Boa tarde galera! Mais um capítulo contado
pelos dois e teremos momentos muitos bonitos entre eles.
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção:
Este conteúdo foi classificado
como
impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 38
Bella pov’s
Mãos me tocavam. Lábios me
beijavam. Meu corpo em chamas.
Vagarosamente abri os olhos. O
quarto estava iluminado, indicando que já havia amanhecido. Arfei ao sentir os
lábios de Edward descendo até a minha barriga.
–Edward... – murmurei seu nome
enquanto minhas mãos foram para os seus cabelos cor de bronze. Lentamente,
Edward migrou seus lábios pelo meu corpo até alcançar a minha boca. Deitou-se
sobre mim enquanto seus lábios devoravam os meus. Senti sua excitação quando
seu corpo colou-se ao meu e adorei.
Eu envolvi seu pescoço com meus
braços enquanto as mãos de Edward acariciavam meu corpo, apertando levemente
minha barriga...
–Ai! – protestei empurrando-o.
Edward ficou surpreso com o meu ato.
–O que foi? Machuquei você? – afastou-se
ainda mais olhando para meu corpo. Eu sabia o que era, eu sentia, mas não
queria preocupá-lo.
–Eu estou bem. – disse, mas isso
não o parou. Ele ergueu a camisa que eu usava; lá estava uma escoriação grande.
–Você está machucada! Como não percebemos
isso? – a preocupação de Edward era tangível. Procurei acalmá-lo.
–Não é nada. – sorri. Ele me
ignorou.
–Deve ter sido causado por ontem,
mas só agora está evidente. Provavelmente há outras escoriações. – tateou meu
corpo suavemente. Nada senti até ele tocar meu tornozelo. Arfei de dor. Ao
levantar um pouco a calça moletom que eu vestia, ficou evidente o meu tornozelo
direito inchado.
–Eu vou chamar um médico para
vê-la. – Edward levantou-se indo até o closet e pegando um casaco pesado para
cobrir-se. Notei que estava vestido, provavelmente estava acordado há algum
tempo. Antes de sair, porém, Edward sentou-se ao meu lado da cama.
–Não vou demorar. Fique
quietinha. – beijou-me na testa e nos lábios e saiu. Voltei a deitar na cama
sentindo mais e mais os machucados que até então não tinha percebido.
...
–Pronto. A senhora deve ficar em
repouso por pelo menos um dia. Com os medicamentos orais mais a pomada que
receitei, logo estará boa, senhora Cullen. – o médico disse enquanto sorria
docemente para mim. Meu tornozelo direito estava dentro de um suporte que o
imobilizava, bem menor do que as botas utilizadas por pessoas que quebraram
algum osso.
–Obrigada. – disse enquanto
Edward, que estava em pé do meu lado direito, sentava-se na cama no espaço
antes ocupado pelo médico e ajeitava os travesseiros ao meu redor querendo me
deixar mais confortável.
–Passe essa pomada em suas
escoriações e no local, após o banho e procure descansar hoje. Amanhã você
poderá andar, mas calce este suporte que está usando agora. – o doutor arrumava
alguns pertences em sua maleta de couro, ele era o médico de plantão da
pousada.
–Parece que os nossos planos
foram por água a baixo. Peço desculpas por isso.
–Não diga uma bobagem dessas
Bella. – Edward sentou-se na cama de frente para mim. – Eu é que peço
desculpas. É minha culpa você esteja assim. – seu rosto desmoronou de pesar. Eu
o toquei no braço.
–Pare de se culpar. Olha, só por
que eu terei que ficar aqui presa não significa que você terá o mesmo destino.
Pode sair. Eu vou ficar bem. – minha atitude despreocupada pareceu irritá-lo.
–Eu não vou a lugar nenhum sem
você! Que graça teria? Eu vou ficar aqui com você. – Edward parecia uma criança
emburrada; simplesmente lindo.
–O que vamos ficar fazendo aqui?
Olhando um para a cara do outro? Não me parece uma idéia tentadora.
–Não se preocupe. Eu sei bem como
preencheremos o nosso tempo. Bella, você se lembra do que prometi a você quando
estávamos em Miami? Prometi que falaria tudo sobre mim.
Eu lembrava. Sorri com a sugestão
de Edward.
...
Uma tempestade de neve caia lá
fora. Edward e eu estávamos sentados juntinhos em frente à lareira acessa,
esperando o fondue de chocolate ficar pronto. Até aquele momento Edward não
havia dito nada sobre ele e pensei que não falaria mais nada.
–Sabe... O que eu vou contar... –
murmurou parecendo sem jeito. Eu peguei sua mão e a segurei entre as minhas.
–Não precisa falar se não quiser.
– sugeri. Edward olhou para nossas mãos.
–O que eu vou contar não será um
conto de fadas. O fato de eu ter sido um garoto que sempre teve tudo o que quis
não significa que eu fui feliz. Muito pelo contrário. – as poucas palavras que
proferiu mostravam o quanto ele estava aborrecido pelas lembranças do passado.
Eu poderia poupá-lo disso. Falar
de coisas dolorosas nunca era bom, mas... Eu queria conhecê-lo. Por isso fiquei
calada, esperando pelo momento em que Edward voltaria a falar.
–Passei a maior parte do tempo em
escolas para a elite, isolado de minha família. Eu fingi entender que era o
melhor para mim, mas por dentro sentia um imenso vazio. Doía estar cercado por
pessoas que se fingiam minhas amigas apenas por interesse.
