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Saturday, December 10, 2011

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 2


Oi gente! Saindo mais um capítulo e hoje o relacionamento dos dois continua caminhando, mesmo que a passos lentos...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 2

O dia seguinte era a mesma coisa, era sempre a mesma coisa.

Na hora do intervalo eu não agüentei ficar naquela biblioteca sem fumar um cigarro.

Entrei em uma das cabines privadas e coloquei minhas coisas em cima da mesa e peguei meu Mallboro, eu tinha comprado minhas bebidas ao sair ontem daqui, o que era ótimo, por que só a bebida me permitia dormir a noite, ela bloqueava minha mente e os pesadelos ficavam um pouco afastados.

Eu cheguei a cheirar alguma coisa nos meus primeiros tempos aqui, mas aquilo passou a me incomodar e eu ficava fora de órbita por um tempo menor do que quando eu bebia.

Eu estaria mentindo se eu dissesse que não comprava algumas coisas ainda, não podia ser considerada viciada, mas eu sempre tinha alguma coisa na bolsa para casos mais urgentes, como quando minha mãe me ligava por exemplo.

Eu já tinha noção que não conseguia dormir sã, por isso as bebidas e alguns remédios no meu armário do banheiro. Sem isso, eu não conseguia nem viver mais.

Era uma rota de fuga dos meus pensamentos e da dor em meu baixo ventre.

Era a rota de fuga mais segura para uma pessoa como eu.

Eu não era mais depressiva, não tanto quanto era quando saí de Miami pelo menos, mas a minha depressão me deixou seqüelas, como o medo das pessoas.

Mas o medo de garotos e o horror que eles me tocassem não tinha nada haver com a depressão.

Traguei meu cigarro com mais vontade e tomei um gole da minha garrafinha prateada que já estava muito bem abastecida com minha vodka pura.

Soltei um som aliviado quando senti o líquido descer por minha garganta e passar no meu esôfago. Eu não sentia mais a queimação, mas não era de se estranhar, eu bebia desde os meus 9 anos.

Nove anos...

Bebi todo o estoque de vodka que tinha feito naquela garrafinha em um gole só, ao me permitir pensar naquela merda. 

Mas parecia inevitável, minha cicatriz nas costas parecia queimar todos os dias, apenas pra me lembrar de quem eu era e de como vim parar dessa forma.

Não me preocupei com o horário, eu não teria aulas muito importantes hoje e meu apartamento já estava ficando normal demais pra mim.

Eu estava fumando tanto um cigarro atrás do outro que não percebi quando a porta abriu e um cara entrou na cabine. Eu engoli em seco quando notei exatamente isso. Era um garoto.

Mas quando vi quem era o medo deu lugar à raiva e eu trinquei meus dentes.

– Isso só pode ser meu Karma.

Ele olhou surpreso pra mim, como se não soubesse que eu estava lá. Bufei irritada novamente enquanto ele me encarava.

Eu não gostava de pessoas me encarando.

– Achei que fosse proibido fumar aqui dentro. – ele sorriu irônico o que me deu mais raiva ainda.

– Sério? - ele rolou os olhos ainda sorrindo com a minha ironia.

– Você não é muito nova pra fumar isso tudo? – ele apontou pro maço vazio ao meu lado no chão.

– Quem se importa?! – disse já odiando aquela conversa toda, e doida pra sair dali, me levantei e fui em direção a porta, ele riu.

– Você não precisa sair. Eu não queria te incomodar. – ele falou sorrindo e por um momento eu me senti perdida naquilo, mas abanei minha cabeça rápido. – E eu posso te dar outro cigarro, já que o seu acabou.

– Você fuma? – perguntei aleatoriamente, ele apenas deu de ombros. Eu me sentei no chão novamente e ele se sentou à mesa tirando e abrindo o seu caderno e os livros que tinha pegado lá fora e me entregando um maço de cigarros depois de tirar um pra ele. Sorri irônica aceitando.

– Achei que fosse proibido fumar aqui dentro. – ele riu baixo quando repeti a mesma coisa que ele me disse tirando o cigarro da boca e soltando a fumaça.

– Sério? – rolei os olhos e acendi o meu cigarro.

