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Saturday, June 30, 2012

FANFIC - SEDUÇÃO - CAPÍTULO 11




Boa tarde pessoal! O capítulo de hoje está muito movimentado, muitas emoções estão rolando...

Título: Sedução
Autora(o): Marla Costa
Contato: @Marla_Chenobil; http://www.facebook.com/marla.costa.16
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Sedução
By Marla Costa

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 11

Depois de meia hora, e com a temperatura começando a cair, Bella retornou para a casa, dando apenas uma olhada para onde ficava o escritório de Edward. Ele estava diante do notebook, e nada o tiraria de lá. Isso era bom porque ela queria ficar um tempo sozinha.
Bella subiu a escada e seguiu para a sua suíte. Começou a encher a banheira, e notou que a porta do banheiro não tinha trinco. E nem a porta do quarto.
“Casa antiga”, ela pensou.
Mas seu quarto era longe do de Edward. Ele estava altamente concentrado no trabalho. E ela não demoraria. Portanto, não havia a possibilidade dele surgir no seu banheiro de repente.
Do lado positivo, era muito bom estar fora de Seattle; mas havia muitas desvantagens também, começando pelo fato de que agora era totalmente dependente de um homem que semanas atrás lhe virara as costas, e agora ela suspeitava que houvesse outras intenções na atenção que Edward dava a ela.
Bella tinha a sensação de que alguma coisa estava sendo articulada por ele. E como lidar com isso? Talvez estivesse enganada sobre tudo, e Edward tivesse mudado, mas mesmo em seus sonhos mais loucos era difícil acreditar em tal possibilidade.
Bella acabou cochilando na banheira. Teve um sonho onde segurava um buquê de flores, enquanto observava Edward sorrir para outra mulher diante de um altar, antes de colocar uma aliança no dedo dela.
A clareza do sonho a despertou. Ou era o som da porta sendo aberta?
Nos primeiros segundos de desorientação, a figura de Edward perto da porta do banheiro parecia como no seu sonho. Exceto pelo fato dele não estar sorrindo. A boca dele estava muito séria, e os olhos brilhavam na luz fraca do banheiro.
Bella deu um grito de horror quando a figura falou, e se sentou ereta, confusa, olhando-o como se fosse uma criança, indefesa, assustada.
- Onde você estava, pelo amor de Deus?! - ele disse furioso.
Bella abriu a boca e ouviu a si mesma gaguejando, falando sobre o passeio no jardim e depois o banho. Ainda assustada pela aparição dele, percebeu que a água da banheira estava fria, e a espuma tinha desaparecido, mostrando sua nudez sob a água para ele.
Agora que já a havia localizado, Edward, mais calmo, absorveu aquela cena. E que cena magnífica. Uma Bella agora um pouco mais arredondada tentava desesperadamente se esconder, mas não havia como suas duas mãos fazerem isso, e seus olhos apreciaram a curva suave da barriga e os seios cheios. Ele sonhara em vê-la nua novamente, e seu corpo reagia como se tivesse sido eletrizado. Edward quase perdeu o controle. Mas, ao invés disso, aproximou-se.
- Você está tremendo! - ele colocou a mão na água e fez uma careta. - Está fria!
- Eu devo ter cochilado. - disse Bella.
De pé, diante dela, Edward estava maravilhoso. Ela teria dado qualquer coisa para que ele não lhe causasse esse efeito, mas não havia como negar o enrijecimento dos bicos de seus seios.
- Chama isso de cuidar de si mesma? - ele ainda estava irritado.
Ainda confusa Bella se encontrou sendo carregada para fora da água e colocada gentilmente no chão. E, em seguida, ele a enrolou numa toalha.
- Passei os últimos trinta minutos no jardim, procurando você! - disse ele, quase gritando.
Ele a ergueu do chão mais uma vez, abriu a porta do banheiro com um chute e se dirigiu para a cama.
- Eu estava louco de preocupação!
- Você estava preocupado? - Bella não pôde evitar a pergunta.
Aquelas palavras lhe causaram uma alegria interior. O sentimento era tão bom que esqueceu o fato de que ela ainda estava nua, envolta numa toalha e compartilhando o mesmo espaço que Edward.
- Você devia ter me informado no minuto em que entrou em casa.
- Você estava trabalhando, não quis incomodá-lo. Não achei que eu precisasse bater o ponto cada vez que saísse ou entrasse, como eu fazia no escritório.
Edward deu um longo suspiro.
- Eu pensei que você pudesse ter se perdido no jardim. Parece pequeno, mas não é. E grande parte dele é só matagal. Com o sol desaparecendo, seria difícil encontrar seu caminho de volta.
Edward estava irritado, muito diferente do pânico que ele sentira quando andara e andara pelo jardim, chamando o nome dela, imaginando-a perdida.
Foi quando resolveu dar uma olhada dentro de casa. Chamara o nome de Bella diversas vezes, sem receber resposta, e abrir a porta do banheiro havia sido o último recurso. E foi quando finalmente a encontrou... dormindo na banheira!
