FANFIC - BANDOLEIROS - CAPÍTULO 17

Bom dia galera! Hoje os bandoleiros descobrem o plano do Barão para matar o Conde. Será que eles vão tentar impedir?

Título: Bandoleiros
Autora(o): Juliana Dantas

Contatos: @JuRobsten;

Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama, aventura, lemon, universo alternativo
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos:  Sexo

Bandoleiros

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 17

Após ver Alice se afastar, num impulso, Jasper resolveu segui-la. Apenas para certificar-se que não se meteria em mais confusões. Quando viu que ela realmente tomou o rumo de sua casa, ele voltou o caminho da casa de Kate novamente. Não deveria ter seguido Alice. Mas tinha o mau hábito de querer protegê-la dela mesma e de seu comportamento impulsivo. 

Porém, precisava falar com Kate. Vê-la antes de partir. 

Então o que viu afixado em um muro o deixou estupefato. 

Havia um cartaz dizendo que o Barão de Wessex queria a cabeça dos bandoleiros vivos ou mortos. 

Jasper se preocupou. Precisava avisar os amigos o quanto antes. Contrariado, ele deu meia volta e foi em direção a casa da francesa. 

Ainda precisava falar com Kate. Mas agora isto teria que esperar. Ele passou por um rapaz loiro que tocava no meio da rua, cantando a beleza de uma dama loira.

Ele sorriu consigo mesmo e jogou uma moeda. 

–Boa sorte, rapaz.

O moço sorriu para ele e agradeceu a moeda e então olhou para sua mão.

–Os guardas não vão gostar de ver que arrancou este cartaz. 

–Não pretendo que eles saibam. 

O cantor deu de ombros.

–Eu não vou contar. 

Jasper jogou mais uma moeda.

–Como se chama? 

–Charlie, sir.

–Bela música, Charlie. E boa sorte como a dama de cabelos loiros.

***

Riley desceu as escadas e olhou para Bella.

–Cadê os outros? 

–Mike e Jasper saíram, não se lembra? E Jacob está lá fora, arrumando os cavalos.

–Mas que diabos! Só espero que não tenham se metido em confusão. 

–Eles sabem se cuidar - Bella os defendeu.

–Eu não gosto nada disto, temos que partir logo. 

–Eu sei. Mas eles já devem estar voltando.

Ouviram um barulho vindo da porta e Jacob entrou sorrindo.

–Mike está chegando.

–Pelo menos um apareceu.

–E vocês não imaginam com quem... 

Riley e Bella se entreolharam preocupados e no momento seguinte Mike entrava na casa, acompanhado de Jessica.

–O que significa isto Mike?

–Olá, Riley. Esta é a Jessica. 

–De onde saiu esta? - Bella perguntou.

–É a moça que eu beijei ontem no clube. - Mike reconheceu.

–E o que ela está fazendo aqui? 

A moça sorriu para Riley.

–Tem alguém que pediu para ver você.

Riley franziu o cenho.

–Quem? 

Passos femininos adentraram na sala e o queixo da Riley caiu ao ver Rosalie.

–O que significa isto? - perguntou com mal contida fúria.

Jacob assoviou.

–Isto aqui está ficando interessante... 

–Mike, você enlouqueceu? Por que trouxe estas duas aqui? - Bella indagou.

–Eu não queria trazer, mas elas insistiram. – ele apontou para Rosalie - Ela disse que queria conversar com o Riley.

–Eu não tenho nada para conversar com esta moça. - Riley falou duramente.

Rosalie sorriu.

–Eu acho que o que tenho a dizer vai lhe interessar. E muito. Estou vindo da casa do Barão de Wessex. 

Riley pensou por um instante no que deveria fazer. 

–Talvez devêssemos ouvi-la. - Jacob falou.

 –Podemos falar em particular? - Rosalie perguntou.

Riley aquiesceu e Rosalie o acompanhou até outra sala.

O bandoleiro cruzou os braços e a fitou.

–Pois bem, o que tem de tão importante a dizer milady? 

