FANFIC - FOR TEN YEARS - CAPÍTULO 10

Oi gente! Hoje Kristen e Catherine vão jantar na casa dos pais do Rob e as coisas ficam meio quentes entre eles.

Título: For Tem Years
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

For Tem Years

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 10

POV Kristen

As gravações prosseguiram em Londres sem maiores problemas.

A babá que arranjaram para Ruby era muito boa, mas mesmo assim, eu pedia que ela ficasse com Ruby no set. Era melhor tê-la sempre por perto, assim eu ficava mais tranqüila.

O problema era que Rob também estava sempre por perto e dois dias depois que estávamos em Londres eu estava voltando para o trailer quando o vi conversando com a babá, que estava com Ruby no colo.

Eu respirei fundo.

De certa forma era assolada por sentimentos conflitantes sempre que o via perto de Ruby.

Ele me viu e pareceu sem jeito. Como se tivesse sido pego em flagrante fazendo algo errado.

-Oi, já terminou?

-Terminei. – disse também meio sem jeito, pegando Ruby do colo da babá.

Tinha vontade de pegar Ruby e sair correndo. O que era totalmente ridículo.

A verdade era que ainda eu não sabia como ia contar a ele.

Ou se ia.

Estava tudo muito confuso. E eu ia empurrando com a barriga.

-Acho que é minha vez. - ele acenou e se afastou.

E então a coisa mais estranha aconteceu.

Ruby se remexeu no meu colo. Choramingando, os bracinhos estendidos em direção a Rob, como se o chamasse de volta.

Eu encarei a babá.

-Ele faz sempre isto?

-Isto o que?

-Ficar aqui... com Ruby?

Ela riu.

-Ah sim. Ela adora ele.

Eu senti um frio na espinha.

Quanto tempo mais demoraria pra Rob juntar dois mais dois?

Mas se ele não sabia até agora, poderia nunca descobrir.

Ele achava que Ruby era mais nova do que sua real idade.

Talvez nunca suspeitasse.

Eu mordi os lábios, pensativa.

Precisava logo me decidir.

Passaram-se mais quatro dias, e eu não vi mais Rob com Ruby, mas também as gravações se intensificaram e sobrava pouco tempo livre.

Estava chegando para gravar uma última cena do dia e Rob e Catherine estava conversando.

-Tem certeza que sua mãe me convidou mesmo? - Catherine dizia rindo.

-Claro que sim, – Rob riu – ela disse pra levar você e a Kristen para jantar lá.

-Eu? - eu me aproximei franzindo a testa.

-Sim, a mãe do Rob está nos convidando pra jantar. Não é um amor?

Eu encarei Rob, ele sorria de lado.

-Eu não sei... – balbuciei.

-Não sou eu que estou convidando Kristen, é minha mãe. – ele falou rindo.

Eu mordi os lábios.

-Não é por isto!

-Sabe que é. Meus pais apenas querem ser legais. 

Eu respirei fundo e assenti.

-Você vai não é Catherine?

-Claro que sim.

-Tudo bem, eu vou.

-Muito bem. Minha mãe ficará feliz de ver Ruby novamente.

Eu fiz uma careta.

-Vamos gravar! - Catherine mudou de assunto e nós entramos no personagem.

Nós chegamos à casa dos Pattinson e fomos recebidos não só pelos pais dele como também pelas irmãs e respectivos maridos.

E todos ficaram encantados com Ruby e antes que eu me desse conta, ela passava de mão em mão e parecia não se importar com isto.

E eu me sentia cada vez mais oprimida.

Justamente naquele momento, meu celular tocou.

Eu olhei o visor e não acreditei ao ver o número de Michael.

Olhando em volta, vi Ruby no colo de Victória no outro lado da sala, enquanto Lizzy tirava fotos dela com o celular e Rob conversava com Catherine mais a frente.

Eu peguei o aparelho e sai da sala, indo atender na varanda da frente casa.

-Oi Kristen, tudo bem?

Eu respirei fundo. Desde o dia em que ele saíra de casa, eu não ouvia sua voz.

Não é como se eu tivesse sentido falta. Mas naquele momento eu me senti mal por isto.

-Tudo bem. E você?

-Estou bem. Estou com saudades de Ruby, será que poderia vê-la estes dias?

-Estamos em Londres.

-Oh... Eu tinha me esquecido.

-Voltaremos daqui uma semana provavelmente.

-Entendo. E você já... contou a ele?

-Não. Eu não sei se farei isto. Nem sei se... vale à pena mudar tudo agora.

-Eu não posso falar nada sobre isto. É uma prerrogativa sua.

-Você parece nem se importar.

-Queria que eu estivesse bravo Kristen? A filha não é minha e sim dele. Se alguém tem o direito de ficar puto é ele, por eu ter assumido um papel que é dele.

Eu passei a mão pelos cabelos nervosamente.

-Tem razão. – falei com a voz sumida.

-Cuide-se Kristen.

-Você também, Michael.

Eu desliguei e tomei um susto ao ver Rob se materializar ao meu lado.

-Que susto.

-Desculpa. Eu vim fumar. Não sabia que estava aqui.

-Tudo bem.

-Estava falando com Michael? – indagou enquanto acendia um cigarro.

-Sim, estava.

Ele não falou nada, fumando em silêncio.

-Pode me dar um?

Ele me deu um cigarro.

-Não a vejo fumando mais. Achei que tinha parado.

-Mais ou menos. Eu evito por causa de Ruby.

-Entendi. Minhas irmãs querem ter uma filha igual a sua. Se não tomar cuidado, acho que a roubarão.

Eu ri.

-Ruby tem este efeito nas pessoas.

