Bom dia pessoal! Hoje Bella fará os
exames iniciais e o procedimento pra a fertilização ...
Título: Nove Meses
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Nove Meses
By Anne
Stewart
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 7 – Remember
the Good... or Bad Memories
"Lamentar uma dor passada, no presente, / é criar outra dor e
sofrer novamente."
William Shakespeare
Bella POV
Meu
dia estava literalmente um tédio. Edward estava no seu trabalho e eu havia
acabado de almoçar. Vaguei pelos canais de TV, procurando algum programa.
Suspirei irritada com uma TV a cabo que não tinha um filme bom sequer.
De
repente me dei conta de que não tinha ido nenhuma vez à Sin City visitar as meninas, há essa hora elas estavam ensaiando
lá.
Peguei
minha bolsa e tomei meus remédios antes de sair.
Liguei
para Zafrina no caminho dizendo que estava indo visitá-las. É claro que ela
ficou maluca e começou a dizer coisas em português, esquecendo completamente
que eu não falava sua língua. Imaginei que essa emoção toda fosse por que hoje
ela e todas as meninas saberiam o motivo do meu encontro com Edward no meu
primeiro dia de trabalho.
Ao
chegar ao clube, cumprimentei o segurança e entrei. Zafrina estava avaliando as
meninas que ensaiavam no palco: Angela, Rosalie e Jessica.
-
Isso meninas, agora o truque do cabelo!
As
meninas jogavam seus cabelos num movimento sincronizado ao som de Disturbia, da Rihanna.
Assim
que Angela me viu, deu um grande sorriso e acenou.
-
Bella! Que bom te ver!
Logo
o ensaio foi esquecido e as meninas vieram me cumprimentar.
Zafrina
foi a primeira a me abraçar. Apesar de conviver pouco tempo com elas, eu me
sentia como se fosse amiga delas há muitos anos. Eu me sentia no meio de
pessoas confiáveis pela primeira vez. Isso sem mencionar a família de Edward.
-
Você precisa nos contar tudo garota! Rosalie se recusou a falar. – Zafrina
apontou o dedo na direção de Rosalie, que ria discretamente.
-
Acontece que não era da minha conta Zah. Bella é quem sabe se conta ou não
conta.
- Eu
vou contar gente – comecei – contanto que fique entre nós. Não sei se Edward
reagiria bem ao saber que um assunto tão íntimo como esse é de conhecimento da
cidade inteira.
-
Minha boca é um túmulo, você sabe Zah. – Jessica falou. Angela fez um gesto com
a mão fingindo trancar a boca e jogar a chave fora.
Sentamos
em uma mesa isolada de outros funcionários e pedimos bebidas – eu pedi
Coca-cola.
Relatei
tudo o que aconteceu e as meninas tiveram reações diversas: Lauren disse que eu
me dei bem; Jessica sentiu pena de Edward; Angela me disse para tentar
convencê-lo a tentar o método tradicional e Zah me deu um conselho.
-
Olha, acho isso tudo uma loucura e você é jovem. Evite ao máximo se envolver
emocionalmente com Edward. A gravidez vai te deixar vulnerável e isso pode te
prejudicar. E pelo que você me contou sobre o que conhece de Edward, acho que
se caso você começar a sentir algo por ele, você terá problemas.
-
Relaxa Zah... – eu a acalmei – não há a possibilidade de isso acontecer. Talvez
eu não tenha contado sobre a minha vida para vocês, mas pelo que eu vivi desde
que meus pais morreram, não há a menor possibilidade de eu sentir algo por
Edward.
Nem
por Edward nem por ninguém. Eu não conseguia sentir isso que as pessoas dizem
que sentem. Amor. Tão pouco Edward sentiria isso por mim. Nós estaremos
ligados apenas por alguns meses por causa de uma criança. Assim que isso
acabasse, eu voltaria para a Sin City.
Ponto final.
Mas
eu não podia negar o que eu sentia quando via Edward na minha frente. A atração
física era algo inevitável para mim.
Zafrina
balançou a cabeça.
-
Bella, jamais diga isso. Não se pode brincar com o destino.
Um
gelo percorreu a minha espinha. O que Zafrina queria dizer? Que eu me
apaixonaria por Edward?
Bufei.
- Bom,
gente, o que importa é que eu finalmente saí daquele prédio. Não aguentava
mais.
-Eu
disse para você morar comigo. – Rosalie disse num tom agourento.
