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Saturday, June 30, 2012

FANFIC - NOVE MESES - CAPÍTULO 20


Bom dia galera! Será que Renesmee vai nascer no meio da festa ou Bella conseguirá chegar ao hospital a tempo?

Título: Nove Meses
Autora(o):
 Anne Stewart
Shipper:
 Bellard
Gênero:
 Drama / Romance.
Censura:
 NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens:
 Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos:
 Sexo

Nove Meses
By Anne Stewart

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 20 My Happy Ending: Part I

"O amor é uma fonte inesgotável de reflexão, profunda como a eternidade, alta como o céu, vasta como o universo."
Alfred de Vigny


Bella POV

Nada acontece por acaso, mesmo argumentando, dizendo que tudo acontece porque queremos, porque fazemos, não dá para argumentar. Seria idiotice dizer que as coisas acontecem porque você planejou.
Todos fazemos planos. Fazemos planos para faculdade, emprego, casa, comida, roupas, cidade em qual morar, casamento... Enfim. Se o destino acha que aquilo não está certo, ele te surpreende fazendo algo inesperado.
Assim como aconteceu com todo mortal nesse planeta, aconteceu comigo. Quer dizer, eu achava bobagem essas coisas de 'um dia melhora' ou 'a qualquer momento tudo pode mudar'. Era um saco quando alguém vinha até mim com essas filosofias de boteco. Eu não podia me dar ao luxo de pensar a respeito de mudanças, porque cheguei a ter esperanças uma vez, e acabei me fodendo.
Bom, como dizem, águas passadas não movem moinhos. Eu não fazia questão de pensar em tudo que passei. Eu simplesmente sentia raiva daquelas pessoas que tinham uma vida perfeita, a vida que eu tinha. Eu tinha raiva de mim mesma por sentir raiva de pessoas que nem sabiam de minha existência.
Às vezes o ser humano era bem estranho.
Mas isso era página virada. Eu não queria mais saber do passado. Eu queria viver o hoje, o agora.
Por exemplo, o agora em que eu estou na parte de trás da van da equipe de bufê do casamento de Rosalie. Eu estava envolta em prateleiras de cupcakes e bem-casados, ofegando, sentindo uma dor dos infernos. Para ajudar, Alice estava histérica ao meu lado.
Eu pedi que pelo amor de Deus que eles continuassem o casamento sem mim, que prosseguissem enquanto Renesmee chegava ao mundo. Essa criatura teve a gentileza de dar o ar da graça bem na hora da cerimônia.
Além de uma Alice frenética, estavam também Angela, segurando minha mão e me instruindo na contagem das contrações, Rosalie – sim, Rosalie - ela ainda estava de noiva, mas tirara a parte de baixo do vestido, o que transformou o traje em um microvestido de after party de Oscar, e Edward, que não tirava suas mãos de minha barriga.
Edward era um homem forte, por dentro e por fora, mas eu tinha quase certeza de que ele estava desmoronando por dentro. Seus olhos diziam isso.
Seria extremamente bizarro chegar à maternidade em uma van de bolos de festa. Mas acontece que Angela, Rosalie e Alice queriam vir comigo e com Edward, e ninguém tinha um carro maior para caberem a todos – ainda ficaram muitos para trás que queriam vir, como Zafrina, Jasper e Esme. Quando dei por mim, estava sendo carregada por Edward até a van do bufê.
Emmett dirigia a van pelas ruas movimentadas de Nova York. Estava um caos, como sempre. Mas Emmett era ágil e habilidoso, e conseguia costurar o trânsito maluco da cidade.
Eu não estava mais aguentando a dor infernal em meu ventre, eu só queria chegar ao maldito hospital e terminar logo com isso.
A dor era insuportável.
- Quanto tempo falta? – Rosalie perguntou à Emmett.
- Menos que dois minutos. – Emmett respondeu olhando pelo retrovisor, encontrando meu olhar. – Porra Bella! Você está horrível! O que você tem aí dentro? Um dinossauro?
