Olá pessoal! Preparem-se para dar
muitas gargalhadas. Nesse capítulo serão apresentados os principais personagens
e vocês darão boas risadas com as situações em que eles se envolvem...
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo
1 – O Cara da Selva
Narração Bella:
Meu último dia trabalhando na
locadora de DVD Focaliza tinha acabado. Atrasada, corri pelas ruas de meu
bairro, tentando chegar a tempo em casa. Em poucos minutos, tinha que estar em
uma reunião que marquei com meu irmão e nossos amigos.
Ao atravessar um cruzamento, quase
fui atropelada por um carro que freou em cima da faixa de pedestre. Bati no
capô, revoltada, mas não tinha tempo para reclamar dos maus modos do motorista
e segui em frente. Até dava para entendê-lo. Afinal, Orlando é uma selva
agitada, aqui ninguém tem tempo pra nada, está todo mundo sempre atrasado.
Senti meu celular vibrar no
bolso, até podia adivinhar quem era: Alice Brandon, minha melhor amiga. Ela
devia estar irada com meu atraso, mas eu não tinha culpa, meu ex-chefe me
infernizou a vida até o último segundo.
Cheguei à minha rua e forcei meus
pés a correrem mais rápido. Ofegante, alcancei o portão da mansão Swan. Eu
tinha orgulho de minha casa e, mesmo não sendo nem um pouquinho rica, durante
minha infância fingi que era. O imóvel era o único patrimônio que tínhamos, uma
herança transmitida por gerações. Sempre rejeitamos a idéia de vender aquele
lugar. Para nós era bem mais que um lar. Era dureza mantê-la, mas valia à pena.
Atravessei o grande jardim o mais
rápido que pude e rompi porta adentro. Na sala, meu pai falou alto:
– Bella, que bom que chegou. - percebi
que estava acompanhado por dois homens. Nem me dei o trabalho de olhar seus
rostos.
– Agora não, pai. Estou atrasada.
- subi as escadas, elétrica.
Fui para o meu quarto, um dos
últimos do largo corredor que dava acesso a mais cinco suítes. Na verdade, nós
tínhamos, ao todo, dez. É que algumas delas ficavam no andar inferior.
Meu celular vibrou outra vez. O
ignorei e corri para o banheiro, tomei um dos banhos mais rápidos da minha vida
e me meti dentro de um jeans e de uma regata branca. Calcei meus tênis e
disparei pelo corredor. Ao chegar às escadas novamente, meu pai esbraveja:
– Bella, não seja mal educada.
Venha aqui agora!
– O que foi? - chateada, me
arrastei para junto dele.
– Não vai cumprimentar o Dr.
Cullen? Não se lembra dele?
Sorri sem vontade. Lembrava-me
pouco daquele homem loiro de feições joviais. Ele tinha se hospedado em nossa
casa há uns 5 anos atrás. Uma das únicas coisas de que me recordava é que,
assim como meu pai, ele era um cientista, um geólogo.
– Olá, Dr. Cullen. - acenei.
– Oi, Bella. - ele sorriu.
– É um prazer falar com você, mas
estou realmente atrasada. - preparei-me para sair.
– Espere, deixe-me lhe apresentar
o filho do Carlisle. - olhei para meu pai quase implorando para que me
liberasse.
– E onde ele está? - questionei,
percebendo que não havia mais ninguém na sala.
– Ele foi ao banheiro. - respondeu
o doutor.
Olhei para o relógio de pulso e
vi que já passavam das 20:00h. Jazz, Alice e Emmett iam me matar pelo atraso.
– Aí vem ele. - meu pai apontou.
Olhei para trás e
involuntariamente arregalei os olhos. O sujeito barbudo de cabelo grande e
extremamente bagunçado vestia uma camiseta bem surrada, bermuda e chinelo de
dedo.
– Bella, esse é Edward. - o doutor
nos apresentou. O sujeito veio em minha direção com a mão boba estendida, como
se fosse pegar nas minhas partes baixas.
– Êpa! - dei um passo atrás,
chocada. - Não te dei intimidade para isso! - vociferei. Meu pai e seu amigo
apenas gargalharam. Já o tarado, ficou totalmente imóvel.
– Minha filha, não interprete mal
a atitude de Edward. Ele só está tentando te cumprimentar.
– Desse jeito? Não foi bacana. -
emburrei.