Ele não falou mais nada e parecia bem concentrado em suas escritas, não desviando os olhos uma única vez. O silêncio passou a me irritar, não por que me incomodasse, mas já que ele estava ali, poderia falar alguma coisa, certo?

Não. Não estava certo, eu não estava muito bem aquele dia.

Eu sempre gostara do silêncio, mas naquele momento eu não estava gostando. E isso era estranho e no mínimo diferente.

Merda de vodka que foi acabar rápido.    

– Quantos anos você tem?

Me assustei um pouco com sua pergunta repentina e franzi o cenho tentando me acostumar com ela.

– Hmm, tenho 20. Por quê?

Por que ele queria saber minha idade?

– Nova demais pra beber também não? – disse apontando pra minha garrafinha prateada que eu tinha esquecido de guardar.

– Você é muito curioso não acha? – perguntei irritada novamente e quando ele riu baixo só fez minha raiva dobrar de tamanho. Ele deu de ombros e não respondeu, voltando aos seus estudos.

A cabine voltou a ficar em silêncio e eu peguei outro cigarro do maço que ele tinha me dado, eu estava com tanta raiva que seria capaz de fumar todos aqueles cigarros só pra tirar aquele sorriso idiota de seu rosto.

Eu estava ficando incomodada de novo, já estava querendo - necessitando - minha bebida, eu não sabia por que diabos eu estava assim, mas alguma coisa ali me incomodava, eu odiava me sentir incomodada com alguma coisa.

Já me bastava o incomodo que eu causava a mim mesma.

Fechei os olhos e senti minha garganta se fechando.

Eu tinha que parar com aquilo.

– Seu nome? – perguntei a ele sem ironia ou irritação, só queria que ele falasse alguma coisa.

Ele franziu o cenho pra mim, mas um sorriso não deixava de brincar em seu rosto.

– Curiosa não? – revirei os olhos.

– Apenas responda.

– É Robert.

– Quantos anos Robert? – me senti estranha falando o nome dele.

– 24. – ele respondeu depois de rir baixo.

Assenti com a cabeça e quase taquei alguma coisa nele pra que ele continuasse a falar.

– Não está tendo aula? – não foi preciso atingi-lo com alguma coisa afinal.

Dei de ombros tragando mais um de seus cigarros.

– Eu já vi você por aqui, tem muito tempo que estuda na UCLA? – suspirei, lá vem ele com essa droga de tempo de novo.

– Desde o ano passado. – falei baixo, pedindo para que ele parasse com aquelas perguntas.

Eu só podia estar com sérios problemas.

Eu não estava pedindo pra que ele falasse? Suspirei irritada comigo mesma.

– E você estuda aqui há quanto tempo?

Eu nunca o tinha visto ali, na verdade eu nunca via ninguém.

E me espantou que ele tivesse me visto antes.

– Desde os 20, me formo no próximo ano. – ele falou como se não fosse grande coisa.

– Você faz o quê?

– Economia.

– Ah. – ele realmente parecia não gostar daquilo, mas eu não falei mais nada e nem perguntei.

Só ali naquela conversa com ele que eu percebi um sotaque diferente, mais arrastado e que deixava sua voz mais grossa, mais rouca.

– Você é da onde? – perguntei curiosa, ele riu baixo de novo, mas ele não me olhava, continuava encarando seu caderno e fazendo anotações.

– Sou de Londres.

Quase dei um tapa na minha testa, o sotaque era britânico, óbvio.

Ele se levantou depois um tempo e me olhou nos olhos e daquela vez, eu não desviei.

– Até Kristen.

Assenti com a cabeça e ele se virou saindo da cabine. Acompanhei-o pela parte de vidro que havia nas repartições e ele sumiu da minha vista quando desceu as escadarias.

Respirei fundo e tentei entender por que diabos eu não tinha saído correndo dali no momento em que ele entrou naquela porta.

Me levantei vendo que realmente tinha fumado todo seu maço de cigarros, ele não fumava de menta, e sim de canela, mas não era ruim, pelo contrário o cigarro deixava um gosto bom na boca.

Alguma coisa de bom nele pelo menos.

Estava irritada de novo. E comigo mesma.

Ele era um idiota.

Bufei irritada e querendo ir lá pra fora, peguei minhas coisas já saindo da biblioteca, descendo as escadarias e chegando em minha aula.

Atrasada Kristen. De novo.


