Boa
tarde pessoal! O capítulo de hoje está muito movimentado, muitas emoções estão
rolando...
Título: Sedução
Autora(o): Marla Costa
Autora(o): Marla Costa
Contato: @Marla_Chenobil; http://www.facebook.com/marla.costa.16
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Sedução
By Marla Costa
Atenção: Este conteúdo foi
classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 11
Depois de meia hora, e com a
temperatura começando a cair, Bella retornou para a casa, dando apenas uma
olhada para onde ficava o escritório de Edward. Ele estava diante do notebook,
e nada o tiraria de lá. Isso era bom porque ela queria ficar um tempo sozinha.
Bella subiu a escada e seguiu para a
sua suíte. Começou a encher a banheira, e notou que a porta do banheiro não
tinha trinco. E nem a porta do quarto.
“Casa antiga”, ela pensou.
Mas seu quarto era longe do de
Edward. Ele estava altamente concentrado no trabalho. E ela não demoraria.
Portanto, não havia a possibilidade dele surgir no seu banheiro de repente.
Do lado positivo, era muito bom estar
fora de Seattle; mas havia muitas desvantagens também, começando pelo fato de
que agora era totalmente dependente de um homem que semanas atrás lhe virara as
costas, e agora ela suspeitava que houvesse outras intenções na atenção que
Edward dava a ela.
Bella tinha a sensação de que alguma
coisa estava sendo articulada por ele. E como lidar com isso? Talvez estivesse
enganada sobre tudo, e Edward tivesse mudado, mas mesmo em seus sonhos mais
loucos era difícil acreditar em tal possibilidade.
Bella acabou cochilando na banheira.
Teve um sonho onde segurava um buquê de flores, enquanto observava Edward
sorrir para outra mulher diante de um altar, antes de colocar uma aliança no
dedo dela.
A clareza do sonho a despertou. Ou
era o som da porta sendo aberta?
Nos primeiros segundos de desorientação,
a figura de Edward perto da porta do banheiro parecia como no seu sonho. Exceto
pelo fato dele não estar sorrindo. A boca dele estava muito séria, e os olhos
brilhavam na luz fraca do banheiro.
Bella deu um grito de horror quando a
figura falou, e se sentou ereta, confusa, olhando-o como se fosse uma criança,
indefesa, assustada.
- Onde você estava, pelo amor de
Deus?! - ele disse furioso.
Bella abriu a boca e ouviu a si mesma
gaguejando, falando sobre o passeio no jardim e depois o banho. Ainda assustada
pela aparição dele, percebeu que a água da banheira estava fria, e a espuma
tinha desaparecido, mostrando sua nudez sob a água para ele.
Agora que já a havia localizado,
Edward, mais calmo, absorveu aquela cena. E que cena magnífica. Uma Bella agora
um pouco mais arredondada tentava desesperadamente se esconder, mas não havia
como suas duas mãos fazerem isso, e seus olhos apreciaram a curva suave da
barriga e os seios cheios. Ele sonhara em vê-la nua novamente, e seu corpo
reagia como se tivesse sido eletrizado. Edward quase perdeu o controle. Mas, ao
invés disso, aproximou-se.
- Você está tremendo! - ele colocou a
mão na água e fez uma careta. - Está fria!
- Eu devo ter cochilado. - disse
Bella.
De pé, diante dela, Edward estava
maravilhoso. Ela teria dado qualquer coisa para que ele não lhe causasse esse
efeito, mas não havia como negar o enrijecimento dos bicos de seus seios.
- Chama isso de cuidar de si mesma? -
ele ainda estava irritado.
Ainda confusa Bella se encontrou
sendo carregada para fora da água e colocada gentilmente no chão. E, em
seguida, ele a enrolou numa toalha.
- Passei os últimos trinta minutos no
jardim, procurando você! - disse ele, quase gritando.
Ele a ergueu do chão mais uma vez,
abriu a porta do banheiro com um chute e se dirigiu para a cama.
- Eu estava louco de preocupação!
- Você estava preocupado? - Bella não
pôde evitar a pergunta.
Aquelas palavras lhe causaram uma
alegria interior. O sentimento era tão bom que esqueceu o fato de que ela ainda
estava nua, envolta numa toalha e compartilhando o mesmo espaço que Edward.
- Você devia ter me informado no
minuto em que entrou em casa.
