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Saturday, August 04, 2012

FANFIC - DE AMOR E DE GUERRA - CAPÍTULO 25



Oi galera! Hoje Bella e Edward terão um jantar com amigos e as coisas esquentam quando ela bebe além da conta...

Título: De Amor e de Guerra
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

De Amor e de Guerra
By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 25

Bella respirou fundo e tentou fechar o vestido. Mas era impossível. Teria que pedir a Edward que fechasse para ela. Não tinha dirigido a palavra a ele desde o episódio da manhã, estava mesmo irritada com ele. Na sua insistência em não querer ouvi-la. Por ignorá-la quando tudo o que mais queria era chamar sua atenção. 
Ela saiu de trás do biombo e Edward a encarou impaciente. 
– Eu preciso... Você poderia... Ajudar-me a fechar meu vestido? 
Ele a encarou por alguns instantes, como se fosse ignorar seu pedido, mas com um suspiro de impaciência ele aproximou-se dela e Bella virou de costas. 
O vestido era um modelo verde esmeralda, muito fino, emprestado, claro. 
Edward começou a fechar os minúsculos botões que adornavam toda a parte de trás do vestido. Suas mãos roçavam levemente em sua pele, e Bella podia sentir o seu calor mesmo por cima do espartilho fino. 
Sentiu a respiração se acelerando e um calor insidioso começar a subir pelo corpo. As mãos masculinas subiam firmes, acabando de fechar os últimos botões e ela levantou os cabelos, para facilitar o acesso aos últimos botões. Podia sentir o olhar dele sobre ela, queimando-a, as mãos a roçar nela levemente e Bella sentiu um arrepio na nuca, uma vontade insana de recostar-se nele e pedir para que nunca mais tirasse as mãos dela. 
Ele terminou de fechar o vestido, mas suas mãos permaneceram em suas espáduas por alguns instantes fugidos. E Bella suspirou. Mas o momento passou e ele se afastou, deixando apenas o vazio e uma tristeza imensa. Ela fechou os olhos para afugentar a dor e sorriu, virando-se para ele e forçou um sorriso polido.
–Vamos?

