Oi gente! Estou colocando as coisas em ordem e aos pouquinhos vou voltando ao normal, então não vou me estender muito na introdução, só vou adiantar que o capítulo está pra lá de emocionante... e lindo.
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 36 - Encruzilhadas -
Parte 3
Na arejada sala, sentada em um
sofá de vime estofado, escutei com grande frustração o Doutor explicar a
ausência de Edward.
Já
fazia quatro dias que ele se isolara no centro da ilha, junto com a tribo
Waibirir. Carlisle deixou claro que seria impossível nos levar até lá. Era um
percurso extremamente difícil em mata fechada e duraria bem mais do que 24h.
Mesmo
procurando ser forte, não consegui falar nada por vários minutos. O Doutor foi
solidário, nos serviu um lanche e ofereceu hospedagem por tempo indeterminado.
—
Isso é tão injusto. — Jasper comentou devorando um sanduíche. — Viajamos tanto
pra nada.
—
É mesmo uma infelicidade. Se tivessem mais tempo... — Carlisle estalava os
dedos das mãos, exatamente como seu filho fazia quando estava nervoso.
—
Bella não pode ficar e depois voltar pra casa num vôo comercial? — Lice
sugeriu.
—
Será complicado explicar como ela chegou aqui. Pode até sujar pro lado da Sra. Ryan.
— Não havia com negar que Emmett tinha razão.
—
Talvez... — Sarah coçou a testa, ainda procurando uma solução. — Quem sabe não
consigo convencer os pilotos a esperarem mais um tempinho? — Voltou-se para o
ex-marido. — Quantos dias Edward costuma ficar com essa tribo?
—
Em torno de duas semanas. — Via-se que o Doutor não acreditava na possibilidade
dele retornar antes disso.
—
Por favor. — Não consegui mais me abster. — Vamos apenas aceitar que não há
como reverter o desencontro. — Engoli em seco, lutando para não expor minha
aflição. — Obrigada por estarem sendo tão bons e compreensivos comigo, mas o
melhor é partimos amanhã para evitar qualquer problema. Sarah, me desculpe. Não
sei onde estava com a cabeça quando permiti que se envolvesse nessa loucura. —
A culpa me impediu de encará-la.
—
Fui voluntária. — Ela sorriu timidamente. — Na verdade, você não estaria tão
decepcionada agora se não fosse por minha insistência. Achei que ia ser mais
fácil, então sou eu quem te deve desculpas.
Neguei
fervorosamente, desejando um dia retribuir seus favores. Por hora, o mínimo que
podia fazer era voltar o quanto antes para os Estados Unidos. Evitar que Sarah
e seus funcionários fossem legalmente prejudicados se tornou minha prioridade.
(...)
A noite chegou e junto com ela
veio um conhecimento maior de como era a rotina de Edward. Sua casa era
modesta, entretanto possuía um inteligente mecanismo de água encanada extraída
de poço artesiano. Assim como também um sistema de fossa séptica e sumidouro.
Já a energia elétrica provinha de painéis solares instalados nos fundos da
casa. O anexo que vi antes se tratava do laboratório de pesquisa do doutor e
tive que implorar para os rapazes não o invadirem.
Alguns
móveis eram de vime e outros de cedro. A decoração rústica combinava com o
lugar. Nas paredes da sala admirei alguns belos quadros, porém aquele cômodo
realmente precisava de um toque feminino. O banheiro era absolutamente
convencional. A cozinha era simples e organizada: fogão, geladeira, mesa e
cadeiras, armários e utensílios básicos. Não pude deixar de notar a falta
deliberada de tecnologia, essa provavelmente usada somente no laboratório.
No
todo, era um bom lugar de se viver. A esplêndida paisagem que podia ser
admirada pelas muitas janelas, compensava a ausência de elementos modernos.
Bem
antes do jantar, Carlisle cedeu seu quarto a Sarah. Ele se juntou aos rapazes
na sala, onde distribuiu sacos de dormir. Alice e eu ficamos com o quarto de
Edward, local que nos fez rir assim que o adentramos. Tudo ali gritava o nome
dele.
Os
principais móveis como o roupeiro e a cama grande foram feitos com o mesmo tipo
de madeira usada na construção da casa. Havia dezenas e dezenas de livros
enfileirados em prateleiras no lado direito do cômodo. Elas ocupavam quase toda
a parede, deixando apenas um espaço para uma antiga escrivaninha. Na prateleira
mais baixa, vimos uma tigela tribal repleta de pedras semipreciosas.
A
cama ficava no meio do quarto, abaixo de uma janela que tinha o dobro do
tamanho das janelas convencionais. A vista dava para a floresta a poucos metros
dali. Como criado mudo, Edward usava parte de uma grossa tora de madeira. Essa
possuía várias inscrições talhadas em uma língua que eu não conhecia. Perto do
criado mudo, estavam jogados no chão dois rolos de corda próprios para
escalada, capacete, mosquetões, luvas e outras coisas das quais eu não sabia o
nome.