Eu não gostava da tristeza que eu
via nos olhos do Edward, então eu o abracei com força. Edward não desviou os
olhos das chamas, perdido em pensamentos.
–Eu fingia não perceber o complô
que havia ao meu redor, mas foi inevitável. Eu ouvia os garotos dizendo que só
queriam minha amizade por eu ser de uma família importante. Mas eu tinha os
meus pais, minha irmã, isso era o suficiente para não sucumbir. Isso até...
O braço de Edward que me envolvia
me apertou mais contra si. Toquei seu rosto.
–O que aconteceu? – perguntei já
antevendo a parte mais obscura da vida de Edward.
–Voltei da escola para casa e as
coisas estavam muito diferentes. Eu tinha 18 na época. Havia voltado para ficar
em casa apenas por um período, depois disso iria para uma faculdade. E então eu
encontrei a minha mãe deprimida. Ela não contava o porquê disso, mas eu sabia
que tinha haver com o meu pai. Ele traia a minha mãe há algum tempo. Quando eu
era criança, eu não percebia. Na época eu era mais velho, mais experiente.
Minha mãe estava muito deprimida, afinal de contas ela amava o meu pai.
Ouvir as palavras de Edward
trouxe lembranças amargas para mim. Sua indiferença após a cerimônia de
casamento, as saídas furtivas, um vídeo no celular da Jessica... Não! Não era
hora de lembranças ruins!
–Era doloroso vê-la sofrer e isso
me fez odiá-lo. Eu queria ajudar a minha mãe e achei que dando amor a ela era o
suficiente, mas não bastou. – sua voz sumiu tamanha a emoção que o dominou.
Segurei a vontade de chorar.
–Ela cometeu suicídio? – perguntei
numa voz baixa. Edward assentiu.
–Depois disso eu pirei. Eu estava
tão transtornado! Desdenhei meu pai pelo que fez a minha mãe, mas acabei por
agir igual a ele. Ele percebeu o erro que cometeu, percebeu o quanto amava
minha mãe. Foi tarde. Ele morreu de tristeza por tê-la perdido e por ter me
magoado tão profundamente que não nos reconciliamos antes do fim.
–Você ainda o odeia? – perguntei.
Edward virou-se e me olhou.
–Não. Eu o entendo. Entendo mais
do que eu gostaria. Eu só gostaria de concertar coisas na minha vida. Ter sido
um filho mais presente para a minha mãe, ter me reconciliado com o meu pai e...
– Edward não disse mais nada por alguns minutos, olhava-me fixamente. Acredito
que o outro arrependimento que ele tinha foi o que fez comigo. – Desculpe... –
sua voz me despertou. – Eu a obriguei a ouvir minha trágica história. Uma
versão resumida dela, na verdade.
–Eu fico feliz que tenha me
contado. Eu acho que o entendo melhor agora. Eu precisava saber sobre você. – eu
não me cansava de acariciar o seu rosto. Edward era tão bonito que doía.
–E agora... – ele murmurou
aproximando-se de mim, nossas respirações mesclando-se.
–Agora? – abri minha boca pronta
para receber o seu beijo. Mais um pouco e nós iríamos...
–Agora você contará sobre você
enquanto comemos o nosso fondue. – falou num tom divertido afastando-se e
pegando um morango lambuzado de chocolate, comendo-o.
Edward recostou-se em uma porção
de almofadas que nos cercavam, funcionando como poltronas confortáveis. Eu me
aconcheguei nele e prontamente aceitei um morango que Edward me ofereceu.
–Eu já contei para você. – retruquei.
– Na época em que namorávamos, lembra?
–Eu sei, mas quero ouvir
novamente. – Edward sorriu docemente para mim. Não pude resistir.
Então contei novamente para ele
sobre minha vida, de forma resumida, claro. Contei a vida simples e feliz que
levava, morando com meus pais. Falei sobre minha avó materna e os muitos verões
que passei em sua chácara. Lembrei o dia de sua morte e a alegria que sentia ao
ganhar a chácara como herança, isso até saber os gastos que uma chácara tinha
para ser mantida; meus pais venderam na primeira oportunidade. E falei dos momentos
difíceis: meus pais morrendo em um acidente de carro, eu tive que vender muitas
coisas e me privar de muitas coisas para terminar de pagar a faculdade e me
formar. A solidão que sofri sem tê-los por perto... Mas não falei nada sobre o
que aconteceu comigo e os eventos posteriores desde que Edward entrou na minha
vida.
Edward ouvia com uma grande atenção
e havia algo diferente nesta atenção. Lembro-me quando éramos namorados e eu
contava coisas da minha vida, Edward não tinha a atenção de agora.
Aquele momento foi único. Livres
do desejo da carne, nós estávamos apenas a conversar, conhecendo mais e mais o
outro, estreitando laços. Eu pude ver facetas do Edward até então desconhecidas
e Edward certamente sabia mais sobre mim. E este sem dúvida poderia ser
considerado um dos momentos mais bonitos de nós dois.
–Ai! – reclamei. Edward deixou de
sorver seu vinho e me olhou.
–O que foi? – perguntou com
preocupação.
–Deixei cair um pouco de
chocolate quente na minha mão. – olhei para o lugar onde algumas gotas da cauda
de chocolate do fondue haviam caído. Eu pretendia limpa-la com um pano, mas
qualquer coisa que fosse fazer não foi feita. Edward segurou gentilmente minha
mão levando-a aos seus lábios.