O jantar transcorria como uma tortura. 
Edward fitou Bella através dos olhos perscrutadores. Ela mal falara com ele desde o episódio no quartel. 
Mas o que ela esperava? Que a mantivesse em Savannah? E ainda por cima tivera o desplante de perguntar de Jacob! Só de lembrar Edward sentia-se fervilhando de raiva. 
E ciúme.
Lembrou-se dela saindo de trás do biombo, resplandecente em seu vestido verde. 
E tê-la tão perto para ajudar a fechar os pequeninos botões fora uma tortura. Tivera vontade de arrancar o vestido dela para contemplar de novo aquele corpo que o atormentava em lembranças. 
Lembranças estas revividas pelas palavras de Bella na noite anterior. Só Deus sabia como tinha conseguido manter-se impassível diante das profusões de lembranças que Bella evocara. Era como ainda pudesse sentir sobre os dedos o calor do corpo, o gosto de sua pele, o esplendor de seus seios. Sentiu a pulsação acelerar com as imagens que se formava em sua mente, Edward interrompeu o caminho que seus pensamentos tomavam. 
Bella tinha que partir.
O quanto antes.
Pois resistir estava cada vez mais difícil. 
Ela o provocava com seu riso, seu olhar hora calmo como as águas profundas do oceano, hora tempestuoso como se antevisse uma explosão. Era um olhar de fogo que evocava os instintos mais profundos de Edward. Instintos que julgara adormecido. 
–Está se sentindo melhor, querida? 
Edward foi tirado de seus devaneios pela voz estridente da Senhora O‘Donnell que perguntava algo a Bella.
–Como? – Bella devolveu a pergunta, parecendo confusa. Edward observou que ela já tinha esvaziado dois cálices de vinho e parecia estar com o rosto vermelho. 
–Você desmaiou ontem, fiquei muito preocupada. 
–Ah, isto. Sim, estou me sentindo bem agora. – Bella respondeu com um sorriso educado.
–Mas de qualquer maneira, isto é muito estranho! - outra senhora comentou – Ninguém desmaia assim do nada! A não ser... 
E a mulher trocou olhares com outra senhora antes de completar.
–Que estivesse grávida!
Edward engasgou com o vinho ao ouvir a idéia absurda e Bella começou a rir. No começo um riso abafado, como se tivesse ouvido uma piada. E para espanto das senhoras presentes e dele mesmo, ela começou a gargalhar a toda altura. Jogando a cabeça pra trás ela ria colocando a mão na barriga e Edward fitou as senhoras, que encaram Bella sem entender nada.
–Querida, o que dissemos de errado? - uma delas indagou confusa, e Edward encarou Bella, severo. 
Ela enxugou as lágrimas de tanto rir e respirou fundo.
–Me desculpe. Mas acho que esta idéia é, digamos, muito improvável! – ela encarou Edward cinicamente – Não é, “querido”? 
Edward percebeu que provavelmente o vinho já estava fazendo efeito nela. Ou ela enlouquecera de vez. 
–Sim. – ele respondeu lacônico e a conversa voltou a girar em volta de outros assuntos.
O resto da noite foi uma interminável sucessão de brindes e discursos inflamados dos homens sobre a guerra. Edward observou Bella beber um copo após o outro e ficando cada vez mais bêbada. 
Tentou fazê-la parar, mas ela o encarou com os olhos faiscantes e bebeu ainda mais. 
Finalmente os convidados começaram a se dispersar e Edward deu a noite por terminada. 
Bella ria, sem parar, prestando atenção nas anedotas de um velho senhor. Ele atravessou a mesa e a pegou pelo braço.
–Vamos, Bella. 
–Não! Eu não quero ir! – ela resmungou, pegando a taça de vinho. 
Mas Edward retirou a taça de suas mãos, a fez ficar de pé e saiu quase arrastando-a até a rua.
–Me solta! – ela soltou o braço dele – Não queria ir embora, estava tão divertido! – ela riu debilmente e tropeçou e Edward a amparou.
–Você está bêbeda! 
Ela sorriu.
–Sim! Não é maravilhoso? Sinto-me tão leve! – ela se desvencilhou dele novamente e abriu os braços rodopiando pela rua. 
–Bella... - Edward começou a repreender e ela o fitou. Os cabelos caiam como um manto escuro pelos ombros delicados e Edward sentiu uma onda de desejo traspassá-lo.
–Por que está tão sério, Edward? 
–Por que você esta bêbada.
–E daí? – ela deu de ombros andando até ele – Sabe o que eu queria fazer agora? Queria tirar as minhas roupas e pular num rio! Tem um rio aqui perto não tem?
Ela saiu andando como se procurasse avistar um rio a qualquer momento.
–Bella, volta aqui. - ele a seguiu.