– Os homens da tribo Waibirir,
costumam cumprimentar os outros tocando seus pênis. Para eles, é a mesma coisa
que apertar as mãos. - o Dr. Cullen riu. - Como meu filho não tem muito contato
com garotas, acho que ele pensou que poderia te cumprimentar assim. Acredite,
ele não quis te ofender. Edward vive comigo desde os 8 anos nas Ilhas de Salomão,
especificamente na Ilha de Malaita. Encontra-se no Pacífico Sul, ao noroeste da
Austrália e ao leste da Nova Guiné Papua.
–Ah... - enruguei a testa
fingindo compreender, só que achei aquilo muito gay e depravado.
– Como deve lembrar, sou geólogo
e dedico minha vida a estudar a atividade vulcânica da ilha. Lá não temos
contato com a civilização, nossos únicos vizinhos são os aborígines de uma
tribo nativa e um pequeno grupo de biólogos. - Dr. Cullen tratava o assunto com
muita naturalidade. Logo questionei sua sanidade. Afinal, que tipo de gente
mora na selva?
– Ele não espera que eu toque no
pênis dele, né? - fiz careta. Outra vez, os cientistas riram.
– Não, Bella. Acho que depois de
sua reação ele ficou meio intimidado. - explicou Charlie.
– Estão tentando me dizer que
o... Como é mesmo o nome? Edward, certo? Foi criado na selva? - era difícil
acreditar.
– Sim. Eu o eduquei da melhor
forma possível, levando em consideração as circunstâncias, mas meu filho acabou
absorvendo mais da cultura da ilha do que da nossa. E ele tem uma personalidade
um tanto... peculiar. - peculiar? Ele era bizarro! Encarei o sujeito e ele
continuava paradão, totalmente desligado.
– Certo. Bom pra ele. Desculpem,
mas eu preciso ir agora. - tentei me mandar, mas meu pai me impediu, segurando-me
pelo braço.
– Tem mais uma coisa, Bel. - ele
ficou bem sério e notei que vinha chumbo grosso pro meu lado. - Vou partir
amanhã às 8:00h.
– Sim, eu sei. - por meses,
Charlie se preparou para passar quatro semanas palestrando pelo país. - Qual o
problema?
– Carlisle será meu parceiro. A
maior parte das pesquisas é dele.
– E...? - não queria detalhes, só
queria me mandar.
– O filho dele ficará aqui.
Meu queixo desabou, só consegui
pensar: FERROU
COM TUDO! Vontade de
xingar o mundo foi que não faltou.
– Licencinha... - puxei meu pai
para longe da sala. Aos sussurros, desabafei. - Você ficou doido? Não pode
deixar aquele cara esquisito aqui. Pai, por favor, não faça isso comigo. Aqui
não é lugar para um sujeito que gosta de pegar nas “intimidades” das pessoas.
– Fica calma, Bel, seu irmão
cuidará de você.
– Rá. Rá. O Jazz? - joguei as
mãos para o alto, indignada. Meu mano e nosso amigo Emmett eram os homens mais
covardes do mundo.
– Não faz idéia do quanto foi
difícil para Carlisle tirar Edward da ilha. Por favor, trate-o bem. Serão
apenas quatro semanas.
– Não, não, não. - passei as mãos
pelos cabelos, desesperada. Todos os meus planos para as férias estavam em
risco. - Jasper não vai gostar nadinha disso.
– Vocês não têm que gostar,
apenas sejam gentis com o Edward. Logo estarão na faculdade e nem se lembrarão
disso tudo.
Contorci-me em um misto de
preocupação e ira.
– Eu estou atrasada, pai. Depois
falamos sobre isso. - beijei-lhe a bochecha e saí correndo.
Meia hora depois...
– A gente se fodeu legal. - resmungou
Emmett, batendo a mão em nossa mesa no Hard Rock Café, o local que usávamos
como “escritório” há três semanas.
Eu havia acabado de fazer uma
descrição detalhada sobre o contato de primeiro grau que tive com o Tarzan.
– E agora? E o resort? - questionou
Alice. - Já fechamos os pacotes. Não vai dar pra devolver o dinheiro de todo
mundo.
– Se seguirmos com nossos planos
será que o cara lá vai nos dedurar pro Charlie? - Emmett ficou na dúvida. - De
repente, podíamos dar um sumiço nele. O que acham?
