Título: De Amor e de Guerra
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo
De Amor e de Guerra
By Juliana Dantas
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 10
– Bella, você está ouvindo?
Bella olhou em volta. Renée, Esme e Alice estavam às voltas com tecidos e modelos de vestidos, e Rosalie de braços cruzados fazia cara de entediada. Estavam numa das modistas mais caras de Charleston, de onde tinham vindo depois que chegaram à cidade. Bella mal tivera tempo de descansar e as respectivas mães a arrastaram para fazer compras de enxoval.
Tinham acordado cedo naquela manhã para se prepararem para a viagem, que não era muito longa, mas era cansativa. Bella ainda não vira Edward, sua mãe havia dito que ele estava ocupado e que talvez nem aparecesse. Bella sentiu-se estranhamente desapontada com esta informação. Na verdade sentia era um misto de desapontamento e alívio. Por que não sabia bem como iria encará-lo depois do que acontecera na outra noite. Ainda podia sentir o rosto vermelho só de pensar. Sabia que tinha sido uma tola. E depois ainda ser pega pela sua mãe e Rosalie em flagrante não ajudava nada. Rosalie não falara mais nada depois do fora que dera nela na noite passada, mas a encarava com ódio. E sua mãe também não tinha mais tocado no assunto, mas Bella sabia que ela não tinha esquecido e uma hora ou outra viria o sermão. Ela respirou fundo, tentando prestar atenção na conversa das senhoras.
– Esta cor ficaria muito bem em Bella. – Alice dizia e virou-se para ela, com um lindo tecido azul turquesa de seda – O que acha, Bella? Está muito quieta, é o seu enxoval, tem que ficar a seu gosto.
Bella sorriu amarelo.
– Sim, é lindo. – tentou falar com entusiasmo, mas sabia que não tinha convencido.
Podia ver os olhos inquisidores de Esme a examinando. O que será que ela estava pensando? Na última visita ela a tratara com desdém e deixara claro que não aprovava Bella. Mas agora parecia diferente.
Esme parou de encará-la e voltou à escolha de tecidos e modelos e Bella fechou-se de novo em pensamentos.
Rosalie levantou-se e sentou ao seu lado.
– Só você mesmo para ficar fazendo esta cara de enterro!
– O que? – Bella a encarou, distraída.
– Estamos na modista mais cara da cidade, escolhendo uma fortuna em vestidos e você não parece nem um pouco feliz. - Bella a olhou fixamente e sorriu cinicamente.
– E você ficaria felicíssima em ser você a estar ganhando todas estas roupas, não Rosalie?
– E quem não ficaria? Não você, certamente, por que é uma idiota, mas qualquer uma gostaria de ter a sua sorte. – falou invejosa.
Bella achou melhor não responder, sabia que Rosalie tinha inveja dela, sempre tivera. Mas só ultimamente começara a sentir-se mal com isto.
Rosalie se aproximou mais dela e falou ao seu ouvido.
– Eu conversei com o Jacob ontem .
– O que? – Bella olhou para as senhoras entretidas com os tecidos, elas não estavam prestando atenção no que estavam falando – Ficou maluca?
Rosalie sorriu maldosamente.
–Não, quem está maluca é você por dispensá-lo.
– O que você disse a ele?
– Está preocupada agora? Pois ontem parecia não estar nem aí...
– Fala baixo, Rosalie!
–Olha, ele está muito decepcionado com você, mas disse que ainda a ama muito! E está muito sentido com este seu noivado. Eu não entendo por que não quer se encontrar com ele...
– Eu já disse que...
– Sim, você acha que não é certo. Mas eu vou te dar um conselho. Não faça o Jacob de idiota, Bella. Senão...
– Senão o que? – Bella não poderia acreditar que Jacob faria algo contra ela.
– Ele não é bobo, e gosta realmente de você e não vai gostar nada de ser dispensado!
– Quem disse que vou dispensá-lo? - Bella perguntou indignada, mas no fundo sabia que os seus sentimentos por Jacob não eram mais os mesmos. Na verdade mal pensava nele ultimamente. E estes pensamentos a deixou culpada.
E Rosalie percebeu.
– Está vendo, você sabe do que estou falando! – falou triunfante.
Bella abriu a boca para responder, mas Esme chamou sua atenção.
– Venha, Bella, venha experimentar estes vestidos.
Bella levantou-se e fez a vontade delas, mas o pensamento estava longe. Rosalie a olhava com mal disfarçada inveja. Ela desviou o olhar. Rosalie que se danasse.
Estava cansada de ter que dar explicações a ela!
Ao final da tarde, as senhoras andavam pelas ruas de loja em loja, Bella já se sentia cansada quando Edward apareceu acompanhado de Emmet.
– Edward, querido! – sua mãe o cumprimentou e Bella ficou vermelha quando ele a olhou. Se pelo menos ele não a olhasse deste jeito, como se pudesse tocá-la com apenas um olhar... – Bella desviou o rosto tentando respirar normalmente.
Então sentiu o coração parar ao ver quem estava vindo em sua direção: Jacob caminhava pela rua, vindo em direção ao grupo, sorrindo como se isto fosse a coisa mais natural do mundo. Bella sentiu a respiração falhar e começou a suar frio. Não, isto não podia estar acontecendo. Olhou para Rosalie e viu o sorriso irônico que ela lhe lançou. Com certeza ela tinha armado tudo isto.
– Está passando bem, Bella – perguntou com falsa preocupação – Esta pálida!
Todos voltaram atenção para ela e Bella sentiu vontade de desaparecer. Tentou falar alguma coisa, mas era tarde demais, Jacob já se aproximava do grupo parado na rua.
