Olá pessoal! Apresento agora o primeiro capítulo da fic nova e nele
vamos conhecer um pouco da história de Edward e Bella...
Título: Sedução
Autora(o): Marla Costa
Autora(o): Marla Costa
Contato: @Marla_Chenobil; http://www.facebook.com/marla.costa.16
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Sedução
By Marla Costa
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 1
POV EDWARD
Meu nome é Edward Anthony Masen Cullen. Tenho 28
anos. Nasci em Londres, mas moro em Seattle desde os 3 anos de idade. Foi
quando meu pai veio para os Estados Unidos estabelecer uma filial de sua
empresa de tecnologia da informação. Com o avanço desse ramo, ele resolveu se
fixar por aqui, transformando a filial em matriz.
Além da empresa, herdei dele o dourado nos olhos
cor de mel; e de minha mãe os cabelos loiros, que com o passar dos anos
escureceram ganhando uma tonalidade para o bronze. Me formei em Economia na
Universidade de Harvard. Resido numa belíssima cobertura, num dos melhores
bairros da cidade, onde também possuo o escritório central da minha empresa.
Gosto de me vestir bem: Armani, Dior, Gucci, e
etc... Sou bastante vaidoso quando se trata da minha aparência. Mas nem tudo na
minha vida foi prazeroso... 6 anos atrás, meu pai faleceu inesperadamente,
deixando um desastre financeiro causado por uma péssima administração de sua
empresa pela pessoa em quem ele mais confiava. Na época eu morava na
Universidade, e estava prestes a começar minha pós-graduação, mas a riqueza que
sustentou um estilo de vida além dos sonhos da maioria das pessoas tinha se
dissipado da noite para o dia. Então fui chamado em casa e encontrei minha mãe
deprimida e nossa residência pronta a ser leiloada para pagar os credores.
Minha mãe se chama Esme, e tudo o que queria era
vê-la de volta à casa que era sua por direito e toda a sua vida de volta. Mas
para isso precisei abandonar meus planos de pós-graduação e comecei o processo
de recuperar obstinadamente o que tinha perdido. Mas não teria conseguido se
não fosse pela ajuda do Pastor Charlie e sua esposa Renée, que a acolheram em
sua casa. Foi um apoio inestimável. Graças a eles, tive a liberdade para
conseguir o sucesso rápido, e, menos de 4 anos depois já tinha recuperado quase
tudo. Porém, paguei um preço alto por todo o meu empenho. Antes de deixar
Harvard, tive a infelicidade de me apaixonar por uma mulher. Achava que Rosalie
havia nascido para mim. Ela reclamava bastante sobre reuniões que se estendiam,
viagens de negócios, até que por fim, quando o trabalho excessivo começou a
interferir na sua necessidade diária de ser bajulada, Rosalie começou a
procurar alguém que lhe desse atenção total. Aquela tinha sido uma lição útil e
decidi abolir de vez qualquer tipo de compromisso afetivo em minha vida. Então,
enganar uma mulher, definitivamente não me interessa. Desde o começo elas sabem
que não me comprometerei. Sou totalmente honesto quanto a isso.
Mas agora, meu maior desafio é desenvolver o
mínimo de paciência com Isabella Swan.
8 meses atrás, minha mãe disse que ela precisava
de um emprego e diante da imensa ajuda que a família Swan nos prestou, não tive
escolha se não oferecer-lhe um.
POV BELLA
Sou Isabella Marie Swan, mas prefiro que me
chamem de Bella. Minha idade: 23 anos. Fui criada num ambiente totalmente
religioso, meu pai é... bom, era Pastor em Forks, cidade onde nasci e cresci.
Sou tímida e não gosto de ser o centro das atenções, por isso evito usar roupas
extravagantes, decotadas, curtas ou transparentes. Nunca tive um namorado,
apenas algumas paqueras, nada significante... Mas na adolescência desenvolvi um
amor platônico por um rapaz, e que dura até hoje. Seu nome? Edward Cullen. Como
o conheci? Esme, a mãe dele, era uma frequentadora assídua da Igreja onde meu
pai pregava e ela sempre ajudou muito nas festas beneficentes.