- Cala a boca e dirige a droga da van Emmett! – praguejei enquanto ele tremia de rir.
- Se prepare que logo vai chegar sua vez Emmett Cullen! – Rosalie fuzilou o marido com os olhos.
Assim que entrei em trabalho de parto, Rosalie pediu que o pastor chegasse aos finalmentes para que ela pudesse ir comigo ao hospital. Estavam todos tensos até que Emmett pode finalmente beijar Rosalie e selar a união deles perante Deus e os convidados. Na verdade eles deram apenas um selinho, e então todos estavam ao meu redor, procurando um meio de ajudar, mas Emmett e Edward já estavam me levando até o carro. Alice e Rosalie fizeram birra digna de uma criança de seis anos, até que eles resolveram ir até a van de doces, já haviam se passado três minutos.
- Respira Bella, respira assim... – Alice me encarava e me ensinava a respiração cachorrinho. Céus, isso era muito idiota!
- Ok Alice, eu já entendi. Eu só quero chegar logo... AAAHHHHHH!
As contrações estavam mais fortes, eu podia praticamente sentir Renesmee abrindo caminho e se preparando para sair. Edward apertou a minha mão e passou a outra em meu rosto suado.
- Calma, meu anjo, já estamos chegando. Apenas tente respirar fundo. – sua voz era calma e profunda. Ajudou por alguns segundos.
- Porque seu pai não veio com a gente? Ele é médico, não é? – Angela perguntou a Edward.
Eu não tinha pensado nisso até Angela perguntar. Edward respondeu.
- Acho que não seria necessário, pedi para que ele ficasse com a minha mãe. Para o que ele iria fazer com Bella ele teria que estar no hospital. Achei melhor deixá-lo na festa com a minha mãe para representar os noivos. – ele disse arqueando as sobrancelhas e sorrindo sarcasticamente para Emmett.
- Sabe como é, é a minha primeira sobrinha, eu tinha que acompanhar.
Revirei os olhos e mais uma vez a dor atravessou meu corpo.
- CADÊ O HOSPITAAAAAAAAAAAAL? – gritei irritada e dolorida.
- Graças a Deus! Chegamos! – Rosalie suspirou aliviada.
As pessoas olhavam de maneira estranha para o nosso grupo, que entrava como uma tempestade dentro da maternidade. Eu estava em uma cadeira de rodas e um enfermeiro baixinho me empurrava, Edward estava ao meu lado e Rosalie, Emmet, Alice e Angela tentavam nos alcançar.
Estávamos a poucos passos da sala de cirurgia quando a doutora Victoria apareceu em nosso campo de visão.
- Vim assim que me ligaram. Então Renesmee vai chegar mais cedo, huh?
- É – eu ofeguei – Eu acho que... AAHHH MEU DEUS! ME DÊEM UMA INJEÇÃO! – gritei segurando a minha barriga.
- Credo, ainda bem que eu não sou mulher. – ouvi Emmett murmurar. Eu senti vontade de mostrar o dedo do meio para ele. Ouvi um estalar.
- Emmett, vou chutar seu traseiro se você não calar a boca! – Rosalie disse quase gritando.
Eu queria rir com o diálogo dos recém casados, mas a dor era demais e eu estava prestes a berrar quando Victoria perguntou:
- Quem vai acompanhar Bella?
Edward já estava ao meu lado, e disse que iria me acompanhar. Graças a Deus.
- Ok, mais duas.
- Vai você e Rose, não sei se vou aguentar. – Angela disse.
Logo fomos para a sala de parto.
Depois disso tudo passou rápido. Eu achei que seria uma tortura, que seria doloroso, mas não. Mesmo tendo a sensação de que estava sendo rasgada de dentro para fora, eu queria aproveitar cada segundo daquele momento, momento este em que eu estava dando à luz minha primeira filha.
Um calor encheu meu peito, e meu coração dobrou a velocidade. Alice e Rosalie estavam comigo ali, mas o único que eu conseguia ver era Edward. Ele me olhava intensamente, e lágrimas silenciosas saiam de seus olhos verdes. Ele sorria para mim, dizendo palavras de conforto. Então eu comecei a chorar em meio aos esforços para por Renesmee para fora de mim.
- Vai Bella! Empurra! Empurra! – Victoria berrava aos meus pés.