Saco, saco, saco.

Eu nunca estudei tanto numero em minha vida.

Saí da faculdade completamente apressada, louca por chegar em meu apartamento e poder beber meu whisky com meus maços de cigarro de lado.

Peguei um táxi até duas ruas antes da minha e parei em um pub onde eu comprava bebidas sem ser barrada.

– Kristen. – John me atendeu já no balcão.

– Duas garrafas John, e cervejas, por favor. – pedi rápido, querendo sair dali. Eu vinha aqui desde que cheguei a LA, John não falava nada por que já me conhecia e também não tínhamos mais intimidade do que vendedor e cliente.

Paguei a ele assim que me entregou as bebidas e voltei para a saída do lugar encontrando  com o ar de Los Angeles caminhando até meu apartamento.

O meu canto não era muito grande, mas eu conseguia viver bem, eu não dependia da minha mãe o que era um alivio pra mim. Eu tinha tudo o que precisava ao alcance das minhas mãos, tinha meus cigarros, minhas bebidas e minha TV em minha frente.

Eu poderia passar horas vendo TV que não enjoava, era a minha paixão. Se é que eu era apaixonada por algo.

Continuei tomando minha bebida, não percebendo enquanto caia na inconsciência.

Eu queria sair dali, não conseguia entender o que estava acontecendo, e também não queria que fizessem comigo o mesmo que fizeram com Dorothy. Aquele lugar era horrível, tinha gente demais, a casa era pequena pra tanta gente sempre andando de um lado pro outro.

Por que todo mundo estava ali afinal?

Onde eu estava e porque meu papai não vinha me buscar?

Ele disse que iríamos pra Nova York no Natal, mas até agora eu estava ali.

Naquele lugar estranho e frio.

Onde estava Ash?

– Vamos lá gracinha! Hora de viajar.

– Não, eu não quero ir. – comecei a chorar enquanto ele me carregava com força pelo braço.

– Você precisa ir.

– Meu pai? Onde está meu pai?

– O seu pai não vai voltar boneca. Agora cala a boca e sobe logo nesse caminhão.

As portas se fecharam antes mesmo que ele pudesse ouvir o meu grito de desespero.

– NÃAAAAAO. – mais uma garrafa era quebrada no meu apartamento, me deixei cair no chão, com a dor das lembranças e o horror por mim mesma me tomando e me tirando o fôlego, comecei a engasgar com meus próprios soluços enquanto as lágrimas não me davam trégua, abracei meu corpo no chão, em cima do tapete da minha sala esperando que a dor cessasse e que eu pudesse me levantar e tentar ser digna novamente por algumas horas.

Aquilo tinha que passar, aquilo tinha que passar um dia, mas já havia se passado tanto tempo e o horror, a repulsa eram os mesmos.

Me levantei de súbito tentando enxugar as lágrimas inutilmente, tirando meu casaco no meio do caminho, pegando mais uma vodka no armário da cozinha.

Liguei a banheira do meu banheiro e terminei de tirar minha roupa entrando na água morna que arrepiava um pouco minha pele. Deitei minha cabeça na borda com meus olhos fechados podendo sentir as lágrimas voltando, mas eu não podia com elas, nunca pude. Eu era fraca.

Minha garrafa de vodka me fez companhia até eu me sentir entorpecida, tentei resisti a tentação de pegar alguma coisa mais forte em minha bolsa que me tirasse do ar por alguns momentos, e consegui afastar a idéias para o fundo da minha mente.

O gosto da vodka foi à última coisa que senti antes de apagar em minha cama.


Aquele professor era um saco.

Eu não o agüentava mais falando todo dia a mesma coisa, e eu não era a única, quanta gente que estava com o ipod no ouvido naquele momento?

Bufei irritada batendo a ponta da minha caneta na mesa, até que finamente fomos liberados e eu podia desaparecer em uma cabine na biblioteca com o meu cigarro.

Cheguei à mesma que estava à última vez e qual não foi minha surpresa por não estar vazia?

– Isto é meu Karma? – falou debochado com aquele sotaque britânico.

– Achei que fosse proibido fumar por aqui. – respondi no mesmo tom apontando o cigarro que ele segurava nas mãos, ouvindo sua risada logo depois.