–Vamos, Edward! Não seja chato! Você podia ficar nu também, assim eu poderia ver como você fica sem roupa! Podemos nadar nus à luz do luar! 
–Chega, Bella! – ele tentou não se afetar pela imagem evocada pelas palavras de Bella que se formavam em sua mente e manter a lucidez. 
Mas ela o encarava através dos olhos semi serrados, as faces vermelhas, os seios ofegantes por baixo do decote do vestido verde. E sorrindo, ela virou-se e continuou a andar, mas, tonta, tropeçou e ia cair se Edward não a segurasse e cansado de tentar detê-la, ele a pegou no colo e saiu em direção ao convento. Bella aconchegou-se em seus braços, submissa e ele pensou se finalmente teria se acalmado. Mas ao adentrar no quarto e a colocar na cama, ele abriu os olhos confusos e o encarou.
–Estou me sentindo tão tonta... 
–Isso é a consequência da bebida. – ele falou sarcástico e tirou-lhe os sapatos. 
–Vai me despir, Edward? – Bella perguntou sedutora e Edward a encarou sério.
–Pára com isto Bella. – ele respondeu, mas sabia que teria que tirar aquelas roupas dela para livrá-la do espartilho apertado. 
Contendo a onda de desejo, ele a segurou para abrir os botões do vestido. O tempo todo ela ria, mas deixava-se despir fracamente.
E Edward finalmente conseguiu arrancar o vestido dela e deixá-la apenas de espartilho e a peça íntima cheia de babados que ia até os joelhos. Agora vinha a parte mais difícil: o espartilho. 
Por baixo dele podia entrever os seios alvos e Edward sentiu a pulsação acelerar-se.
Controle-se Edward. Ela está bêbada, censurou-se enquanto colocava o vestido numa cadeira. Mas quando se virou para ela novamente, ela estava recostada nos travesseiros, os cabelos castanhos espalhados contrastando com a alvura dos lençóis.
E Edward teve dificuldade de continuar pensando racionalmente. 
Aproximou-se e tentou manter a mente sob controle, mas Bella o encarou com os olhos cheios de promessas e ajoelhou-se no colchão, aproximando o corpo do dele, tentadora. 
Edward sentiu as forças se esvaindo e o corpo se agitando.
–Edward... – ele sussurrou – me beija... 
Com um gemido estrangulado, Edward abaixou a cabeça e sem mais conseguir resistir ele a beijou. Mandando o autocontrole para o longe, ele segurou o rosto dela entra as mãos e invadiu a boca tentadora com a língua faminta, explorando o interior macio, deixando-se levar pelo desejo. Ouvi-a soltar um gemido baixo, quando desceu as mãos por suas costas e a trouxe para junto dele, colando seus corpos e descendo os lábios pelo pescoço feminino, apertando-a junto a si, deitando-a sobre os travesseiros, o corpo dominado por um desejo insano. E quando levantou a cabeça para encará-la percebeu que ela tinha caído num sono profundo. 
– Bella? – ele ainda a chamou, mas ela apenas gemeu debilmente e aconchegou-se mais ao travesseiro. Edward soltou um suspiro de desalento e afastou-se.
Tinha ficado doido mesmo. Aproveitando-se de uma mulher bêbada. 
Respirando fundo ele encarou o rosto tranquilo no sono e sentiu uma onda de ternura o dominá-lo. A beleza dela o sufocando de emoção uma vez mais. 
Soltando uma imprecação, ele voltou para a tarefa de despi-la. Tentando pensar como médico e não como homem, ele acabou de tirar o resto de suas roupas e a cobriu com o lençol. Só então voltou a encará-la, pois sabia que, se lançasse os olhos pelo corpo dela de novo teria sérias dificuldades de dormir. 
Despindo-se, deitou-se sobre a sua cama improvisada no chão e fitou o teto. 
Não adiantava se enganar. Ainda amava a moça que dormia serenamente ao seu lado.
Mas tinha que esquecê-la. Por tudo o que ocorrera e pelo o que eram agora. Não podia se enganar achando que podia recomeçar de onde tinham parado. Muitos anos haviam se passado e muita mágoa e ressentimento ainda habitava entre eles. 
E agora ele tinha Tânia. 
De repente deu-se conta que pela primeira vez em dias, tinha pensado na noiva. 
Para ser mais preciso desde Bella voltara a sua vida como um furacão. 
Sentiu-se mal e com remorsos ao pensar que quase se deixara levar pelo desejo e possuíra Bella. 
Não podia sucumbir e para tanto ela tinha que partir o mais rápido possível. 
Mais uma vez, Edward tentou pensar numa maneira de livrar-se dela. 
Mas não encontrou nenhuma. 