- Você está começando a se aquecer? - ele perguntou, já se acalmando.
Bella assentiu, aconchegando-se mais na toalha que estava enrolada no seu corpo.
- É melhor se vestir, ou vai pegar um resfriado. - ele disse.
Bella ficou tentada a lhe dizer que ele se preocupara à toa, mas como poderia, quando havia dormido numa banheira? Então, não falou nada e apenas se limitou a olhar para ele e saborear a preocupação estampada no rosto bonito de Edward.
- É exatamente por isso que você não pode ficar sozinha. - enquanto ele falava, ia abrindo as gavetas, pegando uma calcinha, uma camiseta e uma calça de moletom. - E se eu não estivesse em casa?
- Eu teria acordado alguma hora. - ela respondeu.
- Bella, o médico disse para você se cuidar. Quase congelar numa banheira porque pegou no sono não é se cuidar, pelo que sei!
Bella o ouvia apenas parcialmente. Estava mais atenta ao jeito como ele se movimentava, indo em direção à cama com suas roupas nas mãos e uma expressão aturdida no rosto.
- O que... você está fazendo? - perguntou ela quando Edward se sentou na cama, ao seu lado.
Edward não respondeu. "Ele estava assumindo o controle, claro". Ela pensou. Era o que sempre fazia.
Edward enganchou um dedo sob a toalha onde Bella havia prendido na lateral do seu corpo, na altura dos seios, e a ouviu arfar. Bella pôs a mão sobre a dele, tentando detê-lo; para que ele não tirasse a toalha.
O calor do dedo dele estava queimando sua pele. Quando ela tremeu, rezou para que Edward pensasse que aquilo se devia ao frio.
Mas ela podia ver a chama ardente nos olhos dele, e seu coração disparou. Não era de se surpreender. Mesmo querendo ficar longe de Edward, mesmo dizendo para si mesma que ele era ruim para sua saúde... mesmo quando tentava se convencer de que o objetivo dele era manipulá-la e controlá-la... ela ainda era incapaz de resistir àquele charme único, e estava assustadoramente abalada por um amor que não tinha conseguido eliminar. Sentiu-se envergonhada, porque na verdade ela gostava de ter o dedo de Edward queimando sua pele.
Edward deu um puxão gentil para livrar sua mão da dela, e a toalha acabou caindo sobre a cama... revelando o que ela não queria, e, o que ele estava doido para ver...
Bella olhou atônita para a toalha caída e arfou, tentando recuperá-la, mas foi impedida por Edward.
- Você está carregando meu bebê... - ele disse com voz baixa e suave. -... eu quero ver que formato ele está dando ao seu corpo.
Novamente ela tentou pegar a toalha, mas ele fechou a mão sobre seu pulso, detendo-a.
- Por favor, Bella...
- Isso não é apropriado. - sussurrou ela, ofegante.
- Não é? Eu já vi você nua antes... - ele esboçou um sorriso.
- Mas nós não temos mais esse tipo de relacionamento!
Edward a ignorou.
- Seus seios estão maiores. - ele estava surpreso, a visão era de tirar o fôlego.
Edward estendeu os braços e segurou os seios dela, curioso para sentir o peso deles em suas mãos, e era como se o corpo de Bella fosse treinado para reagir ao seu toque. Ela arqueou-se contra os travesseiros, fechando os olhos quando a onda de calor invadiu seu íntimo, fazendo-a tremer.
- Seus mamilos também estão maiores... e mais escuros. Isso é normal?
- Edward... - Bella sussurrou.
- Gosto quando você fala meu nome desse jeito. - ele confessou com voz rouca.
Fazer amor por completo não era uma opção, mas ele ainda a queria... queria cada centímetro de seu corpo.
- Isso não está certo... - Bella já estava se entregando.
- Como pode não estar certo? - ele murmurou. - Está grávida do meu filho. Como pode não ser certo eu olhar para você? - ele a fitou... e continuou a falar - Mas é claro, se quiser que eu vá embora, então eu irei...
Edward era um jogador, e sabia o que estava fazendo, pois o leve tremor do corpo de Bella e a mordida que ela dava no lábio inferior lhe dizia tudo o que ele precisava saber. E ele experimentou uma profunda sensação de paz vindo dela, enquanto traçava o contorno dos mamilos com um dedo, e em seguida movia as mãos para circular a barriga arredondada.
Bella ainda podia usar jeans, mas Edward percebia claramente as pequenas mudanças daquele corpo, desde o formato e tamanho dos seios até a pequena saliência que se formava em seu abdômen, diminuindo levemente a curva de sua cintura.
Pela primeira vez, Edward imaginou de que sexo seria o bebê...
"Menino ou menina? Olhos dourados como os meus ou chocolates como os da mãe?... Cabelos castanhos" pensou.
Bella já ganhara um pouco de peso, o que lhe caía bem. Era incrivelmente sexy pensar que todas aquelas mudanças eram causadas por um ser de seu sangue crescendo dentro dela.
O pensamento o impulsionou a baixar a cabeça para lamber um dos mamilos e, quando ela se contorceu, ele sentiu uma onda de satisfação.
- Nós não vamos fazer amor. - murmurou Edward, levantando-se para retirar suas roupas, e mantendo os olhos no rosto corado de Bella. - Mas eu ainda posso tocá-la. Você gostaria disso? Acharia relaxante?
