Oi amores! Hoje descobriremos mais um
pouco da história do Edward e Bella tem um plano para ajudá-lo na busca por uma
garota legal...
Título: Um Selvagem Diferente
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Comédia, Universo Alternativo, Amizade, Lime
Censura: NC-18
Um Selvagem Diferente
By Lunah
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foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 14 - A Parceria de
Edward e Bill
Narração – Bella:
Em uma lanchonete, Edward e eu
dividimos uma pizza média de mussarela. Enquanto comia, me perguntava como
poderia fazer uma garota se interessar pelo selvagem. Era provável que todas as
mulheres tivessem a mesma impressão que tive no início: mendigo.
– Ed, você ficaria mais atraente
se tirasse essa barba de homem das cavernas.
– Não estou com muita vontade.
Além disso, quero que alguém se interesse por minha personalidade e não pela
minha aparência.
– Ok. - tive que prender o riso.
Ele devia se achar um lindão. - Gostou dos seus óculos? - não o tirou do rosto
nem para comer.
– Sim.
– Que bom. - fiquei satisfeita em
poder presenteá-lo. - Então... - mordi um pedaço da pizza. - Me fala mais sobre
sua mãe. Não vê ela desde quando?
– Desde que me levou para a ilha.
- respondeu com uma estranha indiferença.
– Espera. - fiz os cálculos
rapidamente. - Está me dizendo que não tem notícias da sua mãe há quinze anos?
– Sim.
– Uau! Como se sente em relação a
isso?
Edward deu de ombros, bebeu um
pouco de chope e olhou para o movimento da lanchonete, mostrando que não
estenderia o assunto.
– Não gostei dessa Sarah Cullen.
- comentei, solidária com a provável dor dele.
– Ela nunca possuiu Cullen em seu
nome. Sempre foi só Sarah Ryan.
– Ah... - assenti absorvendo a
informação. Então, me lembrei que aquele nome era muito conhecido. - Espera.
Está falando da grande estrela Sarah Ryan? - embasbaquei.
– Como? - ficou confuso.
– Oh, meu Deus! - não podia ser
verdade. - Como ela era fisicamente?
– Loira, olhos azuis, bonito
sorriso... engraçada.
– Ai, caramba! - uma súbita
histeria de tiete me atingiu em cheio. - Você é filho da Sarah Ryan! Eu não
acredito! - me virei para a mesa ao lado. - Ele é filho da Sarah Ryan! Da
Sarah! - apontei para Edward, praticamente quicando na cadeira. - Eu sou tão,
tão fã dela! Sarah Ryan! - não consegui mais parar de falar o nome da mulher.
Ed abaixou a cabeça porque meus gritos de empolgação estavam incomodando os
clientes da lanchonete. - Sarah Ryan. - falei mais uma vez, ofegante.
– Vamos mudar de assunto? - pediu
baixinho.
– Seu bobo! - quase bati nele. -
Não está percebendo que sua mãe deixou de ser uma simples atriz de teatro e
virou uma mega estrela do cinema? Ela estrelou as melhores comédias românticas
do mundo. Eu trabalhei em uma locadora de DVD, via os filmes da Sarah o tempo
todo.
– Não estamos falando da mesma
pessoa. - balançou a cabeça com desdém.
(...)
– Então, o que me diz agora?
Precisei levar Edward na locadora
onde trabalhei para ele ver com os próprios olhos a capa de um dos filmes de
sua mãe.
– É ela. - confirmou em um
murmúrio.
Pulei de alegria no meio do corredor
da sessão de romance.
– Eu sabia! Eu sabia! O que vai
fazer?
– Nada. - colocou o DVD de volta
na prateleira.
– Como nada? - me revoltei. - Não
vai procurar sua mãe?
– Não. - respondeu com firmeza.
– Edward, o que foi? - séria,
toquei-lhe o braço.
– Ela sabia onde eu estava todo
esse tempo. Se quisesse falar comigo teria me procurado.
O pior é que ele tinha razão.
– Desculpe, eu me empolguei. - olhei
para a prateleira.
– Vamos? - senti que ele estava
pouco confortável ali.
– Não quero ser chata, mas
preciso perguntar. Não quer ver nenhum filme da sua mãe? - franzi o cenho, na
dúvida se estava agindo corretamente. Edward ficou olhando para os filmes em
silêncio. Quis saber que tipo de conflito existia na mente dele, mas minha
curiosidade foi aplacada pelo olhar que lançou para mim. Com um simples gesto,
pediu minha opinião e eu apreciei sua atitude. Foi bom me sentir útil. - Vamos
levar este aqui. - peguei o DVD. - É o meu favorito.