Eram raras as vezes que Edward ia numa, mas me
lembro, como se fosse ontem, a primeira vez que ele foi acompanhando sua mãe.
Eu tinha 13 anos e ele, 18... já quase um homem, e com o tipo de aparência que
fazia as mulheres pararem para admirá-lo cada vez que ele passava. Como poderia
não ter me apaixonado? Minha mãe e Esme tornaram-se amigas, e estavam sempre
organizando alguns eventos para a Igreja.
Quando a família Cullen perdeu o seu patriarca,
todo o império deles veio abaixo. E em seu momento mais difícil, Esme foi
acolhida por minha família. Meus pais cuidaram dela por quase 1 ano, até a
situação começar a melhorar; enquanto Esme esteve em minha casa, Edward
aparecia eventualmente para visitá-la e eu sempre procurava me esconder. Não
queria confrontá-lo, tinha medo que percebesse minha paixão por ele... Mas que
tolice minha... ele jamais iria reparar numa garota desengonçada, sem graça e
sem o belo corpo das mulheres com quem ele andava.
Durante alguns anos trabalhei no Centro de
Jardinagem de Forks e gostava muito do que fazia, mas devido a cortes de
funcionários, fui demitida. Tempos depois, meu pai veio a falecer e a situação
em minha casa começou a se complicar. Esme, sabendo de tudo, pediu ao filho que
me empregasse na empresa e foi assim que vim parar em Seattle. Com o salário
que recebo, consigo me sustentar e pagar o aluguel do conjugado onde moro, no
subúrbio; e ainda enviar algum dinheiro para minha mãe. Não é muito, mas o
suficiente para completar a renda dela.
Quando recebi a notícia de que iria trabalhar
para Edward fiquei extasiada, pois fazia uns 4 anos que não o via. Pensei:
“Como ele estaria? Decerto não estava casado. Disso eu saberia.”
Mas fiquei decepcionada quando constatei que
Edward não era o tipo de homem que se envolvia com uma mulher para tal fim.
Seus relacionamentos não duram mais que duas ou três noites. Casamento não está
nos planos dele. Sua vida se resume em trabalho, trabalho e mais trabalho.
Quando comecei a trabalhar na empresa, me questionava sobre a vida social que
ele levava. Não tinha. Eram sempre almoços e jantares de negócios, reuniões
intermináveis e quando não, ficava no escritório até mais tarde. Mas certa vez,
Edward tinha saído para uma reunião e não retornaria naquele dia. Ligou no meio
da tarde pedindo que fosse levado para seu apartamento, onde ele se encontrava
no momento, um determinado relatório. Como Tânia, sua assistente pessoal, estava
muito ocupada, fui incumbida para tal serviço. Ela acionou o motorista da
empresa e deu as instruções para que me levasse até o apartamento de Edward. O
trajeto era curto e chegamos rapidamente. Nunca tinha posto os pés lá e me
deparei com um prédio luxuoso. O porteiro já estava ciente e logo que me
identifiquei sendo da empresa do Dr. Cullen, permitiu minha entrada. Entrei no
elevador e subi até a cobertura. Edward já estava na porta. Obviamente o
porteiro o avisou de minha chegada. Estranhei a maneira como ele estava
vestido, usava um roupão preto amarrado à cintura que deixava parte de seu
torso másculo à mostra. Senti minhas pernas bambearem, minhas mãos gelarem,
comecei a suar frio, o ar faltou... meu Deus, eu não podia desmaiar ali...
Precisei desviar meu olhar. Ele me perguntou, secamente, onde estava Tânia e
quando comecei a explicar fui interrompida por uma voz feminina, melosa, que
vinha de algum lugar lá de dentro: “Edward, vem logo... a cama está começando a
ficar fria sem você.”
