Um Selvagem Diferente
By Lunah
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance,
Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência
Atenção:
Este conteúdo foi classificado
como
impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Diário de Bordo - Edward Cullen
Orlando, EUA.
Minha vida deu uma guinada
inesperada. Eu me apaixonei.
Ficarei devendo a esse diário
algumas linhas sobre Jully e até mesmo sobre minha mãe, pois hoje só consigo
pensar em mim e em Bella.
Já é um novo dia e meus olhos
ainda não tiveram descanso. Isolado na casa da árvore, não consigo me importar
com a exaustão muscular. Nem mesmo com os raios de sol que passam pelas frestas
no teto e atingem diretamente o meu rosto. O que mais me importa nesse momento
é deixar registrado como me sinto. Talvez eu nunca mais sinta algo semelhante e
não quero esquecer como é.
Nunca fui tão emotivo quanto
estou sendo hoje. Claro que me sinto um bobo, mas não consigo evitar. A razão
disso talvez seja o fato de que só tenho poucos dias com a garota que desafiou
todo o meu conceito sobre “certo e errado”. Quando estou com ela, ainda que
reconheça o caminho errado, ele parece certo. Decidirmos ficar juntos com data
marcada para nos separamos foi definitivamente errado, mas, com Bella, se torna
irresistivelmente certo.
Despedir-me dela foi muito
difícil. Ainda bem que não terei que fazer isso uma segunda vez, porque se
tivesse que dizer “adeus” nesse minuto, provavelmente não conseguiria. Sei que
essa situação é como estar em uma areia movediça. Os segundos, os minutos, as
horas tornam tudo pior... Mas, para ser sincero, eu não me importo.
Aqui estou eu, tenso, ansioso e
estupidamente risonho. Não me lembro quantas vezes na vida me senti assim, mas
é tão bom quanto estar em Malaita, deitado sobre o telhado de casa, ouvindo o
som das ondas batendo contra as rochas nos dias de maré alta. É tão empolgante
quanto conquistar a confiança dos Waibirir. É tão agradável quanto levar Indah
para correr nas planícies ao norte da ilha. Embora essas comparações sejam
compreensíveis apenas para mim, gostaria que Bella soubesse. Ela provavelmente
não tem noção de como realmente me senti com o beijo que trocamos no meio da
rua. Por sorte, e alguma ajuda de minha mãe, ela entendeu por que não pude lhe
corresponder quando expôs seus sentimentos em Miami.
Aquela noite eu entendi a
metáfora dos talheres, mas não enxergava completamente os meus sentimentos. Era
como se minha visão estivesse embaçada pela idéia de que ficar com Jully me
garantiria uma volta quase tranquila para casa. Não demorei a perceber que a
engrenagem dessa ilusão era apenas o medo do desconhecido, porque, pela
primeira vez, encontrava alguém capaz de me fazer perder o foco a ponto de não
mais saber a onde pertenço.
Confesso que esse medo ainda me
rodeia, no entanto, Bella o tem mantido longe com ações que só me fazem
admirá-la mais. Não esperava vê-la na festa de minha mãe. Eu estava no salão
presente só de corpo, pois minha mente se mantinha ligada à conversa em Miami.
Então, de repente, a garota simplesmente apareceu lá... Linda, desde o olhar
tímido ao vestido que não lhe deixava respirar..., nem a mim.
Bella e eu pertencemos a mundos
diferentes, temos planos distintos e consciência de nossas limitações, mas
hoje, nessa quarta-feira, temos um objetivo em comum: viver o “agora”.
Capítulo 30 - Namorado de Novo
I
A festa de Sarah, mesmo com
alguns contratempos, foi espetacular. Infelizmente, depois de “acertar os
ponteiros” com o selvagem, voltamos para casa. O dia já tinha amanhecido e
precisávamos pegar no batente.
Achei que bateria de frente com
Jully novamente, porém o que encontrei foi um bilhete dela pregado na porta.
Minha prima arrumou suas coisas e foi se hospedar na casa de uma amiga.
— Eu nem acredito... — Alice
assoou o nariz em um lenço de papel enquanto eu vestia meu uniforme.
Logo que chegamos a meu quarto,
coloquei-a a par dos últimos acontecimentos. Ela pareceu se emocionar com os
detalhes de minha conversa com Edward e o maravilhoso beijo.
— Lice... — Sentando ao seu lado
na cama, lhe analisei. — Que choro fingido é esse? Não estou vendo nenhuma
lágrima.
— É que estou chorando por
dentro, tá legal?! — Se aborreceu.
Peguei um lencinho e
inexplicavelmente entrei na onda do choro sem lágrimas.
— Desculpa, eu sei como é... —
Nem eu me entendi.
— O único consolo é que você vai
“dar um trato” legal no princeso antes de ele voltar pro mato, né? — Ela ergueu
uma palma e nosso choro interior sumiu com a mesma rapidez com que surgiu.