Bella acordou desorientada. Abriu os olhos apenas para fechá-los logo em seguida, ofuscada com a luz, levou a mão à testa que latejava e gemeu, tentando sentar-se. Na boca um gosto amargo e a cabeça girava. Finalmente conseguiu abrir os olhos e focalizar o quarto e a primeira coisa que viu foi Edward parado em frente à cama.
–Você está bem? – ele perguntou sério.
–Sim, eu... – ela ia responder que não havia motivo para não estar bem, mas sentiu uma onda de náusea e recostou-se nos travesseiros de novo, gemendo – não, a minha cabeça está explodindo... 
Então de repente, flashes dos acontecimentos da noite passada passaram por sua mente. O jantar na casa dos O’Donnell, depois ela sentira-se tão bem, tão leve. Franziu o rosto. E o que tinha acontecido depois? 
Edward a trouxera para casa. 
Ela arregalou os olhos, só então reparando que estava completamente nua embaixo no lençol.
Encarou Edward, confusa e foi acometida por imagens dele beijando-a e... nada. Ela não se lembrava de mais nada. 
Seria possível que o que ela mais queria tivesse acontecido? 
Será que finalmente tinha dormido com Edward? E nem se lembrava? 
Ela fez uma careta, mortificada. 
Não podia acreditar que tinha feito amor com Edward e não se lembrava de nada! 
– Eu... quer dizer... nós... – ela gaguejou mortificada.
Edward tinha o semblante indecifrável e Bella sentiu-se mais mal ainda. 
– O que aconteceu ontem à noite? – perguntou por fim. 
– Você bebeu vinho além da conta. 
– Disso eu me lembro... – ela respondeu irônica - o que eu quero saber é... se... 
– Pode ficar tranquila, Bella. Nada aconteceu. 
Bella respirou aliviada. 
– Eu tenho que ir ver os pacientes. Pode ficar aqui hoje, descansando. Não me parece nada bem.
Ele falou isto e saiu do quarto sem dar tempo de Bella responder. 
Ela não sabia o que pensar ou sentir. 
Sim, estava aliviada por nada ter acontecido, mas não por causa de qualquer convenção e sim por que estava bêbada o bastante para não se lembrar de nada 
Era mesmo uma idiota. Por que me lembrava bem dele beijando-a, tocando-a. Então por que ele tinha parado? Não a quisera? Será que tinha se enganado em achar que ainda havia algum sentimento dele por ela? 
Bella suspirou e deitou-se fechando os olhos.
Pelo menos ele a tinha beijado.
E disso ela se lembrava bem, pensou sorrindo consigo mesma.