Senti o choque me tomar quando
sua língua entrou em contato com a minha pele. Lambeu o chocolate até não
restar mais nada. Mesmo que não houvesse mais chocolate em minha pele, sua
língua continuou traçando um caminho indefinível.
–Edward... – murmurei seu nome
enquanto uma de suas mãos afastava os cabelos de minha nuca, inclinando-se para
mim e beijando meu pescoço. Pouco a pouco se deitou sobre mim, suas mãos
impacientes acariciavam-me o corpo todo pela roupa.
–Há quanto tempo eu não toco em
você? Há quanto tempo em não sinto o seu gosto em minha língua? – perguntas retóricas
feitas enquanto minhas vestes eram retiradas por Edward.
Não consegui pensar no frio que
sentiria quando minha pele estivesse totalmente exposta. Eu estava em chamas.
Edward tinha esse poder sobre mim... E sabia disso. Sorria enquanto retirava as
últimas peças de roupa.
–Você é linda. Eu já devo ter dito
isso, mas... Como você é linda! – suas mãos seguravam os meus quadris enquanto
seus lábios, que antes beijavam avidamente meu pescoço, agora beijavam meus
seios.
Minhas mãos foram para seus
cabelos acobreados, eu procurei manter sua cabeça lá. Sua língua explorou meu
colo como uma criança ansiosa pelo alimento e um prazer tomou o meu corpo, tão
forte que arqueei as costas.
Eu sabia onde suas carícias iriam
parar e fiquei feliz por minha dedução ter se concretizado. Suas mãos macias e
quentes afastaram minhas pernas enquanto seus lábios beijavam minha
feminilidade. Meus olhos, quando abertos, encararam o teto de madeira, talhada
a mão em desenhos estilizados de flores. Antes que eu pudesse chegar ao ápice
do prazer, Edward parou.
–Por que parou? – esbravejei com
a voz fraca. Eu sabia que ele estava sorrindo, mesmo que meus olhos estivessem
fechados.
–Por que eu gosto de torturá-la
assim. – deitou-se novamente sobre mim, seus lábios em meu ouvido. – E também por
que eu quero ouvir você me pedir. – mordiscou minha orelha.
–Você quer me deixar louca, não
é? Sempre me fazendo coisas a fim de testar os meus limites. – eu disse numa
voz meio sarcástica.
–Talvez. Talvez eu queira que
você enlouqueça. – beijou-me voraz até que eu perdesse o fôlego. Pegou minha
mão esquerda e a levou para a sua calça, sentindo o volume.
–Eu estou queimando... Eu preciso
de você. – sua voz rouca sussurrou. Minha mão entrou em sua calça sentindo sua
masculinidade pulsar em minha mão. Rapidamente ele se despiu sem necessitar de
minha ajuda.
Ficamos algum tempo próximos a
lareira nos beijando, nos acariciando, descobrindo no outro os pontos mais
sensíveis ao toque e a língua. Eu estava confortável, mas Edward, aparentemente
não, então nós fomos para a cama.
–Sabe o que eu quero fazer? – Edward
disse assim que me deitou na cama. – Eu quero comer o restante do chocolate, comê-los com morango. Quero comê-los com você. – deu uma
leve mordidinha no meu lábio inferior.
–Se eu disser não, o que você vai
fazer? – meus olhos fechados e um sorriso nos meus lábios.
–Eu sou um menino muito mimado.
Não é qualquer não que irá me deter. – e ele se foi, voltando para a sala. Eu
fiquei parada, relaxada, esperando-o.
Um barulho soou pelo aposento,
era o meu celular. Levantei e segui trôpega em direção a onde ele estava. Não
cheguei a olhar no visor quem poderia ser apenas atendi.
–Alô? – nenhuma voz. Voltei a
falar. – Quem é? – perguntei.
Nada. E logo a pessoa do outro
lado da linha desligou. Confusa, eu olhei o visor, mas o número era
desconhecido. Alguém ligou e fez com que eu não pudesse saber o número. Era estranho,
mas procurei ignorar. Não era hora para gastar com pensamentos que não fossem
sobre Edward e eu.
Caminhei até a cama e me deitei
de bruços. Meu celular estava em mãos. Olhei a tela com desinteresse, a ligação
misteriosa quase esquecida. Senti então algo em minhas costas, algo morno sendo
passado.
–Está quente? – perguntou. Fechei
os olhos apreciando aquele momento e os próximos que viriam.
–Está maravilhoso. – e senti seu
corpo cobrindo parcialmente o meu e sua língua percorrer o local onde havia
colocado chocolate. Segurei os lençóis e arfei.
Edward pareceu gostar do som que
produzi. Em diferentes partes do meu corpo, ele colocou chocolate e beijou,
lambeu, acariciou cada parte. Eu fiquei alheia a tudo, concentrada apenas nele.
A sensação de estar sendo “provada” por Edward era ótima, mas nada se comparava
quando ele estava dentro de mim. Eu me sentia completa, unida a pessoa que mais
amava através do corpo, da alma. E quando ele sussurrava meu nome mesclado aos
seus gemidos... Ah! Como eu o queria! Hoje, amanhã, sempre! E, agora, eu
poderia tê-lo. Nada poderia nos impedir de ficarmos juntos e tentarmos ser felizes,
nem mesmo os erros do passado.
...
