Boa
tarde galera! E a troca de bilhetinhos continua firme e forte, mas a volta de Jasper
com o pedido de Edward pode trazer complicações para o relacionamento...
Título: Paixão e Crueldade
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Categorias: Saga
Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Paixão e Crueldade
By Lunah
Atenção: Este conteúdo foi
classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo
9
Edward PDV
Era a primeira vez que eu chegava à detenção
sem nenhum machucado novo. A reputação de “perigoso” realmente veio a calhar.
Já não estava achando tão ruim ficar preso ali, geralmente era silencioso e eu
conseguia ficar longe das lamentações do meu pai.
O Sr. Gray sempre começava a ler um livro e
acabava cochilando. Era como ficar sozinho, pois Bella e eu nos ignorávamos. No
entanto, depois do incidente no banheiro, ficou um pouco mais difícil fingir
que ela não estava presente. Mesmo com a garota sentada do outro lado da sala,
ainda podia ouvi-la cantarolar baixinho uma canção que não reconheci. Bella
girava uma caneta em cima do caderno, aparentemente perdida em seus próprios
pensamentos.
Isabella PDV
“Você consegue imaginar um momento em que a
verdade correu livre? O nascimento de todos nós e a morte de um sonho. Mais
perto do limite...” – a música do
30 Seconds To Mars não saía da minha cabeça e era impossível não cantá-la
baixinho.
Girava a caneta em cima do caderno fingindo
que o tempo estava voando, mas a verdade é que em meu íntimo almejava que o
tempo simplesmente parasse. Seria difícil não ver Edward todos os dias.
Será que morando em outro país vou
conseguir superá-lo? Talvez...
Edward PDV
Com mais nada para fazer, fiquei observando
Bella. Antes não me interessei em saber quem ela realmente era, pois já tinha
formulado uma idéia sobre seu caráter. Eu a considerava descerebrada,
ninfomaníaca e narcisista. O estranho é que, depois de vê-la implorar ajuda por
causa de um amigo, essa imagem foi gravemente abalada. Era impossível não notar
que Bella já não andava por aí se exibindo, assim como também não se envolveu
com mais nenhum aluno... Aparentemente.
Por que fica tão quieta? Onde está todo
aquele fogo que me fez perder a cabeça?
* TERÇA-FEIRA *
Como já era de costume, o Sr.Gray dormiu e
Bella ficou do outro lado da sala rabiscando o caderno. Por estar mais
entediado do que nos outros dias, apoiei os pés na carteira da frente e fechei
os olhos. Minutos depois, minha cabeça foi atingida por algo leve. Ao abrir os
olhos, vi uma bola de papel em cima da carteira. Intrigado, abri o papel e li
em silêncio:
“Estimado não-colega...
Não precisa dizer que arruinei a sua vida e
blá, blá, blá... A questão não é essa. A questão é que estamos na detenção há
mais de um mês. Está cada dia mais difícil suportar essa chatice, então venho,
através desta, lhe propor um tratado temporário de paz. Não precisamos ser
amigos, mas podíamos ser aliados na luta contra o tédio. Hoje, enquanto
estivermos dentro dessa sala, podíamos pelo menos conversar um pouco. Não se preocupe,
quando sairmos daqui você pode continuar agindo como se fosse me dar um tiro.
Topa?”
Ergui a cabeça e encarei Bella absolutamente
surpreso.
Isabella PDV
Edward ficou pensativo por alguns minutos e,
pela cara de poucos amigos, pretendia me mandar pastar. Quando começou a
escrever no mesmo papel que lhe joguei, meu estômago revirou, já prevendo o
festival de xingamentos que vinha pela frente. Ele lançou a bola de papel de
volta e imediatamente a abri.
“Nada estimada não-colega...
Só há um jeito de isso funcionar. Dentro
dessas quatro paredes, devemos nos tratar de uma forma diferente, do contrário,
acabaremos em ataques mútuos. Finja que tem um amigo que não vê há uns 10 anos
e escreva uma carta para Anthony, que, no caso, sou eu. Então responderei a carta,
mas não para Bella, e sim para Anabella. Concorda?”
Ergui a mão e fiz sinal de positivo. Não dava
para fingir que éramos dois estranhos que acabaram de se conhecer. Assim como
também não era possível ficar frente a frente papeando como se não tivéssemos
enlouquecido um ao outro. Por essas questões e mais, achei a ideia de Edward
extremamente interessante. Animada com a possibilidade de falar com ele sem
troca de farpas, comecei a escrever o que vinha na minha cabeça.
Edward PDV
Assim que Bella terminou de escrever, dobrou
sua carta em forma de avião e lançou para mim. Levantei e a peguei no ar.