— Ah, pode crer! — Sorridente,
choquei minha palma contra a dela.
Claro que zoar com Alice era uma
coisa e ficar juntinho de Ed era outra. Na nossa relação, não cabia essa
expressão “dar um trato”. Não éramos dois pirralhos só querendo se esfregar.
— Mas tem uma coisa com que eu
não me conformo. — Se colocou de pé. — De que mundo de merda tua prima pensa
que veio? Não estou dizendo que ela é uma sacana, só estou dizendo que, na
minha opinião, ela está bancando a vítima de besta.
— É que você não a conhece como
eu. — Suspirei de preocupação com Jully.
— Uma pinóia, Bella. Se Jully
pediu sua permissão para se aproximar do T-zed é porque até ela já tinha sacado
que rolava um lance entre vocês. Não adianta sua prima choramingar agora, pois
foi ela quem quis arriscar entrar na partida no segundo tempo. Minha amiga, me
desculpe, mas ninguém tira da minha cabeça que ela foi para o Me Azare já
ciente de que existia uma grande possibilidade de Ed não dar um fora nela em
rede nacional apenas por consideração a você. — Alice revirou os olhos. — Pra
mim, Jully não tem direito de cobrar nada de você. Odeio mulher tapada que não
entende que ou o cara gosta da gente, ou não gosta. Não adianta forçar a barra.
Enquanto ela não compreender isso, vai quebrar a cara nessa vida até aprender.
— Cruzou os braços, carrancuda. — Igualzinho a você.
— Cruz credo, você fica uma chata
quando tem razão.
— Eu sei, né?! — Abriu um sorriso
convencido.
— Vou esperar a poeira baixar.
Ontem aconteceu muita coisa, tudo foi muito confuso, mas acredito que em breve
poderemos sentar e conversar.
— Que seja, ela já levou mesmo o
que merecia. Afinal, perder um homem como Edward é pior do que cair com a cara
na merda. — Alice empinou o nariz e eu sabia que a maluca tinha razão.
Pretendia pedir a ela para levar
os vestidos de Sarah pra lavanderia, mas antes que eu pudesse abrir a boca,
ouvimos:
— AAAAAAAAAHHHH!
O inconfundível berro de Jasper
ecoou por toda a mansão. Alice e eu rompemos porta afora e corremos pelo
corredor até alcançarmos o quarto do histérico. Preocupadas, invadimos o lugar
e...
— AAAAAAHHHHHH! — Dessa vez quem
gritou fomos nós.
E, poxa, não era pra menos. Jazz
estava na cama com a dona Bogdanov.
— Hea päev. — A mulher sorriu,
parecendo estar pelada por debaixo das cobertas.
Meu irmão estava sentado ao seu
lado, pálido, fitando o vazio de olhos arregalados e todo descabelado.
— Pelo amor do meu desgastado
juízo, diz pra mim que não ficou de saliência com essa maluca. — Balbuciei sem
esperanças, pois ele também parecia estar pelado por debaixo das cobertas.
— Jasper... não... lembra. — Com
a voz trêmula, abraçou um travesseiro.
— Como não lembra? — Vociferei.
— Jasper bebeu demais ontem.
Jasper não sabe o que aconteceu. — Afundou o rosto no travesseiro e a
cozinheira alisou suas costas causando-lhe um tremelique de repulsa.
— Cara, essas férias estão sendo
o bicho! — Lice começou a rir compulsivamente da desgraça alheia. — Está todo
mundo barbarizando!
(...)
Cerca de uma hora depois do
embaraçoso flagra, meus amigos eu e nos reunimos no escritório do meu pai com a
finalidade de manter nosso ambicioso projeto de férias na linha.
Sentada na ponta da escrivaninha,
pedi atenção ao pessoal. Estavam muito dispersos. Alice quase cochilava em uma
poltrona e Emm ainda estava de baixo astral por causa de Rosalie. Já meu irmão
“pegador”, ficou deitado no sofá com uma tolha quente cobrindo o rosto.
— Ânimo, pessoal. A gente precisa
se concentrar. — Insisti.
— Perguntinha. — Emmett ergueu a
mão. — Por que o aspirante a Free Willy está aqui? — Apontou para Toby.
— É assim? A boiolagem já vai
começar? — O garoto se levantou da cadeira fulinho da vida.
— O Sr.Jones me pagou pra ficar
de olho nele novamente. — Suspirei de desgosto. — Falei pra você ficar quieto,
Toby. Senta aí. — Ordenei com altivez.
— Manda ele pra sala. — Alice
pediu.
— Não posso. Da última vez que
banquei a babá vacilei um minuto e essa criatura...
—Trinquei os dentes. — Quase enterrou um papagaio vivo.
— Que merdinha é essa? Isso agora
vai ficar no meu currículo? — O pancinha retrucou e eu perdi a paciência.