Edward pegou o envelope de minha mão e ao mesmo
tempo em que fechava a porta, disse que eu podia voltar para o escritório.
Fiquei consternada, vendo a porta se fechar. Concluí que Edward não tinha uma
vida social, mas sim sexual. Desde aquele dia, resolvi conhecer e sair com
outros homens. Relacionamentos fictícios eram bons para adolescentes de 15
anos; aos 23, eram loucura. Eu precisava de um relacionamento real com um homem
real, que fizesse planos reais para um futuro real. Então, não sendo muito do
meu feitio, passei a sair de vez em quando com algumas colegas do trabalho, até
que, finalmente depois de meses, alguém apareceu. Seu nome é Mike Newton. E
hoje eu terei um encontro com ele.
(...)
Bella estava na pequena sala, destinada
exclusivamente para ela, situada no 3º andar do luxuoso edifício de vidro. O
prédio pertencia à companhia de Edward Cullen, um dos maiores empresários no
ramo de softwares do mundo, e se localizava num dos melhores pontos do centro
empresarial de Seattle
De repente o telefone começou a tocar, Bella
conferiu as horas e decidiu ignorá-lo. Absorta com outros pensamentos, não
percebeu o momento em que seu chefe surgira na porta que estava aberta. E
assustou-se quando ele falou:
- Eu liguei. Cinco minutos atrás. Você não
atendeu. - Edward Cullen ergueu o punho da camisa para consultar seu relógio. -
Não gosto de ficar controlando o horário dos meus empregados. As pessoas que
trabalham para mim são bem remuneradas por uma razão.
Os olhos dourados dele, frios, percorreram a
pequena funcionária aconchegada num casaco grosso de cor neutra, que mais
parecia ter saído de um brechó qualquer. O que era bem possível, conhecendo-a
como a conhecia. Bella corou. É claro que ela ouvira o telefone tocando. É
claro que sabia que deveria atender... mas estava com pressa, e trabalhava
horas extras quando necessário. Além disso, eram 17h45, e seu horário de
trabalho já tinha acabado.
- O fato de você estar aqui como um favor para
minha mãe não significa que pode escapar às 17 horas em ponto sempre que lhe
convém. - disse Edward, com aquele tom de voz que o tornava tão temível.
- Já passam das 17h30, e eu não estava escapando.
- Bella tentou explicar, olhando para o chão com concentração, porque isso era
muito menos doloroso do que ter de olhá-lo.
Olhar para Edward Cullen sempre resultava num
coração disparado, e numa sensação de formigamento por todo o corpo. E Bella
continuou:
- Mas se é tão importante, eu fico mais um pouco.
Edward suspirou e se encostou na porta da pequena
sala. Desde o começo sabia que o favor para sua mãe daria nisso, mas que
escolha tivera?
O escritório de Edward ficava num edifício
luxuoso. Seus funcionários eram altamente qualificados, porém, Bella se
destacava de maneira negativa. A filha do Pastor de uma igreja qualquer, de uma
cidade pequena, cujas habilidades eram basicamente plantar, cuidar de jardins e
cozinhar não pertencia ao seu mundo de negócios, finanças e etc.
- Tânia já foi embora? - perguntou Bella.
- Sim, ela já foi. E eu preciso que você pegue as
informações sobre a negociação que está em andamento, então se certifique de
que todos os documentos estão em ordem. O prazo para este é curto, portanto
preciso que todos colaborem.
- Não seria melhor... se você conseguisse alguém
mais experiente para lidar com um assunto tão importante? - sugeriu Bella com hesitação.
- Eu não estou lhe pedindo que feche o negócio,
Bella. - ele disse entediado.
- Entendo isso, mas não sou tão rápida no
computador...
-...quanto a maioria das pessoas no
edifício? - completou Edward com
sarcasmo. - Você teve quase 8 meses para
se informar do trabalho aqui, e aparentemente fez um curso de 2 meses de
informática básica.