- Ou
comigo. – Angela me dirigiu um olhar questionador.
- Eu
agradeço muito por quererem me ajudar, mas eu realmente queria dar cada passo
de uma vez. E caramba, vocês nem me conheciam direito...
-
Isso não importa bobinha – Rosalie
sorriu – Laurent não contrata qualquer uma. Todas nós, incluindo você, somos de
confiança. Sabemos muito bem no que nos metemos.
-
Bom, isso você tem razão.
Depois
disso, as meninas me perguntaram sobre como era conviver com Edward.
Eu
disse a elas que ele era sempre discreto e educado, e muito prestativo.
A
expressão de Jessica era de decepção, assim como as de Rosalie e Angela.
-
Quer dizer que não rolou nada? – Jessica era a esperançosa.
Eu
ri.
-
Não. E nem vai acontecer. Esqueçam.
As
meninas bufaram, não acreditando nas minhas palavras.
Não
entendia o porquê dessa expectativa das meninas. O que as levou e pensar que eu
e Edward teríamos algo a mais? Não havia a menor chance. Eu apenas teria seu
filho e sumiria de sua vida, da mesma forma que entrei.
Tinha
horas que eu me pegava pensando. Talvez Edward não estivesse em minha vida apenas
para me ajudar a sair da sarjeta, mas expulsava esse pensamento da cabeça.
Não,
ele estava em minha vida apenas para me ajudar a sair da sarjeta. Apenas isto.
Passei
o resto do dia conversando sobre as noites badaladas da Sin City. Rosalie deu as boas novas de que em breve sairia da casa
noturna para se casar com Emmett.
- Meu
contrato termina em um ano. O prazo que você precisa até você concluir o trabalho com Edward. Eu assumi o seu lugar
desde que você tirou licença – Rosalie me dirigiu um olhar astuto – devo
confessar que está sendo difícil Bells. A clientela da casa só quer saber de
você.
-
Como? – semicerrei os olhos.
- É
claro que todas nós não ficamos para trás, – Angela cortou Rosalie – mas quando
chega a hora da apresentação principal, eles perguntam por Merlyn.
-
Caramba, – minha expressão era de surpresa – eu não sabia que era assim...
-
Você só se apresentou uma vez Bella, – Zah me fitava – mas foi o suficiente
para virar a sexsymbol da casa.
Eu
corei. Não imaginava que os clientes fossem gostar de mim assim. Isso era bom.
Significava que minha volta seria triunfal.
- O
que o pai de Emmett disse a respeito do casamento Rose? – Lauren perguntou de
repente.
Rosalie
ficou hesitante.
-
Ainda não dissemos, mas tenho certeza de que ele não vai gostar... – ela
abaixou os olhos, corando.
Jessica
revirou os olhos.
-
Porque a tristeza Rose? O velho não tem que dar opinião a respeito da vida
pessoal de Emmett!
- Eu
sei Jess. – Rose quase chorava - Mas ele é pai! Tem o direito de dar opinião,
qualquer que seja...
- Não
mesmo Rosalie Michelle Hale. – Angela interrompeu – Você e Emmett são maiores
de idade, vacinados e independentes. Gostando ou não, o Dr. Carlisle Cullen
terá que te engolir.
-
Bella está na mesma situação Rose, – Lauren explicou – você acha que ele vai
concordar em ter um neto de, me desculpe dizer assim Bells, de uma dançarina?
Não que eu menospreze o que faço, mas ele certamente vai pensar que você e
Bella são caçadoras de dinheiro. Isso é inevitável.
-
Meninas, nem sempre o que queremos sai do jeito que planejamos. – Zafrina
falava com sua voz derramando experiência – O Sr. Cullen não gostará mesmo, mas
eu digo, como eu disse sempre: não deixem de viver a vida que querem porque terceiros não gostarão disso.
Rose
pareceu se acalmar com as palavras de Zafrina.
-
Obrigada pelo conselho meninas. – disse ela se levantando e indo em direção à
Zafrina – Vou sentir muito a sua falta Zah!
Depois
de muitos abraços e desejos de felicidades à Rosalie, eu me despedi delas e fui
embora. Tive um sobressalto quando vi que eram mais de sete da noite.
Tomei
um táxi e em meia hora eu já estava no prédio de Edward. Ele não deveria estar
em casa, pois não havia me ligado.
Cheguei,
e estava escuro. Fui em direção à cozinha tomar um copo d'água quando vi um
bilhete colado na porta da geladeira.
