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Thursday, January 12, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 34


Oi gente! Hoje Kris e Rob conversarão sobre a suspeita dela ser estéril...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 34

Eu fiquei numa espécie de transe pelo que me pareceu ser muito tempo.
As palavras numa tentativa infundada de se infiltrarem em minha mente eram como uma bomba, daquelas do tipo de gás, que ficam rondando a sua volta após ter estourado.
- Isso é... completamente... impossível. – disse enfática, mas com a voz um pouco quebrada querendo achar os termos certos de dizer aquilo pra eles.
- Nós podemos fazer um hemograma e confirmaremos isso em uma hora.
- Não. – respondi de novo sem me dar ao trabalho de olhar pra ela.
- Kristen...
- Não Rob. Eu não estou grávida. Tenho certeza disso.
- Srta. Stewart, os sintomas que está me descrevendo se encaixam com o de uma gestação, não estou confirmando. Posso examinar você, mas o hemograma lhes dará a resposta correta.
- Já disse que não. Eu não estou grávida.
Robert suspirou do meu lado e a médica o encarou.
- Ok. Vamos te examinar para ver se encontramos algo paras os motivos de seus sintomas.
Me levantei no mesmo instante que ele também se levantou, cruzei meus braços em frente ao peito e mordi os lábios para não gritar de frustração e raiva.
A irritação me consumia por inteira.
- Eu espero você lá fora. - disse a Robert e saí pela porta sem lhe dar a chance de resposta, ou antes, que a médica quisesse que eu mudasse de idéia.
Estúpida.
Que, diabos, de direito ela achava que tinha para me dizer que eu estava grávida?
Ela não sabia de nada da minha vida e vinha pra cima de mim com uma bomba dessas e o pior era a expressão feliz de Robert.
Argh.
Eu precisava de um cigarro.
Urgente.
Abri a porta do carro com força evitando que minhas lágrimas caíssem, elas não seriam apenas de raiva, o vazio dentro de mim estava gritando para ser preenchido e eu não podia fazer isso.
Era como uma morte lenta.
Peguei um maço de cigarros no porta-luvas e amaldiçoei meio mundo quando nem aquela porcaria me acalmou. Não sei pra quê servia então.
Eu queria gritar, gritar de raiva e de ódio, pela médica e por toda a merda que eu tinha passado que me fazia ficar naquele estado agora.
Grávida.
Meu sonho impossível.
- Não sabia que a possibilidade de estar grávida era assim tão horrível pra você.
Assustei-me completamente com a voz de Robert dentro do carro, estava tão afundada em meus pensamentos que nem o tinha visto entrar ou bater a porta.
Virei meu rosto pra ele tentando segurar o choro em meus olhos, ele não me encarava, os olhos estavam vidrados no pára-brisa do carro e as mãos apertavam com força o volante entre seus dedos.
Ele parecia distante e estava com o semblante decepcionado.
- Não é horrível. É só impossível Robert. – sussurrei, já prevendo a hora em que teria que jogar aquilo pra cima dele, destruindo a felicidade que tinha em seu rosto com a “possibilidade” de ser pai.
Eu teria que lhe negar aquilo.
- Impossível?
- Sim.
- E porque, diabos, seria impossível Kristen?
Apertei meus olhos com força já escutando a dúvida na sua voz, ele me encarava agora.
- Impossível. Simples assim. Não precisa de por que.
Suas mãos em punho se chocaram com o volante enquanto ele tentava se acalmar.
- Você não toma pílula e nós nunca usamos camisinha. Ainda não consigo ver a impossibilidade aqui. – ele me olhou e suspirou depois de um momento. – Sei que ainda está na faculdade, mas você não estaria sozinha Kris. Eu estou aqui e vamos passar por qualquer coisa juntos.
- Rob...
- Grávida Kris, você pode estar grávida amor. Pode parecer assustador agora, eu também estou assustado, mas isso é uma coisa boa. É perfeito baby.
- Você não está entendendo...
- O que eu não estou entendendo? – suas mãos seguraram meu rosto me fazendo encará-lo, as lágrimas já desciam por minha face fazendo as marcas salgadas até meus lábios. – Kris, o que houve? Não quer ser mãe ou algo assim?
- Eu não posso Rob... – solucei.
- Como?
- Eu não posso ser mãe... sou estéril. – finalmente soltei as palavras que me marcavam e machucavam desde os 16 anos.
- Kristen...
Me desvencilhei de suas mãos, abraçando meus joelhos no peito.
A paisagem do hospital era mais interessante agora.
