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Tuesday, September 27, 2011

FANFIC - WAKE UP - CAPÍTULO 3


Oi turma! Hoje Rob e Kris colocam o Nick na parede e ele acaba contando todo o plano sórdido...

Título: Wake Up
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Wake Up
By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 3

POV Kristen

Eu devo ter ouvido errado.
O barulho da chuva a nossa volta deve ter me confundido.
Com certeza eu não ouvira Rob dizer aquilo.
-O que disse? – murmurei.
-Ela não morreu, Kristen; Foi tudo mentira. Nos enganaram. 
Oh meu Deus.
Eu não ouvira errado. Ele estava mesmo dizendo aquilo.
Aquele absurdo!
-Rob, está bêbado? - indaguei – Tomou alguma droga? Pelo amor de Deus, não acredito que venha bater na minha porta pra falar bobagens!
-Não são bobagens, me ouça... 
Eu tentei fechar a porta na cara dele.
Não ia admitir que ele fizesse piada com aquele assunto.
Mas ele foi mais rápido e a segurou me impedindo.
-Me escuta. O bebê não estava morto.
Eu fitei seus olhos. Eram sérios. Sérios e sombrios.
Deus... porque ele estava fazendo aquilo?
-Pára com isto pelo amor de Deus... – murmurei assustada.
-Acha que eu não queria parar? Acha que não estou tão chocado quanto você?
-Isto é absurdo... Não sei da onde tirou esta idéia, mas... Ela nasceu morta Rob! Nós não temos uma filha, porque ela morreu! - eu quase gritei as palavras, como se saíssem do lugar mais fundo de dentro de mim.
Eu nunca, em todos estes anos tinha repetido isto.
Nem com ele.
Nunca com ele.
Era um assunto proibido.
Um assunto morto e enterrado.
E agora lá estava. Vindo à tona junto com a tempestade.
Junto com Rob.
Era demais pra mim.
-Não morreu... foi uma mentira, Kristen, precisa acreditar.
-Eu a vi... estava morta... – murmurei, toda a dor voltando, ameaçando me sufocar.
-Não a viu... Porque estava viva, eles a tiraram de você antes que visse.
Eu me obriguei a respirar, mas o ar saía rarefeito, eu estava sufocando.
De dor.
Não era verdade. Rob estava louco. 
Minha filha estava morta. Fora tirada sem vida de dentro de mim.
Eu ainda podia sentir aquele vazio que nunca ia ser preenchido.
Mas eu nunca a vi. 
Não me deixaram vê-la. Nem seu corpo sem vida.
Uma lança aguda traspassou meu peito.
Eu não podia estar acreditando naquele absurdo.
Mas me vi encarando-o e perguntando...
-Como é possível...?
-Eles armaram tudo. Não adivinha por quê? Eles não queriam um escândalo. Eles nunca aceitaram. Não iam permitir que ficasse com o bebê. Nunca pensou nisto Kristen? Eles simplesmente armaram tudo. Nos fizeram acreditar que ela estava morta e a levaram embora!
-Deus... - as coisas começaram a fazer sentido de repente. Por mais insano que fosse... De alguma maneira horrível e cruel, elas faziam sentido.
-Eu não a vi... eles a levaram de mim... eu não a tive... oh Deus...
Tudo escureceu e eu desmaiei.