No
lado esquerdo do cômodo, admirei uma espécie de mural com muitos desenhos dele.
Lá estavam retratados a puma Indah e outros animais nativos. Em destaque,
estavam alguns desenhos de lugares lindos, certamente localizados na ilha.
Ingenuamente acreditei que meus retratos estariam expostos com os demais, porém
não tinha nada ali que me representasse.
—
Que coisitu nindu de viver. — Alice veio correndo me mostrar um porta-retrato.
Assim
que o peguei também sorri, pois era uma foto de Edward com seus pais. Ele devia
ter uns 5 ou 6 anos de idade. O cabelo loiro claro caía sobre os olhos muito
azuis em contraste com a pele rosada.
—
T-zed tem ótimos genes. — Com um sorrisão, Lice me tomou o porta-retratos. —
Podíamos fazer fortuna vendendo o sêmen dele para inseminações artificiais.
—
Tem certeza que é uma boa hora pra falar suas esquisitices? — Coloquei as mãos
na cintura, meio sem paciência. O que me incomodava era a bizarra pontinha de
vontade de ceder à idéia. Ainda bem que logo caí na real e voltei a me
concentrar na foto. — Sarah não mudou quase nada. — Isso me impressionou.
—
Só o cabelo. Era compridão. E o pai do Ed, hein?! — A inconveniente fez uma
cara sacana. — Esse galo é velho, mas ainda dá um caldo de sustância.
—
Sem comentários. — Pressionei os lábios para não rir. — Mas vai rolar mesmo um
namoro entre você e o Emmett? — Tudo que eu estava vivendo nas últimas quarenta
e oito horas parecia um estranho sonho.
—
O que posso fazer se eu amo aquele vagabundo desmiolado? — Confessou
suspirando.
—
Vagabundo desmiolado? É, parece que esse namoro vai ser animado... —Cocei a
cabeça imaginando as muitas brigas e as reconciliações despudoradas.
(...)
No jantar o Doutor nos serviu
risoto de camarão. Fiquei surpresa, pois achava que ele também era vegetariano.
Acabei descobrindo que aquela era uma opção somente de seu filho, e apenas
durante o rito de passagem dos Waibirir. Procurei ser uma companhia agradável,
mas intimamente sofria por estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe do que
buscava.
Durante
boa parte da noite, observei Sarah e Carlisle. Duas pessoas muito diferentes,
com interesses ainda mais opostos. O intrigante é que qualquer um podia
perceber que existia um magnetismo entre eles. Era engraçado como passavam a
mão pelos cabelos quase ao mesmo tempo, ou como demonstravam ansiedade em
pequenos gestos.
Eles
viveram uma história de amor, tiveram um filho... Acho que esse é o tipo de
passado difícil de esquecer. Provavelmente o inesperado reencontro trouxe à
tona várias recordações.
Depois
do jantar, Lice me pressionou a interrogar o Doutor a respeito de Ed, só que me
recusei a fazer isso. As questões não podiam ser esclarecidas através de um
intermediário. Eu precisava olhar nos olhos de Edward e saber se ele ainda
sentia algo por mim. Queria ouvir da boca dele o porquê de ter me evitado por
quatro meses, e como pôde me ignorar na estação de trem.
Durante
a madrugada, a temperatura despencou. Sem pensar muito, vesti um blusão de
Edward que encontrei pendurado atrás da porta do quarto. Até parecia que ele
tinha acabado de largar ali.
Meu
grande erro foi não ter previsto o quanto aquilo me afetaria. A saudade que o
cheiro dele trouxe ardeu como brasa no meu peito. Não tive forças para
permanecer no cômodo, então atravessei a sala na ponta dos pés e cheguei
silenciosamente à varanda.
A
lua que encontrei radiante no céu iluminava toda a clareira. Sem tirar os olhos
dela, me arrastei pela varanda brincando com o zíper do moletom. Ao me
aproximar dos fundos da casa, ouvi sussurros. Assim que percebi que eram os
pais de Edward conversando, dei a volta antes que me vissem. Logo me convenci
de que falavam sobre ele, embora meu lado romântico quisesse acreditar que o
assunto era mais íntimo.
Afastei-me
o máximo que pude deles e me acomodei em uma das espreguiçadeiras de vime. Não
encontrei um modo de driblar a melancolia, já que cada suspiro vinha carregado
de ansiedade e frustração.
—
Seus passos me acordaram. — Jasper sussurrou, vindo sentar no chão perto de
mim. — Brincadeira. Não consegui dormir porque queria te dizer uma parada.
—
O que foi? Não gostou da ilha?
—
Não é isso. — Respondeu num tom sério. — Sabe, estava pensando com meus suspensórios...
É muito “chão” daqui pra Orlando. Se eu atravessasse o planeta por uma garota e
a encontrasse enroscada com outro cara, ia fica muito, muito irado. Está
entendendo? Talvez Ed só esteja ressentido.