(...)
Levei Edward para casa. Durante o
trajeto, falamos pouco, pois não quis perturbá-lo. Tinha certeza que ele
absorvia lentamente o fato de que sua mãe era famosa.
Coloquei o filme no DVD player e
corri para sentar-me ao lado do selvagem, no sofá grande da sala. Avancei
rapidinho os trailers e os créditos inicias, mas deixei o filme rodar
normalmente quando o título apareceu grande na tela.
– Amor à meia noite? - Edward
fez careta para o título aparentemente meloso.
– É muito bom, eu garanto. Quando
Alice e eu éramos adolescentes, assistimos umas mil vezes.
O cara cruzou os braços e voltou
sua atenção para o filme.
A história era sobre um jovem
idealista e de espírito livre que gostava de vagar à noite pelas ruas de uma
cidade fictícia chamada Aurora. Uma noite, ele encontrou Hilíria, interpretada
por Sarah. A mulher passava todas as madrugadas em uma ponte, esperando por um
antigo amor que prometeu voltar para ela. Os protagonistas tornam-se amigos e
passam a se encontrar apenas durante a madrugada. O jovem se apaixona por
Hilíria, a qual não consegue retribuir seu afeto por estar irremediavelmente
apaixonada por um andarilho.
Apesar dos trechos cômicos, a
história tinha um grande apelo dramático que fazia qualquer um se emocionar.
– O que está achando? - indaguei.
– Me lembra uma das obras de
Dostoievski.
– Nem sei do que está falando,
mas também não precisa explicar. - ri sozinha. - Sabe o que me incomoda? São
essas personagens que ficam sofrendo por homens que nunca vão amá-las
devidamente. Parecem sempre tão cegas. - Edward me encarou de uma forma
estranha. - O quê? - não entendi sua reação.
– Por que triângulos amorosos? - ele
revirou os olhos. - Porque não pode ser simples? Só duas pessoas que se
encontram e se apaixonam?
Ri de sua expressão.
– Eu não sei. Talvez o mundo seja
assim mesmo. Alguém sempre termina com o coração partido.
– Talvez. - concordou.
– Mas convenhamos, a
interpretação de Sarah está impecável.
Edward não respondeu.
Depois de nossa rápida conversa,
não consegui mais dar a devida atenção ao filme. Fiquei estudando Edward e suas
sutis reações às cenas românticas. Por mais forte e independente que ele
parecesse, era nítido que Ed secretamente buscava o que todos buscam: amor.
De forma covarde, não tive
coragem de lhe dizer que o “amor” é mais mito do que verdade. O sentimento que
liga as pessoas é inconstante e traiçoeiro. Esse sentimento se chama paixão.
Ninguém passa décadas e décadas apaixonado. Os sentimentos mudam, porque as
pessoas mudam. Será que Edward compreenderia isso em tão pouco tempo?
Durante o final do filme, minha
mente mergulhou nas expressões faciais de Edward, procurando desvendar os seus
pensamentos. Ele assistia atentamente a personagem de sua mãe se despedir do
amigo para ir embora com o andarilho que a fez esperar por um ano. Era uma cena
de apelo emocional forte, com uma atuação gloriosa de Sarah. A história dos
mocinhos foi linda, mas o jovem nunca conseguiu vencer o amor que Hilíria
sentia pelo andarilho. Era triste, porém, lindo.
Eu já sabia como o filme
terminava, só que Edward, não. O jovem apaixonado terminava sozinho e com um futuro
incerto. Eu tinha certeza que era a primeira vez que meu amigo via algo do tipo
e... era a primeira vez que via sua mãe em quinze anos.
O selvagem ficou um pouco tenso e
seus olhos pareciam levemente marejados. Tinha certeza que eu teria chorado pela
milésima vez se estivesse prestando a devida atenção ao filme. No entanto, as
reações de Edward eram bem mais interessantes. Tudo aos olhos deles parecia...
novo.
Ele estava sentado há alguns
centímetros de mim, por isso pude ouvi-lo engolir a saliva com dificuldade.
Notei que aquela experiência estava mexendo com seu interior. Olhei para sua
mão pousada no assento e, sem ter certeza do que estava fazendo, fui
aproximando lentamente minha palma da sua. Confesso que fiquei nervosa. Não
sabia como ele reagiria a tal contato.