- Você estava trabalhando, não quis
incomodá-lo. Não achei que eu precisasse bater o ponto cada vez que saísse ou
entrasse, como eu fazia no escritório.
Edward deu um longo suspiro.
- Eu pensei que você pudesse ter se
perdido no jardim. Parece pequeno, mas não é. E grande parte dele é só matagal.
Com o sol desaparecendo, seria difícil encontrar seu caminho de volta.
Edward estava irritado, muito
diferente do pânico que ele sentira quando andara e andara pelo jardim,
chamando o nome dela, imaginando-a perdida.
Foi quando resolveu dar uma olhada
dentro de casa. Chamara o nome de Bella diversas vezes, sem receber resposta, e
abrir a porta do banheiro havia sido o último recurso. E foi quando finalmente
a encontrou... dormindo na banheira!
- Você está começando a se aquecer? -
ele perguntou, já se acalmando.
Bella assentiu, aconchegando-se mais
na toalha que estava enrolada no seu corpo.
- É melhor se vestir, ou vai pegar um
resfriado. - ele disse.
Bella ficou tentada a lhe dizer que
ele se preocupara à toa, mas como poderia, quando havia dormido numa banheira?
Então, não falou nada e apenas se limitou a olhar para ele e saborear a
preocupação estampada no rosto bonito de Edward.
- É exatamente por isso que você não
pode ficar sozinha. - enquanto ele falava, ia abrindo as gavetas, pegando uma
calcinha, uma camiseta e uma calça de moletom. - E se eu não estivesse em casa?
- Eu teria acordado alguma hora. -
ela respondeu.
- Bella, o médico disse para você se
cuidar. Quase congelar numa banheira porque pegou no sono não é se cuidar, pelo
que sei!
Bella o ouvia apenas parcialmente.
Estava mais atenta ao jeito como ele se movimentava, indo em direção à cama com
suas roupas nas mãos e uma expressão aturdida no rosto.
- O que... você está fazendo? -
perguntou ela quando Edward se sentou na cama, ao seu lado.
Edward não respondeu. "Ele
estava assumindo o controle, claro". Ela pensou. Era o que sempre fazia.
Edward enganchou um dedo sob a toalha
onde Bella havia prendido na lateral do seu corpo, na altura dos seios, e a
ouviu arfar. Bella pôs a mão sobre a dele, tentando detê-lo; para que ele não
tirasse a toalha.
O calor do dedo dele estava queimando
sua pele. Quando ela tremeu, rezou para que Edward pensasse que aquilo se devia
ao frio.
Mas ela podia ver a chama ardente nos
olhos dele, e seu coração disparou. Não era de se surpreender. Mesmo querendo
ficar longe de Edward, mesmo dizendo para si mesma que ele era ruim para sua
saúde... mesmo quando tentava se convencer de que o objetivo dele era
manipulá-la e controlá-la... ela ainda era incapaz de resistir àquele charme
único, e estava assustadoramente abalada por um amor que não tinha conseguido
eliminar. Sentiu-se envergonhada, porque na verdade ela gostava de ter o dedo
de Edward queimando sua pele.
Edward deu um puxão gentil para
livrar sua mão da dela, e a toalha acabou caindo sobre a cama... revelando o
que ela não queria, e, o que ele estava doido para ver...
Bella olhou atônita para a toalha
caída e arfou, tentando recuperá-la, mas foi impedida por Edward.
- Você está carregando meu bebê... -
ele disse com voz baixa e suave. -... eu quero ver que formato ele está dando
ao seu corpo.
Novamente ela tentou pegar a toalha,
mas ele fechou a mão sobre seu pulso, detendo-a.
- Por favor, Bella...
- Isso não é apropriado. - sussurrou
ela, ofegante.
- Não é? Eu já vi você nua antes... -
ele esboçou um sorriso.
- Mas nós não temos mais esse tipo de
relacionamento!
Edward a ignorou.
- Seus seios estão maiores. - ele
estava surpreso, a visão era de tirar o fôlego.
Edward estendeu os braços e segurou
os seios dela, curioso para sentir o peso deles em suas mãos, e era como se o
corpo de Bella fosse treinado para reagir ao seu toque. Ela arqueou-se contra
os travesseiros, fechando os olhos quando a onda de calor invadiu seu íntimo,
fazendo-a tremer.