Ao fim do dia Edward voltou para os aposentos. Tinha retardado o máximo à volta, por que depois dos episódios da última noite, estava mais do que nunca disposto a evitar Bella. A noite mal dormida ainda falava por si só. 
Talvez ele tivesse sorte e ela estivesse dormindo, pensou distraído, ao abrir a porta. Então parou ao ver a cena que se delineava a sua frente.
Havia uma banheira dentro do quarto e uma Bella nua, envolta em fumaça, estava com os olhos fechados, recostada dentro dela. 
Edward sentiu as primeiras ondas de desejo proibido tomar sua mente no mesmo instante e quando ela abriu os olhos, o desejo se espalhou pelo resto do corpo. Com a respiração presa na garganta ele não foi capaz de proferir uma palavra sequer durante os instantes sem fim que se seguiu, o quarto rodeado de silêncio e de tensão. 
Bella sentia o coração aos pulos. A mente invadida pelas mais loucas fantasias, ao ver Edward encarando-a daquela maneira.
Era um olhar de puro desejo e ela sentiu cada poro de seu corpo corresponder a este olhar, invadido por um calor intenso. Ofegante, ela devolveu o olhar, pensando que daria tudo para ele não recuar. Não desta vez. Não de novo. 
Mas com dor no coração ela viu quando ele desviou o rosto e pigarreando e a encarou novamente, mas desta vez, com frieza.
–Acho que estou te atrapalhando, vou sair e volto quando você terminar.
Bella não sabia dizer o que deu nela no instante seguinte, mas quando seu por si estava chamando-o e quando ele voltou-se para encará-la. Bella respirou fundo e sorriu. 
–Não precisa, eu já terminei! – disse estas palavras enquanto levantava-se da banheira sob o olhar embasbacado de Edward. 
Por um momento, Edward achou que estivesse delirando, mas o aperto no baixo ventre lhe dizia que estava bem acordado. Sem piscar, ele viu Bella erguer-se gloriosa da banheira, a água escorrendo pela alvura dos seios empinados, a cintura delgada, a curva dos quadris, perdendo-se no o vértice entre as pernas. Edward prendeu a respiração. Ela era milimetricamente perfeita. Mirou-a de cima a baixo sem conseguir conter-se, o desejo feroz era de cobrir a distância que os separava e refestelar-se com seu corpo perfeito, enxugá-la com seus beijos, cada centímetro de pele branca molhada. 
Bella permaneceu parada, regozijando-se com o desejo exposto no olhar masculino. Um tremor de prazer a sacudindo de cima a baixo, os seios pesados de desejo ansiando pelo toque dos lábios e das mãos de Edward. Por que ele estava parado? Porque ele não vencia a distância que os separava e a beijava? 
–Edward? – ela o chamou num sussurro, mas em vez de fazê-lo entregar-se ao desejo , ele pareceu acordar do transe e piscando, voltou a ter a expressão de desagrado. 
E isto feriu Bella como um punhal cravado no peito.
–Vista-se Bella! Agrada-lhe se exibir assim? 
Bella se enrijeceu de fúria ao ouvir estas palavras. Pelo que ele a tomava? Por uma mundana?
Só porque ele era teimoso como uma mula e não queria admitir o desejo que os unia, a maltratava.
Mas hoje ela não estava disposta a aturar suas grosserias. Era quem era e tinha orgulho disso. E daí se fosse uma mundana? Seu corpo ansiava pelo dele como uma flor ansiava pela luz do sol. E isto era puro amor. Não era pecado amar e querer ser amada. 
Respirando fundo, ela levantou a cabeça e com todo orgulho que conseguir juntar, saiu da banheira, inteiramente nua e caminhou até a cama, pegando as roupas íntimas e vestindo-as sem ao menos enxugar-se e só então o encarou em desafio.
–Está bom, assim? Ou ainda estou ferindo sua moral, Edward Cullen? – ela falou com a mão na cintura, aproximando-se dele com olhar destilando rancor. 
–O que você ganha agindo assim, Bella? – ele falou duramente – Quer fazer com que eu mude a minha opinião sobre você? Sobre o passado? 
–E seu quiser exatamente isto? 
–Isto não vai acontecer. O passado está morto e... 
–Ninguém está falando de passado! Eu estou falando do agora! De nós dois. E do que sentimos. 
–Você está delirando se acha que ainda existe algum sentimento, se é que um dia existiu... 
–Existe, sim, Edward. E você sabe. – ela falou suavemente. Estavam muito próximos agora e ela podia sentir a tensão que emanava dele – Você me deseja. Mas está lutando contra. 
–Não, eu não desejo Bella. 
Bella se enfureceu.
–Sabe o que você é? Um covarde! Um banana! Um maricas! Um... – ela não conseguiu terminar a sentença, pois Edward a segurou firmemente pelos braços e a empurrou contra a parede e Bella o encarou, ofegante.
–É isto o que você quer Bella? - ele falou com o rosto muito próximo ao seu, a respiração banhava a sua pele. – É assim que você quer ser tratada? Como uma... 
–Mulher... – ela completou, encarando-o com os olhos febris. O corpo sendo invadido com um desejo insidioso. 
Ela o viu fitá-la num misto de raiva e desejo e esperou por segundos intermináveis.
As bocas quase se tocando, num movimento ágil, Edward desceu uma mão para seu seio e Bella arfou, entreabrindo os lábios, e quando ele desceu a outra mão perigosamente por seu ventre e pousou no meio de suas pernas, ela soltou um grito abafado, tremendo inteira. 
–Edward, por favor... – ela implorou contra seus lábios e com um gemido rouco, ele a beijou com fúria. 
Bella agarrou-se a sua camisa, encostando seu corpo ao dele, ansiosa por senti-lo por inteiro. Ele a abraçou fortemente, as mãos se infiltrando por debaixo das roupas dela, encontrando sua pele macia e quente sob seus dedos.
Bella sentiu a excitação dele contra seu ventre e gemeu, enquanto um calor sufocante tomava seu corpo trêmulo. Ofegante, abriu a camisa dele, espalmando as mãos no peito morno. A boca dele deixou a sua para distribuir beijos quentes por todo seu rosto, por sua garganta, enquanto a empurrava contra a cama, deitando-se por cima dela. 
Bella suspirou, invadida pela mais completa felicidade e sem conseguir se conter ela puxou a cabeça dele e o fez encará-la e sorriu.
–Eu te amo Edward... – sussurrou o que vinha em seu coração, mas em vez de ouvir as mesmas palavras da boca dele, como desejava, ela o viu fitá-la num misto de confusão e culpa e se afastar, deixando-a prostrada na cama, sem conseguir acreditar que de novo ele a estava rejeitando. 
–Por que, Edward? – indagou com o coração sangrando antes dele sair do quarto.
–Eu não posso, Bella. Eu a desejo, sim. Mas não a amo. Você matou o meu amor por você no dia que me traiu com aquele homem. E isto não tem perdão. Não adianta fingir que o passado não existe, Bella. Por que ele está presente mais do que nunca. Mas não quero, não posso me deixar envolver por você novamente. 
Ele proferiu estas palavras e saiu do quarto batendo a porta atrás de si. Bella começou a tremer e os soluços a sacudiram. Sentiu as lágrimas caindo sem conseguir contê-las. Um vazio imenso na alma, no corpo, no coração. As palavras de Edward a destituindo de toda vida.
Do que adiantava insistir em se humilhar? Para ele a desprezar sempre? 
Estava cansada disto, cansada de tentar fazê-lo entender. Tinha sido condenada por algo que não tinha culpa. Não a culpa que ele achava que ela tinha. 
Edward não a queria mais. Mesmo amando-a, sim, amando-a, por que Bella tinha certeza que ele ainda gostava dela. Mesmo assim ele não a queria. 
Na verdade, ele tinha outra noiva. Que não era ela. 
Nunca mais seria. 
Bella fechou os olhos, sentindo a dor rasgá-la por dentro. 
Mas no íntimo, ela já tinha tomado uma decisão. 
E por mais que doesse, ela não tinha outra alternativa. 