-Michael deve ter orgulho dela.

Eu desviei o olhar.

Era agora.

Eu poderia falar pra ele agora.

“Michael não é pai dela.”.

Bastava eu abrir a boca e falar.

Eu fitei seu perfil no escuro. Meu coração parecia que ia saltar pela boca e meu estômago revirou.

-Rob, eu... - ele me fitou.

Eu abri a boca pra falar. As palavras presas na minha garganta.

E então eu não tive coragem.

Era simples assim.

Eu desviei o olhar, me sentindo uma covarde.

Mas era isto mesmo que eu era.

Uma covarde. Sempre fora. Eu não fora capaz de enfrentá-lo quando descobrira sobre Ruby.

E não era capaz de enfrentar agora.

-O que foi Kristen? - ele insistiu.

-Nada... eu só... acho que vou entrar.

Joguei o cigarro e entrei na casa, deixando Rob para trás.

Nós jantamos e depois fomos todos pra sala.

-Michael te ligou? - Catherine indagou e eu assenti – Está tudo bem?

Eu assenti novamente.

-Está.

Eu não contara a ninguém ainda sobre minha separação.

Na verdade não era da conta de ninguém, e era tudo tão recente, que nem eu sabia lidar com aquilo ainda.

Ruby se mexeu no meu colo, agitada.

E sem aviso, ela se virou e vomitou todo seu jantar na minha blusa.

-Oh Ruby! - gemi.

Num segundo Catherine a pegou, rindo.

E todos estavam a minha volta.

-Nossa. Ela fez um estrago. – Victória falou.

-Ela está doente? - Lizzy indagou.

-Não, isto é normal. Acontece.

-Precisa tirar esta blusa. – Claire falou, solícita.

-Não, eu só preciso limpar. Onde é o banheiro?

-Lá em cima, primeira porta a direita.

Eu subi as escadas e entrei no banheiro, tirando a blusa e ficando de sutiã.

Olhei a mancha e gemi desalentada, peguei um papel, molhei e tentei limpar.

Mas uma blusa estragada por Ruby.

De repente, alguém bateu a porta.

-Kristen? - Ouvi a voz de Rob e antes que conseguisse me mexer, ele abriu a porta.

Segurava uma blusa na mão.

-Oh, me desculpe... – disse – minha mãe pediu pra te trazer esta blusa...

Eu assenti.

Ainda sem conseguir me mexer.

E então, eu reparei que ele não olhava pro meu rosto e sim mais pra baixo.

E eu me toquei que não vestia nada a não ser um sutiã preto.

Não era como se Rob já não tivesse me visto com menos que isto.

Com nada na verdade.

Mas era estranho ele me ver agora.

Eu me senti nua e minha pele arrepiou de repente, um calor súbito percorreu meu corpo.

Fazia quanto tempo que eu não me sentia assim?

Desde a última vez que Rob pousara seus olhos em mim. A verdade me bateu no rosto como um chicote o que serviu apenas pra acelerar as batidas do meu coração.

E aquela velha sensação de inevitabilidade me varreu. Forte. Intensa
Inevitável.
E eu prendi a respiração.

Seu olhar já não estava em meu seio e sim em meu rosto e eu sabia que ele sentia as mesmas coisas.

A mesma conexão elétrica. 

E desta vez o calor se intensificou, percorreu meus minha pele, adentrou em meus poros e fez um estrago dentro de mim. Eu estava queimando.

Com apenas um olhar.

Minha respiração começou a sair por arquejos e meu corpo formigou nos lugares certos.

Eu estava perdida antes mesmo de ouvir um baque da porta batendo atrás dele e seus passos rápidos e minha direção.

No segundo seguinte, ele me beijava com força, os dedos apertando minha nuca, enquanto a outra mão rodeava minha cintura, me levando para perto.

Eu gemi, entreabrindo os lábios, para invasão de sua língua.

Ah, eu conhecia sua textura, seu gosto e me deliciei com esta familiaridade.

Meu corpo derreteu facilmente e meus braços subiram para seus cabelos, enquanto nossas bocas se devoravam.

Ele me empurrou contra a pia, os quadris pressionando os meus e eu gemi ao sentir sua excitação.

Ah sim. Era isto.

Era isto e nada mais que eu queria.

Sua língua na minha boca, seus braços em volta de mim, seu corpo me pressionando, como se quisesse se fundir ao meu.

Eu era incapaz de pensar em qualquer coisa coerente a não ser “Rob. Rob. Rob.”.
Eu estava toda concentrada nele.

De repente uma porta bateu em algum lugar perto dali. Ele parou de me beijar e me encarou ofegante ao me soltar.

E nossos corpos ainda vibravam na mesma sintonia quando tão repentino como tinha começado, ele me soltou.

-Me desculpe – murmurou, passando a mão pelo cabelo num gesto frustrado – Eu sinto muito por isto.

E sem mais, ele saiu do banheiro.

Demorou algum tempo para que eu conseguisse me situar.

O que diabos tinha acontecido?

Mas eu sabia.

Eu e Rob. Como sempre. 

Aquela atração que fazia com que eu deixasse de pensar.

Eu respirei fundo várias vezes.

E o que fora aquele olhar que ele me lançara depois de parar e me deixar plantada ali?

Frustração.

E então eu me dei conta, enquanto vestia a blusa que ele tinha trazido, que ele não fazia idéia de que eu não estava mais com Michael.

E soubesse, será que teria parado?

Continua...

Esses dois não têm jeito mesmo. E a Kris bem que poderia ter contado pra ele sobre a separação, assim já teriam se resolvido logo. Vamos ver se as coisas melhoram daqui pra frente. Beijos e até amanhã.