— Alguém aqui quer ter a boquinha
fechada com um grampeador de papel? — Lancei-lhe um olhar ameaçador e o garoto
se deu por vencido.
— Começa logo essa reunião. —
Jasper murmurou por debaixo da toalha.
— Quais os tópicos? — Lice deu um
tapinha no próprio rosto pra despertar.
Antes que eu abrisse a boca,
Emmett respondeu:
— Tópico 1: mitos e verdades
sobre o desbravador de véias.
— Se alguém fizer mais uma
piadinha com isso, o pau vai quebrar! — Meu irmão se contorceu.
— Gente, sem brincadeiras. —
Pedi, me esforçando pra ficar séria. — O que aconteceu com ele podia ter
acontecido com... — Tentei dizer “qualquer um”, só que não saía, então Jazz
tirou a toalha do rosto e me encarou. — Com qualquer... — Pressionei os lábios,
mas não adiantou. — Garanhão de asilo.
A toalha voou direto pra minha
cara.
O problema nem era tanto a idade
da Bogdanov, mas sim o preocupante estado mental da mulher. Será que eles
tinham mesmo transado?
— Que gente chata... Que tédio. —
Toby murmurou para si mesmo lutando para abrir um pacote de M&M´s.
— Como é, garoto? — Lice puxou para
o lado pessoal.
— Hã? — Ele se fez de
desentendido.
— É isso aí que está me
preocupando. Os hóspedes não estão se divertindo. — Esclareci.
— Verdade. Ouvi as moças da suíte
seis reclamando. — Emmett bufou. — Só temos alguns dólares, poucos dias e até eu
estou achando esse resort um pé no saco.
— Idéias? — Jasper finalmente se
concentrou na questão.
— Sem grana não dá pra fazer
nada. Essa é a dura verdade. — Alice lamentou.
Não consegui me conformar com os
segundos de silêncio que se seguiram. Mal reconhecia meus amigos.
— Não acredito. — Me coloquei de
pé. — É impressão minha ou todos nesse cômodo estão se afogando em pessimismo?
Sei que temos problemas, mas poxa... — Abri os braços. — O dia está super
ensolarado, estamos esbanjando saúde e temos poucos dias para ficarmos juntos.
Vocês são as pessoas mais animadas e divertidas que conheço, então tratem de
reagir. — Bati palmas para que saíssem da letargia. — Tudo bem que a gente está
no vermelho, mas temos criatividade. Vamos usá-la!
— Falou tudo. Vamos nos jogar,
meus lindos. A Bella tem razão. — Alice se levantou recuperando o bom humor.
— Lice, ligue agora para umas
cinco conhecidas suas. Vamos colocar umas meninas bonitinhas aqui dentro dessa
casa pra tirar Emm e Jazz dessa fossa.
— Agora sim estão falando
Jaspanglês. — Meu irmão se animou.
— O que vai rolar? — Emmett
perguntou.
— Devia perguntar o que não vai
rolar. Despache sua dor de cotovelo pras Arábias, porque nós vamos arrepiar
hoje. — Minha resposta foi categórica.
— Ai, ai... — Alice suspirou orgulhosa
do meu otimismo. — O que um homem gostoso da selva não faz com uma pessoa, né?
— Pôs a mão no meu ombro.
— O que quis dizer com isso? —
Meu irmão cruzou os braços, todo ranzinza. — Bella, o T-zed está “pegando”
você? Cuidado com o que vai falar, porque o tempo vai fechar. — Vociferou.
— Hãmm... — Como eu ia explicar?
— Ah, pelo amor de Deus. — Emm
deu um tapa na nuca de Jazz. — Pára de fingir.
— Fingir? — Arqueei uma
sobrancelha e sua pose de machão ciumento foi pro espaço.
— Pois é... — Jasper caiu mole no
sofá. — Já faz um tempo que sacamos essa “paradinha” de vocês. — Sorriu
debochado.
— Como assim? — Franzi o cenho.
— Qualé, T-zed não consegue
disfarçar. — Emm revirou os olhos. — O cara te olha como se ele fosse um
mendigo morto de fome e você o último Big Mac da Terra.
Sorri ruborizando um pouquinho.
— Deixando a “fome” do T-zed de
lado, vamos acelerar a bagaça. Vou ligar pra uns coleguinhas do bem, enquanto o
Emmett vai pagar o agiota junto com Ed. — Alice pegou o telefone.
— Se o anão perguntar por mim,
por favor, digam que virei uma mulher bomba e explodi. — Fiz uma careta ao
imaginá-lo me agarrando.
— Arnold não vai deixar por
menos. O cara pode ser um “meio-quilo”, mas tem uns capangas enormes. — Emmett
alertou de boa vontade.
— Espera, tive uma idéia. Emm,
fala pro pequetitito vir buscar Bella às 18:00h.
Lice só podia estar de
sacanagem!
— Essa eu não quero perder. —
Toby nos assistia devorando os M&M´s.