–Dormiu? – Edward perguntou. Eu
estava tão sonolenta que não me dei ao trabalho de abrir os olhos. Continuei
quietinha nos seus braços, ressonando tranquilo, enquanto seus dedos
acariciavam meu corpo. Eu também podia, além de sentir suas carícias, ouvir seu
coração batendo e o ir a vir dos seus pulmões enquanto respirava.
Silêncio. Antes de me entregar a
inconsciência, porém, eu ouvi sua voz musical mais uma vez...
–Bella, você quer ter um filho
meu?
Edward pov’s
Amanhecera. Como primeiro ato
de mais uma manhã perfeita, fiquei observando Bella dormindo. Ela era linda, a
mais linda das mulheres. Pensamentos piegas, eu sei, mas não poderia pensar
nada além desses pensamentos quando a olhava. Levantei após alguns minutos e
tomei meu banho, apreciando demoradamente a água morna do chuveiro contra a
minha pele. Contemplei a opulência do chalé em que estávamos, olhei a paisagem
já conhecida por mim por uma das janelas. Eu me lembrei de um episódio antigo:
o que Bella pensaria se soubesse que foi aqui nessa pousada que perdi a
virgindade? Não que eu fosse contar a ela. Eu perdera quando era uma criança e
ainda perdi com uma professora! Estava fora de cogitação falar!
Por algum motivo eu estava mais
otimista, crente de que fora bobagem me preocupar tanto com a história do
contrato chegar aos ouvidos de Bella. Ainda que Tânia tentasse algo, como ela
provaria que eu firmei um acordo para lucrar com o casamento que tive com
Bella? A prova material, o testamento do meu pai, estava muito bem guardada nas
dependências da empresa. E foi munido destes pensamentos otimistas que, após me
vestir, voltei para a cama a fim de acordar minha esposa.
Eu pretendia acordá-la da forma
tradicional, sacudindo-a levemente enquanto murmuraria palavras doces como
amorzinho, meu anjo, etc., mas meus planos mudaram drasticamente quando olhei
para Bella, ainda adormecida, e o seu corpo mal coberto com o edredom.
Bella tinha um corpo lindo e podia
vê-lo em sua riqueza de detalhes mesmo coberto pelo pijama, mais grosso do que
o habitual pelo frio que fazia na região. Eu me inclinei para ela e beijei seu
ombro por cima do pijama enquanto minhas mãos tocavam sua barriga. E como um
fósforo jogado em meio à gasolina, eu explodi de excitação, querendo beijá-la
mais profundamente, tocá-la mais intimamente. Por que mesmo que estivéssemos
casados há quase um ano e tivéssemos feito amor com alguma frequência, eu ainda
precisava desesperadamente de Bella. Não preciso apenas do prazer que o sexo
com ela proporciona, mas da ligação que nos une em momentos íntimos como esses.
Sabia que ela acordara, pois ouvi
sua respiração oscilar. Não parei com meus beijos, minhas carícias. Queria
demais tê-la, me afundar nela enquanto Bella sussurrasse o meu nome. Afastei
seu pijama e distribui uma trilha de beijos molhados em sua barriga enquanto as
mãos de Bella seguraram-me pelos cabelos.
–Edward... – sua voz murmurando
meu nome era algo tão íntimo, tão Bella, que sintia um prazer enorme em
ouvi-la. Com ânsia redobrada, voltei o caminho de beijos até os seus lábios,
lábios maravilhosos, prontos para me beijar. Lábios só meus. Meus? Algo
recente, por que até então quem beijava sua boca era aquele filho da puta do
Jacob Bla...
–Ai! – ouvi a voz de Bella
dizer e ela me empurrar. Parei e refleti sobre o que eu havia feito. Eu só
estava beijando-a há uns minutos atrás, não é?
–O que foi? Machuquei você? – eu
me afastei procurando saber o que eu havia feito de errado, teria eu machucado
Bella enquanto pensava em Jacob e no ódio que nutria por ele?
–Eu estou bem. – ela falou num
tom despreocupado, mas não me parou. Ergui sua camisa e olhei atentamente o seu
corpo. Não precisei procurar muito, Bella tinha uma escoriação visível na
região abdominal.
–Você está machucada! Como não
percebemos isso? – teria eu feito aquele machucado? Não, não pode ter sido
isso. Provavelmente Bella se feriu ontem no seu acidente que quase... Eu nem
queria completar o meu pensamento.
–Não é nada. – sorriu, mas
ignorei sua despreocupação.
–Deve ter sido causado por
ontem, mas só agora está evidente. Provavelmente há outras escoriações. – tateei
seu corpo a procura de novos ferimentos sem empregar muita força. Bella não
reagiu por alguns instantes até eu tocar seu tornozelo. Arfou de dor e me
preocupei. Como pude ser tão imprudente? Eu deveria tê-la levado a um hospital
após o ocorrido, mas Bella tinha dito que não sentia nada e acatei ao seu
pedido de ficarmos no chalé. Como eu sou burro! Idiota! Irresponsável!
–Eu vou chamar um médico para
vê-la. – levantei, seguindo para o closet e pegando um casaco mais pesado.
Antes de sair, voltei para o lado de Bella.
–Não vou demorar. Fique
quietinha. – eu a beijei na testa e nos lábios antes sair.
