Olá galera! Hoje Bella viverá momentos difíceis dentro do convento e
alguém muito especial cuidará dela...
Título: De Amor e de Guerra
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo
De Amor e de Guerra
By Juliana Dantas
Atenção: Este
conteúdo foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente,
quero continuar!"
Capítulo 19
Bella tinha chegado ao convento
fazia dois meses. Ali os dias eram todos iguais. Dormir, comer, rezar. O quarto
que dormia, era escuro e desprovido de qualquer luxo ou conforto. Para servir a
Deus, não se precisa de nada destas bobagens – dizia a madre superiora.
Porém, apesar de tudo, Bella não
se importava.
Estava adormecida. E isto era
ótimo.
Quando ali chegara, chorava todas
as noites. Saudades de casa, saudades de seus pais. Saudades de Edward, mas com
o tempo, ela conseguir amortecer o sofrimento. A rotina dura do convento a
obrigara a isto. Caminhou pela nave, saindo da capela, onde estava fazendo as
orações matinais e rumou para seu quarto. Nas mãos tinha a última carta de sua
mãe.
Sua mãe lhe mandava cartas todos
as semanas. Contava como estava a fazenda. E a que pé andava a guerra. Bella,
obviamente não tinha recebido mais nenhuma carta de Jacob. Não ali. A guerra
avançava. O sul ganhava muitas batalhas, mas perdia outras tantas. Pelo menos a
guerra ainda não chegara a Carolina do Sul e a fazenda estava em relativa paz.
Bella abriu a porta e sentou-se
no catre duro e abriu a carta. Depois de discorrer sobre as últimas novidades
sua mãe finalmente falou de Rosalie. Bella tinha perguntado da prima na carta
anterior, e finalmente sua mãe dava uma resposta. Rosalie tinha chegado à casa
da sua mãe dias depois, por causa das condições péssimas das estradas devido à
guerra. E para seu azar a carta de Renée tinha chegado antes. Sua mãe não
quisera nem ouvir suas explicações e a tocara porta afora. E desde então não se
tinha sabido nada de Rosalie. Bella fechou a carta.
O que será que tinha acontecido
com Rosalie? Será que, como ela, tinha pedido abrigo em algum convento? Ou
pior?
Foi tirada de seus pensamentos
por uma batida na porta e se levantou para abri-la.
-A madre pediu para avisar que
não é para ninguém sair do quarto. – falou uma noviça
-Por quê?
-Um contingente do exército está
se aproximando.
-Confederados?
–Não
sabemos. Estão com a nossa bandeira, mas podem ser os Yankes.
–E porque não podemos sair do
quarto?
–Somos mulheres, mesmo estando
num convento. – Bella e a moça viraram-se para a madre superiora que vinha pelo
corredor – Portanto, não saiam dos seus aposentos. É uma ordem.
Bella não refutou e fechou sua
porta.
Adentrando ao quarto, ela subiu
na cama, para olhar pela pequena janela, curiosa.
Realmente um contingente de homens a cavalo se aproximavam do convento.
Realmente um contingente de homens a cavalo se aproximavam do convento.
Bella ficou a imaginar se alguns
dos soldados, se fossem realmente confederados, não tinham visto Edward.
Ansiava por saber notícias dele.
Tinha perguntado nas cartas que mandava a sua mãe, mas ela respondia que a
família Cullen tinha rompido relações com eles. Seu pai fora à casa de Carlisle
e contará tudo e como previram eles estavam do lado de Edward e também não
acreditaram que Rosalie dizia a verdade ao dizer que estava grávida de Emmet. E
a partir dali, nada mais foi dito entre as famílias.
Os homens adentraram ao pátio do convento e Bella não conseguiu ver mais nada.
Horas depois ela ouviu movimento nos corredores a abriu a porta.
Os homens adentraram ao pátio do convento e Bella não conseguiu ver mais nada.
Horas depois ela ouviu movimento nos corredores a abriu a porta.
–O que está acontecendo? –
perguntou a uma das moças que passava apressada.
