Olá
galera! As coisas estão melhorando para Isabella e Edward. Hoje finalmente eles
vão reagir contra a covardia que assola o Democracy...
Título: Paixão e Crueldade
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Categorias: Saga
Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Paixão e Crueldade
By Lunah
Atenção: Este conteúdo foi
classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo
8
Isabella PDV
40 minutos atrasada, larguei o Mustang no
meio do estacionamento do Democracy e corri para entrada do prédio. Focada em
me entregar junto com Jasper demorei a perceber que não era a única correndo.
Edward e eu quase nos chocamos ao alcançarmos as portas ao mesmo tempo, nenhum
de nós parou e seguimos para a sala do diretor. Quando chegamos ao corredor
principal, havia uma multidão apinhada no local.
Desolada, percebi que era tarde demais, pois
todos já estavam falando de Jasper Whitlock. Os professores insistiam para que
os alunos voltassem para as salas, mas até eles estavam curiosos. Aturdida,
ouvi suposições sobre o que aconteceria com meu amigo e isso me atingiu de tal
forma que saí empurrando as pessoas que estavam na minha frente. Infelizmente,
nem com todo o esforço consegui me aproximar o suficiente. De repente, a porta
da diretoria se abriu e de lá saíram o Sr. Weber e dois funcionários escoltando
Jasper.
O diretor fez com que a multidão abrisse
caminho e Jasper foi conduzido como se fosse um delinquente perigoso. Enojada,
percebi que a diretoria estava usando-o como exemplo a fim de reprimir qualquer
tipo de manifestação contra a instituição.
Os alunos observavam em silêncio,
provavelmente chocados com o fato de que a pessoa que admiravam era justamente
alguém a quem ninguém nunca deu importância. Continuei tentando me aproximar de
Jasper, mas a multidão se tornou uma barreira impenetrável. Aflita por não
alcançá-lo, me preparei para gritar e assumir minhas culpas, só que antes que
as palavras chegassem à minha boca um aplauso solitário foi ouvido. O ato
incomum chamou a atenção de todos e precisei ficar na ponta dos pés para notar
que vinha de Edward.
Ele continuou aplaudindo, não por satisfação,
mas por admiração, fazendo com que os alunos se lembrassem de como tudo aquilo
começou. A atmosfera foi se transformando conforme emergiam de nossa memória
todos os feitos do Filhos da Democracia. As denuncias, os ideais e verdades que
foram entregues aos jovens de uma forma não convencional marcaram muitos ali,
inclusive Edward e eu.
Os aplausos surgiram de todos os lados e em
questão de segundos o som ultrapassou a voz autoritária do diretor. Os alunos
de todas as idades e grupos sentiam uma imensa gratidão, pois o Filhos da Democracia
mudou a instituição de uma forma única e permanente.
Para driblar o alvoroço, o diretor obrigou
Jasper a continuar andando, só que ao chegar ao final do corredor ele olhou
para trás e finalmente me avistou. Ele não estava abatido, muito pelo
contrário, seu sorriso me fez entender que criar o Filhos da Democracia foi
algo especial demais para nos arrependermos. Jasper arriscou tudo em nome de um
ideal e por isso se tornara mais digno de respeito do que qualquer Falcon
jamais fora. Ele, que sempre foi considerado um nerd cujo nome ninguém sabia,
agora estava saindo do Democracy como um herói e o nome Jasper Whitlock seria
para sempre lembrado naquela instituição.
(...)
Mesmo depois que Jasper saiu do prédio os
aplausos continuaram. Demorou bastante para a multidão se dispersar e eu fui a
única a continuar no local. Exausta, me encostei aos armários e deslizei até cair sentada.
Ainda não tinha conseguido absorver os
acontecimentos e, mesmo que meu amigo não estivesse abalado, eu estava. Com os
pensamentos embaralhados, tentei contabilizar quanto conseguiria pela venda de
meus pertences, o problema era que o valor nunca seria suficiente para pagar
uma faculdade como Harvard.
– Aqui está.