Edward tirou a camisa num único movimento.
Bella sentiu o ar se esvaindo de seus pulmões. Seus sentidos pareciam à flor da pele enquanto ela observava as linhas do torso másculo dele. 
Seu coração, agora, começava a acelerar ao vê-lo se livrar da calça jeans e parar completamente nu à sua frente, orgulhoso, lindo e excitado.
E então, ele se acomodou na cama a seu lado, olhando-a com desejo.
- Isso não era para estar acontecendo... - sussurrou Bella, ao mesmo tempo se contradizendo, quando com um dedo traçava lentamente os lábios sensuais dele.
Edward não falou nada. Sorrindo, capturou-lhe o dedo, colocando-o em sua boca e lambendo-o gentilmente enquanto lhe estudava o rosto surpreso.
Ele se moveu um pouco contra a perna dela, de modo que Bella pudesse senti-lo.
Ainda com incrível gentileza, acomodou-se para dar atenção merecida ao resto do corpo.
Bella, mergulhada em sensações poderosas, não conseguia lutar contra o ataque sedutor. Seu corpo respondia somente aos toques da língua preguiçosa em seus mamilos, esquentando e relaxando ao mesmo tempo.
Ainda explorando seus seios sensíveis, Edward levou a mão entre as coxas, e a provocou ali, sentindo a umidade em seus dedos, até que ela atingiu o clímax.
Ele não precisou guiar-lhe a mão para seu sexo. Virando-se de lado para encará-lo, Bella o tomou na mão, brincando, fazendo-o gemer.
- Eu... acho... - disse Edward com voz rouca. -... que estou prestes a ter o sexo mais seguro conhecido por todos.
Seria muito mais satisfatório penetrá-la e sentir a umidade e o calor envolvendo-o, mas tudo na sua hora... Por enquanto, ele liberou seu prazer ao ritmo da mão hábil de Bella, então tombou o rosto contra os travesseiros por alguns segundos, recuperando o fôlego antes de dar-lhe um olhar intenso.
- Isso foi melhor do que qualquer experiência que já tive. - Edward a aconchegou contra si. - Você pode relaxar completamente aqui. - murmurou no ouvido dela. - Não precisa erguer suas defesas. Como vê, nós não precisamos estar em guerra.  - ele acariciou-lhe a perna, e Bella estava contente em fitar aqueles olhos lindos e saborear o aconchego. - A vida será mais prazerosa se pudermos enterrar nossas diferenças e aceitarmos um ao outro.
- Você quer dizer se dormirmos juntos? - Bella estava começando a rever exatamente o que tinham acabado de fazer, e não gostou da cena que passava pela sua mente. Não queria deixá-lo entrar em sua vida somente por causa de sexo. Precisando refletir, afastou-se dele.
- Aonde você vai? - ele indagou.
- Preciso comer alguma coisa. Estou com fome.
- Agora? Neste exato instante? - Edward ficou desapontado.
Já fora da cama, Bella assentiu sem olhá-lo.
- Espere. Vou com você.
- A casa não é tão grande assim, Edward. E acho que posso encontrar a geladeira sozinha. Se a comida já está pronta, não precisarei de muita inteligência para levá-la ao fogão.
Edward, que estivera apreciando o aconchego pós-sexo, franziu o cenho diante da sutil mudança de humor. Então pensou que mudanças de humor faziam parte do processo de gravidez, e o fato de ela finalmente ter reconhecido o que ambos sabiam ser verdade era tudo que importava. Edward percebeu o quanto sentira falta de tocá-la e senti-la aninhada a seu corpo.
- Eu me juntarei a você daqui a pouco. Vou tomar um banho e dar alguns telefonemas para o escritório. E não se preocupe... farei as ligações daqui, e serei todo seu quando eu chegar à cozinha.
Bella deu um sorriso fraco e vestiu o roupão. Seu corpo ainda formigava em todos os lugares em que ele tinha tocado, e o fato de Edward causar-lhe esse efeito a enfurecia. Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, acabaria na cama com ele de novo.
Acima de tudo, estava confusa com o pensamento do que aconteceria depois: casamento!
Sentindo-se perturbada, Bella o deixou no quarto e foi para a cozinha no andar de baixo.
Edward seguiu para sua suíte, e, seu raciocínio, antes frio e calculista, tornava-se agora emotivo. No instante em que abria o chuveiro, refletiu que a amava há muito mais tempo do que sabia, embora só tivesse compreendido isso na noite em que dispensara Victoria, a ruiva exuberante. Nunca, em toda a sua vida, teria descartado uma mulher. Edward agora admitia que foi o amor que sentia por Bella que o fizera agir daquela maneira.
Ele a amava. Não dissera nada a Bella antes, porque seu orgulho o aconselhara a não fazê-lo. Mas o sentimento foi aumentando a cada dia; e aumentando tanto, que ele sentiu que sufocaria se não lhe falasse em breve.
Porém, precisava ainda pensar com alguma racionalidade. O que acabara de acontecer entre os dois, mostrava que as defesas de Bella não eram tão resistentes assim. Precisava só de mais alguns dias para que ela percebesse que os sentimentos dele não eram só luxúria, e nem pela gravidez.