–A madre nos chamou para ajudar. Tem muitos homens feridos! Você vem?
–Claro!
Bella acompanhou a moça e assustou-se ao ver no que tinha se transformado a parte inferior do convento.
–A madre nos chamou para ajudar. Tem muitos homens feridos! Você vem?
–Claro!
Bella acompanhou a moça e assustou-se ao ver no que tinha se transformado a parte inferior do convento.
Várias macas tinham sido
improvisadas e homens de todos os tipos e tamanhos jaziam feridos.
O caos era geral. As irmãs
corriam de um lado para outro tentando amenizar o desconforto dos soldados.
–O que aconteceu? – perguntou.
–Uma baixa, num conflito não
muito longe daqui.
–Estamos na zona de conflito?
–Ainda não. Pelo menos os Yankes têm
respeitado os conventos. Por enquanto.
–Bella! Não fique aí parada,
ajude! – ouviu alguém gritar e ela foi à luta.
Não tinha experiência nenhuma
nisso, mas agia por instinto. E dentre os rostos desconhecidos almejava ver um
conhecido.
Mas
não o encontrou, sem saber se sentia-se aliviada ou decepcionada.
Os dias transcorreram e alguns
feridos adoeceram. Tifo, febre amarela, todo tipo de doença. E o trabalho delas
aumentou. Todos os dias chegavam mais soldados feridos. E o convento acabou
virando uma espécie de hospital, o que queria dizer que os confrontos estavam
próximos. Muitos morriam, outros pediram braços, pernas. Ou simplesmente
enlouqueciam. Bella não parava. Descobriu que ajudar estes homens sem nome e
sem rosto era reconfortante. Tão diferente da vida sem preocupações que levava
antes.
Mas estava aprendendo a se
adaptar a esta nova realidade. Se prostrava a cabeceira destes homens, ouvindo
suas histórias de glórias e derrotas e assim se acercara do que vinha
acontecendo no país.
Também os ajudava escrevendo
cartas para suas famílias, esposas, noivas e até amores impossíveis.
E assim os dias foram passando,
transformando-se em semanas.
Bella passou entre as camas,
distribuindo os remédios. O único médico entre elas, que tinha chegado logo no
começo, com a primeira leva de soldados, mal dava conta de cuidar de todos e
muito sobravam para elas. Ela parou, sentindo uma vertigem, segurando na cama
mais próxima.
–Você está bem? – o médico
perguntou e ela obrigou-se a sorrir.
–Sim, deve ser só o cansaço. – ela
continuou o que estava fazendo.
–Deve descansar, passou o dia
inteiro aqui.
–Mais tarde, agora tenho muito a
fazer.
–Sim, eu sei, mas está muito
abatida...
–Não é nada!
–Tudo bem!
Ele se afastou e Bella continuou
o seu trabalho, ignorando a dor no corpo que sentia subitamente.
Anoitecia quando ela começou a
sentir-se pior. Estava febril e mal se aguentava em pé. Caminhou até a madre
superiora quando a viu entrando no salão, para avisar que teria que parar, pois
realmente não estava se sentindo bem.
–Bella, meu bem, era com você
mesmo que precisava falar. Está chegando um novo contingente de soldados. Veja
com as outras para trazerem mais macas, mais lençóis...
Ela
continuou a passar as instruções, mas Bella começou a sentir um zunido no
ouvido e começou a perder os sentidos.
A última coisa que viu, foi o
alvoroço ao seu lado, a madre superiora gritando antes de ser erguida e levada
escadas acima em direção ao seu quarto. Depois disso escutava passos, pessoas
indo e vindo, alguém retirou sua roupa e colocou uma camisola, algo frio foi
colocado em sua testa e ela perdeu os sentidos de vez.
–O que faremos madre? – perguntou
uma das moças – não temos que chamar o doutor?
–Sim, temos, vou já fazer isso. Embora tenham acabado de chegar mais feridos! Que horas ela foi escolher para adoecer!
–Sim, temos, vou já fazer isso. Embora tenham acabado de chegar mais feridos! Que horas ela foi escolher para adoecer!