"Kate
abasteceu a geladeira e a despensa com tudo que você precisa.
Talvez
eu volte tarde hoje à noite. Aproveite a casa. Ela é toda sua.
Atensiosamente,
Edward"
Não
era da minha conta querer saber aonde ele teria ido, mas eu tinha um breve
palpite. Só espero não acordar ao som de gemidos ou coisa pior.
Procurei
itens na despensa e na geladeira que rendesse um bom e saudável jantar. Agradecendo mentalmente a
mim mesma por acompanhar programas de culinária quando eu tinha folga, minha
mente fervilhou de idéias. Acabei optando por um bife de salmão grelhado ao
molho de maracujá, salada e arroz branco; para a sobremesa, petit-gateau com
muito chocolate acompanhado de sorvete de chocolate branco.
Eu
tinha vontade de me entupir de besteiras, mas eu não podia. Não queria que algo
saísse errado da minha parte no trato. Fiz uma nota mental de passar horas em
uma loja da MM's que vi no Centro essa semana assim que eu cumprisse o trato
com Edward.
Sempre
que eu pensava no porque de eu estar ali, meu estômago se contorcia. Eu nunca
tive vontade ou pensei em engravidar na vida, e agora eu estava ali, na casa de
um estranho, tendo uma vida digna de Blair
Waldorf a poucos passos de ter um filho desse estranho. Tentava pensar como
seria a sensação de ter uma criança dentro de mim, no que eu me transformaria
enquanto estivesse grávida. Não tenho nenhuma experiência nisso, mas pelo que
eu via por aí, as mulheres grávidas ficavam muito vulneráveis ao seu organismo;
meus hormônios irão ficar à flor da pele...
Céus!
Eu estava ferrada!
Depois
de lavar os pratos e guardá-los, percebi que não estava com vontade de ver TV.
Não havia chegado a conhecer todos os cômodos da casa de Edward, e eu queria
saber mais sobre sua vida. Resolvi fazer um tour.
Passei
reto pela porta de meu quarto e de um lavabo, e cheguei ao fim do corredor.
Imaginei que ali era o quarto de Edward. Arrisquei girar a maçaneta. Minha
respiração falhou dois segundos com o som do clic da porta abrindo. Estava destrancada.
Ou
Edward era maluco de deixar seu quarto destrancado com uma estranha morando em
sua casa, ou ele era esperto para saber que eu estive ali, sem que eu tocasse
nada que provasse que eu teria passado por lá.
Entrei
e estava tudo escuro. Acendi a luz e meu queixo quase caiu. O cômodo era
praticamente maior que a sala. Assim como o resto da casa, o piso era
amadeirado; as paredes eram todas brancas e uma cama king size se localizava no
centro do quarto. As cortinas tomavam conta de toda a parede atrás da cama e
balançavam suavemente com a brisa que entrava pelas pequenas frestas da enorme
janela. De um lado havia um enorme closet e uma porta que com certeza era o
banheiro; do outro lado, havia um grande e majestoso piano de calda. Era de cor
escura e brilhante. Era realmente lindo.
Eu
nunca havia visto um piano como este pessoalmente, e isso me tentou a tocá-lo.
Fui em direção ao instrumento. Passei minha mão pela extensão do piano,
maravilhada com a textura. Era realmente uma pena que eu não sabia tocar.
Eu
estava tão fascinada com a magnitude do piano que eu não percebi uma caixa de
papelão no canto do quarto. Estava aberta e o que quer que estivesse ali
dentro, estava revirado.
Me
aproximei da caixa e percebi que eram fotos. Muitas fotos.
Peguei
uma que estava por cima da pilha revirada, para que Edward não percebesse que
eu havia mexido ali.
Era
uma foto antiga. Um casal estava sorridente na foto, segurando um bebê; um
garotinho de cabelos escuros e encaracolados com um sorriso de covinhas estava
do lado deles. Do outro lado, um garoto um pouco menor, com cabelos encaracolados
cor de mel; A mulher que estava com o bebê nos braços tinha um sorriso sincero
e feliz. Era de pele clara e cabelos castanhos claros e ondulados um pouco
abaixo dos ombros; seus olhos eram de um castanho claro e seu rosto era em
formato de coração; O homem era mais alto que a mulher, pele clara e cabelos
louros; seus olhos eram de um verde penetrante.
Analisei
a foto por um bom tempo tentando descobrir quem era aquela família feliz.