– Culpado. – ele ainda sorria, revirei os olhos e teria saído de lá se algo não tivesse chamado minha atenção.


– Está tocando? – ele tinha um violão ao seu lado no chão.

Ele não me respondeu, dando de ombros, mas não deixava de sorrir, voltando a rabiscar algo em seu caderno. Entrei e me sentei do outro lado, de frente pra ele, encostada na parede observando-o.

– Você compõe?

– Não era eu o curioso por aqui? E são apenas alguns rabiscos... – será que ele não tinha dor no maxilar por sorrir tanto. Pelo jeito que estava concentrado, tinha certeza que eram mais que ‘’alguns rabiscos’’. – Está faltando aula de novo?

– Não. – revirei os olhos pegando um cigarro do meu bolso de trás. - Mas você parece estar. – sorri de lado.

– Culpado. – todos esses sorrisos já estavam me tirando do sério.

– E então? Você toca ou não? – ele ainda não tinha respondido minha primeira pergunta.

– Toco.

– Legal. – ele riu baixo. – Toca em algum lugar por aqui?

– Alguns pubs...

– Legal... – repeti sem saber o que falar, levei o meu cigarro à boca tragando e prendendo a fumaça em meus pulmões por um momento antes de soltá-la, abri meus olhos que nem percebi que havia fechado e ele me encarava.

Eu me paralisei, de repente não me movia mais.

Seus olhos fundos nos meus, como se estivesse percorrendo minha alma.

Me senti estranha, diferente, não conseguia desviar o olhar, continuei encarando seus olhos, os verde-azulados me prendiam no lugar.

Era como se eu estivesse perdida por um momento e assim que consegui, mudei o rumo de meus olhos, para qualquer outro lugar que não fosse próximo a ele.

Aquela sensação me incomodava e para piorar o vazio que caiu por ali. Mas ele falou se levantando com aquele maldito sorriso no rosto.

– Até Kristen. – eu estava estranha de novo em ouvir meu nome vindo dele.

– Até. – eu devo ter falado baixo, ainda estava um pouco perdida e tentando me situar.

– Apareça por lá.

– Lá onde? – eu estava confusa e ele ainda ria baixo voltando a me olhar.

– No pub, amanhã é sexta, eu vou tocar a duas ruas da avenida principal. – ele sorriu de lado me dando um aceno de cabeça antes de se virar e começar a caminhar, com seu caderno em uma mão e na outra o violão.

Balancei a cabeça me sentindo um tanto quanto... Diferente.

Suspirei e senti raiva de mim mesmo, não me incomodei em saber o motivo daquilo, eu sempre sentia raiva de mim mesma.

Para o meu azar, tinha gente sentada perto de mim quando entrei novamente na sala, mas como sempre, fingia que não via ninguém e ninguém, fingia que me via.

As aulas foram se arrastando, se arrastando. Tinham pessoas sentadas do meu lado conversando alto e escandalosamente. Como o professor não percebia uma coisa daquelas? Revirei os olhos para uma das meninas que conversavam sobre as festas, mordendo minha língua para não dizer alguma coisa.

A última aula chegou ao fim e eu disparei para o meu apartamento.

Subi as escadas rápido, sentindo a vibração do telefone em bolso de trás.

Entrei pela minha porta jogando minhas coisas todas no sofá sem me importar com o toque, deixei o celular em cima do balcão da cozinha, me sentando em um dos bancos altos depois de pegar um macarrão instantâneo e ligar o fogo deixando-o esquentar.

O toque finalmente parou. E eu quase dei um suspiro de alívio me virando novamente para o fogão, despejando o macarrão em uma tigela.

O maldito telefone tocou de novo e mais uma vez o ignorei.

Coloquei a tigela quente em meu colo, tirando meu All Star com o próprio pé e sorri enquanto ligava a TV com o controle. Coloquei na MTV e fiquei escutando e vendo os clipes com muita tranqüilidade até que meu telefone residencial tocou, não atendi também, é claro, eu sabia quem era.

A voz da minha mãe saiu pela secretária eletrônica.

– Kristen? Kristen... sei que está em casa, por favor, atenda... – eu nem me mexi focando meus olhos na TV apesar de não prestar atenção em nada. – Kristen, minha filha fale comigo... há meses não me dá notícias, quero apenas saber se está bem... – eu continuei parada com meu coração batendo alto em meus ouvidos. – Certo. Nós ainda temos que conversar, você sabe disso, você foge dessa conversa há seis anos, eu só queria te entender... – ouvi seu suspiro e o barulho de chiado me indicou que ela havia desligado.