—
Como vou saber? — Dei de ombros. — Estou completamente perdida entre a sua
teoria e a de Sarah. — Gemendo de desgosto me encolhi na espreguiçadeira. — Não
dá mais pra mim, Jazz. Tenho estado sempre correndo atrás de Edward. Vir aqui
foi minha última tentativa. — Voltei meus olhos para a lua. — Até quando vou
forçar o que não está destinado a acontecer?
Meu
irmão afagou-me o braço, sem saber o que dizer.
(...)
Como um prêmio de consolo, no
início da manhã o Doutor levou o pessoal para um passeio na cachoeira há trinta
minutos dali. Completamente sem ânimo, me recusei a deixar a casa. Fiquei
esperando na varanda para o caso de Edward milagrosamente regressar.
Nas
primeiras horas, travei uma difícil batalha contra insistente esperança.
Algumas vezes, parecia que Edward ia surgir por entre as árvores e correr para
os meus braços. Quase sempre essa ilusão era seguida de uma revolta contra mim
mesma. Como eu podia me enganar tanto?
Não
tinha jeito. Logo que Sarah e meus amigos retornassem, iríamos para a praia
embarcar no maldito pesqueiro. Meu tempo se esgotava com tanta rapidez que
quase podia senti-lo escorrer por entre meus dedos.
Encolhendo-me
na espreguiçadeira, abracei os joelhos sem conseguir tirar os olhos da
floresta. Recusava-me a acreditar que depois de tudo que vivemos nossa história
ia se perder ali. Em meio a mal-entendidos, mágoas e desencontros. Melhor teria
sido jamais quebrar a promessa de nunca olhar para trás. Perdemos a chance de
deixar intacto um sentimento...único.
—
Por favor... Por favor... — Aos sussurros fechei os olhos, implorando por um
milagre. Em contrapartida, o medo de descobrir no que os sentimentos de Edward
se transformaram me debilitava. — Eu preciso tanto, por favor... — Desejei
vê-lo nem que fosse só mais uma vez.
Contradizendo
o que falei antes a Jasper, corri até o quarto de Edward e peguei algumas
folhas de papel e lápis. Sentei novamente na espreguiçadeira e fitei uma folha
em branco, pensando em como traduzir em palavras aquela última tentativa.
Precisava transcrevê-la em uma linguagem que cruzasse o abismo que nosso
rompimento criou. Então, com a mão hesitante, comecei a moldar uma ponte.
“Edward, tenho medo de
perguntar por que não me procurou quando pôde. Sei que fizemos um acordo de não
olharmos para trás quando nos despedimos naquela noite e, além disso, ainda
estou tentando negar que era você na estação de trem.
Mas
sei que o vi, e naquele instante tudo renasceu em mim com tal força que acabei
por descumprir outra vez o acordo... Assim sendo, por tudo que foi e pelo que
poderia ter sido, percorri mais quilômetros do que consigo calcular só pra te
dizer que...”
Não consegui ir adiante. Por
meses elaborei frases para o caso de um dia revê-lo e agora nenhuma parecia
significativa o bastante. Não sabia como me concentrar com o choro preso na
garganta me sufocando.
Tanto
que procurei ser forte e equilibrada para não sofrer. Tanto que lutei para
assumir o controle de minhas ações. Mas lá estavam elas, sendo outra vez
norteadas pela minha insistente vontade de ser feliz. Então do que adiantava
ser evasiva? Não era hora de ser orgulhosa, pois, dependendo dos sentimentos de
Edward, talvez eu nunca mais tivesse a oportunidade de ser tão honesta com ele.
Motivada
por isso, bloqueei todos os pensamentos confusos e me entreguei somente à
essência da razão de estar ali. E essa entrega veio junto com lágrimas eu que
vinha reprimindo desde Orlando. Com extrema convicção, continuei a mensagem em
outro parágrafo sem me importar com os primeiros.
“Edward, eu te amo. Não sei por
que demorei tanto tempo pra dizer, mas eu te amo! Estava enganada quando disse
que não conseguiríamos manter um relacionamento. Mesmo antes de descobrir o que
eu sentia, já enfrentava tudo por você, lembra?
Só
quero que tenha certeza disso.
Com amor, Bella Swan.”
Dobrei a carta com cuidado e
lentamente enxuguei as lágrimas. Depois, me obriguei a encher os pulmões de ar,
levantando-me preguiçosamente. Nesse mesmo instante, ouvi um estranho barulho
na mata.
Apreensiva,
relanceei os olhos pelo local procurando a origem do som. Foi então que avistei
alguns arbustos trepidando há uns dez metros da casa. Meu pensamento foi um só
e, em reflexo, meu coração disparou na expectativa.
—
Edward? — O chamei em voz alta, prestes a correr a seu encontro.