— Afinal, o que está tramando,
Bella? O que quis dizer com “usar a criatividade”? — Meu irmão estalou os dedos
pedindo atenção.
— Ah, isso você já vai saber. —
Pisquei o olho esquerdo.
(...)
Vesti meu biquíni junto com um
shortinho jeans. Calcei as velhas botas de cowgirl que usei em Miami e enfiei
meu boné na cabeça.
Com Emm e Edward fora de casa,
Alice, Jazz e eu tratamos de colocar “a mão na massa”. Resgatamos da garagem a
empoeirada churrasqueira do meu pai e a colocamos perto da piscina. Meu irmão
ficou encarregado de limpá-la e fazê-la funcionar.
Lice me ajudou a arrastar a mesa
da cozinha até o jardim, onde colocamos uma fruteira, copos e pratos
descartáveis e o maior isopor que possuíamos. Da dispensa, pegamos todas as
latinhas de cerveja, refrigerante, suco e energético que havíamos estocado no
inicio do mês, depois foi só enfiar as latas no gelo.
Alice pegou os 100 dólares que
Sr.Jones me pagou para aturar seu filho e foi ao supermercado com duas garotas
que estudaram conosco. Minutos depois, chegaram mais três conhecidos de Lice.
Um deles era o filho do novo namorado de sua mãe. Já as duas moças a conheciam
da academia, a qual ela largou quando as férias começaram.
Vendo a movimentação no jardim,
as jovens hóspedes tomaram café na sala de jantar e, em seguida, foram para a
piscina. Os caras do Link 69 sempre acordavam tarde e dessa vez não foi
diferente. No entanto, ao verem mulheres de biquíni andando pela casa,
desistiram de sair como quase sempre faziam e se juntaram à galera.
A verdade é que eu não estava
fazendo tudo àquilo pelos hóspedes, mas sim por meus amigos. Era impossível estar
feliz e vê-los desanimados. Como eu não podia quebrar minha felicidade em
vários pedacinhos e partilhá-la com eles, sentia-me impelida a fazer qualquer
coisa para deixá-los contentes e com ótimas recordações de nossos últimos dias
juntos.
Quando Lice retornou, suas
colegas lhe ajudaram a preparar espetos de carne com legumes e eu sugeri alguns
de queijo. Também tive ajuda ao arrumar a mesa com muitos pães e uma tigela
enorme com batatas Ruffles. Quanto a meu irmão, se aventurou em colocar algumas
salsichas e hambúrgueres na churrasqueira.
Quando fui à sala trocar o CD,
percebi que seria mais prático colocar o aparelho de som no jardim, então
comecei a desconectar os fios.
— Quer ajuda, Bells? — Brad se
aproximou segurando um copo de cerveja.
— Quero. — A banda era um peso
morto. Já passava da hora de se fazerem úteis. — Recolhe tudo e leva o aparelho
para o jardim. — Ordenei dando-lhe as costas.
— Espera. Ainda está brava
comigo?
Após um longo suspiro, me virei
para ele, dizendo:
— Não. Claro que não.
Para mim McFadden “nem cheirava,
nem fedia”. Já não existia mágoa, muito menos paixão. Agora ele era só um
carinha como outro qualquer. Só mais um membro do Link que não estava nos dando
lucro algum.
— Bells, me deixa só dizer uma
coisa. — Colocou a cerveja de lado e manteve a expressão séria. — Quando falei
que te amava não estava mentindo.
As lembranças do nosso namoro
pareciam tão distantes, como se fossem de uma vida passada.
— Brad, se é isso que tem a
dizer, desculpa, mas eu tenho mais o que fazer. — Simplesmente não me
importava.
— Estou deixando a banda. —
Anunciou com firmeza.
Na noite em que dormimos juntos,
intoxicada pelo vinho e sua influência negativa sobre mim, foi isso que exigi
como sacrifício para lhe dar outra chance.
— Estou falando muito sério. —
Ele caminhou em minha direção.
— Parado aí. — Ordenei em voz
alta e ele parou.
O estranho é que pensei que não
me obedeceria, mas ao notar que não era a mim que ele encarava, vagarosamente
olhei para trás e avistei Edward na porta da frente. Não consegui ler seus
olhos, pois usava os óculos escuros que lhe dei de presente. De jeans surrado e
camiseta preta, ergueu um pouco o queixo ao indagar:
— Está tudo bem?
— Sim. — Respondi imediatamente.
— Vamos conversar em outro lugar.
— Brad teve a ousadia de agarrar meu braço.
Talvez estivesse ficando louca,
mas podia jurar que ouvi um rosnado muito baixo escapar do selvagem.
— Resumindo... — Desvencilhei-me.
— Esquece. Só esquece, tá?
Referia-me ao que ele acabara de
contar, as reações que achou que eu teria e todo o resto. E foi nesse momento
que Edward disse o inacreditável:
— Ela é minha namorada agora.