–Muitas coisas. - ela falou sedutoramente e colou o corpo ao dele – Mas antes, vamos acertar outra pendência que há entre nós. - ela sussurrou e o beijou. 

***

Alice passou pé ante pé pelo vestíbulo porém não teve sorte. Carlisle a interceptou.

–Onde estava? 

–Fui dar uma volta.

–Sozinha? 

–Sim, por quê? Pensei que ninguém nesta casa ligasse por onde eu ando ou o que eu faço...

–Você está passando dos limites, Alice. Emmet acabou de sair daqui dizendo que não vai mais se casar com você.

Alice abriu um sorriso.

–Jura? - mas ao ver a carranca do pai ela disfarçou - Quer dizer, que pena... 

–Não pense que eu não percebi o que você fez. Está se achando muito esperta, mas chegará o dia em que não terá mais como fugir de seus compromissos.

–Eu disse que não queria me casar com ele! 

–Você não tem querer. Deixei-a solta demais e veja no que deu? 

–Não pode me obrigar a fazer o que eu não quero!

–Isto veremos! - o Conde falou duramente e Alice bateu o pé, raivosa e correu para seu quarto, batendo a porta e se jogando na cama. 

–Que inferno! - gritou para as paredes.

***

Riley interrompeu o beijo de Rosalie depois de alguns minutos.

–O que pretende aqui milady? - perguntou com uma nota de confusão.

–Não posso querer apenas você? 

–Talvez seja difícil, pra mim, acreditar nisto.

Ela o fitou mais séria.

–O Barão tem planos de pegá-los. - disse por fim.

–Nós iremos sair hoje da cidade. Estamos apenas esperando Jasper voltar. 

Rosalie mordeu os lábios, confusa sobre o que fazer. 

Poderia ir agora ao Barão e contar onde os bandoleiros se escondiam e voltar as graças do nobre. E como ficava com Riley? Ela o queria, já tinha admitido para si mesma. 

Mas valeria a pena? 

Tinha que pensar direito antes de se decidir. 

–Bem, eu preciso ir. Meu irmão pode dar por minha falta. - ela ia se afastar, mas Riley segurou seu braço.

–Nós partiremos hoje à tarde. Para muito longe.

Ela sabia do que ele estava falando e com um sorriso, aproximou-se e beijou seus lábios mais uma vez.

–Nos veremos de novo antes disto. 

***

Rosalie foi embora e quando Riley voltou para a sala surpreendeu-se ao ver os comparsas reunidos em volta de Jasper.

–Finalmente voltou.

Jasper nada falou, apenas entregou a ele o cartaz.

Riley praguejou ao ver. Tinham se arriscado demais ficando na cidade. Agora estavam com o pescoço a prêmio.

–Temos que ir embora o mais breve possível. - disse por fim.

–O que esta moça estava fazendo aqui? - Jasper perguntou a ele.

–Veio me alertar sobre os planos do Barão.

–Não confie nela, Riley. - Jasper advertiu e Riley ficou pensativo.

Jessica aproximou-se. 

–Ela contou sobre os planos do Barão de matar o Conde de Cuntebury? 

–O que? - Riley e os companheiros se entreolharam.

Jessica deu de ombros. Talvez tivesse falado demais. 

–Bem, ela me contou que ouviu hoje o Barão combinando com um empregado a morte do Conde.

–E quem é este tal Conde? - Jacob perguntou sem entender o que é que eles tinham a ver com isto.

–Ele é o pai do Duque de Buckingham. - Jessica respondeu e Bella ficou alerta.

–O Barão vai matar o pai do Duque? 

–Foi o que Rosalie me contou.

Riley percebeu o interesse de Bella e a encarou com um olhar de advertência, mas ela ignorou.

–Por que ele faria isto? 

–Eu não sei, mas o Barão é um homem ardiloso e tem muitos inimigos. Acho que o Conde está atrapalhando seus planos no Parlamento.

–Ele disse como irá matá-lo? - Bella continuou.

–Envenenado. Hoje. No Parlamento.

Bella ficou pensativa. Não sabia por que estava preocupada. Nem conhecia o tal Conde. 
Mas ele era o pai de Edward. 