Engolindo
em seco, dei um passo à frente. Mas para a minha infelicidade, quem apareceu na
clareira foi Indah. De imediato lembrei que Carlisle falara dela durante o
jantar. Segundo ele, sempre que Edward planejava se ausentar, soltava Indah na
floresta. Depois de um tempo, ela curiosamente retornava por vontade própria.
Exatamente como um felino doméstico faria.
A
fêmea me pareceu maior do que o puma que fugiu do zoológico. Estimei que pesasse
em torno de 70 quilos, e talvez tivesse uns dois metros de comprimento do
focinho até a calda. Conforme ela se aproximava da casa, o sol iluminava sua
pelagem castanha amarelada.
Por
estupidez, só me dei conta dos riscos quando Indah subiu os degraus da varanda.
Considerei a idéia de correr para dentro da casa, mas temi que isso a
estimulasse a me caçar. Sem alternativas, continuei parada, procurando
desesperadamente não demonstrar medo. Aquele era um péssimo momento para lidar
com a felina.
Atraída
pela minha figura, Indah primeiro me estudou com seus olhos âmbar. Usando a
experiência que tive com o outro puma, sustentei seu olhar não me deixando
intimidar. Não pensei muito em um ataque iminente, só tentei não provocá-la.
Não
parecendo muito ameaçada por minha presença, a felina começou a se aproximar
lambendo o focinho. Admito, era possível que eu estivesse ficando louca, porque
sorri achando Indah muito bela.
Com
o nível de adrenalina subindo, prendi a respiração por segundos enquanto ela
farejava meu braço. O intrigante foi que inclinou a cabeça, como se esperasse
um afago. De repente, me lembrei que ainda estava com o blusão de Edward.
Talvez o odor de estranhos tenha lhe confundido no início, mas o cheiro do seu
dono em mim não permitiu que me visse como uma intrusa. Pelo contrário,
deixou-a mansa a ponto de deitar junto aos meus pés.
—
Que incrível. — Balbuciei admirada.
Sem
dúvida, desde muito cedo Edward amestrara Indah para ser equilibrada. Suas
técnicas deviam ser muito boas, por isso me questionei se não usara algumas
delas comigo.
(...)
Quando Carlisle retornou,
conduziu Indah para um abrigo atrás da casa. Os rapazes não perderam tempo e
tiraram fotos dela para juntar com as que tiraram da ilha.
Como
ninguém aceitou almoçar com medo de vomitar no barco, pegamos as mochilas e
voltamos para a praia, guiados pelo Doutor. Percorrer a trilha foi difícil,
porque a cada trinta segundos eu olhava para trás, frustrada com o desfecho da
viagem.
Assim
como combinado, o pescador nos aguardava no píer. Ele saiu do barco e trocou
rápidas palavras com Carlisle. Em seguida, nos apressou alegando que seria
melhor partimos antes do entardecer.
Sarah
foi a primeira a se despedir do Doutor. Apertou sua mão e deu-lhe um beijo na
bochecha que fez Alice virar o rosto pra não rir. Os meninos também mostraram
gratidão dando um tapinha nas costas do cientista. Não deixaram de dizer o
quanto apreciaram Malaita.
Lice,
sempre muito “dada”, abraçou o homem, depois me cutucou para que eu fizesse o
mesmo. Carlisle então sorriu pra mim, colocando uma mão em meu ombro. Como não
consegui retribuir a gentileza, apenas puxei do bolso a carta que escrevi.
—
Por favor, pode entregar isso a Edward? — Fiquei olhando o papel passar da
minha mão para a dele.
—
Claro. Tenha uma boa viagem, Bella. Mande lembranças minhas a seu pai e... —
Por educação não riu. — Pode ficar com o blusão.
—
Ah, meu Deus... — Bufei constrangida por ainda estar metida nele. — Obrigada. —
Meu sorriso tímido revelou que não ia conseguir devolver mesmo. — Obrigada por
tudo.
O
pescador voltou a nos apressar e o pessoal logo subiu no barco. Fui a última a
embarcar, tentando retardar o momento. O problema é que eu nada podia fazer
além de me acomodar na popa.
De volta ao mar, assisti o
pesqueiro se distanciar metro a metro de Malaita... E da tola esperança de
rever o selvagem. Durante os vinte primeiros minutos ninguém falou nada,
cientes de que eu preferia assim.
Por
causa da amargura, a paisagem perdera parte do encanto. Desbotada, como um
sonho antigo que mal se consegue lembrar. Nesse sonho, Edward teria chegado a
tempo, mas ele não apareceu. Não surgiu acenando da praia.
O
que eu podia fazer além de me conformar? Nem todas as peças se encaixam. Nem
sempre há aplausos ao final do show. E raramente conseguimos tudo que queremos.
Agora só me restava seguir com a maré...
Muitos
outros minutos se passaram e eu já não conseguia enxergar a praia, somente as
montanhas. Fatigada, baixei a vista e, por consequência, dei as costas a
Malaita.