– Não sei. Precisam vê-lo, todo
barbudo e mal vestido. Fica paradão olhando pro vazio. - expliquei.
– Jasper acha que devemos checar
primeiro. Jasper acredita que na paz tudo se resolve. - o idiota do meu irmão
tinha a mania desgraçada de referir-se a si mesmo na terceira pessoa. Aquilo
acabava com meu juízo, mas não tanto quanto sua nova “onda”. Fazia um mês que o
retardado se auto-intitulou hippie.
– Tudo bem, pessoal, não vamos
nos desesperar por causa de um cara da selva. Trabalhamos duro para planejar
cada detalhe do Dreams Resort e usamos todas as nossas economias. O que temos
que fazer é manter o Edward longe dos hóspedes. Concordam? - perguntei.
– Sim. - responderam
simultaneamente.
– Amanhã vamos à sua casa ver se
a barra está limpa. Precisamos começar os preparativos. - Emm ficou empolgado.
No dia seguinte, meu pai,
nervoso, não parou de tagarelar instruções enquanto colocava sua bagagem dentro
do táxi. Mal nos deixou falar e por isso não conseguimos muitas informações
sobre o hóspede indesejado. Seu amigo também não ajudou em nada, só apareceu
quando o táxi estava pronto para partir. Por fim, desisti dos dois e dei um
forte abraço em Charlie. Sentiria saudades dele. Assim que os cientistas foram
embora, Alice, Jazz, Emmett e eu corremos para dentro da casa, onde Edward
continuava sentado na sala, totalmente absorto. Ele olhava fixamente para a
janela aberta e nós, atrás dele, mantivemos uma distância de três metros, só
por precaução.
– E agora? - Emmett mordeu uma
maçã.
– De onde ele é mesmo? - indagou
Alice.
– Algum lugar nas Ilhas Salomão.
- não lembrava direito.
– Não é lá que existe uma tribo
canibal? - perguntou meu irmão.
Trocamos olhares tensos. Em
seguida, encaramos Edward. Subitamente, ele levantou-se, puxando uma faca média
do bolso da bermuda.
– AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! - gritamos
quando ele veio em nossa direção. Nos encolhemos em um abraço coletivo. Emmett
e Jasper foram os primeiros a choramingar.
Para a nossa surpresa, Edward
arrancou a maçã da mão de Emmett e saiu cortando-a em pedaços para comer.
– Acho que me borrei. - o covarde
murmurou.
Recuperamos o fôlego ao ver que o
cara da selva voltou para o sofá.
– Jasper não gostou dele. - meu
mano ainda tremia. - Alguém tem que ir falar com ele. - olharam para mim.
– Por que eu? - esbravejei.
– Vai logo, Bella, faça amizade.
Deixe-o pegar na sua “perseguida”. - Alice só podia estar de sacanagem comigo.
Chateada, me aproximei lentamente
do esquisitão e meus amigos ficaram atrás de mim, usando-me como escudo. Fiquei
frente a frente com Edward. Trêmula, comecei a balbuciar:
– Venho em paz. - fiz o sinal de
paz e amor. O sujeito fitou-me sem expressão, parecia que nem me entendia. - E
aí, tudo bem?
Ele não moveu um só músculo
facial.
– Se apresenta. - Alice me
cutucou.
– Mim - falei bem devagar, pondo
a mão no peito. - Bella. Você - receosa, coloquei a mão no peito dele. -
Edward. - decidi repetir. - Mim, Bella. Você, Edward. - ele sorriu. - Gente,
acho que o cara entendeu. - comemorei. - Ele sorriu!
– Tem certeza que não está é
rindo de você? - minha amiga ficou na dúvida.
– Claro que não. Ele ficou
contente por estarmos mantendo contato... - ergui uma sobrancelha. - Eu acho.
– Deixa eu tentar uma coisa. -
Emm tomou a frente. Tirou do bolso um spray para mal-hálito e disse
vagarosamente. - Amigo da cidade tem presente mágico para Ed da selva. - ele
borrifou o líquido de menta na própria boca. - Viu só? Deixa a boca cheirosa.
As mulheres gostam. Toma. - obrigou o sujeito a segurar o frasco. -
Experimenta. - o cara continuou parado. - Eu te ensino a usar. - colocou o dedo
de Edward em cima do spray. - Aperta, amigo, aperta! - o cara apertou,
borrifando o spray na cara de Emmett.