Quando voltei a mim, estava deitada no meu sofá e me deparei com o olhar preocupado de Rob sobre mim.
-Você está bem?
Bem? Como eu ia voltar a ficar bem um dia, depois do que ele tinha me dito?
A dor voltou com força junto com a consciência.
-É mesmo verdade? – murmurei.
-Sim, Kris. Eu sinto muito.
Eu sentei no sofá, tentando respirar.
Tentando não desmaiar de novo.
Era tudo tão horrendo...
-Como... Isto é possível? 
-Eles fizeram bem o trabalho sujo. - falou enojado – Aqueles filhos da puta.
-Então... se isto é mesmo verdade... ela está viva?
-Sim. Ela está viva. 
-Oh meu Deus.
Minha filha estava viva. Viva.
-Não pode ser... como... como descobriu isto? 
-Eu jantei na casa do Nick.
-Nick? Seu empresário?
-Sim. E vi um e-mail sobre uma criança em Nova York.
Um alarme soou na minha cabeça e eu me lembrei automaticamente daquela criança no sinal.
-Achei estranho. Um advogado cobrando o pagamento de um colégio. Eu indaguei se ele tinha uma filha escondida, sei lá. Ele negou mais ficou muito nervoso. Então eu achei um envelope, com nosso nome e havia uma foto de uma menina... - ele parecia estar relembrando entre assustado, horrorizado e mais algum sentimento... parecia... maravilhado. - ela tinha os seus olhos. Tão iguais.
Eu me assustei. Tudo começou a se encaixar, aquele quebra-cabeça macabro. Nick voltou e se apavorou quando perguntei quem era aquela criança;
Ele negou de todas as maneiras, mas estava estranho demais.
Porque ele sustentaria uma criança de quase nove anos que tinha os mesmos olhos que os seus e guardava uma foto desta criança num envelope com o nosso nome?
-Deus... - murmurei entendo o sentido. 
-E ele acabou confessando. Eles armaram tudo. A Summit com a ajuda do meu próprio empresário. Eles nos disseram que tinha morrido e sumiram com ela. 
-Isto é horrível demais... ainda é difícil de acreditar...
-É verdade Kris. Eu perdi a cabeça. Eu bati nele. Tanto que talvez esteja num hospital uma hora desta...
-Eu o teria matado! – exclamei, começando a sentiu a revolta crescendo.
Se isto fosse mesmo verdade... mas era verdade. Eu podia ver em seus olhos.
Eles tinham nos enganado.
-Talvez ele merecesse. - Rob falou sombrio – Então eu saí de lá e dirigi sem rumo. Precisava falar com você... eu sinto tanto Kristen...
Eu fechei os olhos com força. Incapaz de continuar com aquilo.
O nó na minha garganta se intensificando.
Havia uma criança em algum lugar do mundo... Que era minha... Minha e de Rob.
E que nem desconfiava disto.
Como nós mesmos nunca desconfiamos.
Eu abri os olhos finalmente e deixei as lágrimas caírem.
-Ela está viva... viva...
Eu nem sabia mais porque chorava.
Se era de dor. De revolta. De felicidade.
Eu tinha uma filha.
O bebê que eu amei dentro de mim. Mesmo com toda aquela confusão.
E que eu achava, até minutos atrás, que não existia.
Estava viva.
-Sim. Está viva. - Rob murmurou.
-O que você sabe? Onde ela está?
-Em Nova York. O nome dela é Ava.
-Ava... - murmurei. Ava era o nome da minha filha desconhecida - Você disse... que tinha uma foto...
-Está no carro. Vou pegar.
Ele se afastou e voltou para a chuva.
Eu levantei, incapaz de ficar sentada e fiquei olhando pela janela, enquanto ele abria a porta do carro e voltava com um envelope.
De repente eu senti medo.
A partir do momento que eu visse aquela fotografia, que eu comprovasse a cruel verdade, nada mais seria mesmo.
Eu não sabia se estava preparada.
Um medo irracional tomou conta de mim e eu me afastei quase correndo, me trancando no banheiro.
Me segurei na pia, olhando minha face pálida no espelho.
-Kristen? - ouvi a voz de Rob e pegando uma toalha abri a porta.
Ele estava mais molhado ainda e segurava o envelope.
Eu lhe estendi a toalha.
-Toma. Precisa se secar. – falei calmamente, passando por ele e indo para a cozinha.
Mas Rob me seguiu.
-Quer beber alguma coisa? - indaguei vendo-o colocar o envelope sobre a mesa e secando os cabelos com a toalha.
Seu olhar sobre mim era estranho e indagador.
Talvez estivesse se perguntando se eu enlouquecera.
Mordi os lábios com força.
-Eu não sei se estou preparada para ver... ainda é difícil acreditar...
-Não precisa ver... agora; Sei que deve ser assustador. Eu também estou assustado, Kristen. Mas quando você a ver. Não haverá mais dúvida.
Eu sacudi a cabeça afirmativamente, incapaz de falar.
-Acho que aceitarei algo pra beber.
-O que você quer? Pode ser café?
-Se você tiver conhaque...
Eu ri, com um engasgo.
-Sim, acho que preciso de algo alcoólico também.
Eu me movimentei pela cozinha sob seu olhar atento até que duas xícaras se materializaram em nossas mãos.
O envelope ainda estava entre nós.
Como uma víbora pronta a atacar.
Por um tempo nenhum de nós falou nada.
Não havia necessidade de palavras.
Estávamos imersos em nossa própria dor.
A dor de antes e de agora se misturavam dentro de mim, causando um redemoinho de emoções.
Quanto mais eu pensava, mais eu lembrava, mais eu deixava aqueles sentimentos ruins guardados dentro de mim vir a tona, misturados com o horror que eu sentia agora.
Fora tudo em vão. Mentiras. Eu vivi nove anos em cima de uma mentira.
A revolta e a dor ameaçaram me engolfar.
Eu estava à beira de um colapso.
Olhei para o envelope.
E com as mãos trêmulas eu coloquei a xícara sobre a mesa e o peguei.
Lá estavam nossos nomes, como Rob contara. Meus dedos alcançaram a foto facilmente e eu a retirei.
Então eu a vi.
Aquela estranha.
Minha filha.
Os olhos verdes... como Rob falara... eram mesmo os meus.
Seus cabelos compridos. de um tom arruivado, sua pele branca... e o sorriso...
Eu não saberia definir o que estava sentindo naquele momento.
Era algo que eu nunca sentira antes.
Eu estava vendo um pedaço de mim que eu julgava perdido para sempre.
Um pedaço de Rob.
De repente eu soltei um grito abafado.
-Oh meu Deus! - eu encarei Rob - Eu a vi. Ontem em Nova York...
-O que?
-Eu a vi... a menina no parque... oh meu Deus!
Meus dedos soltaram a foto que caiu no chão.
Eu cobri o rosto com as mãos e chorei.
No minuto seguinte ele estava ao meu lado me abraçando.
Eu estava dilacerada.