Juntei-me
a Sarah perto da cabine e me sentei bem ao seu lado. Alice também se aproximou
e ficamos as três enfileiradas na lateral esquerda da embarcação. Jasper e
Emmett preferiram continuar no outro lado do convés, observando a paisagem com
o binóculo do pescador.
Sem
vontade de conversar, inclinei a cabeça para trás, deixando o sol queimar meu
rosto. Sarah então ligou o Iphone para checar sua agenda, enquanto Alice
apelava para um tipo de meditação a fim de não vomitar. O silêncio perdurou por
cerca de meia hora, até que não consegui mais mantê-lo.
—
Desculpem-me. — Engoli em seco, tentando desfazer o nó na garganta. — Eu tenho
que... — Hesitei, com dificuldade em completar a frase. — Não precisam explicar
nada, só concordem ou discordem. — Fitei um ponto no chão e não ergui mais os
olhos. — Quando Edward foi para Orlando eu estava doente por Brad. Então ele passou
a sentir algo por mim, mas eu o menosprezava. Daí se envolveu com Jully na
mesma época que comecei a querê-lo. Insistimos em ficar juntos sabendo que
tínhamos pouco tempo, e poxa... O Link69 ainda conseguiu diminuir esse tempo. —
Gemi de desgosto. — Meses atrás, Edward regressou aos EUA e não me procurou.
Depois, me viu com um amigo e me deu as costas. Agora, mesmo com tudo isso,
venho aqui e não o encontro. — O final da declaração me deixou muda por
segundos. Quando a palavra voltou à minha boca, soou muito mais autêntica do eu
esperava. — Entre mim e Edward... Nunca dará certo. Do contrário, não teríamos
que forçar, forçar e forçar. Não é? — Ansiosa encarei minhas amigas. — Não é? —
Insisti, pois não responderam. — Mundos diferentes, índoles distintas e
caminhos opostos. Parte de mim acreditou que ele apareceria na praia, mas não é
pra ser. Nem hoje,... — Arqueei as sobrancelhas, afetada pela conclusão. — Nem
nunca.
Esperei
por comentários, repreensões e discursos de consolo. Porém, esperei em vão, pois
Sarah e Alice não conseguiram dizer nada. A explícita verdade as impediu de me
persuadirem do contrário. Nem suas melhores intenções eram páreas para a
constatação.
—
Tudo bem. — Suspirei me arrependendo de tê-las importunado. — É melhor eu ficar
sozinha um pouco.
Sem
dúvida, eu estava arrasada, mas não pretendia sofrer para sempre.
Junto
à proa, fechei os olhos, sonhando com o futuro. Um futuro que definitivamente
não incluía Edward, mas ainda seria cheio de realizações e momentos
especiais... E por que não? E quanto ao ditado: Deus fecha uma porta, mas abre
uma janela? Existe uma boa chance de a minha felicidade estar guardada atrás de
uma delas. O que posso fazer se o meu vício é sonhar? Ultimamente, só um
“talvez”, quase sempre me basta.
Para amenizar o calor, me livrei
dos tênis e subi as pernas da calça até a panturrilha. Em seguida, desci o
zíper do blusão deixando-o aberto. Voltando a fechar os olhos, me encolhi
enfiando as mãos nos bolsos do moletom. De repente, franzi o cenho apalpando
algo bem no fundo do bolso direito.
Intrigada,
puxei o achado deparando-me com um saquinho de veludo azul marinho. Não pensei
duas vezes, despejei o conteúdo na palma da mão.
—
Mas o que... — Balbuciei espantada.
Deixei
o saquinho de lado para contemplar o anel de prata. Na superfície estava
gravada em minúsculas letras itálicas a seguinte frase:
Eu
não desisto, você não desiste.
De
olhos arregalados notei que o anel era pequeno demais para caber nos dedos de
Edward. Foi então que, por instinto e algo mais, vagarosamente coloquei o anel
no meu anular esquerdo e coube perfeitamente.
Ergui
a mão admirando a jóia e o sol reluziu sobre ela, ressaltando a inscrição. Não
consegui pensar em nada. Fiquei completamente absorta pelo anel.
—
BELLA! BELLA, VEM AQUI! — Alice começou a berrar do final do pesqueiro.
Sobressaltei-me
como se ela tivesse me dado um choque. Por sorte, me recuperei num instante.
Atravessei correndo o convés e a alcancei em segundos. Todos os meus amigos
estavam amontoados na popa, olhando na mesma direção.
—
O que foi? — Perguntei atordoada.
De
imediato Emmett me entregou o binóculo explicando:
—
Ou estamos vendo um Óvni no horizonte, ou uma lancha vem vindo muito, muito
rápido. — Sorriu.
—
É sério? — Pegando o binóculo, dei um passo à frente.
Olhei
na direção que indicavam e consegui avistar a embarcação. De fato parecia uma
lancha, mas por causa da grande distância não dava para saber quem a conduzia.
