Oi gente! Hoje o príncipe herdeiro dos Pattinson chega ao mundo, e já chega dando susto nos papais corujas...
Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Love You´till The End
By Janni
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 22
Kristen´s Pov
Alguns seguranças nos ajudaram a sair pelos fundos.
Robert pegou o carro e voou em direção a maternidade.
Pegou o celular e discou um número. Falou com minha obstetra que estava a caminho.
Meu Deus isso não pode estar acontecendo.
Meu Deus isso não pode estar acontecendo.
Eu toquei a barriga e a dor voltava de tempos em tempos.
Falta um mês ainda.
Não bebê, você ainda não está pronto, precisa ficar mais um pouco, pode ser perigoso vir agora.
Olhei para o lado e Robert parecia nervoso, respirei fundo quando senti a dor voltando.
Chegamos à maternidade e me colocaram em uma cadeira de rodas.
– Como está se sentindo Kristen? – a obstetra chegou e vestiu suas mãos com luvas, eu estava com uma bata do hospital, deitada no leito.
– Péssima. Está doendo.
– Vamos ver o que esse garotão está aprontando. Você vai sentir um toque, ok?
– Tá. – fiz um careta e segurei a mão de Robert quando senti seus dedos. – Está com três centímetros. Acho que esse garotão virá alguns dias antes. – Ela tirou as luvas e puxou uma mesa com o aparelho de ultra-sonografia. – Deixa eu ver como ele está. – Ela passou o gel sobre minha barriga e passou o aparelho sobre a região. Ela franziu a sobrancelha e olhou curiosa para a tela.
– Ok! Temos um probleminha aqui. – ela tirou o aparelho da minha barriga e a limpou. Robert levou uma espécie de choque quando ouviu isso.
– O que houve? Tem algo errado com meu filho? O que ele tem? Vai ficar tudo bem? – ele falou de uma só vez.
– Calma – a obstetra falou sorrindo meigamente – O feto está sentado.
– Sentado? Isso não é bom... – ele passou a mão pelos cabelos.
– Vamos esperar um pouco, se o feto não ficar em posição adequada, vamos ter que fazer uma cesariana.
– Não, não. Eu não quero cesariana. – segurei forte a mão dele. E acho que ele voltou a Terra quando viu meu desespero, o olhar alucinado que estava estampado no rosto desapareceu.
– Kristen, cesariana é segura. – a médica tentou me tranqüilizar.
– Não, não... eu tenho medo. Não gosto, anestesia, agulha, nada disso. Não gosto de não sentir alguma parte do meu corpo. Eu... – comecei a gaguejar – eu entro em pânico.
– Calma. – ele falou me tranqüilizando e beijou minha testa.
– Vamos esperar, se ele não virar, você vai ter que encarar esse medo pelo seu filho.
– Rob. – olhei pra ele, com cara de choro.
– Vai ficar tudo bem, calma. – A dor incômoda voltou mais forte e eu me contorci.
– Com cinco centímetros você vai poder tomar uma peridural, isso vai fazer essas dores passarem, ok?
– Hum hum. – balancei a cabeça concordando.
– Fique deitada de lado. Robert, para diminuir a dor, massageie no final da coluna dela, ok? Volto daqui a pouco para ver como anda tudo.
Robert´s Pov
Eu entrei em pânico, aquilo tudo era novo pra mim.
Sim, eu sei, já tenho uma filha. Mas eu não participei de nada disso. Apenas ligaram para mim na hora em que ela estava nascendo, cheguei à maternidade e já fui direto ver a cesariana.
Fui o primeiro a pegá-la, depois dos médicos, claro. Cortei o cordão. E ela não chorou no meu colo, ficou quietinha entre meus braços me olhando com aqueles olhos azuis encantadores.
Mas agora era diferente, eu acompanhei o desenvolvimento do meu filho durante esses meses. Senti seus chutes, vi a barriga crescendo. Tive que montar o berço. Ajudei a escolher as roupinhas.
Fiquei sentado ao lado da cama, perto dela, ela deitada de lado, abracei seu corpo e fiquei esfregando o final de sua coluna, tentando aliviar as dores.
– Como ela está? – Victória chegou com Jules, John e Cameron.
– Oi Vick. Está bem, dormindo. Oi Jules, John.
– Está tudo bem com ela meu filho? – John me cumprimentou.