Bella se lembrou de quando fizera o tal curso.
Demitida do Centro de Jardinagem, ela ficou 3 meses em casa, e, por mais doce
que sua mãe fosse, Bella sabia que estava sendo um estorvo para ela e pensou no
que sua mãe lhe dissera:
"Você não pode passar o resto de seus dias
vagando pela casa e mexendo no jardim. Eu adoro tê-la aqui, mas você precisa de
um emprego, e após o falecimento de seu pai 2 anos atrás, minha renda não é
suficiente para cobrir nossas despesas. Se não acha que há empregos por aqui,
por que não pensa em trabalhar em outro lugar? Talvez em Seattle. Conversei com
Esme, e ela sugeriu que talvez Edward lhe empregue na companhia dele. Tudo o
que você precisa é fazer um curso de computação...”
Bella sabia que crianças conheciam mais sobre
computadores do que ela, afinal, nunca teve um em casa por conta de seu pai ser
um Pastor. Sentia-se totalmente ignorante no assunto. Computadores eram
inimigos para Bella.
- Sim, eu fiz. Mas não fui exatamente brilhante
no curso. - Bella revelou.
- Você nunca conseguirá nada na vida se estiver
convencida de que o fracasso sempre a espera. Eu estou lhe dando uma
oportunidade de ouro para deixar de ser arquivista e subir de cargo. - disse Edward.
- Não me importo de arquivar. - disse Bella rapidamente. - Quero dizer, sei que é um trabalho tedioso,
mas nunca esperei...
-... achar o trabalho aqui excitante? - completou Edward.
Edward lutou por paciência. Bella era muito
tímida e isso o irritava. Podia se lembrar dela adolescente, escondendo-se
pelos cantos, sempre envergonhada até mesmo para ter a conversa mais básica com
ele. Aparentemente, ela era ótima com as outras pessoas, pelo menos era o que
dizia sua mãe. Mas Edward tinha dúvidas. E agora, ela estava tentando
desaparecer dentro do casaco.
- Então? -
ele disse impaciente.
- Eu não acho que nasci para trabalhar num escritório. - Bella disse-lhe com honestidade. - Não que
eu não esteja grata pela oportunidade de trabalhar aqui. - o trabalho de Bella
consistia em digitar uma carta ocasional e arquivar alguns documentos. Mas no
geral, ficava à disposição de Edward para coisas como levar roupas para a
lavanderia, garantir que a geladeira dele estivesse bem estocada e etc. Ele não
tinha empregados em seu apartamento só para manter sua total privacidade. E
Bella era encarregada também em dispensar as mulheres descartadas de Edward com
presentes de despedidas, variando de flores até mesmo diamantes... Tudo isso
era tarefa de Tânia, que foi passado para Bella assim que chegou à empresa. No
espaço de 8 meses, dez modelos exóticas tinham recebido o cartão vermelho.
- Entendo que você não teve muita escolha em me
empregar aqui. - disse Bella.
- Nenhuma!
- concordou Edward.
- Eu sei... Esme e minha mãe podem ser muito
persuasivas quando colocam uma coisa na cabeça...
- Bella, por que não se senta por alguns minutos?
Eu deveria ter conversado com você antes, mas tempo é uma coisa muito rara para
mim.
- É, eu sei.
- disse Bella, voltando para sua mesa de trabalho e sentando-se.
Edward inclinou-se sobre a mesa e franziu o
cenho.
- Como assim, você sabe? - disse intrigado.
- Sua mãe sempre comentava lá em casa sobre o
quanto arduamente você trabalhava, e como raramente a visitava.
- Está me dizendo que vocês ficavam sentadas lá,
falando sobre mim?
- Não! É claro que não. - Bella respondeu sem graça.
- Você não tinha nenhum tipo de vida pessoal na
sua cidade? Nada melhor para fazer com o seu tempo?