Não, não podia voltar ao pensar no Duque. 

–Não temos nada a ver com isto. – Riley disse por fim.

Mas Bella tinha o pensamento longe.

–Vamos deixar um homem ser assassinado? - Mike perguntou.

–Nós nem sabemos se o que ela diz é verdade! - Jacob ironizou - Pode ser um plano para pegar a gente. Não esqueça que ela é amante do Barão! 

–Eu não sou mais amante do Barão! - Jessica negou.

–Bem, amante do Barão ou não, a sua presença aqui só está nos atrapalhando. - Riley reclamou, não se importando com o olhar de Mike – Porém, vamos mantê-la aqui por precaução até partimos, ao anoitecer. 

–Pensei que iríamos agora. - Jasper comentou.

–Agora é perigoso. Vamos esperar anoitecer e então partimos. 

***

Mike acariciou os cabelos de Jessica. Estavam deitados numa cama em um dos quartos da casa da francesa. 

–Venha comigo. – pediu.

Ela o fitou.

–Eu não posso. 

–O Barão não a quer mais. 

–Não é só isto. Eu tenho uma vida aqui.

–Poderá ter uma vida comigo.

Ela acariciou seu rosto.

–Não é assim tão simples. O que eu faria atrás de vocês? Seria uma bandoleira como a Bella? 

–E porque não? 

–Não é vida pra mim. 

Ele fechou a cara.

–Está falando isto porque não sou um nobre rico? 

–Não! Mas há de convir que a vida que leva... 

–Eu vou enriquecer. Vamos fazer muitos assaltos e eu estou juntando um dinheiro...

Ela o calou com um beijo.

–Chega de falar. Devemos aproveitar o tempo que nos resta. Amanhã é outro dia. 
Mike a beijou e nada mais foi dito. 

***

A tarde findava. Riley estranhou o silêncio da casa e um pressentimento ruim o tomou.

Avistou Jacob cuidando dos cavalos.

–Onde estão todos? 

–Mike está dando um trato na cortesã bonitinha. - Jacob falou maliciosamente.  - Jasper saiu de novo...

–Como assim saiu? - Riley perguntou contrariado. Estava cansado deste vai e vem do escocês - E a Bella? 

Jacob deu de ombros.

–Não faço idéia. Não está com você? 

Riley praguejou e saiu a procura de Bella pela casa com Jacob em seus calcanhares.

–O que está acontecendo? – Jacob perguntou confuso.

–Temo que a Bella esteja se metendo em confusão.

–O que está querendo dizer? 

Riley não respondeu, então avistou Charlotte.

–Você viu a Bella? 

A mulher sorriu enigmática.

–Eu a vi sim.

–Onde ela está? 

–Ela me disse que ia até o Parlamento.

Riley soltou um palavrão.

–O que a Bella iria fazer no Parlamento? - Jacob perguntou sem entender.

–Ela deve ter ido impedir que o Conde de Cuntebury seja assassinado! 

***

Bella caminhou pelos corredores sombrios do Parlamento rezando para que seu plano desse certo. 

O tempo todo se perguntava o que estava fazendo ali.

Apenas impedindo um assassinato dizia para ela mesma. 

Não tinha nada a ver a suposta vítima ser o pai de Edward. 

Claro que não! 

Poderia ser qualquer um. Ela faria a mesma coisa. 

Vestida de criada, ela escondeu-se na sombra, quando dois homens passaram por ela. 

Onde será que era a sala do Conde? 

Viu um homem passar e aproximou-se.

–Senhor, preciso encontrar o Conde de Cuntebury, sabe onde é sua sala? 

O homem a mediu de cima a baixo com interesse e Bella sorriu, sedutora.

–Eu sou nova aqui... 

–A segunda sala à direita. Depois de falar com o Conde, pode passar na minha sala? Tenho uma incumbência para a senhorita. - o homem falou lascivo e Bella disfarçou a cara de asco com um risinho.

–Como queira, senhor!