—
Será po-possível? — Gaguejei embasbacada.
—
Por que não estamos parando? — Jasper levantou a questão.
—
Ah, meu Deus! Temos que parar! — Esbravejei olhando para trás.
—
PÁRA ESSA BANHEIRA! — Chacoalhando as mãos no ar, Alice saiu correndo para a
cabine do pescador.
Ela
falou com o homem e tivemos que esperar o resultado. Sentimos o pesqueiro
diminuir a velocidade lentamente, só que a meu ver estava demorando muito pra
parar. Continuei esquadrinhando o horizonte e bem aos poucos a visão da lancha
foi ficando mais nítida.
—
Não acredito. — Murmurei.
—
NO QUÊ? — O pessoal berrou ao mesmo tempo, numa aflição só.
—
É ele. — Anunciei boquiaberta.
A
silhueta de Edward era inconfundível e a lancha vinha na nossa direção em uma
velocidade espantosa. Minhas mãos logo ficaram gélidas, enquanto meu peito doía
pela adrenalina inesperada.
—
Sabia que T-zed não ia me decepcionar. — Jazz sorriu ficando sentimental.
—
Estamos quase parando. — Sarah avisou entusiasmada.
—
Espera... — Confusa afastei o binóculo do rosto. — Ele também. Mas por quê?
—
Droga! Quem é que aguenta essa montanha-russa emocional?! — Meu irmão se
chateou.
—
E agora? O que deu nesse homem? — Alice também se revoltou.
—
Eu... Não sei. — Pouco depois que paramos, a lancha empacou a cerca de quase
setecentos metros.
—
Me deixa ver. — Sarah estendeu a mão e passei-lhe o binóculo.
Junto
com os demais forcei a vista, esperando entender o que se passava com Edward.
Suas ações não faziam sentido!
—
Ele desistiu? — Emm rosnou querendo matá-lo.
Antes
mesmo que a pergunta me afetasse, Sarah se manifestou estupefata.
—
Deus do céu... Ele pulou no mar!
—
O quê? — Em um ímpeto, me inclinei sobre o corrimão e meus amigos fizeram o
mesmo.
Coloquei
a mão acima das sobrancelhas para bloquear a luz solar e, com extrema
dificuldade, consegui enxergar Edward vindo a nado. Sua iniciativa me fez
entontecer.
—
Acho que a lancha ficou sem combustível. — Sarah presumiu um pouco preocupada.
— Que loucura, ele poderia ter ficado à deriva se não tivesse nos encontrado.
Impressionada,
olhei de relance para ela. Nenhuma de nós tinha “estômago” para imaginar a
situação.
Corroendo-me de ansiedade,
observei com esforço o progresso de Edward. Subitamente, o falatório à minha
volta se tornou um murmúrio abafado.
De
modo inesperado, comecei a ter uma crise estranha que não pude conter. Fui
acometida pelas piores lembranças dos últimos meses. Aquela sensação vívida da
decepção, angústia e solidão só precederam a recordação do que falei a minhas
amigas. De fato, Edward e eu estávamos sempre forçando e, como resultado, a
vida tratava de se reprogramar para nos distanciar.
Pelo
Edward que conheci, o do diário, eu estava disposta a enfrentar tudo como
sempre fiz. Como escrevi na carta. Entretanto, seria o homem frio da estação de
trem que vinha ao meu encontro? O mesmo que fez questão de me evitar por meses?
Temi não reconhecê-lo quando o confrontasse.
Assistindo
a cada braçada de Edward, o qual ainda estava a uns seiscentos metros, comecei
a transpirar de nervosismo. Então meus olhos automaticamente se fecharam,
reagindo à resolução do coração. Este, por sua vez, já não aguentava mais ser
remendado.
—
Não tem jeito. — Concluí tirando o blusão. Até mesmo os tais remendos
pertenciam àquele homem que, finalmente, “corria” atrás de mim.
O
anel no meu dedo, contendo a frase da qual somente nós conhecíamos o real
significado, teve o poder de liberar a genuína Bella por quem sei que o
selvagem se apaixonou. Decidi ali que nem a distância criada por quilômetros,
metros ou ações me impediria de ficar com ele.
Surpreendendo
a todos, subi no corrimão e me joguei no mar. Afundei imediatamente, mas ao
emergir tomei o fôlego necessário para dar as primeiras braçadas.
—
Bella, sua louca! Não morra! — Alice vociferou jogando uma bóia na água e fui
ao encontro dela.
Apoiando-me
na bóia, nadei com toda energia. Meus membros que antes estavam letárgicos
recobraram as funções. Lúcida e determinada, avancei para realizar a decisiva
tarefa de chegar a Edward.
Ele
vinha como se nada importasse além da longa reta que nos separava. Como um
ótimo nadador, não parou nem por um segundo. Eu podia não ter a mesma
desenvoltura ou velocidade, mas meus esforços contaram muito, pois encorajaram
seus braços cansados a persistirem.