Com delicadeza, coloquei minha
mão em cima da dele. Inicialmente, não reagiu. Pensei em retirar a mão, mas ele
girou sua palma para cima, entrelaçando nossos dedos. Queria consolá-lo de
alguma forma, mostrar-lhe que ele tinha uma amiga ali. Não me preocupei mais. O
que fiz pareceu a coisa certa.
Permanecemos de mãos dadas até os
créditos finais começarem a subir na tela. Não havia nada que eu pudesse falar
quanto à Sarah Ryan. Eu continuava sendo fã dela, mas também me sentia triste
por Ed. Então, impulsionada pela compaixão, falei algo totalmente impulsivo e
surpreendentemente altruísta.
– Edward, não se preocupe. Eu vou
te arranjar a melhor garota do mundo.
Eu não era assim...
Estava começando a enxergar que a
guinada que dei na minha vida durante a madrugada, estava desencadeando uma
série de acontecimentos e decisões inesperadas.
O selvagem me encarou e, no mesmo
momento, tive um baita idéia.
– JÁ SEI! - levantei-me
empolgada.
– O que foi? - ficou aturdido.
– Eutoquerendo.com. - sorri.
– Repete. - franziu o cenho.
(...)
No escritório do meu pai, acessei
o site, me sentindo um gênio.
– Eutoquerendo.com. - virei o
monitor na direção de Edward, o qual estava sentado na ponta da mesa.
– O que é isso?
– É um site de relacionamentos. Aqui
você pode conhecer garotas do mundo inteiro, mas não se preocupe. Vamos
selecionar apenas as de Orlando.
– Conhecer? - balançou a cabeça
sem entender.
– É muito maneiro. Vamos criar o
seu perfil rapidinho e depois as interessadas vão te escrever. - tentei
simplificar. - É como auto-propaganda. É um jeito rápido e simples de conhecer
mulheres com os mesmos interesses que você.
– É estranho. - respondeu com o
pé atrás.
– Ed, nós não temos muito tempo.
Achar a garota certa é como procurar uma agulha no palheiro. Precisamos
procurar por todos os lados.
– Tudo bem. - suspirou. - O que
tenho que fazer?
– Vou preencher o seu perfil. Vou
ler as perguntas e você responde para que eu possa digitar. - me enchi de
esperanças.
Coloquei o monitor virado para
mim e, rapidinho, cadastrei Ed. Preenchi as informações básicas como nome,
idade, sexo, cidade... Então, o questionário ficou mais difícil.
- Tem uma seção onde precisa
falar de sua aparência. Responde de forma direta, ok?
– Ok.
– Estatura?
– 1. 85m
– Tipo físico?
– Er... - não soube o que
responder.
Dei uma rápida olhada nele e
digitei: malhado.
– Estilo?
– Como assim?
– Vou colocar descontraído. - elegante
é que não podia ser. - Olhos?
– Dois. - brincou.
– Azuis. - mais uma vez respondi
por ele.
– Cabelos?
– Não tenho certeza. O que você
acha?
– Baixa a cabeça. - ele me
obedeceu e passei a mão por seus cabelos. - Não sei... - analisei com mais
cuidado. - Estou entre castanho claro e loiro escuro. Bem, isso é o de menos.
Vou colocar loiro escuro.
– Por mim tudo bem.
Na parte que perguntava se ele
possuía barba ou bigode, ri alto, mas Ed não entendeu o porquê.
– Agora vamos falar sobre seu
estilo de vida. Orientação sexual?
– Tem certeza que precisa
perguntar?
– Ué, se você for bissexual, não
vou adivinhar. - justifiquei-me.
– Próxima pergunta. - exigiu.
– Fumante?
– Não.
– Bebe?
– Parece que agora sim. - riu
baixinho.
– Tem filhos?
– Não.
– Quer ter?
– Isso é um convite? - debochou.
– Sim. - para descontrair, entrei
na brincadeira. - Eu faria qualquer coisa por uma pensão alimentícia ou alguns
diamantes da selva. Topa?
– Vou pensar.
Ri, depois voltei ao
questionário.
– Animais de estimação?
– Você sabe que tenho.
– Um puma não é animal de
estimação. É um atestado de loucura. - fiz uma careta cômica. - Tudo bem. Vamos
fingir que você tem um cachorro. Pronto para perguntas mais difíceis?
– Sim.
– Falar sobre seus gostos é
importante. É essa parte que vai fazer você parecer um cara legal.
– Entendi.