- Eu menstruei pela primeira vez com nove anos. Depois que fui... levada de Miami... ela parou de vir...
- Fez exames? – sua voz era sufocada como a minha, mas eu sabia que ele estava apenas decepcionado e cuidadoso para não entrar em assuntos que ele sabia que iriam me machucar.
- Não. Nunca me importei o suficiente pra poder enfrentar um hospital. – passei as mãos no nariz. – Voltei com o ciclo aos 16 anos e no abrigo no Texas, eu aprendi o suficiente de biologia para saber que sem menstruação, sem gravidez Rob.
- Meu Deus... – ele parecia frustrado agora, passando as mãos nervosamente pelo cabelo dourado.
- Me desculpe. Me desculpe. Eu te juro Rob, nada... absolutamente nada, me faria mais feliz do que poder ter um filho. – solucei de novo. – Poder te dar um filho... mas eu não posso.
- Você não tem culpa... está tudo bem.
- Não. Não está tudo bem.
Eu odiava quando ele fazia isso, Robert adorava esconder o que sentia e nunca me dizia nada.
Mas eu tentava controlar minha raiva, ele estava querendo me acalmar, mas estava piorando as coisas.
- Kristen...
- Não Rob. Pare com isso. – bati na minha perna olhando em seus olhos. – Nós dois sabemos que não está tudo bem, se estivesse... você não teria essa decepção nos olhos.
- Venha aqui. – ele me chamou.
- Não. Eu quero ficar sozinha. – limpei minhas lágrimas, me virando de novo pra janela. – Me leve pra casa, por favor.
- Venha aqui Kristen.
Seus braços me puxaram com força e delicadeza até que eu estivesse em seu colo, de frente pra ele com uma perna de cada lado de seu corpo.
As mãos quentes envolviam meu rosto e se recusavam a me deixar desviar o olhar.
A decepção era mais visível agora quando vista de perto e os azuis esverdeados nunca estiveram tão escuros assim.
Suspirou.
- Eu te amo. Você é a mulher da minha vida. Não existe nada mais natural que eu querer ter uma família com você. Ter filhos, seus filhos. Nossos filhos. – Mais e mais lágrimas caiam e eu engolia o choro, prendendo os soluços poderosos na minha garganta. – Mas essa não é a única maneira de fazer algo assim. Existem muitas formas... pra podermos ter nossa própria família ok?
- Eu me sinto horrível Rob, eu queria tanto poder ter filhos... eu me sinto incompleta e vazia... você já me deu tanto... e nem um filho eu posso te dar... – mordi os lábios para que parassem de tremer. – Foi por isso que saí de casa... você merece alguém melhor que eu.
Desabei sob seus braços, que me acolheram escondendo meu rosto em seu ombro, eu chorava copiosamente, o vazio mais uma vez gritando dentro de mim e eu queria mais do que tudo poder preenchê-lo.
- Shii. Nunca mais repita isso.
- Eu não posso gerar um filho Robert... isso machuca tanto.
- Está tudo bem meu amor.
- Não. Droga, não está tudo bem.
Tive raiva de suas mãos que afagavam meu cabelo com tanto carinho, eu não merecia merda nenhuma que ele me dava e mesmo assim ele continuava ali, me amando incondicionalmente, quando nem um filho eu poderia lhe dar.
Mas apesar da raiva, eu não era forte o suficiente para afastá-lo, afastar a sua calma e tranqüilidade ou suas mãos tão quentes e seu corpo tão acolhedor do meu. De uma forma meio errada, ele me completava mesmo que eu não merecesse nada disso.
Ficamos tempo demais ali, seus lábios em meu rosto enquanto eu chorava tudo o que podia chorar desde que eu tinha 16 anos.
Nunca fora uma garota de sonhos ou de príncipes, pelo contrário... o fato de não poder ser mãe sempre havia me machucado, mas antes eu até achava uma coisa boa, pelo menos não teria que implicar alguém à minha presença suja.
Foi só depois que eu conheci Robert que essa dor passou a se abrir e limão fora jogado em cima das minhas feridas, talvez porque eu já soubesse que um momento como aquele chegaria e que inevitavelmente, eu teria que lhe negar o sonho de ser pai.
- Acha que pode fazer uma coisa por mim? – ele pediu sussurrando em meu ouvido.
Apenas assenti, ele nunca me pedira nada e fazer algo por ele era tudo o que eu queria.
- Vamos entrar lá e fazer o hemograma...
- Não.
- Shii. – ele passou as mãos em meu cabelo para me acalmar. – Você me disse que nunca fez exames e nós podemos descobrir isso agora ok?
- Rob...
- Por favor, Kristen, se não for gravidez... tudo bem. Mas você pode estar doente e não vou permitir que fique desse jeito. Nós podemos procurar ajuda... podemos conversar com alguém...