– AI, MEUS OLHOS! - cambaleou
pela sala. - MEUS OLHOS!
– Mais alguma idéia genial,
pessoal? - resmungou Jazz.
– Por que ele não fala? Não sabe
nossa língua? - Alice ficou com pena do cara.
– Eu sei lá. - revirei os olhos.
- Parece que nem nos ouve.
– Talvez seja surdo e mudo. - especulou
Jazz. Eu ainda não tinha pensado naquela possibilidade.
– Será? - me aproximei de Edward,
bati palma junto ao seu ouvido e ele não reagiu. - Parece que há algo de errado
com a audição dele. - fiquei intrigada.
– Reunião agora! - berrou Emmett.
Nos afastamos alguns metros da
aberração e começamos a discutir sobre o que deveria ser feito.
– Os hóspedes chegam depois de
amanhã. Como vamos explicar essa estátua barbuda sentada no sofá? - questionou
meu irmão.
– Pessoal, será que não estamos
exagerando? Ele só não nos entende. - Alice era uma defensora natural.
– Talvez devêssemos nos familiarizar
com ele. Arranjar um jeito de nos comunicar e pedir a ele que não assuste os
hóspedes. Podíamos até pedir para não ficar perambulando por aí.
– Concordo. Um de nós tem que ir
lá e conquistar a confiança do cara. - olhei para os rapazes. - O cumprimentem
do jeito que ele está acostumado. Apertem o pênis dele.
– Lembrei que tenho consulta no
médio. - Emmett tentou fugir.
– Não vai a lugar algum. - me
coloquei na frente dele. - Jazz, é sua vez. Vai lá falar com o Edward.
– Jasper não quer pegar no pênis
de ninguém. - deu um passo atrás.
– Vai logo! - ordenei alto.
Meu irmão respirou fundo e
caminhou vagarosamente até Edward, dizendo:
– Olá... Jasper é camarada...
Jasper quer ser amigo. - fazendo careta, enfiou a mão entre as pernas do
sujeito, o qual retribuiu o cumprimento. - Jasper não gostou disso. - choramingou.
– Já pensou se isso vira moda? -
Alice riu.
Jazz retornou correndo e limpou a
mão na camiseta de Emm.
– Jasper traumatizou. - o idiota
estava pálido.
– Ao menos ele retribuiu. - sorri.
- Não podemos ficar aqui o dia todo, precisamos dar uma geral na casa.
– Não podemos nos separar, o cara
da selva pode nos pegar desprevenidos. - Emmett ficou preocupado. - Não quero
virar almoço de ninguém. Vamos amarrá-lo.
– Você fala como se ele fosse
deixar. - argumentei. - Vai demorar mais tempo, mas vamos ficar juntos.
Organizaremos os quartos lá de cima primeiro, depois os de baixo.
– E colocar a placa. - Alice nos
lembrou.
– Jazz, quando a cozinheira que
contratou vai chegar?
– A qualquer momento. - a campainha
tocou assim que ele terminou de falar.
Fomos recepcionar nossa nova
colega de trabalho. Ela era uma senhora morena com cerca de 40 anos.
– Pessoal, essa é a Sra. Bogdanov
- meu irmão nos apresentou.
– Muito prazer. - estendi a mão.
– Kuidas läheb. - respondeu.
– O quê? - fiquei confusa.
– Ela é da Estônia. Não fala
quase nada da nossa língua. - Jazz se afastou de mim.
– Você ficou louco? Já não temos
problemas de comunicação suficientes por aqui? - esbravejei, apontando para
Edward. - Que droga! - quase perdi a cabeça.
– Não reclame. Isso é tudo que
nosso dinheiro pode pagar. Não se preocupem, fiz um curso rápido pela internet
e tenho um dicionário. - Defendeu-se.
– Vou ter um AVC. - Alice
apoiou-se em mim.
Com a ajuda da dona Bogdanov,
organizamos a mansão da melhor forma possível. Mudamos alguns móveis de lugar
para ter mais espaço. Em um dos quartos, substituímos uma cama de casal por
duas de solteiro. Estocamos roupas de cama, limpamos o jardim e a piscina e a
decoração ficou por conta de Alice, que insistiu em deixar o ambiente mais
florido e arejado. Antes de meu pai viajar, tinha colocado a quase inexistente
bagagem de Edward em seu quarto, o que facilitou nossa vida. Com tanta limpeza
e arrumação, o dia passou rápido.