Surpresa, olhei para cima e não entendi por
que Edward estava me estendendo um cartão de visitas.
– O que... – balancei a cabeça, demasiadamente confusa.
– Jasper só tem que ligar para esse número. Ele estudará no colégio
Buckley e a bolsa para Harvard já está garantida. O histórico dele ficará sujo
por alguns meses, mas quando a poeira baixar voltará a ser como era antes.
Pasma, peguei o cartão sem saber o que dizer.
Saí da casa de Edward convicta de que ele nada faria, por isso, por mais que eu
quisesse reagir, não conseguia.
Ele não esperou que eu agradecesse e saiu
como se nada tivesse acontecido.
– Foi difícil? – perguntei em voz alta.
– Você não faz ideia. – respondeu sem olhar para trás.
Era pra eu ter dito algo como “obrigada” ou
“vou cumprir minha parte”, só que a curiosidade foi muito maior. Desejava saber
o que Edward disse ou prometeu ao seu pai para convencê-lo a nos ajudar.
(...)
No dia seguinte, me preparei para colocar os
pés no Democracy pela última vez. Edward conseguiu ajudar Jasper, então agora
era a minha vez de honrar o acordo e tirar dos ombros dele a culpa por ter
destruído a imagem do colégio.
Consciente de que teria de ser forte, não
expus meu corpo alterando o uniforme. Estava usando-o exatamente como as outras
alunas. Também não coloquei nenhuma maquiagem e usei apenas uma tiara para
manter meus cabelos longe do rosto.
Faltei às primeiras aulas e só apareci no
Democracy no horário do almoço. Enquanto seguia pelo corredor em direção ao
refeitório, não fui xingada, muito menos assediada, pois minha aparência já não
gritava “vadia maluca”. Era possível que muitos nem tivessem me reconhecido.
O refeitório estava lotado como sempre. Achei
que seria difícil localizar Edward, mas logo o avistei sentado sozinho na mesa
que antes era ocupada por Jasper e por mim. O que o motivara a sentar ali?
Edward PDV
Sem apetite, fiquei matando tempo observando
uma borboleta que pousara na janela a meio metro de mim. Ficar sentado sem
fazer nada era algo relativamente novo para mim, pois minha vida sempre fora
cheia de obrigações, principalmente nos últimos anos. Ser desligado de todas as
atividades que antes eu priorizava deixou-me com tempo livre até para sentir
falta de um amigo. Será que era assim que Isabella se sentia?
Ouvi o ranger da cadeira no piso e, de
relance, olhei para a moça desavisada que se sentou à minha mesa. Só quando
voltei a fitar a janela foi que meu cérebro processou a informação de que a
moça era Bella. Surpreso, tirei meus óculos escuros e a encarei.
– Hã... – ela tamborilou os dedos na mesa. – Oi.
Imediatamente olhei para os lados me
perguntando o que ela estaria armando agora.
– O que está fazendo? – indaguei confuso.
– Como assim?
– Porque está vestida desse jeito? – devia existir um bom motivo para
ela abandonar o visual vulgar e aparecer no colégio tão... bonita.
– Estou vestida como todo mundo.
– E é isso que está me assustando.
– Não faz sentido. – ela quase riu.
– O pior é que faz. – estreitei os olhos.
Bella respirou fundo e, com uma expressão
indecifrável, falou:
– Estou pronta para assumir a culpa pelo vídeo.
– É mesmo? – revirei os olhos. – O que vai dizer? Que fez isso só para aparecer às minhas custas?
Que queria ser o centro das atenções? Que ferrar com a minha vida foi o seu
desafio do ano? Sinceramente... – recoloquei os óculos. – Não quero mais mexer nesse
assunto. Talvez com os novos escândalos os alunos se esqueçam de mim.
– É serio? – pareceu-me chocada.
– Sim. Mas você ainda me deve um favor.
– O que... quer? – mal conseguiu perguntar.
– Me dê sua mão.
– Não. – estranhamente nervosa, escondeu as mãos como se eu fosse
arrancá-las.