Edward estava cansado.
Desmontou junto com seus soldados
à porta do convento. Tinham muitos feridos depois da última batalha.
Apesar de estar ali como médico
do seu pelotão, ele não podia atendê-los no meio do nada e o aviso de que tinha
um convento no caminho fora um alívio. Assim, poderia contar também com outro
médico para ajudá-lo.
Ao adentrar no salão, ele foi
recebido pelo outro médico. Um senhor baixo e calvo.
Edward o cumprimentou e disse que também era médico.
Edward o cumprimentou e disse que também era médico.
–Ótimo! O que não falta aqui é
trabalho! As moças nos ajudam muito, mas mesmo assim, precisamos de sempre mais
ajuda. Os feridos não param de chegar! E agora mesmo uma das moças perdeu os
sentidos e temo que esteja muito doente.
-Olha lá, lá vem a madre...
A mulher o cumprimentou e passou
as instruções para onde os feridos deviam ser levados e Edward deu a ordem aos
seus homens.
–Madre, o oficial aqui também é
médico e será de grande valia!
–Graças a Deus! Então senhor não
se importará de me seguir. Tenho uma moça que está passando muito mal, temo ser
tifo...
–Eu acabei de chegar. Talvez seja
melhor que o doutor vá...
Mas o médico já estava seguindo
para uma das macas.
–Vá o senhor, terei que fazer uma
cirurgia de emergência;
–Tudo bem.
Edward estava cansado e
preocupado com seus soldados. Não queria perde tempo com uma noviça, mas seguiu
a madre escada acima.
–Peço desculpas ao senhor
doutor...
–Edward. Edward Cullen.
–O senhor é uma benção aqui,
doutor Cullen. Esta moça é de uma família muito importante aqui na Carolina do
Sul, e não gostaria que nada acontecesse com ela... coitadinha... tem
trabalhado tanto...
–Se ela é de uma família
importante o que está fazendo aqui? Em meio a está guerra?
A mulher o encarou a porta do quarto.
A mulher o encarou a porta do quarto.
–Eu não tenho permissão para
dizer, mas... – ela chegou mais perto, como se fosse falar um grande segredo –
acho que foi um escândalo. A família a mandou pra cá, entende?
Ela abriu a porta e fez sinal
para Edward entrar.
E ele relanceou o olhar a moça
deitada na cama.
Não era possível!
Ele sentiu o coração parar.
Bella.
Pensava nunca mais por os olhos
na mulher que destruíra sua vida.
Mas ali estava ela.
Num convento no meio do nada.
Cuidando de feridos de guerra.
O rosto estava pálido e com
olheiras, os cabelos desgrenhados sobre o travesseiro, os olhos castanhos
estavam cerrados e ela debatia a cabeça de um lado para o outro.
–Vê? – a madre passou por ele –
Ela está muito mal. Desmaiou lá no salão e nos deu um susto!
Edward obrigou-se a sair do torpor.
A vontade que tinha era sair
dali. Partir. O mais longe possível. Como fizera da outra vez.
Tinha vindo para a guerra
justamente para não mais vê-la.
A dor da traição não era mais
forte do que a dor de perdê-la para sempre.
Ele aproximou-se da cama e tocou
sua testa. Sim, queimada de febre.
Respirando fundo, tentando conter
suas emoções desencontradas. Dor, rancor, raiva.
E bem no fundo, uma emoção mais
profunda, que julgara esquecida. Mas não, ela estava ali, apenas escondida,
esperando a hora de vir a tona.
Paixão.
Fitou aquela mulher que um dia tinha sido a luz de sua vida e que mesmo agora, depois de tanto tempo, e de toda traição, ainda mexia com ele como nenhuma outra.
–O que ela tem? É tifo?
Fitou aquela mulher que um dia tinha sido a luz de sua vida e que mesmo agora, depois de tanto tempo, e de toda traição, ainda mexia com ele como nenhuma outra.
–O que ela tem? É tifo?
Ele saiu do transe com a voz da
madre atrás de si e obrigou-se a conter toda e qualquer emoção, fosse boa ou
ruim que tivesse por ela e examiná-la como médico.
