Boa tarde gente! Será que o Rob vai explicar
pra Kris o que foi fazer em Los Angeles ou vai novamente se esquivar de dar
respostas?
Título: Whitout You
Autora(o): Juliana Dantas
Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Shipper: Robsten
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Without You
By Juliana Dantas
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 6
Eu parei de respirar
por um momento atordoante enquanto as palavras ríspidas dele pairavam entre
nós.
-O quê? – consegui
balbuciar.
Eu queria que ele
repetisse. Eu queria ter certeza do que ouvia.
Rob desviou o olhar,
passou a mão pelos cabelos, num gesto de frustração que eu conhecia tão bem.
E quando voltou a me
fitar, não havia mais tormenta em seus olhos e sim apenas um vazio.
-Esquece isto.
E dando meia volta,
ele saiu batendo a porta.
Eu ainda fiquei ali
parada por instantes sem fim, até que minhas pernas não aguentaram mais e eu me
aproximei da cama lentamente, me sentando.
Levei a mão ao peito,
como se assim pudesse conter as batidas doloridas.
Como assim Rob
estivera em Los Angeles? Depois de tudo, depois de decidir me abandonar,
fingindo aquela morte horrenda, ele voltara.
E por quê?
“Voltei por você”.
O que ele quisera
dizer com isto? Que se arrependera? Que voltara pra me explicar?
Ou apenas queria me
ver de relance e ver que seu plano sórdido tinha dado certo?
E como ele ousava
jogar mais aquilo na minha cara e sair me mandando esquecer?
Eu precisava de
respostas e precisava agora. Estava cansada de ficar no escuro.
Decidida, eu me
levantei e saí do quarto a sua procura.
Talvez fosse uma
idiota completa, mas mesmo assim eu fui atrás dele.
Andei pela casa
inteira, mas não o encontrei.
-Rob? – Chamei no
corredor vazio.
Nada.
Abri a porta e saí. A
chuva ainda caía fracamente. Mas não havia sinal de Rob.
O que dizer? Que eu
fiquei com medo? Medo dele desaparecer no ar novamente?
De nunca mais o vê-lo?
Que espécie de doente eu era?
Eu não o amava mais.
Na verdade, eu chegava perto de odiá-lo.
Comecei a tremer e
entrei, me sentei na sala e me encolhi no sofá, fechando os olhos.
Não havia mais
lágrimas, havia apenas aquele medo sem sentido de Rob ter sumido e me deixado
sozinha.
Como ele fizera uma
vez.
Eu devo ter dormido
porque quando abri os olhos a sala estava numa semi-escuridão e um cobertor me
cobria.
Me sentei, meio tonta,
piscando e meu coração deu um salto ao ver Rob no meu campo de visão.
Ele estava sentado em
outro sofá, me observando e havia uma garrafa quase vazia de whisky na mesa de
centro a sua frente.
Não era difícil
imaginar o que ele estava fazendo.
-Há quanto tempo está
aí? – quebrei o silêncio, passando a mão pelos cabelos.
Ele deu de ombros.
-Algumas horas.
Eu olhei para fora. Já
anoitecera.
-Onde estava? Eu o
procurei pela casa inteira.
-Fui dar uma volta.
-Estava chovendo.
Ele riu, uma risada
sem humor, pegando a garrafa e levando a boca e não falou nada.
Eu me levantei, indo
até a janela. A noite estava escura através da chuva eu podia ouvir as ondas
arrebentando nos recife.
-O que quis dizer
quando disse que foi pra Los Angeles?
-Falei pra esquecer
isto. – respondeu depois de um instante de silêncio.
Eu me virei, irritada.
-Como pode querer que
eu esqueça? Estou cansada de tentar entender os seus motivos.
-Então não tente.
-Você me deve isto.
Ele riu, levando de
novo a garrafa a boca.
-Não te devo nada.
Eu me aproximei sem
pensar e retirei a garrafa de sua mão que voou pelo aposento indo se espatifar
no chão.
-Você me deve três
anos se sofrimento!
Rob se levantou na
minha frente e eu dei um passo atrás, mas não deixei de fitá-lo.
-Você quer saber por
que voltei pra Los Angeles? Eu já não te disse?
-Disse que voltou por
mim, e quer que eu acredite?
-Mas é a verdade.
-Primeiro você quer
que eu acredite que morreu e depois volta sem mais nem menos? O que achou? Quer
dizer que se eu não estivesse com o Michael, você teria aparecido de novo na
minha frente como se nada tivesse acontecido?