– Com ela sim, mas o bebê tá sentado. Estamos esperando pra ver se ele fica na posição normal, caso o contrário terá que ser feito uma cesariana.
– Putz, o bebê já é preguiçoso igual ao pai. – Cameron falou na bagunça.
– Ela está dormindo. Onde está Melissa?
– Ficou em casa com Taylor e Dona... – Jules respondeu. – ela está bem.
– Sabe que o irmãozinho vai nascer?
– Sabe... – ela sorriu pra mim – saímos e ela ainda estava acordada, jogando vídeo game com os tios. Ficou toda feliz. Amanhã ela vem ver o Thomas.
– Mãe? – a voz rouca de Kristen soou pelo quarto, ela estava sonolenta e Jules apressou-se a ir até a filha.
– Shhiii, mamãe está aqui. – ela acariciou os cabelos de Kristen e beijou sua testa.
Demorou um pouco até Kristen chegar aos 5 centímetros.
Logo aplicaram a peridural. Suas contrações pararam de incomodá-la. Ela voltou a dormir, por mais um tempo. E a médica vinha lhe visitar de tempos em tempos.
– E então baixinha? – Cameron filmava Kristen, que já estava com o ódio do irmão estampado na cara. – Pronta para noites sem dormir?
– E então baixinha? – Cameron filmava Kristen, que já estava com o ódio do irmão estampado na cara. – Pronta para noites sem dormir?
– Cameron se você não tirar isso da minha cara, juro que te mato.
– Tá vendo Thomas, essa é a sua mãe. Uma felina selvagem, pronta para atacar. Dilacerar sua presa com seus dentes afiados.
– Mãe olha o Cameron... – eu ri pelo nariz.
– Fica quieto cara. – dei dois tapinhas em suas costas.
– E esse é seu pai, um inglês babão que faz tudo que a sua mãe e sua irmã mandam. Relaxa, titio vai te ensinar a não ser um pau mandado que nem ele. – falou com câmera virada para mim.
– Eu juro que quando sair daqui eu te esgano Cameron.
A médica entrou novamente para verificar como as coisas andavam.
– Boa notícia Kristen, esse anjinho só nos deu um susto. Ele virou e está na posição certa. Vamos ver quantos centímetros nos resta a esperar... Ok! – ela falou tirando as luvas – Preciso da minha equipe aqui – falou para uma enfermeira que a acompanhava. – Desculpe senhores, mas preciso do pai e de mais uma pessoa apenas. Está na hora Kris.
O QUEEE?! Já, assim? Agora? Quer esperar mais um pouquinho não? Calma Robert, não deixa o pânico voltar.
– Eu fico. – Jules falou.
– Eu fico lá fora, sem dúvidas. Não agüento isso. – Vick falou entrando em pânico e saiu junto com John.
– Eu posso ficar também? Queria filmar... – Cameron falou. – só pra ele ter certeza no futuro que não foi adotado. Sabe como é né? Família meio louca, de vez em quando bate a dúvida.
– Você é o que do bebê?
– Tio. – ele riu orgulhoso.
– Ok! Pode ficar.
Kristen´s Pov
Em questão de segundos meu quarto foi invadido por alguns enfermeiros.
A obstetra colocou uma máscara, óculos, luvas e uma bata azul.
Duas enfermeiras apoiaram minhas pernas sobre umas estacas de metal, eu me senti ridícula naquela posição.
Robert ficou ao meu lado direito, segurando minha mão e uma de suas mãos apoiadas sobre meu joelho, minha mãe estava da mesma forma, mas do outro lado, sua mão acariciava meus cabelos. Cameron ficou alguns passos atrás de Robert, não acredito que ele vai filmar isso.
Colocaram alguma coisa no meu soro, a médica explicou, mas não entendi nada. Só sei que as contrações voltaram, já não as sentia com tanta dor, mas elas estavam voltando a serem perceptíveis.
– Vamos lá Kristen. No três você faz força ok?
– Rob. – falei assustada, ele também estava, mas respirou fundo e tentou sorrir.
– Calma... – falou com os lábios grudados em minha testa – eu tô aqui, seus pais também, nosso meninão está vindo ok?
– Mas ainda não está na hora... – falei chorando – falta um mês.
– Ele é quem sabe a hora, amor. Ele quer vir agora. Vamos. Eu tô aqui com você.
– Pronta? No três ok? – a médica falou – Um... dois... três. – segurei o ar e empurrei. – Ok! Respira, relaxa. Quando vier a próxima contração ok? – respirei fundo e senti a pontada novamente.