– O que gosta de fazer nas horas
vagas?
– Rapel, canoagem, nadar em mar aberto,
ler, desenhar, acampar...
– Shhh! - interrompi. - Não
parece real. Qualquer pessoa que ler isso, vai achar que você está inventando
esses lances.
– Mas é verdade.
– Vamos colocar apenas ler,
desenhar e acampar, ok? É bom manter um mistério. - Edward teria mais chances
se parecesse um cara comum.
– Livro favorito?
– Viagem ao Centro da Terra.
– Fala sério! - soltei sem
querer.
– Qual o problema? - ficou
curioso.
– Os geólogos adoram esse livro.
Meu pai tentou me fazer ler, mas eu dormi no primeiro parágrafo. Não gosto
muito de ler.
– É uma grande história.
– Não é o tipo que agrada as
mulheres. Se você achar uma doida que goste de Viagem ao Centro da Terra amigo,
case-se com ela.
Edward riu.
– Tem mais perguntas, Bella?
– Sim. Filme?
– Não sei. - deu de ombros.
– Vou colocar Amor à Meia Noite.
- sorri provocando. - Eu sei que você gostou.
– Próxima pergunta. - mudou de
assunto.
– Música favorita?
– Não tenho.
– Como não tem? - bestifiquei. -
Todos têm uma música favorita.
– Não tenho. - repetiu com simplicidade.
– Isso é inconcebível! Não posso
ficar perto de alguém que não gosta de música. Alôô... Música é tudo!
Ele suspirou como se eu estivesse
criando caso. Eu amava música e o fato de Edward não ter uma canção favorita me
deixou revoltada.
– Podemos avançar?
– Não. Você precisa de uma música
favorita. Qualquer uma. - insisti.
Ele refletiu um pouco, então
falou, olhando para as próprias mãos:
– Existe uma, mas eu não sei o
nome. Sarah cantarolava para mim.
Percebi que por detrás das
brincadeiras e sorrisos, Edward ainda pensava em sua mãe e nos possíveis
motivos que a levaram a se afastar dele. Vê-la no filme provavelmente lhe
trouxe mil lembranças.
– Canta para mim, talvez eu saiba
que música é.
– Não. - riu sem humor. - Eu não
canto. Eu... nunca canto.
– Só um pouquinho. Não precisa
ter vergonha.
– Esqueça.
– Nem precisa ser alto. - insisti,
levantando-me. - Prometo que será só uma vez. - fiquei de frente para ele.
– Só uma vez? - ele estava quase
cedendo.
– Só uma vez. - confirmei.
Edward passou a mão no cabelo,
constrangido. Em seguida, puxou-me para perto de si colocando os lábios
próximos ao meu ouvido. Ele pigarreou antes de começar e eu fiquei bem quieta.
– Once upon
a time, I was falling in love. But now, I'm only falling apart. Nothing I can do.
A total eclipse of the heart. Once upon a time, there was light in my life. But
now, there's only love in the dark. Nothing I can say. A
total eclipse of the heart. (Era
uma vez... eu me apaixonei. E agora eu estou simplesmente desabando. Não há
nada que eu possa fazer. Um eclipse total do coração. Durante algum tempo houve
luz na minha vida. E agora só há amor na escuridão. Nada que eu possa dizer. Um
eclipse total do coração.) – cantou
muito baixinho. Sua voz rouca até que era bonitinha.
Logo reconheci a música, mas não
falei nada. Meu amigo estava tendo um dia difícil e o mínimo que eu podia fazer
era deixar que ele partilhasse a saudade que sentia de Sarah comigo. Tentei
enxergar os sentimentos que existiam por trás de sua voz, só que não consegui.
Edward suspirou e, ao fazer isso,
seu hálito tocou meu pescoço fazendo minha pele arrepiar-se. Estremeci o
suficiente para que ele notasse. Ed, gentilmente, passou a mão no meu braço
esquerdo, ajudando minha pele a voltar ao normal.
– Desculpe. - sussurrou.
– A Total Eclipse of The Heart. – falei buscando seus
olhos. - É o nome da música.
– Obrigado.
– Quê tá pegando? - Jasper,
acompanhado por Emm, adentrou o escritório sem bater e imediatamente sentei-me
na cadeira. - Pô, T-zed! Você não vai nos ensinar nada hoje? Nós até nos
exercitamos.
– Dá uma folga para o cara. - falei
salvando o perfil de Ed no site.
– O que vocês estão fazendo? -
Emmett se aproximou.