As 19:00h tomei um banho demorado
e depois pedi uma pizza para o jantar. Fiquei muito chateada quando encontrei
um bilhete de Jazz dizendo que tinha saído com o pessoal para alugar uma Van
Topic. Por que
tinham me deixado sozinha com o cara da selva?
Quando a pizza chegou, coloquei um
pedaço num prato, enchi um copo de coca e levei para Edward, o qual continuava
paradão na sala.
– Bom apetite. - soltei o prato e
o copo em cima da mesinha de centro. Ele olhou para a pizza e, em seguida, para
mim. - Come, é bom! - aproximei a mesinha dele. - É de calabresa. - o idiota
empurrou o prato para longe. - Come! - insisti, empurrando a pizza de volta
para ele e novamente o anormal rejeitou. - Assim vai morrer de fome. - não sei
por que continuava a falar como se ele pudesse me ouvir. - Não gosta de pizza?
Como vou adivinhar? Precisa me dizer o que come. - joguei-me sobre o outro
sofá, derrotada.
Enquanto pensava, meus olhos
fixaram-se no bloco de notas perto do telefone. Em um súbito, levantei-me,
peguei o bloco e escrevi:
O que você come?
Coloquei bem na frente do rosto
de Edward. Ele respirou fundo e puxou o bloco de minhas mãos. Assisti,
espantada, ele escrever no papel:
Vegetariano.
– Obrigada, Deus! - involuntariamente,
ergui as mãos para o alto. - Ele sabe ler e escrever.
Eu era uma tonta, devia ter
pensado naquilo antes. Agora entendia que era assim que o Dr. Cullen se
comunicava com o filho. Peguei o bloco e escrevi:
Não tenho isso aqui. Vamos sair
para comprar.
A idéia não me agradava, mas não
tinha outro jeito. Charlie me mataria se soubesse que não estava alimentando
seu convidado.
Fui para a garagem, entrei no
carro de meu pai e através de gestos, consegui convencer Edward a entrar no
veículo também.
Durante o trajeto de casa até o
supermercado, abusei da vantagem de ter um passageiro surdo. Coloquei o som bem
alto e cantei junto.
No supermercado, vaguei pela
sessão de frutas e verduras, distraída com a quantidade de “mato” que vendiam
ali. Nunca gostei de comida natural, sempre fui fã de Fast-Food. Enquanto
enchia um saco com cebolas, Edward experimentava umas uvas.
– Isso está sujo, menino. - bati
na mão dele. - Larga isso! - ele fitou-me contrariado. - Oh, Deus... virei babá
do Tarzan. - murmurei enxugando a testa. - O que eu fiz para merecer esse
castigo?
Para que ele entendesse devidamente,
escrevi no bloco:
Frutas sujas.
Desisti da lição de higiene no
momento em que ele me ignorou e jogou duas uvas dentro da boca.
– Ótimo! Como você quiser. Já
deve ser cheio de vermes mesmo. Pelo menos não é um canibal. - empurrei o
carrinho de compras para outra sessão e o maluco me seguiu.
Dava para perceber que ele nunca
esteve num lugar como aquele antes, pela forma com a qual olhava para o
ambiente. Em seus olhos pude ver um misto de receio e curiosidade.
Confesso que em vários momentos
fiquei constrangida por estar ao lado dele, as pessoas o fitavam como se fosse
um mendigo. E para ser sincera, ele parecia mesmo um. Por isso mantive a maior
distância possível dele.
Parei na sessão de perfumaria e
fui rapidinho cheirar a fragrância de um novo xampu, lançado por minha marca
favorita de cosméticos. Eu sempre fazia aquilo, curtia um cheirinho bom e
artificial. Depois do xampu, passei para o condicionador. Demorei um tempo para
decidir comprar os produtos e, quando os joguei no carrinho, senti falta de
algo, na verdade, de alguém. A sessão estava vazia, Edward tinha sumido.
– Isso não é bom. - fiquei um
pouco tensa.
Corri pelos corredores em busca
do bendito convidado do meu pai. Rodei o supermercado quase todo, louca para
gritar o nome dele, mas seria um esforço em vão. Quando já estava para
desistir, vejo o sujeito, parado em frente a uma televisão ligada. Ela estava
rodeada de latas de leite em pó, era o prêmio de uma promoção boba.