Uma vez eu achara que sentira a pior dor do mundo.
A mais dilacerante.
E foi quando me disseram que minha filha estava morta.
Mas a dor que eu sentia agora, ao saber que ela estava viva era mil vezes pior.
Porque vinha acompanhado daquele sentimento de revolta profunda por nove anos sofridos.
Em algum momento, em meio a minha crise de choro, ele me levou para o quarto e se deitou comigo enquanto eu continuava imersa em puro desespero. E por mais que eu chorasse a dor não passava. Apenas ficava pior.
-Nove anos perdidos... Por quê? - eu gritei por fim, eu batia em seu peito, porque simplesmente precisava extravasar em alguém. – Por que fizeram isto comigo?
Rob me apertou mais forte, me segurando em meu descontrole.
-Eu sei, Kristen... eu sei...
-Nove anos... nove achando ela estava morta! Eu não sei se agüento isto... é demais pra mim... demais... - os soluços cortavam minha garganta me deixando exaurida.
As lágrimas não diminuíram. Os soluços escapavam do meu corpo sem cessar.
E talvez eu tivesse enlouquecido se não fossem os braços de Rob a minha volta, seus dedos estavam em meu rosto, retirando os fios de cabelos grudados em minhas lágrimas e em seu olhar havia o mesmo desespero, a mesma dor e eu me deixei ficar ali, soluçando baixinho.
-Shii... - sua voz chegou até mim como um bálsamo, em meu ouvido, seus lábios frios em minha testa, meu rosto, em minha boca.
Fechei os olhos, precisando disto. Precisando dele.
A única força que eu tinha naquele momento para não enlouquecer num mar de dor.
Meus dedos crisparam em sua camisa molhada, e eu suspirei profundamente.
Seu cheiro de chuva invadindo minhas narinas, trazendo lembranças num redemoinho de desejo adormecido.
E eu o beijei. Com fome. Com desespero.
Talvez fosse apenas isto. Necessidade de esquecer.
Qualquer coisa que me fizesse sentir algo que não fosse dor.
E as sensações físicas se avolumaram dentro de mim enquanto eu sentia o gosto da sua boca sobre a minha, misturado com as lágrimas.
E de repente, ele estava me beijando de volta.
Os lábios se movendo no mesmo ritmo que os meus, a língua invadindo e explorando.
Eu gemi, me aproximando ainda mais. Meus dedos puxando seus cabelos.
A necessidade se transformando em desejo cru e real.
E eu soube, por instinto que a necessidade dele era a mesma que a minha. E deixei um beijo se transformar em muitos. Quentes. Intensos. Doces.
Até que tudo se transformasse em pura sensação.
Minha mente entorpecida apenas registrava sutilmente o que estava acontecendo.
Os lábios dele deslizando por meu rosto, meu pescoço. As mãos queimando minha pele por cima da roupa. 
Mas eu não queria pensar. Eu queria apenas sentir.
Nossos corpos acharam um caminho para o esquecimento naquele momento e eu não me importava.
Nada foi dito. Não havia necessidade de palavras enquanto eu sentia seus dedos retirando minhas roupas com movimentos urgentes e frenéticos e arfei, sem ar, delirando de um desejo que me deixava trêmula e fraca. Minha pele queimando de necessidade de seu toque e então lá estava. Seu hálito quente e delicioso em minha pele. A umidade de sua língua em meu pescoço, meus seios, meu umbigo.
Eu arquejei, puxando-o para mim, beijando-o com força, com fúria, roçando meu corpo febril contra o dele. Meus dedos percorrendo seu peito, a barriga e entrando em sua calça. Seu gemido rouco foi como música para meus ouvidos, e eu me arrastei ainda mais para aquele mundo de esquecimento, onde existia apenas o desejo puro e simples.