- Oh ela está saindo! – Rosalie gritou ao lado de Victoria.
- Mais força Bella! A cabeça já está fora!
- Empurre com força meu anjo, estamos quase lá. – a voz melodiosa e falsamente calma de Edward sussurrava em meu ouvido.
Gritei com toda a força dos meus pulmões, enquanto sentia Renesmee saindo de dentro de mim. Duraram segundos.
E então ela chorou.
- Nasceu! – Alice e Rosalie disseram ao mesmo tempo.
Desabei sobre a maca, exausta, mas ansiosa para ver minha filha. Edward foi até onde Victoria estava com Renesmee e pegou-a de seus braços.
- Parabéns! Vocês tiveram uma garotinha forte e saudável! – Victoria murmurou e começou a chorar também.
Meu rosto estava banhado em lágrimas quando Edward a trouxe até mim.
Ela ainda estava suja de sangue, e chorava alto. Mas eu podia notar suas feições delicadas e miúdas. Ela era branquinha, com muitos fios louros na cabecinha redonda. Ela era bem gordinha, e dava para ver, mesmo com sangue, que sua pele estava corada. Ela chorava de olhos fechados, e não dava para ver seus olhos.
Naquele momento eu pensei que iria desmoronar de felicidade. Eu estava no auge da realização do sonho de uma mulher. Eu achava que já me sentia completa tendo Edward ao meu lado, mas só agora eu percebi que faltava mais uma coisa.
Faltava ela.
Era um sentimento difícil de explicar. Mesmo depois de passar pelos estágios, eu nunca conseguirei definir o que eu estou sentindo agora. Era como se eu tivesse sido tomada por uma onda de calor agradável, gostosa e reconfortante. E tudo dobrou de intensidade quando a peguei em meus braços pela primeira vez.
Encarando esse rostinho perfeito de bochechas rosadas, com Edward ao meu lado, eu me senti nas nuvens. Eu tinha uma nova família, tinha uma nova chance de ser feliz. Eu achava que estava feliz antes, mas nada se comparava ao que eu estava sentindo ali, suada e suja de sangue.
Era um momento perfeito e inesquecível, que habitaria meus pensamentos com força suficiente para me fazer esquecer o que um dia eu aprendi como era ruim sofrer.
Ser mãe era nascer de novo. A Bella sofredora, fria, que não tinha expectativas de vida morrera. A Bella feliz, amada, radiante e amante da vida acabara de nascer junto com esse anjinho que chorava em meus braços.
- Céus, como ela é linda, linda... – murmurei enquanto passava meus dedos trêmulos pelo seu rostinho de porcelana.
Renesmee se acalmou com meu toque. Seu choro foi cessando até que ela abriu seus olhinhos pequenos. A cor era igual a dos meus olhos: castanho achocolatados.
- Owwnn... – ouvi Alice e Rosalie suspirarem ao fundo, mas eu nem fiz força para olhar na direção delas, eu só queria ficar ali, fitando minha garotinha, que mesmo suja de sangue, parecia uma bonequinha de porcelana.
- Linda e perfeita, como a mãe. – ouvi Edward sussurrar somente para mim. Abri um largo sorriso, que foi seguido pelo dele. Senti seus lábios quentes em minha testa.
- Espera! Quero tirar uma foto! – Alice se aproximou com uma câmera cor de rosa.
- Você está sempre um passo na nossa frente hein tampinha? – Edward murmurou sorrindo.
- Sempre alerta cunhadinho. – Ela deu um sorrisinho diabólico e fez menção para que Edward se aproximasse mais de mim, para tirar uma foto nossa.
- Diga xis sobrinha. – sorrimos e ela bateu a foto, pedindo para que Rosalie se juntasse a nós para mais uma foto.
Logo depois Alice pediu para a enfermeira tirar uma foto de todos nós, dizendo que ela também deveria estar na imagem.
Victoria pegou Renesmee para dar os primeiros cuidados, enquanto os enfermeiros me levavam para cuidar de mim também. Me despedi de Edward, Alice e Rosalie e pedi para que o tempo corresse o mais rápido possível, para que eu pudesse ter meu anjinho de porcelana em meus braços novamente.

