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Thursday, December 08, 2011

FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 3


Bom dia galera! No capítulo de hoje Kristen vai finalmente conhecer a Melissa...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End
By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"

CAPÍTULO 3

Kristen's Pov

Acordei pela manhã, com os raios fortes de sol contra meus olhos, um peso sobre minhas pernas e minha barriga, me fez sorrir, eram a perna e o braço dele envolvendo meu corpo.
Não acredito que fiz isso.
Sua respiração leve e quente batia contra meu pescoço.
Me movi um pouco e ele resmungou, girou seu corpo, tirando de cima do meu, ficou de costas para mim.
Contemplei aquele corpo nu coberto por um edredom pesado e branco, beijei-lhe as costas e sorri.
Liguei o chuveiro e senti a água gelada cair sobre meu corpo.
Onde eu fui me meter, meu Deus?
Aos poucos flashes da noite anterior invadiram minha mente, lembrei dos beijos, do sexo e principalmente da conversa.
Ele tinha uma filha, com outra mulher.
Um buraco abriu em meu coração quando pensei nisso.
Era uma criança linda, que precisava dele, mas eu também precisava, não tanto quanto ela. Mas com certeza ela não iria me querer por perto, se ela me reprovasse, eu iria embora, não vou competir atenção com uma criança.
Só em pensar nisso, meu coração já pulava querendo sair do meu peito, e isso doía, doía muito.
Senti duas mãos ao redor do meu corpo. Abri os olhos e dessa vez era real, ele estava ali, com um largo sorriso no rosto, o corpo nu, cabelos bagunçados e uma voz rouca e sonolenta, que me fez arrepiar.
– Acordei e você não estava... – falou em meu ouvido – por que não me acordou? – ele beijou meu pescoço e eu me encolhi.
– Você parecia cansado, não queria te perturbar. Além do mais, você tão lindo dormindo, parece uma criança manhosa... – falei rindo e ele me beijou.
– Bom dia. – disse abrindo o sorriso novamente.
– Bom dia...
Tomamos banho, entre algumas carícias.
Ele me emprestou uma camisa sua que em meu corpo virou um vestido.
Ainda era cedo, tomamos café, ele fez omelete de queijo e presunto, suco de laranja, torradas com geléia e café. 
– Nossa... Robert Pattinson prendado na cozinha? Não acredito... – sentei em uma das cadeiras na mesa da cozinha.
– Tive que me virar, ou era eu cozinhando ou a Mel, e digamos que uma criança de 4 anos comandando o fogão, não é muito seguro...
– Concordo.
Comemos enquanto conversávamos, fiquei meio fora de mim por algum instante, acho que ele notou, pois parou de falar.
Meu celular soou na sala, corri para pegá-lo, era o alarme da agenda - REUNIÃO ÀS 10H COM A WARNER – ainda eram oito horas, tinha tempo.
– Algum problema? – ele me perguntou quando voltei para a cozinha.
– Não... só uma reunião com a Warner.
– Warner? Terminou com a Summit?
– É... a Warner me propôs um filme e aceitei, hoje é a reunião com o diretor, falar sobre tudo e tal. Você sabe.
– É sei... o que houve? – olhei confusa para ele – por que ficou séria?
– Nada... – baixei a cabeça - só estava pensando...
– Em que?
– Na Melissa... – o vi engolir seco.
Suas sobrancelhas se uniram.
Ele me mirava como se fosse voar em minha direção.
Imaginei uma leoa protegendo seu único filhote da mira de um caçador sem coração. Pronta para atacar a qualquer momento. E eu sabia, desde a primeira vez que ele falou em seu nome, que ele era capaz de me atacar para proteger a filha, não só a mim, se duvidasse iria contra até a própria mãe para o bem estar de Melissa.
– O que tem ela? – perguntou desconfiado.
– Eu não deveria ter ficado. Começamos tudo errado, agimos como agíamos naquela época. Imagina como ficaria a cabecinha dela se me visse aqui, assim, desse jeito?
Ele respirou fundo e parecia pensar. Sorriu e eu fiquei confusa. Por que ele tava sorrindo?
– O que foi? – ousei perguntar.
– Quer dizer que você vai ficar comigo?
– Como assim?
– Vai me dar outra chance? – ele pegou minha mão sobre a mesa e eu o encarei nervosa.
– Vamos dar tempo ao tempo Robert...
– Kristen, eu te dei cinco anos. Você me pediu um tempo depois que a Saga terminou, falou que aquele tumulto que tinha tornado sua vida estava atrapalhando nossas vidas e que tínhamos que nos separarmos e ver como tudo ficava. Você pediu um tempo, me mandou viver minha vida por que você iria tentar retomar com a sua. E no que adiantou? Em nada... olha nós dois aqui outra vez, quer uma prova maior que essa? Kristen, se nos separarmos agora, vamos nos encontrar novamente, sabe por quê? – balancei a cabeça negativamente – Por que temos que ficar juntos.
– Robert, ela é sua prioridade agora. Se ela não me quiser por perto? Se ela tiver ciúmes?
– Se, se... pra que tanto “se”? Você sempre foi assim Kristen, sempre foi cheia de “ses”.
Baixei a cabeça, ele tinha razão, sempre fui muito medrosa, por trás daquela carcaça que todos conheciam de mulher valente, eu era apenas uma medrosa, que chorava no canto do quarto de medo e de arrependimento.
– Vamos fazer tudo certinho, por ela.
– Claro que sim. – ele tocou meu rosto e beijou meus lábios, um beijo terno, macio e doce.
– Eu preciso ir... tenho que ir em casa, me arrumar e ir até o escritório da Warner.
– Claro... você acha que vai sair que horas?
– Não sei, acho que meio-dia, antes do almoço.
– Que tal se almoçássemos juntos? Pra você conhecer a minha princesinha.
– Você acha que ela vai gostar de mim?
– Quem não gostaria de você?
Senti meu estômago cheio de pedras de gelo, a última vez que me senti assim, foi há seis anos atrás, quando ele me levou para Londres, para conhecer a mãe dele. 
– Como você acha que eu deveria te apresentar? - ele me seguiu quando voltei para seu quarto e coloquei minhas roupas.
– Nós ainda não decidimos o que somos Rob... – eu sorri sem graça- então pode me apresentar como uma amiga...
– Sem graça. – ele abriu o sorriso que eu amava.
– Vou indo, não posso chegar atrasada.
– Aonde podemos nos encontrar?
– Lembra daquele restaurante que costumávamos ir? – falei indo em direção a porta.
– Claro...
– Pois bem, te encontro lá, ok?
– Perfeito. – ele segurou minha cintura e me beijou, seus lábios macios beijavam os meus com carinho. – Até mais tarde.
– Até. – sorri timidamente.