– Ed precisa de uma namorada.
Estou procurando uma Rainha da Floresta.
Jazz e Emm trocaram olhares chocados
e em seguida, explodiram em uma gargalhada.
– Precisava ter falado desse
jeito? - o selvagem murmurou.
Eu sei que às vezes o mato de
vergonha, mas não consigo evitar.
– Essa Jasper não pode perder.
Jasper precisa acompanhar essa saga. - o idiota ria muito.
– Véi... - Emmett passou o braço
em volta dos ombros de Edward. - Se tu tava querendo descabelar o palhaço,
devia ter nos procurado. Somos teus manos, pô!
– Cala a boca! - me revoltei. -
Ele não precisa de uma vadia com cara de pamonha.
– Bella, você não entende. Fica
na tua. É assunto de homem.
– Rá! Até parece que o Idi e o
Ota sabem alguma coisa sobre mulher. Jazz literalmente só fica na mão e você só
pegou a loira-chave-de-cadeia.
– Jasper só é humilhado. - meu
irmão, chateado, sentou-se em um canto. - Não precisa ficar dizendo por aí que
Jasper amassa o alho.
– Eu fiz um perfil de Edward no
site eutouquerendo.com. Vai bombar, acreditem.
– Descabelar o palhaço? Amassar o
alho? Bombar? Espero que sejam coisas boas. - o selvagem estava meio perdido.
– Não se preocupe. Sei o que
estou fazendo. - menti. - Você só precisa de uma boa foto para o perfil.
– Beleza. Nós vamos ajudar. - Emm
interferiu.
– Não vão, não. - fechei a cara.
– Relaxa, Bella. A gente manja
muito das coisas. Nós vamos preparar T-zed para as fotos. Vamos dar um tapa no
visu dele. Vai ficar irado!
Bufei. Eu realmente precisava de
uma mãozinha. Talvez os rapazes convencessem o selvagem a ficar mais
apresentável.
– Tudo bem, vou pegar a câmera
digital. Façam Edward parecer “o cara”.
– Por que tenho a forte impressão
de que não vou gostar disso? - Edward franziu o cenho.
(...)
Na sala, coloquei as pilhas na
câmera e deixei no ponto. Assim que ouvi os murmúrios vindos da escada, olhei
para trás e senti meu queixo cair. Na verdade, despencar.
– Edward... é você?
– Não tenho certeza. - respondeu
um pouco chateado.
Os rapazes praticamente o
empurraram escada abaixo e se posicionaram ao lado dele, bem na minha frente.
– Então? - Emmett ficou ansioso.
– Nem tenho palavras. - tentei
prender o riso, mas foi pior. Dei uma gargalhada tão alta e descontrolada que
até ronquei um pouco.
– Totalmente hip hop. - Jazz
alegou sorridente.
– Totalmente. - concordei.
Edward estava com uma blusa de um
time qualquer e um macacão hiper largo por cima, com apenas uma das alças
abotoada. Eu não sabia se ria dos tênis prateados ou do boné virado para trás.
Como se já não estivesse enfeitado o suficiente, ainda usava vários cordões pendurados
no pescoço. Aquele troço brilhava tanto que, com certeza, poderia achar Ed no
escuro.
– Não enche, Bel. Ficou show! Ele
finalmente tem um visual digno de seu apelido. - Emmett se justificou.
– Bebeu água da privada? - como
ele podia dizer aquilo? - “T-zed” agora tem um visual digno de um traficante.
Se mandem daqui e só voltem com algo mais... - analisei o pobre selvagem. -
Rock n’roll! - Edward bufou, subindo as calças, ou melhor, o macacão. Foi para
a escada e, antes que sumisse de vista, gritei. - Ei, Ed! - ele virou-se para
mim. - Diga “Yow”. - ri, tirando uma foto daquele momento memorável.
(...)
Coloquei uma cadeira de frente
para a escada e fiquei esperando. Assim que avistei Edward no topo dela,
levantei-me e gritei.
– Que porra é essa?
Emmett e Jasper riram. Edward
revirou os olhos e cruzou os braços.
O coitado do meu amigo estava com
o cabelo todo repuxado para cima, parecendo um punk. O problema não estava só
no penteado, mas também nas vestes. A calça de couro preta era demasiadamente
apertada por ser de Jasper. Ficou simplesmente ridículo. Mesmo Edward tendo um
peito definido para ajudar, a maquiagem preta nos olhos o tornou um tipo menos
bizarro de Marilyn Manson.