– Agora. – falei e empurrei.
– Isso Kristen, está indo bem... vamos novamente, ok?
Outra contração veio e eu fiz força.
Robert apertava minha mão e minha mãe alisava meus cabelos.
Olhei repentinamente para o lado e vi Cameron um pouco atrás, olhava fixamente para a tela da filmadora, amarelo, nosso ele ia desmaiar a qualquer momento.
Empurrei mais algumas vezes, mas ele não vinha.
Meu corpo estava exausto, não tinha forças para mais nada.
– Vamos Kris, uma vez mais amor.
– Não dá, não consigo.
– Kristen, vamos... – a médica falou.
– Respire fundo querida, eu sei que é difícil, mas você tem que conseguir forças, pelo seu filho. – minha mãe falou.
Pelo meu filho? Eu estava fazendo tudo pelo meu filho.
Estava me sentindo péssima em não conseguir fazer com que ele nascesse. Ninguém via isso.
Uma contração mais forte veio e eu fiz força, coloquei toda a força que eu tinha no corpo. Mas nada.
– Não dá. – falei desesperada, as lágrimas correndo pelo meu rosto, um aparelho ao meu lado começou apitar.
– Vamos fazer uma cesariana. – a médica olhou aflita para o aparelho – O bebê tá perdendo oxigênio, temos que tirá-lo rápido. Mandem preparar a sala.
Eu era uma incompetente, uma completa incompetente. Eu não conseguia trazer meu próprio filho ao mundo.
Meu choro ficou mais pesado e senti os lábios de Robert sobre minha testa.
– Você tem que ficar calma, por favor. Vai ficar tudo bem.
– Estou com medo.
– Vai ficar tudo bem. Lembra? Ele é forte. E você também tem que ser forte ok? – ele beijou meus lábios e os enfermeiros puxaram a cama que saiu voando pelos corredores do hospital.
Cheguei em uma sala fria, todos devidamente vestidos, com luvas e tudo mais. Minha mãe também estava assim, reconheci os óculos e sorri.
Vi Cameron no canto da sala filmando e o Robert... cadê o Robert?
– Cadê o Robert mãe?
– Terminando de se vestir filha, fique calma ok?
Pov off
Robert entrou na sala, e se sentou em um baquinho ao lado de Kristen.
Os médicos começaram todo o procedimento.
– Bisturi. - a médica pediu o objeto e passou pela barriga de Kristen.
– Ai meu Pai. – Cameron respirou fundo, já se sentindo tonto com tudo aquilo.
A médica abria camada por camada, até chegar ao feto.
Puxou o bebê pela cabeça e tirou o cordão que estava envolvido em seu pescoço.
– Vamos lá garotão. – ela falou e puxou a criança. – É um menino. – falou sorrindo.
– Meu Thomas – Kristen sorriu e sentiu as lágrimas inundarem seus olhos novamente. – Rob, nosso bebê.
– Nosso meninão amor.
– Levem, levem ele. – a médica pareceu aflita.
– O que houve? – Robert pareceu preocupado.
Os enfermeiros levaram a criança, ela estava com uma cor diferente, não puxava ar.
Colocaram oxigênios sobre sua boca, mas ele parecia não reagir.
– Vamos bebê... ajuda...
Um dos enfermeiros falava, viraram a criança de costas e deram leves tapinhas, voltaram a dar-lhe oxigênio.
– Robert? Meu filho? O que houve com ele? – o medo lhe consumia.
Robert olhava por cima de uma espécie de cortina posta sobre o corpo de Kristen, vendo o movimento das pessoas da equipe, sobre a criança.
– Estão cuidando dele. – falou para acalmá-la, ou melhor, acalmar a si mesmo.
– Por que ele não está chorando? Eu quero ver meu filho. – ela ficou agitada.
– Vamos campeão, respira... – um homem negro, com mãos grandes massageava o peito do bebê. – vamos... o ar invadiu o pequeno pulmão, fazendo a criança chorar, a lingüinha batendo no céu da boca sem dentes e rosada. O rostinho ficou corado rapidamente, os olhinhos ainda inchados, não se abriram.
– Graças a Deus – o enfermeiro respirou aliviado, Jules também, estava aflita com o que estava acontecendo. – Pai... – o enfermeiro chamou – quer cortar o cordão?