Pense numa pessoa com cara de
boba. Se pensou, me visualizou.
Ouvir o selvagem falar aquilo era
tão estranho, mas de um jeito bom. Eu precisava me acostumar logo ou corria o
risco de parecer mais doida do que já me consideravam.
— Te perguntei alguma coisa? —
Brad retrucou não aceitando muito bem a novidade. Aproximando-se de Edward,
continuou a falar com desprezo e arrogância. — Não te conheço. Não vou com a
tua cara. Então agora, malandro, a gente vai bater de frente.
— Ei! — Coloquei-me entre os
dois. — Ficou maluco, McFadden? Toma teu rumo! — Me aborreci.
Ed não se abalou com a provocação
do meu ex. Permaneceu quieto, mas intimidador.
Alice ouviu as vozes alteradas e
veio da cozinha já vociferando.
— Casca-de-Ferida, não cutuque o
T-zed com vara curta. Rápa lá pra fora!
Brad encarou o selvagem por mais
dois segundos. Quando viu que ele não entraria no seu jogo estúpido, saiu pela
porta da frente esguichando mais provocações.
A impressão que tive foi de que
Edward estava bastante seguro com relação a nós. Se impôs, mas também não se
mostrou ameaçado o suficiente para discutir com Brad, o qual só estava com dor
de cotovelo.
— McFadden é só um imaturo. —
Expus minha opinião.
— Eu sei. — Deu de ombros. — Temos
pouco tempo, não vamos ficar desperdiçando com ele.
— Concordo. — Sorri.
Quando o selvagem tirou os
óculos, coloquei as mãos nos bolsos do short. Havia uma distância de dois
palmos entre nós e logo comecei a sentir um sutil, porém incomum nervosismo.
Uma ansiedade difícil de explicar.
Já não existiam dúvidas, Ed sabia
que eu era louquinha por ele, assim como eu também sabia que era sua musa. Não
conseguíamos fugir da sensação de que tudo era novo e excitante.
Quando Edward falou que eu era
sua namorada, elevou nossa relação a um outro patamar. Talvez por isso, decidiu
vagarosamente eliminar os centímetros que nos separavam pra agora poder me
tocar como meu
namorado. Não como amigo, companheiro ou hóspede. Simplesmente como o meu
selvagem, e essa
idéia fazia meu estômago gelar.
Senti sua mão esquerda em meu
ombro e, logo em seguida, seus dedos deslizaram por meu braço até chegarem ao
cotovelo. Ele me fez tirar a mão do bolso para pousar sua palma em minha
cintura. Ao apertá-la um pouco, meus olhos, que até aquele momento estavam
fixos em seu pescoço, subiram por seu rosto até serem aprisionados pelo azul
dos seus olhos.
Segundos se passaram até Edward
aproximar os lábios da minha bochecha esquerda. Automaticamente fechei os
olhos, ficando meio mole por causa do cheiro dele e do calor de sua face tão
juntinha à minha.
Sempre confundi o selvagem com
minhas investidas, meus beijos inesperados e meu jeito de ser. De fato, ele
chegou a Orlando bastante ingênuo e despreparado, mas agora eu sentia que ele
estava querendo deixar algumas coisas para trás. Percebi que lentamente assumia
seu papel de “o homem da relação”. Por esse motivo não lhe agarrei com
desespero, pelo contrário, fiquei bem quietinha para Edward ir se soltando aos
poucos. Em circunstâncias passadas, ele havia sido guiado por seus instintos,
porém agora se tratavam de sentimentos.
O selvagem afastou o rosto e, em
contrapartida, me pressionou com delicadeza contra si. Não foi exatamente fácil
vê-lo inclinar a cabeça para a esquerda com a intenção de encaixar a boca na
minha, só que eu me segurei. Na verdade, nesse caso, me conter intensificava o
prazer do momento.
Edward engoliu em seco e, em
resposta, entreabri os lábios. Quando ele veio pra mim, a sensação gélida se
espalhou do estômago até o peito, no entanto ele hesitou. Sim, o selvagem parou
no meio do caminho. Minha respiração oscilou e tive certeza de que ele queria
mesmo me matar. Eu nem podia ficar chateada, o selvagem só queria prolongar a
excitação da preliminar.
Então, como se ele mesmo já não
suportasse, tirou meu boné e fitou minha boca ao dizer:
— É bom poder fazer isso.
Com delicadeza e extrema
sensualidade, pôs a ponta da língua entre os meus lábios, umedecendo o local, e
ao mesmo tempo propondo um beijo que prometia ser delicioso.
Eu sucumbi. Não podia ser
diferente, já que toda a expectativa foi compensada por uma entrega mútua. Estávamos
vivenciando um momento em que parecia não existirem empecilhos ou incertezas.
Coisa rara quando se trata de nós.