Tentando disfarçar a curiosidade, abri a carta pigarreando.
“Caro Anthony, como vai você?
Nossa, como o tempo voa... Já faz muitos
anos que não nos falamos. Tantas coisas mudaram que eu nem seria capaz de fazer
uma lista. Crescer não foi exatamente como eu esperava. Meu corpo passou por
tantas mudanças que eu mesma mal consigo acreditar. Uma das coisas boas é que
agora não sou mais uma tábua, rsrsrs. É, eu finalmente tenho seios!”
Sem querer ri alto.
“Esquece essa besteira que eu escrevi!
Imagino que também tenha mudado bastante. Ter 18 anos não é uma loucura? Alguns
dias desejamos abraçar o mundo, outros só queremos correr para longe das
responsabilidades. Falando em responsabilidades... Como vão os estudos?
Aguardo resposta.
Atenciosamente...
Marie.”
Estranhei Bella ter assinado como Marie, mas
não questionei seus motivos e imediatamente comecei a escrever uma resposta.
Isabella PDV
Edward demorou apenas alguns minutos para ler
e responder minha carta. Ele também a enviou em forma de aviãozinho, então a
desdobrei e li com receio.
“Marie...
Eu estou razoavelmente bem, obrigado.
Crescer também não foi como eu esperava. Com 15 anos eu já me sentia um adulto.
Acredito que não tive uma adolescência muito normal. Eu sempre quis seguir os
passos do meu pai e acabei ficando obcecado com a idéia de ser presidente do
grêmio estudantil do meu colégio. Acho que eu só era um idiota querendo
impressioná-lo. Sei lá... Talvez eu tenha perdido muita coisa dessa fase
porque, enquanto os outros garotos se divertiam com festas e paqueras, eu
ficava em casa estudando e pensando em formas de incrementar meu currículo
escolar. Droga! Eu nem sei por que estou escrevendo isso! Por favor, desconsidere.”
Fiquei olhando para o papel sem saber o que
pensar. Será que Edward estava tão louco para se abrir que estava fazendo
aquilo justo comigo? Será que eu era a única pessoa disposta a ouvi-lo?
Acho bacana ter 18 anos. Dá para fazer
muita coisa legalmente... Você sabe. O colégio é UMA DROGA! UMA DROGA! UMA
DROGA! Minhas notas caíram muito, só que não estou ligando muito pra isso nesse
momento. E você? Aposto que está prestes a ser reprovada. Nunca te achei com
cara de estudiosa.
Atenciosamente...
Anthony.
P.S. Parabéns pelos seus seios.”
Fiquei com tanta vergonha de seu “P.S” que
joguei o cabelo para o lado e escondi o rosto morrendo de rir.
Edward PDV
Bella me enviou outra carta e eu a abri sem
saber o que esperar.
“Anthony, tudo bom?
Lamento decepcioná-lo, mas já tenho
créditos suficientes para chegar à faculdade. Sou boa em todas as matérias,
exceto economia doméstica. Não sei cozinhar, nem nada desse tipo. Assustador,
né?
Foi interessante ler sobre sua
adolescência. Na verdade, é quase um alívio saber que não sou a única que
detestou essa fase. Se eu pudesse, a riscaria da minha vida. Eu também ficava
em casa estudando, embora algumas vezes tenha desejado sair e “curtir” como as
outras garotas. Eu não era, digamos, muito sociável, então nunca tinha um par
para sair nos finais de semana. O ponto alto dos meus sábados era ler, pela
milésima vez, “Hamlet” ou “O Conde de Monte Cristo”. Deprimente, eu sei...”
Como assim? Não! Essa não podia ser a Bella!
Será que estava me zoando?
“Lamento pela questão com seu pai. Às
vezes, realmente ficamos perdidos em propósitos que depois se tornam obsoletos.
E agora? O que você quer ser?
Atenciosamente...
Marie.”
Isabella PDV
Edward demorou um pouco mais para responder.
Fiquei ainda mais nervosa, pois amassou a carta que ia me enviar e escreveu
outra. Ao abrir o “aviãozinho” que jogou, pude finalmente ler:
“Cara Marie...
Está brincando? Não consigo te imaginar
estudando, muito menos esperando um convide para sair. Definitivamente, é
difícil de acreditar! Inicialmente escrevi questionamentos sobre tudo isso... E
alguns xingamentos também, mas depois percebi que “se passaram 10 anos” e isso
é tempo demais para acreditar que ainda te conheço. Vou te confessar uma coisa:
tem uma porção de gente que achei que conhecia bem e acabaram me decepcionando.