Ela se afastou em direção a sala do Conde, rezando para que não fosse tarde demais. 
Quando chegou à porta, hesitou. Olhando para os dois lados do corredor, colou o ouvido a porta e gelou ao ouvir a voz de Edward! 

–Pai, a Alice não é mais criança.

–Mas se comporta como tal! Eu a esperei chegar, tinha saído sozinha para Deus sabe onde! 

–Quer dizer que Emmet rompeu o compromisso? 

–Sim. Agora não sei mais o que fazer. 

–Talvez devêssemos dar um tempo a ela.

–Não. Alice já teve tempo demais. Preciso encontrar outro pretendente.

–E como vamos conseguir obrigá-la a se casar? 

–Ela terá que me obedecer. 

–Eu preciso ir... 

Bella correu e se escondeu a tempo. Edward abriu a porta e saiu para o corredor em direção onde ela estava. Bella sentiu o coração falhar uma batida e adentrou mais nas sombras. Se ele a visse ali, estava perdida. Mas o Duque passou por ela rumo à saída e não a viu. Bella respirou aliviada. 

Andou de novo em direção a sala do Conde e bateu, abrindo a porta.

–Me desculpe, milorde, mas preciso limpar esta sala.

Ele a mirou confuso.

–Nunca a vi aqui.

Bella ficou vermelha.

–Eu sou nova. 

–Qual o seu nome, senhorita? 

–Bella. 
–Tudo bem, Bella. Entre. 

Ela entrou e deu um grito de susto ao ouvir um latido.

O Conde riu.

–Me desculpe, este é o cachorro do Visconde de Lambert. - disse apontando para um cão branco ao lado da mesa – O Visconde o leva para todos os lugares. E às vezes ele aparece aqui. 

Bella sorriu sem graça. 

Quando será que tentariam matar o Conde? 

Envenenado, dissera Jessica. 

Ela fingiu limpar as prateleiras, enquanto o Conde remexia em vários papéis. 
De repente a porta se abriu e um homem corpulento adentrou nervoso.

–Conde de Contebury! Quem sua filha pensa que é para ir à minha casa agredir lady Tânia? 

O Conde encarou o homem sem perder a calma.

–Do que está falando, Lorde Denali? 

–Alice esteve na minha casa esta manhã e segundo o relato dos empregados, agrediu minha filha!

–Eu não sabia que ela havia estado na sua casa.

–Mas esteve! Se tivesse um pouco de controle sobre a sua filha, saberia onde ela anda! Mas como todos comentam, lady Alice faz o que quer, inclusive se envolver com cocheiros! 

–Cale-se! - o Conde levantou-se já não tão controlado - Peço desculpas se Alice foi a sua casa. Não tinha nada que fazer lá! Desde que sua filha desonrou o compromisso que tinha com meu filho se casando com outro, não temos mais nada a ver com a sua família. 

–Quer dizer que não foi o senhor ou o seu filho que a enviou ate lá? 

–Claro que não. Agora se me der licença, tenho uma reunião. 

O Conde saiu da sala apressado e Bella torceu as mãos, aflita. Lorde Denali também se afastou e até o cachorro do tal Visconde seguiu o Conde.

Droga! Perdera a oportunidade de falar com o Conde sobre quererem envenená-lo! Pensando rápido, ela o seguiu.

Todos estavam reunidos numa sala enorme e Bella gelou ao ver o Barão de Wessex entre eles! 

Tentou ficar incógnita, enquanto a reunião prosseguia. 

Aro Volturi sorria, como se tivesse um truque na manga enquanto o Conde falava. 
Então uma criada entrou na sala com várias taças de vinho e Bella sentiu a respiração presa na garganta, ao ver os olhos de Aro se iluminarem. Era agora. 
Ela caminhou devagar, tentando chegar ao Conde, o coração batendo forte no peito. O Conde pegou a taça e levou aos lábios, ela quase podia sentir o a expectativa maldosa do Barão. Com um grito, ela conseguiu bater na taça que voou da mão do Conde e se espatifou no chão. 

Um silêncio estupefato recaiu sobre o local. 

O Conde a encarou surpreso.