Edward estava confuso. 
Sentado numa mesa afastado do Saloon, ele tentava esquecer os seus problemas bebendo whisky. Na mente ainda os últimos acontecimentos.
Bella.
A presença dela em sua vida era um tormento que não tinha mais fim. Ela o exasperava. O fazia lembrar o tanto que já sofrera. Do quanto tinha sido tolo. 
E o pior de tudo era que ela o fazia lembrar-se de como eram os dois juntos. De quando ela fora o ar que ele respirava. 
E isto doía. Doía mais que a traição. 
Ele tinha seguido com sua vida, mesmo aos trancos e barrancos, mesmo com todo o ressentimento e o vazio por dentro. Tinha se enterrado na guerra, que fora um pretexto perfeito para fugir da presença dela. E tinha sobrevivido ao golpe. Mesmo depois de encontrá-la naquele convento, naquele dia em que quase sucumbira. 
Mesmo assim ele ainda tivera forças para deixá-la mais uma vez e seguir em frente. 
Mas agora já não tinha mais certeza de nada. 
A sua presença tentadora preenchia seus dias e seus pensamentos. Por que mesmo quando não estava com Bella, ainda assim os pensamentos eram todos para ela.
A raiva e o ressentimento ainda persistiam, mas eram cada vez mais substituídos por outro sentimento mais básico, mais profundo. 
Desejo.
Sim, ele a desejava, como nunca desejara outra mulher na vida. Desejava seu corpo de curvas sinuosas, seu sorriso doce, seu gosto. Tudo instigava nele um desejo profano de possuí-la até que saciasse sua sede. 
Mas no fundo ele sabia que não era apenas desejo carnal. 
Ela lhe inspirava emoções profundas que ele julgara não ser mais capaz de sentir. 
Mas elas estavam, ali, latentes, esperando o momento que não mais conseguisse contê-las. E quando isto acontecesse, estaria perdido. No entanto, já se perdera uma vez e fora suficiente. 
Não podia deixar que Bella o envolvesse novamente. Mas como resistir? 
Ela era como uma droga que corria em seu sangue e por mais que ele tentasse negar, ela estava encravada no seu coração como uma estaca. 
A verdade era que ainda nutria os mesmos sentimentos de outrora. 
Ainda a queria para si. Como nunca quisera outra coisa na vida. Desejava se perder em seu corpo e esquecer tudo o mais, desejava pelo menos uma vez mais provar o gosto de sua boca, de seus seios túrgidos, de sua pele de alabastro. 
Vê-la saindo da banheira inteiramente nua, as gotículas de água acariciando seu corpo jovem, fora o suficiente para fazer seu sangue correr mais rápido na veia. 
Tomou outro gole de whisky e se amaldiçoou mais uma vez. 
A situação estava fugindo do controle. 
Uma moça do saloon aproximou-se dele, mas ele a ignorou e fingiu não perceber a cara de decepção dela. Saiu para a noite fria e foi direto para o convento. 
O quarto estava em silêncio e Bella estava encolhida na cama, ainda apenas de combinação. Ele a cobriu e a ajeitou melhor no travesseiro, no sono ela virou-se e Edward pode perceber marcas de lágrimas em seu rosto e isto doeu em seu peito mais do que desejava admitir. 
Sem conseguir se conter, tirou uma mecha de cabelo castanho de seu rosto, e acariciou a sua pele levemente.
Ela era tão bonita, ainda podia lembrar-se do impacto que sua beleza causara nele quando a vira pela primeira vez há tanto tempo atrás. A mulher mais linda que vira na vida. A única mulher com quem quisera passar todos os dias de sua existência. A mulher que ele amava.
Edward afastou-se respirando fundo, admitindo pra si mesmo que ainda a amava mais que tudo. Um amor que nem o tempo e nem a distância foram capazes de apagar. 
O que faria agora? Continuaria tudo como estava até ela sair de novo da sua vida e ele se casar com outra? Sufocar a paixão que dominava seu corpo e sua mente? 
E por caso havia outra saída? 
Sim, tinha, Edward pensou sombrio. 
Mas esta era uma decisão que não era fácil de ser tomada. Muitos anos haviam se passado, muitas águas tinham rolado. 
E havia Jacob.
Mas se ela ainda amava o fora da lei a ponto de ter atravessado um país em guerra por ele, como era capaz de corresponder com tanto abandono a ele? 
Pela primeira vez, Edward sentiu uma desagradável pontada de dúvida tomar sua mente. 
E se houvesse uma explicação para tudo isto? Seria possível? 
Será que tinha se enganado todos estes anos? 
Como um sonho as imagens de tudo o que tinha acontecido desde o princípio varreram sua mente. E ele assustou-se com a constatação que já não tinha certeza que tudo fora como ele acreditara. E isto o assustou. Mirou novamente a moça que dormia serenamente em sua cama.
Que mistérios iam em seu coração? 
Será que tinha sido um tolo orgulhoso em não querer ouvi-la? 
Sim, ele reconhecia que fora por demais teimoso para escutar suas explicações. E agira assim por puro medo. 
Medo de se apaixonar por ele novamente. 
Mas do jeito que estava não dava para continuar. 
Quando amanhecesse, eles teriam uma conversa. 
Talvez a última.
Mas desta vez, tudo seria posto em pratos limpos.