- Seus mamilos também estão
maiores... e mais escuros. Isso é normal?
- Edward... - Bella sussurrou.
- Gosto quando você fala meu nome
desse jeito. - ele confessou com voz rouca.
Fazer amor por completo não era uma
opção, mas ele ainda a queria... queria cada centímetro de seu corpo.
- Isso não está certo... - Bella já
estava se entregando.
- Como pode não estar certo? - ele
murmurou. - Está grávida do meu filho. Como pode não ser certo eu olhar para
você? - ele a fitou... e continuou a falar - Mas é claro, se quiser que eu vá
embora, então eu irei...
Edward era um jogador, e sabia o que
estava fazendo, pois o leve tremor do corpo de Bella e a mordida que ela dava
no lábio inferior lhe dizia tudo o que ele precisava saber. E ele experimentou
uma profunda sensação de paz vindo dela, enquanto traçava o contorno dos
mamilos com um dedo, e em seguida movia as mãos para circular a barriga
arredondada.
Bella ainda podia usar jeans, mas
Edward percebia claramente as pequenas mudanças daquele corpo, desde o formato
e tamanho dos seios até a pequena saliência que se formava em seu abdômen,
diminuindo levemente a curva de sua cintura.
Pela primeira vez, Edward imaginou de
que sexo seria o bebê...
"Menino ou menina? Olhos
dourados como os meus ou chocolates como os da mãe?... Cabelos castanhos"
pensou.
Bella já ganhara um pouco de peso, o
que lhe caía bem. Era incrivelmente sexy pensar que todas aquelas mudanças eram
causadas por um ser de seu sangue crescendo dentro dela.
O pensamento o impulsionou a baixar a
cabeça para lamber um dos mamilos e, quando ela se contorceu, ele sentiu uma
onda de satisfação.
- Nós não vamos fazer amor. -
murmurou Edward, levantando-se para retirar suas roupas, e mantendo os olhos no
rosto corado de Bella. - Mas eu ainda posso tocá-la. Você gostaria disso?
Acharia relaxante?
Edward tirou a camisa num único
movimento.
Bella sentiu o ar se esvaindo de seus
pulmões. Seus sentidos pareciam à flor da pele enquanto ela observava as linhas
do torso másculo dele.
Seu coração, agora, começava a
acelerar ao vê-lo se livrar da calça jeans e parar completamente nu à sua
frente, orgulhoso, lindo e excitado.
E então, ele se acomodou na cama a
seu lado, olhando-a com desejo.
- Isso não era para estar
acontecendo... - sussurrou Bella, ao mesmo tempo se contradizendo, quando com
um dedo traçava lentamente os lábios sensuais dele.
Edward não falou nada. Sorrindo,
capturou-lhe o dedo, colocando-o em sua boca e lambendo-o gentilmente enquanto
lhe estudava o rosto surpreso.
Ele se moveu um pouco contra a perna
dela, de modo que Bella pudesse senti-lo.
Ainda com incrível gentileza,
acomodou-se para dar atenção merecida ao resto do corpo.
Bella, mergulhada em sensações
poderosas, não conseguia lutar contra o ataque sedutor. Seu corpo respondia
somente aos toques da língua preguiçosa em seus mamilos, esquentando e
relaxando ao mesmo tempo.
Ainda explorando seus seios
sensíveis, Edward levou a mão entre as coxas, e a provocou ali, sentindo a
umidade em seus dedos, até que ela atingiu o clímax.
Ele não precisou guiar-lhe a mão para
seu sexo. Virando-se de lado para encará-lo, Bella o tomou na mão, brincando,
fazendo-o gemer.
- Eu... acho... - disse Edward com
voz rouca. -... que estou prestes a ter o sexo mais seguro conhecido por todos.
Seria muito mais satisfatório
penetrá-la e sentir a umidade e o calor envolvendo-o, mas tudo na sua hora...
Por enquanto, ele liberou seu prazer ao ritmo da mão hábil de Bella, então
tombou o rosto contra os travesseiros por alguns segundos, recuperando o fôlego
antes de dar-lhe um olhar intenso.
- Isso foi melhor do que qualquer
experiência que já tive. - Edward a aconchegou contra si. - Você pode relaxar
completamente aqui. - murmurou no ouvido dela. - Não precisa erguer suas
defesas. Como vê, nós não precisamos estar em guerra. - ele acariciou-lhe a perna, e Bella estava
contente em fitar aqueles olhos lindos e saborear o aconchego. - A vida será
mais prazerosa se pudermos enterrar nossas diferenças e aceitarmos um ao outro.