– Boa tarde! – ele as cumprimentou e depois olhou para Bella – Olá, senhorita Bella, senhoria Rosalie... – Bella assistia a tudo como se fosse desmaiar a qualquer momento. E agora? Nem ousava olhar em direção a Edward.
– Me desculpe interrompê-los, mas os vi passando e resolvi cumprimentá-las. – ele falou educadamente.
– Você conhece este rapaz, Bella? – a mãe perguntou a olhando fixamente e Bella percebeu claramente a ameaça naquele olhar. Todas a olhavam a espera da resposta.
Ai Senhor. Estava perdida!
– Eu... eu... – gaguejou e Jacob tomou à dianteira.
– Perdoe-me, eu não me apresentei. – ele sorriu e Bella lançou-lhe um olhar desesperado, Jacob a encarou também e pareceu pensar por um momento – Meu nome é Jacob Black. Acho que a senhora não se lembra de mim, sou filho de um antigo funcionário da sua fazenda, Billy Black.
–Oh, Jacob! Claro que me lembro. Mas você cresceu!
Jacob riu.
–Sim, senhora.
–Que bom reencontrá-lo.
Jacob virou-se para o grupo.
Bella teve vontade de rir e ousou olhar para Edward que a encarava risonho também e sentiu um alívio tão grande por não ser descoberta que pensou que deveria agradecer a Jacob por isto.
– Eu já vou indo. – Jacob se despediu e saiu andando pelas ruas. Rosalie encarou Bella com raiva. Será que ela teria coragem de delatá-la? Mas ela pareceu cair na real e entrou na carruagem sem mais nada a dizer.
Quando chegaram à casa de Edward, uma imensa mansão na parte mais chique da cidade, Esme a levou ao quarto que fora destinado a ela. Felizmente não teria que dividi-lo com Rosalie. Já era fim da tarde e teriam um jantar mais a noite. Bella sentiu-se feliz de ser deixada em paz por algumas horas, para não ter surpresa, trancou a porta. A criada preparou um banho e ela relaxou na banheira pensando em quão perto esteve de arruinar sua vida esta tarde.
O que Jacob estava fazendo ali. Será mesmo possível que Rosalie tivesse avisado a ele? Rosalie era mais perigosa do que pensava, Bella anuiu. Tinha que resolver de uma vez por todas as coisas com Jacob. Mas o que fazer? Deveria terminar tudo com ele? E Edward? O que sentia realmente por ele? Será que era capaz de levar esta história de casamento adiante? Bella balançou a cabeça, não queria pensar nisso, por que ainda sentia-se muito confusa. E sinceramente, não sabia mais o que fazer.
Ela acabou de se arrumar em tempo recorde e ouviu batidas na porta. Respirou fundo ao ouvir a voz de Rosalie chamando-a.
– Bella, abra a porta. – Bella dirigiu-se a porta para abri-la por que sabia que Rosalie não iria desistir enquanto não entrasse. A prima passou por ela como um furacão e Bella percebeu que ela ainda não estava arrumada. Na verdade parecia bem perturbada.
– Você pode me explicar o que foi aquilo?
Bella se fez de desentendida.
– Não sei do que está falando...
– Daquela palhaçada que aconteceu à tarde!
– Você está falando da conveniente aparição do Jacob, justamente na rua onde estávamos?
– O que está querendo dizer? Que eu que armei tudo?
– E não?
– Claro que não! - afirmou ultrajada, mas Bella não acreditava nela. Rosalie continuou – Você teve muita sorte de eu não ter te entregado! Você é uma mal agradecida Bella!
– Estou cansada de ter você se intrometendo na minha vida!
– O que eu quero é que você seja feliz e sua felicidade é com o Jacob!
– Eu não quero mais falar sobre isto. – Bella desviou o olhar.
– Bella, eu não te entendo! Você quer casar com o Edward, é isto? Vamos, me responda! – Rosalie gritou e Bella teve a imensa vontade de responder que sim, mas voltou atrás no último instante e resolver ser sincera.
– Eu não sei mais o que eu quero, Rosalie.
– Até pouco tempo atrás você era louca pelo Jacob...
– Eu não tenho mais tanta certeza dos meus sentimentos por ele... - Bella confessou, sentando na cama.
– Como não? O Jacob é lindo! Você não pode não sentir nada por ele!
– É que... antes eu tinha certeza que ele era o homem da minha vida, mas agora... eu não sei se o que eu sentia por ele era realmente amor.
Rosalie a encarou.
– O que mudou, Bella? Foi o Edward? – ela se aproximou perigosamente – Vamos, me diga!
– Rosalie, por favor... – tentou se afastar.
Mas Rosalie queria uma resposta a qualquer custo. Pegou Bella pelos ombros a impedindo de se levantar.
– Você se apaixonou pelo Edward, é isto? – Rosalie sacudia os ombros de Bella – Vamos, responda! – ela gritava com ódio
– Para com isto Rosalie! - Bella se afastou dela – Você ficou doida?
Rosalie respirou fundo tentando conter a fúria.
– Você não me respondeu. – falou calmamente.
– Eu não te devo satisfações! – Bella respondeu friamente e saiu do quarto batendo a porta. Assustada com a atitude de Rosalie. Sempre soube que ela era meio obcecada, mas de uns tempos pra cá ela tinha perdido totalmente a razão. Bella não conseguia entender por que; Sabia que tinha algo a ver com seu noivado com Edward, claro, afinal a prima tinha dito que estava interessada nele.