– Claro, claro – ele se aproximou e pegou o objeto que lhe deram, cortou no local indicado, sorriu vendo o rostinho alvo do filho.
– Como ele está? – Kristen perguntou assim que Robert voltou para perto dela.
– Ótimo... estão tirando as medidas.
– Aqui está o bebê. – uma enfermeira falou se aproximando, com um embrulho nos braços, enquanto a médica terminava de dar os pontos.
– Oh meu Deus! – Kristen sorriu quando sentiu o peso da criança sobre seu peito. – Ele é tão pequenininho amor... – ela falou chorando, olhando para Robert.
– Mãe. – Cameron chamou, quase sem ar.
– Ele é lindo. – Robert beijou a testa de Kristen.
– Perfeito. Ele é perfeito.
– O que está fazendo? – ele perguntou quando Kristen aproximou seus dedos dos olhos da criança.
– Quero ver se ele tem os olhos azuis brilhantes iguais aos do pai.
Kristen´s Pov
Aquela foi a primeira vez, a primeira vez que eu senti meu coração bater fora do meu corpo.
Fiquei encantada com seus olhinhos, eram iguais aos de Robert, e de Melissa também, duas pedrinhas azuis brilhantes, que me encantaram.
Meu Thomas.
Aproximei meu nariz de sua boca e senti o cheiro de sua respiração, uma respiração pura, de quem nunca comeu nada.
Robert beijou meus lábios, estava bobo, sorrindo apaixonado.
Mas quem não se apaixonaria?
Meu príncipe era lindo, gordinho, branquinho, as bochechas rosadas, olhos azuis brilhantes e carequinha.
– Eu te amo. – sussurrei e ele mexeu a boquinha.
Robert´s Pov
Eu não sei explicar o que é ser pai.
É melhor do que acordar em uma manhã de Natal, e ter o melhor dos presentes lhe esperando na sala, é melhor que se entupir de chocolate em uma tarde de Páscoa. É melhor que se sentir feliz, livre, farreando com os amigos. É melhor que qualquer coisa.
Chegar em casa e ser recebido por aquele sorriso banguelo, é a melhor coisa do mundo.
Esses serzinhos carecas e que não andam, conseguem te dominar, e fazer com que você os ame mais que tudo nessa vida, mais do que ama a si mesmo.
E eu teria isso pela segunda vez.
Nossa, eles eram minha vida.
Eu roubaria por eles, eu mataria por eles, faria qualquer coisa insana por eles.
Eles eram minhas vidas, Melissa, Thomas e claro, Kristen.
Pov Off
Um barulho invadiu a sala.
– O que foi isso? – Kristen ficou assustada.
– o pai desmaiou? – a médica perguntou
– Não, eu tô aqui. – Robert respondeu.
– Foi o tio quem desmaiou. – Jules falou ao lado do filho, todos seguraram o riso e os enfermeiros foram para perto de Cameron, tiraram-no da sala.
– Promete que vai bagunçar com ele?
– Com toda certeza. – Robert sorriu e beijou Kristen.
Kristen´s Pov
A enfermeira veio e tirou Thomas dos meus braços, falando que o levaria para o berçário.
Fui levada de volta ao meu quarto.
Sentia meu corpo exausto, e dolorido.
Acabei dormindo, não sei por quantas horas.
Acordei com beijinhos no rosto, uma risadinha gostosa e um cheirinho de morango que eu conhecia muito bem.
– Mamãe, acorda? – ela falava entre risinhos gostosos.
– Oi meu anjo. – minha voz saiu sonolenta, olhei em volta e Robert estava de cabelos molhados e uma roupa diferente, minha mãe estava no quarto também, e Victória.
– Eu vi meu irmãozinho... – falou sorrindo – ele é pequenininho, mamãe.
– É amor, ele ainda é pequeno.
– Eu posso segurar ele?
– Por enquanto não, ele ainda é muito pequeno e precisa ter muito cuidado pra segurá-lo.
– Mamãe, vem cá. – ela fez sinal com a mão e eu aproximei meu rosto do dela – O papai não vai mais me fazer ver jogo né? O Thomas que vai ver com ele, né?
– É amor. – eu ri com sua preocupação.
– Com licença.
Uma senhora abriu a porta e puxou para dentro do quarto, um berçinho de vidro, sobre pernas de metal, com rodas nos pés, um colchão fino dentro do berço e meu príncipe deitado, enrolado em uma manta azul, de gorrinho branco.