- Você quer dizer se dormirmos
juntos? - Bella estava começando a rever exatamente o que tinham acabado de
fazer, e não gostou da cena que passava pela sua mente. Não queria deixá-lo
entrar em sua vida somente por causa de sexo. Precisando refletir, afastou-se
dele.
- Aonde você vai? - ele indagou.
- Preciso comer alguma coisa. Estou
com fome.
- Agora? Neste exato instante? -
Edward ficou desapontado.
Já fora da cama, Bella assentiu sem
olhá-lo.
- Espere. Vou com você.
- A casa não é tão grande assim,
Edward. E acho que posso encontrar a geladeira sozinha. Se a comida já está
pronta, não precisarei de muita inteligência para levá-la ao fogão.
Edward, que estivera apreciando o
aconchego pós-sexo, franziu o cenho diante da sutil mudança de humor. Então
pensou que mudanças de humor faziam parte do processo de gravidez, e o fato de
ela finalmente ter reconhecido o que ambos sabiam ser verdade era tudo que
importava. Edward percebeu o quanto sentira falta de tocá-la e senti-la
aninhada a seu corpo.
- Eu me juntarei a você daqui a
pouco. Vou tomar um banho e dar alguns telefonemas para o escritório. E não se
preocupe... farei as ligações daqui, e serei todo seu quando eu chegar à
cozinha.
Bella deu um sorriso fraco e vestiu o
roupão. Seu corpo ainda formigava em todos os lugares em que ele tinha tocado,
e o fato de Edward causar-lhe esse efeito a enfurecia. Ela sabia que, mais cedo
ou mais tarde, acabaria na cama com ele de novo.
Acima de tudo, estava confusa com o
pensamento do que aconteceria depois: casamento!
Sentindo-se perturbada, Bella o
deixou no quarto e foi para a cozinha no andar de baixo.
Edward seguiu para sua suíte, e, seu
raciocínio, antes frio e calculista, tornava-se agora emotivo. No instante em
que abria o chuveiro, refletiu que a amava há muito mais tempo do que sabia,
embora só tivesse compreendido isso na noite em que dispensara Victoria, a
ruiva exuberante. Nunca, em toda a sua vida, teria descartado uma mulher.
Edward agora admitia que foi o amor que sentia por Bella que o fizera agir
daquela maneira.
Ele a amava. Não dissera nada a Bella
antes, porque seu orgulho o aconselhara a não fazê-lo. Mas o sentimento foi
aumentando a cada dia; e aumentando tanto, que ele sentiu que sufocaria se não
lhe falasse em breve.
Porém, precisava ainda pensar com
alguma racionalidade. O que acabara de acontecer entre os dois, mostrava que as
defesas de Bella não eram tão resistentes assim. Precisava só de mais alguns
dias para que ela percebesse que os sentimentos dele não eram só luxúria, e nem
pela gravidez.
(...)
Enquanto Bella esperava um pedaço de
lasanha esquentar no forno, atravessou a cozinha e foi para a sala que ele lhe
dissera que usaria como escritório.
Uma rápida olhada lhe mostrou que
havia tudo necessário para se trabalhar ali. Era uma grande sala com vista para
o jardim. Um banheiro completava o cômodo. Impressionada com o que viu, Bella
estava prestes a sair de lá para ir verificar a lasanha quando a pasta aberta
de Edward lhe chamou a atenção; no topo, um folheto turístico.
Bella não era bisbilhoteira, mas no
segundo em que viu aquele folheto soube que tinha de olhá-lo. O que Edward
estaria fazendo com folhetos de viagem? Se ele quisesse tirar férias, tinha
pessoas para cuidar disso. Só precisava estalar os dedos.
Iria, talvez, surpreendê-la com uma
viagem para algum lugar? Bella reprimiu o pensamento, e pegou o folheto da
pasta.
Levou alguns segundos, mas então a
dor do reconhecimento a assolou.
Lá estava a casa na qual ela se
encontrava agora. O nome de uma imobiliária, no cabeçalho do folheto, informava
sobre todas as coisas maravilhosas que aquele canto charmoso de Tacoma tinha a
oferecer... e ainda fazia elogios para a casa recém-reformada à venda. Bella
olhou para as fotos que mostravam o interior da casa. Eram os mesmos cômodos
que ela admirou assim que chegou lá.