Mas o pior é que ela não acreditava realmente que ela gostasse de Edward. Então por que esta obsessão com ele? Será que ela tinha se enganado? Rosalie estava realmente apaixonada por Edward? Bella desceu as escadas na casa silenciosa. Ainda não tinha ninguém na sala de visitas e ela foi até o escritório, Esme tinha lhe mostrado a casa e lembrava-se de ter visto muitos livros naquele cômodo, de repente acharia um para passar o tempo, tudo para não voltar a encarar a fúria de Rosalie.
Mas o escritório não estava vazio, ela abriu a porta e viu Edward sentado na escrivaninha e ficou sem graça.
– Me desculpe, eu pensei que não tivesse ninguém... – ela falou já saindo, mas ele a chamou.
– Não precisa sair... – ele falou suavemente – o que está fazendo aqui?
– Eu... eu vim procurar um livro, mas deixa pra lá!
Ele se levantou da escrivaninha e caminhou até ela.
– Então pode procurar, finja que não estou aqui, se isto te faz se sentir melhor. – ele falou e voltou à atenção para os papéis na mesa.
Bella andou pelas estantes, fingindo ver os títulos nas prateleiras, mas a verdade é que não via nada. A mente totalmente tomada pela presença dele. O espiou pelo canto de olho e ele estava no mesmo lugar, com a cabeça abaixada examinando alguns documentos, e Bella aproveitou para admirá-lo, mas ficou vermelha e desviou o olhar rapidamente quando ele levantou a cabeça e a pegou em flagrante.
– Algum problema? – ele perguntou.
Bella o encarou, vermelha como um pimentão. E agora?
– Problema?
– Sim, parece não estar achando nada...
– Ah, isto! – ela andou até perto da mesa – Realmente, não estou achando nada, acho que vou subir... – ela olhava para todos os lados menos para ele.
– Bella, não precisa ir, por que não fica aqui comigo um instante, precisamos conversar.
Era justamente disso que ela tinha medo. Teve vontade de sair correndo como um coelho assustado, mas conteve-se. Desviou o olhar para a mesa e viu uma elaborada caixa de charutos
– Você fuma isto? – perguntou curiosa.
– Não, mas meu pai fuma.
Bella respondeu com um sorriso.
– Eu sempre tive curiosidade... - falou sem pensar.
– Curiosidade de que? – ele perguntou.
– De fumar. – ela respondeu sinceramente e se arrependeu em seguida. – Quer dizer, eu...
– Tudo bem, Bella. – ele a acalmou – Eu também tinha curiosidade em uma época.
– Mas você é homem, é diferente.
– Você quer experimentar?
– O que?
– Você disse que tinha curiosidade...
Bella o encarou, estupefata.
– Está falando sério?
– Sim. Ou não está tão curiosa assim?
Ela sorriu excitada como uma criança em frente a uma travessura.
– Sim, eu quero experimentar. - respondeu sentando em frente a ele.
Edward pegou um charuto da caixa e o acendeu e pôs na mão de Bella.
Ela olhou para ele sem saber o que fazer.
– Perdeu a coragem? – ele perguntou.
– Não - ela falou – Se a minha mãe me visse agora ela me mataria. – e colocou o charuto na boca. Tentando parecer sofisticada, agindo como se soubesse exatamente o que estava fazendo, Edward a olhava entre sério e divertido e ela começou a tossir com a fumaça.
Foi quando ele começou rir de verdade.
– Isto é horrível! – Bella falou sem conseguir parar de tossir.
– Chega agora... – ele pegou o charuto das mãos dela e o apagou – satisfeita? – perguntou.
– Acho que sim. Não sei como podem gostar disso! – Bella falou sorrindo.
– Eu não gosto. - ele falou divertido jogando o charuto fora.
–Ainda bem. – Bella falou com alívio e ficou vermelha no mesmo instante, mas Edward pareceu não perceber. Apenas a encarou novamente por alguns instantes e Bella sentiu-se ruborizar mais ainda.
–Eu preciso ir. - falou já se pondo de pé e ele fez o mesmo, como mandava a regra de boa educação.
–Não achou mesmo um livro que te agradasse? – perguntou.
–Não... quer dizer, a sua biblioteca é ótima é só que...
–Tudo bem Bella. Eu entendi.
Bella sorriu e se virou para sair, mas ele a chamou.
–Bella?
–Sim? – ela se voltou mais rápido do que gostaria.
–Eu queria te dar algo. – ele abriu a gaveta da escrivaninha e de lá tirou um caixa retangular preta de veludo e se aproximou dela – Esperaria até o jantar oficial, mas, já que está aqui... – ele colocou a caixa em suas mãos.
Bella pegou a caixa e o encarou surpresa.
–Pra mim?
–Sim, é pra você.
Ela abriu a caixa em expectativa e dentro dela havia o mais lindo colar que já tinha visto. Ela admirou sem fala por um momento a linda jóia e depois o encarou estarrecida.
–Eu... – ela não tinha palavras e olhou novamente para o esplendor do colar – É lindo! – ela falou emocionada, passando a mão pelo coração de diamante na ponta – Não sabia que podia se encontrar diamantes tão grandes aqui...
–Realmente. Eu mandei fazer fora.
–Mas... demoraria semanas para chegar aqui...
–Eu mandoi fazer no último verão.
Bella o encarou sem entender.
–Mas nós nem estávamos noivos nesta época!
–Eu mandei fazer logo depois que te conheci.
Bella sentiu falta de ar e uma emoção tão intensa a tomar que os olhos marejaram e ela desviou o olhar. O coração batendo forte no peito. Tentou respirar normalmente e conter as lágrimas, mas era impossível e Edward percebeu sua perturbação.
–Parece que por mais que me esforce, eu só a faço chorar.
–Não... não é isso. Eu adorei o colar, é lindo. Na verdade nunca vi algo tão bonito. É que... – ela tentava encontrar as palavras – eu não esperava...