- É claro que eu tinha uma vida! - ou pelo menos tinha até ser demitida do
Centro de Jardinagem. - Eu tenho muitos
amigos em Forks. Sabe, nem todos acham a melhor coisa do mundo vir para Seattle
na primeira oportunidade e fazer uma fortuna.
- Mas foi isso o que eu fiz, não foi? - Edward murmurou suavemente. - Caso tenha esquecido, minha mãe estava
morando de favor na sua casa. Acho que você concorda que alguém tinha que
assumir o controle da situação e restaurar as finanças da família.
- Sim. - Bella baixou a cabeça, mas a ergueu em
seguida e por alguns segundos, seus olhos cor de chocolate encontraram os dele.
Edward a fitava com impaciência.
- O que você vê aqui... - ele gesticulou para mostrar o
escritório. -... é vida real, e, graças
a isso, minha mãe pode apreciar o estilo de vida ao qual sempre foi acostumada.
Meu pai cometeu muitos erros, e aprendi com todos eles. A lição número 1 é que
nada é conquistado sem o empenho de tempo.
Edward começou a andar pela pequena sala, que era
isolada do resto dos escritórios.
- Se você não está gostando do seu trabalho,
então só pode culpar a si mesma. Vá ficando por aqui até que outro emprego em
jardinagem apareça.
- Eu não estou procurando outro emprego em
jardinagem. - Bella mentiu. Já havia
procurado, mas não havia nenhum disponível em Seattle.
- Então tente se integrar neste ambiente, Bella.
Eu não quero ofendê-la com o que irei falar...
- Então não fale!
- Bella o encarou com olhos suplicantes.
Bella sabia que Edward era o tipo de pessoa sem
tolerância para qualquer um. Lembrou do que Esme lhe falou a respeito do filho,
pouco antes de se mudar para Seattle: “Ele pode ser um pouco assustador.” Mas
até começar a trabalhar para ele, não imaginaria o quanto. Havia pouco contato
direto com Edward, porque a maior parte de seu trabalho vinha através de Tânia,
que estava sempre lhe sorrindo e apontava seus erros com gentileza.
Mesmo Bella pedindo para ele não falar, Edward
parou direto à sua frente e continuou:
- Você não pode ser um avestruz, Bella. Se
tivesse tirado sua cabeça do chão, teria visto que nos últimos 2 anos o Centro
de Jardinagem de Forks estava demitindo seus funcionários. Você poderia ter
procurado outro emprego, em vez de esperar a derrota. - Edward lhe disse rudemente. - Mas não importa. Você está aqui, e está
recebendo um bom salário mesmo sem se interessar por absolutamente nada, não é
verdade?
Um brilho raro de revolta surgiu nos olhos de
Bella, e ela comprimiu os lábios.
- Eu tentarei me dedicar mais. - ela murmurou.
- Sim, e pode começar com a escolha de suas
roupas. - disse Edward.
- Como assim?
- Estou lhe dizendo isso para seu próprio bem.
Sua escolha de roupas não combina com alguém trabalhando nestes escritórios.
Olhe ao seu redor... Vê mais alguém vestida em longas saias e blusas largas?
Bella se viu envolvida numa onda de raiva e
vergonha. Ficou se perguntando como podia achar alguém tão atraente e
detestá-lo tanto ao mesmo tempo. Como podia ter nutrido uma paixão por esse
homem durante todos esses anos?
Quando Esme foi morar em sua casa, Bella tivera a
chance de ver Edward quando ele visitava a mãe. E ele sempre a ignorava, como
se ela não existisse, mas mesmo assim nunca deixou de ser apaixonada por ele.
Bella era invisível para Edward, um corpo sem formas, seios pequenos. Mas ele
sempre foi educado, mesmo não notando a passagem dela de menina para mulher.
Mas agora, o comentário dele sobre suas roupas passava dos limites.