Eu só
podia deduzir uma coisa: Aquele casal eram os pais de Edward; aquele garotinho
de cabelos escuros e feições de menino levado era Emmett; o menino com cara de
anjo era Jasper, e aquele bebê era Edward.
Eles
estavam em frente a uma casa grande e branca, e havia muitas árvores por perto.
Ali, a família de Edward era feliz, mas tudo era diferente na realidade,
pensei.
Demorei
a perceber que lágrimas escorriam pelos meus olhos. Gemi de raiva. Eu odiava
derramar lágrimas por qualquer coisa. Mas aquela não era uma situação qualquer,
concluí.
Por
um bom tempo a família de Edward era feliz. Mas Esme Cullen estragara tudo se
aventurando com um amigo da faculdade.
Como
era incrível que as pessoas estragassem tudo o que tinham, o que muitas pessoas
– como eu – dariam tudo para ter. Esme tinha um marido lindo e formado, três
filhos e uma carreira pela frente. Sua vida era perfeita e ela estragara tudo.
Naquele
momento eu tive um surto de ódio por aquela mulher que eu nem conhecia. Ela não
podia ter feito aquilo, não quando tinha uma família e uma vida perfeita.
Desabei em lágrimas.
Lágrimas
de ódio por Esme Cullen. Lágrimas de dor por ter consciência de que muitas
pessoas como ela jogavam suas vidas pela janela quando pessoas como eu faria
qualquer coisa para estar em seu lugar. Lágrimas de pena daquelas três crianças
que cresceram vendo o casamento dos pais ruírem pouco a pouco. Lágrimas de pena
de Edward, a pessoa quem mais sofrera com tudo isso, sendo acusado pelo pai,
traído e deprimido, de causar a ruína de seu casamento, quando a única culpada
era alguém que estava agora no Arizona morando com um homem que dizia ser amigo
da família.
Larguei
a foto e saí dali. Apaguei a luz e fechei a porta. Meu choro era incontrolável
e para completar eu soluçava. Fui à cozinha e tomei dois copos cheios de água.
Precisava de algo para me distrair. Fui em direção à TV.
Zapeei
pelos canais até achar um que estava passando um seriado.
Deitei
no sofá e foquei minha mente na tela a minha frente, esperando que o elenco de Glee me distraísse o suficiente para
afugentar aquela foto de minha mente.
Antes
que eu pensasse, meu corpo reclamou de cansaço e adormeci ali mesmo no sofá.
Edward POV
Eram
três e meia da manhã. Estava exausto. Annabelle Williams era realmente
incrível. Eu pretendia procurá-la mais vezes, mas ela começou a dizer coisas
como relacionamento estável e futuro, então eu me esquivei e disse que havia
uma possibilidade de uma ligação futura. É claro que eu não ligaria.
Por
um momento me deixei levar a ponto de esquecer que Bella estava morando
temporariamente em minha casa. Não seria muito educado de minha parte aparecer
agarrando uma ruiva com sotaque francês tendo uma hóspede em minha casa.
Ao
abrir a porta de minha casa eu me deparei com uma Bella aparentemente cansada,
deitada no sofá com um musical sendo exibido à sua frente. Mas ela não via
nada, pois dormia serenamente.
Por
um momento perdi o fôlego ao ver como ela estava.
Ela
usava um micro short preto de seda e uma blusa branca de algodão. Seus cabelos
castanhos caiam em seu rosto, formando uma cortina cor de chocolate no braço do
sofá; seus lábios rosados estavam levemente abertos e suas bochechas estavam
rosadas.
Apesar
de manter apenas negócios com Bella, era difícil negar como ela era linda. Seu
corpo era pequeno, mas tinha generosas curvas, sua pele tinha uma cor branca
como creme...
Realmente
Isabella Swan era mulher tentadora.
Afastei
esse pensamento de minha cabeça e a peguei em meus braços. Imediatamente fui
tomado por seu aroma de morangos. Com certeza era o xampu que ela usava.
Eu a
cobri com um grosso edredom e saí do quarto, indo em direção ao meu.
Comecei
a me despir quando notei a caixa que Alice trouxera da casa de Jasper. Logo
depois de entrar na família e se encontrar a par dos assuntos familiares das
quais eu me recusava a comentar ou lembrar, ela colocou na cabecinha que nossa
família teria que se reconciliar. Revirei os olhos diante das palavras de Alice.
Em um gesto totalmente infantil, ela me mostrou a língua e disse: "Não pense que eu não vou conseguir o
que eu quero Edward. Eu sempre consigo."