Apenas um tornozelo inchado,
repeti para mim mesmo. Não precisava me alarmar. Ainda assim minha preocupação
não se atenuava. Eu não estava cuidando de Bella como deveria, eu deveria ser
capaz de protegê-la contra tudo o que a ameaçasse. Com pesar eu me lembrei que,
se fosse esse o caso, eu deveria ser capaz de me afastar dela. A coisa mais
prejudicial a passar na vida da minha esposa, até agora, fui eu.
...
–Pronto. A senhora deve ficar
em repouso por pelo menos um dia. Com os medicamentos orais mais a pomada que
receitei, logo estará boa, senhora Cullen. – o médico disse a Bella. Uma
simples torção no tornozelo, nada que um dia de repouso não resolvesse.
Suspirei aliviado por não ser algo mais grave.
–Obrigada. – Bella agradeceu.
Assim que o médico se levantou da cama, eu me sentei no espaço antes ocupado
por ele, afofando os travesseiros para que Bella ficasse mais confortável.
O médico continuou passando as
recomendações que Bella deveria seguir para se recuperar o quanto antes.
Procurei memorizá-las já que eu seria de certa forma o seu enfermeiro. Passar
pomada no local após o banho? Memorizado. Descansar durante um dia sem fazer
esforço? Bom, eu não pretendia mesmo sair com ela, não hoje. Tinha coisas muito
mais interessantes em mente...
–Parece que os nossos planos
foram por água a baixo. Peço desculpas por isso. – ela falou constrangida,
pegando-me de surpresa com suas palavras.
–Não diga uma bobagem dessas
Bella. Eu é que peço desculpas. É minha culpa você está assim. – e era mesmo.
Eu, estúpido, a convenci a esquiar comigo e por pouco ela...
–Pare de se culpar. Olha, só
por que eu terei que ficar aqui presa não significa que você terá o mesmo
destino. Pode sair. Eu vou ficar bem. – tocava meu braço e tentava transmitir
despreocupação, mas o seu sentimento não poderia me alcançar. Que história era
essa de ela ficar aqui e eu sair?
–Eu não vou a lugar nenhum sem
você! Que graça teria? Eu vou ficar aqui com você. – falei aborrecido. Tudo bem
era exagero da minha parte me aborrecer por algo tão pequeno, Bella queria
apenas garantir o meu divertimento. Ainda assim eu fiquei chateado por ela
supor que, insensível, eu seria capaz de sair deixando-a aqui sozinha.
–O que vamos ficar fazendo
aqui? Olhando um para a cara do outro? Não me parece uma idéia tentadora.
Ah, mas nós tínhamos muito que
fazer! Poderíamos fazer amor até o amanhecer do dia seguinte, um filho, ou...
Isso! Eu havia prometido contar a Bella um pouco mais sobre mim, estreitando
ainda mais nossos laços. Não era uma coisa empolgante lembrar-me do meu passado
e contá-lo a alguém, mas eu seria a favor de qualquer coisa para me manter ainda
mais próximo dela. Além do mais eu sei que Bella sempre quis saber coisas sobre
mim, mas antes eu me desvencilhava de suas perguntas. Hoje não mais.
–Não se preocupe. Eu sei bem
como preencheremos o nosso tempo. Bella, você se lembra do que prometi a você
quando estávamos em Miami? Prometi que falaria tudo sobre mim.
Ela sorriu. Sim, Bella ainda
queria saber coisas sobre mim.
...
Durante algumas horas nos
ocupamos com coisas banais: um filme na TV de tela plana na sala, café da
manhã, almoço, uma conversa sobre a empresa... Até chegar ao momento. Céus, por
que eu me sentia tenso? Bastava contar a ela coisas sobre minha infância, pré-adolescência
e adolescência. Todavia não era algo tão simples. Lembrar do passado, meu
tenebroso passado, sempre me deixava vulnerável; eu odiava isso. Ainda assim eu
precisava tentar, superando tudo, enterrando o passado.
Uma neve caia lá fora, cobrindo
tudo. Estávamos os dois naquele elegante chalé, em frente à lareira acessa,
esperando o fondue de chocolate com morangos ficar no ponto. Bella pelo menos
esperava pela guloseima, eu tentava reunir forças para contar, voltando assim
ao passado que tentei evitar. Eu me deixei levar pelo calor do seu corpo bem
próximo ao meu, aquela sensação de segurança que agora eu sentia quando estava
próximo a Bella.
–Sabe... O que eu vou contar...
– eu estava sem jeito. Bella saberia coisas sobre mim, algumas coisas inclusive
sórdidas... Ou eu poderia apenas contar os lances que me definiam como garoto
traumatizado. Senti minha mão sendo segurada pela dela, um calor tão
reconfortante que eu relaxei.
–Não precisa falar se não
quiser. – sugeriu. Ela fazia isso por mim, por que eu sabia o quanto ela estava
curiosa ao meu respeito.
–O que eu vou contar não será
um conto de fadas. O fato de eu ter sido um garoto que sempre teve tudo o que
quis não significa que eu fui feliz. Muito pelo contrário. – a dor em minhas
palavras foi mal disfarçada e vi nos olhos castanhos de minha mulher a
compaixão.
–Passei a maior parte do tempo
em escolas para a elite, isolado de minha família. Eu fingi entender que era o
melhor para mim, mas por dentro sentia um imenso vazio. Doía eu estar cercado
por pessoas que se fingiam minhas amigas apenas por interesse.
Eu lembrava nitidamente do meu
pai falando do quanto era importante para mim uma boa educação, por isso eu
passaria a maior parte do tempo isolado em um colégio para meninos. Eu acatei
sua decisão sem pedir por mais esclarecimentos, mas por dentro eu me sentia
arrasado. Novo demais para assumir responsabilidades, mas sempre preparado
desde já para ser um homem de negócios.