Embora o tempo não estivesse “do
nosso lado”, estávamos do dele. Não tivemos pressa alguma, pois o que valia era
aquela sensação de que cada beijo seria lembrado com carinho e saudade
futuramente, ao invés de sairmos “nos pegando” feito animais no cio.
Edward possuía o que poucos
homens possuem: uma sensualidade natural. Ele não precisava pronunciar frases
feitas e manjadas para me envolver e atiçar. O selvagem, com suas crescentes
descobertas sobre a fantástica relação “homem x mulher”, puxava-me aos poucos
para o seu mundo e eu começava a sentir-me ainda mais conectada à sua
personalidade. Poderia até arriscar alguns palpites sobre o que ele estava
sentindo naquele momento.
Ele pretendia estender o beijo
por vários minutos, dava para sentir isso, principalmente pela forma com que
roçava a língua na minha. Infelizmente, uma risadinha ecoando pela sala o fez
parar. Sem alternativa, nos afastamos e encaramos Alice.
— Aí, gente, desculpa não ter
saído, é que eu precisava ver com meus próprios olhos. — Colocou as mãos na
barriga morrendo de rir. — Danadinhos... — Fez biquinho ao tirar sarro.
De repente, Emmett chegou
“soltando os cachorros”.
— Pô, Bella. Vai lá fora ver o
que o Toby está aprontando dessa vez.
Precisei recuperar o ar, pois
ainda estava sob efeito do Rei-da-Selva.
(...)
— Socorroooooo! — O pancinha
berrava, sentado numa fenda entre dois largos galhos da maior árvore do jardim.
— Alguém me tira daqui!
Meus amigos e eu nos reunimos em
baixo do carvalho, ainda nos perguntando como o moleque fora parar no topo
daquela porcaria. Edward preferiu ir alimentar o puma, pouco ciente da
gravidade do problema.
— Por que esse desmamado faz isso
justo comigo? — Coloquei as mãos na cabeça, perdidinha. — Tomara que o pai dele
não volte pra mansão agora. — Fiquei com medo de ser responsabilizada.
— Toby, desce daí! — Lice
vociferou, batendo o pé no chão.
— Olha, que boa idéia... Por que
não pensei nisso antes? — Ele teve a coragem de ironizar. — Tive o maior
trabalho pra subir, mas agora não sei como descer.
— Vou te contar, esse puto é
doidinho. — Emmett gargalhou.
Tentando manter a calma, respirei
fundo e pedi:
— Toby, por favor, desce o
suficiente para saltar. Jazz e Emm vão te segurar.
— É O QUÊ? — Meu irmão quase
explodiu meus tímpanos. — Esse moleque é muito pesado. Jasper preza a coluna
dele. Jasper já sofreu demais.
— Na boa, eu não tenho braços de
aço, Bella. — Emm também reclamou.
— Se deixarmos ele aí, será que o
pai dele vai sentir falta? — Alice refletiu e não parecia estar brincando.
Os galhos do velho carvalho eram
fortes, porém minha preocupação era a altura em que o garoto se encontrava. Uma
queda daquela magnitude poderia ser fatal. Eu não sabia o que fazer.
— Hô, pessoal... — Toby começou a
chorar com a voz arrastada. — Me tirem daqui, tou ficando deprimido. Eu tou com
fome. Juro que vou me comportar.
— Do mesmo jeito que jurou quando
ficou entalado na bóia? — Emmett retruco.
Toby parou para pensar, então deu
um sorrisinho safado ao dizer:
— Ali foi diferente...
— Não queria ser a pessoa a dar a
má notícia, mas olha o pai do garoto vindo ali. — Lice apontou para o portão da
mansão.
Ficamos tensos ao avistarmos o
homem caminhando apressado em nossa direção por causa dos gritos histéricos de
seu filho. Realmente temi ser processada ou coisa do tipo.
— O que aconteceu? — O coroa
olhou para o topo da árvore e logo percebeu o merdelê que o gordinho fez. —
Toby, desce agora! — Se chateou.
— Eu não consigo... — Ele voltou
a choramingar.
— Me desculpe, senhor. Nem sei
como ele chegou lá em cima. — Torci para não ter que devolver as 100 pratas.
O Sr. Jones me encarou com seus
olhos altivos e fronte enrugada. Imediatamente me preparei para levar uma
bronca, mas, para minha surpresa, ele enxugou o suor da testa e balançou a
cabeça com pesar.
— Conheço o filho que tenho.
Sempre que tiramos férias em Orlando ele nos faz ser expulsos de algum hotel.
Já estamos até sem opções. — Bufou com desgosto.
— Ah, então o “normal” dele é
isso? — Alice interrompeu.
— Mais ou menos. — O homem não
soube como responder. — Desculpem, estou trabalhando em um projeto e acabei por
deixá-lo muito só. Vou tentar colocar Toby na linha.
— A conversinha aí já acabou? Vou
ficar aqui até formar um ninho? — O moleque audacioso estava pedindo para levar
na fuça.