Excedendo
aos próprios limites, Edward conseguiu ser ainda mais rápido.
Já
pra mim, foi difícil manter a respiração regular. Teve um momento em que
cheguei a engolir um pouco de água. Mas embora as complicações não cedessem,
continuamos a nadar e a nadar. Estávamos totalmente conscientes de que cada
braçada significava um obstáculo a menos...
E
mais cedo do que esperávamos, todos esses obstáculos ficaram para trás. Daí
nada mais pôde evitar que nos reencontrássemos no meio do Pacífico.
Ofegando
muito, intencionei falar, mas então Edward chegou agarrando minha nuca. Ele
pressionou avidamente os lábios contra os meus, respirando fortemente apenas
pelo nariz. Enlouquecida pelo contato, soltei a bóia jogando os braços em volta
do seu pescoço. No mesmo instante começamos a afundar e nem me importei, porque
a sensação da boca dele na minha foi a melhor coisa do mundo!
Embaixo
d’água, trocamos um beijo desajeitado, cujo desespero em continuar ultrapassou
a necessidade de respirar. Naqueles segundos não precisei de nenhuma palavra. Só
o toque de Edward foi suficiente para me dar certeza de que ele era meu. Sim,
dava para sentir pelo modo com que me segurava.
Para
que o oceano não nos engolisse, Edward lutou para emergir e me levou junto. Ao
chegarmos à superfície, minha visão se encheu de manchas por causa da tontura.
Em compensação, o oxigênio invadiu meus pulmões, trazendo alívio às dores no
peito.
Recuperando
o fôlego mais rápido do que eu, Edward nadou para alcançar a bóia que flutuava
a dois metros de nós. Num piscar de olhos retornou e nos apoiamos nela.
Estávamos
a centímetros de distância, primeiro só partilhando o mesmo ar. Depois, ficamos
nos encarando como se tivesse passado um século desde a última vez que nos
vimos.
A
fisionomia dele não mudara muito. Claro que estava mais bronzeado e um pouco
barbado, porém os olhos azuis com pintinhas cinzas eram os mesmos. A única
diferença relevante era a tatuagem tribal no braço direito. Ela parecia ter
sido feita havia poucos dias já que ainda estava avermelhada.
Imaginei
que suas primeiras palavras fossem ser a respeito do pesqueiro que vinha nos
buscar, entretanto ouvi:
—
Por que está indo embora sem mim?
A
frase me deixou completamente abobalhada de tão feliz. Sua voz rouca me trouxe
ainda mais convicção de que eu não estava sonhando. Entre uma arfada e outra,
respondi com um sorriso trêmulo:
—
Parece que recebeu minha carta.
—
Sim, mas... — Franziu o cenho, um pouco inquisitivo. — Que história é essa de
estação de trem?
—
O quê? — Arqueei uma sobrancelha, bastante surpresa. Edward esperou por uma
explicação e me perdi nela. — Está dizendo que não me viu na estação?
—
Não. Estou dizendo que, pra mim,
você não está falando coisa com coisa. Não estive em estação nenhuma.
—
Há quanto tempo está na ilha? — O questionei sem saber que maluquice era
aquela.
—
Há mais de duas semanas.
—
Espera aí... — Chequei mentalmente as datas e realmente não coincidiam. Edward
já estava em Malaita quando o incidente aconteceu. Então, como eu não podia ter
criado aquela ilusão tão real... — Fala sério! — Minha voz saiu esganiçada,
tamanho foi o espanto. A epifania demorou, mas enfim chegou. — Pelo amor do meu
azar! — Meus olhos quase saltaram pra fora. — Então existe mesmo um sujeito
chamado Duke Doidão da Favela que é a sua cara!
—
É, tudo indica que sim. — Sorrindo, maneou a cabeça entendo o porquê da
confusão.
—
Só. Podia. Ser! — Estapeei minha testa chateada por não ter pensando naquilo
antes. De repente, me toquei de que ainda tinham coisas mal explicadas. — Se
não foi por minha causa, então por que voltou pra Malaita?
Edward
suspirou recobrando a seriedade.
—
Primeiro preciso esclarecer por que não te procurei meses atrás. — Fixou os
olhos nos meus.
—
Seria ótimo.
—
Sabe, Bella... Quando nos separamos fiquei me sentido péssimo. Um dos
principais motivos disso foi ter me descontrolado com tanta violência. Nunca
pensei que explodiria daquela forma com Brad. Parecia que eu tinha perdido
minha identidade. — Balançou a cabeça repudiando a recordação. — Assim que
coloquei os pés em Malaita, quis retomar minha rotina. Recomecei o rito de
passagem para tentar me reencontrar, mas isso não foi suficiente pra me trazer
paz. — Afastou a mecha de cabelo que estava colada na minha bochecha. — Eu
tinha uma boa vida antes de te conhecer, não queria outra coisa. Só que não
imaginava que podia existir uma vida ainda melhor. — Havia transparência nas
declarações e expressões faciais dele. — Malaita faz parte de mim, sempre fará.