- Sinto-me confortável nestas roupas. - Bella disse com voz trêmula. - E sei que você está fazendo um enorme favor
em me empregar, mesmo eu não tendo talento para o trabalho de escritório, mas
não entendo por que não posso vestir o que quiser. Ninguém importante me vê, eu
não participo de reuniões.
Bella se levantou e continuou a falar:
- Se você não se importa, eu gostaria de ir
embora agora. Tenho um encontro importante, então, se me der licença...
- Um encontro? Você tem um encontro
romântico? - Edward falou espantado.
- Não há necessidade de ficar tão surpreso. - Bella disse andando em direção à porta.
- Renée sabe disso? - perguntou Edward, enquanto observava Bella.
- Minha mãe não precisa saber de cada passo que
eu dou! - Bella sentiu culpa ao dizer
isto.
Renée teria um ataque se soubesse que sua
filhinha ia jantar com um homem que conhecera num bar quando saíra com as
colegas. Não entenderia que as coisas eram assim na cidade grande, e com
certeza não entenderia o quanto aquele encontro era importante para Bella.
- Espere, espere... não precisa ter pressa,
Bella. - ele a pegou pelo braço e a virou, de modo que Bella o encarasse.
- Certo, eu chegarei bem cedinho amanhã, não se
preocupe... embora seja sábado... - Bella falou desanimada.
Para Bella, sentir os dedos de Edward
pressionando-lhe o braço, mesmo que através do casaco, começava a fazê-la
transpirar de nervoso, e agora mais do que nunca, ela queria aquele encontro
romântico. Não aguentava mais o jeito como seu corpo reagia a Edward. E Bella
continuou:
- Mas realmente preciso ir agora, ainda tenho que
passar no meu apartamento e não quero me atrasar para o Mike.
- Mike? Esse é o nome do homem? - Edward a soltou.
De repente ele ficou curioso em relação à vida
pessoal de Bella. Não achava que ela tivesse uma. Na verdade, não tinha pensado
em nada sobre ela, apesar das frequentes perguntas que sua mãe lhe fazia toda
vez que ligava, questionando se Bella estava bem. Edward lhe deu um emprego e
pagava-lhe um bom salário, o que mais ele tinha que fazer? Ele considerava seu
dever cumprido.
- Sim. Mike Newton. - Bella confirmou.
- E há quanto tempo vocês se conhecem?
- Não vejo como isso pode ser da sua conta. - murmurou
Bella com ousadia, seguindo em direção ao elevador.
- Não é da minha conta? Eu ouvi isso direito? -
Edward falou, seguindo-a.
- Sim, ouviu. O que faço fora do horário de
trabalho não lhe diz respeito.
- Eu gostaria de poder concordar, mas goste ou não,
tenho uma responsabilidade em relação a você.
- Por causa de um favor que meus pais fizeram
para Esme 8 anos atrás? Isso é loucura...
- Bella falou, enquanto apertava o botão chamando o elevador. - E minha mãe ficaria muito chateada se
soubesse que estou em Seattle sendo um fardo para você.
Bella mentiu. Sua mãe se preocupava com ela e
teria adorado saber que Edward se preocupava com o bem-estar de sua filhinha.
O elevador chegou e ela olhou para Edward,
assustada, quando ele a seguiu para dentro.
- O que você está fazendo?
- Estou descendo no elevador com você. - Edward lhe respondeu calmamente.
- Mas você não pode!
- Por que não?
- Você precisa trabalhar. Acabou de me falar
sobre o prazo curto para aquela negociação... - ela respondeu.
Bella ia apertar o botão para o térreo, mas
Edward foi mais rápido. Ela perguntou:
- Porque você apertou o botão que vai para o
subsolo?
- Porque meu carro está lá, e eu vou te dar uma
carona até sua casa.
- Está louco?
- Bella perguntou incrédula.
- Ouça, você quer a verdade?
Bella, já tendo ouvido muitas verdades
desagradáveis dele, não queria ouvir mais uma, mas sua boca se recusou a
funcionar.