Edward POV

Se algum amigo meu me relatasse o que estava sentindo em um momento desses alguns anos atrás, eu o chamaria de maricas, gay, o que fosse. Naquele momento eu percebi que eu era um idiota.
Sentir em um determinado momento da sua vida, a sensação de ser pai, era como se seu mundo girasse 180º graus. Você sentia euforia, felicidade extrema, vontade de gritar aos quatro ventos que era o homem mais feliz desse mundo caótico.
Eu não via a hora de vê-la. Ainda faltava um pouco mais de um mês para Renesmee nascer, e eu fiquei surpreso – e chocado – por Bella entrar em trabalho de parto no meio do casamento de Emmett e Rosalie. Mas ao mesmo tempo senti como se tudo ao meu redor tivesse ficado mais colorido, pois minha filha estava chegando a esse mundo, e eu mal podia esperar para segurá-la.
Meses atrás eu sempre desejava que a gravidez de Bella demorasse, para que eu tivesse tempo de convencê-la de que eu a amava com toda a intensidade do meu ser, e de que eu a queria comigo e com nossa filha para sempre. Mas depois que eu e Bella decidimos ficar juntos, eu esperava ansiosamente que o tempo corresse e que Renesmee nascesse logo.
Mas eu não esperava que ela viesse tão cedo, e em um momento tão... impróprio.
Agora eu a fitava, com olhos marejados. Nós estávamos separados apenas por uma parede de vidro do hospital. Renesmee estava em um berçário, junto com outras crianças, mas era apenas ela que eu via. Era como se ela estivesse sob um holofote, ofuscando todo o pouco brilho que tinha naquele espaço com paredes cor de gelo. Ela estava envolta de uma manta de lã cor de rosa clara, e ela olhava para cima, entretida com algo que estava no teto. Ela mexia seus bracinhos sem parar, e em nenhuma vez ela chorou.
Eu deveria estar parecendo um paspalho em frente aquela parede de vidro, porque Emmett começou a rir.
- Hey irmãozinho, cuidado para não babar demais aí.
- Cala a boca Emmett! Edward está no momento dele! – ouvi Rosalie dar um tapa no braço do meu irmão, me fazendo rir.
- Então, onde está a mais nova Cullen? – Angela perguntou.
- Ela está de rosa, a terceira da fila da frente. – respondi sem encará-los.
A enfermeira que estava cuidando das crianças nos viu ali e fez um gesto perguntando 'Qual delas?', e eu gesticulei para Renesmee, e ela foi em direção à minha filha, para mostrar aos meus familiares e amigos.
Assim que tivemos uma visão mais clara de Renesmee, todos nós emitimos sons de surpresa em ver em como ela era grande para um bebê de oito meses. Mas não foi exatamente isso que me impressionava.
Renesmee era a cópia exata de Bella e eu. Seu rostinho era redondo, mas o formato da boca era parecida com a minha, assim como a cor dos cabelos; seu rostinho era pálido com leves tons rosados nas bochechas, o mesmo tom das bochechas de Bella. E seus olhos... eram de um castanho escuro, como chocolate ao leite líquido, iguais aos de Bella.
Ela era a cópia perfeita de nós dois, e isso era fascinante.
- Uau – Rosalie murmurou – vocês capricharam, huh? Imagina se tivesse sido feita no método natural?
Arqueei as sobrancelhas para a minha mais nova cunhada.
- Se comporte, Rosalie Michelle Hale Cullen.
- Ela sempre foi assim, assanhada mesmo. – Angela disse com uma risadinha perversa, e depois suspirou. – Deus, ela é linda, e é a cópia de vocês dois!
Eu apenas sorria e encarava a minha pequena, que se agitava nos braços da enfermeira, logo a mesma a colocou de volta no berço e saiu do berçário.
- O senhor é o pai da garotinha? – ela me perguntou. Olhei em seu crachá. Seu nome era Daphne Spencer.