Desde que soube que ele tinha uma
casa de campo, tentava imaginar Edward à vontade numa casa como aquela. Ele era
um homem nascido para viver em meio à agitação da cidade grande; era evidente
que um pequeno lugar charmoso no meio do nada não lhe agradaria. Mesmo sabendo
disso, ela ainda tinha certas dúvidas. Deixara se convencer de que a opção de
Edward em ter um segundo lar mostrava um lado mais calmo e mais sereno dele.
Como se iludira! A casa tinha sido
comprada com um propósito, e o propósito era o que ela vinha temendo o tempo
inteiro: Edward não a queira, ele queria o bebê, e queria o casamento para
assegurar que tivesse controle total sobre ela. Como uma completa idiota, Bella
acreditara em Edward, que havia usado a casa dos sonhos, o jardim dos sonhos,
somente para quebrar suas defesas.
Ela hesitou e então, com um começo de
dor de cabeça, pegou o folheto, desligou o forno e seguiu para o quarto. Foi um
alívio encontrar seu quarto vazio. Edward devia estar tomando banho na sua
própria suíte.
Tendo hesitado antes, sobre como ia
se libertar do poder que ele tinha sobre ela, Bella estava agora ciente do que
precisava fazer. Precisava ir embora. Encontrar aquele folheto tinha
esclarecido tudo em sua cabeça. Edward não a amava. Ser tentada a ir para cama
com ele não era apenas um sinal de fraqueza, era uma missão suicida para o seu
coração.
Bella pegou sua mala e começou a pôr
suas roupas dentro. Estava guardando seus objetos pessoais quando a porta do
quarto foi aberta, e ela se virou para encará-lo.
Os cabelos de Edward estavam molhados
do banho; estava sem camisa, apenas vestia uma calça jeans, dando-lhe uma
aparência sexy. Ele exalava sensualidade, inclinando-se contra a porta, com os
braços fortes cruzados, e os olhos brilhantes.
Mais uma vez o corpo de Bella reagiu
à visão, e ela teve que manter todo o seu controle.
Por alguma razão, ela esfriara.
Edward percebeu, mas havia se convencido de que aquela era uma mudança de humor
passageira. Ele tinha voltado ao quarto dela, com seus ânimos totalmente
renovados, dado seus telefonemas e decidido não trabalhar pelo restante do dia.
Talvez pudesse até considerar tirar umas férias. Afinal de contas, a casa não
custara barato, então por que não aproveitar o tempo para explorar toda a área
ao redor da cidade?
- O que está acontecendo? - perguntou
Edward surpreendido.
- Eu vou embora! - ela exclamou.
O choque o assolou, mas Edward estava
determinado a controlar sua resposta.
- Não. - disse ele calmamente. - Você
não vai.
- Não ouse me dizer o que posso e o
que não posso fazer! Estou cheia disso. Estou cheia de você achar que pode
fazer o que bem entender, porque acha que tem sempre a razão. - disse Bella com
rispidez.
- Eu sei o que é melhor para você, e
um descontrole emocional, com certeza, não é.
Naquele ponto, Bella precisava
admitir que ele estava certo. Então ela respirou fundo e tentou controlar suas
emoções.
- Não, Edward, você não sabe o que é
melhor para mim, sabe apenas o que é melhor para você, e fará tudo que estiver
em seu poder para certificar-se de obter o melhor. Você trata as pessoas como
peças de xadrez, como se pudesse controlar todas as regras.
Edward enrubesceu diante da crítica.
Embora não fosse a primeira vez que ela o criticava, maravilhou-se com a
audácia da mulher que não hesitava em invadir todas as muralhas que ele
colocara ao seu redor. Bella falava o que lhe vinha na cabeça de maneira direta
e sincera.
Normalmente, em resposta a tal
ataque, Edward se retiraria de maneira fria, mas não foi a opção que ele escolheu.
Não gostou da crítica de Bella, mas não ia se concentrar naquilo. No momento,
seu objetivo principal era acalmá-la e, com isso em mente, aproximou-se a passos
lentos.
- Você precisa se acalmar. - murmurou
Edward, tocando-lhe os braços, porque havia uma possibilidade de que o contato
físico a fizesse ceder.