- Falei com minha mãe no telefone, ontem. Segundo
ela, eu não tenho mostrado interesse suficiente nas suas atividades desde que
você chegou aqui. - Edward disse.
- Eu não acredito em você.
Era verdade. Esme adorava Bella e ficou indignada
quando o filho disse que não tinha a menor ideia do que Bella fazia fora do
trabalho. Esme passou então a cobrar de Edward que desse mais atenção à ela.
Como Edward amava muito sua mãe, ouviu seu questionamento em silêncio.
As portas do elevador se abriram e Edward foi
conduzindo Bella em direção ao seu carro.
- Bem, é melhor acreditar. Minha mãe disse que Renée
está preocupada. Diz que você parece infeliz.
- comentou Edward. - Agora entre
no carro e me diga onde você mora.
Bella sabia que Edward era persistente, então não
resistiu em lhe dar seu endereço. Enquanto ele mexia no seu GPS dando
instruções do endereço, Bella ficou pasma ao saber o que sua mãe achava dela,
não queria que ela se preocupasse.
- Mas eu não quero que você se interesse por
mim! - Bella praticamente gritou.
- Eu não estou interessado em você. - ele disse.
- Estou tentando lhe oferecer projetos mais interessantes. Algo que a
tire da sala dos fundos. E quem sabe você pareça mais feliz para sua mãe na
próxima vez que a visitar. Então, comece a pensar sobre a questão das suas
roupas.
- Certo, eu pensarei... - Bella apenas disse isso para acabar com a
conversa desagradável.
- E pode me xingar a vontade, mas vou levá-la
para sua casa, porque quero saber mais sobre esse seu encontro romântico, e ter
certeza de que você não está prestes a pôr sua vida em risco com algum
cafajeste. - Edward foi categórico. - Não quero minha mãe no meu encalço, me
culpando porque você se meteu em encrencas.
Bella teve vontade de abrir um buraco no banco de
couro do carro e fugir para outra cidade, pois nunca se sentiu tão humilhada na
vida.
- Posso cuidar de mim mesma. Eu não vou me meter
em encrencas. - Bella lhe respondeu.
- É claro que você não contou para sua mãe sobre
esse encontro. - afirmou Edward. - O que me leva a pensar que talvez tenha
vergonha dele. Estou certo?
- Eu não contei nada para minha mãe porque acabei
de conhecê-lo.
Edward notou que ela não confirmou nem negou que
tinha vergonha do homem. Seria ele casado?
- Ele é casado? Você pode me contar, embora não
espere que eu lhe dê minha benção, porque desaprovo qualquer tipo de
envolvimento com pessoas casadas.
Bella virou o rosto diante do desprezo na voz
dele. Quem Edward pensava que era? Um exemplo de moralidade? Em seguida ela
disse:
- Não acho que você tem o direito de desaprovar
qualquer coisa.
- Não entendi!
- falou Edward.
- Eu te explico... Recebi a tarefa de comprar
presentes de despedidas para todas as suas mulheres descartadas. - Bella o lembrou. - Flores, jóias, férias caras... o que há de
tão bom em ter tantos relacionamentos insignificantes? Então, como pode pregar sobre
homens casados quando você não vê problema em sair com diversas mulheres,
sabendo que não tem intenção de se envolver com elas?
Edward se sentiu ofendido por ela ousar dar opiniões
sobre sua vida privada.
- Desde quando prazer é insignificante? - Edward disse, contendo sua raiva. - Mas você ainda não me respondeu se esse tal
de Mike é casado.
- Claro que ele não é casado! Ele é uma ótima
pessoa. Na verdade, irá me levar para jantar num restaurante caro... o San
Giovanni. Mike disse que o lugar é famoso. Obviamente você já deve ter ouvido
falar. - respondeu Bella.