- Sim, sou eu. – respondi. Ela sorriu.
- Eu nem precisava ter perguntado, ela é a sua cópia.
- Geralmente os bebês parecem mais ter cara de joelho... – Emmett disse divertido – pelo menos é o que me dizem.
- Emmett, porque você não vai procurar Alice e ver se ela já ligou para os seus pais? – Rosalie pediu e empurrou o recém marido pelo corredor.
Todos estávamos rindo da piadinha de Emmett quando a enfermeira falou:
- Renesmee terá uma família bem animada. – ela disse arqueando as sobrancelhas louras.
- Sim, ela vai. – Angela murmurou – Ela tem uma tia hiperativa e um tio com língua afiada. E isso é só uma parte da família Cullen.
- Bem... – Daphne explicou – Renesmee está com a saúde perfeita. Nasceu com 3 quilos e 350 gramas e 51 centímetros. Seus órgãos vitais estão funcionando perfeitamente e agora a única coisa que precisamos fazer são alguns exames padrão antes de ela e a mãe terem alta.
- Ótimo. – suspirei aliviado. Eu não entendia muito como funcionava a inseminação, e temi que minha filha tivesse algum problema quando nascesse. Graças a Deus, ela nasceu saudável. Mas é claro que eu a amaria de qualquer jeito.
- A doutora Victoria mencionou que Renesmee foi resultado de uma inseminação – Daphne me encarou – e tudo ocorreu bem.
- Sim. – respondi – Fiquei com medo de dar algo errado no começo...
- Não, é raro quando algo dá errado. – Daphne me tranqüilizou – Geralmente dá errado quando um dos gametas possui alguma anomalia. Mas como você e a mãe da garotinha seguiram à risca os tratamentos, não teria como dar errado.
Depois disso Daphne saiu dizendo que iria levar Renesmee para fazer alguns testes e certificar de que ela não tivesse nenhum problema de saúde, e logo a levaria para que Bella a amamentasse. Nesse momento uma figura pequena com um volume na cintura apareceu no corredor. Alice.
- Sim, ela é linda, puxou aos dois, incrível. – Alice falava com alguém no celular, e quando me viu, abriu um sorriso – Bom, ela é enorme, e ela tinha acabado de entrar no oitavo mês, sim, sim, eu vou mandar a câmera com Emmett para vocês verem. Sim, eu sei, fiquem aí até acabar a festa, eu sei... Não, não será necessário, logo elas estarão em casa. Tudo bem, nos vemos mais tarde. Beijo.
- Quem era? – perguntei curioso.
- Esme, ela está muito ansiosa para ver sua primeira neta. Os convidados estão indo embora aos poucos, mas eu disse que não precisaria de eles virem. Bella e Nessie sairão amanhã de manhã.
Ela parou de frente à parede de vidro e fitou a sobrinha.
- Nossa, ela é muito linda, uma bonequinha. – Alice murmurou, a ternura evidente em sua voz.
- É sim. – suspirei, nunca cansando de admitir isso.
- Não vejo a hora de ver os meus babys também. – disse Alice passando as mãos pequenas na barriga redonda.
- Falta pouco, não? – perguntei a ela.
- Falta sim, quatro meses. – ela respondeu ainda encarando a parede de vidro. – Mas pode faltar menos, já que espero gêmeos, eles tendem a nascer prematuros.
Assim que a enfermeira levou Renesmee para fazer os exames, eu e Alice fomos até o quarto de Bella.
Ela estava com a expressão sonolenta, mas algo no fundo de seus olhos a mantinha em alerta. Assim que entramos no quarto, ela encontrou meu olhar e abriu um enorme sorriso cansado.
- Oi.
- Oi. – ela disse suspirando enquanto se levantava até sentar ma cama.
- Como se sente? – Alice perguntou.
- Cansada. Mas estou muito bem. – Bella respondeu olhando em minha direção.
- Bom.. – Alice murmurou – acho que eu vou para casa agora. Rosalie, Emmett e Angela me esperam do lado de fora. Nos vemos mais tarde.
