disso
Preciso de uma canção de ninar, de um
beijo de boa noite
Anjo, doce amor de minha vida
Oh, eu preciso disso
Sou uma flor que morre lentamente
Geada impiedosa
O doce se torna acre e intocável
Lembra-se da maneira
Como você me tocou antes?
Toda a ansiosa doçura
Eu amei e adorei
Suas promessas superficiais
Sussurradas como preces
Eu não preciso delas
Eu preciso da escuridão, da doçura
Da tristeza, da fraqueza
Oh, eu preciso disso
Preciso de uma canção de ninar, de um
beijo de boa noite,
Anjo, doce amor da minha vida
Oh, eu preciso disso
Bom, está escuro o bastante?
Você pode me ver?
Você me quer?
Pode me alcançar?
Oh, estou indo embora
É melhor fechar sua boca
E prender sua respiração
Você me beija agora
Você detém sua morte
Ah, eu quis dizer isso
Ah, eu quis dizer isso...
Continua...
Estou
chocada com a atitude do Edward. Acho que a Bella tem todo direito de odiá-lo e
começo a entender os motivos para querer vingança. Não acho que esse seja o
caminho para se resolver nenhum problema, mas acho que ele deve ser punido por
seus atos de acordo com as leis. Mas vamos ver o que ela vai aprontar com ele e
sua turma. Beijos e até amanhã.
Isso acontece!!! Mas esse cap foi demais!!
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