–Não há nada que eu não faça por você, Bella.
E com estas palavras, Bella sentiu que suas defesas estavam desmoronando. E tentou logo disfarçar, para quebrar a magia do momento, por que não sabia lidar com isso, com estas emoções tão intensas, tão fora de controle que a tomavam quando estava com ele.
– Obrigada. É um lindo presente. – falou sorrindo - Acho que irei colocá-lo agora!
Bella retirou delicadamente a jóia da caixa e se aproximou do espelho encravado em bronze perto da porta da biblioteca e ajeitou o colar em seu pescoço, mas não conseguiu fechá-lo. Edward se aproximou por trás dela.
–Deixe que eu faça isso. – falou tomando o colar de suas mãos e Bella levantou o cabelo para facilitar-lhe o trabalho. A presença dele atrás de si e suas mãos em sua nuca causava um tremor em seu corpo. Ele fechou facilmente o colar e olhou para a imagem refletida no espelho e Bella estremeceu quando seus olhares se encontraram. As mãos dele permaneciam em seus ombros e ela podia sentir o calor de seu corpo atrás de si, apesar de não se tocarem. Suas mãos subiram para acariciar o colar.
– É realmente lindo. – afirmou.
– Sim, lindíssimo. – ele confirmou, mas não estava olhando para o colar e sim para ela.
Bella passou a ponta da língua por seus lábios ressequidos, os olhos verdes encontrando-se com os dele, famintos, pelo espelho. E ela pode sentir as mãos dele apertarem seus ombros, e seus joelhos fraquejaram e ela se encostou instantaneamente nele, que desceu as mãos por seus braços até chegar em sua cintura. Bella sentia o corpo em brasa e ficou difícil respirar. Queria desviar o olhar, mas não conseguia. A imagem dos dois era demasiadamente perturbadora e intoxicava seus sentidos. Entreabriu os lábios em busca de ar e com muito esforço baixou o olhar, tentando se livrar daquele encanto, mas ele chamou seu nome e ela virou-se para olhá-lo nos olhos, o que foi um erro, já que suas cabeças estavam muito próximas. E por segundos torturantes ela esperou pelo beijo que acabaria com sua agonia, mas como vindo de muito longe ela ouviu passos se aproximando e a fechadura da porta virou. Bella se afastou dele rapidamente, ao mesmo tempo em que a porta se abria e Esme adentrava ao recinto.
– Ah, aqui estão vocês! – ela falou, parecia não perceber o clima tenso no ar. E se percebeu, ignorou – Nós já estamos reunidos na sala e daqui alguns minutos será servido o jantar. – ela examinou Bella atentamente e a moça ficou vermelha – Mas este colar é deslumbrante, Bella! – e virou-se para Edward – É este o colar que você não quis me mostrar?
–Sim – Edward falou simplesmente – Pertencia a Bella, ela deveria ver primeiro.
–Eu pensei que fosse dá-lo a ela depois do jantar...
–Sim, mas mudei de idéia.
Esme a examinou mais atentamente e balançou a cabeça, como se desse o assunto por encerrado. Será que ela ainda a achava uma má escolha? Pensou Bella.
– É melhor nós irmos. – a mãe de Edward falou pegando o braço do filho e Bella ficou aonde estava.
–Venha querida! – Esme a chamou e ela os acompanhou.
Quando chegaram à sala a primeira coisa que percebeu é que não seria um jantar em família. Esme havia dito que seria um jantar íntimo e Bella pensara que só estariam eles, mas parece que o significado de íntimo para Esme incluía umas cinquenta pessoas, destas quais Bella pode perceber algumas figuras importantes do estado.
–Bella! – sua mãe veio até ela com Rosalie em seu encalço. Bella lançou um olhar rápido por Rosalie, que estava com a mesma cara enfurecida da tarde e como não podia deixar de ser, usando um dos seus vestidos. E este ela nem pedira! - Onde estava? Onde já se viu se atrasar assim?
–Renée, querida, não brigue com ela. Ela estava com Edward no escritório e ele estava dando este lindo colar a ela. Veja, não é deslumbrante? – Esme falou sorrindo.
–Nossa! – sua mãe se aproximou estupefata tocando o colar – Mas deve ter custado uma fortuna! – exclamou.
–Mamãe! – Bella ralhou sem graça.
–Mas é verdade! – Renée continuou – Olhe Rosalie, não é maravilhoso?
Se olhar matasse ela teria caído morta naquele instante. Parecia que Rosalie iria explodir de tão vermelha que ficou. Encarou o colar e depois Bella com os olhos chispantes. Estava tão enfurecida que Bella teve medo que ela a entregasse naquele instante. Mas pareceu se recuperar e quando falou foi com a voz calma.
–Sim. É lindo. Você tem mesmo muita sorte, Bella. – e acrescentou num tom de ameaça que somente Bella percebeu – Espero que sua sorte dure...
Os outros convidados os cercaram e Bella não teve tempo de pensar nas ameaças de Rosalie. E para sua surpresa, percebeu que quando deixava de lutar contra a maré, era mais fácil de encarar tudo isso e se pegou até se divertindo durante o jantar. Não olhou mais para Rosalie, mas podia perceber o seu olhar perseguindo-a e quando Edward se aproximava então ela sentia o ódio quase palpável a atingindo.
–O que você acha Bella?
Ela virou-se para uma moça que estava perguntando algo que não ouvira.
–Acho do que?
A moça riu divertida e voltou-se para Edward.
–Ela é sempre distraída assim? – perguntou e Edward sorriu para a moça e sem saber por que Bella sentiu uma fisgada de ciúmes até então desconhecida.