-Então estava mesmo
com o Michael.
-Isto é tão injusto!
Como pode ficar parado aí me acusando de coisas que nem sabe, e que nem tem o
direito de saber! Quem tem direito a acusações aqui sou eu! E eu quero saber por
que diabos resolveu voltar para os Estados Unidos se tinha morrido?
Rob passou a mão pelo
cabelo, exasperado. Podia perceber que ele estava tão bravo quanto eu, mas
estava se contendo.
Mas eu não me
importava. Eu queria briga. Eu precisava brigar com ele. Precisava achar um
escape para todo aquele ódio dentro de mim.
-Vamos, responda! –
gritei o empurrando.
Ele não se mexeu e nem
falou.
-Responda! – gritei –
Por que me disse isto, se não vai responder? Por quê?
Eu o empurrei
novamente. Uma, duas, três vezes. Meus punhos batendo contra seu peito com
força.
Até que ele segurou
meus ombros.
-Acha que isto e fácil
pra mim? Acha que eu sinto alguma satisfação em ter você perto de mim de novo,
depois de desistir de você? Eu sei muito bem o mal que eu fiz. E eu convivo com
isto há três malditos anos. Nem eu sei dizer por que eu voltei. O que esperava
encontrar. Talvez esperasse mesmo você com ele. Eu sempre esperei isto.
-Ah meu Deus! Pare de
falar do Michael! Isto não tem nada a ver com ele e sim com a sua covardia! –
eu tentei me desvencilhar das mãos que me seguravam e apertavam meus braços,
então Rob me soltou.
-Você não deveria
estar aqui me exigindo respostas, Kristen. Porque precisamos disto? Você vai
voltar para Los Angeles e eu continuarei aqui depois que a chuva passar.
-Ainda morto não é? –
respirei fundo tentando me acalmar.
Claro que ele tinha
razão. Porque me preocupar em discutir e entender?
Do que adiantaria?
Para o que Rob fizera não havia volta. Ou perdão.
Eu ia querer saber por
que ele voltara um mês depois pra que?
Pra nada. Nada.
O passado estava morto
e enterrado.
Mas eu ainda podia ter
algum tipo de satisfação egoísta com aquilo.
-Eu voltei com o
Michael sim. Ao contrário de você, ele sempre foi meu amigo e sempre esteve lá
por mim, talvez eu devesse ter levado isto em conta quando o deixei pra ficar
com você, acreditando que você falava sério quando disse que me amava.
Eu me virei para fugir
dali, mas uma mão me fez voltar.
-Eu nunca disse que
não te amava.
-Você nunca me amou
Robert. Se me amasse não teria me deixado.
-Justamente porque eu
te amava que eu tinha que te deixar! Será que não entende isto?
-Eu não acredito nisto!
– puxei o braço com força – Eu odeio você e nunca vou te perdoar pelo o que me
fez. E eu vou embora daqui agora, porque não suporto ficar mais nem um minuto
na sua presença.
-Não vai a lugar algum.
– suas palavras vieram acompanhadas de suas mãos em meu braço, me puxando.
E um segundo antes que
eu sentisse a boca dele sobre a minha, tive total consciência do que estava
acontecendo, mas forças nenhuma para recuar.
E então, Rob estava me
beijando.
Era como estar num
sonho, ou um pesadelo.
Eu passei três anos
achando que ele estava morto. Tentando me esquecer de sua existência.
Convencendo a mim
mesma que jamais sentiria seus braços em volta de mim de novo, ou sua boca
sobre a minha.
E agora, contrariando
todas as expectativas, os lábios de Rob estavam sobre os meus.
Mas não havia a mesma
doçura de antes. Era um beijo quase desesperado, doloroso.
Não havia sentimentos
bons naquele beijo.
Nem dele e nem meu.
E mesmo assim, minhas
mãos se agarraram com força em sua camisa, enquanto minha mente girava e meus
lábios se entreabriam a força dos dele, para que a sua língua forçasse a
entrada, enroscando-se na minha. Um gemido baixo escapou de minha garganta e eu
tremi. Uma onda de puro desejo passou entre nós e nada mais importava a não ser
o movimento aflito de nossos lábios, tirando tudo um do outro.
Seus braços me
apertavam, uma mão se enroscava no meu cabelo e a outra, descia por minha
costa, meus quadris.
Meu coração batia
desesperado no peito, num ritmo enlouquecido.