(...)

Enquanto Bella esperava um pedaço de lasanha esquentar no forno, atravessou a cozinha e foi para a sala que ele lhe dissera que usaria como escritório.
Uma rápida olhada lhe mostrou que havia tudo necessário para se trabalhar ali. Era uma grande sala com vista para o jardim. Um banheiro completava o cômodo. Impressionada com o que viu, Bella estava prestes a sair de lá para ir verificar a lasanha quando a pasta aberta de Edward lhe chamou a atenção; no topo, um folheto turístico.
Bella não era bisbilhoteira, mas no segundo em que viu aquele folheto soube que tinha de olhá-lo. O que Edward estaria fazendo com folhetos de viagem? Se ele quisesse tirar férias, tinha pessoas para cuidar disso. Só precisava estalar os dedos.
Iria, talvez, surpreendê-la com uma viagem para algum lugar? Bella reprimiu o pensamento, e pegou o folheto da pasta.
Levou alguns segundos, mas então a dor do reconhecimento a assolou.
Lá estava a casa na qual ela se encontrava agora. O nome de uma imobiliária, no cabeçalho do folheto, informava sobre todas as coisas maravilhosas que aquele canto charmoso de Tacoma tinha a oferecer... e ainda fazia elogios para a casa recém-reformada à venda. Bella olhou para as fotos que mostravam o interior da casa. Eram os mesmos cômodos que ela admirou assim que chegou lá.
Desde que soube que ele tinha uma casa de campo, tentava imaginar Edward à vontade numa casa como aquela. Ele era um homem nascido para viver em meio à agitação da cidade grande; era evidente que um pequeno lugar charmoso no meio do nada não lhe agradaria. Mesmo sabendo disso, ela ainda tinha certas dúvidas. Deixara se convencer de que a opção de Edward em ter um segundo lar mostrava um lado mais calmo e mais sereno dele.
Como se iludira! A casa tinha sido comprada com um propósito, e o propósito era o que ela vinha temendo o tempo inteiro: Edward não a queira, ele queria o bebê, e queria o casamento para assegurar que tivesse controle total sobre ela. Como uma completa idiota, Bella acreditara em Edward, que havia usado a casa dos sonhos, o jardim dos sonhos, somente para quebrar suas defesas.
Ela hesitou e então, com um começo de dor de cabeça, pegou o folheto, desligou o forno e seguiu para o quarto. Foi um alívio encontrar seu quarto vazio. Edward devia estar tomando banho na sua própria suíte.
Tendo hesitado antes, sobre como ia se libertar do poder que ele tinha sobre ela, Bella estava agora ciente do que precisava fazer. Precisava ir embora. Encontrar aquele folheto tinha esclarecido tudo em sua cabeça. Edward não a amava. Ser tentada a ir para cama com ele não era apenas um sinal de fraqueza, era uma missão suicida para o seu coração.
Bella pegou sua mala e começou a pôr suas roupas dentro. Estava guardando seus objetos pessoais quando a porta do quarto foi aberta, e ela se virou para encará-lo.
Os cabelos de Edward estavam molhados do banho; estava sem camisa, apenas vestia uma calça jeans, dando-lhe uma aparência sexy. Ele exalava sensualidade, inclinando-se contra a porta, com os braços fortes cruzados, e os olhos brilhantes.
Mais uma vez o corpo de Bella reagiu à visão, e ela teve que manter todo o seu controle.
Por alguma razão, ela esfriara. Edward percebeu, mas havia se convencido de que aquela era uma mudança de humor passageira. Ele tinha voltado ao quarto dela, com seus ânimos totalmente renovados, dado seus telefonemas e decidido não trabalhar pelo restante do dia. Talvez pudesse até considerar tirar umas férias. Afinal de contas, a casa não custara barato, então por que não aproveitar o tempo para explorar toda a área ao redor da cidade?
- O que está acontecendo? - perguntou Edward surpreendido.
- Eu vou embora! - ela exclamou.
O choque o assolou, mas Edward estava determinado a controlar sua resposta.