–Às vezes sim. – ele falou isso olhando para Bella e ela sentiu a já costumeira falta de ar que a cometia quando ele a olhava assim, intensamente, como se não houvesse mais ninguém na sala a não ser eles dois.
–Nossa! – Bella ouviu a exclamação da moça e desviou o olhar de Edward - Vocês me deixaram vermelha! – ela falava sorrindo admirada e Bella corou, mas teve sua atenção desviada por um som mais agudo do piano.
–Meu Deus, como toca mal! – a moça falou fazendo uma careta e apontando para o piano e Bella acompanhou seu olhar e para sua surpresa quem tocava o piano era Rosalie.
–Ela devia ser proibida de tocar piano em público. É sua prima não é?
–Sim.
–Então é seu dever ir tirá-la de lá, por favor!
Bella olhou para Edward, como se pedindo socorro, mas ele sorriu divertido.
–A prima é sua.
Ela fechou a cara e se afastou em direção ao piano.
–Sai daí, Rosalie.
Rosalie levantou o olhar surpreso.
–O que? – perguntou lentamente.
–Eu falei para você sair daí. Ninguém aguenta mais você tocando.
Rosalie riu.
–Quem você pensa que é? Não pode ver ninguém chamar mais atenção do que você? Deixa de ser egoísta, Bella!
Bella respirou fundo.
–Eu estou falando sério, Rosalie.
–Pois eu não saio!
Esme percebendo o clima ficar tenso entre as primas se aproximou.
–O que está acontecendo aqui?
Rosalie sorriu docemente.
–Nada, Esme! A Bella aqui está fazendo mais uma de suas birras!
Esme se virou para Bella, séria.
–Está perturbando sua prima?
Bella se recuperou rapidamente. Rosalie não ia mais desmoralizá-la na frente de sua sogra. Ela se surpreendeu com este pensamento. Desde quando tinha Esme nestes termos?
–Eu estou pedindo para ela parar de tocar, por que está desagradando aos seus convidados. – falou triunfante encarando Rosalie – Já vieram reclamar comigo!
–Então é melhor sair daí agora, Rosalie! – Esme ordenou e com uma exclamação Rosalie fechou o piano com força e passou bufando por Bella.
Bella olhou para o outro lado do salão e viu Edward e a moça rindo.
–Você toca piano, Bella? – Esme perguntou e Bella voltou-se para ela.
–Como?
–Toca piano? Não vai me dizer que além de tudo você também não sabe tocar piano?
–Não, quer dizer, sim eu toco.
–Que alívio! Pelo menos alguma coisa você sabe fazer! Já estava pensando que meu filho era louco.
–Por quê? – Bella não pode deixar de perguntar desafiadoramente.
Esme a encarou firmemente.
– Não vou negar que quando Edward me disse que queria casar com você eu fui contra. Sua, como vamos dizer, fama, não a procedia. E depois que eu a conheci então, foi pior ainda. E tentei dissuadi-lo desta idéia maluca. Mas devo dizer que mudei de idéia.
Bella a encarou surpresa.
–Meu filho é um homem maravilhoso, e não digo isto por que é meu filho, não. E eu sempre quis uma mulher à altura para ele.
–E você não me acha a altura? – Bella falou simplesmente.
–Não. – e Esme a surpreendeu sorrindo francamente – Mas isso é natural não é? Ninguém nunca vai ser boa o bastante para o meu filho. Mas ele a escolheu e o meu medo maior passou a ser que você não correspondesse à altura. Mas eu a tenho observado e agora tenho certeza que você sente o mesmo por ele. A questão, na verdade é que eu quero que o meu filho seja feliz. – e acrescentou – Edward é um homem em um milhão e espero que você saiba disso. É uma mulher de sorte por ele a ter escolhido... E agora, já que sabe tocar, por favor, toque. – e se afastou, deixando Bella boquiaberta. Então Esme realmente não acreditava muito nela. Bem, e como culpá-la, se ela mesma, não tinha certeza se queria ou não Edward?
Sentou ao piano e começou a tocar uma sonata, de onde estava viu Edward encarando-a e errou uma nota. Desviou o olhar para as teclas, e em um segundo ele estava ao seu lado.
–Pelo menos você toca melhor que a Rosalie, devo reconhecer, apesar da nota errada de há pouco. – ele provocou.
–Eu errei por sua culpa. – ela respondeu.
–Hum, então a desconcerto?
–Eu não quis dizer isso...
–Vamos Bella, acho que já passamos por isso... – ele falou subitamente sério e Bella parou de tocar e o encarou – acho que já está na hora de você falar a verdade comigo. – ele completou suavemente e ela senti-se derreter. E naquele momento ela percebeu que não seria capaz de negar nada a ele realmente.
–E então? – ele insistiu, com a voz descontraída novamente e Bella sorriu.
–Claro que não! – ela respondeu maliciosamente.
–Sei... então não vai ligar se eu sentar ao seu lado para um dueto?
–Você? – Bella se surpreendeu.
–Sim, minha mãe também me obrigou a tocar piano, como vê, você não é a única a quem a mãe domina. – ele falava já sentando ao seu lado e Bella não respondeu ocupada que estava a se adaptar a sua presença perturbadora.
Edward começou a tocar e ela acompanhou, mas estava tão perturbada que errou feio as primeiras notas. O que o fez rir com gosto.
–Eu me enganei, você é um desastre.
–Não sou não... - Bella se defendeu – é você que me faz errar!
–Ah, agora confessa! – ela falou e Bella ficou vermelha como um pimentão.
–Tudo bem, acho que então devo deixá-la tocar sozinha. - ele fez que ia se levantar, mas Bella num reflexo que surpreendeu a ela mesma o impediu.