Continua...

Será que finalmente ele está cedendo? Será que vai dar uma chance a ela de contar tudo o que aconteceu? Tomara mesmo, por que eu tenho vontade de bater a cabeça dele na parede cada vez que ele recua e se afasta dela. Vamos torcer pra as coisas comecem a melhorar pra eles agora. Beijos e até amanhã.

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6 comments:

  1. Olha, vou mandar a conta do cardiologista para as Moms, para Juliana Dantas... Porque não quero ter um ataque cardíaco antes de terminar a fic!!!

    Simplesmente D+

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  2. Bom espero q agora nao seja ela quem desistiu de dar as explicacoes pq depois do q ele folou pra ela ficou muito ferida com as palavras dele. louca pelo proximo cap ate amanha Beijusculo

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  3. poxa tomare que dessa vez eles conversem logo e parem com essa inrolaçao...

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  4. Edward isso nao se faz,mais uma vez a bella se humilhou e vc nao cedeu,por um momento quase aconteceu meu coracao disparou.eu acho q a
    bella nao vai querer te esculta e vai embora?!bjusculos.

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  5. ai que eu pencei que ia acontecer,,kkkkkk eu tava nas colica kicando na cadeira na espera dos amassos e BELLINHA DORME.

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  6. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH FINALMENTE O EDWARD PAROU DE SER CABEÇA DURA E VAI OUVIR A BELLA, PQP !!! ....... ja tava na hr ja...
    edward maricas....... euri .. ahasushaushauhsaush

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É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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