Rob apartou os lábios
dos meus e seguiu uma trilha de beijos quentes por meu rosto, minha garganta, a
barba arranhando minha pele, seus dentes mordiscando meu ombro. Os dedos
subiram para encontrar meu seio por cima da camisa e eu ofeguei, perdida, buscando
seus lábios novamente, me deliciando com seu gosto.
Ainda era o mesmo.
Oh Deus, ainda era o
mesmo gosto do cara que eu amara mais que tudo um dia.
E que havia me
deixado.
A realidade voltou a
minha mente como um balde de água fria e eu o empurrei com força.
Rob não ofereceu
resistência em me soltar.
Ficamos nos encarando,
ofegantes por um instante.
Até que eu limpei
minha boca com as costas da mão, tentando imprimir o olhar de mais nojo que eu
consegui.
-Nunca mais ouse por
as mãos em mim.
Eu quase corri para o
quarto, sem pensar muito no que estava fazendo, apenas era imperativo que eu me
afastasse o mais rápido possível.
Peguei minhas coisas
de qualquer jeito e desci as escadas, passando por Rob, sem ao menos olhá-lo,
saí para a chuva.
Enquanto corria, senti
as lágrimas quentes no meu rosto, me perguntando quando que eu pararia de ser
idiota. Rob não merecia nenhuma lágrima minha.
Não merecia aquela
ceninha ridícula na sala. Nem a briga e nem o beijo.
Eu queria mesmo ter
sentido nojo por beijá-lo.
Mas o nojo que eu
sentia era de mim mesma.
-Kristen!
Oh, droga. Ele viera
atrás de mim.
Apertei mais o passo,
mas Rob me alcançou facilmente.
-Você não pode sair
assim, não tem pra onde ir nesta chuva.
-Não me interessa. Me
deixa em paz! – continuei andando com ele atrás de mim.
-Kristen, volte para
casa. Amanhã daremos um jeito nisto. – sua voz agora era calma.
-Não, volte você pra
seu precioso refúgio! E esquece que eu estive aqui.
Ele soltou um palavrão
e eu respirei aliviada ao ver meu carro na estrada.
-Certo. Fiquei aí. Não
vou mais insistir. – ele falou de repente dando meia volta.
-Ótimo finalmente nos
entendemos! – gritei entrando no carro e batendo a porta.
Pelo vidro embaçado eu
o vi se afastando com um aperto horrível no peito.
Passei as mãos trêmulas
pelos cabelos molhados, tentando voltar a respirar normalmente.
Mais calma, virei a
chave na ignição, rezando pra que ele pegasse desta vez, mas já sabia que isto
não ia acontecer.
-Droga! – resmunguei,
desistindo e liguei o rádio.
E quase gemi ao ouvir
a mesma música de antes ainda ali.
-Que inferno. –
murmurei, me encolhendo de frio.
Talvez eu morresse
congelada ali. Mas ainda era melhor do que ficar com Rob.
Estava se tornando
insuportável pra mim, me manter sob controle.
Eu queria saber e não
podia.
E ficar implorando
para que ele me explicasse era humilhação demais.
Fechei os olhos, mas
só o que eu conseguia pensar era em como eu tinha me esquecido de tudo quando
ele me beijava.
Algumas coisas não
mudavam nunca, pensei irritada.
E esta era uma delas.
Eu precisava ir embora
dali.
Eu não esperava
conseguir dormir, mas acabei adormecendo.
E quando acordei, eu
não estava mais no carro e sim de volta ao quarto.
Na casa dele.
Levantei a coberta e
reparei que não estava usando mais minhas roupas molhadas de ontem e sim uma
camisa xadrez. Que não era minha.
Óbvio que Rob tinha
voltado no carro e me trazido pra cá e ainda trocara minha roupa.
Suspirei, cansada.
Bem, ele não vira nada
do que já não tivesse visto antes, mesmo depois de três anos.
Então eu parei, me
lembrando de algo. Minhas mãos voaram para meu pescoço.
Eu tinha me esquecido
daquilo.
E droga, claro que
estava lá. Há três malditos anos estava lá e agora Rob sabia.
Mordi os lábios sem
saber o que pensar. De maneira alguma eu queria que ele tivesse visto, mas
agora era tarde.
Me sentia mais calma
depois da explosão de ontem e o fato era que eu estava tremendamente cansada
daquela situação. Se ao menos eu pudesse ir embora. Mas a chuva ainda caía lá
fora, incansável.
Resignada, me levantei
e fui pro chuveiro.
Retirei a camisa dele
e a dobrei cuidadosamente para devolvê-la.