–Não! - ela segurou em seu braço – Acho que podemos tentar de novo. - pediu e sentiu o coração se estilhaçar em mil pedaços e o corpo aquecer com o olhar que ele lhe lançou.
–Claro que sim. Preparada?
–Sim. – ela sorriu e voltaram a tocar.
Do outro lado da sala, Rosalie levantou o olhar e bufou de raiva ao vê-los tão entretidos um com o outro. E levantou-se para atrapalhar.
–Aonde vai, Rosalie? – Renée perguntou.
– Até ao piano...
–Não vai não. – Renée falou
–Mas... – Rosalie insistiu.
Esme, que estava sentada ao lado de Renée interferiu.
–Deixe-os sozinhos, Rosalie.
–Sozinhos? Mas eles não podem ficar sozinhos!
–Querida, eles não estão realmente sozinhos, olha quanta gente há nesta sala!
–Mas eu queria...
–Não queria nada! – Renée falou – Sente-se aí, e fique quieta!
Rosalie sentou e cruzou os braços, indignada e ainda pode ver Renée e Esme observando-os ao piano e sorrindo.
–Eu falei pra você, Esme. – dizia Renée.
–Sim, falou, mas eu tinha que ver com os meus próprios olhos, por que Bella não parecia muito feliz quando eu fui visitá-las.
–Bobagens! – falou Renée, encarando Rosalie com um olhar de advertência – Bella é muito teimosa às vezes, mas sempre cai na real.
–Ainda bem. Agora olho para os dois e vejo que tinha razão, foram feitos realmente um para o outro.
–Sim, com certeza. – confirmou Renée empolgada e Rosalie disfarçou uma careta.
–Vamos, me conte mais... – Esme cochichou com Renée – você realmente os pegou aos beijos?
–Sim, sim...
–Precisamos apressar este casamento. – Esme falou e Rosalie arregalou os olhos.
–Apressar? Mas eles acabaram de ficar noivos! – falou indignada.
–Isso não importa querida. – Esme falou e se voltou para Renée – Eu estive pensando numa data...
Mas Rosalie não ouvia mais a conversa, encarava o casal ao piano e arquitetava planos para acabar com aquela farsa que estava indo longe demais. Era imperativo que visse Jacob o mais rápido possível.
Na calada da noite, uma figura encapuzada passou pelos jardins ornamentais em direção ao local mais escuro do lugar.
–Olá, Rosalie. – Jacob saiu detrás de uma árvore dando um susto em Rosalie, que segurando seu braço o puxou para mais longe.
–Fala baixo! – reclamou.
Jacob olhou a volta.
–Pensei ter ouvido você dizer que Bella viria ao meu encontro esta noite!
–Como? Depois do teatrinho que você armou esta tarde? Isso não foi o que combinamos!
–Você sabe que eu não estava de acordo com este seu plano!
–Mas concordou com ele quando pedi, na outra noite!
–Eu estava desesperado. Mas pensei melhor. Não quero prejudicar a Bella.
–Não quer prejudicá-la? - Rosalie perguntou quase cuspindo as palavras sem acreditar
–Sim, é verdade! Eu estava realmente disposto a acabar com tudo, mas ao olhar para ela... ela estava tão assustada...
–Eu não acredito! - Rosalie se exasperou – Você é um idiota, Jacob!
–Não sei como pode querer prejudicar sua prima, Rosalie!
–Mas eu não quero prejudicá-la! Eu quero que ela fique com você! E você deveria me ajudar e não atrapalhar!
–Quanto altruísmo! Pensa que eu não sei que o que quer é o Edward para você?
–E quero mesmo! Eu nunca escondi isto!
–Então porque quis me beijar naquela noite?
Rosalie riu.
–Porque estava entediada! Ou achou que eu nutria algum sentimento por você. Cai na real!
–Acha que o Edward gostaria de saber como você se comporta?
Rosalie riu sarcástica.
– Nossa como você é ridículo, Jacob! Você também traiu a Bella.
Jake ficou vermelho.
–Eu me arrependi disto.
–Bem, isto não vem ao caso. Agora nós temos que nos unir, eu e você. Se ficarmos juntos nisto, nós dois saímos ganhando.
–Tudo bem Rosalie. Mas eu não quero prejudicar a Bella, entendeu?
–Mas...
–Sem conversa. Tem que arranjar outro jeito de acabar com o noivado.
–Tudo bem, eu só não sei como.
–Não deve ser tão difícil assim, a Bella me ama e...
–Ama? Você tem certeza disso? - Rosalie perguntou ironicamente.
–Claro que tenho!
–Se te ama tanto como diz, então me diga uma coisa: porque há poucos dias ela estava beijando Edward apaixonadamente num canto escuro da fazenda?
–O que?
–É isso mesmo. Ontem, para ser mais precisa, eu e a mãe dela os pegamos no flagrante e pelo o que eu vi... ela estava gostando bastante!
–Você está mentindo! A Bella não faria isso comigo!
–Mas ela fez, e eu vi! E aí, vai continuar achando que ela está na sua?
–Eu não posso acreditar! – Jacob parecia realmente perturbado.
–E sabe o que mais? Tenho certeza que isso já vem acontecendo há um bom tempo... Então, com pode ver, Jacob, você tem que começar a agir, e já, se não quiser perder a Bella para o Edward.
–Eu sei o que vou fazer. Eu vou matar aquele almofadinha por ter postos as mãos na Bella!
–Hei, calma aí! Ninguém vai matar aqui! Eu preciso do Edward vivo!
Jacob pareceu ir se acalmando e encarou Rosalie sarcasticamente.