O que era muito difícil.
Aquela era Bella Swan.
Sua noiva.
Ex-noiva, corrigiu-se. Estava
acabado. Como dissera a ela naquela manhã, antes de partir para a guerra. Não
contara nada ao seu pai, mas se ela estava ali, ele deveria ter descoberto de
alguma maneira.
“Um escândalo”, dissera a madre.
E ela fora mandada para aquele
lugar.
E por um acaso do destino ele
também estava ali.
Ele acabou de examiná-la e olhou
para a madre.
–Creio que não é tifo, me parece
uma pneumonia. Ela precisa ficar aqui, em repouso. Mande alguém para ficar de
olho nela. Vou descer e ver se tem alguma medicação.
Edward quase correu ao sair do quarto.
Edward quase correu ao sair do quarto.
Tinha que se afastar de Bella. E
das lembranças.
Estava li apenas de passagem,
depois iria embora com a sua tropa, para mais alguma batalha. E Bella Swan
seria esquecida.
Edward olhou o rosto pálido
contra o travesseiro e sentiu um aperto no peito.
Não deveria estar ali.
A guerra ainda existia lá fora e
era lá que ele deveria estar. Com seus homens.
Mas desde que chegará a aquele convento não conseguia desgrudar os olhos da presença febril de Bella.
Mas desde que chegará a aquele convento não conseguia desgrudar os olhos da presença febril de Bella.
Ela ainda não acordara e já fazia
três dias que estava ali, velando seu sono, fazendo compressas em seu rosto
quente. As freiras iam e vinham, preocupadas com seu estado. Mas ela não
apresentava melhoras, o que deixava Edward mais tenso.
Queria que ela melhorasse para que pudesse seguir em frente.
Queria que ela melhorasse para que pudesse seguir em frente.
Ouviu um suspiro atordoado e
virou-se novamente para enferma. Surpreendeu-se ao vê-la de olhos abertos.
Porém, ela fitava o nada, como se não o tivesse vendo, a cabeça pendia de um
lado para o outro, o rosto rubro de febre. Ele colocou a mão na sua testa para
acalmá-la, o que pareceu resolver, pois ela fechou os olhos e caiu no sono
novamente.
Edward suspirou, cansado.
Sim, estava esperando-a ficar boa
e depois partiria. Era o melhor que tinha a fazer, pensou, ignorando a dor em
seu peito.
A ferida ainda estava aberta. Por
mais que ele tentasse esquecer, a decepção tinha sido forte demais.
Bella
o enganara da maneira mais vil, mais dissimulada.
Não podia se deixar enganar por
aqueles olhos castanhos suplicantes.
Não novamente.
Bella estava atordoada, sentia o corpo sacudido por tremores, que não sabia definir se eram de frio ou de calor. A cabeça latejava. Os pensamentos embaralhados, a mente confusa.
Onde estava? Porque sua mãe não
vinha cuidar dela? E a Bá?
Tentou abrir a boca para
chamá-las, mas o som não saía.
Então, como vindo de muito longe
ela conseguiu distinguir vozes ao seu redor.
Vozes estranhas ao seu ouvido.
Mexeu a cabeça tentando abrir os olhos, mas até isso era uma tarefa dolorosa,
gemendo fracamente, ela desistiu de tentar entender o que se passava e deslizou
para o sono novamente.
Ela sonhava, sentia mãos
carinhosas, porém firmes em seus cabelos, seu rosto, seu pescoço. Tentou abrir
os olhos, saber quem estava ali com ela, mas estava se sentindo tão fraca...
Então, de algum lugar da sua
mente, ela reconheceu aquele toque.
Mas não podia ser. Ele estava
distante, na guerra.
Não voltaria para ela nunca mais.
Abriu a boca para articular seu
nome, mas sentia a garganta seca.
Subitamente sentiu a pessoa
segurando sua cabeça e a obrigando a tomar um líquido, que ela recusou-se,
virando a cabeça.
–Precisa beber Bella. – a pessoa
falou e então ela teve certeza.