– Me dê sua mão. – pedi novamente tirando do bolso do blazer uma caneta. – Não se preocupe, por mais que eu queira, não vou feri-la.
Relutante, Bella colocou lentamente a mão
direita em cima da mesa. Eu a peguei e virei sua palma para cima, em seguida
limpei com meus dedos o suor frio que estava deixando sua pele úmida demais.
Não pude deixar de questionar seu súbito nervosismo.
– O que vai fazer?
Não respondi, apenas escrevi o nome
“Isabella” em sua mão. A garota estremeceu como se a caneta tivesse lhe passado
algum tipo de corrente elétrica.
– Peça a Jasper para entrar no sistema do colégio uma última vez.
Quero a ficha de todas as garotas com esse nome que passaram pelo Democracy nos
últimos 10 anos. – Bella tentou puxar a mão e não permiti. – Dessa vez, nada de trapaças ou
dou um jeito de cancelarem as bolsas do seu amigo. – larguei sua palma.
– O que pretende? – murmurou.
– Não é da sua conta.
Isabella PDV
– Não é da minha conta. – assenti tentando não soar sarcástica.
Fechei a mão e levantei ainda com as pernas
trêmulas. Quando Edward escreveu meu nome, achei que ele tinha descoberto tudo.
Cheguei a acreditar que, depois de tudo que aconteceu, estava preparada para
aquele momento. Como me enganei... Todos os traumas quase me fizeram entrar em
colapso da última vez que Edward revirou o nosso passado. Definitivamente, eu
não sabia como reagiria quando colocássemos todas as cartas na mesa. Não queria
ser covarde, mas necessitava de tempo pra reunir forças e lidar com todos os
possíveis desfechos.
– Falarei com Jasper. – saí sem olhar para trás.
(...)
Fiquei um bom tempo escondida na arquibancada
do ginásio. Nesse meio tempo, conversei com Jasper pelo celular e ele concordou
em arranjar a minha ficha. Só quando o sinal tocou foi que decidi procurar o
Cullen.
Tentei achá-lo em meio à multidão que
abandonava as salas, mas só quando os corredores ficaram quase vazios foi que o
avistei entrando no banheiro masculino. Disposta a esperar, encostei-me a um
canto e foi nesse exato momento que três dos Falcons apareceram. Eles entraram
no banheiro e eu já sabia que buscavam por seu ex-companheiro de time.
Cruzei os braços e tentei ficar indiferente.
O problema é que Edward já estava machucado, então os idiotas não precisavam
extrapolar na brutalidade.
Edward PDV
Não havia a menor chance de escapar. O novo armador
do time se colocou atrás de mim, prendendo o meu pescoço com o braço. Já o
irmão mais novo de Mike, segurando com firmeza o meu punho, obrigou-me a
colocar a mão sobre a pia. Então Tyler, que assumiu a posição de capitão, puxou
um canivete do bolso.
– Isso não é necessário. – mal consegui falar por causa da pressão feita em minha garganta.
– É assim que tratamos os traidores. – Tyler riu.
Ele cravou a ponta do canivete embaixo da
unha do meu indicador. A dor intensa fez-me trincar os dentes e fechar os
olhos. Torci para ele acabar logo com aquilo, porém não se apressou e forçou a
unha para cima lentamente.
De repente, a porta do banheiro se abriu. Até
pude reconhecer o som do extintor de incêndio, mas nem eu nem os Falcons
conseguimos ver nada devido ao pó branco que se alastrou como uma densa fumaça.
O cara atrás de mim se afastou e essa foi a minha deixa para fugir.
A fumaça já estava quase totalmente dispersa
quando cheguei à porta. Infelizmente, não pude atravessá-la, pois Bella estava
bloqueando a passagem segurando o extintor.
– Que lindo! – Tyler debochou em voz alta. – Salvo pela vadia. Isso não é muito honroso, Edward. – eles riram e não olhei para
trás.
– Vamos embora. – disse para Bella.
– Eu prefiro ser uma vadia a ser um viadinho covarde. – a maluca revidou. Merda!