Na real, eu não conheço ninguém, muito menos você. Se me diz que tudo isso é
verdade, só me resta acreditar. Se for mentira, bem, acho que nem me importo.
Continuando... Como assim não sabe
cozinhar? Não é tão complicado. Pode parecer estranho, mas até que sei me virar
bem na cozinha. Não estou me gabando... Talvez, só um pouco.”
Sorri só de imaginá-lo cozinhando.
“Sabe, você me fez uma pergunta
extremamente difícil. Eu tinha uma vida bem planejada e estruturada, só que
agora não faço a menor idéia do que farei. Não quero me envolver com política,
nem com administração... Enfim, talvez acabe nem indo para a faculdade pelo
simples fato de não saber o que cursar. Qualquer pessoa me diria: faça algo de
que gosta. O problema é que, no momento, não gosto de nada e não me interesso
por nada. Eu devia estar desesperado por me sentir assim?
Aguardo resposta.
Atenciosamente...
Anthony.”
No momento em que ia começar a escrever uma
resposta, o alarme do relógio do Sr.Gary tocou nos avisando que era hora de ir
embora. Juntei minhas coisas, me despedi do professor e passei pela porta junto
com Edward. Não trocamos sequer um olhar.
* QUARTA-FEIRA *
Edward PDV
Bella e eu partilhamos as mesmas aulas e nos
tratamos com a frieza de sempre. No horário do almoço, ela não veio sentar-se
comigo. Achei o fato curioso, já que ela parecia adorar de me importunar.
Gostei de ela ter entendido que não a queria por perto, mas também não
precisava deixar de comer só para me evitar.
Quando a última aula acabou, segui para a
detenção. Normalmente, eu enrolava um pouco e sempre chegava atrasado, mas
dessa vez fui pontual só para descobrir se Bella tinha começado a debochar de
mim pelas coisas idiotas e precipitadas que escrevi. Eu estava amargamente
arrependido de ter caído em mais um de seus “joguinhos”.
– Boa tarde Sr.Gray. – sentei-me na carteira de sempre.
– Boa tarde Edward.
Passaram-se 7 minutos e nem sinal da garota.
Comecei a pensar um monte de bobagens relacionadas com o que escrevi. Não sabia
se ainda existia algo em que ela pudesse me prejudicar, mas a dúvida me
inquietou. Por fim, acabei temendo por sua segurança, questionando-me se os
Falcons tinham lhe feito algum mal.
– Boa tarde Sr.Gray. – Bella arrastou-se até sua carteira e senti-me levemente aliviado.
– Qual o motivo do atraso, senhorita?
– A verdade, senhor? – franziu o cenho.
– É o que eu espero.
– Cochilei sem querer. – sorriu aparentemente constrangida. – Desculpa.
– Que isso não se repita.
Quarenta minutos depois, o Sr.Gray dormiu.
Terminei o exercício que passou e fiquei me fingindo de distraído, mas
infelizmente estava era com a minha atenção voltada para a forma como Bella
escrevia. Estaria respondendo a minha carta?
Claro que não, seu burro! O tratado não tem
validade hoje.
Cerca de três minutos depois, Bella fechou o
caderno e relaxou na cadeira. Foi meio frustrante confirmar que estava
respondendo o exercício e não escrevendo para mim.
Tentei pensar em outras coisas. Muitas,
muitas outras coisas, só que depois de uns 10 minutos acabei escrevendo um
bilhete para a garota.
Isabella PDV
Fiquei espantada pelo fato de Edward jogar
uma bola de papel em mim. Eu sabia que era um bilhete, mas não esperava que
quisesse falar comigo. Peguei o bilhete que foi parar na carteira à minha
frente e o li.
“Marie...
Reparei que parou de me escrever e gostaria
de saber se perdeu o interesse em manter contato.
Atenciosamente...
Anthony.”
Fiz um esforço gigantesco para não sorrir.
Edward queria continuar com a “brincadeira”? Por essa eu não esperava.
Empurrei o sono para longe e, imediatamente,
comecei a lhe escrever uma carta.
Edward PDV
Outra vez dobrada em forma de avião, Bella me
enviou uma carta.
‘Caro Anthony...
Não pense que me esqueci da pergunta que me
fez na última carta; na verdade, passei a noite em claro pensando em tudo que
escreveu.”
Imediatamente me questionei se era verdade. O
fato de ela ter cochilado no colégio confirmava sua alegação?
“Não acho que deva se desesperar por não
saber que rumo quer tomar na vida. Parece que todo mundo passa por isso em
algum momento. Alguns se precipitam, e outros esperam que surja uma “luz” que
os indique a direção certa. Eu realmente acredito que essa “luz” exista, e
estou esperando por ela já faz um tempo. Ultimamente tenho acreditado que vou
encontrá-la em outro país. Espero que você consiga achar a sua.