- Não. - disse ele calmamente. - Você não vai.
- Não ouse me dizer o que posso e o que não posso fazer! Estou cheia disso. Estou cheia de você achar que pode fazer o que bem entender, porque acha que tem sempre a razão. - disse Bella com rispidez.
- Eu sei o que é melhor para você, e um descontrole emocional, com certeza, não é.
Naquele ponto, Bella precisava admitir que ele estava certo. Então ela respirou fundo e tentou controlar suas emoções.
- Não, Edward, você não sabe o que é melhor para mim, sabe apenas o que é melhor para você, e fará tudo que estiver em seu poder para certificar-se de obter o melhor. Você trata as pessoas como peças de xadrez, como se pudesse controlar todas as regras.
Edward enrubesceu diante da crítica. Embora não fosse a primeira vez que ela o criticava, maravilhou-se com a audácia da mulher que não hesitava em invadir todas as muralhas que ele colocara ao seu redor. Bella falava o que lhe vinha na cabeça de maneira direta e sincera.
Normalmente, em resposta a tal ataque, Edward se retiraria de maneira fria, mas não foi a opção que ele escolheu. Não gostou da crítica de Bella, mas não ia se concentrar naquilo. No momento, seu objetivo principal era acalmá-la e, com isso em mente, aproximou-se a passos lentos.
- Você precisa se acalmar. - murmurou Edward, tocando-lhe os braços, porque havia uma possibilidade de que o contato físico a fizesse ceder.
- Há algo que eu quero lhe mostrar. - Bella se virou.
Ela andou até sua bolsa, onde tinha guardado o folheto de viagem. Edward soube exatamente para o que ela estava olhando no momento em que Bella estendeu a mão, e empalideceu.
Diante de Bella, que segurava o folheto de viagem, Edward perguntou:
- Onde você achou isso?
- Estava em cima da sua pasta.
- Você não deveria ter bisbilhotado.
- Eu não estava bisbilhotando. Sua pasta estava aberta... Ora, isso não importa. Por que mentiu para mim? Por que disse que esta era sua segunda casa? - Bella estava irritada. - Sabe, eu realmente acreditei. Como fui idiota!
- Certo, então eu a deixei acreditar que esta era uma de minhas casas.
- Não, Edward. Você não me deixou acreditar. Você mentiu descaradamente para mim!
- Isso importa? - Edward deu de ombros, enquanto Bella o olhava, indignada.
- Para mim importa! - ela exclamou gritando.
- Por quê? Sua saúde estava frágil, e você precisava de um lugar para relaxar. Eu providenciei tal lugar. Do meu ponto de vista, você deveria me agradecer.
- Eu deveria agradecer a você? - Bella o fitou perplexa.
- Seattle não era o lugar certo para você, não quando precisava de repouso. Você ia querer trabalhar, sair. Meu apartamento é confortável, mas não o lugar certo para relaxar. Você precisava de uma casa. De um lugar calmo. O que há de errado em priorizar suas necessidades?
- Você sabia que eu não queria ficar devendo nada para você, Edward. Sabia... - ela acrescentou baixinho. -... que eu queria superar o que sinto por você...
- Mas não superou, certo? - perguntou Edward sem rodeios. - O que fizemos ali em cima... - ele apontou para a cama. -... prova isso, Bella, e qual é o sentido em fugir do óbvio?
- Você me trouxe para cá com esse plano em mente, Edward? - ela indagou, desconfiada. - Você sabia como eu me sentia a seu respeito? Esta casa dos sonhos foi uma maneira de me seduzir? - envergonhada, ela percebeu como estivera perto cair na armadilha dele.
Havia diversas maneiras de responder àquelas perguntas, e ele escolheu a mais sensata.
- Passou por minha cabeça sim, que nós poderíamos acabar juntos na cama novamente. Não vou negar isso.
Bella fechou as mãos e o fitou com raiva, antes de olhar para o chão e contar até dez, para tentar acalmar-se um pouco.