Robert's Pov

Ela saiu e eu me senti bobo.
Como ela conseguia mexer comigo daquele jeito?
Ela me controlava igual a um fantoche.
Olhei para o relógio e já eram quase 9h e nada de Melissa correndo pela casa, estranho.
Fui até a cozinha e preparei uma tigela de cereal para ela, uns coloridos que ela adorava.
Sim, minha filha era estimulada por cores. Nunca tinha visto isso. Ela se amarrava em coisas coloridas. No último aniversário dela me obrigou a comprar um bolo corante. A massa era toda colorida, mas parecia um arco-íris. Credo que nojo eu tive daquilo, mas ela adorou, comeu tanto que passou mal, e claro sobrou pra mim às noites de dor de barriga e vontade de vomitar.
Entrei no quarto com a tigela nas mãos e ela ainda esta enrolada no edredom pink, deixei a tigela sobre o criado mudo, próximo ao abajur, ao lado da cama.
– Amor... hora de levantar... – sentei na cama e passei a mão sobre seus cabelos loiros. Ela resmungou. – vamos preguiçosa...
– Não quero...
– Vai ficar aí o dia todo?
– Vou. – ela virou e me olhou.
– Poxa, logo hoje que tava pensando em almoçarmos fora... então tá, vou sozinho...
– Não! Eu quero ir também papai...
– Então tem que acordar.
– Já acordei. – sentou na cama.
– Trouxe pra você. Cereal...
– Colorido?
– Claro. – sorri - Quer que eu ligue a TV?
– Quero.
Liguei no Disney Chanel e passava um filme do Aladdin, sentei em uma cadeira de frente para cama enquanto Melissa estava sentada, balançando as perninhas. Peguei a tigela e dei-lhe a primeira colherada.
– Papai... – falou de boca cheia.
– Mastiga primeiro.
– Papai... – voltou a falar depois que engoliu o cereal – a Yasmin é namorada do Aladdin, não é?
– É filha...- concordei sem saber ao certo, não fui uma criança muito ligada em contos de fadas, preferia perder meu tempo em vídeo games. 
– A Branca de Neve também tem um príncipe não é? A Ariel, a Bela e a Aurora também.
– Quem é Aurora? 
– Ai pai... – bufou – é a Bela Adormecida.
– Aah ta... claro, sim amor, elas tem príncipes também. Por quê? – onde esse papo vai parar?
– Pai, se todos tem namorados, por que você não tem namorada?
– Por que... – ok! Por essa eu não esperava. Pensa em uma resposta Robert, rápido. - você queria que o papai tivesse uma namorada?
– Seria legal... ela ia poder brincar comigo... e na escola ninguém mais ia rir de mim...
– Quem ria de você Mel? – como assim riam da minha filha? Ela nunca falou nada disso.
– Umas meninas chatas... falavam que eu não tinha mamãe.
– Mas você tem o papai, não é suficiente?
Ela me olhou tristonha e balançou a cabeça negativamente. Ela não sabia a dor que aquela resposta causava em mim. Mas ela era apenas uma criança. 
– O papai te ama muito minha princesa. Mais que qualquer pessoa nesse mundo.
Ela esticou os bracinhos e eu a peguei no colo, ela tava tão manhosa e aquilo me machucava, vê-la daquela forma me deixava horrível.