Em poucos minutos, as roupas dele também tinham desaparecido e eu senti a pressão entre minhas coxas aumentar e o levei para dentro de mim, enlaçando-o com pernas e braços.
E ele se moveu rápido e com força. Uma vez. E outra. Até que não restasse nada a não ser as sensações e perdemos o último contato com a realidade num orgasmo intenso, perfeito, efêmero.
E depois, enquanto ainda tremia e arfava, eu deixei que ele apenas me abraçasse e fechei meus olhos cansados, deslizando para o sono antes que a realidade voltasse.
Eu acordei devagar. Mesmo antes de abrir os olhos, eu podia sentir que estava grudada num corpo masculino bem familiar.
Embora fizesse muito tempo que não acordasse assim. Com Rob.
Era estranho.
Era errado.
Eu não deveria ter transado com ele.
Mas eu precisava. Precisava de algo pra esquecer.
Talvez devesse ter bebido. O arrependimento seria menor.
Teria apenas que lidar com uma ressaca.
Mas não. Eu transara com Rob.
E agora teria que lidar com isto.
De repente o porquê de ele estar ali me voltou à mente.
Mas não havia mais desespero.
Até a dor era menor. 
Havia uma calma aceitação e um medo do que estava por vir que embrulhava meu estômago.
Agora eu vivia em uma nova realidade.
Eu tinha uma filha em algum lugar.
Isto me fez esquecer momentaneamente dos meus erros com Rob.
No fundo não era tão importante. Não se comparando com aquele fato.
E afinal, fora por isto que tinha acontecido.
Abri os olhos, ele ainda dormia.
Devagar, eu me desvencilhei e saí da cama.
A chuva tinha passado quando olhei pela janela meia hora depois, já vestida.
Passei a mão por meus cabelos molhados, olhando para a foto ainda em cima da mesa.
Me aproximei e peguei-a.
-Ava. - murmurei. Meu coração se enchendo de um estranho sentimento.
Agora que não havia mais o horror da descoberta era fácil me permitir isto.
Embora tudo ainda fosse nebuloso e confuso.
Larguei a foto e comecei a fazer um café.
De repente eu senti que não estava sozinha.
Me virei e Rob estava ali.
Ele parecia confuso e sonolento.
Lindo. Uma voz dentro de mim falou e eu tratei de não ouvir.
-Oi. – murmurei, meio sem jeito.
Ele passou a mão pelos cabelos revoltos.
-Oi.
Parecia meio sem jeito também.
-Quer café? – indaguei.
-Seria uma boa.
Eu lhe dei uma xícara e peguei uma pra mim.
-Kris, sobre ontem... - ele começou de repente e eu o cortei.
-Foi um erro.
Ele não falou nada. Ficou me olhando.
-Eu estava descontrolada. Acho que você também. Talvez... Precisássemos esquecer de tudo de alguma maneira.
-Transando... – sua voz tinha um que de ironia
-É – falei secamente, tentando não ficar vermelha – fuck! Não vamos fazer um cavalo de batalha em cima disso, por favor, não quando... temos algo bem maior que nós pra resolver.
-Você tem razão. – a voz dele parecia cansada. Seu olhar recaiu sobre a foto em cima da mesa.
-O que vamos fazer? - ele falou num murmúrio.
-Eu não sei... Eu queria primeiro... queria saber tudo sobre esta história. Sobre ela.
-Sim. Eu também quero.
-O que o Nick te falou?
-Apenas o que eu te contei ontem. O nome dela é Ava. Mora em Nova York...
-Com quem?
-Ele disse que ela foi adotada.
Eu mordi os lábios, nervosa.
-Ela tem outros pais... claro. – murmurei.
-Provavelmente sim. Mas não sei por que o Nick a sustentaria se tem pais.
-Sim, não faz muito sentido.
-Só tem uma maneira de descobrirmos tudo. Vou falar com o Nick, embora ainda tenha vontade de matá-lo.
-Eu vou com você.
-Agora?
-Eu não agüento esperar mais nem um minuto pra passar esta história a limpo.
-Nem eu. – ele concordou.