- Eu não quero fazer exames, isso só vai me destruir ainda mais Rob... uma confirmação... só vai fazer com que eu me sinta... péssima e ainda mais vazia.
Tentei dizer o olhando nos olhos.
- Por favor.
Eu ia negar de novo, mas ele estava sendo persuasivo demais, os azuis esverdeados voltaram a brilhar agora com o que eu achei ser esperança e eu odiaria ver aquela pequeno pedaço de felicidade se esvair dele.
- Tudo bem. – disse por fim, sufocada com minhas próprias lágrimas.
- Obrigado.
Seus lábios desceram sobre meus e eu fiquei naquele delicioso transe que seu gosto me causava, como em uma ponte entre a consciência e a inconsciência. Eu adorava me sentir assim com ele, mesmo que não esquecesse os motivos por meus pesadelos naquele momento.
Decidimos ficar mais um pouco por ali, seus braços me envolvendo até que eu estivesse preparada pra enfrentar o que quer que fosse dentro daquele hospital.
Eu sabia que ele estaria comigo. Isso me dava forças mesmo sabendo que o magoaria de novo.
Mesmo contra tudo, ele ainda continuava comigo.
- Vamos?
Assenti com a cabeça minimamente recebendo seu beijo em minha testa e depois um selinho demorado e carinhoso nos lábios.
- Podemos pegar o resultado só amanhã? – perguntei esperançosa de não magoar a mim mesma e a ele tão cedo.
- É claro que podemos, ficam prontos hoje, mas pegamos amanhã ok?
- Ok. – respondi baixinho saindo do carro.
Robert entrelaçou nossos dedos para depois me puxar pela cintura e me fazer encostar minha cabeça em seu ombro, me aconchegou ali durante o percurso do estacionamento até a recepção me deixando sentada na sala de espera.
- Vou pegar os pedidos para os exames.
Assenti de novo e ele saiu.
Tentei respirar mais fundo e ver as coisas de fora, mas era impossível.
Nunca me imaginei em uma sala de espera hospitalar, além daquele cheio de limpeza que só hospital tinha, ainda tinha os motivos por eu estar ali.
Foquei meu rosto na mesinha de vidro até que ouvi os passos de Robert.
Até os passos dele eu já reconhecia.
Isso quase me fez sorrir.
- Vamos? – perguntou.
Ele não estava sozinho, a Dra. McGraw estava ao seu lado e me senti envergonhada pelo modo grosseiro como a tratei mais cedo, afinal de contas ela não sabia de nada da minha vida e aquele era apenas seu trabalho, e eu pude notar que ela fazia muito bem.
- Ok.
Fomos andando pelos corredores, ficar por ali me dava uma sensação de sufocamento, era estranho, me encolhi nos braços de Robert que estavam a minha volta e de repente paramos numa porta que dizia “Laboratório”.
Me enchi de uma coragem que eu não tinha e me sentei naquela cadeira cinza que eram parecidas com cadeiras de escritórios odontológicos, só que sem toda aquela aparelhagem do lado.
- Quero que feche a mão e permaneça assim até que eu diga. – a médica falou.
Fiz o que ela pediu, ficando meus olhos nos de Robert, ele me sorriu pequeno, eu sabia que ele ainda estava triste com a descoberta assim como eu quando deduzi tudo sozinha há mais de quatro anos atrás.
A Dra. amarrou um elástico grosso no meu braço e retirou a seringa das embalagens, limpando o local da minha veia com o algodão molhado.
Apertei meus olhos e trinquei meus dentes quando a agulha penetrou em minha pele, ao inferno que só criança não gostava de injeção. Aquela merda doía pra caramba.
- Prontinho.
Ela retirou o tubo da seringa e guardou em um local que não pude ver, retirou as luvas e me entregou um pedaço de algodão.
- Amanhã de manhã já estará aqui, a espera de vocês. – disse saindo pela porta.
Robert mais uma vez agradeceu a ela e me abraçou nos guiando até o carro.
- Você está bem?
- Sim. – respondi simplesmente olhando pela janela e puxando meus pés pra cima do banco.
- Kris... vai ficar tudo bem... não importa o resultado ok?
Não respondi.
Eu sabia que não ficaria tudo bem.
Andamos no carro em um completo silêncio, eu sentia os olhares de canto dele pra mim, mas não os retribuía, eu sentia falta de seus braços a minha volta e isso me matava a cada segundo.
Ele estava sofrendo assim como eu, só que ele preferia esconder as coisas para cuidar de mim e aquilo me torturava em níveis que ele nem podia imaginar.
Não queria que ele abrisse mão das coisas por mim, ele não devia fazer isso.