Meus olhos nas chamas; não os
desviei nem quando eu recebi um carinhoso abraço de Bella. Eu havia penetrado
fundo nas trevas da minha infância e, agora, eu só me libertaria quando
despejasse tudo em Bella.
Minhas lembranças foram tão
nítidas que poderia ouvir com absoluta clareza as vozes dos garotos, aqueles
que eu considerei amigos, soarem em minha cabeça.
Meu pai me disse para ficar amigo dele, mas eu odeio esse garoto.
Ele é da família Cullen, uma família importante. Nós precisamos
gostar dele, mesmo que ele seja um idiota.
–Eu fingia não perceber o
complô que havia ao meu redor, mas foi inevitável. Eu ouvia os garotos dizendo
que só queriam minha amizade por eu ser de uma família importante. Mas eu tinha
os meus pais, minha irmã, isso era o suficiente para não sucumbir. Isso até...
Apertei o corpo de Bella contra
o meu. O pior momento seria lembrado. Nenhuma humilhação passada na escola era
páreo para o que vinha a seguir.
–Mãe! – corri em sua direção. Eu havia passado tanto tempo fora de
casa! Mesmo não sendo mais uma criança, eu queria o colo de minha mãe, negado
para mim durante longos meses.
Mas naquele verão em que fui para casa, eu não encontrei a Esme de
sempre. Aquele ser era desprovido de calor.
Aquela não podia ser minha mãe!
–O que aconteceu? – a voz de
Bella estava longe. Eu havia mergulhado demais nas lembranças dolorosas.
–Voltei da escola para casa e
as coisas estavam muito diferentes. Eu tinha 18 na época. Havia voltado para
ficar em casa apenas por um período, depois disso iria para uma faculdade. E
então eu encontrei a minha mãe deprimida. Ela não contava o porquê disso, mas
eu sabia que tinha haver com o meu pai. Ele traia a minha mãe há algum tempo.
Quando eu era criança, eu não percebia. Na época eu era mais velho, mais
experiente. Minha mãe estava muito deprimida, afinal de contas ela amava o meu
pai.
Eu me lembro daquela imagem
decadente. Esme costumava ser deslumbrante, mas ser traída pelo amor da sua
vida a afetou profundamente. Ela não se arrumava como antes, estava mais magra,
quase não sorria...
–Era doloroso vê-la sofrer e
isso me fez odiá-lo. Eu queria ajudar a minha mãe e achei que dando amor a ela
era o suficiente, mas não bastou.
Esme morta no banheiro, eu fui
o primeiro a encontrar. Lembro de ter visto sangue, comprimidos espalhados no
piso, mas nunca soube do que exatamente morreu. Não importava a causa mortis,
Esme morrera de tristeza e meu pai era o único culpado.
–Ela cometeu suicídio? – Bella
perguntou. Eu assenti.
–Depois disso eu pirei. Eu
estava tão transtornado! Desdenhei meu pai pelo que fez a minha mãe, mas acabei
por agir igual a ele. Ele percebeu o erro que cometeu, percebeu o quanto amava
minha mãe. Foi tarde. Ele morreu de tristeza por tê-la perdido e por ter me magoado
tão profundamente que não nos reconciliamos antes do fim.
E eu me sentia culpado por
isso. Eu não deveria ter julgado tão duramente meu pai. Talvez, se eu o tivesse
perdoado, Carlisle estivesse vivo.
–Você ainda o odeia?
E a pergunta de Bella despertou
uma crise de consciência. Eu o odiava? Odiava meu pai por não ter percebido a
mulher maravilhosa ao seu lado e se deitado com vadias?
–Não. Eu o entendo. Entendo
mais do que eu gostaria. Eu só gostaria de concertar coisas na minha vida. Ter
sido um filho mais presente para a minha mãe, ter me reconciliado com o meu pai
e... – ter sido um marido perfeito, eu completei em pensamento. De todos os
erros que cometi até agora, ter magoado Bella foi o pior. Felizmente eu tive o
eu perdão e estávamos juntos. Mas até quando?
Não Edward! Não é o momento!
Esqueça isso!
–Desculpe... Eu a obriguei a
ouvir minha trágica história. Uma versão resumida dela, na verdade. – eu não
falaria sobre o passado de nós dois, relembrar com Bella ali era o pior. Ela
sofreria muito mais do que eu.
–Eu fico feliz que tenha me
contado. Eu acho que o entendo melhor agora. Eu precisava saber sobre você. – ela
acariciava meu rosto com as mãos pequenas e macias.
–E agora... – eu murmurei
aproximando-me dela, inebriado com o seu hálito, mas disposto a esperar. Agora
eu queria saber sobre ela, tudo o que Bella poderia me dizer.
–Agora? – ela parecia ter outra
coisa em mente. Gostei disso.
–Agora você contará sobre você
enquanto comemos o nosso fondue. – falei, divertido, pegando um morango com
chocolate e comendo-o. Eu me recostei em uma pilha de almofadas que estavam as
nossas costas. Bella aconchegou-se em mim. Eu me estiquei o suficiente para
pegar um morango com chocolate, oferecendo-o a ela.
–Eu já contei para você. Na
época em que namorávamos, lembra?