Minutos depois Rob estava estacionando em frente a casa de Nick.
A esposa de Nick abriu a porta e pareceu surpresa e assustada de nos ver ali.
-Quero falar com o Nick. – Rob falou secamente.
-Rob, não acho que.
-Você não tem que achar nada – eu falei – ou falamos com ele agora, ou as coisas ficarão bem feias pro lado dele.
A mulher se deu por vencida e nós entramos.
Nick estava em seu escritório e eu teria rido se não fosse a seriedade da situação.
Ele tinha um olho roxo e lábios rachados.
E também pareceu bem assustado quando nos viu.
-Rob! Espero que esteja mais calmo hoje, que bom que está aqui, assim podemos conversar e esclarecer tudo. - ele se voltou pra mim - e Kristen! Quanto tempo, como vai?
-Muito mal por sua culpa, como pôde participar deste jogo sujo?
-Estou vendo que o Rob te contou...
Rob o cortou.
-Nós viemos aqui para que nos conte tudo.
-Rob, você tem que entender... Isto não diz respeito só a mim, você sabe que eu apenas recebo ordens e...
-Sim, você não passa de um pau mandado nojento, isto eu sei – exclamei – por isto mesmo vai contar tudo o que sabe sobre minha filha.
-Ela não é sua filha mais Kristen.
-Seu...- Eu avancei um passo pra cima dele, mas Rob segurou meu braço.
-Não vale à pena Kristen.
-Eu estou falando uma verdade. Ela foi adotada. Há nove anos. Vocês precisam esquecer esta história e entender que foi melhor assim. Fizemos isto para o bem de vocês.
-Para nosso bem? - falei – Bem da Summit quer dizer! Eu sofri durante nove anos, sabe o que é isto? Sabe o que é perder um filho? Não, claro que não! Gente como você e estes figurões da indústria só pensam em dinheiro! Eu tenho nojo de você Nick. De todos vocês! E eu só não te mato com minhas próprias mãos, porque a morte é pouco pra você. E não vou esquecer. Não posso esquecer. Ela é minha filha sim. Saiu de dentro de mim. E você vai me dizer agora onde ela está!
-Não posso.
Desta vez foi Rob que avançou e o segurou pelo colarinho.
-Escuta aqui, seu cretino, você vai dizer agora o que sabe, se não quer que eu quebre seu braço pra combinar com a sua cara.
-Rob, hei, deixa disto. – Nick tentou sorrir, mas Rob o sacudiu.
-Me poupe de sua ladainha Nick. Você sabe o que podemos fazer com vocês? O que fizeram é crime. Posso jogar você e sua corja atrás das grades. Além de acabar com a carreira de vocês.
-Não faria isto sem acabar com a própria carreira, é isto que quer?
-Não me interessa! - Rob largou Nick que caiu sentado em sua carreira – Apenas comece a falar!
-Rob, por favor, caia na real. Esta menina tem uma outra vida...
Eu respirei fundo.
-Nick, você ainda não entendeu? Nós não vamos desistir. Se você não falar, iremos a alguém que possa.
-Ninguém vai falar.
-Então iremos a polícia.
-Têm muito a perder Kristen...
-Você tem muito mais.
Ele deu por vencido por fim.
-Ok, eu contarei a vocês. Mas não esperem que a Summit aceitem o que queiram remexer nisto depois de tanto tempo...
-Problema deles – exclamei.
-Mas é do Rob. Acabou de assinar um contrato, está lembrado disto?
-Não estamos aqui para falar de contrato nenhum. E pare de desviar o assunto – Rob falou e segurando meu braço ele me fez sentar em uma cadeira em frente a Nick e ocupou a outra cadeira vaga.
-Comece a falar...
-O que querem saber?
-Onde ela está? – Indaguei.
-Nova York.