- Se deite ok? – disse quando chegamos ao apartamento. – Eu já vou pro quarto.
Assenti recebendo seu beijo em minha testa e fui pro quarto como ele tinha dito.
Peguei uma nova toalha de linho no banheiro e tomei um banho quente, chegando quase a escaldar minha pele, demorei mais do que esperado debaixo da água, sentindo meus poros e meus músculos se acalmando, me deixando relaxada e levemente entorpecida por causa do vapor.
Pus somente uma calcinha boy short verde com uma blusa azul marinho de Rob, me encolhendo entre as cobertas e esperando que ele aparecesse para dormir comigo.
Ele ainda faria isso não faria?
- Hey.
Sua voz chegou até mim e eu lutei contra um suspiro de alívio.
- Oi.
- Sente-se e coma alguma coisa.
Me encostei nos travesseiros na cabeceira da cama e olhei para a bandeja pequena e redonda que ele deixava em meu colo.
- Vou tomar um banho e já dormimos.
Fiz um sim com a cabeça percebendo só agora como eu estava com fome, a azia finalmente tinha melhorado e eu sentia que podia comer tudo o que havia naquela bandeja.
E havia muita coisa.
Comi os cookies de baunilha e aveia com um copo de leite quente e uma maçã bem vermelhinha. Deixei as outras coisas quando estava satisfeita, colocando a bandeja no chão ao meu lado da cama, me sentindo fraca demais de repente para me levantar dali.
Não demorou muito e Robert surgia pela porta do banheiro secando o cabelo ainda com uma tolha nas mãos, vestindo com a calça do pijama velha e cinza que ele sempre usava pra dormir.
Seus braços me puxaram pra ele num movimento já automático e certo de nossos corpos, que se juntavam sem precisar de aviso.
Ficamos deitados de lado com minha cabeça apoiada em seu ombro e minha testa grudada em seu peito. Os braços tão quentes me circulavam, me mantendo protegida do frio que fazia dentro de mim.
- Está chateado comigo?
- Não.
Ergui meu rosto para fitá-lo, deixando minhas mãos espalmadas em seu peito, sentindo nossas pernas se entrelaçarem.
- Vai continuar me amando amanhã? Quando receber o resultado?
Ele sorriu, levemente.
Colocou a mão direita em meu rosto e fez movimentos circulares com o polegar em minha bochecha. O carinho era tão bom, eu me vi fechando os olhos para recebê-lo mais completamente.
- Eu vou te amar pela vida inteira Kristen.
Seus lábios beijaram a lágrima grossa e sincera que saiu de meus olhos, me aconchegando mais em seus braços longos e seu corpo acolhedor.
E nada mais foi dito.
Não precisava.

Continua...

Coitada da Kris, já perdeu tanto na vida que a simples possibilidade de realizar um sonho parece ser impossível pra ela. E tenho certeza que o Rob a apoiaria mesmo se ela fosse estéril. Mas como isso não é verdade, ou pelo menos eu acredito que não seja, eles ficarão muito felizes quando sair o resultado do exame. Beijos e até logo mais com a nova fic.
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3 comments:

  1. ooh , muito lindo esse capitulo ....
    putz agora que o rob cortou o caelo eu fico imaginado ele com o cabelo curto ! hahahah'

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    1. kkkk... pior é q a gente sempre faz isso né? Associa a imagem deles à estória. Acho que quando editar o próximo capítulo tbm vou pensar nele carequinha...

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  2. Vamos combinar?!??!! Ele tá lindo!!!! Eu o amo e todo santo dia às 10:00hs eu sumo no trabalho pra ler os aconteacimentos...kkk

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