Nos despedimos dela e ela saiu, deixando eu e Bella a sós.
Em silêncio, me aproximei dela e me sentei em um canto da cama, dando um beijo em sua testa.
- Então, onde está a nossa filhota? – Bella me perguntou.
Sorri com a doçura em sua voz.
- A enfermeira a levou para fazer alguns exames e logo ela virá. Os convidados da festa estão frenéticos.
Bella revirou os olhos.
- Eu disse para aqueles dois continuarem o casamento...
- Eles estão loucos para ver a nossa filha Bella. Principalmente Esme.
- Bom, depois daquele show que eu dei... – ela deu de ombros e riu.
- Depois do choque, eles caíram na risada. Você interromper o casamento daquele modo, e a cara que você fez...
- Bom, a culpa não é minha. Sua filha que é apressada demais.
Caímos na risada, lembrando da cena que aconteceu horas atrás. Renesmee escolheu uma boa hora para nascer, pensei com ironia.
Não havia percebido que Bella me fitava de um jeito sério e intenso. Seu rosto era concentrado e o chocolate líquido de seus olhos eram penetrantes.
- Algo errado meu anjo? – perguntei preocupado.
Então lágrimas brilhantes saíram de seus olhos e ela sorriu. Eu não entendi muito a sua reação, mas mesmo assim a abracei forte e beijei seus cabelos que ainda cheiravam a morangos silvestres.
Bella balançou a cabeça e me encarou com seus olhos penetrantes.
- Eu só estou... Feliz. É como se um peso tivesse saído das minhas costas – ela passou a mão em meu rosto – Agora posso respirar aliviada.
Meu coração deu pulos com as palavras de Bella. Depois de anos, ela finalmente estava ganhando o que merecia: felicidade. Ela ganhara uma família. Ela tinha uma filha linda e um homem que a amava intensamente. Ela poderia recomeçar.
Assim como eu.
Depois de tanto tempo eu finalmente pude saber realmente o que significava Amor. Eu agora acreditava que ele existia, acreditava que era digno de amar e ser amado. Como Bella, eu me sentia aliviado. Me sentia como se um peso tivesse saído de cima das minhas costas. Meus pais se reconciliaram depois de anos de um mal entendido – traduzindo: uma armação movida à inveja – meus irmãos encontraram as mulheres de suas vidas, e eu finalmente me sentia completo.
Quem diria, eu, encontrar o amor da minha vida em uma boate. Encontrei o amor em alguém que sofrera tanto quanto eu, e que não queria se envolver com ninguém – assim como eu. Eu não havia percebido antes, mas Bella e eu éramos iguais. Sofremos por quase toda a vida, acreditando que o amor havia nos rejeitado, mas fomos pegos de surpresa nos apaixonando.
A vida era um mistério.
Depois de repetir suas palavras em minha mente – tomei seu rosto banhado em lágrimas e beijei seus lábios apaixonadamente. Bella foi pega de surpresa, mas logo retribuiu o beijo, envolvendo sua língua na minha. O beijo era lento e demonstrava tudo o que queríamos dizer um ao outro, coisas que palavras não serviam como explicação.
Depois de longos segundos nos beijando, encarei o mar de chocolate de seus olhos e respondi:
- Faço das suas palavras as minhas meu anjo.

Continua...

Ahhh que momento lindo! Depois de tanto corre, corre, para o nascimento da princesinha, eles merecem esse respirar aliviados e se sentirem realizados com tudo o que aconteceu até agora. Que essa felicidade que começou com esse novo capítulo esteja permanente na vida deles. Beijos e até mais tarde.

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1 comment:

  1. Owww q coisa mais cute cute! Amei chorei horrores neh mas tudo bem. Cap perfeito. Beijusculo ate tarde.

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