– Trouxe esse príncipe para mamar.
– Ai que nervoso. – sorri ao vê-la se aproximar com a criança.
– Junte os braços. – ela ordenou e colocou a criança ali.
– Calma filha, - minha mãe sorriu por eu estar torta com a criança no braço - deixa eu te ajudar. Fique calma ele não quebra com facilidade.
Colocaram Thomas sobre o meu braço, desabotoei a bata, alguns botões. Deixei o tecido cair sobre meu ombro direito, deixando meu seio a mostra. Aproximei-o da minha pele e logo ele assumiu sua posição.
Aquilo era estranho, sua boca pequenina se movia delicadamente, mas eu sentia um pouco de desconforto.
Melissa se aproximou, mas Robert a tirou da cama.
– Fique sentadinha na poltrona.
– Mas papai, eu quero ficar perto da mamãe.
– O bebê ta no colo da mamãe, não pode ficar um monte de gente ao redor dele, senão ele se assusta.
– Mamãe... – ela choramingou em minha direção.
Eu estava em estado de choque hipnotizada, não respondi, mas vi que ela sentou na poltrona, com os braços cruzados, fazendo bico.
– Está incomodando? – ele beijou minha testa.
– Não, só um leve incomodo, mas nada demais. – falei rindo para o bebê que tinha a mãozinha sobre meu seio.
– É importante você trocar de peito... – a enfermeira falou – equilibre a amamentação um pouco em cada seio.
– Ok! – fui puxar o bebê, para ele largar meu seio.
– Não, não... – a enfermeira falou – pegue seu dedo mínimo e coloque dentro da boca do bebê, pela lateral, aí ele larga.
Fiz o que a moça mandou, o bebê largou o mamilo e o apoiei sobre o outro seio.
Robert´s Pov
Eu estava me deleitando com aquela cena.
Kristen era maravilhosa como mãe, isso eu já sabia, via seu relacionamento com Melissa, paciente e amorosa, sem deixar de lidar com a disciplina.
Mas vê-la com Thomas nos braços era uma imagem nova.
Sorri bobo ao vê-la ali, amamentando meu filho, ela me olhou e suas bochechas coraram, voltou a acariciar a cabecinha do bebê, sorrindo.
Meu telefone tocou, coloquei a mão no bolso e saí do quarto.
– Oi Lizzy.
– Hey papai do ano, só agora fiquei sabendo do meu sobrinho.
– Onde você estava?
– Fazendo show em Brighton. E acabei esquecendo o meu celular desligado. E então, como ele está?
– Perfeito, só nos deu um susto, mas está bem, é grande. Três quilos e oitocentas gramas.
– Nossa, a Kristen deu à luz a um elefante. – ela riu. – Não se esqueça de nos mandar as fotos, estou louca pra ver meu sobrinho. Não acredito que a pentelha da Victória já o conhece. – ela riu.
– Ciumenta.
– Sou mesmo... – ela falou sem humor.
– Aconteceu alguma coisa?
– Bom... aconteceu.
– O que? Você está me assustando Elizabeth.
– Não me chame de Elizabeth, por favor. Você sabe que não gosto. E... eu não sei se essa é uma notícia que se dê agora.
– Ande, fale logo...
– A Melissa está bem?
– Está, está sim, mas não mude de assunto, o que houve? Ande, fale. – ela respirou fundo.
– A Sophie faleceu.
Eu já tive muita raiva da Sophie, não vou negar. Mas saber que ela havia falecido, me deu um mal estar, não era uma espécie de compaixão, era pena, pena mesmo, senti pena dela. Desejo que onde ela estiver, que descanse em paz. Desliguei o telefone e voltei para o quarto, ainda com a cara de surpresa estampada.
Kristen estava com o bebê no ombro, dando uns tapinhas em suas costas.
Ela percebeu algo errado, mudei minha expressão e sorri, mas ela sabia que algo havia acontecido.
Thomas ficou um pouco mais no quarto, a enfermeira saiu e falou que depois voltava, Jules iria embora, levando Melissa e Victória.
– Não, eu não quero ir. Quero ficar com minha mãe. – Melissa falava manhosa.
– Mel, a mamãe e Thomas vão descansar agora, amor. – Kristen explicava cautelosamente.
– Queria ficar com você mamãe.
– A mamãe volta pra casa amanhã, aí você vai poder ficar o tempo que quiser com a mamãe, tá bom?