Kristen's Pov

A reunião foi tranqüila e rápida, nada demais, só acertamos algumas datas de ensaio, teste de figurino, descobri que vou ter que ficar loira, mas depois daquele cabelo da Joan Jett, eu encaro qualquer coisa.
Cheguei ao restaurante e ele ainda não estava, pedi do garçom mesa para três, pedi para ele trocar uma das cadeiras por uma de criança, mais alta. Pedi uma coca-cola e fiquei esperando-o. Não por muito tempo, ainda bem.
Quando ele apareceu na porta, seus cabelos dourados contra a luz do sol logo me chamaram a atenção. Ele veio em minha direção, quando olhei para baixo, uma menininha, vestia uma calça jeans e uma blusa baby look azul clara, com a estampa da Cinderela. De marias-chiquinhas, presas abaixo da orelha, andava segurando a mão do pai.
– Desculpe a demora... – ele falou assim que alcançou a mesa que eu havia escolhido – tudo bem? – me cumprimentou com um beijo no rosto.
– Tudo sim. – falei sorrindo.
– Bom... Kristen essa é a Melissa, minha filha. – ele falou segurando os ombros da menina que me olhava com aquelas pedras azuis iguais as do pai.
– Olá Melissa... – sorri nervosa - você é linda.
– Filha, essa é a...
– É a Bella papai! – ela o interrompeu. Eu era quem? Bella? Nossa há cinco anos que ninguém me chama de Bella. – Do filme que o senhor fez... – olhou para cima, mirando o pai - eu assisti com a tia Lizzy. – explicou-se para mim.
– Sua filha assistiu aos filmes da Saga? – ai caramba ela viu o pai e a mim se agarrando, se mata Kristen.
– Só Crepúsculo e Lua nova... pode ficar tranqüila. – sorriu entendendo meu nervosismo. Ufa ela não assistiu nem Eclipse e nem Amanhecer, menos mal.
O almoço rolou tranqüilo, eu contei o que havia feito nesse tempo, Robert fez o mesmo, e Melissa, bom... ela era um amor de criança, esperta, comunicativa e educada. Ela me fazia perguntas sobre a minha vida, se tinha cachorro, minha cor favorita, se eu gostava de chocolate, coisas que crianças adoram saber. 
– Você era namorada do papai, não era? 
Ela falou colocando mais uma colher de sorvete de chocolate na bola, lambuzando ainda mais seu rostinho. Olhei sem graça para ela, não sabia o que responder, olhei para Robert, pedindo ajuda e ele também parecia surpreso.
– Desde quando a senhorita sabe com quem namorei? – perguntou tentando fazer daquilo uma piada.
– A tia Lizzy me contou. – deu de ombros como se fosse algo super normal.
– A Lizzy anda te contando muitas coisas.
– Então... – ela voltou a olhar para mim – você era namorada do papai, não era? – ela sorria com sua travessura. Olhei para Rob novamente e ele e deu um leve sorriso.
– Sim Mel, eu era namorada do seu pai...
– Por que vocês não são mais namorados?
– Por que os adultos são complicados sabe?
– Não...
– Ok! Vamos parar esse papo. – ele interrompeu.
– Quisten – pois é ela não conseguia falar meu nome, acho que é aquela parada do “R” e do “L”sabe? Crianças não conseguem falar palavras como bicicleta, cristal, caramelo, carrossel, Kristen... 
– Oi.
– Posso conhecer seu gato?
– Claro que pode, você vai lá na minha casa e vê.
– Agora? – ela abriu um largo sorriso e seus olhos brilharam.
– Outro dia a gente vê filha.
– Por favor, papai – ela uniu as mãozinhas, implorando.