- Há algo que eu quero lhe mostrar. -
Bella se virou.
Ela andou até sua bolsa, onde tinha
guardado o folheto de viagem. Edward soube exatamente para o que ela estava
olhando no momento em que Bella estendeu a mão, e empalideceu.
Diante de Bella, que segurava o
folheto de viagem, Edward perguntou:
- Onde você achou isso?
- Estava em cima da sua pasta.
- Você não deveria ter bisbilhotado.
- Eu não estava bisbilhotando. Sua
pasta estava aberta... Ora, isso não importa. Por que mentiu para mim? Por que
disse que esta era sua segunda casa? - Bella estava irritada. - Sabe, eu
realmente acreditei. Como fui idiota!
- Certo, então eu a deixei acreditar
que esta era uma de minhas casas.
- Não, Edward. Você não me deixou
acreditar. Você mentiu descaradamente para mim!
- Isso importa? - Edward deu de
ombros, enquanto Bella o olhava, indignada.
- Para mim importa! - ela exclamou
gritando.
- Por quê? Sua saúde estava frágil, e
você precisava de um lugar para relaxar. Eu providenciei tal lugar. Do meu
ponto de vista, você deveria me agradecer.
- Eu deveria agradecer a você? -
Bella o fitou perplexa.
- Seattle não era o lugar certo para
você, não quando precisava de repouso. Você ia querer trabalhar, sair. Meu
apartamento é confortável, mas não o lugar certo para relaxar. Você precisava
de uma casa. De um lugar calmo. O que há de errado em priorizar suas necessidades?
- Você sabia que eu não queria ficar
devendo nada para você, Edward. Sabia... - ela acrescentou baixinho. -... que
eu queria superar o que sinto por você...
- Mas não superou, certo? - perguntou
Edward sem rodeios. - O que fizemos ali em cima... - ele apontou para a cama. -...
prova isso, Bella, e qual é o sentido em fugir do óbvio?
- Você me trouxe para cá com esse
plano em mente, Edward? - ela indagou, desconfiada. - Você sabia como eu me
sentia a seu respeito? Esta casa dos sonhos foi uma maneira de me seduzir? -
envergonhada, ela percebeu como estivera perto cair na armadilha dele.
Havia diversas maneiras de responder
àquelas perguntas, e ele escolheu a mais sensata.
- Passou por minha cabeça sim, que
nós poderíamos acabar juntos na cama novamente. Não vou negar isso.
Bella fechou as mãos e o fitou com
raiva, antes de olhar para o chão e contar até dez, para tentar acalmar-se um
pouco.
- Estou sendo honesto aqui. Eu...
realmente senti sua falta quando você foi embora. Ainda a desejo e não tenho
vergonha disso.
Bella teve uma vontade de dar uma
gargalhada. "Ele sentira sua falta!" Era muito fácil falar que a
queria... que a queria o bastante para sair e comprar-lhe uma casa no campo.
Ele queria era qualquer coisa para assegurar que ela se ligasse emocionalmente a
ele, de modo que, quando isso acontecesse, Edward estaria livre para voltar a
relacionar-se com outras mulheres, sabendo que Bella acharia impossível substituí-lo.
- Bem, eu tenho vergonha. - devolveu
ela friamente. - E me sinto atormentada por ter compartilhado sua cama de novo.
Porque você não me faz bem. Você é atraente, Edward, ninguém pode negar isso...
e eu sou humana, afinal de contas. Mas não me orgulho de ter ido para sua cama.
Estou decepcionada comigo mesma.
- Não diga isso! - pediu Edward
desesperado.
Seus planos e expectativas estavam
sendo destruídos a cada segundo, mas ele não sabia como deter aquilo.
- Tudo bem, não direi. Mas eu quero
ir embora. Pode me levar até a estação rodoviária? Ah, é claro que você não tem
ideia de onde fica... - ela deu um sorriso irônico. - Você poderá precisar usar
seu GPS.
Ela pretendia ir para casa, a casa de
sua mãe. E lhe contar a notícia inesperada. E claro, Edward não permitiria que
ela pegasse um ônibus.
- Você perdeu o juízo se acha que eu
a deixarei fazer essa viagem de ônibus. - disse ele com firmeza, observando-a a
continuar enchendo a mala sobre a cama.
- Você não pode me obrigar a fazer
nada, Edward Cullen. - Bella estava muito perseverante.