– Repete isso aí, sua vagabunda!
Um Falcon me puxou e Tyler ficou frente a
frente com Bella.
– Chega de confusão, ok? – falei em vão.
– Repetir? – a garota sorriu. – Não prefere que eu soletre? Além de viadinho covarde também é burro?
Assim que a garota se calou, Tyler deu-lhe um
soco que a fez cair sentada.
Irritado e com a paciência esgotada,
desvencilhei-me e, sem que ninguém esperasse, peguei o extintor e atingi o
rosto de Tyler com violência. Ele imediatamente tombou com o nariz quebrado.
Quando os outros Falcons ameaçaram reagir, ativei o extintor deixando-os
momentaneamente perdidos.
Revoltado com tudo que fizeram comigo, perdi
o controle e chutei a virilha do novo armador. Logo que se curvou tomado pela
dor, o peguei pelos cabelos e com força bati duas vezes sua cabeça contra a
pia. O irmão de Mike se acovardou e fugiu antes que eu chegasse até ele, então
parti pra cima de Tyler, que tentava se erguer. O chutei no estômago e ele foi
ao chão novamente.
– Se eu não bati nela, você também não pode. – coloquei-me de joelhos em cima
dos braços do Falcon.
– Foda-se! – respondeu engasgando com o próprio sangue.
Desejando provocar nele o mesmo tipo de dor
que vinham me afligindo, peguei o canivete do chão e enfiei em sua palma direita.
O grito de pura agonia finalmente aplacou a minha ira, então me levantei e
disse:
– Faz uma cesta agora, imbecil.
– O garoto foi buscar ajuda. – Bella puxou-me pelo braço. – Temos que sair daqui.
Isabella PDV
Edward fez corpo mole, mas consegui fazê-lo correr
até o estacionamento. Ainda nervosa, entrei no Mustang e falei:
– O que está esperando? Entra no carro!
– Não tem necessidade.
– Como assim? Você feriu seriamente dois caras. – meu coração estava a mil.
– Dificilmente os Falcons vão revidar. Eles não podem se arriscar
porque tem jogo nesse final de semana, além disso, enfiei um canivete na mão do
líder deles, isso só pode significar que me transformei em um delinquente
perigoso.
Até que fazia um pouco de sentido.
– Mas isso vai chegar aos ouvidos da diretoria.
– Olha para mim... – indicou seus hematomas. – Eles não vão querer explicar isso. Além do mais... – passou a mão pelos cabelos,
relaxando. – O que acontece com os Falcons, permanece com os Falcons. – citou o lema do grupo.
Ficamos em silêncio até que coloquei a mão na
boca gemendo por causa do ferimento.
– Por que me ajudou? – havia mais do que curiosidade em sua voz.
– Pelo mesmo motivo que finalmente reagiu... – Encarei-o. – Tudo tem um limite.
Minha resposta o fez baixar a cabeça,
pensativo. Ele nunca ia saber, mas provoquei Tyler de propósito. Queria que
Edward parasse de aceitar a dor em nome da culpa e retomasse o controle de sua
vida.
– Seu lábio vai inchar. – desconversou.
– Posso conviver com isso.
– Vamos comprar gelo. – limpou o dedo ensanguentado na camisa.
– Sinto muito por sua unha.
– Machucou só um pouco. Posso conviver com isso. – repetiu o que eu disse.
– E a detenção?
– O que vão fazer? Nos expulsar? – ironizou, finalmente entrando no Mustang.
(...)
Passamos em uma farmácia, depois seguimos
para uma loja de conveniência. No estacionamento da loja, sentei-me no capô do
carro e coloquei um pouco do gelo, que estava embrulhado em saco, no canto da
boca. Sem aceitar a minha ajuda, Edward enrolou gaze em torno do dedo e tomou
uma aspirina. Ele tinha curativos na testa e nas mãos, por isso me perguntei
como ainda conseguia ter ânimo para ir às aulas.
– Às vezes parece que está mais morto do que vivo. – comentei baixinho.