Robert's Pov

Fiquei sem saber o que fazer, não queria incomodá-la com a minha presença e a da Melissa em seu apartamento, ela pediu para irmos devagar nisso tudo, e eu a queria de volta e para tê-la, eu teria que andar de acordo com suas regras.
– Não Mel, outro dia...
– Pai, por favor. – ela fez cara de choro, mas eu era firme, não iríamos hoje.
– Já falei que outro dia Melissa Pattinson. – seus lábios contraíram e seu rosto ficou vermelho, as lágrimas brotaram em seus olhos e o berreiro iria soar a qualquer momento.
– Rob... – ela interrompeu o drama da minha filha. - vocês podem ir lá hoje se vocês quiserem.
– Não quero incomodar Kristen...
– Não vai ser incomodo algum, sério...
– Por favor, papai?
– Ok! Podemos ir... – olhei para ela com um sorriso no rosto – espero que a senhorita não tire minha autoridade sobre a Melissa, ela só parece um anjinho, mas precisa ser muito disciplinada...
– Duvido muito, ela é um amor... – falou sorrindo - não é Mel?
– É...
Paguei a conta e fomos para o apartamento de Kristen, ela foi em seu carro, e eu fui no meu com a Melissa. Chegamos lá e aquele local era a cara dela, nada sofisticado demais, mas era confortável e moderno, na sala vários CDs em uma prateleira, uma TV gigante e um sofá preto.
– Jella... – ela chamava o bichano enquanto fazia um barulho estranho com a boca.
– Jella? Esse gato ainda é vivo? Ele já tem o que, uns 30 anos de vida?
– Na verdade não... – ela riu – digamos que esse é o Jella segundo.
– O outro morreu?
– Meu irmão o atropelou. Nossa... chorei por dias.
– Posso imaginar.
– Aí meu pai ficou com pena e me deu esse...
– Olha ali papai... – Melissa apontou para o gato cinza que surgia de trás de uma coluna.
O gato andava preguiçoso, vagaroso, chegou até as pernas da Kristen e se enroscou delas, ela o pegou no colo e entregou para Melissa.
– Seja bonzinho. – falou para o animal enquanto o colocava nos braços da minha filha.
– Ele pesa. – ela choramingou.
– Venha aqui. – a puxou pela mão até o sofá e a fez sentar – Pronto – colocou o gato sobre as pernas curtas da Melissa, que passava sua mãozinha em todo o corpo do animal, acariciando-o.
– Ele é bonzinho. – ela falou com um sorriso ingênuo do rosto.
– É ele é bonzinho... – concordou com a criança- ele gosta quando fazem isso com ele, passam a mão fazendo carinho. Ele gostou de você.
– Gostou?
– Foi... – abriu um sorriso largo – olha, ele deitou no seu colo. Quando gatos não gostam de alguém, eles não deitam no colo.
Ver aquela cena foi apaixonante, minha mente viajou em um universo que não era real. Minha vida seria totalmente diferente se Melissa fosse minha filha com Kristen, estaríamos juntos, os três, como uma família, isso seria bom.
Minha filha teria uma mãe presente, que lhe arrumasse para ir a escola, que falasse que a amava mais que tudo na vida, assim como eu falo todos os dias. Fui tirado dos meus pensamentos pelas gostosas gargalhadas entre as duas. Aquela cena era boa de se ver.
Sorri, mas não pelo mesmo motivo que o delas.
A tarde passou tranqüila, Kristen já estava nas mãos de Melissa, bastava minha filha dar um sorrisinho, que Kristen já fazia o que ela queria.
A noite já caia e eu já havia percebido que era hora de ir, mas estávamos assistindo a um filme, quando ouvi um barulho forte de chuva, olhei para Kristen, que se assustou com um trovão forte.
– Nossa, precisamos ir Melissa.
– Só mais um pouquinho papai.
– Não, outro dia nós voltamos. Parece que o céu está caindo lá fora.
– Você não está pensando em sair nessa chuva está? Está muito forte, é perigoso. – ela protestou.
– Vai ficar tudo bem. Vamos Mel. – chamei mais uma vez e Melissa levantou correndo para o meu lado.
– Não, não, não... vocês não vão sair nessa chuva. Robert é perigoso, está muito forte. Pelo amor de Deus, seja consciente, fique aqui, pelo menos até essa chuva passar. – um trovão mais forte soou, clareando a sala de estar, Melissa gritou e agarrou meu braço, peguei-a no colo e a abracei.
– Não acho que essa chuva vá passar agora.
– Não tem problema algum, fiquem aqui...
– Não quero incomodar...
– Não será incomodo algum. – eu parei pra pensar – Eu fiquei quando você pediu... – ela argumentou. E eu não pude deixar de sorrir.