Era Edward que estava ali.
Mas como era possível?
Estava sonhando, era isto. Nada
daquilo era real.
Sentiu a cabeça sendo pousada no
travesseiro novamente e desta vez esforçou-se duramente para abrir os olhos até
que conseguiu levantar as pálpebras doloridas, a visão difusa focalizou um
quarto mergulhado em penumbra e ao virar a cabeça para o lado ela o viu.
E sentiu uma emoção tão profunda
dentro do peito que lágrimas grossas se formaram em seu olhar.
– Edward. – ela pronunciou seu
nome em delírio.
Sim, se isto era um sonho, queria
dormir eternamente. Para tê-lo ali com ela, ao alcance de suas mãos para sempre.
Queria não estar tão fraca,
queria ter forças para puxá-lo para si e não deixá-lo ir nunca mais.
Era ali o seu lugar. Ao lado
dela.
Mas porque ele a encarava daquele
jeito conciso?
Porque não deslizava para o seu
lado e a abraçava, murmurando palavras de carinho como fizera tantas vezes?
Pensou confusa.
Os pensamentos estavam
embaralhados.
Mas os sentimentos estavam ali,
latentes.
Porque se importar em formular
questões que não conseguia responder?
Ele estava ali e era o que
bastava.
–Não fique agitada. – ele falou
sério, tirando os cabelos de seu rosto e Bella somou forças vindas do desespero
e segurou a mão que estava em seu rosto.
–Você está aqui... – sussurrou
num fio de voz. Ela o viu apenas respirar fundo como se contendo as emoções e
desviar o olhar. – Mas não é possível que esteja, eu devo estar sonhando. –
murmurou em – Porque você me odeia...
–Pare com isso Bella... – ele a
repreendeu a encarando novamente e ela viu um lampejo de raiva em seu olhar.
Até isso é melhor do que a fria indiferença.
–Mas eu não me importo, Edward... – continuou – nada mais importa... – ela segurava firmemente sua mão e sem saber muito bem o que estava fazendo, deslizou a mão dele por seu peito, fazendo-o sentir a batida do seu coração desamparado – sabe por que Edward? Porque eu estou sonhando. E o sonho é bem melhor do que qualquer realidade. Então não me importa o que aconteça na realidade...
–Mas eu não me importo, Edward... – continuou – nada mais importa... – ela segurava firmemente sua mão e sem saber muito bem o que estava fazendo, deslizou a mão dele por seu peito, fazendo-o sentir a batida do seu coração desamparado – sabe por que Edward? Porque eu estou sonhando. E o sonho é bem melhor do que qualquer realidade. Então não me importa o que aconteça na realidade...
Edward sabia que ela estava delirando, mas não conseguia desviar o olhar de sua figura febril. Sentiu a batida do seu coração, forte contra os dedos e mais: Um seio palpitante e tentador por baixo da camisola. Como ansiara, nas noites frias de conflitos, tocá-la assim novamente. Quantas vezes imaginara tê-la assim, a sua mercê, doce e complacente.
Por meses, sua presença o atormentara.
A saudade misturada a desilusão.
A crua verdade da traição suplantada pelo desejo de tê-la junto a si novamente,
poder mirar os olhos castanhos, que pareciam sempre desafiá-lo a ir mais longe,
a invadir sua alma, conhecer cada reentrância de seu ser.
E ali estava ela, delirando em
febre, chamando-o para mergulhar naquele delírio junto com ela, esquecer quem
eles eram ou o que tinham sido um para o outro.
Sem conseguir se conter, Edward
fechou as mãos em concha em volta do seio jovem, sentindo sua textura por cima
do tecido fino, um desejo proibido invadindo sua mente e seu corpo. E por
alguns instantes deixou-se levar pelo desvario que vinha dela, mas a realidade
veio como um raio e ele percebeu o que estava fazendo e retirou a mão do corpo
dela, como se tivesse tocando em brasa, horrorizado.
Ia se afastar, mas Bella, num
movimento ágil, sentou-se agarrando em sua camisa, com as mãos crispadas, os
soluços sacudindo seu corpo delgado.