Às vezes, me sinto uma extensão daquele pedaço de terra, mas ainda assim não é
meu lar.
—
É sim, Edward. — Respondi baixinho porque agora entendia o magnetismo da ilha.
—
Um lar te traz paz independente das circunstâncias. É por isso que meu lar não
é um local. — Suavemente encostou a testa na minha, em seguida, sussurrou — É
uma pessoa. Onde você estiver, lá estarei também.
Tive
vontade de chorar e sorrir ao mesmo tempo, porém só fechei os olhos e levei uma
mão à nuca dele, pressionando ainda mais sua testa contra minha. Um gemido de
emoção escapou dos meus lábios e Edward suspirou, satisfeito por ter
desabafado.
—
Me deixa explicar por que não te procurei. — Ele se distanciou o suficiente
para voltar a me encarar. Sinceramente, eu já nem me importava com esses
detalhes. — Imagino que já saiba sobre o Instinto Radical.
—
Sim, um pouco.
—
Não queria chegar até você de mãos abanando sem um plano. Sabia que se sentiria
culpada por eu estar deixando Malaita. Também não queria ficar à toa no seu
país, já que nenhum emprego convencional me atrai. Então lembrei do projeto de
Bruce Jones. Pra falar a verdade... — Soltou uma risada acanhada. — Estou
adorando o programa. Fiquei reinventando-o durante os meses que passei na ilha
me dedicando ao rito de passagem. — Deu de ombros e lhe sorri de volta. — Enfim,
nos meses seguintes tive que viajar bastante e isso me ajudou a driblar a
tentação de te ver. O motivo disso foi que me pareceu mais sensato esperar até
que tudo desse certo. Mas assim que Bruce vendeu a primeira temporada, retornei
à ilha só para concluir o rito de passagem. — Indicou a tatuagem no braço
direito. Fiquei feliz em descobrir a real causa do regresso dele. — Bella, meu
próximo passo era te procurar. — Falou num tom divertido. — Não vê que tudo
isso foi pra não te dar a chance de fugir? Quis garantir que não houvesse mais
razões para não ficarmos juntos. — Sorridente, indagou confiante. — Então, qual
vai ser o seu pretexto?
Contente, entrei na brincadeira.
—
Não sei. Quanto tempo ficará ausente por causa do programa?
—
Viajarei só nas duas primeiras semanas de cada mês, depois vai ter que me aturar.
— Lançou-me um olhar provocativo.
—
É, não tenho pretexto. Você me pegou... — Respondi deixando minha boca a
milímetros da dele. — O pessoal vai mesmo nos largar à deriva a tarde toda.
Acho que estão nos punindo pela montanha-russa emocional. Já que é assim, quer
aproveitar?
Ele
respondeu com um beijo. Esse novo beijo foi incrível, pois nossas línguas se
encontraram em uma carícia deliciosa. Outra vez larguei a bóia e me segurei
nele, desejando intensificar a sensação singular de tê-lo novamente. Nada se
comparava ao roçar da barba na minha pele, ao calor dos lábios esfomeados, ou
ao rosnado baixinho tipicamente “Edward”.
—
Bella... — Ele interrompeu o beijo serenamente. No mesmo instante, enfiou a mão
no bolso da calça procurando algo. — Ainda preciso te dar uma coisa.
Por
ele não ter encontrado, tive total certeza de que se referia ao anel que já
estava no meu dedo.
—
Não tem... — Sorrindo, levantei brevemente a mão esquerda mostrando-lhe o anel
em meu dedo. Depois olhei em seus olhos. Emocionada, lembrei-me de como
chegamos até ali. Uma encruzilhada que sempre levava a outra; momentos de azar
que só precediam a estranha sorte; mas, principalmente, a força interior para
nunca, nunca desistir de nós mesmos..., ou do
outro. — Acredite, Edward... Você já me deu tudo.
Continua...
Que lindo esse reencontro. Ele se
jogando ao mar para ir ao encontro dela e ela também pulando para encontrar com
ele. Podia ser mais romântico? E esse anel tão cheio de significados... agora
parece que eles vão finalmente ficar juntos. Amanhã tem mais. Beijos e até lá.
Auunt *-*
ReplyDeleteQue capitulo lindo !
~~Ele tinha um plano pra reencontra-la...
~~Duke Doidão da Favela existe, já que ele é igual ao Edward... qual é o endereço dele ?
Eu não desisto, você não desiste <3
Ass:Crazy
♥I loved♥ foi maravilhoso esse cap me emocionei muito no final com ele pulando no mar pra reencontrar com a nossa Bellita adorei muito bom mega bom:)♥♥ Beijusculo♥ ate amanha
ReplyDeleteNem acreditoo que esse é o último capítuloo .. que saudade !
ReplyDeleteapaixonante esse cap <3
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