–O que está acontecendo, senhorita? – perguntou.

–O vinho estava envenenado, Conde! - Bella falou para Carlisle que a fitou estupefato.

Mas antes que falasse qualquer coisa, o Barão levantou-se furioso.

–Insolente! – gritou - Como ousa tal ultraje?! 

Bella o encarou com os olhos fervilhando de raiva, esquecendo-se momentaneamente de seu disfarce.

Então ele a fitou e Bella viu o reconhecimento em seu olhar.

Engoliu em seco ao ver o ódio vindo do homem. Estava perdida.

O tempo parou por alguns instantes e Bella não conseguiu se mexer. Então o terror a dominou e ela deu meia volta e correu. Ainda ouviu o burburinho atrás de si e a voz ensandecida de Aro. 

–Guardas! Prendam-na! É uma dos bandoleiros! 

Bella sentiu um medo terrível e soube que estava perdida. 

Carlisle ficou parado por um instante, tentando entender aquela confusão, então olhou para o chão e viu o cão do Visconde, caído sobre o vinho derramado. 

Veneno, pensou horrorizado. 

A moça tinha falado a verdade.

A confusão estava armada, com os guardas correndo em perseguição à falsa criada. 
O Conde saiu da sala e caminhou pelos corredores em direção a saída. 

A carruagem estava parada a porta do Parlamento e ele entrou, ainda aturdido com a idéia de que alguém estava tentando matá-lo. 

A carruagem prosseguiu e então ele a viu. A moça que havia impedido que ele tomasse o vinho corria. Ele olhou para trás e viu os guardas saindo do Parlamento. Eles iriam pegá-las. Num impulso ele ordenou ao cocheiro que parasse e abriu a porta.

–Milady! Entre aqui! 

Bella fitou o Conde aturdida. Mas o que ele estava fazendo? 

Nunca que iria entrar naquela carruagem! Mas então ouviu o barulho dos guardas e sem pensar duas vezes, ela entrou e o Conde deu ordens ao cocheiro para prosseguir.

Bella ofegou e encarou o Conde.

–Vai me entregar a polícia? 

Ele a encarou com simpatia.

–Deveria fazer isto? 

Ela deu de ombros.

–Sou uma bandoleira. 

–Eu ouvi o Barão falando isto. Mas você me salvou. Como sabia que o vinho estava envenenado? 

–Alguém que conheço ouviu o Barão tramando contra sua vida.

–O Barão de Wessex? - Carlisle indagou nem um pouco surpreso. Deveria desconfiar que o Barão não o deixaria atrapalhar seus planos.

–Sim, ele mesmo. – Bella franziu o cenho – Não parece surpreso.

–E não estou. O Barão é um homem ardiloso. 

Bella permaneceu em silêncio.

–A senhorita está bem? - ele perguntou e Bella o fitou.

–Sim. Pode me deixar em algum lugar, acho que os guardas já devem ter desistido. 
Ele a encarou estranhamente.

–Por que arriscou o pescoço para me salvar? 

Bella mordeu os lábios. Como responder a pergunta que ela fizera para si mesma diversa vezes desde que decidira ajudá-lo?

–Eu faria isto por qualquer um. 

Ele pareceu aceitar sua desculpa. Bella olhou pela janela da carruagem e se viu numa rua elegante. A noite já caíra há algum tempo e ela se preocupou. Precisava voltar à casa da francesa. 

–Eu preciso ir. - falou para o Conde.

–Os guardas estão atrás de você.

–Vou arriscar a sorte.

–Não. Eu lhe devo minha vida. 

A carruagem parou e a porta se abriu antes que ela pudesse esboçar qualquer reação.

–Ficará escondida na minha casa esta noite. Até a poeira abaixar. Depois eu a ajudarei a fugir.

Bella abriu a boca estupefata.

–Não posso fazer isto! 

–Não tem escolha. - o Conde falou autoritário a ajudando a descer da carruagem e levando-a para dentro da suntuosa mansão. 

Bella gemeu, horrorizada. 