Jasper
me olhou e disse: "Não duvide
Edward. Alice sempre consegue."
Fingi
pavor e mudei de assunto.
Fui
em direção a caixa e vi a foto de cima. Nela estavam Carlisle, Esme comigo no
colo, Emmett e Jasper. Parecíamos uma família feliz... Até meus oito anos.
Ver a
minha família ruir diante de meus olhos desde cedo me levou a viver dessa
maneira, achando que se eu constituísse uma família como meu pai fez acabaria
como ele. Eu já sofria o suficiente sem isso.
Ter
um filho sem me casar foi a melhor idéia que já tive. Eu sei que no futuro meu
filho me perguntará onde está sua mãe, até lá arrumarei uma desculpa. Quem sabe
Bella não me ajudaria com alguma idéia, já que para ela está fora de cogitação
ter um filho atrapalhando sua vida.
Coloquei
a foto de volta na caixa e a fechei. Não estava me fazendo bem ver aquilo, pois
eu sabia mais do que ninguém que aquela família não era tão feliz como estava
transparecendo na foto.
Depois
de um banho quente, fui para a cama. Mas estava longe de sentir sono. Eu estava
ansioso e nervoso, pois amanhã Bella iria fazer mais um exame para saber se
seus óvulos já poderiam ser retirados.
Seria
um longo dia.
Bella POV
Acordei
com Artic Monkeys cantando alto ao
meu lado. Meia grogue, peguei meu celular e atendi sem ver o número.
-
Alô... – disse em meio aos bocejos.
- Bella! – reconheci a voz da cunhada de
Edward, Alice – te acordei? Oh me
desculpe... Achei que estaria acordada.
Notei
que eram nove e meia. Em uma hora eu teria que sair.
-
Obrigada por me acordar Alice – agradeci a ela – se você não me ligasse eu me
atrasaria.
- Você tem compromisso? – sua voz de sino
era de decepção – eu ia te convidar para
sair comigo esta manhã. Estou de folga até as duas da tarde.
-
Seria ótimo Alice, – minha voz era sonolenta – nós podemos marcar outro dia. Eu
tenho uma consulta marcada daqui à uma hora e meia e não dá para cancelar,
desculpe.
- Imagina garota. – sua voz era solene – Eu havia me esquecido disso. Você comentou
comigo. Mas assim que você conseguir um tempo livre nós marcamos uma maratona
de compras!
Alice
era uma criatura incrível. Com feições de adolescente com seus cabelos pretos
espetados e roupas fashions ela animava qualquer ambiente. Fiquei curiosa para
conhecer seu consultório, principalmente depois de Emmett comentar que seu
consultório odontológico parecia mais um estúdio de moda. Eu gostava dela, ela
me fazia sorrir, menos quando falava de fazer compras. Durante o jantar ela me
intimou a sair com ela algumas vezes para fazer o enxoval do bebê e montar o
quarto.
-
Pode deixar Alice, vamos marcar sim.
- Tudo bem, vou deixar você se arrumar. Boa
sorte!
-
Obrigada.
Desliguei
meu telefone e fui ao banheiro, mas estaquei na porta quando notei que havia
algo de errado.
Como
eu vim parar no meu quarto?
O
sangue fugiu do meu rosto quando cheguei à única conclusão óbvia. Edward havia
me carregado até meu quarto.
Céus...
Eu
não era sonâmbula para andar até meu quarto. Essa era a única opção que me
sobrava.
Eu
fazia o possível para não deixar transparecer o que Edward causava em mim
quando eu estava perto dele. Mas eu não era a única que vacilava na sua
presença. Agradeci mentalmente por não ser a única. Ajudava muito a disfarçar.
Não queria que isso atrapalhasse a minha vida. Não queria que Edward pensasse
que eu estava atraída ou apaixonada por ele. Me restaria apenas um chute
no traseiro.
Essa
pequena atração era algo fácil de lidar. Isso era normal, não é?
Eu
seria uma mulher demente se não sentisse nada quando Edward estava por perto.
Assim
que terminei de me arrumar, fui para a sala-cozinha. Edward me esperava na mesa
de café da manhã.
- Bom
dia. – cumprimentei educadamente.
Ele
sorriu, um sorriso cordial. Mas que me causou um frenesi por dentro.
- Bom
dia. Nervosa?
Me
sentei e me servi de café e waffles.