- Eu não colocaria isso em teste... -
Edward disse.
- Ou? - Bella parou o que estava
fazendo para encará-lo.
- Ou poderei mantê-la aqui até que
você se acalme.
- Ah, você não ousaria! - ela voltou
a arrumar a mala.
- Não sabe que nunca deveria dizer
uma coisa dessas para um homem como eu? - Edward balançou a cabeça e inspirou
fundo.
- Se me der licença, preciso tomar
outro banho. - Bella o ignorou.
- Ótimo, você toma um banho e depois
conversamos.
- Conversar sobre o quê? Sobre o
jeito como você arquitetou toda essa situação? - Bella se sentiu furiosa novamente.
Ela respirou fundo, tentando não pensar na humilhação de ter sido uma conquista
fácil para um homem que queria exercer sua autoridade sobre ela. Também estava
tentando não se sentir desapontada pelo pensamento de ir embora de lá. A casa
era maravilhosa, e exatamente o tipo de lugar que ela adorava. - Eu deveria ter
desconfiado de que você era a última pessoa do mundo que teria uma casa como
esta! - ela exclamou com os olhos enchendo-se de lágrimas.
Sentindo-se derrotada, sentou-se na
poltrona próxima à janela e observou quando Edward se acomodou na cama.
- O que você quer dizer com isso? -
questionou Edward.
Ele a estava estudando agora, notando
que o rosto corado ia perdendo a cor aos poucos.
- Desde quando você é do tipo de
cômodos pequenos e espaço ao ar livre? Fui uma boba em acreditar na sua
história sobre vir aqui nos fins de semana. Você não gosta de se afastar de seu
trabalho. Por que precisaria de relaxamento num chalé no campo?
Edward pensou no que ela dissera,
então ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso encantador.
- Por incrível que pareça, este lugar
não parece tão entediante quanto eu imaginei que seria.
- Humpf... - Bella bufou. - Como você
pôde me enganar?
- Eu vou encher a banheira para você.
- Edward disse, se levantando da cama.
- Essa não é uma resposta! - ela
gritou.
- Eu sei. Venha.
- Não vou tomar banho com você por
perto. - disse Bella com firmeza.
- Eu sei Bella. Não esperaria que
fizesse isso.
Embora tivesse quase certeza de que,
se Bella saísse do banheiro só com a toalha, nenhum dos dois seria capaz de
controlar o desejo.
Ele a deixou sentada na poltrona e
seguiu para o banheiro, a fim de encher a banheira. Cinco minutos depois ele
voltou ao quarto, encontrando-a ainda na poltrona, parecendo pensativa.
- O que você vai fazer com a casa
depois que eu for embora? - Bella perguntou, um pouco mais calma.
- Conversar com você está começando a
parecer uma experiência de andar sobre cacos de vidro. - disse Edward. Ele
estava lutando por paciência, enquanto se perguntava como aquela mulher podia
prejudicar seu autocontrole. Ele balançou a cabeça, tentando clarear os
pensamentos. - Qualquer coisa que eu disser Bella, você interpretará da pior
forma possível. Eu fiz de tudo para cuidar de suas necessidades. Comprei esta
casa, porque sabia que era o tipo de lugar que você gostava. Cheguei a
imaginá-la relaxando no jardim, longe do caos de Seattle. - Edward suspirou. -
E você gosta da casa e gosta do jardim... então, como eu me tornei um grande
vilão? E daí se tivemos momentos íntimos? Você queria aquilo tanto quanto eu.
- Isso foi antes de eu descobrir que
tudo que você fez era articulado para me levar para a cama. É como se... você
tivesse pego meus sonhos e os manipulado para conseguir o que queria.
- Bella, vá tomar seu banho.
Edward se virou para sair do quarto.
- Quando eu sair do banho, quero que
você me leve para a estação rodoviária! - exclamou Bella.
Edward parou no meio do quarto e
girou o corpo para encará-la.
- Farei melhor que isso! Eu a levarei
direto para a casa de sua mãe. - ele retrucou, elevando sua voz. Estava
irritado.
- Ótimo! E eu não quero que você
fique por aqui enquanto tomo banho!
Ela se levantou, tremendo como uma folha.
Bella insistira e conseguira o que queria. Então por que se sentia tão
arrasada?
- Tudo bem. - ele falou entre os
dentes.