Claro que Bella havia falado
sobre ela, na época em que eu era um babaca que fingia sentir algo por ela. Ela
contava coisas sobre sua vida, eu me mostrava interessado quando na verdade
pensava e outra coisa.
–Eu sei, mas quero ouvir
novamente. – eu a estimulei. Bella suspirou, rendida, e começou a falar.
Falou de sua infância simples,
porém cheia de amor, que eu nunca tive. Morava com os pais, Charlie e Renée, em
uma casa no subúrbio. Falou a respeito da avó materna, proprietária de uma
chácara que ficava a alguns quilômetros da cidade onde morávamos, e dos muitos
verões que passou com ela. Ouvindo Bella falar tão feliz sobre a chácara e em
como ficou triste quando os pais venderam após a morte da avó, me perguntei se
ela ficaria brava comigo se eu adquirisse novamente o lugar.
Vou providenciar isso o quanto
antes, pensei. Eu poderia comprar a propriedade, reformá-la e dar a chácara
onde Bella passou os melhores momentos de sua infância como presente de
casamento.
Quando Bella falou da morte
prematura dos pais em um acidente de carro, eu senti a sua tristeza. Eu havia
vivido a mesma coisa, nós éramos parecidos nesse sentido. Mas Bella encarou bem
a perda dos pais, venceu sem ter dinheiro ou ajuda. Eu, ao contrário, tinha meu
pai quando perdi minha mãe, minha irmã e uma conta rechonchuda. Ela
definitivamente era uma guerreira que nunca se lastimou pelos pais, apenas
seguiu e frente. E a história acabou aí. Ela não falou sobre a empresa, sobre
mim. Um assunto desconfortável e doloroso para ela.
Eu tinha que mudar isso. Não
queria mais evitar lembrar meu passado com Bella e sentir o clima
desconfortável e triste. Eu trabalharia nisso.
Naquele momento estabelecemos
uma nova conexão. Os desejos da carne esquecidos para suprir outro desejo: a
união das nossas almas ou o que quer que reja nosso corpo.
...
–Ai!
Deixei o vinho de lado e olhei
para Bella.
–O que foi? – perguntei
enquanto já procurava por um novo machucado que, durante a inspeção do médico
pela manhã, passou batido.
–Deixei cair um pouco de
chocolate quente na minha mão. – olhei para o lugar onde havia caído chocolate
do fondue. Bella pretendia tirá-lo com um pano, mas eu a detive. Uma idéia
surgiu tão irresistível que nem cogitei a possibilidade de ignorá-la. Peguei
gentilmente sua mão e retirei com a língua os vestígios do chocolate. E mesmo
depois de retirar todo o chocolate da mão de Bella, continuei um passeio ousado
com minha língua em sua pele. Ela era doce, suculenta, muito melhor do que o
melhor chocolate.
–Edward... – Bella murmurava
completamente entregue as minhas carícias. Afastei os cabelos de sua nuca para
dar um melhor acesso ao seu pescoço, beijando-o. E eu já queimava e ansioso
para possuí-la, querendo me afundar nela só para confirmar o que eu já sabia:
Bella nasceu para mim, eu nasci para ela.
Fui me deitando sobre ela,
minhas mãos querendo sentir a todo custo a superfície e maciez de sua pele.
–Há quanto tempo eu não toco em
você? Há quanto tempo em não sinto o seu gosto em minha língua? – fui retirando
suas vestimentas, procurando não ser tão afoito. A pele de Bella foi se
esquentando, ao contrário do que eu esperava, já que eu a estava despindo.
Percebi que o seu corpo estava quente, excitado e certamente úmido o
suficiente, pronto para me receber.
Quando contemplei seu corpo nu,
não pude me conter.
–Você é linda. Eu já devo ter dito
isso, mas... Como você é linda! – minhas mãos estavam em sua cintura,
mantendo-a perto de mim. Meus beijos foram migrando para seus seios e me
permiti afundar neles. Eram tão bonitos aqueles seios! Tinham uma textura
cremosa e eram rosados como pêssegos. Bella manteve minha cabeça ali,
segurando-me pelos cabelos, enquanto eu explorava com a boca e língua seus
seios, um por um.
Eu dei mais um passo e mais um,
descendo meus lábios enquanto minhas mãos afastavam as pernas de Bella, logo
meus lábios acariciavam sua feminilidade de uma forma tão íntima que homem
nenhum teria esse privilégio. Eu me mantive ali, apreciando seu gosto único,
até sentir que logo Bella chegaria ao ápice. Parei. Não queria que ela chegasse
só, queria que chegássemos juntos ao orgasmo.
–Por que parou? – esbravejou
comigo, os olhos fechados enquanto sua respiração estava aos arquejos.
–Por que eu gosto de torturá-la
assim. – deitei-me novamente sobre ela, meus lábios agora em seu ouvido. – E
também por que eu quero ouvir você me pedir. – mordisquei sua orelha.
–Você quer me deixar louca, não
é? Sempre me fazendo coisas a fim de testar os meus limites. – sua voz era
tingida de sarcasmo. Ela havia percebido, não é? Muito mais do que dar e
receber prazer, estreitando assim meus laços com Bella, eu queria que ela
perdesse o controle sobre si mesma e embarcasse em quaisquer loucuras comigo.
–Talvez. Talvez eu queira que
você enlouqueça. – eu a beijei com luxúria enquanto pegava sua mão, colocando-a
em cima do meu membro. Cada terminação nervosa se agitou, fazendo meu corpo
queimar ainda mais pela excitação que Bella me provocava.