– Ok, a gente fica.
– Vamos dormir aqui papai?
– Acho que sim Mel...
– Posso dormir com o Jella, tia Quisten?
– Pode. – ela sorriu ao ouvir minha filha pronunciar seu nome errado - Pode sim.
Voltamos a assistir ao filme, quando notei que Melissa já estava sonolenta, olhei no relógio e à hora de dormir já havia passado há séculos.
– Kris, já passou do horário dela dormir, posso dar um banho nela?
– Claro, claro, pode usar o banheiro do meu quarto. Por aqui.
Segui-a até seu quarto, com Melissa nos braços, cochilando.
Ela me mostrou o banheiro e entrei, acordei a Mel, que estava super manhosa. Liguei o chuveiro que despejou água morna, tirei a roupa da pequena e a coloquei sob a ducha.
– Rob... – era Kristen voltando ao banheiro - olha trouxe para você – ela me entregou uma toalha branca felpuda e uma camisa sua.
– Obrigado.
Quando terminei de dar banho na baixinha, enxuguei-a e a vesti com a camisa que Kristen havia me dado. Aquilo ficou engraçado, a blusa batia nos tornozelos de Melissa e a manga em seu pulso. Peguei minha filha praticamente dormindo e fui atrás de Kristen, quando voltei à sala ela estava terminando de arrumar o sofá, que agora estava aberto e transformado em uma cama.
– Espero que sirva. – falou tímida.
– Está ótimo. Obrigado.
Deitei o corpinho cansado de Melissa sobre a cama e a cobri com o lençol, beijei sua testa e a deixei dormir. Jella se acomodou ao lado dos pés dela, sobre a cama, a deixei lá, se Melissa acordasse e não visse o gato lá, iria procurar a casa toda atrás do bichano.
– Tá com fome? – ela me perguntou com a mão sobre meu ombro – Vou fazer um sanduíche pra gente, tá bom? 
Falou antes que eu respondesse, apenas fiz que sim com a cabeça e voltei a ninar minha filha.
Depois de uns quinze minutos fui encontrá-la na cozinha, dois pratos sobre a mesa com sanduíches de peito de frango, queijo, alface e tomate, entre duas fatias de pão de forma integral. Ela estava colocando suco em dois copos na pia, de costas para mim. Aproximei-me dela e a abracei pela cintura, com um braço apenas, ela não se moveu, apenas soltou um riso pelo nariz, com a outra mão coloquei seus cabelos para o lado e beijei seu pescoço, sentindo seu cheiro.
– Você vai dormir comigo, não vai? – ela perguntou.
Ok! Na verdade eu achava que iria dormir no sofá-cama com minha filha.
– Você quer?
– Claro que quero. – falou ficando de frente e os braços ao redor do meu pescoço.
Puxei seu corpo para mais perto do meu, enquanto minhas mãos abraçavam suas costas. Beijei sua boca quente e doce. Nossas línguas brincavam carinhosamente em um beijo completo. Ela se entregou completamente naquele beijo, suas unhas não muito compridas arranhavam minha nuca, provocando-me arrepios. Minhas mãos começaram a caminhar por debaixo de sua blusa, sentindo sua pele quente e macia. Ela sorriu entre o beijo e desceu suas mãos até meu peito, afastando-me.
– Vamos comer primeiro. – ela sorriu carinhosamente.
Comemos os sanduíches entre risos e conversas. Olhei para seu rosto, completamente hipnotizado, a adolescente que eu conheci ainda estava ali, presente naquela mulher maravilhosa que eu encontrei. Sorri com meus pensamentos cafonas e ela me acompanhou, mas não perguntou o motivo.
– Quero te mostrar uma coisa. – falou dando o último gole em seu suco de laranja.
– O que?
– Vem comigo...
Ela me puxou em direção ao seu quarto, quando entramos, sentei na cama enquanto ela foi para o closet. Depois de alguns segundos voltou, com a mão direita fechada, como se fosse me dar um soco.
– O que quer me mostrar?
– Uma coisa que guardei e que... bom, é muito importante para mim...
Ela pegou minha mão e colocou a mão fechada em punhos sobre a minha, ela abriu e senti um objeto tocar a palma da minha mão. Ela tirou a sua de cima da minha e eu sorri ao ver o que era. O que ela tinha guardado não era apenas importante para ela, mas para mim também, sorri e me senti bobo, apaixonado, ela ainda tinha aquilo, pensei que tivesse jogado fora ou algo do tipo, mas não, ela guardou com carinho.
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Kristen's Pov