Mas o que é que ela estava fazendo na casa do Duque de Buckingham? Quando ele a visse ali estaria perdida de vez! 

–Senhor Conde, não posso ficar aqui! 

–Não se preocupe. 

Eles subiram as escadas e ele a levou até um luxuoso quarto.

–Ficará aqui esta noite. 

–Mas... eu ouvi dizer que tem filhos, como vai explicar a eles minha presença aqui? 
–Não se preocupe com nada. Alertarei a criadagem para manter segredo.

Sem mais nada a dizer, o Conde saiu do quarto. 

Depois de um tempo, ela finalmente conseguiu sair do transe em que se encontrava.

Foi até a porta com a intenção de fugir dali o mais rápido possível. Mas uma criada sorridente entrou seguida de dois homens,

–Olá, milady. Irei preparar seu banho e lhe trarei algo para comer.

Os homens iam e vinham enchendo uma banheira enorme com água quente e Bella ficou parada no mesmo lugar horrorizada. 

A mulher veio ajudá-la a tirar a roupa, mas Bella se esquivou.

–Eu posso fazer isto sozinha! 

A mulher já ia se afastar sem nada dizer quando Bella a chamou.

–Pode me trazer um papel e um tinteiro? Preciso escrever um bilhete. Você poderá achar alguém para entregá-lo? Não e muito longe daqui. 

–Claro! 

Horas depois Bella respirou aliviada. Um criado tinha ido entregar um bilhete aos bandoleiros, explicando onde estava. E Bella contava que eles já, já estariam ali para resgatá-la. Pois, apesar de tudo, não podia confiar no Conde. Ele bem que podia querer entregá-la ele mesmo aos guardas. Sem contar que só de pensar que estava sobre o mesmo teto que o Duque, já sentia calafrios de medo. 
Porém as horas foram passando e nada.

Cansada de esperar, ela decidiu dar o fora dali sozinha mesmo. Reunindo toda a coragem ela saiu do quarto, pé ante pé. O corredor estava escuro e todos já deviam ter se recolhido. 

Estava com sorte, pensou atravessando o longo corredor. De repente ouviu um barulho e passos. Assustada abriu a primeira porta que achou e fechou atrás de si. 
Duas pessoas conversavam. Uma parecia ser lady Alice e a outra ela não sabia dizer quem era, porém, em vez de se afastar continuaram no corredor, impedindo sua fuga. 

Praguejando, Bella decidiu-se por outro caminho. 

Olhou para o quarto que tinha entrado e viu a janela aberta. Sim, poderia sair por ali. Não era muito alto. Andou até a janela e estancou de repente ao perceber que o quarto não estava vazio como imaginara. O próprio Duque de Buckingham em carne e osso dormia tranquilamente entre os lençóis linho!

E agora? Ela pensou engolindo em seco. 

Tinha que fugir, antes que ele acordasse e percebesse sua presença. Mas algo a prendia ali. Sem conseguir se conter ela relanceou o olhar para a figura adormecida e sentiu a boca subitamente seca. Ele estava nu da cintura para cima, ou ela assim imaginava, já que a parte de baixo estava sob o lençol. O peito subia e descia sob o peso da respiração; a barba por fazer despontava no queixo bonito. Bella sentiu um calor indevido subir pela espinha e a respiração tornar-se difícil. 

Deus, porque ele tinha que se tão bonito? 

Porque ela não conseguia parar de olhar para ele? 

Como se dominada por forças estranhas, ela se viu aproximando-se cada vez mais da cama e do homem adormecido e abaixando o corpo, sentiu a respiração dele em sua face e gemeu enlevada. 

Então, a mão dele se mexeu de repente e prendeu o braço dela puxando-a para cama e Bella se viu deitada sobre os lençóis com Edward em cima dela encarando-a furioso! 

Continua...

Esse Barão é mesmo perigoso! Coitado do cachorro que acabou morrendo no lugar do Conde, mas pelo menos a Bella conseguiu impedir a morte dele. O que será que o Edward vai fazer com ela agora? Beijos e até mais tarde.

+FANFICS ROBSTEN E BELLARD