– Você disse rock n’ roll. -
Jasper tentou tirar o dele da reta.
Por falta do que jogar em meu
irmão, tirei meu tênis e joguei em sua direção.
– O façam parecer normal, seus...
seus... anormais! Por favor, algo mais alegre.
– Quanta contradição. - Emmett se
queixou, me jogando o sapato de volta.
Claro que não perdi a chance de
tirar uma foto do selvagem naquelas condições.
(...)
Sentada de pernas cruzadas,
folheei uma revista.
– Então? - a voz de Edward veio
do alto da escada.
Receosa, ergui a cabeça e o
encarei.
– Oh, Deus. - a revista deslizou
de minhas mãos.
Ed estava metido em uma calça
boca-de-sino e a camiseta com estampa psicodélica fechava o look hippie. Até
tinha lencinho amarrado na testa.
– Rápido, faz aquilo que te
ensinei antes que ela critique. - Jasper cutucou o selvagem.
Edward, desanimado, fez sinal de
“paz e amor”.
Balancei a cabeça, totalmente
incrédula.
– Acho que se ele segurasse um
baseado ia ficar mais legal. - Emmett estava falando sério.
– Ed, você já se olhou no
espelho? - indaguei sem saber se ria ou se chorava.
– Não me deixaram. - lançou um
olhar de ódio para meu irmão.
– Diga “altamente coisativo”. - tirei
uma foto dele.
– Desisto. - foi para o quarto e
os patetas o acompanharam, tagarelando.
– Onde está Alice quando
precisamos dela? - murmurei desanimada.
(...)
– Não! Não! Não!
Ouvi os gritos de Emm e Jasper,
mas não consegui entender o que estava rolando no andar de cima. Então, sem
nenhum aviso, Edward desceu as escadas, completamente pelado.
Embasbacada, fiquei muda quando
ele passou por mim, dizendo:
– Nunca mais vou fazer isso.
Emmett se aproximou e sussurrou.
– T-zed desistiu das roupas. - riu
baixo. - E olha que eu nem insisti pra ele vestir as roupas no estilo Disco.
– Estou vendo. - antes que o cara
da selva atravessasse a porta, tirei uma foto.
Mal tive tempo de me lamentar e
ouvi o grito de Jully vindo do jardim. Disparei porta afora e a encontrei perto
da piscina, totalmente chocada pelo fato de Edward mergulhar pelado, como se
estivesse completamente sozinho.
Fui até ela a fim de lhe acalmar,
mas aquela mania de “liberdade” do meu amigo era difícil de explicar.
– O que deu nele? - ela
questionou, evitando olhá-lo.
– Acredite, estou me perguntando
a mesma coisa. Não se preocupe, Edward parecer gostar de um ventinho em seu
lado primitivo. Fora isso, é totalmente inofensivo.
– Estou sem palavras. - foi para
dentro da mansão.
Eu já esperava aquele tipo de
reação vindo de Jully. A garota era muito certinha. Eu até podia apostar que
era a primeira vez que ela via um homem sem roupa. Minha prima, ao contrário de
mim, sempre viveu para os estudos. Quando morava conosco, até lhe apresentei
uns carinhas legais, mas Jully era tímida demais para sair curtindo uma boa
“ficada”. Eu realmente queria que ela mudasse e passasse a aproveitar a vida,
mas respeitava o jeitinho dela.
Edward saiu da piscina,
aparentemente mais relaxado e o observei meticulosamente. Seus cabelos
molhados, água escorrendo pelos músculos definidos... Eu não tive dúvidas de
que podia tirar proveito daquilo.
Sem chamar muito a atenção,
passei a tirar fotos dele da cintura para cima. A forma como passava as mãos
pelos cabelos ou espreguiçava, me mostrou que seus movimentos naturais eram
perfeitos para uma boa foto sexy.
Explorei os melhores ângulos,
descobrindo que seu visual selvagem ia chamar a atenção das mulheres que
buscavam pretendentes com cara de “homem” e não com aparência de garotão.
– O que está fazendo?
Dei um meio sorriso.
– Você é perfeito.
– O quê? - ergueu uma
sobrancelha.
– Não. - ri envergonhada. - Não
quis dizer perfeito...
- me atrapalhei na tentativa de me retratar. - Me expressei mal... eu... quis
dizer que é perfeito para o site de relacionamento. Você vai fazer sucesso... é
isso! - mesmo sendo sincera, tropecei nas palavras. - Não sente vergonha de
ficar sem roupa na frente de outras pessoas?