— Vou ligar para os bombeiros. —
Sr. Jones pegou o celular do bolso.
— Por que ele ainda não desceu? —
Edward perguntou, finalmente chegando perto.
— Não sabe como, mas o pai dele
está chamando os bombeiros. — Respondi.
— Não é preciso. — O selvagem
franziu o cenho como se a idéia fosse absurda.
— O que disse? — O hóspede
afastou o celular do ouvido.
Sem prestar explicações, Edward
deu três passos atrás e, com uma corridinha, pegou o impulso necessário para
saltar e escalar o tronco agilmente. Galgando rapidamente os tortuosos galhos,
fez em cerca de um minuto o que Toby deve ter demorado no mínimo uma hora pra
fazer. Não estávamos exatamente habituados com as habilidades do selvagem, por
isso ficamos um tanto boquiabertos.
Alcançando o moleque no topo do
carvalho, ele o segurou pelo braço e passou a lhe dizer onde devia pisar e se
agarrar. Limitados a observar, torcemos para que ninguém despencasse lá de
cima, mas Edward permaneceu seguro e despreocupado.
O resgate demorou vários minutos
porque Toby era desajeitado e choramingão. Por sorte, Edward esbanjou paciência
e não reclamou nem uma vez. Ao chegarem perto do solo, o Sr. Jones estendeu os
braços para auxiliar o filho e o drama finalmente acabou.
Ed saltou da árvore, limpou as
mãos nas calças jeans e recebeu elogios dos rapazes. Grata e aliviada, sem
produzir som algum, apenas movi os lábios pronunciando um “obrigada”. Ele, por
sua vez, só deu um carismático sorriso.
Depois que o Sr. Jones viu que
seu filho estava bem, apertou a mão de Edward com uma gratidão bem maior que a
minha.
— Isso foi impressionante. — O
homem sorriu. — E olha que estou acostumado a ver coisas impressionantes.
— Não foi nada. — Edward não
considerou aquilo um grande feito, talvez por estar acostumado com desafios bem
maiores.
— T-zed é o rei de Malaita. —
Jazz bancou o intrometido, colocando orgulhosamente a mão no ombro do novo
cunhadinho. Edward ficou pouco confortável com o comentário, mas nada falou.
— Malaita? — Sr.Jones pronunciou
o nome da ilha como se a conhecesse.
Fala sério, meus amigos e eu nem
sabíamos se ela constava no mapa.
— Temos muito a fazer. — Alice me
rebocou para a cozinha sem nenhuma educação.
Com auxilio da Vishimideuz,
coloquei o aparelho de som no jardim, terminei de preparar os espetos e juntei
alguns copos que voaram pelo gramado por causa do vento. Demorei uma meia hora
para realizar essas tarefas. Nesse tempo, Edward ficou de papo com o Sr. Jones.
O mais estranho é que ele parecia estar gostando da conversa. A forma como
gesticulava e às vezes sorria denunciava isso. Não era típico do selvagem ficar
tão à vontade com estranhos.
Brad não me aporrinhou mais, ao
invés disso, se reuniu com os caras da banda no lado direito do jardim e eles
monopolizaram a atenção do mulheril. Confesso que isso me irritou, pois eu
tinha armado a festinha para Emm e Jazz se divertirem. Foi impossível não me
sentir frustrada, já que eles ficaram largados “às moscas” à beira da piscina.
Tudo bem que nunca tiveram muita sorte com garotas, mas dessa vez realmente
acreditei que seria diferente.
Quando Alice e eu agilizamos o
que faltava para o churrasco, ela foi correndo ao meu quarto pôr um biquíni e
eu fui para a cozinha lavar as mãos. Após secá-las com um pano de prato, me
virei para a entrada do cômodo e encontrei Edward junto à soleira.
— Seu irmão e Emmett estão de mau
humor? — Indagou se importando.
— É o que parece. — Resmunguei
sem conseguir esconder a raiva. — Acho que estão se sentido meio rejeitados.
Tudo culpa daqueles babacas do Link 69. — Limitei a explicação, Ed sabia do que
eu estava falando.
— Mas eles são tão melhores do
que Brad e os demais.
— Infelizmente as peruas lá fora
não percebem isso. Estou a ponto de mandá-las embora. A vassouradas se for
preciso. — Cruzei os braços feito uma criança contrariada e Edward soltou uma
risadinha.
A temperatura não parava de
aumentar e gotículas de suor começaram a se formar em minha testa. Edward
também sentiu os efeitos do verão e tirou a camiseta. Precisei me conter para
não ficar “secando” demais aquele torso queimadinho do sol, com pequenas
cicatrizes e suavemente definido.
— O que podemos fazer?
— Não sei... — Encurtei
calmamente a distância entre nós, parando a centímetros dele. — Você podia assustar
todo mundo dizendo que é o Duke doidão da favela. — Ri um pouquinho.
— Será que alguém acreditaria? —
Entrou na brincadeira.