–Você está me deixando novamente...
– ela sussurrava como um mantra, sem parar.
–Você precisa parar com isto Bella. - ele segurou suas mãos, atormentado.
–Não, nunca vai me perdoar... – ela atropelava as palavras em meio às lágrimas – Eu sou uma pessoa horrível...
–Você precisa parar com isto Bella. - ele segurou suas mãos, atormentado.
–Não, nunca vai me perdoar... – ela atropelava as palavras em meio às lágrimas – Eu sou uma pessoa horrível...
–Pára Bella! - ele tentava
fazê-lo soltá-lo, mas era impossível, ela se agarrava a ele como um náufrago em
busca de terra firme e ele sentiu aquele velho senso de proteção invadi-lo, sem
aviso.
De súbito, deixou de lutar contra
ela, para envolvê-la com seus braços, deitando a cabeça feminina em seu ombro,
acariciando seus cabelos docemente, tentando acalmá-la.
Sem saber como, a deitou sobre o travesseiro, ele ao seu lado, os braços em volta dela, as testas unidas, enquanto ela parava de chorar lentamente. Então ela focalizou os olhos nele novamente, já não mais tempestuosos, mas tristes e desamparados.
– Eu queria que isso não fosse um sonho.
Sem saber como, a deitou sobre o travesseiro, ele ao seu lado, os braços em volta dela, as testas unidas, enquanto ela parava de chorar lentamente. Então ela focalizou os olhos nele novamente, já não mais tempestuosos, mas tristes e desamparados.
– Eu queria que isso não fosse um sonho.
Foram suas últimas palavras antes
de deslizar para a inconsciência novamente e Edward também fechou os olhos,
aliviado e triste ao mesmo tempo.
Estava cansado, não só física,
mas emocionalmente, pensou, sentindo o corpo relaxar e uma paz que não sentia há
muito tempo, desde...
Ele suspirou fundo, bloqueando os
pensamentos, deixando-se levar, como ela, para o sono do esquecimento.
Edward acordou lentamente e
sentiu a respiração de Bella em sua face.
Então lembrou-se dos
acontecimentos da noite passada. Abriu os olhos e viu a luz do sol infiltrar-se
no aposento.
Mirou o rosto pálido de Bella,
tranquilo no sono e sentiu a velha confusão de sentimentos que vinha assolando-o
desde que pusera os olhos nela novamente.
Amor e ódio.
Ressentimento e paixão.
O que fazer com todos estes
sentimentos?
Sabia que deveria sair dali,
fugir para o mais longe possível, deixá-la novamente, como fizera uma vez.
Ficar apenas o faria sofrer mais.
Mas ela também parecia sofrer,
pensou confuso.
Na noite passada se agarrara a
ele com tanto desespero e dor, como se sua presença ali a perturbasse tanto
como ela o perturbara.
Mas ela estava delirando, provavelmente
nem se lembraria do que tinha acontecido.
Retirando os braços dela de cima
dele, Edward afastou-se para examiná-la.
Sim, a febre tinha baixado,
pensou aliviado, e ela já não tremia mais, dormia tranquilamente. Em poucos
dias estaria nova em folha. Ele sentou-se no canto da cama, olhando para baixo,
sem saber como agir.
Ficar e esperar ela acordar e
conversarem como dois adultos?
Ou partir e manter a promessa de
nunca mais vê-la?
Foi tirado do seu devaneio por
batidas na porta.
Levantou-se e abriu e viu uma
freira parada na soleira.
–Isso é para a senhorita Bella. –
ela falou depositando um envelope em suas mãos e saindo apressada e Edward não
teve tempo de perguntar do que se tratava.
Então sem querer ele relanceou os olhos pela escrita no pé do envelope e gelou.
Então sem querer ele relanceou os olhos pela escrita no pé do envelope e gelou.
Jacob.
Era uma carta Jacob para Bella.
Bella voltou a si poucos dias
depois. No quarto havia apenas uma freira muito jovem.
–Olha só, que bom que acordou! – a moça bateu palmas, exultante.