- E nem pense em entrar no banheiro.
Não há trinco na porta.
- Eu não entrarei, a menos que
suspeite que você tenha decidido cochilar. Acredite ou não, eu me importo com
seu bem-estar.
Com aquele comentário dele, Bella
reprimiu a tentação de perguntar como Edward podia ser tão frio, enquanto ela
era um poço de emoções. Mas por que seria diferente? Ele nunca lhe dissera uma
palavra sobre amor, afeição... nem mesmo no calor do momento, quando todas as
barreiras estavam baixas.
Como ainda podia amar um homem assim?
Como ela podia construir todas as suas defesas, e então, deixá-las desmoronar
no instante em que ele a tocava? Onde estavam seu orgulho e autoestima?
Edward, mantendo a calma, tinha
ciência de que não gostava quando Bella se afastava da maneira como estava
fazendo agora. Preferia que ela fosse pegajosa e carente. Era uma noção
perturbadora e ele não sabia o que fazer, então escolheu fazer a vontade dela.
Levaria Bella para a casa da mãe dela. Seria uma viagem longa e tediosa, mas
lhe daria tempo para pensar num plano B, agora que o plano A fracassara tão
espetacularmente.
- Se você não se importa em sair... -
disse Bella.
Edward a olhou por alguns segundos,
antes de virar-se e andar em direção à porta. Ele estava triste.
Ele esperou exatamente meia hora,
então voltou a subir a escada, fazendo bastante barulho para alertar que estava
chegando, o que funcionou, porque ela abriu a porta antes que ele tivesse tempo
de bater. Edward olhou com raiva para a mala pronta, mas manteve a calma.
- Bella, vamos conversar...
Bella não respondeu e caminhou até a
janela. O silêncio dela era enervante.
- Então, você decidiu não falar
comigo? - perguntou Edward, pegando a mala de cima da cama.
Ele desceu a escada e esperou-a na
sala. Uma energia estranha e irrequieta deixou-o desconfortável.
Quando ela desceu, perguntou:
- Quanto tempo vai levar para chegar
à casa de minha mãe?
- Algumas horas. Eu farei paradas ao
longo do caminho, para que você possa esticar as pernas.
Continua...
Como um momento tão bonito pode se
transformar em toda essa confusão de forma tão rápida? E eu que achei que agora
eles iam se entender já que ele, finalmente, aceitou que a ama... achei que,
como ela cedeu ao sentimento, eles iam se acertar e começar uma nova história,
juntos. Ao mesmo tempo em que eu acho que Bella está fazendo tempestade num
copo d’água, tenho que concordar que ele manipulou os sentimentos dela a seu
favor e isso não foi legal. Espero que eles conversem durante a viagem e fiquem
bem novamente. Beijos e até amanhã.
Uau... O jogo virou... E agora Edward está amargando nas mãos de Bella... Vamos ver como isso vai terminar...
ReplyDeleteBjos e Bom Fim de Semana para todas!
Perfeito!! esses dois nao tem jeito ne, hora q ta quase se ajeitando eles estragam tudo, ele manipulamdo as coisas e ela descobrindo. Adorei ate amanha. Beijusculo.
ReplyDeleteBOM FINAL DE SEMANA PRA VC tbm Marla.
ReplyDeleteAi caramba q montanha russa de emoções,quero so ver o q vai acontecer agora com ed vai correr atras da bella,ai curiosa mto mto ate amanha bjusculossssss!!!
Oi Ninha!! É, montanha russa mesmo!! he..he..he.. Muitas emoções.
Deleteisso mesmo Bella primeiro dá uma lição nesse Edward depois corre para o abraço.
ReplyDeletebom eu entendo EDWARD ele so quiz ser cuidadoso com ela e o bebe e tbm aproveitou pra aproveita tbm ja que ele ama ela
ReplyDeleteé isso aí Bella sem corpo mole, agora o Edward vai acordar pra realidade, e não pensar só em si mesmo, ele tem q pensar agora em ter uma vida a dois com Bella e sem esse joguinho de manipulação dele....anciosa para o prox cap...só espero q a Bella não volte atras se não vai botar tudo a perder...bjs
ReplyDeletehahahaha chupa edward agora corre atrás.
ReplyDeleteMuito intenso esse cap. Edward podia falar logo que a ama
ReplyDeletebjos da Sol