Respirei aliviada e me aproximei
devagar de Edward, o qual estava de costas para mim. Fiquei com medo de fazer
uma abordagem agressiva, por isso, com calma, toquei-lhe o ombro. Ele virou-se
abruptamente e, como um selvagem, quase me atacou. Assustada, sobressaltei. Ao
fazer isso, perdi o equilíbrio e cambaleei até cair por cima de uma torre de
potes de margarina.
Meu dia de “sorte” estava
completo. Alguns potes romperam, lambuzando-me.
– Eu pago. - falei para dois
funcionários que me olhavam, aturdidos.
Só para completar, fui motivo de
piada dos clientes. Não consegui me erguer, pois meus pés deslizavam na
margarina derramada no chão. Sapateei uma meia dúzia de vezes, até que Edward
me estendeu a mão. Com cautela, agarrei sua palme e recuperei o equilíbrio.
Puxei o bloco de notas do bolso e, braba, escrevi:
Não se distraia. Não suma.
Com a paciência esgotada, segui
para o caixa. Enquanto passava as compras, Alice me ligou. Ela tagarelou sobre
o tipo de carro que devíamos alugar. Ela achava que um micro ônibus era mais
vantajoso que uma Van Topic. A convenci de que, com o orçamento que tínhamos,
não adiantava pegar um veículo maior se íamos ter poucos hóspedes. O blá, blá,
blá prosseguiu enquanto eu pagava a conta. Mesmo eu dirigindo, a cabeça dura
continuou a me encher os ouvidos. Por fim, já próximo de casa, ela se convenceu
de que eu estava certa.
– Às vezes, a Alice é tão
ranzinza. - falei jogando o celular sobre o banco do carona. - AAAAAH, DROGA! -
gritei de olhos arregalados ao ver que Edward não estava ali. Subitamente,
freei, quase causando um engavetamento na avenida.
Continua...
Estou com lágrimas nos olhos de
tanto rir com esse capítulo. Já perceberam que essa fic é bem diferente de
outras já postadas aqui no Site né? É uma comédia muito divertida e vocês vão
se deparar com situações realmente hilárias. Os personagens não são
absolutamente nada parecidos com os que nós estamos acostumados. Esse novo universo
criado pela Lunah é que faz todo o diferencial para o sucesso da fic. Espero
vocês para o capítulo de amanhã onde saberemos o que aconteceu com o selvagem
perdido no mercado. Beijos e até amanhã.
morri!! de rir ne cara e serio!! comecei ler ja rindo o pior e que eu estava sala com minha mae e minha irma elas " ta rindo do q doida" nem consegui falar.... kkkk nao consegui parar de rir inclusive estou rindo ate agora kkkkkkkkkkkkkk love love love!! adorei muito bom pra alegrar estava precisando dessas risadas ate amanha Beijusculo
ReplyDeleteQue isso? Como assim um Edward surdo e mudo? Vou tentar conviver com isso, mas não digo que não gostei, pois eu amei! É super diferente e novo. To super curiosa pra saber o resto da fic, até amanhã, beijinhos!
ReplyDeleteCara, ainda não consegui parar de rir!! kkkkkkkkkkk Parece que essa fic vai ser bem engraçada mesmo, já podemos concluir isso pelo primeiro capítulo! Ansiosa pelo próximo!
ReplyDeleteBeeeijoxx :*
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK SOCOOOOOOOORRO! KKKKKKKKKKKKKKKKK, MORRI DE RIR, meu Deus! *respira*
ReplyDeleteQue diabo era aquilo de pegar no penis? kkkkkkkkkkkk triste
Vou me acabar com essa fic ! kkkkkkkk Edward todo matuto, pelamor! haushuahsuahush
Beijos
Fala serio, ela esqueceu do cara no mercado..... Rrsrsrs
ReplyDeleteKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK EU QUASI MORRO DE TANTO RIR ESSA FIC PROMETE EU TO ADORANDO APEZAR DE PASSAR QUASI MEIA HORA PRA LER POIS NAO PARAVA DE RIR.KKKKKKKKKK
ReplyDeletekkkkkkkkk ri demais com esse cap.! kkkkkk o jass é uma comédia kkkkkkkkkkkkk
ReplyDeletekkkkkkkkk ri demais com esse cap.! kkkkkk o jass é uma comédia kkkkkkkkkkkkk
ReplyDeleteRindo pacas aqui, Muito show essa fic!
ReplyDeleteThamires Marques #*