- Estou sendo honesto aqui. Eu... realmente senti sua falta quando você foi embora. Ainda a desejo e não tenho vergonha disso.
Bella teve uma vontade de dar uma gargalhada. "Ele sentira sua falta!" Era muito fácil falar que a queria... que a queria o bastante para sair e comprar-lhe uma casa no campo. Ele queria era qualquer coisa para assegurar que ela se ligasse emocionalmente a ele, de modo que, quando isso acontecesse, Edward estaria livre para voltar a relacionar-se com outras mulheres, sabendo que Bella acharia impossível substituí-lo.
- Bem, eu tenho vergonha. - devolveu ela friamente. - E me sinto atormentada por ter compartilhado sua cama de novo. Porque você não me faz bem. Você é atraente, Edward, ninguém pode negar isso... e eu sou humana, afinal de contas. Mas não me orgulho de ter ido para sua cama. Estou decepcionada comigo mesma.
- Não diga isso! - pediu Edward desesperado.
Seus planos e expectativas estavam sendo destruídos a cada segundo, mas ele não sabia como deter aquilo.
- Tudo bem, não direi. Mas eu quero ir embora. Pode me levar até a estação rodoviária? Ah, é claro que você não tem ideia de onde fica... - ela deu um sorriso irônico. - Você poderá precisar usar seu GPS.
Ela pretendia ir para casa, a casa de sua mãe. E lhe contar a notícia inesperada. E claro, Edward não permitiria que ela pegasse um ônibus.
- Você perdeu o juízo se acha que eu a deixarei fazer essa viagem de ônibus. - disse ele com firmeza, observando-a a continuar enchendo a mala sobre a cama.
- Você não pode me obrigar a fazer nada, Edward Cullen. - Bella estava muito perseverante.
- Eu não colocaria isso em teste... - Edward disse.
- Ou? - Bella parou o que estava fazendo para encará-lo.
- Ou poderei mantê-la aqui até que você se acalme.
- Ah, você não ousaria! - ela voltou a arrumar a mala.
- Não sabe que nunca deveria dizer uma coisa dessas para um homem como eu? - Edward balançou a cabeça e inspirou fundo.
- Se me der licença, preciso tomar outro banho. - Bella o ignorou.
- Ótimo, você toma um banho e depois conversamos.
- Conversar sobre o quê? Sobre o jeito como você arquitetou toda essa situação? - Bella se sentiu furiosa novamente. Ela respirou fundo, tentando não pensar na humilhação de ter sido uma conquista fácil para um homem que queria exercer sua autoridade sobre ela. Também estava tentando não se sentir desapontada pelo pensamento de ir embora de lá. A casa era maravilhosa, e exatamente o tipo de lugar que ela adorava. - Eu deveria ter desconfiado de que você era a última pessoa do mundo que teria uma casa como esta! - ela exclamou com os olhos enchendo-se de lágrimas.
Sentindo-se derrotada, sentou-se na poltrona próxima à janela e observou quando Edward se acomodou na cama.
- O que você quer dizer com isso? - questionou Edward.
Ele a estava estudando agora, notando que o rosto corado ia perdendo a cor aos poucos.
- Desde quando você é do tipo de cômodos pequenos e espaço ao ar livre? Fui uma boba em acreditar na sua história sobre vir aqui nos fins de semana. Você não gosta de se afastar de seu trabalho. Por que precisaria de relaxamento num chalé no campo?
Edward pensou no que ela dissera, então ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso encantador.
- Por incrível que pareça, este lugar não parece tão entediante quanto eu imaginei que seria.
- Humpf... - Bella bufou. - Como você pôde me enganar?
- Eu vou encher a banheira para você. - Edward disse, se levantando da cama.
- Essa não é uma resposta! - ela gritou.
- Eu sei. Venha.
- Não vou tomar banho com você por perto. - disse Bella com firmeza.
- Eu sei Bella. Não esperaria que fizesse isso.
Embora tivesse quase certeza de que, se Bella saísse do banheiro só com a toalha, nenhum dos dois seria capaz de controlar o desejo.