–E você Rosalie? Não fica com ciúmes de vê-la com seu precioso Edward?
–Não. Os meus sentimentos pelo Edward não são desta natureza. Eu tenho os pés no chão, Jacob.
–Entendi. Mas eu não suporto o pensamento se vê-la com ele!
Rosalie se aproximou dele.
–Eu sei Jacob. Vamos fazer assim, quando voltarmos para a fazenda, o que será amanhã, suponho, eu vou marcar um encontro entre vocês, mas desta vez, sem ela saber, assim não terá como escapar.
–Eu só não quero perdê-la.
–Se depender de mim não vai. Agora preciso antes que dêem por minha falta.
Rosalie saiu apressada e entrou na casa, tentando não fazer barulho e então alguém apareceu na sua frente.
–Olá, bonita.
Ela colocou a mão no coração, assustada.
–Emmet, quase me matou de susto!
Ele riu.
–De onde está vindo esta hora?
–Estava sem sono e resolvi dar uma volta pelo jardim.
–De madrugada?
–Problema meu.
Ele aproximou-se.
–Você me intriga Rosalie.
Ela sorriu, sentindo o cheiro de álcool vindo dele.
–E você estava bebendo.
Ele deu de ombros.
–Isto é porque não tenho companhia; Quer beber comigo?
–Claro que não. Moças educadas não bebem com rapazes, sozinhas na madrugada.
Ele gargalhou.
–E você e uma boa moça?
–Sou sim e muito respeito.
–Que pena... queria muito terminar o que começamos na outra noite...
Ela riu e se afastou.
–Quem sabe um dia...
Ela ria secretamente enquanto subia rápido para seu quarto.
***
Bella revirou-se na cama, sem conseguir dormir.
Agitada com os pensamentos conflitantes, as palavras de Esme martelando a sua cabeça. “Tenho certeza que você corresponde aos seus sentimentos”. Será verdade? Ela estava cega em sua rebeldia em não concordar com um casamento arranjado por sua família que tinha escondido até dela mesmo os sentimentos por Edward. E Jacob? Aonde se encaixava nesta equação? Tinha que começar a por a cabeça no lugar. Do jeito que estava não podia ficar.
A verdade era que as palavras de Esme a tinham feito acordar para uma realidade que, na verdade, já existia há muito tempo. Ela só não queria enxergar. Tinha sim sentimentos por Edward. Só não sabia, ou não queria lidar com eles, por isso fugia. Confessar para ela mesma esta verdade a fez sentir como se um peso fosse retirado se suas costas. Mas... que tipo de sentimentos? Seria capaz de dar nomes a eles? Como saber que o que sentia era amor?
Por que agora sabia que não era a pessoa mais versada neste assunto, por que até Edward aparecer ela seria capaz de jurar que o que sentia por Jacob era amor verdadeiro. E agora ela sabia que não passava de uma empolgação passageira, talvez evocada pela beleza dele ou mesmo por ele ser um fora da lei e representar uma fuga do mundo certinho em que ela vivia. Agora entendia que a sua recusa em beijá-lo era, na verdade, total falta de vontade de fazê-lo. Mas com Edward? Com Edward as coisas tinham sido muito diferentes, tivera vontade de beijá-lo na primeira vez o vira, percebia agora. E quando ele estava perto, a tocava, ou somente a encarava com aqueles olhos famintos ela sentia-se derreter. Com um suspiro ela levantou-se se sentou na cama. E se fosse apenas luxuria?
Era inexperiente, mas já tinha lido sobre isso. As pessoas deixavam-se dominar por uma atração intensa, mas no fundo, não era amor. Será que ela amava Edward realmente? E se tivesse enganada de novo, como esteve com Jacob?
– Ai meu Deus, o que eu faço? – falou desesperada colocando o rosto entre as mãos e então ouviu um barulho. E levantou-se de um pulo. O que seria aquilo? Parecia uma porta se fechando e passos no corredor... Mas já era muito tarde. Andou até a porta e a abriu espiando pelo corredor, a tempo de ver a porta dos aposentos destinados a Rosalie bater num estrondo. O que Rosalie estava fazendo fora do quarto há esta hora? Será que tinha vindo enchê-la de novo e tinha desistido no último minuto? Bem, melhor assim. A última coisa que queria no momento era encarar os desvarios da prima. Já que estava acordada, poderia descer e pedir um leite a criada. Que falta fazia a Bá nestas horas, pensou, com um sorriso. Pensou se deveria se vestir, mas já era tão tarde, ninguém a veria. Fechou a porta lentamente e saiu pelos corredores, descendo a grande escadaria, pé ante pé, passando pelo saguão e chegando a cozinha. Não tinha ninguém lá, como ela faria para conseguir o leite que queria?
–Bella?
Bella deu um grito de susto e se voltou para Edward, parado à soleira.
–O que está fazendo aqui? – ele perguntou surpreso.
–Eu... eu... você me deu um susto!
–Me desculpe, não era minha intenção, mas não sabia que estava aqui, ouvi um barulho e vim verificar o que era...
–Eu também ouvi, era minha prima.
–Rosalie?
–Sim, mas ela já voltou ao quarto.
–E o que veio fazer aqui?
–Eu pensei em tomar um leite, mas não encontrei ninguém...
–Sim, os criados dormem em outra casa nos fundo, mas se você quiser, eu posso chamar alguém para você...
–Não, eu não quero incomodar.
–Não seria trabalho algum.
–Não, é sério. É bobagem. Eu nem estava com vontade mesmo. É que eu estava sem sono e...
–Por que não conseguia dormir?