–Eu estou queimando... Eu
preciso de você. – afastei a calça e delirei ao sentir os dedos de Isabella em
meu membro, acariciando-o com certa timidez. Antes era praticamente impossível
isso acontecer entre nós dois. Ainda bem que tudo havia passado, pois nada era
mais prazeroso do que sentir pele contra pele, ouvir seus gemidos... Não, havia
uma coisa muito melhor. Eu queria preenche-la e nos unirmos assim em um único
corpo.
A união não ocorreu de
imediato, ficamos durante muito tempo nos beijando e nos acariciando, provocando
o outro nos pontos mais sensíveis e descobrindo novos pontos. Eu poderia ficar
ali sem problemas, sentindo o calor do corpo de Bella e o calor da lareira, mas
estar deitado em almofadas não se comparava a cama.
–Vamos subir. – murmurei,
afastando-me dela. Bella parecia esgotada para fazer qualquer outra coisa, como
subir uma escada e ir para a cama, então eu a carreguei. Pensou em protestar,
sei que ela pensou, mas desistiu. Eu mantive seus lábios ocupados durante boa
parte do trajeto, até que chegamos à cama e eu a deitei. Lembrei do que senti
ao provar o chocolate em sua pele e tive uma idéia.
–Sabe o que eu quero fazer? Eu
quero comer o restante do chocolate, mas não quero comê-los com morango. Quero
comê-los com você. – mordi com suavidade o seu lábio inferior.
–Se eu disser não, o que você
vai fazer? – fechou os olhos e sorriu.
–Eu sou um menino muito mimado.
Não é qualquer não que irá me deter. – eu me afastei, não daria espaço para sua
recusa, embora eu duvidasse que isso fosse acontecer. Eu desci apressado os
degraus da escada, sem dar bola para minha nudez, e esbarrei em uma mesinha.
–Porcaria! Resmunguei indo para
perto da lareira, pegando o fondue com cuidado. A última coisa que eu queria
era me acidentar com aquele negócio e passar o restante da noite em uma
enfermaria.
Quando cheguei ao quarto, Bella
estava deitada de bruços, suas nádegas a mostra. Peguei uma poltrona,
arrastando-a até ficar próxima da cama, e deixei em cima dela o fondue. Peguei
uma colher e, com cuidado, certificando-me de que não estava mais tão quente,
coloquei um pouco nas costas de Bella.
–Está quente? – perguntei.
–Está maravilhoso. – disse numa
voz relaxada. Não perdi tempo. Coloquei em diferentes partes do seu corpo a
calda de chocolate, lambendo, chupando, mordendo o local escolhido. Bella se
deixou levar, tão entregue aquele momento como eu.
Nossa gostosa brincadeira, em
que Bella passou a ser o “recheio” do meu fondue, durou vários minutos. Quando
o chocolate cessou, eu deixei tudo de lado, coloquei meu corpo sobre o de Bella
e a penetrei.
Não houve dor, apenas o prazer
que ambos sentimos pelo preenchimento. Eu fiquei parado, imóvel nos braços de
Bella, sentindo o quão forte aquela conexão de carne era, antes de me mover.
Procurei prolongar aquele momento, movendo-me devagar. No entanto só consegui
me controlar por alguns instantes. Quando Bella mostrou-se tão impaciente para
que chegássemos ao ápice, eu me movi com mais rapidez até chegarmos ao orgasmo.
Eu me perdi completamente em
seu interior e fiquei quieto, sendo engolido pela escuridão, querendo continuar
naquele estado em que eu era apenas um complemento do corpo de Bella, tamanha a
nossa união.
...
Após o calor do sexo, Bella
adormecendo em meus braços, minha mente agia. O quão forte era a nossa ligação?
Eu não poderia garantir nada com o sexo, com conversas, não enquanto
estivéssemos mergulhados em uma mentira. O contrato existia e nada do que eu
fizesse apagaria isso. Já havia decidido não contar a ela, mas precisava me
garantir ainda mais.
–Dormiu? – perguntei a Bella
não obtendo resposta. Ela havia dormido.
Havia algo que poderíamos ter,
algo que nos ligaria para sempre. E, pela primeira vez, tive que admitir... Nós
precisávamos disso, precisávamos dessa união para o passo seguinte em nosso
relacionamento.
E a idéia era tão atraente! Um
ser diminuto (fruto de um amor sem igual) crescendo no ventre de Bella.
Preenchendo-nos e fazendo com que nossa maturidade e amor cresçam
exponencialmente.
–Bella, você quer ter um filho
meu?
Mas essa indagação ficaria para
outro momento.
Adormeci junto a minha esposa.
Continua...
Nossa que capítulo lindo! São
momentos como esses que fazem a vida valer à pena. Depois de tanto sofrimento
eles mereciam esse momento de amor e paz, desfrutar um do outro e se amarem sem
pensar em mais nada. Só espero que isso tudo dure muito. Beijos e até amanhã.
Oi moms!! Adorei saber mais sobre eles e achei tao lindo ele falando se ela queria um filho, vamos ver qual vai ser a resposta dela ne! Beijusculo ate amanha
ReplyDeleteQue capitulo lindo esses momentos de conversa entre um casal é mto bom,mais ele precisa contar sobre o contrato logo.bjsss!!Ninha
ReplyDeleteOlá meninas! Um filho? Bom, que venha Renesmee. Beijinhos!
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