– Talvez esteja. – encostou-se no carro.
– Eu sei como é. – olhei para cima.
– É difícil acreditar, Anabella.
– O quê? – Fitei-o confusa.
– Não gosta de ser chamada assim? Foi o que ouvi pelo Democracy.
Bastante surpresa, tive que me esforçar pra
responder.
– Claro... – desviei o olhar. – Tem razão, só é... estranho me chamar assim. – me encolhi.
– Falou com Jasper?
– Sim. Ele irá fazer o que pediu, mas vai demorar alguns dias
porque, depois do vídeo, mudaram as senhas e os programas de segurança.
– Que seja... – bufou colocando a mão na testa machucada. – Vou para casa.
– Ok. – desci do carro.
– Não. – afastou-se. – É a algumas quadras daqui, eu vou andando.
– Mas posso te dar uma carona.
– Dispenso. – disse ainda ressentido.
Não insisti e Edward foi embora. Ele
certamente nunca ia esquecer o que lhe fiz, assim como eu nunca esqueceria o
que me fez, mesmo o tendo perdoado.
(...)
Meu final de semana foi uma droga. Não pude
ver Jasper, pois ele foi visitar o tio a pedido de sua mãe. Entendia a
preocupação da família de meu amigo, afinal, ninguém esperava que ele fosse ser
expulso do colégio.
No tempo que tive livre, pesquisei sobre
colégios fora do país. Austrália me pareceu um bom lugar para recomeçar, no
entanto ainda estava presa ao Democracy por causa do acordo que fechei com
Edward. O tempo que Jasper pediu para conseguir entrar no sistema do colégio me
serviu como desculpa para me preparar para o momento decisivo: Para o ponto
final de minha história com Edward.
O prazo de uma semana foi estipulado. Agora
era só torcer por um pouco de sorte.
* SEGUNDA-FEIRA *
Abri meu armário para pegar os livros que usaria na próxima aula. Perto de mim, um grupinho de rapazes ria vendo no celular o vídeo constrangedor que gravei. Eu já tinha passado por aquilo antes, mas me sentia diferente desde que perdoei Edward. Era como se eu estivesse mais vulnerável por não estar mais usando o ódio como dispositivo de autodefesa.
Às vezes sentia falta de Bella, porque sempre
que ela se manifestava eu virava uma mera expectadora e não tinha que lidar com
certas coisas. Estava sendo esquisito não senti-la fervendo dentro de mim.
Talvez ficara perdida no deserto de gelo que se formou em meu peito.
– Ei, eu estava pensando... – um dos rapazes se aproximou e tocou meu cabelo. – Vamos dar uma voltinha no meu carro. – olhou para trás e seus amigos
riram.
– Não. – procurei ficar indiferente.
– Está se fazendo de difícil por quê? – debochou.
O sinal tocou, fechei o armário e tentei me
mandar.
– Eu sei do que gosta. – ele agarrou meu pulso.
– Solta. – falei com firmeza.
Os amigos do idiota ficaram rindo enquanto
faziam gestos obscenos para mim.
– Juro que vai gostar. – apertou minha bunda.
Irritada, consegui me desvencilhar e rosnei:
– Seu filho da...
– Foi mal. – riu afastando-se. – Sério, foi mal mesmo.
Os caras baixaram a cabeça parecendo
ameaçados. Eles foram embora tão rápido que o imbecil que me apalpou teve que
correr para alcançá-los.
– Hã? – franzi o cenho, muito confusa.
Não tive nem tempo de xingá-los e fugiram
como se eu tivesse apontado um revólver para suas cabeças? Realmente esquisito!
Aliviada, dei de ombros e resolvi ir para a
sala. Ao me virar, me choquei acidentalmente com Edward. O susto foi tão grande
que me sobressaltei com a mão no peito. Ele permaneceu quieto, com uma carranca
que meteu medo até em mim.
– Você... – me faltou palavras.
– Está tudo bem?
– Sim... Eu acho. – cocei a nuca. – Por que eles se assustaram?