Ele a deixou sentada na poltrona e seguiu para o banheiro, a fim de encher a banheira. Cinco minutos depois ele voltou ao quarto, encontrando-a ainda na poltrona, parecendo pensativa.
- O que você vai fazer com a casa depois que eu for embora? - Bella perguntou, um pouco mais calma.
- Conversar com você está começando a parecer uma experiência de andar sobre cacos de vidro. - disse Edward. Ele estava lutando por paciência, enquanto se perguntava como aquela mulher podia prejudicar seu autocontrole. Ele balançou a cabeça, tentando clarear os pensamentos. - Qualquer coisa que eu disser Bella, você interpretará da pior forma possível. Eu fiz de tudo para cuidar de suas necessidades. Comprei esta casa, porque sabia que era o tipo de lugar que você gostava. Cheguei a imaginá-la relaxando no jardim, longe do caos de Seattle. - Edward suspirou. - E você gosta da casa e gosta do jardim... então, como eu me tornei um grande vilão? E daí se tivemos momentos íntimos? Você queria aquilo tanto quanto eu.
- Isso foi antes de eu descobrir que tudo que você fez era articulado para me levar para a cama. É como se... você tivesse pego meus sonhos e os manipulado para conseguir o que queria.
- Bella, vá tomar seu banho.
Edward se virou para sair do quarto.
- Quando eu sair do banho, quero que você me leve para a estação rodoviária! - exclamou Bella.
Edward parou no meio do quarto e girou o corpo para encará-la.
- Farei melhor que isso! Eu a levarei direto para a casa de sua mãe. - ele retrucou, elevando sua voz. Estava irritado.
- Ótimo! E eu não quero que você fique por aqui enquanto tomo banho!
 Ela se levantou, tremendo como uma folha. Bella insistira e conseguira o que queria. Então por que se sentia tão arrasada?
- Tudo bem. - ele falou entre os dentes.
- E nem pense em entrar no banheiro. Não há trinco na porta.
- Eu não entrarei, a menos que suspeite que você tenha decidido cochilar. Acredite ou não, eu me importo com seu bem-estar.
Com aquele comentário dele, Bella reprimiu a tentação de perguntar como Edward podia ser tão frio, enquanto ela era um poço de emoções. Mas por que seria diferente? Ele nunca lhe dissera uma palavra sobre amor, afeição... nem mesmo no calor do momento, quando todas as barreiras estavam baixas.
Como ainda podia amar um homem assim? Como ela podia construir todas as suas defesas, e então, deixá-las desmoronar no instante em que ele a tocava? Onde estavam seu orgulho e autoestima?
Edward, mantendo a calma, tinha ciência de que não gostava quando Bella se afastava da maneira como estava fazendo agora. Preferia que ela fosse pegajosa e carente. Era uma noção perturbadora e ele não sabia o que fazer, então escolheu fazer a vontade dela. Levaria Bella para a casa da mãe dela. Seria uma viagem longa e tediosa, mas lhe daria tempo para pensar num plano B, agora que o plano A fracassara tão espetacularmente.
- Se você não se importa em sair... - disse Bella.
Edward a olhou por alguns segundos, antes de virar-se e andar em direção à porta. Ele estava triste.
Ele esperou exatamente meia hora, então voltou a subir a escada, fazendo bastante barulho para alertar que estava chegando, o que funcionou, porque ela abriu a porta antes que ele tivesse tempo de bater. Edward olhou com raiva para a mala pronta, mas manteve a calma.
- Bella, vamos conversar...
Bella não respondeu e caminhou até a janela. O silêncio dela era enervante.
- Então, você decidiu não falar comigo? - perguntou Edward, pegando a mala de cima da cama.
Ele desceu a escada e esperou-a na sala. Uma energia estranha e irrequieta deixou-o desconfortável.
Quando ela desceu, perguntou:
- Quanto tempo vai levar para chegar à casa de minha mãe?
- Algumas horas. Eu farei paradas ao longo do caminho, para que você possa esticar as pernas.