Porque estava pesando em você, lhe veio a resposta na cabeça e ela se surpreendeu com este pensamento. E Bella sentiu que estava estampado em sua testa o que queria dizer, pelo olhar que ele lhe lançou.
Um silêncio constrangedor se formou entre eles e a tensão era quase palpável, então Bella se deu conta, mortificada, que estava de camisola e olhando para ele ficou mais vermelha ainda ao vê-lo apenas de calça e com o peito a mostra. Subitamente a cozinha ficou mais quente e ela teve dificuldade de respirar. Tinha que sair dali. Agora.
–Eu... eu tenho que... eu... – ela não conseguia formular um pensamento coerente. O olhar dele agora estava sobre sua camisola que era, bem, quase transparente. Ela se arrepiou e seus pés pareciam estar grudados no chão. E quando ela o viu se aproximar soube que estava perdida.
–Eu preciso... eu realmente... – mas não conseguir terminar, pois ele já a tomava nos braços e se apossava de sua boa num beijo enlouquecedor. Bella gemeu e o abraçou pelo pescoço, colando seu corpo quente ao dele. Nossa, nunca o tinha sentido assim tão perto! A camisola fina, diferente dos vestidos muito volumosos, permitia um contato real entre seus corpos e Bella sentia cada partícula de seu corpo grudada ao dele, suas curvas femininas contrastando com a firmeza de seus músculos.
Gemeu alto contra sua boca e Edward a soltou bruscamente, ofegante.
–Me desculpe Bella, eu não devia... – ele pareceu subitamente perceber o que estava fazendo.
–Eu sei, eu sei... – Bella falou com a respiração tão rápida quanto a dele.
Ele reparou em seu rosto vermelho, os cabelos despenteados e os olhos febris, os seios arfantes e...
– Meu Deus, você é maravilhosa! – ele a beijou novamente, desta vez saboreando seus lábios com beijos curtos, segurando seu rosto entre as mãos. Mas Bella queria mais e suspirando, segurou sua cabeça, ficando nas pontas dos pés e aprofundou o beijo, sua língua invadindo a boca dele e desta vez quem gemeu foi ele. Isso a incendiou ainda mais e ela encostou de novo seu corpo ao dele. Edward a apertou com força, encostando-a contra a parede mais próxima e abandonando sua boca, desceu os lábios por sua garganta. As mãos passearam por seu corpo, por cima da camisola fina, sentindo suas curvas delicadas, e subindo até encontrar seus seios. A cabeça de Bella girava, perdida como estava sem sensações inebriantes o corpo moldado ao dele, as mãos dele em seus seios, a boca na sua. Gemeu, aflita, puxando-o mais para si, em busca de algo que não sabia bem o que era, mas a deixava totalmente fraca, de encontro a ele.
– Edward... – gemeu, entregue e ele pareceu cair na real de novo e fez que ia se afastar, mas ela o impediu.
–Não, não pare, por favor...
–Bella, você não sabe o que está me pedindo. – ele falou atormentado.
Não, ela realmente não sabia, mas tinha uma idéia e só de pensar sentia-se derreter.
Não, não queria, não podia deixar ele se afastar.
–Edward, por favor... – ela o abraçou, colando seus seios doloridos em seu peito.
–Pare com isto Bella, por favor...
–Uma vez você me disse para dizer o que estou sentindo. Você quer ouvir agora, Edward? – ela falou num sussurro.
–Bella... – ele tentava manter o controle, mas com ela se esfregando nele daquele jeito, estava bem difícil.
–Eu... eu... eu acho quero você, Edward... – e com isto ele perdeu o pouco do controle que ainda lhe restava e a tomando do colo a levou para o quarto.
Continua...
Ahhh não acredito que acabou agora?! Bem na hora que eles vão para o quarto! Quero ver a cara da Rosalie quando souber desse pega-pega na cozinha e da intenção deles de acabar o que começaram no quarto. Se é que eles vão conseguir chegar até ao quarto sem serem interceptados por alguém, ou desistirem na última hora. Mas fiquei com peninha do Jacob, ele parece gostar mesmo dela, e acreditava que ela correspondesse ao sentimento. Tomara que ele encontre logo alguém para ajudá-lo a esquecê-la. Amanhã tem mais. Beijos.
+FANFICS ROBSTEN E BELLARD
+O TWIMOMS QUER SABER: QUAL FANFIC É A SUA PREFERIDA?
OMG!!! Eles foram pro quarto! Uau!! Sera q eles vao ate o fim. Louca pelo proximo cap beijusculo
ReplyDeletenooossaaaaa....estou morrendo de calor com esse fogo todo....essa fic ta cada ves mais interessante....to torcendo pra q eles vão até o fim.....qdo é q a Bella vai pegar essa prima nojenta, de armação com o Jacob????...até amanhã...bjs
ReplyDeleteO M G!!!!!!!!!!!!!!! eu amei esse capitulooo
ReplyDeletemuito ansiosa proproximo........
Awww q cap.hooooooot q pegação...Bella diz logo q ama o gostosao do ed,e jake arruma alguem pra se consolar e emmet cai matando em cima da nojenta da rosalie,e q bom q esme aprovou a bella sogra enchendo o saco naun da né!?mega curiosa pra saber se eles vao fazer,eu acho q nao,mais so amamha pra saber.bjusculoss FELIZ DIA DO AMIGO PRA TOOOOOODASS VCSS.
ReplyDeleteai que loucura!!!!!!que cap hoooooooo que amasso gostoso foi esse meu deus acho que agora os dois vao aos finalmente,agora e rezar pra aprendiz de putanya da rosalie e o safado do jacob nao destrua isso td,,,,, A FELIZ DIA DO AMIGO A TODOOOOOS VC BJSSSSSS
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