É claro que ele já ouvira falar no restaurante, o
qual era frequentado pelos ricos e famosos. Então, o que Bella teria que
atrairia alguém que pudesse levá-la lá? Bella era uma garota sem estilo,
certamente não era o tipo que chamasse a atenção dos homens. Mas na verdade,
havia alguma coisa sobre ela sim, a ingenuidade. Uma virtude que com certeza
seduziria qualquer homem. Edward não gostou de pensar nisso. A doce Bella
poderia ser vista como uma mulher perfeita para ser corrompida. A curiosidade o
dominou. Edward agiu no calor do momento, oferecendo-lhe uma carona, e deveria
voltar para o escritório a fim de terminar alguns relatórios e enviá-los por
e-mail. Mas, agora, o trabalho poderia esperar. Afinal, sua mãe não lhe deu a
missão para cuidar de Bella?
- Eu vou te levar até o restaurante. E antes que
você diga qualquer coisa... - Edward
sorriu com sarcasmo. -... não precisa me
agradecer.
(...)
Quando chegaram ao apartamento de Bella, ela lhe
serviu um café e foi se arrumar. Edward sentou-se e esperou por um longo tempo.
Nada surpreendente. Em suas experiências com as mulheres, sabia que elas
demoravam uma eternidade.
Enquanto isso, ele passou a observar o
apartamento em que Bella morava. Ele não gostou do que viu, nada contra
apartamentos de um quarto, mas sim pela espelunca que era. As paredes tinham
sinais de umidade, o aquecedor era antigo e funcionava mal, as janelas também
eram antigas e suas madeiras estavam tão podres que o vento gelado atravessava
por elas. Sentiu-se enojado pelo proprietário, que certamente devia cobrar o
aluguel caro a jovens inexperientes como Bella, e logo pensou se deveria saber
mais sobre o sujeito. Edward estava, agora, andando de um lado para o outro, quando
Bella saiu de seu quarto.
- Eu me arrumei o mais depressa possível. Você
não precisava ficar me esperando. Eu poderia pegar um táxi.
Edward virou-se ao som da voz dela, e por alguns
segundos ficou imóvel, os olhos fixos...
- Que tal estou?
- perguntou Bella, nervosa.
Continua...
Adorei esse capítulo! Já estou curiosa
pra ver como Bella se arrumou e o que Edward vai fazer com relação a esse
encontro com Mike. Muito legal esse interesse repentino dele, mesmo depreciando
sua personalidade e estilo, ele parece atraído para ela de alguma forma. Vamos
var amanhã o que vai rolar nesse encontro. Beijos e até lá.
Olá pessoal!
ReplyDeleteEspero que tenham gostado desse 1º capítulo.
Desde já agradeço a todas por acompanharem a história e pelos futuros comentários.
Bjos.
Marla!! nossa amei esse cap, desde o primeiro eles ja brigando e isso é otimo significa LOVE♥ estou anciosa pra ver como ela se arrumou pra ele ter ficado assim ela deve ter ficado perfeita neh! Beijusculo ate amanha e parabéns pela fic ja adorei♥
ReplyDeleteOi marla!
ReplyDeleteAmei o primeiro cap.ansiosa para saber o q vao rolar e se a bella vai sair com o mike? eu acho q nao mtos bjusculos!!!
Toma né neném?, meu lindo Ed, a Bellinha também sabe se arrumar...Adorei querida...
ReplyDeleteTa lindoooooo esse primeiro cap. Estou pulando aki em ksa . Quero muito ver como ela vai estar vestida ! eles ja começam brigando ( PERFECT ) ! Quero muito ver o segundo cap. !
ReplyDeleteNossa adorei esse primeiro cap...Não vejo a hora de chegar amanhã pra ver o 2°....Parabéns!!
ReplyDeleteo inicio do capitulo, um pouco chato... mas o restante maravilhoso...
ReplyDeleteFiquei com pena da Bella, Edward foi muito chato com ela, espero que ele mude, bjos da Sol
ReplyDelete@jeniffas2
ReplyDeleteowwwww como serah q abellinha esta??? hihihhihi