Você me falou que não se interessa por nada
e eu não acreditaria se não estivesse passando pela mesma situação. Por favor,
entenda que não é hipocrisia. Eu sei exatamente como se sente!
E pessoas? Tem alguém que pode te dar “O
conselho certo”?
Atenciosamente...
Marie.”
Suspirei, admirado com as palavras maduras e
coerentes de Bella. Impulsionado pela forma sensível com que me respondeu,
peguei a caneta e comecei escrever.
Isabella PDV
Edward parecia bastante concentrado enquanto
escrevia. Às vezes olhava para o céu através da janela, possivelmente
refletindo sobre o que escrevi. Quando me enviou a resposta, meu coração bateu
um pouco mais forte de ansiedade.
“Marie...
O que escreveu fez-me enxergar a situação
sob uma perspectiva diferente. Obrigado. É possível que exista mesmo essa
“luz”. Quando eu achá-la, quem sabe as coisas melhorem.
Como dei a entender antes, não tenho
ninguém confiável no momento. Já tive um melhor amigo e um namorada, mas
isso... Deixa pra lá! Quanto ao conselho, dispenso! Segui conselhos a minha
vida inteira e agora tudo que quero é seguir a minha própria vontade, apesar de
não saber ainda qual é. Foi estranho ler que sabe como me sinto. Tão estranho
que nem sei o que dizer sobre isso.
E você? Em quem tem confiado? Quem são as
pessoas importantes da sua vida?
Atenciosamente...
Anthony.”
Era uma pergunta difícil e eu precisei pensar
antes de responder.
Edward PDV
Bella demorou para responder e, quando a
carta chegou às minhas mãos, a abri devagar só para não deixar transparecer
minha extrema curiosidade.
“Anthony...
Fora a minha família, só existem duas
pessoas importantes pra mim. Uma delas é meu melhor amigo e a outra... É um
rapaz com quem me envolvi quando era bem mais jovem. Eu não sou alguém fácil de
lidar. No meu colégio, metade dos alunos me detesta e a outra metade só quer
transar comigo. Tenho fases e facetas e isso torna tudo mais difícil. Nesse
momento não me importo em ser uma “louca”, mas não quero ser odiada para
sempre, entende? Eu só queria ser normal.”
Fases e facetas? Isso definitivamente
explicava algumas coisas. Sua nova fase incluía ser gentil comigo? Como é que
Marie, quero dizer, Bella não queria ser odiada se ela só aprontava?
Isabella PDV
Edward escreveu uma resposta mais rápido do
que eu esperava. Interessadíssima, comecei a ler:
“Marie...
Explica pra mim o que é uma pessoa normal,
porque, sinceramente, acho que não existe ninguém “normal”. Hoje em dia, os
valores morais estão invertidos, então o que antes era considerado bem aceito
hoje já é considerado ultrapassado ou inaceitável. Tentar se adaptar a essa
sociedade é que é a verdadeira loucura. Não quero ficar passando sermão nem
nada, mas tem que descobrir um modo de viver bem consigo mesma. Encontrar um
equilíbrio interior fará com que se encaixe na vida. Sua ânsia em se sentir
aceita deve estar te fazendo tomar decisões erradas. Pense nisso!”
Petrifiquei olhando para o vazio. Algumas
pessoas já tinham me aconselhado, mas Edward simplificou de tal forma que
alcançou a minha alma. Por um segundo me senti exposta e confortada pela única
pessoa que achei que jamais me entenderia.
Saindo lentamente do estado de letargia,
voltei meus olhos para a carta.
“Mudando de assunto... E esse rapaz? Não
que seja da minha conta, mas o que aconteceu? Se o cara é tão importante, por
que não está com ele?
Atenciosamente...
Anthony.”
Passei a mão pelo cabelo sem saber como
responder àquilo.
Edward PDV
Notei que Bella ficou levemente ruborizada
enquanto escrevia. Ansioso para saber o conteúdo da carta, desdobrei-a sem rodeios.
“Caro Anthony...
Obrigada pelas tocantes palavras. Pensarei
sobre o que você disse. Quanto ao que indagou, bem... Minha história com esse
rapaz é bastante complicada. Sempre nutri um sentimento muito forte por ele,
algo inominável. Foi o primeiro a me tocar internamente e externamente, por
isso meus laços com ele vão além do entendimento de muita gente. Infelizmente,
ou felizmente, o cara nunca gostou de mim. Não faço o tipo dele.”