– E por que deveria ficar? Nudez
é natural, roupas deviam ser usadas apenas para aquecer.
– Diz que está brincando. - os
ideais de Ed eram estranhos demais, quase inaceitáveis.
– Pareço estar?
Preferi não responder. Mesmo
sendo amiga dele, às vezes não tinha como fingir que não existia uma barreira
cultural entre nós.
– Refrescando as cabeças, Ed? -
Emmett se aproximou rindo. - Ei, Bella, eu tive uma idéia.
– Fala.
– A internet não é o lugar certo
para procurar uma boazuda para o T-zed. Ele precisa sair, entende? Devíamos
levá-lo pra noite. O que acha?
– Hum... - tamborilei os dedos na
boca, arquitetando. - Quanto mais garotas ele conhecer, maiores são as chances
de achar a Rainha da Floresta.
– Legal! Jasper e eu vamos
levá-lo àquela boate com decoração de pirata.
– O Bucaneiro?
– Esse mesmo.
– Como assim, Jasper e você? - não
entendi porque estavam me excluindo.
– Ah, qualé, Bel! Nós vamos caçar
mulheres, você seria um repelente. É muito mais fácil abordar as gostosas
estando só entre homens. As mulheres se sentem mais à vontade para dar... - riu.
- O número do telefone.
– Imbecil! - soquei-lhe o ombro.
- Tudo bem, podem ir amanhã.
– Já é!
Me fingi de conformada.
Há. Até parece que eu ia deixar
Jasper e Emmett estragarem toda a busca pela fêmea do selvagem. Eu mesma ia
levar Ed ao Bucaneiro logo que anoitecesse.
(...)
Às 20:00hs desci as escadas
pronta para ir à boate. Tive que passar pela sala onde Jazz, Emmett e Rosalie
estavam. Os rapazes assistiam a um jogo de futebol e não deixaram de me notar.
– Aonde a bananinha louca vai há
essa hora? - meu irmão arqueou a sobrancelha.
– Vou à casa de Alice. Quero
saber por que ela não apareceu hoje. - já tinha planejado aquela desculpa.
– E por que a bolsa? - Rosalie
desconfiou, não me ajudando em nada.
Passei a mão por minha bolsa
transpassada e sorri, esbanjando falsidade.
– Estou levando umas roupas que
ela deixou aqui. Até mais. - cortei o papo. Me dirigi até a porta, mas ao
abri-la, Emmett falou.
– Cadê o T-zed?
Merda!
Me virei e respondi:
– Deve estar dormindo na casa da
árvore. Deixe-no em paz, ele está sensível.
Saí andando normalmente, porém,
logo que fiquei fora de vista, corri até a casa da árvore. Olhei para a janela
e estava tudo escuro dentro da casa. Impaciente, assobiei alto.
– Edward! - chamei baixinho, em
seguida, assobiei novamente.
Ele colocou a cabeça na janela,
confuso.
– O quê?
– Vem! – chamei-o com as duas
mãos.
(...)
Ao subirmos no ônibus, fomos
direto para o fundão. Edward ainda não sabia os detalhes do meu plano, mas confiava
em mim. Sentamos no último banco. Ele era comprido, não duplo, como os demais.
Atrás de nós ficou a lataria do veículo e, à nossa frente, o corredor.
Aproveitei que só havia alguns passageiros nos primeiros bancos e decidi
começar minha transformação.
– Preciso de ajuda. - tirei minha
jaqueta. - Vou ter que me despir.
– O quê? - não acreditou.
Fiquei de pé e joguei a jaqueta
para ele.
– Anda, Ed! Segura isso pra que
eu possa me trocar.
– Isso é brincadeira, certo?
Desabotoei a calça, mostrando que
não estava de onda. Assim como pedi, Edward ficou na minha frente usando a
jaqueta como cortina para que os passageiros não me vissem de lingerie.
– Não é pra olhar, hein! - tirei
o top tomara-que-caia preto, deixando à mostra o sutiã meia taça. Ed ficou olhando
para o teto, estarrecido com minha ousadia.
– Qual o problema? Não foi você
quem falou que nudez é natural? - brinquei.
– Só que estamos em lugar
público. Podemos nos complicar.
Joguei a blusa no banco e tirei
minhas botas. Alguns passageiros perceberam a agitação, mas não interferiram.