Ele sorriu para mim, quando viu a aliança, uma aliança que ele havia me dado quando namorávamos. Era de ouro, tinha seu apelido gravado “ROB” com sua própria caligrafia. Lembro o quanto fiquei feliz quando ele me deu esse presente em meu aniversário de 20 anos. 
– Por que guardou isso? 
– Por que ela significa muito pra mim. Me faz lembrar uma época em que eu era muito feliz. Onde tudo era mais fácil. Onde eu... eu me sentia amada.
Falei sem olhar em seus olhos, por vergonha. Ele pegou minha mão esquerda, onde eu costumava usá-lo e colocou em meu dedo médio. Ele beijou minha mão e olhou para mim sorrindo. 
– Volta a usá-lo? 
– Volto... – respondi tímida – mas cadê a sua? 
– Não viu ontem? – ele sorriu
– Tava escuro. – sorri.
Ele puxou a corrente de dentro de sua camisa e eu pude ver a outra aliança presa em uma corrente dourada. Elas eram iguais, só mudava o fato que a dele tinha meu nome dentro do anel.
– Eu não quero te perder de novo... – ele me beijou, colocando as mechas do meu cabelo atrás das minhas orelhas – não quero ficar longe de você, nunca mais.
– Eu também não. – meu rosto pegava fogo, meus olhos encheram de lágrimas, eu o queria muito, pra sempre.
– Volta pra mim? Volta a ser minha, eu preciso tanto de você. 
Ele segurou meu queixo e me beijou com carinho, novamente. Continuei com os olhos fechados quando seus lábios separaram-se dos meus, sorri e balancei a cabeça timidamente. Claro que eu voltaria, eu sempre fui dele e também precisava dele, mais que tudo, mais que todos.
– É... - ele confirmou.

Aumentei os movimentos, e senti o controle me fugir pelos poros. Uma gota de suor escorria pela minha testa e pingou em seu peitoral suado. Senti meu corpo em câimbras, minhas pernas estavam adormecidas e seu corpo tremeu sobre o meu. Ele apertou minha cintura com força e urrou alto. Seu rosto vermelho mostrava satisfação. Meu corpo desmaiou sobre o dele e ouvi seu coração acelerado batendo contra seu peito. Parecia que a qualquer momento ele iria pular de seu peito. Sorri com aquilo, me senti bem, desejada. Ele deixou um riso escapar pelo nariz e olhei para ele, com o queixo apoiado em seu peito.
– Você quase me matou. – falou respirando fundo.
– Eu?
– Hum hum... – ele confirmou com a cabeça.
– Quer tomar um banho?
– Quero...
Puxei-o pela mão e minhas pernas ainda estavam trêmulas quando me levantei da cama, mas consegui chegar ao Box do banheiro sem ao menos tropeçar.
Ele ligou o chuveiro que derramou água morna sobre nossas peles. Ele pegou o sabonete e ensaboou as mãos, passou a espuma em minhas costas enquanto fazia massagem em meus ombros.
– Isso não é um sonho, é? – falei boba.
– Creio que não. Estou me sentindo muito bem acordado, principalmente depois do que acabamos de fazer. – ele mordeu minha orelha me fazendo arrepiar.

Continua...

Ahh... tá ficando cada vez melhor. Que lindo eles ainda terem as alianças... e que fofo o relacionamento dela com a Mel. Espero que elas sejam amigas... Amanhã volto com mais. Beijocas.
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2 comments:

  1. A D O R E I IIIIIIII mt lindo gente me apaixonei pr essa fic mt boa. Beijusculo

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  2. Sempre achei essa parte muuuito linda, principalmente a Mel chamando ela de Quisten ....

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...