Imediatamente olhei para Bella. Como assim não fazia o tipo dele? Ela era tão bonita, principalmente quando estava sem a maquiagem
escura e as roupas chamativas. Talvez ele não gostasse mesmo da personalidade
peculiar dela. Naquele momento pareceu que eu jamais tinha transado com Bella.
Foi uma sensação bem estranha, considerando o nosso passado.
“Queria me interessar por outros rapazes,
só que simplesmente não consigo. Não pense que fico me lamentando o tempo todo.
Eu aceito que eu e ele não fomos feitos um para o outro.
Entendo que não quer falar sobre sua
ex-namorada, mas como anda sua vida sentimental?
Atenciosamente...
Marie.”
Isabella PDV
Me arrependi de ter escrito sobre meus
sentimentos, então, quando a resposta de Edward chegou, não me preocupei em
demonstrar indiferença.
“Marie...
No momento não tenho vida sentimental; na verdade,
eu nem tenho certeza se acredito nesse de lance de “amor”. Não me entenda mal,
eu até queria acreditar, mas acho que atração é geralmente confundida com
“amor” ou paixão. Nunca encontrei alguém que vivesse um “amor” desinteressado,
entende? Assim como também nunca vi amarem um completo perdedor.”
Inicialmente não soube o que pensar, mas
acabei compreendendo o ponto de vista dele.
“Os românticos acham que morrer por alguém
é a maior prova de amor que possa existir, mas eu discordo totalmente. A maior
prova de amor é justamente viver. Refiro-me a viver com a mesma pessoa por toda
uma vida e ainda conseguir agir como um casal de adolescentes
recém-apaixonados. Você conhece um casal assim? Porque eu não! Entende onde
estou querendo chegar? Ainda não encontrei motivos para acreditar nesse
sentimento.
Voltando a falar do cara que gosta... Não
faz o tipo dele? Tem certeza que ele já sabe que seus seios cresceram?”
Coloquei uma mão no rosto, envergonhada.
“Atenciosamente...
Anthony.”
Assim que terminei de ler, o alarme tocou nos
liberando da detenção. Peguei minhas coisas normalmente e fui embora.
(...)
Sabendo que Jasper tinha chegado de viagem,
me refugiei em sua casa e lhe pus a par dos últimos acontecimentos.
– Nossa... – devolveu-me as cartas de Anthony quando terminou de ler. – O que pretende fazer?
– Nada. Como ele mesmo disse, somos como água e óleo.
– Não foi isso que pareceu aí nas cartas. Isabella, pode ser que...
– Não. – o interrompi, determinada. – Vou dar a Edward o que ele quer, depois vou passar um tempo na
Austrália.
– Vou sentir sua falta. – suspirou tocando minha mão. – Falando nisso... – abriu a gaveta do criado mudo e tirou de lá um papel. – Fiquei um tempo em um cyber
café e consegui imprimir a ficha que me pediu.
– Obrigada. – estendi a mão para pegar e ele não me entregou.
– Você sabe que tem uma foto sua... – procurou as palavras certas. – Antes da “mudança”? – ficou preocupado.
– Eu sei. – respondi melancólica.
Renovavam as fotos das fichas todos os anos e
ainda não tinha tido a oportunidade de eliminar a única foto que mostrava o meu
rosto deformado. Tirá-la foi uma tortura, mas na época não tive alternativa.
– Não prefere olhar antes?
– Não. – baixei a cabeça, peguei o papel e o dobrei ao meio.
Eu sabia que se olhasse para a ficha perderia
a coragem de entregá-la a Edward. Não queria mais hesitar, era chegado o
momento de deixá-lo e nada mais.
Continua...
Tão bonitinha essa troca de bilhetinhos. E
como eles conseguem se expressar e se abrirem nessas cartinhas. Acho que o
Edward também está começando a se interessar de forma romântica por Isabella. Será
que ela vai mesmo entregar a própria ficha para ele? Só espero que isso não
estrague tudo o que eles construíram. Beijos e até amanhã.
Oi moms! Adorei as cartinhas otima ideias q eles tiveram so quero ver o q vai acontecer agora. Louca pra ler o proximo. Beijusculo.
ReplyDeleteMuito lindo esse cap, os 2 trocando bilhetes com suas confidencias..
ReplyDeleteE agora? Se Bella entregar a sua ficha?? Só quero ver a reação do Edward.
Eu tbm espero q ele não fique mto chateado,ele ta gostando dela!bjssss!
ReplyDeleteeu acho serto ela mostra logo quem ela é de verdade só assim eu tenho a serteza que edward vai se liberar pra amar a bellinha e ela a ele tbm!
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