–Olha só, que bom que acordou! – a moça bateu palmas, exultante.
Bella sentou-se atordoada,
tentando lembrar o que estava se passando.
Então tudo veio a mente, os
feridos, o desmaio e depois...
O vazio.
Não. Não era apenas o vazio. Eram
cenas fragmentadas.
–O que aconteceu? – perguntou
confusa, à moça.
–Não se recorda? Desmaiou há uma
semana, lá no salão! Deu um susto! A madre quase teve um troço! Ainda mais que
o doutor estava ocupado e...
–Fiquei desacordada todo este
tempo?
–Sim ficou. Fora algumas horas
que delirava, não falava coisa com coisa...
Bella colocou a mão no rosto,
sentindo-se culpada por ter dado tanto trabalho.
–Eu não podia ficar doente! –
censurou-se – Tanto trabalho a ser feito. Tantos feridos!
–Não se preocupe! – a moça aproximou-se dela – Vou pedir para prepararem um banho e vou te ajudar a se arrumar!
–Não se preocupe! – a moça aproximou-se dela – Vou pedir para prepararem um banho e vou te ajudar a se arrumar!
–Claro! Tenho mesmo que descer e
ajudar!
–Não, tem que descansar, ordens
médicas! Não saia daí!
A moça falou e saiu do quarto.
Bella recostou-se no travesseiro
novamente.
Tinha ficado desacordada todo
este tempo?
Deveria ter se cuidado mais. Mas
havia tanto a ser feito, tanta gente precisando de ajuda e ela realmente não se
importava.
Não se importava com nada, pensou
sorumbática.
Então a mente foi invadida
novamente por flashes.
E ela arregalou os olhos ao se
lembrar.
Edward!
Tinha sonhado que Edward estivera ali.
Tinha sonhado que Edward estivera ali.
Sorriu consigo mesma, tristemente.
Só em sonho mesmo.
Edward estava na guerra,
combatendo sabe Deus onde.
Fechou os olhos, recordando
exatamente como foi o sonho.
Tinha sido tão real...
Deveria estar muito mal mesmo,
para ter sonhos com ele.
Na verdade sempre sonhava com
ele. Mas nunca sonhos assim, tão vívidos...
Foi tirada de seus devaneios
pelas criadas que entraram trazendo a tina para seu banho.
Tempos depois, Bella desceu para
o salão.
O movimento ali era bem menor,
havia apenas poucos feridos.
Avistou o médico de longe e foi
até ele.
–Olá, doutor.
–Bella! – ele se virou sorrindo –
Vejo que já se restabeleceu completamente.
–Sim, graças ao senhor! Eu vim
agradecer, por ter cuidado de mim, mesmo tendo tantos feridos precisando mais
que eu!
O médico a encarou confuso.
–Mas eu não... – ele começou, mas
um ferido o chamou e ele foi ao seu encontro deixando Bella sem saber o que
tinha falado de errado. Dando de ombros ela foi ajudar nos afazeres e ao fim do
dia a mesma freira que havia estado no seu quarto quando acordara veio ao seu
encontro.
–Bella, a madre quer falar com
você, na sala dela.
–Comigo? Será que ela vai me dar
uma bronca por ter caído doente?
–Claro que não! Porque faria
isto?
–Não sei! Talvez por ter
monopolizado o nosso médico quando há tantos...
–Mas não foi ele quem cuidou de
você! Foi outro médico!
–Como? - Bella espantou-se,
sentiu uma reviravolta no estômago ao pensar em seu sonho. Não, aquilo fora
delírio. Simplesmente não era possível.
–Ele chegou com sua tropa... – a
moça continuou, alheia as desconfianças de Bella – na mesma hora que você caiu
doente! Olha que sorte!
–Você sabe o nome deste médico? –
Bella perguntou num fio de voz.
–Hum, não me lembro direito... mas
ele era jovem, e bonito! Pena não estar acordada para ver!
Bella sentiu falta de ar e
palpitações no peito.
Não podia ser. Ou podia?
–Não esquece que a madre está te
chamando!