– Promete, mamãe?
– Prometo... – Kristen sorriu e beijou o rosto de Melissa- se comporte ok?
– Tá. Tchau papai. – enchi seu rostinho de beijos, despedindo-me de Melissa.
– Te amo, tá?
– Também te amo, montão, papai.
– Vamos Mel. – Jules chamou.
Ficamos a sós.
Fui até o berço onde estava Thomas, passei o dedo em suas bochechas rosadas.
Peguei-o no colo, sob os olhares atentos de Kristen.
– Senta aqui. – ela se afastou um pouco na cama e bateu no colchão, sentei ao seu lado, com Thomas nos braços. – Quem te ligou? – ela me olhava desconfiada.
– A Lizzy. – falei sem tirar os olhos do meu filho.
– Aconteceu alguma coisa?
– Não. – respondi de imediato, sem ser muito convincente.
– Não minta. O que houve? – ela tocou meu queixo, virando meu rosto para olhar o seu.
– Você não vai querer saber, pode ter certeza. – desviei meu rosto.
– Olha... – ela colocou a mão sobre a manta do bebê, sua aliança reluzia. – eu jurei que iria estar ao seu lado na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença. – olhei para seus olhos verdes, que brilhavam. – Eu não estou aqui só para os momentos felizes Robert. Somos cúmplices, não somos?
– Com toda certeza. – beijei seus lábios. – Eu te amo.
– Então me conte, o que houve? – eu respirei fundo, olhei para Thomas e para Kristen novamente.
– A Sophie faleceu. – seus olhos verdes por pouco não saltaram de seu rosto.
– Ela... ela morreu? – perguntou nervosa, confirmei com a cabeça – Deus. – colocou as mãos sobre a boca e me olhou. – Isso te incomodou?
– Incomodou. – ela baixou a cabeça e mordeu os lábios – Hey... – levantei seu rosto, segurando seu queixo – essa notícia me incomodou sim, mas não do jeito que você está pensando. – beijei seus lábios, com delicadeza – Ela fez tanta... tanta merda na vida, que o fato de saber que ela morreu tão nova, me incomoda. Me dá pena sabe?
– Hum hum... – ela confirmou com a cabeça – sei.
– Vem cá. – passei meus braços sobre seu ombro e ela encostou a cabeça em meu peito, enquanto Thomas dormia em meu braço. – Você é minha vida. – beijei sua cabeça e falei contra seus cabelos.
Kristen´s Pov
No dia seguinte, nos arrumamos e eu estava andando em direção a porta de vidro, com meu filho nos braços, enrolado em uma manta amarela clara, de macacãozinho e gorro azul marinho, Melissa no colo do pai, quando avistei dezenas, centenas, milhares de urubus, abutres com câmeras na direção da porta de vidro.
Eu queria sair correndo dali, mas não consegui, os pontos ainda incomodavam.
– Que porcaria, o que eles estão fazendo aqui?
– Nosso filho foi a manchete de todos os jornais ontem.
– Ai, fala sério. Não quero que eles fotografem o Thomas, Robert.
– Ajeite a manta.
Arrumei a manta sobre seu corpinho, não iriam conseguir fotografar o rosto do meu filho, o máximo que dava pra ver era seu gorrinho azul marinho.
Passamos pelos abutres, vários flashes foram lançados contra nossos rostos. Melissa também se incomodou e escondeu o rostinho no ombro do pai.
Fui o mais rápido possível para o carro.
Os vidros fumês me ajudaram, entrei no veículo e eles não conseguiam mais me ver.
Coloquei meu príncipe no bebê conforto, Melissa sentou ao meu lado, na cadeirinha, nós três no banco de trás.
– Por favor, estou com duas crianças dentro do carro, não batam no vidro, vão assustá-las. – ouvi Robert falar antes de sentar no banco do motorista. – Pronto. – ele olhou para trás sorrindo.
– Para casa motorista. – brinquei e ele riu olhando-me pelo retrovisor, mandei um beijo e ele mandou outro. Ligou o carro e saímos dali.
Continua...
Ah que lindo! Apesar do susto saiu tudo bem. E que coisa mais fofa é essa família. Que pena que a notícia do falecimento da Sophie trouxe um pouco de tristeza, mas a alegria com a chegada do Thomas superou tudo. Agora com ele em casa eles poderão começar uma nova etapa da vida. Amanhã tem mais. Beijos.
adorei
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