– Não se preocupe, não vou ficar
nua. - tirei minha calça, rindo da cara de Edward. Ele deu um meio sorriso e me
encarou. - Ei! Só porque me viu pelada uma vez não significa que tenha o
direito de espiar. - fui o mais dura possível.
O ônibus deu um solavanco e eu me
desequilibrei, indo parar nos braços dele. Rapidamente o selvagem me abraçou,
cobrindo-me com a jaqueta. Por sorte, ou por conta do equilíbrio de Edward, não
fomos ao chão.
– Você tem cada idéia. - gargalhou.
- É a pessoa mais estranha que já conheci.
– Idem.
– Ei, vocês aí atrás! - o
motorista esbravejou enraivecido. - Vou colocá-los para fora. Estão pensando
que aqui é o quê?
– Não, seu motorista! Eu vomitei
minha roupa toda e estou trocando-a. Será rápido, ninguém vai nem notar. - gritei
de volta.
Me afastei de Ed e tirei da bolsa
uma camiseta de Jasper. Depois, vesti calças cargo. Calcei tênis e, por fim,
prendi meu cabelo, enfiando um boné na cabeça. Edward assistiu tudo em
silêncio. Acho que estava com medo de perguntar qual era minha intenção com
tudo aquilo.
Com dificuldade, consegui guardar
toda a minha roupa dentro da bolsa. Ela era feita de um tipo de couro mole na
cor preta, totalmente neutra, que podia ser facilmente confundida com uma bolsa
unisex.
– Devo fazer alguma pergunta
Bella? - sentou-se no banco.
– Bella? Quem é Bella? - engrossei
a voz. - Meu nome é Bill!
– Ah, meu Deus. - gemeu sacando
tudo.
– Antes de você me censurar,
preciso dizer que isso é totalmente necessário. Emmett tinha razão. Se eu for
com você vestida de mulher, podem nos confundir com um casal e suas chances de
conhecer alguém diminuem. Além disso... - me gabei. - Eu sei como chegar junto
das mulheres, pois sou uma. Sei exatamente o que elas querem ouvir e como
querem ouvir. Será uma boa estratégia para fazer com que você tenha a
oportunidade de papear com algumas.
– Sinceramente, nem sei o que
dizer. Acho que ninguém vai acreditar que é homem.
– Acho que vou me sair bem. Fiz
teatro no colégio. - olhei através da janela mais próxima. - Estamos quase
chegando. - Edward levantou-se. - Espera, falta uma coisa. - abri a bolsa e,
com uma mão, vasculhei até achar um rolo de meias.
– Pra quê isso?
– Tem certeza que não sabe? - gargalhei
enfiando as meias dentro da calça.
– Você é inacreditável. - balançou
a cabeça.
– Obrigada. - considerei um
elogio. Empurrei Edward para a saída, mas antes de descer do ônibus, agradeci
ao motorista. - Valeu, cara. - usei minha voz masculina.
– Boa noite, rapaz. - respondeu
sem perceber que eu era mulher.
Na calçada, ficamos olhando o
ônibus ir embora. Edward estava totalmente embasbacado pelo fato de o motorista
ter me confundido com um rapaz.
– Vai dar certo. - garanti,
dando-lhe um tapinha nas costas.
Continua...
Essa Bella não existe mesmo... ir
numa boate se disfarçada de homem? Só podia ser idéia dela mesmo. Fiquei tão
emocionada com a história da mãe do Edward... como uma mãe pode abandonar o
filho assim. Será que a história é essa mesmo? Mas isso valeu pra aproximar
ainda mais os dois... acho que é só uma questão de tempo pra eles de
apaixonarem. Vejo vocês amanhã. Beijos.
OII MOMS!!!♥ adorei o negocio da meias na calça so a Bella msm neh!!!so quero ver como vai ser nessa boate com ela vestida de homem magina só! a palhaçada que vai ser esse proximo cap. amei♥ amei♥ amei♥ ate amanha ♥ beijusculo♥
ReplyDeletee eu to aqui na torcida praq isso acontesa logo!o EDWARD DEVIA PEGA A BELLA E TASCA UM BJ PRA VER SI ELA SI TOCA@ QUE ELE GOSTA DELA###SÓ QUERO VER AMANHA NA BOATE ELA DE HM.KKKKKKKKKKK
ReplyDeleteAAAI MEUU DEUSS
ReplyDeleteé só eu que esta com um péssimo pressentimento ?
a onda de azar da bela pode ter melhorado, mais acho que é bom ela nao abusar muito disso kkkkk
o cap foi perfeito e muito engraçado como sempre XD