Enxuguei uma lágrima que nem percebi que havia caído e aumentei mais ainda o volume da TV me negando a pensar em suas palavras.

Seis anos, mais pra mim ainda eram como se fossem apenas dias...

O medo. O escuro. A repulsa. O medo novamente.

Eu não podia culpar minha mãe por querer receber notícias minhas, eu não dava as caras por Miami há seis anos exatos, desde quando saí de casa.

É claro que as coisas não foram fáceis, ainda mais com a minha depressão. Mas no momento em que vi que tinha que sobreviver, eu lutei...

Eu teria que lutar se quisesse fazer alguma coisa da minha vida.

Vivi até os 17 em um abrigo no Texas, quando recebi a herança que meu pai havia me deixado. Junto com a herança, eu recebi este apartamento, onde eu morava desde então. Minha faculdade era paga aos poucos, por que eu ainda tinha esperanças de um dia poder fazer o que eu realmente queria.

E eu queria ser assistente social.

Era até estranho meu desejo de profissão visto que eu era uma estudante de matemática.

Eu não gostava do que fazia, mas às vezes os números eram mais fáceis de lidar do que as pessoas. Mas isso, eu só aprendi depois de muito tempo.

Enxuguei mais lágrimas de meus olhos que já estavam molhados e terminei de assistir a TV e comer meu macarrão. Geralmente eu mesma cozinharia algo descente para comer, mas especialmente hoje, eu estava cansada... mentalmente e fisicamente.

Deitei-me no próprio sofá para dormir, mas depois de um tempo, percebi que seria impossível, minha cabeça começou a doer e eu comecei a ver as coisas meio turvas, minhas mãos tremeram de leve e senti calafrios em minha espinha.

Eu precisava de remédios pra dormir. Imediatamente.

Eu não era viciada neles, é claro. Apenas gostava de tê-los por perto e tomar quando a falta de sono batia o que sempre acontecia quando eu não tomava minha bebida, mas eu não estava a fim de acordar de ressaca amanhã.

Coloquei dois comprimidos na boca para apagar de vez e funcionou apesar de me sentir fraca. Eu dormi na mesma hora.

A idéia de não acordar de ressaca no dia seguinte, ficou esquecida em minha mente quando me levantei com uma puta dor de cabeça. Gemi me levantando e considerei muito seriamente o pensamento de não ir à aula.

Mas infelizmente eu teria um teste de porcentagem e se eu não fosse poderia ficar com sérios problemas, eu poderia arranjar um jeito de sair mais cedo.

Coloquei meu jeans que precisava ser lavado com urgência e coloquei uma blusa vermelha de mangas, meu casaco maior que eu estava também em meu look, se é que eu tinha algum.

Passei a mão pelo cabelo depois de jogar uma água na cara e escovar os dentes,  deixei-os presos e sem me olhar no espelho, eu saí do apartamento, com minha bolsa em meu ombro.

O táxi me deixou em frente à Universidade com momentos adiantados e eu entrei logo direto pra biblioteca, na minha cabine de sempre e eu me senti diferente ao perceber que estava vazia.

O que eu estava esperando afinal?

Balancei a cabeça bufando irritada e me sentei no mesmo lugar de sempre cruzando as pernas em posição de índio, peguei meu Mallboro de menta no bolso de trás e me perguntei se da próxima vez que eu fosse comprar meus cigarros, teria problemas em comprar um de canela.

Continua...

Ao que parece a Kristen tem problemas com a família também. Não atender a mãe e depois chorar por isso... e esse negócio de ficar se embebedando ou tomando remédios pra dormir, acho que não vai em boa coisa. Espero que a aproximação do Robert sirva pra tirá-la de tantos vícios... Até mais tarde com a outra fic. Beijos.
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2 comments:

  1. O q essa menina tem pelo amor de Deus??? Eu to muito curiosa pra saber o que aconteceu de tão grave no passado dela... Tomara q o Rob consiga mesmo tirar ela desse buraco... bjoos, até o próximo!

    ReplyDelete

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