— Talvez. Faz cara de mau.
Primeiro Edward riu, mas logo
depois franziu o cenho e cerrou os lábios, ficando o mais carrancudo possível.
— Eu conheço essa expressão. Você
a fez quando te esqueci no supermercado. — Gargalhei.
— Dia memorável. — Murmurou
voltando a sorrir.
— O que pensou a meu respeito?
— Não vai querer saber. —
Balançou a cabeça.
— Foi tão ruim assim?
Apenas assentiu e o compreendi.
— Acreditei que me mataria. — Fiz
uma careta cômica.
— Confesso que na época tive um
pouco de vontade. — Ficou sério ao roçar as costas da mão na minha.
De repente, senti novamente
aquela eletricidade crescente entre nós. Era até difícil nomear a sensação.
Parecia que tinha voltado a ter 12 anos, quando se espera que o garoto de quem
gosta pegue na sua mão como sinal de que ele também sente algo por você.
Eu julgava conhecer tudo sobre o
amor e seus tentáculos, então “um dia acordo” e sinto-me vagando por um terreno
totalmente desconhecido e surpreendente. Era uma confusão boa de se estar.
Edward vagarosamente entrelaçou
os dedos nos meus. Aquele era um gesto tão simples, mas, dentro do contexto em
que vivíamos, se tornou algo significativo e romântico. Ele queria ficar de
mãos dadas, queria dar mais um passo no nosso relacionamento incomum. Talvez
por termos uma data marcada para rompermos, tudo, absolutamente tudo, ganhava
importância e eu jamais tinha presenciado ou vivido algo semelhante. Era
empolgante!
— Vamos para o jardim, talvez
encontremos um jeito de animar Emmett e Jasper. — Disse Ed.
— Ok.
O selvagem não largou minha mão.
Atravessamos a sala e, sem pressa, caminhamos pelo jardim de mãos dadas até
alcançarmos os rapazes. Eu não conseguia parar de “pontuar” a situações. O primeiro beijo como namorados. O primeiro
passeiozinho de mãos dadas...
O que viria a seguir?
(...)
Quando Edward foi pôr em prática
uma idéia que teve para ajudar os rapazes, fiquei ao lado de Alice junto à
churrasqueira.
O selvagem trouxe o puma para
perto da piscina e isso automaticamente atraiu a atenção dos convidados. Emm e
Jazz mostraram intimidade com o animal e logo se transformaram em alvos de
perguntas.
Para a nossa satisfação, o Link
69 se deu mal. Ficaram meio isolados do outro lado da piscina. Eles fingiam não
se importar com nada, mas a realidade era outra.
— Incrível. Parecem formigas em
volta do açúcar. — Lice se referia às garotas ridiculamente interessadas nos
nossos meninos.
— É, estou vendo.
Ed mantinha o animal calmo, lhe
acariciando a cabeça e tentando ficar fora das conversas. No entanto, o que eu
mais ouvia eram os gemidinhos de “oowwnnn” vindo das moças que o assistiam
interagir com o felino.
— Sabe o que é massa?
— O quê? — Perguntei interessada.
— T-zed pensa mesmo que as
meninas estão ali só por causa do puma.
Alice e eu trocamos um olhar, em
seguida caímos na gargalhada.
— Acho melhor ele continuar
pensando assim — Brinquei, cruzando os braços. Por tolice, fitei a entrada da
casa e avistei Toby saindo de lá e correndo na nossa direção. — Ah, não... O
meu carma ambulante está vindo aí.
O pancinha, todo vermelho e
suado, nos abordou tagarelando:
— Eu acabei de ler a coisa mais
doida de toda a minha vida.
— Não diga, sua certidão de
nascimento? — Lice mandou a ofensa na lata.
O garoto estreitou os olhos e
inflou as bochechas de raiva.
— O que você quer? — Gemi
impaciente.
— Lê aqui. — Puxou de debaixo do
braço algumas folhas de papel e as ergueu acima da cabeça.
— A garra... — Comecei a ler em
voz alta e logo ele trocou a página. — Romeu... — Li a terceira — Peitinho.
— Tá bom. — Não é que as mãos do
moleque vieram direto para os meus seios? Minha sorte foi que Lice o impediu,
puxando-lhe pela camiseta.
— Meu Deus, me segura... —
Coloquei as mãos na cabeça para não espancar o garoto. — Vou contar tudo para o
seu pai! Por que não volta pra droga de latrina de onde você veio?
— Ah não, gente. Eu já estou de
castigo. — Ele se tocou do perigo.
— Calma, Bella. Tenho uma idéia
melhor. — Alice sorriu matreira.
Continua...
mas esse Toby e uma mala sem alça ne! adorei o Jasper acordando com a Dn Bogdanov rachei rsrsr ♥ate amanha beijusculo
ReplyDeletekkkkkkkkkkkkkkk adoro esse capítulo! Beijos
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