- Um
pouco. Espero que de tudo certo hoje.
Edward
suspirou. Parecia nervoso.
-
Sim. Eu também espero.
Tomamos
o café e conversamos sobre o que fizemos na noite passada. Contei hesitante que
fui à Sin City, temendo sua reação.
Para o meu alívio, ele não ligou.
- É
bom você manter contato com elas. – Edward disse e tomou um grande gole de café
– Não ache que você está presa aqui o dia todo. Pode fazer o que quiser e ir
aonde quiser.
Era
incrível como ele notava meu nervosismo e acertava minhas reações.
-
Obrigada. – agradeci aliviada.
- Por
nada. – disse abrindo seu sorriso novamente.
Um
tempo depois, saímos em direção à clínica. A cada metro que avançávamos, meu
coração palpitava. Será que eu estaria pronta para a fertilização? Eu esperava
que sim.
Quanto
mais cedo isso começasse, mais cedo acabaria.
Chegamos
à clínica e fomos logo atendidos pelo Dr. Stefan. Depois de um rápido exame ele
nos deu a notícia: meus óvulos seriam retirados.
Depois
de ter meus óvulos retirados por um procedimento chamado de aspiração transvaginal por
ultra-sonografia, o Dr.
Stefan nos explicou como funcionaria o restante do procedimento.
- Bom,
já temos os óvulos e os espermatozóides. Agora avaliaremos quais deles estarão
mais propícios a uma gravidez bem sucedida. Depois iremos unir os
espermatozóides aos óvulos e esperar que haja a fecundação e a evolução do
embrião.
-
Quantos dias? – perguntou Edward.
- De
três a cinco dias. Assim que ele estiver pronto para ser introduzido no útero
da Srta. Isabella, nós entraremos em contato para que vocês possam vir realizar
o procedimento final.
-
Ótimo, falta pouco agora. – Edward suspirou aliviado.
Meu
coração deu um salto e parou um segundo. Dentro de uma semana eu estaria
grávida. A cada segundo que passava eu ficava mais nervosa, mas agora não era
hora de voltar atrás. O que está feito, está feito.
Seis dias
depois
Acordei
com batidas leves e insistentes na porta do meu quarto. Me levantei meia grogue
e tentei responder.
-
P-pode entrar. – disse com a voz rouca e bocejando.
Edward
aparece na minha porta incrivelmente lindo com uma camiseta preta, destacando
sua pele branca e os cabelos acobreados.
-
Desculpe te acordar agora, – ele disse como se tentasse se desculpar, como
sempre, muito cavalheiro – mas o Dr. Stefan acabou de me ligar.
-
Então é hoje? – meu coração crepitou.
Ele
sorriu como se tivesse vontade de me abraçar. Céus, que sorriso!
-
Sim. Mas precisamente agora. Se já puder se arrumar nós iremos...
O
interrompi.
- Já
estou indo. Arrumo-me num minuto.
Edward
saiu para que eu me arrumasse, e quando fechou a porta, eu desabei na cama. As
últimas semanas pareciam irreais. Eu me sentia como aquelas damas de companhia,
que os ricaços se apaixonavam e davam a elas vida de rainha. Mas agora a
realidade caiu em cima de mim. Eu estava a poucos passos de estar grávida.
Evitei
pensar no assunto enquanto tomava um banho quente. Apoiei as mãos na parede e
respirei fundo. Tinha que terminar esse banho logo, prometi que não demoraria.
Mas
estava difícil.
Ao me
sentar à mesa do café da manhã, tomei um grande gole de suco de maracujá.
Edward arregalou os olhos.
-
Parece que seu nervosismo aumentou. - disse ele com um meio sorriso.
- Dá
para notar?
-
Sim.
- Oh
meu Deus! Eu vou pirar! – coloquei a mão no rosto, corando. – Depois de todos
esses dias, agora que a ficha vai cair...
-
Está pensando em desistir? – a voz de Edward não era irritada, mas sim
desesperada.
Encarei
seu rosto agoniado.
- O
quê? Não! Claro que não! É só que... Parece que só agora eu caí na realidade.
Edward
suspirou aliviado.
- Ok.
Coloquei
as mãos no rosto e suspirei.
-
Desculpe Edward... Eu não queria que você visse isso.
De
repente senti algo queimando minha pele. Uma espécie de formigamento.
Quando
levantei meu rosto lentamente, me deparei com um Edward completamente sério.