Continua...

Como um momento tão bonito pode se transformar em toda essa confusão de forma tão rápida? E eu que achei que agora eles iam se entender já que ele, finalmente, aceitou que a ama... achei que, como ela cedeu ao sentimento, eles iam se acertar e começar uma nova história, juntos. Ao mesmo tempo em que eu acho que Bella está fazendo tempestade num copo d’água, tenho que concordar que ele manipulou os sentimentos dela a seu favor e isso não foi legal. Espero que eles conversem durante a viagem e fiquem bem novamente. Beijos e até amanhã.

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9 comments:

  1. Uau... O jogo virou... E agora Edward está amargando nas mãos de Bella... Vamos ver como isso vai terminar...
    Bjos e Bom Fim de Semana para todas!

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  2. Perfeito!! esses dois nao tem jeito ne, hora q ta quase se ajeitando eles estragam tudo, ele manipulamdo as coisas e ela descobrindo. Adorei ate amanha. Beijusculo.

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  3. BOM FINAL DE SEMANA PRA VC tbm Marla.
    Ai caramba q montanha russa de emoções,quero so ver o q vai acontecer agora com ed vai correr atras da bella,ai curiosa mto mto ate amanha bjusculossssss!!!

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    1. Oi Ninha!! É, montanha russa mesmo!! he..he..he.. Muitas emoções.

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  4. isso mesmo Bella primeiro dá uma lição nesse Edward depois corre para o abraço.

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  5. bom eu entendo EDWARD ele so quiz ser cuidadoso com ela e o bebe e tbm aproveitou pra aproveita tbm ja que ele ama ela

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  6. é isso aí Bella sem corpo mole, agora o Edward vai acordar pra realidade, e não pensar só em si mesmo, ele tem q pensar agora em ter uma vida a dois com Bella e sem esse joguinho de manipulação dele....anciosa para o prox cap...só espero q a Bella não volte atras se não vai botar tudo a perder...bjs

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  7. hahahaha chupa edward agora corre atrás.

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  8. Muito intenso esse cap. Edward podia falar logo que a ama
    bjos da Sol

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...