–Certo! Eu vou ver o que ela quer.
– Bella virou-se em direção a sala da madre, mas à porta do salão ouviu a moça
chamá-la.
–Bella! Lembrei! O nome do
médico! É Edward Cullen! – falou despreocupada, voltando aos seus afazeres.
Mas Bella permaneceu parada onde
estava, chocada.
Não fora sonho.
Edward estivera mesmo ali.
Em carne e osso
Cuidara dela.
E ela estivera tão doente que nem
fora capaz de notar sua presença.
Não do jeito que gostaria, que
ansiava desde que tinham se separado tão bruscamente há 8 meses atrás.
Ela levou a mão ao coração,
desolada.
Ele estivera ali e partira.
Sem olhar para trás.
Sem ao menos esperar que ela se
recuperasse.
Sentiu as lágrimas quentes nos
olhos e respirou fundo para não desabar ali mesmo no salão apinhado de gente.
Engoliu um soluço, a mente
trabalhando rápido.
Se fora embora há poucos dias,
talvez ainda estivesse perto dali.
Ela podia fazer perguntas, alguns
daqueles homens ali poderiam ser da sua tropa.
Poderia se informar de sua
localização.
E iria atrás dele.
Sim, não podia deixá-lo ir
novamente. Iria atrás dele nem que fosse a última coisa que fizesse na vida.
Mordeu os lábios, sorrindo
consigo mesma, com o ânimo renovado, o coração cheio de esperanças.
–Bella! – ouviu a madre a
chamá-la, ríspida, da porta de sua sala e só então Bella lembrou-se que a madre
tinha requisitado sua presença. Sua missão para encontrar Edward podia esperar
alguns minutos.
Caminhou até a sala da senhora e
sentou a sua frente.
A mulher a encarou, soturna.
–Bella, temo não ter boas notícias.
–O que aconteceu? – perguntou
preocupada.
–Chegou uma missiva da sua casa.
–Da minha casa?
–Seu pai está muito doente.
Bella sentiu o coração congelar.
–Doente? Que doença?
–Grave. Muito grave e segundo a
carta de sua mãe... – ela passou a carta para Bella – ele está morrendo Bella.
Bella pegou as cartas com as mãos
trêmulas e a leu rapidamente.
Sim, era verdade, seu pai estava
no leito de morte.
Começou a chorar, sem conseguir
se conter.
–Eu sinto muito, querida. – a
madre a confortou – Pedirei uma carruagem para você partir o mais rápido
possível.
–Sim, claro. – Bella respondeu de
pronto.
Então deu-se conta no que isto
implicava.
Não poderia ir à procura de
Edward se fosse ver seu pai.
E agora, o que faria?
Bella pensou em seu dilema por
apenas alguns instantes, mas tomou a sua decisão.
Continua...
Putz, essa carta do Jacob tinha que chegar justo agora? E o pai dela
também, tinha que adoecer no momento em que decidiu ir atrás dele. Se bem que
eu não acho que devesse sair atrás dele assim no meio de uma guerra. Algo de
muito ruim poderia acontecer. Quem sabe essa ida dela pra casa não reserve uma
boa surpresa? Beijos e até amanhã.
Ai coitadinho dos dois um sofre aki outro sofre de la tudo por culpa da maldita da Rosalie pelo menos eu espero q ela esteje sofrendo muito... ate amanha Beijusculo
ReplyDeletemeninas oq eu ja chorei lendo e relendo esse cap.kkkkkkk meu des como pode O EDWARD BEM ALI PERTINHO DO SEU AMOR e vem esse jacob se entromete no meio deles dinovo.e essa doença do pai de bella tomara que sirva pra alguma coisa boa
ReplyDeletee cade a carta do Jacob q o Edward pegou pra entregar a Bella? Será q o Edward leu???...eu acho q a Bella vai atras do Edward e não pra casa ver o pai....até amanhã...bjs
ReplyDeleteÉ mesmo... a carta de Jacob.
ReplyDeleteOnde está? Acho que Edward levou com ele e vai ler mais tarde...