Ele olhava onde sua mão tocava a minha. Quando percebeu que eu o encarava, ele levantou
o olhar. Ofeguei.
Seus
olhos estavam escuros, e seu olhar era intenso. Seus lábios vermelhos estavam
entreabertos, e como eu, começou a ofegar.
Nossa
troca de olhares foi interrompida pelo meu celular. Nós dois pulamos de susto e
de repente ele estava normal outra vez.
-
A-acho que é seu celular. – disse, voltando ao seu jornal.
Minha
nossa! O acabou de acontecer? Eu quase perdi o controle! Podia ter estragado
tudo.
-
A-alô?
- Bella! Quer ser minha madrinha? – Rosalie
gritava do outro lado da linha.
-
Céus Rosalie! Calma! Como assim madrinha?
Quase
pude ouvir Rosalie revirar os olhos.
- Eu. Quero. Que. Você. Seja. Minha. Madrinha.
Entendeu?
Apertei
meus olhos até ficar tudo vermelho.
- Bom
Rose, mas porque eu?
- Meu querido noivo quer que você seja
madrinha junto com Edward.
Meu
telefone quase caiu.
- O
que?
- Não me faça repetir Bells. Me de a resposta
o quanto antes. Beijo!
Desligou.
Demorei
cinco segundos para tentar esquecer o que eu acabara de ouvir. Minha cabeça já
estava cheia demais para mais uma coisa dessas.
-
Algo errado? – Edward perguntou.
-
Não, não mesmo. Era só Rosalie.
-
Tudo bem. Vamos?
Peguei
meu casaco.
-
Vamos.
No
caminho para a clínica, permanecemos em silêncio. Eu me perguntava se Edward estava
pensando no mesmo que eu: o meu chilique-toque-de-mãos-excitação. Pelo menos
para mim foi assim. Meu corpo inteiro formigou e eu comecei a me sentir quente.
Pelo olhar que Edward me dava naquela hora, podia muito bem imaginar como ele
estava se sentindo.
E o
que Emmett estava pensando ao me convidar para ser madrinha de casamento junto
com Edward? Eu definitivamente queria chutar seu traseiro.
Chegamos
à clínica. A cada passo que eu dava, eu ficava nervosa. Edward também estava
tenso, isso era evidente.
Logo
fui preparada e levada para a sala e os embriões foram introduzidos em meu
útero. O Dr. Stefan me disse que foram introduzidos cinco embriões, pois assim
teríamos um resultado mais eficiente. Fiquei em repouso na sala por duas horas.
-
Bom, agora aguardem o resultado. Dadas as circunstâncias, como vocês são jovens
e saudáveis, a chance de gravidez é de praticamente 100%. Se o embrião se
juntar à parede uterina, o resultado do teste de gravidez será positivo.
Agora
viria a agonia maior: a espera.
Agradecemos
ao doutor e fomo embora. Edward parou em uma farmácia para comprar o teste de
gravidez. Eu pedi a ele que me deixasse ir até lá e comprar, mas ele me disse
que queria que eu fizesse o menos possível de esforço. Almoçamos em um
restaurante italiano e depois fomos ao supermercado. Fiz careta pra ele.
-
Vamos comprar algumas coisinhas para você. A partir de agora você só comerá
coisas saudáveis.
- Já
temos muitas coisas na sua casa Edward.
Ele
sorriu.
-
Conversei com uma nutricionista. Ela me passou algumas coisas que eu deveria
comprar para você.
-
Hmm...ok. Vamos, ou vou ter que ficar aqui também? – falei como uma criança
birrenta.
Edward
revirou os olhos.
-
Não. Venha.
Andamos
pelo mercado em busca de coisas "saudáveis".
Um casal de idosos passou por nós e nos encarou. Certamente eles notaram a
nossa falta de contato e nossa indiferença um com o outro.
Seguimos
para sua casa. Edward se recusou a jantar na casa de Jasper hoje, alegando que
eu precisava descansar.
- Mas
você não precisa cancelar nada por mim. Eu ficarei bem. – na verdade, eu queria
evitá-lo. Não confiava em mim mesma quando Edward passava várias horas ao dia
ao meu lado.
-
Isso seria muito mal educado de minha parte Bella, você é minha hospede, –
Edward disse de um jeito educado que me fazia sentir calor – e hoje vamos
jantar juntos. Faço questão de fazer a comida hoje. – ele completou me
encarando e sorrindo.
Meu
coração parou por um segundo e minhas bochechas esquentaram.