Aquele gesto me trouxe
lembranças de outros tempos, de outras roupas compartilhadas.
Sacudi a cabeça para
parar de pensar naquilo.
Me recusava a lembrar
do passado.
O presente já era
doloroso o bastante.
Saí do chuveiro e
procurei minha mala e então me dei conta do porque estava com as roupas dele.
Provavelmente todas as minhas estavam molhadas, pois a mala ainda úmida estava
por ali, mas minhas roupas tinham desaparecido.
Não havia alternativa
a não ser por de volta sua camisa e rezar pra que alguma roupa minha estivesse
seca.
Avistei minha bolsa
por ali e a revirei pegando algo que tinha esquecido.
Fiquei olhando para o
objeto em minhas mãos, antes de colocá-lo. Será que fizera aquilo
propositalmente?
Não importava mais.
Estava na hora de
fazer o que eu tinha vindo fazer na Irlanda. Seguir em frente.
Eu desci as escadas e
Rob estava na cozinha.
Ele me encarou
seriamente, meio retraído.
Eu parei, cruzando os
braços.
-Alguma roupa minha…
-Estão secando. Mas
pode ficar com a minha camisa.
-Eu não posso ficar
vestindo isto.
Ele deu de ombros.
-Pegue o que quiser no
guarda roupa. Sempre fez isto mesmo.
Eu mordi os lábios
para não dar uma resposta atravessada me lembrando de minhas resoluções. Chega
de briga.
-Será que eu posso
tomar um pouco deste café? – indaguei ignorando seu comentário.
-Claro.
Ele se virou e encheu
uma xícara, passando para minha mão e então parou, os olhos fixos em meus
dedos.
-O que é isto? – ele
segurou minha mão onde um anel de diamante brilhava.
Eu respirei fundo.
-É um anel de noivado.
-Vai se casar?
-Sim.
Os olhos dele ainda
estavam fixos no anel, seus dedos passaram por sobre o diamante num gesto
cuidadoso e era impossível saber o que ele estava pensando.
-Michael esperou
bastante. – ele disse por fim.
-Não é com o Michael.
– respondi.
Agora seu olhar
encontrou o meu.
Sim, com certeza ele
não esperava por isto.
-Quem? – indagou.
-Não te interessa!
Você morreu. – eu puxei a mão com força – Mortos não fazem perguntas.
Peguei minha xícara de
café e me afastei.
Rob não me seguiu.
Sentei na varanda,
olhando a chuva.
Em algum lugar ali na
Irlanda, talvez mais perto do que eu imaginava, alguém me esperava.
Era pra isto que eu
estava ali. Para encontrá-lo.
O homem com que eu ia
me casar.
E eu não pensara nele
nem uma vez desde que pusera os olhos em Rob novamente.
Continua...
Como assim ela vai casar? Quem será esse noivo misterioso e esquecido?
Por que é claro que ela não iria se lembrar da existência de mais ninguém
estando com o Rob ali, tão próximo. Principalmente vivendo na situação deles.
Eu não sei vocês, mas eu penso muito no que o Rob está sentido quando leio os
capítulos, às vezes eu penso mais nele do que nela, e fico imaginando que pra
ele deve estar sendo muito difícil também reviver isso tudo. E em como ele deve
sofrer sabendo que ela seguiu em frente sem ele, mesmo que tivesse sido isso o
que ele desejou quando “morreu”. Me corta o coração pensar em como ele deve
estar arrependido e imaginando que as coisas poderiam ser diferentes se ele não
tivesse tomado uma decisão tão radical. Amanhã tem mais. Beijos.
Omg! Omg! Essa fic ta me deixando louca, a Kris vai casar? Como assim? Quem será esse cara? Eu acho que é com o Taylor... Será ele? Bom, acho que terei de esperar até amanhã, beijinhos!
ReplyDeleteComo assim produção? Ela vai casar?? Quem é o fantasma q ñ apareceu ainda??? :O
ReplyDeleteEu tbm fico pensando muito no Rob, e em o q ele ta sentindo, deve ta sendo muito difícil mesmo pra ele, principalmente agora q ele descobriu q ela vai casar... :(
E o q é q tem no pescoço dela??? ñ entendi ...
Esperar pra ver o q é, e quem é o noivo misterioso...
Beijoos!
Assim do nada, noivo!!
ReplyDeleteNao acredito!!
Fico com pena do Rob!!!
ReplyDeleteMas ele teve um motivo pra fazer, qual seria?
Bem se casar deve ser algum personagem dela, assim ela quer fazer ele sofrer...