-Ela tem... outros pais?
-Sim. - Nick respondeu rápido – Por isto deveriam deixar tudo como está e...
-Nick, não adianta nos esconder nada agora. Sabe que iremos descobrir de qualquer maneira não é? - Rob falou - Eu tenho o nome dela completo e do tal advogado.
Nick suspirou contrariado.
-Ok. Ela foi adotada por um casal em Nova York no mesmo dia.
-Eles sabiam...? – indaguei.
-Não sabia que era filha de vocês, mas sabiam que era alguém importante. Por causa do contrato que tiveram que assinar. 
-Porque você a sustenta? E este advogado?
-Eu a sustento desde que eles morreram.
-Morreram? - eu e Rob falamos ao mesmo tempo.
-Sim, morreram num acidente de carro há 6 anos.
-E o que aconteceu com a criança? - Rob indagou.
-Ela tem uma tutora legal. Uma tia. 
-Então ela mora com esta tia?
-Quando não está no colégio...
-Está num colégio interno?
-Sim, está. Colégio que eu pago.
Eu senti meu coração se apertando.
Era tudo horrível.
Ela perdera as pessoas que achava que eram seus pais com apenas 03 anos e agora vivia com uma tal tia que a deixava num colégio interno.
Não era justo.
Eu encarei Rob e percebi que ele pensava da mesma maneira.
-E eu ainda não entendo porque você a sustenta. 
-Esta tia... depois que os pais morreram, descobriu os documentos e tinha meu nome como testemunha. Ela sacou quando me viu, sabia que era coisa importante. Ela descobriu parte da verdade. E nós fizemos um acordo. Eu a ajudaria com a criança.
-E ela mantém a boca fechada. - completei enojada.
Com que tipo de gente minha filha estava?
-Satisfeito? - Nick indagou – Agora sabem de tudo e podemos voltar a vida normal.
Eu encarei Rob.
Como voltar ao normal depois daquilo?
Como continuar vivendo como se nada tivesse acontecido?
Era impossível pra mim.
E eu pude ver em seu olhar que era impossível pra ele também.
E não precisou de palavras para nós sabermos o que exatamente tinha que ser feito agora.
Rob se voltou para Nick.
-Queremos o endereço.
-O que? Não podem querer continuar com isto!
Eu me levantei.
-Nós vamos para Nova York Nick. Caso você queira ou não. Não me interessa sua opinião neste momento.
-Vocês enlouqueceram.
-O endereço – Rob falou friamente – ou você nos passa ou conseguiremos de outra maneira.
Sem escolha, Nick informou o que precisávamos saber.
Era isto.
Eu e Rob iríamos atrás da nossa filha.

Continua...

Coitada da menininha... perder os pais adotivos tão novinha e ainda ter que ficar num colégio interno... Tomara que o Rob e a Kris consigam recuperá-la. Beijos e até amanhã.
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4 comments:

  1. nossa essa fanfic ta muito boa, AMANDO!! ate amanha

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  2. Isso mesmo. Tem que ir atrás do que é de vocês. Não importando se ela tem familia. A familia dela é vocês.
    Tô amando a fic. Muito linda

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  3. O Rob e a Kris tão certos, tem que ir atrás dela... e virarem uma família, como tem que ser!!!
    To gostando muito da fic :D

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  4. OMG OMG OMG Eles tem que pegarem a fofinha devolta!!

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É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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