– Parece que agora sou considerado perigoso. Por sorte, os Falcons
não confirmaram o incidente, mas você sabe que aqui os boatos se tornam fatos
em um piscar de olhos.
– Obri... gada? – não sabia se era aquilo que devia falar.
– Se aqueles sujeitos voltarem a te incomodar, me avise.
– Por quê? – embasbaquei.
– Não quero te dever um favor. – manteve sua postura fria.
– Ah... – finalmente entendi. – Não se preocupe, tenho tudo sob controle.
– Não foi o que pareceu. – virou-se e foi embora.
Edward PDV
Fiquei remexendo meu almoço sem apetite. Já
estava me acostumando a sentar sozinho na última mesa. Na verdade, era melhor
do que ficar rodeado por falsos amigos.
No momento em que dei um gole no refrigerante,
Bella, com sua enorme cara-de-pau, sentou-se na mesa com uma bandeja.
– Quem te convidou? – quase me engasguei.
– Eu. – respondeu com simplicidade.
– Não pode sentar aqui.
– Não tem outro lugar. – começou a comer. – Além disso, já sentava aqui antes.
– Como pode agir assim? Ainda lembra que destruiu a minha vida,
certo? – ela franziu o cenho na dúvida, afinal a
garota era totalmente pirada.
– Me passa o catchup. – agiu como se nem tivesse me ouvido.
– Não. – afastei o frasco na esperança de que ela caísse na real.
– Vai monopolizar o catchup?
Respirei fundo.
– Vou deixar uma coisa bem clara: Você me ferrou completamente e,
mesmo tendo me ajudado no outro dia, não significa que somos colegas. Somos
como água e óleo, não nos misturamos.
– Hum... – mastigou com vontade. – E eu sou a água ou sou o óleo?
– Que diferença isso faz?! – esbravejei. Qualé! Ela queria me tirar do sério?
– Só queria saber. – deu de ombros.
– Pode ficar aí, mas me faz um favor... – tentei não perder o controle. – Fica na sua, que eu fico na
minha.
– Tudo bem. – respondeu com nariz empinado. – Não vai nem notar minha presença.
– Ótimo. – afastei minha cadeira e dei uma mordida no meu sanduíche.
Bella ficou quieta por uns 20 segundos,
depois começou a bater o gargalo da garrafa de suco na quina da mesa tentando
abrir a tampa.
Oh, Deus...
Suspirei.
Calma, Edward! Conte de 1 a 10, acalme-se e
a ignore. 1, 2, 3...
Continuou fazendo barulho.
4, 5, 6... Droga!
Impaciente, tomei-lhe a garrafa e me livrei
da tampa. Coloquei o suco diante dela e Bella ficou olhando para a garrafa se
esforçando para não rir.
– Não fale nada. – resmunguei.
– Não vou. – imediatamente se tocou de que fez exatamente o que pedi para não
fazer. – Opa...
Encarei-a irritadíssimo.
Continua...
Parece que eles estão se aproximando aos
poucos. Acho que Isabella está descobrindo que esse Edward não é o mesmo que a
fez sofrer tanto na infância. Adorei quando ela apareceu para salvá-lo dos Falcons
covardes. Espero que as coisas entre eles não sofram um retrocesso quando ele
descobrir que ela é a mesma Isabella que ele está procurando. Beijos e até
amanhã.
a dor uni,e eu tambem nao vejo a hora do edward descobri eu acho q ele vai surta!
ReplyDeleteate amanha e beijusculos peguei a maninha tbm rsrs.
E como pega!! Adoro temos q ser unidas!!
DeleteCom certeza vcs sao demais!!!
DeleteParesse q eles vao se entender, tmbm espero q ele nao volte a ser aquele Edward cavarde qndo descobrir quem e ela amei Beijusculo
ReplyDeleterEu sabia q Edward iria ajudar o Jasper, claro q foi tbm uma troca, já q agora ele quer um favorzinho dele..hehehehe..
ReplyDeleteNão vejo a hora de Edwrad e Bella se entenderem e essa parte final foi bem engraçada!!