-
Tudo bem.
Durante
o jantar Edward satisfez minha curiosidade me contando sobre suas aventuras na
faculdade e sobre seus irmãos. Contei a ele as partes mais felizes da minha
infância e adolescência, que foram poucas. Naquele momento parecíamos feitos um
para o outro, tínhamos tanto em comum.
-
Bom, o jantar estava ótimo, obrigada. – disse enquanto me sentava no sofá, ao
seu lado.
-
Obrigado. Sempre gostei de cozinhar. Ser chef de cozinha era minha segunda
opção de carreira.
- Com
certeza você se sairia muito bem. Posso te perguntar algo indiscreto?
Edward
me encarou com uma expressão desconfiada.
-
Pergunte.
-
Você por acaso usa esse seu dote para cozinha para conquistar as mulheres? Não
que você precise de muito esforço. – acrescentei com uma risadinha.
Edward
pareceu suspirar de alívio. Talvez ele achasse que eu perguntaria algo
realmente indiscreto.
- Às
vezes eu faço isso, mas evito usar tantos artifícios de conquista, seria mais
difícil me livrar delas depois.
-
Acha que nunca irá se apaixonar? – não pude deixar de perguntar.
Edward
ficou sério e franziu o cenho.
- É
pouco provável. Para mim, o único significado de amor é o fraternal. De pai
para filho, de irmão para irmão... O amor entre homem e mulher, para mim, não é
bom. Isso acaba com as pessoas. Passamos a confiar demais, ficamos cegos... Até
que tudo desmorona.
Escutar
aquilo de Edward era triste. Ele não tinha a menor vontade de ter alguém com
quem pudesse viver para sempre. Eu o entendia, pois pensava a mesma coisa.
-
Concordo com você. Depois de tudo que você me contou, eu também me sinto assim.
Mas quando penso em meus pais, me sinto tentada a ter esperança.
Edward
me olhou como se eu o tivesse ofendido.
-
Seus pais?
-
Sim. Eles eram muito apaixonados. Se conheceram na faculdade e se casaram dois
anos depois. Eles sempre me mostravam fotos deles desde que começaram a
namorar. Quando eu olhava para eles juntos, dava para notar a cumplicidade que
existia entre eles. Na época eu era muito pequena, mas eu percebia e sabia que
eles ficariam juntos para sempre.
De
repente senti lágrimas em meu rosto. Sempre que eu me lembrava deles eu ficava
muito deprimida.
Edward
quebrou o silêncio.
-
Seus pais deram sorte afinal. – sua voz era controlada.
-
Sim. – eu disse com a voz entrecortada.
Tarde
demais eu me arrependi de dizer aquilo a Edward. Eu tive uma família feliz, e
teria ainda se eles não tivessem morrido. Edward não teve essa sorte.
- Me
desculpe por falar isso, eu não devia ter...
-...
Dito? Eu não me importo com isso Bella. Faz bem ouvir histórias boas de vez em
quando.
Depois
disso encerramos a conversa e fomos para a cama. Tomei um banho quente e fui dormir,
percebendo só agora que estava muito cansada.
Depois
de tudo que conversamos me senti tentada a mudar a vida de Edward Cullen. Ele
era um homem lindo, inteligente e com uma vida toda pela frente, não merecia
passar o resto de sua vida dessa maneira.
***
A
cada passo que eu dava em direção à sala de Edward meu coração palpitava. Ele
havia me dito para evitar sair de casa, para que eu não fizesse tanto esforço,
mas eu precisava lhe dizer isso agora.
Abri a
porta hesitante e encontrei Edward andando de um lado para o outro na sua sala,
e quando me viu, estacou.
-
Bella, eu lhe pedi...
- Eu
sei Edward, mas eu tenho algo importante para falar.
Edward
cruzou os braços, esperando todo o tipo de argumento, menos o que eu estava
prestes a dizer.
-
Edward, eu estou grávida.
Continua...
É mesmo muito
triste ver que o Edward pensa d amor de forma tão ruim. Toda experiência
negativa que ele teve com a história de sua família acabaram tirando dele a
esperança de ter uma família feliz. Quem sabe a presença de Bella e a história
de sua família feliz não acabem fazendo com que ele mude de ideia. E com essa
gravidez concretizada talvez as chances dela sejam maiores. Beijos e até mais
tarde.
adoreiiiiiiii perfeito esse cap finalmente ela ficou gravada agora vamos ver q aconteçe. Beijusculo
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